Aula 22 - Apostila
Aula 22 - Apostila
Aula 22 - Apostila
Aula 17
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo
Estratégico de Direito Administrativo -
2023 (Pré-Edital)
Autor:
Tulio Lages
04 de Maio de 2023
Tulio Lages
Aula 17
Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Atos Administrativos - Cebraspe - Nível Médio
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
75
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 2
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Conhecimentos introdutórios: conceito de ato administrativo.
Atos privados praticados pela administração pública. Fato 4,3%
administrativo.
==5617c==
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 3
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Aspectos iniciais
a) de acordo com Maria Sylvia Di Pietro: declaração do Estado ou de quem o represente, que
produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de Direito
Público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”1.
b) de acordo com José dos Santos Carvalho Filho: “a exteriorização da vontade de agentes da
Administração Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito
público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público”2.
1
Di Pietro, 2016, p. 239.
2
Carvalho Filho, 2017, p. 105.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 4
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
- O ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico, que é uma manifestação unilateral, oriunda
da vontade humana, que tem por objetivo produzir alguma alteração no mundo jurídico.
Por sua vez, o ato jurídico é espécie do gênero fato jurídico em sentido amplo, que é basicamente
qualquer acontecimento que produz alteração no mundo jurídico.
Outra espécie de fato jurídico em sentido amplo é o fato jurídico em sentido estrito, que é um
acontecimento que não depende da vontade humana e que produz efeitos jurídicos (ex:
nascimento de uma pessoa, catástrofe natural que produz a destruição de um bem etc.
Ato jurídico
- Fato administrativo é um fato jurídico que produz efeitos sobre a Administração Pública, mesmo
que não envolva a participação de agentes públicos.
Esses efeitos gerados sobre a Administração podem ser jurídicos ou não. Quando não produzem
efeitos jurídicos sobre a Administração, os fatos administrativos são também chamados de fato da
Administração.
- Os atos administrativos não devem ser confundidos com os atos políticos ou de governo, nem
com os atos legislativos (elaboração de normas primárias, ato típico do Poder Legislativo) e os atos
judiciais (exercício da jurisdição, ato típico do Poder Judiciário).
Vale lembrar que não apenas o Poder Executivo pratica ato administrativo: os Poderes Legislativo
e Judiciário, no exercício de sua função atípica administrativa, também editam atos
administrativos.
Alcançam, assim, não apenas os atos administrativos propriamente ditos, mas também os atos de
direito privado (ex: doação, permuta etc.) e os atos materiais da administração que não contenham
manifestação de vontade (que são mera execução de determinações administrativas).
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 5
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
- São eles:
Presunção de legitimidade
Autoexecutoriedade
Tipicidade
Imperatividade
Presunção de legitimidade
- Presume-se que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei (ou seja, são
considerados legais e legítimos), produzindo efeitos imediatamente, ainda que eivados de vícios
ou defeitos aparentes, até sua eventual anulação pela Administração ou pelo Judiciário.
Essa presunção é relativa (juris tantum), admitindo prova em contrário. Todavia, quem deve
demonstrar eventuais vícios do ato é o administrado, já que a presunção de legitimidade produz
o efeito de inverter o ônus da prova em favor da Administração.
- Há, ainda, a dimensão da presunção de veracidade, impondo que devem ser considerados
verdadeiros os fatos declarados pela administração para fundamentar a prática do ato
administrativo.
Autoexecutoriedade
- Informa que os atos administrativos podem ser executados pela própria Administração, sem a
necessidade de autorização prévia do Poder Judiciário.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 6
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
- Atributo presente em apenas parcela dos atos administrativos (ex: cobrança de multas não é
autoexecutória, havendo necessidade de ajuizamento de ação judicial por parte da administração
caso o administrado não efetue o pagamento).
Tipicidade
- “É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente
pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada finalidade que a Administração
pretende alcançar existe um ato definido em lei”3.
Imperatividade
- Informa que o ato deve ser observado pelo administrado independentemente da sua
concordância, ou seja, os efeitos do ato são impostos ao administrado de forma unilateral por
parte da administração.
- Está relacionada, portanto, à coercibilidade das obrigações e restrições impostas pelo Poder
Público aos administrados.
- Atributo presente em apenas parcela dos atos administrativos (somente nos atos que impõem
obrigações ou restrições).
- São eles:
COMpetência
FInalidade
FORma
Motivo
OBjeto
3
Di Pietro, 2016, p. 244.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 7
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Competência
- É o poder atribuído ao agente para a prática do ato, dizendo respeito, assim, ao sujeito que,
segundo expresso na norma, é o responsável por praticar determinado ato.
a) de exercício obrigatório: seu titular não pode optar entre exercê-la ou não. O exercício da
competência é um poder-dever (art. 11 da Lei 9.784/1999);
- Delegação x avocação
Por outro lado, na avocação, a autoridade hierarquicamente superior chama para si o exercício de
determinada competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 8
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
D ELEGAÇÃO A VOCAÇÃO
Não precisa haver relação de hierarquia. Deve haver relação de hierarquia.
É permitida apenas em caráter excepcional e
Em regra, é permitida, salvo quando houver
por motivos relevantes devidamente
impedimento legal.
justificados (art. 15, da Lei 9.784/1999).
Não podem ser objeto de delegação (art. 13
da Lei 9.784/1999):
a) a edição de atos de caráter normativo; Não será possível a avocação quando se tratar
b) a decisão de recursos administrativos; de competência exclusiva do subordinado.
Finalidade
- Diz-se que a finalidade é o efeito mediato ou geral do ato, que invariavelmente será a satisfação
do interesse público.
Forma
- Princípio do formalismo moderado: preceitua que, para a prática de qualquer ato administrativo,
devem ser exigidas tão somente as formalidades estritamente essenciais, desprezando-se
procedimentos meramente protelatórios, o que se coaduna com o art. 22 da Lei 9.784/1999, que
dispõe que “os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão
quando a lei expressamente a exigir”.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 9
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
- A forma é um elemento vinculado do ato administrativo, porque deve ser exteriorizado na forma
que a lei exigir. Somente no caso de a lei não exigir essa forma determinada é que a administração
poderá praticar o ato com a forma que lhe parecer mais adequada.
- A motivação (exposição, por escrito, dos motivos que levaram à prática do ato) integra a forma
do ato administrativo.
Motivo
- É a causa do ato administrativo, consubstanciada nas razões, nas situações ou nos pressupostos
de fato e de direito que dão embasamento à sua prática.
- Motivo x motivação
Embora o motivo sempre esteja presente em um ato administrativo, a motivação, a rigor, somente
será obrigatória quando a lei assim o exigir, embora a doutrina e a boa prática administrativa
defendam que sempre seja aplicável.
