Manual de Procedimentos Veterinários
Manual de Procedimentos Veterinários
Manual de Procedimentos Veterinários
PROCEDIMENTOS
VETERINÁRIOS
INTRODUÇÃO
Indicações
A punção venosa é frequentemente
necessária para administração de
medicamentos intravenosos, coleta de
amostras de sangue e reposição de fluidos.
Identificar a veia apropriada é crucial
para um procedimento bem-sucedido
Preparação de Materiais
Certifique-se de ter todos os materiais
necessários prontos, incluindo
seringas, agulhas, garrote, álcool e
algodão
Identificação da Veia
Procure por veias visíveis e palpáveis,
como a veia cefálica, jugular ou safena.
Evite veias muito finas ou que estejam
localizadas próximo a articulações
Demonstração de realização do
procedimento de punção venosa
em veia cefálica.
Preparação do Paciente
Tranquilize o animal e
restrinja-o suavemente,
se necessário. Raspe e
limpe a área de punção
para melhor visualização
Técnica de Punção
Segure a agulha com firmeza e, em um
ângulo de aproximadamente 30 graus,
insira-a na veia escolhida. Aspire
para verificar se há retorno
sanguíneo antes de prosseguir com a
administração de medicamentos ou
coleta de sangue
Cuidados Pós-Punção
Aplique pressão no local da punção com
algodão ou gaze estéril para evitar
sangramento. Observe se há sinais de
extravasamento de fluidos
Complicações e Manejo
Em caso de complicações, como
extravasamento de fluidos ou dificuldade na
punção, interrompa o procedimento e de
sequência em outra veia que não tenha sido
manipulada.
DICAS
Preparação do Paciente
Estenda a cabeça do animal e mantenha a
coluna cervical alinhada. Se necessário, use
lidocaína na de forma tópica (colocando o
líquido de longe diretamente na região da
glote) para evitar espasmos e fechamento da
glote impedindo a realização da entubação.
Técnica de Intubação
Utilizando o laringoscópio, visualize a
glote e insira suavemente o tubo
endotraqueal. Verifique a posição correta do
tubo por meio do movimento do tórax durante
a ventilação
Confirmação da Intubação
Utilize auscultação pulmonar e medição do
CO2 expirado para confirmar a posição
correta do tubo endotraqueal
Cuidados Pós-Intubação
Fixe o tubo endotraqueal com fita adesiva
para evitar deslocamentos acidentais.
Monitore continuamente o animal durante o
procedimento
Complicações e Manejo
Esteja preparado para lidar com possíveis
complicações, como broncoaspiração,
obstrução do tubo endotraqueal ou
deslocamento
DICAS
Preparação de Materiais
Tenha à mão fios de sutura, agulhas,
pinças anatômicas, porta agulhas, tesouras
cirúrgicas, luvas estéreis e material de
curativo
Anestesia Local
Em casos de sutura em áreas sensíveis,
como a pele, aplique anestesia local para
minimizar o desconforto do animal
Tipos de Pontos
Utilize pontos simples, pontos contínuos
ou pontos em U de acordo com a necessidade
da ferida e o tipo de tecido
Cuidados Pós-Sutura
Proteja a área suturada com curativos
apropriados. Instrua o tutor do animal
sobre os cuidados pós-operatórios e
agendamento de retorno para remoção da
sutura
Remoção da Sutura
Agende uma data para a remoção das
suturas, geralmente 10 a 14 dias após a
sutura inicial. Remova as suturas com
cuidado, utilizando tesouras cirúrgicas
específicas
DICAS
Realize uma assepsia adequada da área
a ser suturada antes do procedimento
Utilize fios de sutura absorvíveis ou
não absorvíveis, de acordo com a
necessidade da ferida
CURATIVOS E
BANDAGENS
Indicações
Curativos e bandagens são utilizados para
proteger feridas, evitar contaminação e
promover a cicatrização adequada
Preparação de Materiais
Tenha disponíveis curativos estéreis,
soluções antissépticas, luvas estéreis,
gazes, ataduras, adesivos e esparadrapo
Avaliação da Ferida
Verifique a extensão e profundidade da
ferida, bem como a presença de infecção ou
secreção. Limpe a ferida adequadamente
antes de aplicar o curativo
Limpeza e Irrigação
Utilize soluções antissépticas suaves para
limpar a ferida, removendo qualquer
material estranho. Irrigue com soro
fisiológico estéril para limpar
completamente
Escolha do Curativo Adequado
Selecione o tipo de curativo apropriado,
considerando o tamanho, localização e
características da ferida. Pode ser
necessário utilizar curativos com
propriedades antimicrobianas ou
absorventes
Troca de Curativos
Agende a troca de
curativos de
acordo com a
necessidade da
ferida, observando
qualquer sinal de
infecção ou
deterioração do
curativo
DICAS
Mantenha a ferida limpa e seca
entre as trocas de curativos.
