Manual de Botânica Sistemática
Manual de Botânica Sistemática
Manual de Botânica Sistemática
i
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA
CÓDIGO
CRÉDITOS (SNATCA) 6
NÚMERO DE TEMAS 5
ii
UnISCED - CURSO: BIOLOGIA, 3º ANO, DISCIPLINA/MÓDULO DE BOTÂNICA SISTEMÁTICA
Vice-reitoria Académica
Beira - Moçambique
Fax: 23323501
E-mail: [email protected]
Website:www.unisced.edu.mz
i
UnISCED - CURSO: BIOLOGIA, 3º ANO, DISCIPLINA/MÓDULO DE BOTÂNICA SISTEMÁTICA
Agradecimentos
Vice-reitoria Académica
Coordenação
Universidade Aberta ISCED (UnISCED)
Design
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distância
Financiamento e Logística
(IAPED)
Revisão Científica e
Linguística
2024
Ano de Publicação
UnISCED – BEIRA
Local de Publicação
ii
UnISCED - CURSO: BIOLOGIA, 3º ANO, DISCIPLINA/MÓDULO DE BOTÂNICA SISTEMÁTICA
Visão geral 1
Benvindo à Disciplina/Módulo de Botânica Sistemática .................................................. 1
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 1
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2
Ícones de actividade ......................................................................................................... 3
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 3
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 6
Avaliação ........................................................................................................................... 6
TEMA I: Botânica sistemática como campo científico .................................................... 9
Unidade Temática 1.1. História da Botânica Sistemática .............................................. 10
UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Sistemas de classificação botânica: artificiais, naturais e
filogenéticos .................................................................................................................... 11
Unidade Temática 1.3. Taxonomia e Sistemática .......................................................... 13
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 31
Unidade Temática 2. Sistemática das algas ................................................................... 32
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 43
UNIDADE TEMÁTICA 3. Sistemática das Briófitas ........................................................... 45
EXERCÍCIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO.................................................................................. 64
Unidade Temática 4. Sistemática das Pteridófitas ........................................................ 69
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 88
Unidade Temática 4.1. Psilophytopsida, Psilotopsida e Lycopsida ............................... 90
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 110
Unidade Temática 4.2. Sphenopsida e Pteropsida ...................................................... 111
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 122
Unidade Temática 5. Sistemática das Gimnospérmicas .............................................. 123
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 135
Unidade Temática 6. Sistemática das Angiospérmicas ................................................ 137
Unidade Temática 7. Sistemática dos Fungos .............................................................. 144
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 156
Unidade Temática 7.1. Classificação dos Fungos ......................................................... 158
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 167
Considerações Finais ..................................................................................................... 168
Referências Bibliográficas ............................................................................................. 170
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1- Representação esquemática de um sistema de dois Reinos ................................................. 19
Figura 2- Representação esquemática de um sistema de três Reinos .................................................. 19
Figura 3- Representação esquemática de um sistema de quatro Reinos ............................................. 20
Figura 4- Representação esquemática de um sistema de cinco Reinos ............................................... 21
Figura 5: Sete reinos da vida e sua possível filogenia (após Patterson & Sogin 1992). ........................ 23
Figura 6- Representação gráfica da Ginckgo biloba .............................................................................. 27
Figura 7- a) Hedera nepalensis, b) Rubus Canadensis, c) Ligustrum nepalens ..................................... 28
Figura 8- a) Rosa albz, b) Allium sativum, Oryza sativa......................................................................... 29
Figura 9- Algas Terrestres - (A) Vaucheria, (B) Botrydium (C) Volvox (algas de água doce) ................. 34
Figura 10 - Flagelação em algas (A-F). (A, B) Flagelos acronemáticos; (C) Flagelo pleuronemático com
mastigonemas (D) Célula com dois flagelos pantonemáticos iguais, (E) Flagelo pantoacronemático, (F)
Flagelo esticonemático.......................................................................................................................... 37
Figura 11 - Ilustraçao de talos de algas do Filo Phaeophyta: a) Ectocarpus, b) Dictyota, c) Laminaria e
d) Fucus.................................................................................................................................................. 40
Figura 12 - Ilustração de talos de algas do Filo Rhodophyta: a) Gelidium, b) Batrachospermum, c)
Gracilaria e d) Polysiphonia ................................................................................................................... 41
Figura 13 - Características externas de briófitas (A) Roseta de Riccia (B) Talo de Riccia (C) Marchantia
(D) Porella (E) Anthoceros (F) Funaria (G) Polytrichum ......................................................................... 47
Figura 14 - Ciclo de Vida do Musgo (Briofita), evidenciando a alternância de gerações. ..................... 50
Figura 15 - Ilustração dos representantes das três classes do filo Briophyta: Hepática da classe
Hepaticopsida, antoceros da classe Anthocerotopsida e Musgos da classe Briopsida. ...................... 53
Figura 16- ’Folhas’’ em forma de pena de samambaia ......................................................................... 69
Figura 17- Diferentes tipos de pteridófitas: A. Azolla, B. Selaginella, C. Marsilea, D. Lycopodium, E.