Assim, temos os atos que devem ser necessariamente motivados (art. 50 da Lei 9.784/1999):
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 10
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Além dessas hipóteses estabelecidas na Lei 9.784/1999, a CF/88 também estabeleceu uma
hipótese de motivação obrigatória:
- Motivo x móvel
Motivo é a situação objetiva, real, externa ao agente que pratica o ato, enquanto o móvel é a
intenção, propósito, realidade interna, psicológica desse agente.
Nos atos completamente vinculados, o exame do móvel é irrelevante, porque a lei já define o
único comportamento possível perante o motivo por ela já caracterizado, inadmitindo qualquer
subjetivismo por parte do agente.
- Teoria dos motivos determinantes: preceitua que a validade do ato está adstrita aos motivos
indicados como seu fundamento, de maneira que, se os motivos forem inexistentes ou falsos, o
ato será nulo.
Objeto
Nos atos vinculados, o objeto deve ser exatamente aquele que a lei estabeleceu. Esse é o objeto
vinculado.
Por outro lado, nos atos discricionários, o objeto pode ser escolhido pelo agente público, dentre
os possíveis autorizados na lei, mediante a avaliação dos critérios de conveniência e oportunidade.
Esse é o objeto variável.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 11
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
- Objeto x Finalidade
O objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz, sua finalidade específica, que será variável
de acordo com cada ato: aquisição, transformação ou extinção de direitos.
Por sua vez, a finalidade é o efeito geral ou mediato (no futuro) do ato, que será sempre o mesmo
(expresso ou implicitamente estabelecido na lei): a satisfação do interesse público.
Elementos acidentais
- São elementos acessórios do ato administrativo: sua ausência não torna inválido o ato (ou seja,
não são essenciais ao ato).
- São eles:
Vício de competência
- Excesso de poder: ocorre quando o agente excede os limites da sua competência para praticar
determinado ato (ex: demissão de servidor aplicada por Ministro de Estado, quando a lei lhe
permitia aplicar apenas a penalidade de suspensão, devendo a penalidade de demissão ser
aplicada exclusivamente pelo Presidente da República).
No excesso de poder, nem sempre o ato deve obrigatoriamente ser anulado, uma vez que o vício
de competência admite convalidação, exceto na hipótese de competência exclusiva ou de
competência em razão de matéria.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 12
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
- Função de fato: ocorre quando o agente foi investido no cargo, emprego ou função, mas há
alguma ilegalidade em sua investidura ou algum impedimento legal para a prática do ato. Nesse
caso, os efeitos do ato são considerados válidos, em razão da "teoria da aparência".
Vício de finalidade
- O vício de finalidade é denominado desvio de poder (ou desvio de finalidade), que é a prática
de ato visando fim diverso do previsto, mesmo que implicitamente, na lei (ex: remoção de servidor
público com o objetivo de puni-lo).
Trata-se de vício insanável, não podendo ser objeto de convalidação, sendo nulo o ato viciado.
Muita atenção para não confundir desvio de poder (vício de finalidade) com excesso de poder
(vício de competência)!
Vício de forma
- O vício de forma importa na anulação do ato apenas quando a forma for essencial (ou seja,
quando é estabelecida em lei). Nos demais casos, o vício é sanável e o ato passível de
convalidação.
- Quando a motivação for obrigatória, sua ausência implica vício de forma, resultando na nulidade
do ato.
Vício de motivo
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 13
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Vício de objeto
- Objeto impossível: ocorre quando seu conteúdo não é realizável, factualmente e/ou
juridicamente.
- Objeto proibido pela lei: ocorre quando seu conteúdo contraria a lei, regulamento ou outro ato
normativo.
- Objeto não previsto em lei: ocorre quando seu conteúdo é distinto do previsto na lei (exemplo:
aplicação de uma dada penalidade por 10 dias, quando a lei estabelece que para tal penalidade
o prazo máximo de aplicação é de 5 dias).
- Objeto diferente daquele que a lei prevê para a situação: ocorre quando, mesmo efetuando um
enquadramento correto entre o pressuposto de fato e a norma, a administração pratica um ato
==5617c==
com objeto distinto ao previsto na lei para o enquadramento que foi efetuado (se houvesse erro
de enquadramento seria vício de motivo – motivo ilegítimo).
Abuso de poder
- O abuso de poder ocorre de duas maneiras: excesso de poder (vício de competência) e desvio
de finalidade (ou desvio de poder, vício de finalidade), que já foram explicadas anteriormente.
vício de
Excesso de Poder
competência
Abuso de Poder
Desvio de Finalidade vício de
(ou Desvio de Poder) finalidade
Vinculação e discricionariedade
Nos atos administrativos vinculados, o agente público não possui margem para valorar ou escolher
nenhum de seus elementos, já que todos são vinculados.
Portanto, o grau de liberdade que a lei confere ao administrador para a prática dos atos
discricionários é menor do que para a prática dos atos vinculados.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 14
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Essa liberdade, entretanto, nunca é total, já que não existe ato totalmente discricionário – o ato
administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas e delimitadas em lei, segundo
o atributo da tipicidade.
Inclusive, não se pode confundir discricionariedade com arbitrariedade, que seria a atuação
administrativa fora dos limites impostos pela lei.
Mérito administrativo
Esse juízo recai apenas sobre os elementos motivo e objeto, como já dito.
- O Judiciário não pode efetuar controle de mérito do ato administrativo. Portanto, somente a
própria Administração pode realizar o controle do mérito do ato administrativo, que resulta na sua
revogação (e não anulação, que é um controle de legalidade ou legitimidade).
Inclusive, o Judiciário pode efetuar o controle de atos discricionários, mas nunca o do mérito do
ato: somente da legalidade ou legitimidade do ato, resultando na sua anulação em caso de vício
em seus elementos.
Isso implica dizer, mais uma vez, que não é possível asseverar que a discricionariedade
administrativa é absoluta, devendo: a) ser exercida nos limites da lei; b) observar os princípios da
Administração Pública, especialmente os da razoabilidade, da proporcionalidade e da moralidade;
e c) atender à teoria dos motivos determinantes.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 15
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
A TO V INCULADO A TO D ISCRICIONÁRIO
Não há margem de liberdade para decisão na
Há certa liberdade de decisão na prática do
prática do ato (comportamento único possível a
ato, dentro dos limites estipulados pela lei
ser adotado obrigatoriamente, por força da lei).
Demais classificações
A TO A BSTRATO A TO C ONCRETO
Disciplinam situações aplicáveis a um número
Tratam de um caso específico.
indeterminado de casos.
São atos gerais (normativos). São atos individuais.
A TO G ERAL A TO I NDIVIDUAL
Possuem destinatários determinados.
Atingem um número indeterminado de Podem ser direcionados a um único
destinatários. destinatário (atos individuais singular) ou a
múltiplos destinatários, a uma coletividade
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 16
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
A TO I NTERNO A TO E XTERNO
Produzem efeitos no interior da administração Produzem efeitos fora da administração
pública. pública.