Utilize técnicas assépticas ao
aplicar curativos para evitar
contaminação.
ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Vias de Administração
Conheça as diferentes vias de administração,
incluindo oral, subcutânea, intramuscular e
intravenosa. Selecione a via apropriada de
acordo com o medicamento e a condição do
animal
Cálculo de Dosagem
Calcule a dosagem correta do medicamento com
base no peso do animal. Utilize uma
calculadora e verifique as instruções do
fabricante para obter a dose correta
Preparação de Medicamentos
Prepare o medicamento de acordo
com as instruções, diluindo-o se
necessário. Utilize seringas e
agulhas estéreis adequadas para
cada via de administração
TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Oral
Administre o medicamento diretamente na boca
do animal ou misture-o com alimento, se
permitido. Observe se o animal engoliu
completamente
Via Subcutânea
Levante a pele do animal e insira a agulha
no espaço subcutâneo. Aspire para verificar
se não há retorno de sangue antes de
administrar o medicamento. E lembre-e que em
gatos é necessário aplicar apenas em
extremidades (patas e cauda)
Via Intramuscular
Insira a agulha em um músculo adequado e
aplique o medicamento lentamente. Verifique
se não há resistência ou sangramento após a
administração
TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Intravenosa
Realize a punção venosa de acordo com as
orientações anteriores. Administre o
medicamento lentamente, observando qualquer
reação adversa
Registros e Observações
Registre adequadamente a administração do
medicamento, incluindo a dose, via de
administração e horário. Observe qualquer
reação ou efeito colateral e informe o
veterinário responsável
DICAS
Sempre verifique a
compatibilidade do
medicamento com a
via de administração
selecionada
Siga as orientações
de bula quanto à
frequência e defina
a duração adequada
do tratamento
FLUIDOTERAPIA
INDICAÇÕES
A fluidoterapia é indicada para corrigir
desequilíbrios hidroeletrolíticos, fornecer
suporte hemodinâmico e manter a hidratação
adequada em pacientes veterinários
O cálculo do volume e
velocidade de infusão
depende da condição
clínica do paciente, da
gravidade do desequilíbrio
e das necessidades
individuais
Leve em consideração o
peso corporal do animal, o
grau de desidratação, a
perda de fluidos e a
resposta individual do
paciente
Geralmente, o volume de
fluidos é calculado em
ml/kg/hora, e a velocidade
de infusão é ajustada ao
longo do tempo com base na
resposta clínica e nas
avaliações subsequentes
PREPARAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Antes de iniciar a fluidoterapia,
prepare todos os equipamentos
necessários, como soluções
intravenosas, seringas, agulhas,
equipos, cateteres intravenosos, fita
adesiva, extensores e bomba de infusão.
INDICAÇÃO
A RCP é indicada em casos de parada
cardíaca ou respiratória em pacientes
veterinários
As indicações comuns incluem afogamento,
trauma, arritmias graves, choque,
intoxicação, entre outros
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Avaliação da Situação: Verifique a
segurança do ambiente, avalie a condição
do paciente e identifique a presença ou
ausência de pulso e respiração
2. Ative o Suporte: Chame por ajuda e acione
a equipe veterinária para auxiliar no
procedimento
3. Compressões Torácicas: Inicie as
compressões torácicas de acordo com as
diretrizes específicas para animais de
acordo com o tamanho e espécie.
Geralmente, as compressões são realizadas
na região do coração, com uma taxa de
100-120 compressões por minuto
41. Ventilação Artificial: Administre
ventilação artificial utilizando uma
máscara ou tubo endotraqueal, garantindo
uma adequada expansão dos pulmões e uma
frequência respiratória adequada para o
paciente.
52. Uso de Desfibrilador (se disponível): Em
casos de fibrilação ventricular ou
taquicardia ventricular sem pulso,
utilize um desfibrilador externo
automatizado (DEA) ou desfibrilador
manual para administrar choques
elétricos.
63. Continuidade do Suporte Básico de Vida:
Continue a sequência de compressões
torácicas intercaladas com ventilação
artificial até a recuperação do paciente
DICAS
Certifique-se de que o ambiente esteja
seguro antes de iniciar a RCP
Comunique-se claramente com a equipe e
coordene as ações durante o procedimento
Realize trocas de compressões torácicas e
ventilação para evitar fadiga
Verifique a presença de sinais de retorno
à circulação, como pulso e respiração,
durante a RCP e faça os ajustes
necessários
CONCLUSÃO