Equisetum, F. Adiantum ........................................................................................................................ 73
Figura 18- Classificação do grupo das Pteridophyta de acordo com ICBN............................................ 75
Figura 19- a)Sinângio de Psilotum, b)Cone de Equisetum, c)Estróbilo ou cone de Lycopodium, d)Sori
de Feto................................................................................................................................................... 80
Figura 20 - Ciclos de vida das Pteridófitas Homosporas e Heterosporas .............................................. 81
Figura 21- a) Prothallus of Lycopodium clavatum, b) Prothallus of Lycopodium complanatum.......... 82
Figura 22 - Germinação de esporos e desenvolvimento do Prothallus em Dryopterys ....................... 82
Figura 23 - Anterídio e arquegónio de feto ........................................................................................... 83
Figura 24 - Ciclo de vida de uma Pteridofita ......................................................................................... 84
Figura 25 - Rhynophita .......................................................................................................................... 92
Figura 26 - Estrutura interna da Rhynia ................................................................................................ 93
Figura 27 - Esporângios e esporos de Rhynia. AR major, BR gwynne-vaughani ................................... 93
Figura 28 – a) Uma planta completa de Psilotum nudum mostrando sinângios; b) Caule de Psilotum
(Diagramático);c) folha de Psilotum nudum ......................................................................................... 96
Figura 29 – a) A-Rizoma T. S. de Psilotum nudum, B- Sinângio de Psilotum......................................... 97
Figura 30 - Psilotum nudum, Um gametófito maduro .......................................................................... 98
Figura 31 - Esporófito de Lycopodium, A- L. cernuum (terrestre), B- L. clavatum (terrestre) C- L.
phlegmaria (epífita) ............................................................................................................................. 100
Figura 32 - Corte transcersal do: Caule de Lycopodium A. L.clavatum B. L.cernuum ......................... 101
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1- Características dos cinco Reinos propostos por R.H. Whittaker (1969) .............................. 22
Quadro 2- Nomenclaturas baseadas na pessoa, autor e lugar ............................................................. 30
Quadro 3 - Classificaçao da Divisao Pteridophytes proposta por Reimers (1954) e Sporne (1996) ..... 74
Quadro 4- Classificação detalhada das Angiospérmicas (1959).......................................................... 139
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Visão geral
Objectivos do Módulo
1
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Um índice completo.
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de Unidades temáticas ou simplesmente
Unidades. Cada Unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos.
No final de cada Unidade temática ou do próprio tema, são
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só
depois é que aparecem os exercícios de avaliação.
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e
actividades práticas, incluído estudo de caso.
Outros recursos
2
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Ícones de actividade
Habilidades de estudo
3
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É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período; deve estudar cada ponto da
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que
já domina bem o anterior.
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Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra razão,
o material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento
e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone,
SMS, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando
a preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se
tornam incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor,
estudante – CR, etc.
As sessões presenciais são um momento em que você caro
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do
seu CR, com tutores ou com parte da equipa central da UnISCED
indigitada para acompanhar as suas sessões presenciais. Neste
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Avaliação
1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
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INTRODUÇÃO
9
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10
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Classificação
A classificação é um arranjo de organismos em grupos com base em
semelhanças. Numa sequência de inclusão crescente, os grupos são
associados a uma hierarquia fixa de categorias, tais como espécie,
género, família, ordem, classe e divisão, constituindo a disposição final
um sistema de classificação. Uma vez estabelecida, a classificação
constitui um mecanismo importante de armazenamento, recuperação
e utilização da informação. Este sistema de classificação ordenada é
popularmente conhecido como sistema de Linnaeus. As entidades
taxonómicas são classificadas de diferentes formas:
A classificação artificial é utilitária, baseada em caracteres arbitrários e
facilmente observáveis, como o hábito, a cor, o número, a forma ou
características semelhantes.
A classificação natural utiliza a semelhança geral para agrupar os taxa,
um conceito iniciado por M. Adanson e que culminou na classificação
amplamente utilizada de Bentham e Hooker. Nos últimos anos, o
conceito de semelhança global foi objeto de um aperfeiçoamento
considerável. Contrariamente às características exclusivamente
morfológicas como indicadores de semelhança nos sistemas naturais, a
semelhança global é agora avaliada com base em características
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Filogenia
A filogenia é o estudo da genealogia e da história evolutiva de um grupo
taxonómico. Um filograma é um diagrama de ramificação baseado no
grau de avanço (apomorfia) dos descendentes, sendo que o ramo mais
longo representa o grupo mais avançado. É diferente de uma árvore
filogenética em que a escala vertical representa uma escala de tempo
geológico e todos os grupos vivos atingem o topo, com os primitivos
perto do centro e os avançados perto da periferia. Os grupos
monofiléticos, que incluem todos os descendentes de um antepassado
comum, são reconhecidos e formam entidades num sistema de
classificação. Os grupos parafiléticos, em que alguns descendentes de
um antepassado comum são deixados de fora, são reunidos. Grupos
polifiléticos, com mais de um ancestral comum, são divididos para
formar grupos monofiléticos. A informação fenética pode muitas vezes
ajudar a determinar uma relação filogenética.
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Introdução
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Objectivos da taxonomia
A taxonomia tem três objectivos principais, a saber, a identificação, a nomenclatura
e a classificação. Existem duas abordagens principais:
(a) Abordagem empírica: Baseia-se em aspectos práticos, na observação de
caracteres, etc.
(b) Abordagem interpretativa: A classificação baseia-se na interpretação e na
evolução de um taxon, por exemplo, o sistema filogenético. A taxonomia moderna
combina as duas abordagens com os seguintes objectivos:
1. Fornecer um método conveniente de identificação e comunicação.
2. Fornecer uma classificação que se baseie, tanto quanto possível, nas afinidades
naturais dos organismos.
3. Fornecer um inventário dos taxa vegetais através da flora.
4. Detetar a evolução em ação, descobrindo o seu processo de interpretação em
resultados.
5. Desempenhar um papel integrador e unificador na formação dos estudantes de
biologia no que respeita às relações entre os vários domínios biológicos e a ciência
da recolha de dados.