Em regra, não requerem publicação oficial.
Em regra, não geram direitos adquiridos, Em regra, requerem publicação oficial.
podendo ser revogados a qualquer tempo.
A TO DE I MPÉRIO
A TO DE GESTÃO A TO DE E XPEDIENTE
( OU DE AUTORIDADE)
Administração efetua a
Administração utiliza suas
gestão de seus bens e
prerrogativas para realizar uma
serviços, em situação de Administração em sua rotina
imposição coercitiva ao
igualdade com os interna, praticando atos sem
administrado, de forma
particulares (sem o uso de conteúdo decisório.
unilateral (poder extroverso,
sua supremacia, do poder
de império).
extroverso).
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 17
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Ex: celebração de
contrato de locação ou de
Ex: apreensão de mercadorias,
seguro, atos negociais (ex: Ex: juntada de documentos a
atos de polícia,
autorização, permissão de processo, movimentação de
desapropriações, interdição de
uso de bem público), processo, protocolo de petições.
estabelecimento comercial.
alienação/aquisição de
bens.
A TO A LIENATIVO A TO A BDICATIVO
Administração transfere bens e direitos de Administração renuncia a algum direito, em
uma pessoa para outra. caráter irreversível e imodificável.
Não pode ser Pode ser Ao contrário dos atos nulos, os atos
convalidado convalidado (a inexistentes:
(deve ser administração a) não devem ter qualquer efeito
anulado). pode optar entre preservado, inclusive a terceiros de boa fé;
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 18
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
- Quanto à exequibilidade:
- São elas:
Normativo
Ordinatório
Negocial
Enunciativo
Punitivo
Atos normativos
- São os que veiculam regras gerais e abstratas, visando permitir a fiel execução das leis.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 19
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
O decreto autônomo que trata da extinção de funções e cargos quando vagos (art. 84, VI, "b", da
CF/88) produz efeitos concretos, não sendo considerado ato normativo.
Atos ordinatórios
- São voltados aos próprios agentes públicos, com efeitos restritos ao âmbito interno, contendo
determinações voltadas ao exercício desses agentes.
- Exemplos: ordens de serviço, instruções (desde que não possuam caráter normativo), circulares
internas, portarias etc.
Atos negociais
- Apesar de serem denominados "negociais", tais atos não tratam de contrato ou de negócio
jurídico – são declarações unilaterais da vontade da Administração.
Vinculados: uma vez cumpridos os requisitos estipulados pela lei por parte do
particular, este terá o direito subjetivo de obter a anuência da Administração, que
não tem margem para decidir sobre o pedido.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 20
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Definitivos: não podem ser revogados, mas tão apenas anulados ou cassados (ou
seja, não duram eternamente – inclusive podem ter prazo de validade –, apesar de
serem denominados "definitivos". O que há é uma expectativa de definitividade).
a) Licença = ato vinculado, definitivo (ex: licença para dirigir, alvará para exercício de profissão);
Outros atos negociais (pouco frequentes em prova): aprovação, homologação, visto, admissão,
dispensa e renúncia.
Atos enunciativos
- Contêm uma declaração da Administração (quanto a uma situação ou um fato), sem veicularem
manifestação de vontade do poder público, como as certidões, os atestados, os pareceres e as
apostilas.
- Certidão x Atestado
Na certidão, a Administração fornece cópia fiel de informações que possui em seus arquivos e
bases de dados (registros públicos). No atestado, a Administração comprova (e declara) um fato
de que tenha conhecimento em razão da atuação de seus agentes (o fato não consta dos registros
públicos).
- Pareceres
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 21
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
O parecer veicula opinião técnica, fornecendo subsídios para a tomada de decisão de autoridades.
Via de regra, não produz sozinho efeitos jurídicos (nada obstante, um ato decisório posterior pode
aprovar o parecer e determinar que seja seguida pelos subordinados a opinião técnica contida no
parecer).
Há, por outro lado, duas espécies de pareceres com conteúdo decisório: os pareceres normativos
os pareceres vinculantes.
O parecer normativo é utilizado para expedir determinações gerais e abstratas, sendo, portanto,
um ato normativo.
Já o parecer vinculante é utilizado para expedir ordens, sendo, portanto, um ato ordinatório.
- Apostilas
Atos punitivos
- Não se confundem com o poder punitivo do Estado, exercido pelo Poder Judiciário, em
decorrência de crimes e contravenções.
- A sanção aplicada a servidores públicos é oriunda dos poderes hierárquico e disciplinar; quando
aplicada a particulares com vínculo específico, origina-se do poder disciplinar (apenas); e quando
aplicada a particulares em geral (sem vínculo específico), emana do poder de polícia.
- Anulação e revogação
A NULAÇÃO R EVOGAÇÃO
Opera sobre atos discricionários válidos, por
Opera sobre atos ilegais, ilegítimos, inválidos.
razões de conveniência e oportunidade.
Se o vício do ato é insanável, o administrador O administrador pode decidir entre revogar
é obrigado a proceder à sua anulação ou não o ato (atuação discricionária), a partir
(atuação vinculada). de um juízo de mérito sobre o ato.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 22
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
4
STF – MS 28279/DF.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 23
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Os tribunais superiores têm entendido que tanto a anulação quanto a revogação de atos que
desfavoreça interesses do administrado deve ser precedida de procedimento administrativo em
que lhe seja assegurado o exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa, mesmo que seja
nítida a ilegalidade.
“A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial”5.
- Cassação: ocorre quando seu beneficiário deixa de cumprir os requisitos para continuar
beneficiando-se dos efeitos do ato (ex: cassação de licença para dirigir ou para construir, quando
seu titular deixa de atender aos requisitos previstos na lei para manter o seu direito).
- Contraposição: ocorre quando surge um novo ato com efeitos opostos a outro já praticado, que
acaba sendo extinto.
- Caducidade: ocorre quando há superveniência de norma jurídica que torna ilegal um ato
praticado anteriormente, porque passa a contrariar a nova legislação. O ato, assim, é extinto.
- Extinção natural: ocorre quando há o cumprimento normal de seus efeitos (ex: ato que possuía
vigência de 2 meses, cujo prazo de validade se exaure);
5
STF – Súmula 473.
6
STF – MS 28.273/DF.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 24
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Convalidação
O ato com vício sanável é também chamado de "ato anulável", ao passo que o ato com vício
insanável é denominado "ato nulo". Essa classificação vem da teoria dualista das nulidades,
adotada no Brasil.
Diz-se que há "nulidade absoluta" no caso de vício insanável, e "nulidade relativa" no caso de
vício sanável.
Há ainda outra corrente, a monista, não adotada no Brasil, que preconiza a impossibilidade de
convalidação de qualquer ato administrativo, de maneira que qualquer vício no ato deve ensejar
a sua invalidação: ou o ato é válido ou é nulo (não havendo, portanto, ato anulável).
