INSTRUMENTO NORTEADOR 3o Ao 5o Ano - FICHA DE LEITURA E ESCRITA - 2024

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

GERÊNCIA DE ENSINO
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

ORIENTAÇÕES COM SUGESTÕES DE QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO


DIAGNÓSTICA DA REDE DO 3º AO 5º ANO

ITEM 1: ESCRITA DO NOME PRÓPRIO

Nesse item o estudante deverá escrever o seu nome completo, com autonomia,
sem o apoio.

Exemplo:

USE O ESPAÇO ABAIXO PARA ESCREVER SEU NOME COMPLETO:

__________________________________________________________

ITEM 2: APROPRIAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA

Orientação de aplicação

Pare este item, na elaboração do auto ditado, ficar atento às seguintes questões:

1. Escolher as palavras, preferencialmente, do mesmo campo semântico, com


diferentes números de sílabas e estruturas silábicas;
2. Selecionar imagens que sejam reconhecíveis e de vocabulário comum aos
estudantes (conferir esse reconhecimento no ato da aplicação do instrumento);
3. Avaliar individualmente:
- Pedir que o estudante escreva de forma espontânea;
- Ao escrever cada palavra, o estudante deverá ser orientado a ler, indicando o que
escreveu.
- O professor deverá fazer anotações sobre as hipóteses apresentadas;

Obs.: Repetir a avaliação, individualmente, apenas com os estudantes que não


apresentam escrita alfabética.
EXEMPLOS:

ESCREVA OS NOMES DAS FIGURAS: BICICLETA, BONECA, PATINS, PÁ,


ACEROLA, MORANGO, CAJU, MELÃO.

Palavras com estruturas simples:

ESCREVA OS NOMES DAS FIGURAS (fivela, navio, tapete, vela):

________ ____
_________ _________

- Palavras com estruturas complexas (ZÍPER, GUITARRA, SAPATO, JACARÉ,


PENTE, PINCEL):

___________ __________ __________

__________
__________
___________
ITEM 3: UTILIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS MORFOSSINTÁTICAS:

Esse item só deverá ser avaliado com os estudantes a partir do nível alfabético.
Os não alfabéticos não precisam ser submetidos ao item pois as habilidades envolvidas
ainda estão distantes da zona de desenvolvimento proximal.
NESSE ITEM SERÃO AVALIADAS: ACENTUAÇÃO, SEGMENTAÇÃO, UTILIZAÇÃO DE LETRA
MAIÚSCULA SEGUINDO AS CONVENÇÕES E PONTUAÇÃO.

Exemplo:
Escreva o texto ditado pelo/a professor/a

Carta do leitor
Meu nome é Ana Luiza, sou de Belo Horizonte e tenho 11 anos. Achei bem legal o
texto sobre os bebês e o bocejo. Acabei de ganhar uma irmãzinha e eu e minha mãe
fizemos o teste várias vezes. Ela realmente não se contagia com os nossos bocejos.
Mas, quando ela está com soninho, boceja muito. Acho que com o tempo ela vai
acabar se contagiando. Quero pedir que continuem fazendo matérias sobre bebês,
pois estou muito feliz com a nova moradora aqui de casa. Já estou até pensando em
me tornar pediatra. Obrigada pela matéria, revista Super.

ITEM 4: LEITURA DE TEXTOS

Nesse item será avaliada a fluência na leitura de textos.

O professor deverá observar, a partir da leitura individual, se o estudante já lê com


fluência, com pausas entre as palavras, com pausas entre as sílabas ou ainda não lê.

Na avaliação desse item, o professor poderá utilizar os textos usados para avaliar a
compreensão de textos.

Recomendamos que a avaliação desse item ocorra ao final da aplicação do instrumento.