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Sistemática
A sistemática é o estudo da diversidade biológica e a organização dos dados numa
classificação. A palavra sistemática deriva da palavra latina "systema", que se refere
à organização ordenada dos organismos. Engloba as relações evolutivas das
espécies. A sistemática vegetal é o estudo da forma como as plantas e a sua
descendência evolutiva interagem.
As semelhanças, a proximidade e as ligações entre os organismos são utilizadas para
os classificar. Descreve a ligação evolutiva e a história de ancestralidade entre vários
organismos. As semelhanças individuais sugerem que podem ter partilhado um
antepassado comum. Representa o percurso evolutivo dos seres vivos actuais. Um
grupo é constituído por espécies estreitamente relacionadas que partilham um
património genético.
Taxonomia
A palavra "taxonomia" deriva de duas palavras gregas: "taxis" que significa "arranjo"
e "nomos" que significa "regras". A taxonomia vegetal é a ciência da classificação das
plantas de acordo com um conjunto de normas. A. P. de Candolle, um botânico suíço,
criou o termo taxonomia na sua obra "Théorie élémentaire de la botanique". A
taxonomia vegetal é um domínio da botânica que consiste em caraterizar,
identificar, classificar e nomenclaturar as plantas com base nas suas semelhanças e
variações.
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Tipos de táxon
Os nomes dos diferentes grupos taxonómicos são baseados no método do tipo. Os
princípios e artigos do ICBN prevêem que todos os grupos taxonómicos se baseiem
em tipos nomenclaturais, o que significa que todos os nomes estão
permanentemente ligados a algum taxon ou espécime designado como tipo. Para as
espécies (e taxa intra-específicos) o tipo é um espécime ou, em algumas
circunstâncias, apenas uma ilustração:
(a) Holótipo: Um único espécime, que pode ser uma planta inteira ou uma parte
dela, ao qual o nome do taxon está permanentemente ligado, é conhecido como
holótipo.
(b) Isótipo ou Cótipo: Um isótipo é um espécime biológico duplicado do holótipo,
colhido no mesmo local e na mesma altura (na localidade-tipo).
(c) Paratotipo: Um parátipo é qualquer um de um ou mais espécimes biológicos que
não o holótipo listado como representativo e utilizado para o desenvolvimento da
descrição original de uma espécie ou subespécie.
(d) Síntipo: O espécime que constitui a base de um novo taxon quando o autor não
designa um holótipo é conhecido como designado pelo autor é conhecido como
sinótipo. Se o autor estudar colecções de diferentes localidades e por diferentes
coleccionadores e decide estabelecer uma nova espécie, rotula todos eles como
tipos, todos estes espécimes tornam-se sintipos.
(e) Lectótipo: É o tipo escolhido para servir de holótipo, quando um holótipo
anterior foi perdido ou destruído ou o holótipo nunca foi designado e, a partir do
isótipo, parátipo ou síntipo, um espécime é escolhido por um especialista para servir
de tipo.
(f) Neótipo: Se o holótipo, o isótipo, o parátipo ou o síntipo se perderam ou não
estão disponíveis, é selecionado um O neótipo é selecionado de entre outros
espécimes para servir de tipo. Alguns taxonomistas chamam-lhe Espécime Padrão.
(g) Topótipo: Quando não existe material de tipo original e um espécime é e um
espécime é colhido na localidade tipo é escolhido para servir como tipo, é chamado
Topótipo.
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Descrição
A descrição de um táxon envolve a enumeração das suas características através do
registo dos estados de caracteres apropriados. Os caracteres de diagnóstico de um
taxon determinam a sua descrição. A descrição é registada num padrão definido
(hábito, caule, folhas, flor, sépalas, pétalas, estames, carpelos, fruto, etc.). Para cada
carácter, é listado um estado de carácter apropriado. Assim, a cor da flor (carácter)
pode ser vermelha, amarela, branca, etc. (estados).
Nomenclatura
A nomenclatura trata da aplicação de um nome correto a uma planta ou grupo
taxonômico. Na prática, a nomenclatura costuma ser combinada com a
identificação, pois ao identificar um espécime vegetal desconhecido, o autor escolhe
e aplica o nome correto.
A nomenclatura diz respeito à determinação de um nome correto para um taxon.
Existem diferentes conjuntos de regras para diferentes grupos de organismos vivos.
A nomenclatura das plantas (incluindo os fungos) é regida pelo Código Internacional
de Nomenclatura Botânica (ICBN) através das suas regras e recomendações.
Atualizado aproximadamente de seis em seis anos, o Código Botânico ajuda a
escolher um único nome correto de entre os numerosos nomes científicos
disponíveis para um taxon, com uma circunscrição, posição e classificação
específicas. Para evitar mudanças de nome inconvenientes para determinada taxa,
o Código fornece uma lista de nomes conservados. As plantas cultivadas são regidas
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Nomenclatura Binominal
Linnaeus propôs pela primeira vez que cada ser vivo tem um nome binomial, ou seja,
um nome com dois epítetos. Um é genérico e o outro é um epíteto específico. Se um
organismo tem uma variedade o nome passa a ser trinomial. Linnaeus propôs
algumas regras para os nomes genéricos de plantas em Botânica Fundamental
(1736) e Critica Botânica (1737). A.P. de Candolle propôs pela primeira vez regras
para a nomenclatura das plantas, que foram aprovadas pelo Congresso Internacional
de Botânica em Paris (1867). O naturalista sueco Carolus Linnaeus que começou a
nomear as plantas em 1753 com nomes binomiais. Foi publicado no seu livro
‘’Species Plantarum’’. O nome genérico é sempre um substantivo que indica cor,
nome ou adjetivo, por exemplo, Sarracenia nome dado em homenagem ao cientista
Michel Sarracin. A espécie é sempre um adjetivo, por exemplo, para flor branca, é
alba. Por exemplo, para a flor branca é alba, para a flor comestível é sativa, para o
preto é nigrum, etc. Estes nomes não são usados sempre. A espécie pode ser um
pronome, por exemplo, americana, indica, benghalensis, etc. Pode ser a forma de
uma folha (carácter da planta), p. ex., sagittifolia, nome de outro cientista a quem a
planta é dedicada, por exemplo, Sahnii, etc.