- A convalidação pode operar tanto em atos vinculados como discricionários, não sendo um
controle de mérito, mas de legalidade.
Na esfera federal, a Lei 9.784/99 prevê a possibilidade de convalidação nos seguintes termos:
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
Assim, nos termos do dispositivo, a convalidação na esfera federal deve observar os seguintes
requisitos:
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 25
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Cumpre destacar, por fim, que a autora Weida Zancaner e a jurisprudência do STJ 7 apontam como
óbice à convalidação a existência de impugnação administrativa ou judicial, salvo situações
excepcionais que autorizam a convalidação do ato impugnado.
a) vício de competência relativa à pessoa (não à matéria, portanto), desde que não se trate de
competência exclusiva;
c) vício de objeto, desde que seja caso de conteúdo plúrimo (que contém mais de uma
providência administrativa), aproveitando-se as providências não atingidas por nenhum vício –
ou seja, trata-se de uma convalidação parcial.
7
STJ - REsp 719.548/PR, REsp 663.889/DF etc.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 26
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 27
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova, considerando o
histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos
entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Dentro do assunto “Atos Administrativos”, “Extinção dos atos administrativos” é(são) o(s) ponto(s) que
acreditamos ser(em) o(s) que possui(em) mais chances de ser(em) cobrado(s) pela banca.
Dessa forma, é importante memorizar quais são as formas mais comuns de desfazimento dos atos
administrativos, bem como os principais conceitos associados a cada uma delas.
correção do
ilegalidade ato válido ato válido invalidade ou
ato
ilegalidade
superveniente
efeitos mantém os
conveniência e administrado
retroativos efeitos já
oportunidade não cumpriu
(ex tunc) produzidos
condição
atos não
poder é um ato
nulos ou
dever / discricionário
"anuláveis"
autotutela
vícios efeitos não
pode ser sanáveis: retroagem (ex
realizada competência nunc)
pelo Poder e forma
Judiciário nem todo ato
pode ser
revogado
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de critérios
objetivos ou minimamente razoáveis.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 28
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
A presunção de veracidade, considerada um dos atributos do ato administrativo, diz respeito aos
fatos, razão pela qual, quando a administração pública alega determinado fato, presume ser este
verdadeiro, tal como sucede com os atestados, as declarações e as certidões.
Comentários
GABARITO: “CERTO”
Essa assertiva diz respeito ao princípio da presunção de veracidade, segundo o qual parte-se do
pressuposto de que os fatos afirmados pela Administração Pública são verdadeiros, ocorreram
de fato.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 29
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
O ato de dispensa é típico ato composto, em que o ato acessório – a homologação – possui a
função de conferir eficácia ao ato principal.
Para a exoneração de servidor público decorrente da anulação do concurso público no qual fora
aprovado e que viabilizou sua posse no cargo, não se exigem a instauração de processo
administrativo e a garantia do contraditório, já que a anulação do certame pressupõe a
ocorrência de ilegalidade.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
Atualmente prevalece o entendimento de que, ainda que haja anulação de concurso público,
deve ser oportunizado ao candidato que tomou posse em cargo público em razão de aprovação
no aludido certame o direito ao contraditório e à ampla defesa em processo administrativo.
Nesse sentido é a doutrina de José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito Administrativo.
30ª Ed. São Paulo: Atlas, 2016. p. 809 e 810):
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 30
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Essa hipótese, porém, não se confunde com aquela em que o indivíduo sequer
se submeteu a concurso público, mas, apesar disso, foi ilegalmente nomeado.
Aqui a própria Administração (e também o Judiciário), no regular exercício de
sua autotutela, pode anular o ato de nomeação por conter indiscutível vício de
inconstitucionalidade. Incide, pois, a prerrogativa da autoexecutoriedade dos
atos administrativos, sem que contra a anulação direta do ato possa o
interessado opor a garantia do contraditório e da ampla defesa, prevista no art.
5o, LV, da CF.”
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 31
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Letra B – correta. É a expressão da presunção relativa dos atos administrativos, que elenca que
os atos administrativos são considerados em conformidade com a lei, até que se prove o
contrário.
Gabarito: letra B.
Letra A – incorreta. A tipicidade diz respeito à previsão legal para que o ato administrativo esteja
em conformidade com o ordenamento jurídico. Decorre, pois, do princípio da legalidade.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 32
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Gabarito: letra C.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 33
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
A alegação de Caio está correta quanto à anulação do ato, porquanto o vício de motivo está
relacionado à inobservância nas formalidades essenciais à existência do ato.
Comentários:
O ato administrativo que puniu Caio estava eivado de vício de forma, uma vez que não observou
os requisitos formais essenciais à existência do ato. Não se trata, pois, de vício de motivo.
Gabarito: errado.
Letra B – incorreta. Portarias são atos administrativos ordinatórios, editados por uma ou mais autoridades; são de
caráter geral ou individual.
Letra C – incorreta. Resoluções são atos administrativos editados por órgãos colegiados, de caráter individual ou
geral.
Letra D – incorreta. Ofícios são atos administrativos de competência comum a todas as autoridades ou agentes e
servem para informar sobre temas diversos no âmbito interno da própria Administração.
Letra E – correta. Decretos são atos administrativos e quando produzem efeitos gerais, segundo Di Pietro (Gen,
2020), podem ser:
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 34
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Gabarito: letra E.
a) quanto à forma de exteriorização, como parecer, sendo possível sua revogação judicial.
Comentários
GABARITO: “B”
No caso, a homologação e a adjudicação são atos de deliberação, pois são atos coletivos, cuja
decisão depende do entendimento de órgão colegiado. Havendo celebração do contrato
administrativo, não se admite a revogação desses atos, pois incide a chamada preclusão
administrativa.
A: errada. A homologação e a adjudicação não são atos opinativos, logo, não são classificadas
como parecer. Outrossim, o Poder Judiciário, no exercício da sua atribuição típica, não pode
revogar atos administrativos.
C: errada. O erro da assertiva está em afirmar que esses atos podem ser revogados. A
adjudicação é um ato administrativo declaratório e vinculado, que não pode ser revogado,
apenas anulado.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 35
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
E: errada. O ato de admissão, na verdade, é uma espécie de ato negocial, em que a declaração
de vontade da Administração alinha-se ao interesse do particular.
11. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Acerca das espécies de ato administrativo, julgue o item.
Permissão é ato unilateral e discricionário por meio do qual a administração faculta ao particular
a execução do serviço público ou a utilização privativa de bem público.
Comentários
GABARITO: “CERTO”
Maria Sylvia di Pietro conceitua “permissão”, em sentido amplo, como “o ato administrativo
unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública
faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público”1.
Entretanto, a Lei 8.987/1995 faz referência à permissão de serviço público como contrato de
adesão (ou seja, não seria um ato, mas um contrato), o que tornaria a assertiva “a” errada.