ITEM 5: COMPREENSÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS

Nesse item serão avaliadas algumas habilidades de leitura:


5.1-Inferência: tem relação com as informações que não estão explícitas no texto e que
necessitam da leitura nas entrelinhas e construção de novas proposições, com base nas
relações entre informações dadas no texto ou entre essas informações e os
conhecimentos que temos do mundo.
5.2-Localização de informação explícita: são informações que podem ser localizadas no
próprio texto.
5.3-Identificação da ideia central: são informações que contribuem para construir o sentido
global do texto.
Destacamos a necessidade da elaboração de questões que contemplem outras
habilidades de leitura.
Exemplos:

5.1 Leia o texto abaixo1:

Um passarinho me contou
Que a ostra é muito fechada,
Que a cobra é muito enrolada,
Que a arara é uma cabeça oca...
Xô, passarinho! Chega de fofoca!

Nesse texto, a expressão “cabeça oca” quer dizer:

A) Complicada

B) Fácil de influenciar

C) Pensa pouco

D) Teimosa

5.2. Leia o texto abaixo:

O URSO E AS ABELHAS2

Um urso topou com uma árvore caída que servia de depósito de mel para
um enxame de abelhas.
Começou a farejar o tronco quando uma das abelhas do enxame voltou do
campo de trevos. Adivinhando o que ele queria, deu uma picada daquelas no urso
e depois desapareceu no buraco do tronco.
O urso ficou louco de raiva e se pôs a arranhar o tronco com as garras na
esperança de destruir a colmeia. A única coisa que conseguiu foi fazer o enxame
inteiro sair atrás dele.
O urso fugiu a toda velocidade e só se salvou porque mergulhou de cabeça
num lago.

Como o urso conseguiu se salvar do enxame de abelhas?

A) Mergulhou de cabeça num lago.

B) Fugiu do enxame a toda velocidade.

C) Arranhou o tronco da árvore.

D) Topou com um tronco no caminho.

1
Disponível em: www.revistaagulha.com.br. Acesso em 5 junho. 2010.
2
Fábulas de Esopo. Compilação de Russel Ash e Bernard Higton; tradução de Heloisa Jahn, São Paulo, Companhia das
Letrinhas, 1994. p.24. * Adaptado: Reforma Ortográfica
5.3. Leia o texto abaixo:

ITEM 6: PRODUÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS

ESSA QUESTÃO AVALIA A CAPACIDADE DE PRODUCAÇÃO TEXTUAL QUANTO A AUTONOMIA.


Destacamos a importância em avaliar gêneros de diferentes tipologias no decorrer do ano:
• Narrativo (contos, fábulas, etc.);
• Descritivo (diário, relatos, etc.);
• Expositivo (entrevistas, verbetes de dicionários, seminários, etc.);
• Argumentativo (carta do leitor, artigo de opinião, etc.);
• Instrucional (receitas, instruções de jogos, etc.).
Ao elaborar o instrumento é necessário:
- O trabalho anterior sistemático com o gênero selecionado (inserção do trabalho na rotina,
planejamento do tempo e das atividades que serão vivenciadas);

- Oferecer condições de produção (definição clara da proposta de produção respondendo as


seguintes questões: O que ele produzirá (qual gênero)? Para quê produzirá (o objetivo do texto)?
Para quem (destinatário)? Onde esse texto circulará?).
Exemplo:

Todas as pessoas têm boas histórias para contar, algumas engraçadas


outras emocionantes. Quando eu era pequena, por exemplo, lembro-me bem do
dia em que ganhei minha primeira boneca. Eu passei em frente a uma loja com
minha mãe e avistei a boneca. Comentei como ela era bonita, entramos na loja e
eu fiquei lá admirando a boneca. Passado um tempo, quando eu menos esperava,
minha mãe chegou em casa com a boneca. Foi uma alegria só. Você já falou para
seus amigos sobre suas histórias? Converse com eles e depois escreva um relato
pessoal contando uma situação interessante que você vivenciou. Conte tudo bem
explicadinho, com todos os detalhes para que todos que forem ler entendam como
tudo aconteceu. Depois vamos organizar um painel, no qual iremos expor os
relatos para que a escola inteira possa conhecer melhor você!