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da vida em dois impérios: organismos com núcleo nos Eucariotos e organismos sem
núcleo nos Procariotos. Os procariontes não possuem núcleo, mitocôndrias ou
quaisquer outras organelas ligadas à membrana. Os eucariotos têm um núcleo
separado ligado à membrana, numerosas mitocôndrias e outras organelas, como o
corpo de Golgi, dentro de cada uma de suas células. Mais tarde (1956), Copland
propôs um sistema de quatro reinos (Figura 3), colocando todos os eucariontes,
exceto animais e plantas, no reino Protoctista, reconhecendo assim quatro reinos
Monera, Prototista, Plantae e Animalia. A importância de agrupar estes reinos em
dois impérios, como sugerido anteriormente por Chatton, foi popularizada por
Stanier e van Niel (1962), e logo se tornou amplamente aceita.
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Quadro 1- Características dos cinco Reinos propostos por R.H. Whittaker (1969)
Critério Reino Monera Reino Protista Reino Fungi Reino Plantae Reino Animália
Tipo de Unicelulares Unicelulares Pluricelulares Pluricelula-res Pluricelulares
organização na sua (com reduzida
celular maioria diferenciação)
(solitários ou
colónias)
Tipo de Procariotas Eucarioticas Eucarióticas Eucarióticas Eucarióticas
células Parede celular Parede celular
(organitos) de quitina de celulose
Autotróficos Autotróficos Heterotrófico Heterotróficos
(fotossíntese e (fotossíntese) Heterotrófico s (Por ingestão)
Modo de quimiossíntese Heterotrófico s (Por
nutrição ) s (Absorção e (Por fotossíntese)
Heterotróficos ingestão) absorção)
(por absorção)
Interacções Produtores Produtores
nos (Microconsu- Macrocon- Microconsu- Produtores Macroconsu-
ecossistemas midores) sumidores midores midores
Microcon-
sumidores
Amiba, Bolores, Musgos, Esponjas,
Exemplos Bacterias Paramecia, cogumelos fetos, plantas insectos,
Euglena, Algas com flor repteis,
mamíferos
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Figura 5: Sete reinos da vida e sua possível filogenia (após Patterson & Sogin 1992).
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Hierarquia de classificação
Reino
Divisão
Classe
Subclasse
Ordem
Subordem
Família
Subfamília
Género
Espécie
Subespécie
Nomes de táxons
Táxon (pl. táxons) refere-se a um grupo taxonómico pertencente a qualquer
categoria. O sistema de nomenclatura fornece um arranjo hierárquico de
classificações. Cada planta é tratada como pertencente a um número de táxons,
cada um atribuído a uma classificação específica. A cebola, portanto, pertence a
Allium cepa (classificação de espécie), Allium (classificação de gênero), Alliaceae
(classificação de família) e assim por diante. As sete principais classificações
obrigatórias de táxons em sequência descendente são: reino (regnum), divisão ou
filo (divisio, phylum), classe (classis), ordem (ordo), família (familia), gênero (gênero),
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Gênero
O nome genérico é uma palavra uninomial singular tratada como substantivo. O
gênero pode ter forma masculina, neutra ou feminina conforme indicado pela
desinência: -us, -pogon comumente representam gêneros masculinos, -um para
neutros e -a, -is para gêneros femininos. A primeira letra do nome genérico é sempre
maiúscula. O nome pode ser baseado em qualquer fonte, mas as fontes comuns para
nomes genéricos são as seguintes:
1. Comemoração de uma pessoa geralmente um autor como Bauhinia para Bauhin,
Benthamia e Benthamida para Bentham, Darwinia para Darwin, Hutchinsonia para
Hutchinson, Lamarckia para Lamarck e Linnaea para Linnaeus. Também pode ser
usado para chefe de estado como Victoria para a Rainha Vitória da Inglaterra,
Washingtonia para o Rei George Washington e Zinobia para a Rainha Zinobia de
Palmyra. Os nomes que homenageiam uma pessoa, homem ou mulher, assumem
sempre a forma feminina. O nome de um gênero é construído adicionando -ia se o
nome de uma pessoa terminar em consoante (Fuchsia após Fuchs), -a se terminar
em vogal (Ottoa após Otto), mas -ea é adicionado se terminar em -a (Collaea depois
de Colla). Se o nome terminar em -er, ambos serão permitidos (Kernera para Kerner;
Sesleria para Seslar). Para nomes pessoais latinizados que terminam em -us, esta
terminação é eliminada antes de adicionar a desinência apropriada (Linnaea após
Linnaeus, Dillenia após Dillenius). O nome também pode ser formado diretamente,
como no caso de Victoria e Zinobia, conforme indicado acima.
2. Baseado em um lugar como Araucária depois de Arauco, uma província do Chile,
Caucasia para o Cáucaso na Rússia, Salvadora para EL Salvadore, Arabis para a Arábia
e Sibiraea para a Sibéria. O nome também pode ser baseado em nomes de dois
lugares, como Austroamericium (Austrália e América) ou lugar e autor, como
Austrobaileya (Austrália e Bailey).