Para ficar mais confuso ainda, a Lei Geral de Telecomunicações prevê a possibilidade de
permissão de serviço público por ato administrativo (e não contrato), indo ao encontro da
assertiva.
Como a própria autoria menciona, “pela legislação atualmente em vigor, a permissão de serviço
público aparece ora como ato unilateral, ora como contrato. Assim sendo, o conceito de
permissão adota neste item limita-se às hipóteses em que a permissão de serviço público
constitui ato unilateral”.
Se for uma questão específica de serviços públicos, como regra a permissão de serviço público
deve ser encarada como contrato e, de forma excepcional, como ato.
Se for uma questão específica de atos administrativos, em que é solicitado um conceito amplo
(como é o caso), não se deve marcar como errada caso seja afirmado que a permissão de serviço
público pode ser entendida como ato.
12. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Acerca das espécies de ato administrativo, julgue o item.
1
Di Pietro, 2016, p. 273.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 36
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Autorização é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração faculta ao particular o
exercício de uma atividade.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
13. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Acerca das espécies de ato administrativo, julgue o item.
Aprovação é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração pública reconhece a
legalidade de um ato jurídico apenas a posteriori.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
A homologação é ato unilateral, vinculado (não discricionário) por meio do qual a Administração
Pública reconhece a legalidade de ato já praticado, sendo sempre a posteriori, não a priori
(perceba que a assertiva C traz o conceito de homologação, não de aprovação).
14. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Acerca das espécies de ato administrativo, julgue o item.
Licença é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração reconhece ao particular o
direito à prestação de um serviço público.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
Na licença, o particular tem reconhecido o direito de exercer atividade do seu interesse, não de
um serviço público.
15. (Cespe/2017/TRE PE/AJAJ) Um servidor público praticou um ato administrativo para cuja
prática ele é incompetente. Tal ato não era de competência exclusiva.
a) inexistente.
b) irregular.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 37
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
c) válido.
d) nulo.
e) anulável.
Comentários
GABARITO: “E”
Há vício de competência quando um servidor público pratica ato administrativo para cuja prática
ele é incompetente. Esse ato, em regra, deve ser anulado em razão do vício de competência,
mas pode ser convalidado, caso a competência não seja exclusiva. Como o enunciado deixou
claro que o ato não era de competência exclusiva, ele pode ser convalidado, tratando-se, assim,
==5617c==
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
Os atos administrativos que decidam recursos administrativos exigem motivação, nos termos do
art. 50, inciso V, da Lei nº 9.784/1999:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
(...)
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 38
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
A competência para a edição de atos normativos não pode ser delegada, consoante o art. 13,
inciso I, da Lei nº 9.784/1999:
A revogação do ato administrativo ocorre nas hipóteses de ilegalidade, devendo retroagir com
efeitos ex tunc para desconstituir as relações jurídicas criadas com base no ato revogado.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
O objeto do ato administrativo não pode ficar sujeito a condição, ou seja, a cláusula que
subordine o efeito do ato a evento futuro e incerto.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 39
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
O atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a administração pratique atos sem
previsão legal.
Comentários
GABARITO: CERTO.
De acordo com o atributo da tipicidade, os atos administrativos devem estar previstos em lei.
Trata-se de um mecanismo para impedir que o Estado realize atos por seu livre arbítrio, sem
previsão legal.
Comentários
GABARITO: LETRA E
Nesse sentido, verificamos que o nosso gabarito é a letra E e os demais, por consequência,
estão errados.
A administração pública pode revogar atos como certidões, atestados e votos, tendo a
revogação, nesses casos, efeitos ex nunc.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 40
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
As certidões, os atestados e os votos são meros atos administrativos, que não podem ser
revogados; podem apenas ser anulados, no caso de vício insanável nos seus elementos.
O prazo para anulação dos atos administrativos é de cinco anos, independentemente da boa-fé
do administrado que se tenha beneficiado com tais atos.
Comentários
GABARITO: ERRADA.
Se houve má-fé por parte do administrado, não há prazo para anulação do ato administrativo,
nos termos do art. 54, caput, da Lei nº 9.784/1999:
a) A convalidação por ratificação somente pode ser realizada pelo superior hierárquico do
agente que praticou o ato anterior.
d) Por ser a revogação um ato discricionário, ao se revogar um ato revogado, ocorrerá, por
consequência lógica, a repristinação do ato originário.
Comentários
GABARITO: LETRA B
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 41
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Letra A – Incorreta. A convalidação por ratificação é praticada pela mesma autoridade que
praticou o ato e não por seu superior hierárquico.
Há, ainda, a confirmação, em que a convalidação é efetivada por ato de outra autoridade.
Letra C – Incorreta. Na cassação, o beneficiário deixa de cumprir requisitos que faziam com que
ele fizesse jus à manutenção do ato. Nesse sentido, é um dever da Administração extinguir esse
ato. Logo, cassação é um ato vinculado e não discricionário.
Letra D – Incorreta. Uma vez revogado o ato, ele deixa de existir, de modo que, se o ato
revogador for revogado, não haverá repristinação do ato originário.
a) poderá ser revogado pelo Poder Judiciário, se for impugnado por meio de ação popular;
b) poderá ser revogado pela administração, desde que esta o faça no prazo de cinco anos;
d) não poderá ser revisto administrativamente, pois gerou direitos a pessoas hipossuficientes;
Comentários
Primeiramente a revogação de atos administrativos opera sobre atos válidos, por motivos de
conveniência e oportunidade. Logo o caso narrado não se encaixa nessa definição, uma vez que
o ato estava eivado de nulidade, tornando as alternativas A e B incorretas.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 42
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Gabarito: Letra E.
Comentários
Letra A - incorreta. A anulação, em regra, produz efeitos retroativos à data da prática do ato, ou
seja, ex tunc.
Letra C - incorreta. A revogação é realizada por aquele que detém a competência para praticar o
ato, portanto não há que se falar que somente é possível por intermédio do Poder Judiciário.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 43
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Gabarito: Letra D.
Comentários
Item i - irrevogável. A partir do momento que o ato já foi consumado, no caso o servidor já
gozou as férias, não há que se falar em revogação, pois não existe o que ser extinto.
Item ii - irrevogável. A licença, por ser um ato vinculado, não pode ser revogada se o beneficiário
preencher todos os requisitos legais.
Item iii - irrevogável. Não há que se falar em revogação de direito adquirido por servidor. Esse é
o entendimento da Súmula 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 44
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Gabarito: Letra E.
a) por caducidade;
b) natural;
c) objetiva;
d) por revogação;
e) por invalidade.
Comentários
Letra B - incorreta. Extinção natural ocorre quando há o cumprimento normal de seus efeitos,
como, por exemplo, determinado ato que tenha vigência de dois meses e esse prazo se exaure.
Letra C - incorreta. Neste caso a extinção ocorre pelo fato de o objeto do ato praticado não mais
existir.