ITEM 7: REVISÃO TEXTUAL

Revisão textual:
 É necessário que o/a professor/a avalie as produções antes da revisão.
 Durante a avaliação da revisão da produção do estudante deve-se considerar a
progressão dele em relação aos aspectos: a revisão da organização sequencial das
ideias, a sua articulação com o tema do texto, os recursos coesivos utilizados, o
grau de informatividade apresentado pelo texto, as possíveis ambiguidades e a
pontuação.
Observação:
Recomendações para o trabalho com a revisão textual:
É necessário o incentivo da revisão durante e/ou depois da produção.
O ensino da revisão pode ser desenvolvido a partir de situações em dupla, individual ou
coletivamente.

ITEM 8: PARTICIPAÇÃO EM PRODUÇÕES COLETIVAS

ATENÇÃO PROFESSOR/A!

PARA REGISTROS DO EIXO ORALIDADE VALORIZE A PARTICIPAÇÃO EM


PRODUÇÕES COLETIVAS (DEBATES, ENTREVISTA, RELATOS, ENTRE
OUTRAS).
DESCRIÇÃO DAS HIPÓTESES DE ESCRITA DAS CRIANÇAS
PRÉ-SILÁBICA INDIFERENCIADA

Fonte: https://danielajanssen.com.br/hipotese-da-escrita-nivel-pre-silabico/

Principais características dessa hipótese:

• Escrita com desenhos e garatujas;


• Geralmente as crianças escrevem da esquerda para a direita.

PRÉ-SILÁBICA DIFERENCIADA

Imagem revista Nova Escola.


Disponível: http://sabidinhosdaioio.blogspot.com/2011/04/niveis-conceituais-da-escrita.html
Principais características dessa hipótese:

• Relaciona a palavra ao tamanho do objeto (realismo nominal lógico);


• Estabelece uma quantidade mínima de letras para validar a escrita da palavra;
• Necessita de um mínimo de caracteres para que uma série de letras possa ser
lida;
• Não marca a pauta sonora na leitura da palavra.

SILÁBICA SEM VALOR SONORO (QUANTITATIVA)

Imagens revista Nova Escola.


Disponível: http://sabidinhosdaioio.blogspot.com/2011/04/niveis-conceituais-da-escrita.html
Principais características dessa hipótese:

• Acredita que cada letra representa uma sílaba (a menor unidade de emissão
sonora);
• Estabelece uma quantidade mínima de letras para validar a escrita da
palavra;
• Escreve sem a preocupação de atribuir valor sonoro à escrita.

SILÁBICA COM VALOR SONORO (QUALITATIVA)

Fonte: https://danielajanssen.com.br/hipotese-da-escrita-nivel-silabico-alfabetico/

Principais características dessa hipótese:

• Acredita que cada letra representa uma sílaba;


• Estabelece uma quantidade mínima de letras para validar a escrita da
palavra;
• Considera o valor sonoro convencional na escrita da sílaba (vogal ou
consoante);
• Identifica que a escrita tem relação com a pauta sonora.

SILÁBICA-ALFABÉTICA

Fonte: https://danielajanssen.com.br/hipotese-da-escrita-nivel-silabico-alfabetico/
Principais características dessa hipótese:

• Está na transição entre a hipótese de escrita silábica e alfabética;


• Descobre que a menor parte da palavra não é a sílaba, mas o fonema,
contudo ainda tem dúvidas. Ora utiliza uma letra para representar a sílaba,
ora utiliza mais de uma letra, por isso é considerada uma etapa de transição;
• Registra a sílaba correspondente à maioria dos sons com os grafemas,
omitindo uma ou outra letra. Geralmente a omissão das letras se dá nas
sílabas mais complexas.

ALFABÉTICA

Principais características dessa hipótese:

• Comumente escreve com dois sinais gráficos para cada sílaba oral;
• Consegue ter autonomia ao escrever e ler, ainda que esteja em processo de
aquisição das regras ortográficas;
• Usa as letras com valor sonoro convencional.
Obs.: Estar alfabético não significa estar alfabetizado.