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Espécies
O nome de uma espécie é um binômio: composto por duas palavras, um nome
genérico seguido de um epíteto específico. O Código recomenda que todos os
epítetos específicos comecem com uma letra inicial minúscula. No entanto, uma
letra inicial maiúscula é por vezes utilizada para epítetos específicos derivados do
nome de uma pessoa, antigo nome genérico ou nome comum. O Código desencoraja
tal uso para epítetos específicos. Um epíteto específico pode ser derivado de
qualquer fonte ou composto arbitrariamente. As seguintes fontes são comumente
usadas:
1. Nome de uma pessoa. O epíteto específico do nome de uma pessoa pode assumir
a forma genitiva (possessiva) ou adjetiva:
(i) Quando usado na forma genitiva, o epíteto assume sua forma dependendo da
terminação do nome da pessoa. Para nomes terminados em vogal ou -er, a letra -i é
adicionada para uma pessoa do sexo masculino (roylei após Royle, hookeri após
Hooker), -ae para uma pessoa do sexo feminino (laceae após Lace), e -orum para
mais de uma pessoa com o mesmo sobrenome (hookerorum depois de Hooker &
Hooker). Se o nome, entretanto, terminar em -a, então -e será adicionado (paulae
após Paula). Se o nome terminar em consoante -ii é adicionado pessoa do sexo
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masculino (wallichii após Wallich), -iae para pessoa do sexo feminino (wilsoniae após
Wilson), e -iorum para mais de uma pessoa com o mesmo sobrenome e pelo menos
um homem (verlotiorum após irmãos Verlot) e -iarum se ambos forem mulheres
(brauniarum para irmãs Braun). Para nomes de pessoas já em latim (por exemplo,
Linnaeus), a desinência latina (-us neste caso) deve ser eliminada antes de adicionar
a desinência genitiva apropriada. Os epítetos específicos na forma genitiva não estão
relacionados ao gênero do gênero.
(ii) Quando usado na forma adjectiva, o epíteto leva a terminação do gênero do
gênero após adicionar -ian se o nome da pessoa terminar em consoante,
acrescentando -an se o nome terminar em vogal, exceto quando terminar em - a,
em que -n é adicionado.
2. Lugar. O epíteto específico pode, da mesma forma, ser formado usando o nome
do lugar como adjetivo, quando novamente o gênero determina a desinência após
a adição de -ian ou -ic e depois o relevante terminando conforme determinado pelo
gênero. O epíteto específico também é formado pela adição de -ensis (para gêneros
masculinos e femininos, por exemplo, Hedera nepalensis, Rubus canadensis) ou -
ense (para gêneros neutros, por exemplo, Ligustrum nepalense) ao nome do lugar.
Diferentes situações são ilustrada na figura 7.
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Quadro c
Lugar Género Sexo Epiteto específico Nom. Binomial
Iris Feminino kashmiriana Iris kashmiriana
Kashmir
Delphinium Neutro kashmirianum Delphinium kashmirianum
Tragopogon Masculino kashmirianus Tragopogon kashmirianus
India Rosa Feminino indica Rosa indica
Solanum Neutro indicum Solanum indicum
Euonymus Masculino indicus Euonymus indicus
Princípio da Prioridade
O princípio da prioridade preocupa-se com a seleção de um único nome correto para
um grupo taxonômico. Após identificar os nomes legítimos e ilegítimos, e rejeitar
estes últimos, deve-se selecionar um nome correto dentre os legítimos. Se mais de
um nome legítimo estiver disponível para um táxon, o nome correto é o nome
legítimo mais antigo na mesma classificação. Os exemplos a seguir ilustram o
princípio da prioridade:
Os três binômios comumente conhecidos para a mesma espécie de Nymphaea são:
1. N. nouchali Burm.f., 1768, N. acutíloba DC., 1824, N. stellata Willd., 1799 e
N. malabarica Poir., 1798. Usando o critério de prioridade, N. nouchali
Burm.f. é selecionado como o nome correto, pois apresenta a data de
publicação mais antiga. Os outros três nomes são considerados sinônimos.
2. Existem os seguintes binômios para planta de milho comum: Zea mays Linn.,
1753, Z. curagua Molina, 1782, Z. indurata Sturtev., 1885 e Z. japonica Von
Houtte, 1867. Zea mays sendo o binômio mais antigo validamente publicado
é escolhido como nome correto, e outros citados como sinônimos.
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Resumo
Nesta unidade foi abordado o processo de nomenclatura das plantas. O
processo de atribuição de nomes às plantas com base numa regra
internacional proposta pelos botânicos para garantir um uniforme
estável e universal é designado por nomenclatura botânica. Nesta
unidade, foram abordados o nome comum, os nomes científicos e a
nomenclatura binomial, os diferentes códigos do ICBN (por exemplo, o
código de Paris 1067 e o código de Viena 2005). Foram discutidos em
pormenor os princípios (6), as regras, a classificação dos taxa, o
princípio da prioridade, a publicação efectiva e válida, as publicações de
nomes, a citação de nomes de autores, a retenção, a escolha e a
rejeição de nomes, a rejeição de nomes, o nome de plantas cultivadas
e os nomes de híbridos em cultura.
Classificação de plantas é o arranjo das plantas em uma sequência
ordenada. Pode ser baseado na forma das plantas – sejam árvores,
arbustos ou ervas. Pode ser baseado na distribuição numérica de partes
das flores – o número de estames, pistilos ou lóculos de ovário. Ou pode
ser baseado em relações filogenéticas reais ou presumidas. A maioria
das classificações de plantas, desde a época de Aristóteles até o
presente, pertencia a um ou outro desses três tipos fundamentais. As
classificações das plantas seguem um sistema de organização
estabelecido por um especialista em questões de filogenia.
