Op 089st 23 Cet SP Gestor
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Gêneros textuais
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PORTUGUÊS
A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhecimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir da
função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual, podendo
se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, assim como a
própria língua e a comunicação, no geral.
Alguns exemplos de gêneros textuais:
• Artigo
• Bilhete
• Bula
• Carta
• Conto
• Crônica
• E-mail
• Lista
• Manual
• Notícia
• Poema
• Propaganda
• Receita culinária
• Resenha
• Seminário
Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um texto
literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária, por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finalidade e à
função social de cada texto analisado.
COESÃO E COERÊNCIA.
A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpretação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os compo-
nentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa.
Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao
conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.
Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de conectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida a
partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (antecipa um componente).
Confira, então, as principais regras que garantem a coesão textual:
Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
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PORTUGUÊS
• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contradi- • Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex:
tórias em diferentes partes do texto. populoso)
• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundan-
te, ainda que seja expressa com palavras diferentes. Uso do “S”, “SS”, “Ç”
• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre • “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex:
si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumenta- diversão)
ção. • “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)
• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto • “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passa-
tenha um seguimento em relação ao assunto tratado. ram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela)
• Princípio da progressão semântica: inserir informações no-
vas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à pro- Os diferentes porquês
gressão de ideias.
Usado para fazer perguntas. Pode ser
Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomen- POR QUE
substituído por “por qual motivo”
dáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimen-
to de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao Usado em respostas e explicações. Pode ser
PORQUE
longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do substituído por “pois”
leitor; e informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessan- O “que” é acentuado quando aparece como
tes e pouco previsíveis. POR QUÊ a última palavra da frase, antes da pontuação
final (interrogação, exclamação, ponto final)
ORTOGRAFIA OFICIAL. É um substantivo, portanto costuma vir
PORQUÊ acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo
ou pronome
A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes
à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso Parônimos e homônimos
analisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memo- As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro-
rizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que núncia semelhantes, porém com significados distintos.
também faz aumentar o vocabulário do leitor. Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe-
Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).
entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma
que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo
atento! “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).
Alfabeto
O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é co- ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
nhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o
alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e
consoantes (restante das letras). Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons
Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram com mais relevo do que outros. Os sinais diacríticos servem para
reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras.
que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de Vejamos um por um:
nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional.
Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
Uso do “X” aberto.
Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o Já cursei a Faculdade de História.
X no lugar do CH: Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxer- fechado.
gar) Meu avô e meus três tios ainda são vivos.
• Depois de ditongos (ex: caixa) Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este
• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá) caso afundo mais à frente).
Sou leal à mulher da minha vida.
Uso do “S” ou “Z”
Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser ob- As palavras podem ser:
servadas: – Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
• Depois de ditongos (ex: coisa) -já, ra-paz, u-ru-bu...)
• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” – Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
(ex: casa > casinha) sa-bo-ne-te, ré-gua...)
• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou – Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
origem. (ex: portuguesa) (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)