ALFABÉTICA ORTOGRÁFICA

Características Principais
• Consegue ler, compreender e produzir ao menos um pequeno texto.
• Domina uma variedade de combinações silábicas existentes: consoante +
vogal (SApo); consoante + consoante + vogal (TREvo), consoante + vogal +
vogal (LEIte), consoante+ consoante + vogal+ consoante + consoante
(TRANSporte); etc.
• Utiliza as regras ortográficas contextuais.
Considerar os conceitos abaixo sobre compreensão e utilização da ortografia
para o preenchimento das duas últimas colunas do item 2 da ficha

- Regularidades Diretas: Quando o fonema é representado por determinada letra e não existe
competição com outras letras ou dígrafos. (P, B, T, D, F e V); (M e N no início da sílaba).
- Regularidades Contextuais: Levar em conta a posição da relação som/grafia para decidir qual
a letra correta. Alguns tipos – (C/QU; G/GU; R/RR; SA/SO/SU; JA/JU em início de sílaba; U ou L
no final das sílabas; M/N nasalizando final de sílaba. Emprego do Z no inicio das palavras com o
som “Z”.
- Regularidades Morfossintáticas - Exige que os aprendizes analisem unidades maiores
(morfemas) no interior das palavras, prestando atenção a características gramaticais das
mesmas palavras. Alguns tipos:

Flexões verbais:
O emprego de R nas formas verbais do infinitivo que tendemos a não pronunciar (cantar, comer e
dormir).
O emprego de U nas flexões verbais do passado perfeito do indicativo (cantou, comeu e dormiu).
O emprego de ÃO nas flexões verbais do futuro do presente do indicativo (cantarão, comerão e
dormirão).
O emprego de AM nas flexões verbais do passado ou do presente pronunciadas /ãw/ átono (sejam,
cantam, cantavam, cantariam)
O emprego de D nas flexões de gerúndio que, em muitas regiões, tende a não ser pronunciado (como
em cantando, comendo e dormindo).
Os empregos de SS nas flexões no imperfeito do subjuntivo (cantasse, comesse, dormisse).
• Palavras formadas por derivação lexical
O emprego de L em coletivos terminados em /aw/ e adjetivos terminados em /aw/, /ew/, /iw/ (como
milharal, colegial, possível, sutil).
O emprego de ÊS e ESA em adjetivos pátrios e relativos a títulos de nobreza (português, portuguesa,
marquês, marquesa).
O emprego de EZ em substantivos derivados como rapidez e surdez.
O emprego de OSO em adjetivos como gostoso e carinhoso.
O emprego de ICE no final de substantivos como chatice e doidice.
3.4 - Irregularidades: São correspondências som-grafia, que não podem ser explicadas por regras.
Foram assim fixadas porque se levou em conta a etimologia das palavras. Alguns exemplos de uso
frequente: notação do som /u/ com U ou O; notação do som /z/ escrito com S, Z e X; a notação do som
/g/ com a escrita J ou G; emprego do H no início das palavras.
ITEM 3: COMPREENSÃO E UTILIZAÇÃO DA ORTOGRAFIA
REFERÊNCIAS:

BARBOSA, Maria Lúcia Ferreira de Figueiredo. Práticas de leitura no ensino


fundamental / organizado por Maria Lúcia Ferreira de Figueiredo Barbosa e Ivane
Pedrosa de Souza . — Belo Horizonte : Autêntica, 2006.
LEAL, T. F.; BRANDÃO, A. C. P. Produção de textos na escola : reflexões e
práticas no Ensino Fundamental / organizado por Telma Ferraz Leal e Ana Carolina
Perrusi Brandão . 1ed., 1 reimp.— Belo Horizonte : Autêntica , 2007.
Pacto Nacional pela alfabetização na idade certa. Caderno de Avaliação Disponível
em:
http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/material/107.pdf
SILVA, A. da Ortografia na sala de aula / organizado por Alexsandro da Silva, Artur
Gomes de Morais e Kátia Leal Reis de Melo . – 1. ed., 1. reimp. – Belo Horizonte:
Autêntica, 2007.

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