Bibliografia
Lawrence G.H.M. (1951). Taxonomy of Vascular plants Macmillan, New
York.
Mathur R.C. (1972). Systematic Botany: Angiospermas, Agra Book Store,
Agra.
Gupta R.K. (1981). T text book of Systematic Botany, Atma Ram & Sons,
Delhi
Street HE (ed) (1978) Essays in Plant Taxonomy, AP London & New York.
Stace CA (1989). The Plant Taxonomy and Biosystematics, Edward
Arnold, Londres.
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
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Introdução
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Habitat
As algas são geralmente aquáticas, mas existem muitas algas que habitam uma
variedade de habitats, como terrestres, criofíticas, parasitas, endofíticas,
termofíticas, halófitas, etc. Assim, de acordo com o habitat, podemos classificar
as algas como algas aquáticas, algas terrestres e algas de habitats especializados.
A. Algas aquáticas - A maioria das algas são aquáticas e encontradas
completamente submersas ou flutuando livremente na superfície da água. Estas
algas ocorrem em piscinas, lagoas, valas, rios, riachos, tanques, água salgada, etc.
As algas aquáticas podem ser divididas em formas de água doce e formas
marinhas.
(i) Formas de água doce - Numerosos tipos de algas são encontrados em habitats
de água doce, como piscinas, lagoas, lagos, valas ou rios de corrente lenta.
Chlamydomonas, Volvox e Hydrodictyon são encontrados em águas estagnadas,
enquanto Cladophora, Oedogonium, Ulothrix e algumas espécies de Vaucheria
ocorrem em corpos d'água de fluxo lento. Os membros de Xanthophyceae,
Euglenophyceae, Cyanophyceae, Chrysophyceae, Conjugales e Diatomáceas são
comuns em água doce.
(ii) Formas marinhas – As algas marinhas são encontradas na água salgada do
mar e dos oceanos. Geralmente, os membros das phaeophyceae, Rhodophyceae
e algumas Chlorophyceae (Enteromorpha, Caulerpa. Ulva, Codium, etc.) são
encontrados na água marinha. As algas marinhas têm talos macroscópicos e são
geralmente consideradas “algas marinhas”.
▪ As formas microscópicas de flutuação livre e natação livre, juntamente com
outros organismos semelhantes, constituem os plânctons dos corpos d'água.
As algas formadoras de plâncton podem flutuar livremente desde o início e
nunca se fixarem, são chamadas de Euplantons (por exemplo, Microcystis,
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Figura 9- Algas Terrestres - (A) Vaucheria, (B) Botrydium (C) Volvox (algas de água
doce)
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f. Prasinophyceae
Filo 4. Euglenophyta
Filo 5. Pyrrophyta
a. Desmophyceae
b. Dinophyceae
Filo 6. Cryptophyta
Filo 7. Phaeophyta
a. Phaeophyceae
▪ Coortes a. Isogeneratae
b. heterogeneratae
c. Cyclosporae
Filo 8. Rhodophyta
▪ a. Rhodophyceae
▪ Subclasses- a. Bangiophycidae
▪ b. Florideophycidae
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Resumo
1. As cianofíceas ou cianobactérias (azul verde) são de natureza
procariótica, enquanto todas as outras algas são eucarióticas.
2. A reprodução sexuada está ausente nas Cyanophyceae.
3. As células móveis estão completamente ausentes em Cyanophyceae
e Rhodophyceae.
4. A parede celular das cianobactérias é composta de mucopeptídeo.
5. O conceito moderno de classificação de algas é baseado no tipo de
célula, pigmentos, flagelação, natureza química da parede celular,
reserva de material alimentar e padrões de ciclo de vida.
6. A sílica está impregnada na parede celular dos membros de
Bacillariophhyceae.
7. Nas paredes celulares de Phaeophyceae contém ácido algínico e
fucínico.
8. O ágar é obtido a partir de algas vermelhas.
9. A clorofila a está presente em todas as classes de algas.
10. A clorofila d está presente apenas em Rhodophyceae
11. As ficobilinas são pigmentos solúveis em água e são encontradas em
Cyanophyceae e Rhodophyceae.
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Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
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10. Qual dos seguintes tem amido da Flórida como material alimentar
de reserva
(a) Nostoc (b) Volvox
(c) Polisifonia (d) Sargaço
11. A clorofila a e b está presente em
(a) Clorofíceas (b) Xantofíceas
(c) Euglenophyceae (d) A e c
12. A reserva de material alimentar em Xanthophyceae é-
(a) Leucosina (b) Amido
(c) Amido da Flórida (d) Laminarina
13. As diatomáceas são membros de-
(a) Xanthophyceae (b) Rhodophyceae
(c) Bacillariophyceae (d) Cyanophyceae
14. A cor vermelha das Rhodophyceae é devida ao pigmento
(a) R-ficoeritrina (b) R-ficocianina
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INTRODUÇÃO
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Habitat
As briófitas crescem densamente em locais húmidos e sombrios e formam
tapetes espessos em solos húmidos, rochas e cascas de árvores, especialmente
durante a estação das chuvas. São pequenas em tamanho, mas podem ser muito
vistosas, crescendo como tapetes extensos em bosques, como almofadas em
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Ciclo de Vida
O ciclo de vida das briófitas apresenta duas fases distintas, nomeadamente uma
fase gametofítica haploide e uma fase esporofítica diploide que se alternam
entre si. O corpo da planta adulta representa o gametófito. Um esporófito de vida
curta ocorre como um parasita no gametófito.