Letra D - incorreta. Aqui a extinção ocorre por motivos de conveniência e oportunidade sobre
atos discricionários válidos.
Letra E - incorreta. Extinção que ocorre pela anulação do ato inválido, o qual possui vícios que os
tornam ilegal.
Gabarito: Letra A.
Convalidação e conversão
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 45
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
c) renovará os efeitos do primeiro ato somente se dele constar expressamente tal intuito.
Comentários
GABARITO: “C”
A repristinação, que ocorre quando um ato revogado volta a vigorar por ter o ato revogador
perdido sua vigência, deve ser expressa, conforme afirmado na assertiva.
A: errada. Conforme comentários da assertiva “C”, para a repristinação ocorrer é preciso haver
previsão expressa, e não consta no enunciado que era essa a hipótese.
D: errada. Não há falar em convalidação, pois ela ocorre quando um ato é anulável e o vício
sanável é sanado, situação não apresentada no enunciado.
A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis pode ser feita pela
administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou prejuízo a
terceiros.
Comentários
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 46
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
GABARITO: “CERTO”
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 47
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim,
ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor
os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido
na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar
a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 48
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 49
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
36. Quando se estuda atos discricionários, não é possível não se deparar com o termo "mérito",
mas, afinal, o que é mérito administrativo?
37. É possível o controle de mérito do ato administrativo pelo Judiciário?
38. É possível o controle de atos administrativos discricionários pelo Judiciário?
39. Considerando que o Poder Judiciário não pode adentrar no mérito do ato, é possível asseverar
que a discricionariedade é absoluta?
40. Em eventual colisão entre um ato geral e um ato individual, qual deve prevalecer?
41. Os atos externos podem ser destinados à própria Administração?
42. Uma decisão administrativa proferida pelo plenário do Tribunal de Contas é um ato simples,
composto ou complexo?
43. Uma portaria conjunta emitida pela Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional é um
ato composto ou complexo?
44. Diferencie atos abstratos de atos concretos.
45. Nos atos compostos, o ato acessório deve preceder ou anteceder o ato principal?
46. Quanto às prerrogativas com que atua a Administração, diferencie ato de império, ato de
gestão e ato de expediente.
47. No que se refere à classificação dos atos administrativos quanto aos efeitos, como é
classificada a nomeação de servidor público?
48. Uma vez ciente das diferenças entre ato geral e ato individual, qual a distinção em relação ao
modo de serem revogados?
49. Quando se fala em classificação dos atos administrativos quanto aos efeitos, como se classifica
a "cassação de autorização"?
50. Diferencie ato alienativo de ato abdicativo.
51. Dentro da classificação dos atos administrativos, quanto aos requisitos de validade,
como se enquadra o ato juridicamente impossível?
52. No que toca à preservação de efeitos e a prazos prescricionais e decadenciais, quais as
principais diferenças entre o ato nulo e o ato inexistente?
53. Considere os seguintes atos: a) apreensão de mercadorias; b) permissão de uso de bem
público; c) imposição de multa administrativa; d) protocolo de documento. Quais deles são atos
de: império? Gestão? Expediente?
54. Qual a diferença entre ato nulo e anulável?
55. O que se entende por ato pendente?
56. Quais vícios nos elementos do ato podem ser sanados?
57. Qual a diferença entre o ato perfeito e o ato válido?
58. É possível que um ato seja imperfeito e válido? E imperfeito e inválido?
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 50
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
De acordo com Maria Sylvia Di Pietro: “declaração do Estado ou de quem o represente, que
produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de Direito Público
e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”1.
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho: “a exteriorização da vontade de agentes da
Administração Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito
público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público”2.
É um fato jurídico que produz efeitos sobre a Administração Pública, mesmo que não envolva a
participação de agentes públicos.
Esses efeitos gerados sobre a Administração podem ser jurídicos ou não. Quando não produzem
efeitos jurídicos sobre a Administração, os fatos administrativos são também chamados de fato da
Administração.
1
Di Pietro, 2016, p. 239.
2
Carvalho Filho, 2017, p. 105.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 51
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
Significa dizer que se presume que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei,
produzindo efeitos imediatamente, ainda que eivados de vícios ou defeitos aparentes, até sua
eventual anulação pela Administração ou pelo Judiciário.
Essa presunção é relativa, admitindo prova em contrário. Todavia, quem deve demonstrar
eventuais vícios do ato é o administrado, já que a presunção de legitimidade produz o efeito de
inverter o ônus da prova em favor da Administração.
7. Sabe-se que nem todos os atos administrativos gozam de autoexecutoriedade. Nesse contexto,
por qual motivo não se pode dizer que a multa de trânsito é autoexecutória?
A multa de trânsito não goza de autoexecutoriedade, pois, caso o cidadão não a pague, a
administração pública deverá buscar o Poder Judiciário para ver satisfeito o seu crédito, vez que
não conseguirá fazê-lo no âmbito administrativo.
Não. A imperatividade está presente somente nos atos que impõem obrigações ou restrições.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 52
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
Segundo Maria Sylvia Di Pietro, “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a
figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada
finalidade que a Administração pretende alcançar existe um ato definido em lei”3.
Competência é o poder atribuído ao agente para a prática do ato dizendo respeito, assim, ao
sujeito que, segundo expresso na norma, é o responsável por praticar determinado ato.
3
Di Pietro, 2016, p. 244.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 53
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
14. A delegação pode ser realizada mesmo a órgãos ou agentes não subordinados? E a avocação?
Sim, embora o mais comum é que a delegação ocorra quando há relação de hierarquia. Por outro
lado, a avocação só é possível na existência de relação de hierarquia.
Não! O art. 13 da Lei 9.784/1999 dispõe que não podem ser objeto de delegação:
16. João, secretário de meio ambiente do Município X, se sentindo estressado com a demanda
de trabalho, delegou de forma irrevogável e por tempo indeterminado todas as competências de
seu cargo ao seu subordinado imediato, Francisco, sem que houvesse publicação do ato em meio
oficial. João deixou de observar alguma característica ou restrição do instituto da delegação? Se
sim, quais?
Inicialmente, se admite apenas a delegação de parcela da competência, de modo que João não
poderia delegar todas as competências de seu cargo. Além disso, uma das características da
delegação é a sua revogabilidade, bem como a necessidade de que se dê por tempo determinado
(art. 14, § 1º, da Lei 9.784/1999). Por fim, deve haver publicação do ato no meio oficial – art. 14
da Lei 9.784/1999.
Não, a avocação não será possível quando se tratar de competência exclusiva do subordinado.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 54
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
O objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz, sua finalidade específica, seu conteúdo,
seu resultado prático, que será variável: aquisição, transformação ou extinção de direitos.
Por sua vez, a finalidade é o efeito geral ou mediato (no futuro) do ato, que será sempre o mesmo
(expresso ou implicitamente estabelecido na lei): a satisfação do interesse público.