Gametófito: Uma fase do ciclo de vida das briófitas que sofre alternância de
gerações. É um organismo multicelular haploide que se desenvolve a partir de
um esporo haploide que tem um conjunto de cromossomas. O gametófito é a
fase sexual do ciclo de vida das briófitas. Desenvolve órgãos sexuais que
produzem gâmetas, células sexuais haplóides que participam na fertilização para
formar um zigoto diploide em que cada célula tem dois conjuntos de
cromossomas. A divisão celular do zigoto resulta num novo organismo
multicelular diploide, a segunda fase do ciclo de vida conhecida como esporófito,
cuja função é produzir esporos haplóides por meiose.
Nas briófitas (musgos, hepáticas e hornworts), o gametófito é a fase mais visível
do ciclo de vida. O gametófito das briófitas tem uma vida mais longa, é
nutricionalmente independente, e os esporófitos estão tipicamente ligados aos
gametófitos e nutricionalmente dependentes deles. É o corpo da planta adulta
nas briófitas. É talóide ou tem a forma de um rebento folhoso com caule,
estruturas semelhantes a folhas. As raízes estão ausentes e, em vez disso, estão
presentes rizóides semelhantes a fios. Os tecidos vasculares xilema e floema
estão ausentes. A água e os alimentos são transportados diretamente de célula
para célula. A reprodução vegetativa pode, por vezes, ocorrer por fragmentação.
No entanto, a reprodução sexual é comum e é do tipo oogâmico. O gametófito
maduro possui órgãos reprodutores masculinos chamados anterídios e órgãos
reprodutores femininos chamados arquegónios. Os anterídios têm um corpo em
forma de taco e um pedúnculo. Produzem gâmetas masculinos flagelados
chamados anterozóides ou espermatozóides. Os arquegónios têm a forma de um
frasco com um centro e um colo bem definidos. O ventre encerra uma célula do
canal do ventre e um ovócito, enquanto o colo encerra um número variável de
células do canal do colo.
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principal função a produção de esporos, que não são móveis e são disseminados
pelo vento.
O esporogónio produz esporos haplóides (meiosporos) que são libertados da
cápsula. Os esporos são células altamente especializadas que se diferenciam da
célula-mãe diploide do esporo por meiose. São, portanto, células haplóides. Os
esporos representam as primeiras células da geração gametofítica. Germinam
em condições adequadas para produzir novos gametófitos, quer diretamente,
quer através de uma fase juvenil chamada protonema.
Outra caraterística notável no ciclo de vida das briófitas, na qual elas diferem das
talófitas, é a completa ausência de esporos assexuados, chamados mitosporos,
no ciclo de vida. A reprodução assexuada ocorre apenas pelo método vegetativo
de fragmentação e gemas.
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O termo Bryophyta foi introduzido pela primeira vez por Braun (1864); no
entanto, ele incluiu algas, fungos, líquenes e musgos neste grupo. Mais tarde,
algas, fungos e líquenes foram colocados em uma divisão separada Thallophyta
e hepáticas, musgos na divisão Bryophyta.
Eichler (1883) foi o primeiro a dividir as briófitas em dois grupos: Grupo I.
Hepaticae. Grupo II. Musci.
Engler (1892) reconheceu Hepaticae e Musci como duas classes e dividiu cada
classe nas seguintes três ordens:
Divisão- Briófita:
Classe I. Hepaticae: Dividida em três ordens: Ordem 1. Ordem Marchantiales 2.
Ordem Jungermanniales 3. Anthocerotales
Classe II. Musci: Dividido em três ordens: Ordem 1. Sphagnales Ordem
2.Andreaeales Ordem 3.Bryales.
O Código Internacional de Nomenclatura Botânica (ICBN) sugeriu em 1956 que o
sufixo-opsida deveria ser usado para as classes e tal uso já havia sido proposto
por Rothmaler (1951) para as classes de Briófitas.
Classe I. Hapaticae como Hepaticopsida. Classe II. Anthocerotae como
Anthoceropsida Classe III. Musci como Bryopsida.
Proskauer (1957) sugeriu que o nome da classe Antheoceropsida deveria ser
Anthocerotopsida. Parihar (1965) e Holmes (1986) seguiram a classificação de
Proskauer e dividiram as Briófitas em três classes:
Classe I. Hepaticopsida
Classe II. Anthocerotopsida
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I. Subclasse Sphagnobrya:
A subclasse possui uma única ordem, os Sphagnales e uma única família, as
Sphagnaceae. (Gênero único Sphagnum com 326 espécies). As características são
as seguintes:
1. Eles são chamados de 'musgos de pântano' ou 'musgos de turfa'.
2. O protonema é largo e taloso; produz um gametóforo; as folhas ou
gametóforos não possuem nervura central e geralmente são compostos
de dois tipos de células - (i) células verdes vivas estreitas e (ii) grandes
células mortas hialinas.
3. Os ramos surgem em cachos laterais no eixo das folhas sustentadas no
caule.
4. Os anterídios nascem no eixo das folhas do ramo anteridial.
5. Os arquegônios são terminais e formados de forma acrógena.
6. O tecido esporogênico de um esporófito se desenvolve a partir do
anfitécio.
7. O esporogônio permanece elevado acima do gametófito devido ao
alongamento de uma haste de tecido gametofítico, o pseudópode.
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RESUMO
Musgos, antóceros e hepáticas são frequentemente chamados
coletivamente de briófitas. As briófitas necessitam de água para se
reproduzirem sexualmente, produzem esporos em vez de sementes e
não possuem o tecido vascular encontrado em samambaias e plantas
“superiores”. As briófitas são classificadas em três categorias: musgos,
antóceros e hepáticas.