Preceitua que, para a prática de qualquer ato administrativo, devem ser exigidas tão somente as
formalidades estritamente essenciais, desprezando-se procedimentos meramente protelatórios, o
que se coaduna com o art. 22 da Lei 9.784/1999, que dispõe que “os atos do processo
administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir”.
Vinculado, porque deve ser exteriorizado na forma que a lei exigir. Somente no caso de a lei não
exigir essa forma determinada é que a Administração poderá praticar o ato com a forma que lhe
parecer mais adequada.
Embora o motivo sempre esteja presente em um ato administrativo, a motivação, a rigor, somente
será obrigatória quando a lei assim o exigir, embora a doutrina e a boa prática administrativa
defendam que sempre seja aplicável.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 55
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
23. A motivação (exposição, por escrito, dos motivos que levaram à prática do ato) integra qual
elemento do ato administrativo?
Integra a forma do ato administrativo.
24. Além dessas hipóteses estabelecidas na Lei 9.784/1999, a CF/88 também estabeleceu uma
hipótese de motivação obrigatória. Qual seria esta hipótese?
A seguinte hipótese de motivação obrigatória encontra-se na CF/88:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 56
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
Motivo é a situação objetiva, real, externa ao agente que pratica o ato, enquanto o móvel é a
intenção subjetiva desse agente.
Nos atos completamente vinculados, o exame do móvel é irrelevante, porque a lei já define o
único comportamento possível perante o motivo por ela já caracterizado, inadmitindo qualquer
subjetivismo por parte do agente.
Que a validade do ato está adstrita aos motivos indicados como seu fundamento, de maneira que,
se os motivos forem inexistentes ou falsos, o ato será nulo.
Nos atos vinculados, o objeto deve ser exatamente aquele que a lei estabeleceu. Esse é o objeto
vinculado.
Por outro lado, nos atos discricionários, o objeto pode ser escolhido pelo agente público, dentre
os possíveis autorizados na lei, mediante a avaliação dos critérios de conveniência e oportunidade.
Esse é o objeto variável.
É o apoderamento da atribuição de agente público por parte de alguém que não sido investido
no cargo, emprego ou função (ex: uma pessoa qualquer se vestir de policial e passar a fazer
patrulhas nas ruas, sem ter sido investido no cargo), sendo considerados inexistentes os atos
praticados pelo usurpador.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 57
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
É a situação na qual o agente foi investido no cargo, emprego ou função, mas há alguma
ilegalidade em sua investidura ou algum impedimento legal para a prática do ato. Nesse caso, os
efeitos do ato são considerados válidos, em razão da "teoria da aparência".
Desvio de poder (ou desvio de finalidade) é a prática de ato visando fim diverso do previsto,
mesmo que implicitamente, na lei (ex: remoção de servidor público com o objetivo de puni-lo).
Trata-se de vício de finalidade do ato.
O excesso de poder ocorre quando o agente excede os limites da sua competência para praticar
determinado ato (ex: demissão de servidor aplicada por Ministro de Estado, quando a lei lhe
permitia aplicar apenas a penalidade de suspensão, devendo a penalidade de demissão ser
aplicada exclusivamente pelo Presidente da República).
Só quando a forma for essencial. Nos demais casos, o vício é sanável e o ato passível de
convalidação.
São o Termo, Encargo e a Condição. Lembrar do mnemônico “ECT” (Encardo, Condição e Termo).
34. Quando se fala em vícios de motivo, qual a diferença entre motivo inexistente e motivo
ilegítimo?
Enquanto o motivo inexistente é entendido a ausência de pressuposto de fato (ex: a administração
pratica determinado ato alegando como fundamento o fato "F", quando efetivamente esse fato
"F" não ocorreu, não existiu), implicando sua nulidade, o motivo ilegítimo ocorre quando o motivo
alegado é juridicamente inadequado, incongruente, impertinente (ex: a administração pratica
determinado ato alegando como fundamento o fato "F", quando efetivamente esse fato "F" não
é previsto na norma como apta a fundamentar a prática do ato).
35. No que tange aos seus elementos, qual a diferença entre os atos administrativos vinculados e
os discricionários?
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 58
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
Nos atos administrativos vinculados, o agente público não possui margem para valorar ou escolher
nenhum de seus elementos, já que todos são vinculados.
36. Quando se estuda atos discricionários, não é possível não se deparar com o termo "mérito",
mas, afinal, o que é mérito administrativo?
É a prerrogativa conferida ao administrador para praticar atos discricionários fundados em um
análise de oportunidade (se o momento para praticar o ato é adequado) e conveniência (se o ato
é interessante ao interesse público).
Não, somente a própria Administração pode realizar o controle do mérito do ato administrativo,
que resulta na sua revogação (e não anulação, que é um controle de legalidade ou legitimidade).
Sim, mas nunca do mérito do ato: somente da legalidade ou legitimidade do ato, resultando na
sua anulação em caso de vício em seus elementos.
39. Considerando que o Poder Judiciário não pode adentrar no mérito do ato, é possível asseverar
que a discricionariedade é absoluta?
Não, a discricionariedade deve: a) ser exercida nos limites da lei; b) observar os princípios da
Administração Pública, especialmente os da razoabilidade, da proporcionalidade e da moralidade;
e c) atender à teoria dos motivos determinantes.
40. Em eventual colisão entre um ato geral e um ato individual, qual deve prevalecer?
O ato geral, uma vez que, na prática de atos individuais, a Administração é obrigada a observar
os atos gerais pertinentes ao caso.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 59
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
Sim, os atos externos podem ser destinados tanto aos particulares quanto à própria
Administração; o que os distingue dos atos internos é o fato de produzirem efeitos fora da
repartição que os originou.
42. Uma decisão administrativa proferida pelo plenário do Tribunal de Contas é um ato simples,
composto ou complexo?
43. Uma portaria conjunta emitida pela Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional é um
ato composto ou complexo?
45. Nos atos compostos, o ato acessório deve preceder ou anteceder o ato principal?
As duas situações são possíveis: o ato acessório pode ser prévio, com a função de autorizar a
prática do ato principal, ou posterior, com a função de conferir eficácia ao ato principal.
46. Quanto às prerrogativas com que atua a Administração, diferencie ato de império, ato de
gestão e ato de expediente.
No ato de império, a Administração utiliza suas prerrogativas para realizar uma imposição
coercitiva ao administrado, de forma unilateral (poder extroverso, de império). Por outro lado, no
ato de gestão, a administração efetua a gestão de seus bens e serviços, em situação de igualdade
com os particulares. Por fim, no ato de expediente, a administração em sua rotina interna, pratica
atos sem conteúdo decisório.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 60
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
47. No que se refere à classificação dos atos administrativos quanto aos efeitos, como é
classificada a nomeação de servidor público?
É classificada como ato constitutivo, uma vez que cria nova situação jurídica (direitos ou
obrigações) para seus destinatários.
48. Uma vez ciente das diferenças entre ato geral e ato individual, qual a distinção em relação ao
modo de serem revogados?
Enquanto os atos gerais são sempre revogáveis, mesmo se gerarem direitos adquiridos, os atos
individuais não podem ser revogados se gerarem direitos adquiridos.
49. Quando se fala em classificação dos atos administrativos quanto aos efeitos, como se classifica
a "cassação de autorização"?
A "cassação de autorização" é classificada como ato extintivo, uma vez que extingue situação
jurídica individual.
51. Dentro da classificação dos atos administrativos, quanto aos requisitos de validade, como se
enquadra o ato juridicamente impossível?
Ato juridicamente impossível é considerado inexistente. Vale lembrar que ato inexistente é aquele
que possui apenas aparência de manifestação da vontade da administração. No ato inexistente,
não se reconhece que houve a prática de um ato, a manifestação de vontade da administração,
portanto.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 61
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
O ato nulo possui vício insanável em um dos seus elementos constitutivos, sendo ilegal e ilegítimo
e, por isso, não pode ser convalidado, devendo ser anulado.
Já o ato anulável é o que apresenta defeito sanável, sendo passível de convalidação pela própria
Administração.
São sanáveis os vícios de competência quanto à pessoa (e não quanto à matéria), exceto se se
tratar de competência exclusiva, e o vício de forma, a menos que se trate de forma essencial
exigida em lei.
O ato perfeito é o que contém todos os elementos constitutivos previstos na lei. Já o ato válido é
aquele cujos elementos de formação não apresentam nenhum vício.
Nenhuma dessas combinações é possível, porque o ato imperfeito, a rigor, sequer existe como
ato administrativo, porque não cumpriu todas suas etapas de formação, de modo que, por outro
lado, todo ato perfeito é, necessariamente, válido ou inválido.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 62
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
As leis são elaboradas a partir do processo legislativo e podem criar direitos e obrigações, ou seja,
podem inovar o ordenamento jurídico, enquanto os atos normativos são praticados pela
Administração e não podem inovar no ordenamento jurídico.
61. É possível dizer que os contratos administrativos são, em essência, atos administrativos
negociais?
Não, porque não são atos bilaterais, mas sim atos unilaterais, embora haja presença de interesse
recíproco entre as partes.
Por outro lado, a invalidação da nomeação ocorreria caso constatado que o ato de nomeação foi
ilegal.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 63
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
São elas a anulação, revogação, cassação, caducidade, contraposição, renúncia, extinção natural,
extinção objetiva e extinção subjetiva.
É importante destacar que os tribunais superiores têm entendido que tanto a anulação quanto a
revogação de atos que desfavoreça interesses do administrado deve ser precedida (tem que ser
antes!) de procedimento administrativo em que lhe seja assegurado o exercício do direito ao
contraditório e à ampla defesa, mesmo que seja nítida a ilegalidade.
Atos inválidos
Ilegalidade do Poder Judiciário e
Anulação (vinculados ou ex tunc
ato Administração Pública
discricionários)
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 64
www.estrategiaconcursos.com.br 76
. Túlio Lages
Aula 00 Lages
Tulio
Aula 17
A convalidação pode operar tanto em atos vinculados como discricionários, não sendo um controle
de mérito, mas de legalidade.
Na esfera federal, a Lei 9.784/99 prevê a possibilidade de convalidação nos seguintes termos:
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
Assim, nos termos do dispositivo, a convalidação na esfera federal deve observar os seguintes
requisitos:
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 65
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
A presunção de veracidade, considerada um dos atributos do ato administrativo, diz respeito aos
fatos, razão pela qual, quando a administração pública alega determinado fato, presume ser este
verdadeiro, tal como sucede com os atestados, as declarações e as certidões.
Para a exoneração de servidor público decorrente da anulação do concurso público no qual fora
aprovado e que viabilizou sua posse no cargo, não se exigem a instauração de processo
administrativo e a garantia do contraditório, já que a anulação do certame pressupõe a
ocorrência de ilegalidade.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 66
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 67
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
a) quanto à forma de exteriorização, como parecer, sendo possível sua revogação judicial.
11. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Acerca das espécies de ato administrativo, julgue o item.
Permissão é ato unilateral e discricionário por meio do qual a administração faculta ao particular
a execução do serviço público ou a utilização privativa de bem público.
12. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Acerca das espécies de ato administrativo, julgue o item.
Autorização é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração faculta ao particular o
exercício de uma atividade.
13. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Acerca das espécies de ato administrativo, julgue o item.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 68
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Aprovação é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração pública reconhece a
legalidade de um ato jurídico apenas a posteriori.
14. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Acerca das espécies de ato administrativo, julgue o item.
Licença é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração reconhece ao particular o
direito à prestação de um serviço público.
15. (Cespe/2017/TRE PE/AJAJ) Um servidor público praticou um ato administrativo para cuja
prática ele é incompetente. Tal ato não era de competência exclusiva.
a) inexistente.
b) irregular.
c) válido.
d) nulo.
e) anulável.
A revogação do ato administrativo ocorre nas hipóteses de ilegalidade, devendo retroagir com
efeitos ex tunc para desconstituir as relações jurídicas criadas com base no ato revogado.
O objeto do ato administrativo não pode ficar sujeito a condição, ou seja, a cláusula que
subordine o efeito do ato a evento futuro e incerto.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 69
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
O atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a administração pratique atos sem
previsão legal.
A administração pública pode revogar atos como certidões, atestados e votos, tendo a
revogação, nesses casos, efeitos ex nunc.
O prazo para anulação dos atos administrativos é de cinco anos, independentemente da boa-fé
do administrado que se tenha beneficiado com tais atos.
a) A convalidação por ratificação somente pode ser realizada pelo superior hierárquico do
agente que praticou o ato anterior.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 70
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
d) Por ser a revogação um ato discricionário, ao se revogar um ato revogado, ocorrerá, por
consequência lógica, a repristinação do ato originário.
a) poderá ser revogado pelo Poder Judiciário, se for impugnado por meio de ação popular;
b) poderá ser revogado pela administração, desde que esta o faça no prazo de cinco anos;
d) não poderá ser revisto administrativamente, pois gerou direitos a pessoas hipossuficientes;
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 71
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
a) por caducidade;
b) natural;
c) objetiva;
d) por revogação;
e) por invalidade.
Convalidação e conversão
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 72
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
c) renovará os efeitos do primeiro ato somente se dele constar expressamente tal intuito.
A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis pode ser feita pela
administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou prejuízo a
terceiros.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 73
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
Gabarito
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 74
www.estrategiaconcursos.com.br 76
Tulio Lages
Aula 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo Estratégico de Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) 75
www.estrategiaconcursos.com.br 76