Os musgos são encontrados em vários habitats, embora habitats
húmidos e sombreados sejam mais comuns. Os musgos são
frequentemente epífitas. A fase dominante do ciclo de vida do musgo é
o gametófito (haplóide). A planta é chamada de talo, podendo ser ereta
ou prostrada (eixo ao longo do solo). O gametófito possui um eixo
semelhante a um caule com folhas dispostas em espiral, conhecidas
como filídeos. Falta xilema e floema. Todos os musgos têm um ciclo de
vida esporico (diplohaplontico) que é oogâmico. Para a reprodução
sexuada, o gametófito do musgo produz gametângios. Os gametângios
masculino e feminino podem estar no mesmo talo (homotálico ou
monóico) ou em gametófitos separados (heterotálicos ou dióicos).
Tanto o anterídio quanto o arquegônio possuem uma jaqueta estéril de
células, que protege melhor os gametas contra a dessecação no
ambiente terrestre. Após a fertilização, o esporófito cresce a partir do
arquegônio e os nutrientes para o esporófito em desenvolvimento são
fornecidos pelo gametófito.
Antoceros (Anthocerotophyta) têm corpos irregulares lobados ou
ramificados, conhecidos como talos, cujo tecido não está organizado
em órgãos. As células guarda se formam na parte inferior do talo. Sob
estes formam-se cavidades que normalmente são preenchidas com
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EXERCÍCIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO
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Introdução
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Habitat
As pteridófitas são as primeiras plantas vasculares terrestres, pelo que são
sobretudo de natureza terrestre e crescem em locais frescos, húmidos e sombrios.
Algumas pteridófitas crescem também em condições xerofíticas, semi-aquáticas
ou aquáticas (Figura 17).
(a) Pteridófitas terrestres: Os membros de Pteridophyta ou fetos crescem em
habitat terrestre. Algumas pteridófitas são litófilas em manchas rochosas
horizontais. As pteridófitas fósseis eram de natureza terrestre. A maioria das
espécies de licopódios que crescem neste tipo de habitat são Lycopodium
clavatum, L.cernuum, L. reflexum, Selaginella chrysocoulus, S. kraussiana, I.
coramandelina, etc.
Alguns pteridopitecos são epífitos. Psilotum nudum, L. phlegmaria, S. oragana e
alguns fetos crescem como epífitas. As árvores altas e bem estratificadas das
florestas proporcionam um habitat adequado para o crescimento de Pteridófitas
epífitas. No entanto, alguns outros fetos preferem troncos e ramos de árvores
abertos. Estas epífitas partilham um nicho comum com as orquídeas e os fetos.
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Classificação
Com base na presença e ausência de sementes, as plantas vasculares foram
classificadas por taxonomistas anteriores em duas divisões, Pteridophyta e
Spermatophyta. A divisão Pteridophyta incluía plantas vasculares primitivas que
não tinham sementes. Mais tarde, em 1903, foram descobertas algumas plantas
fósseis com sementes, semelhantes a fetos (Cycadofilicales). Esta descoberta
eliminou a distinção entre as duas divisões Pteridophyta e Spematophyta.
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Sinnott (1935) introduziu então um novo termo "Tracheophyta" para uma divisão
que inclui todas as plantas vasculares. Eames (1936), com base em alguns
caracteres das plantas e na posição dos esporângios, dividiu a divisão
Tracheophyta em quatro grupos: Psilopsida, Lycopsida, Sphenopsida e Pteropsida.
Zimmermann (1930) e Arnold (1947) consideraram estes grupos como divisões e
Tippo (1942) considerou como subfilo.
(A)Primofilices
a) Cardoxilales
b) Coenopteridales Botryopterys*, Zygopteris*
(B)Eusporangiatae
a) Phyoglossales Ophyoglossum
5 PTEROTOPSIDA b) Marattiales Angiopteris
(C)Osmundidae
Osmundidales Osmunda
(D)Leptosporangiatae
Filicales Hymenophyllum, Adiantum
Marsileales Marsilea;
Silviniales Silvinia, Azolla
*indica membros fosseis
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Classificação proposta por Cronquist et al. (1966) e seguida por Parihar (1977)
Cronquist, Takhtajan e Zimmerman (1966) classificaram as pteridófitas em cinco
divisões. A classificação também foi seguida por Parihar (1977). O esquema de
classificação é o seguinte:
1. Divisão : Rhyniophyta
Classe:- Rhyniatae Ordem:-Rhyniales
2. Divisão : Psilotophyta
Classe:- Psilotatae Ordem:-Psilotales
3. Divisão : Lycopodiophyta
Classe:- Lycopodiatae
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4. Divisão: Equisetophyta
Ordem:-Sphenophyllales e Pseudoborniales Classe: - Equisetatae
Ordem: - Calamitales e Equisetales
5. Divisão: Polypodiophyta
Classe:-Polypodiatae (a classe divide-se em subclasses.)
Subclasses:- Prototeridiidae, Archaeteridiidae, Ophioglossiidae, Noeggerothiidae,
Marrattidae, Polypodiidae, Marsilleidae, Salviniidae). Estas subclasses são ainda
divididas em ordens.
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Cientistas de três países diferentes dos EUA, A.R. Smith, K.M. Preyer e P.G. Wolf
(Suécia), E. Schuettpelz e H Schneider (Alemanha) apresentaram uma classificação
revista dos fetos existentes. Dividiram todas as plantas vasculares em dois grupos
com base em estudos filogenéticos.
Estudos filogenéticos recentes revelaram uma dicotomia basal nas plantas
vasculares, separando as licófitas (menos de 1% das plantas vasculares existentes)
das eufilófitas.
As eufilófitas vivas, por sua vez, compreendem dois clados principais: as
espermatófitas (plantas com sementes), com mais de 260.000 espécies (Thorne,
2002; Scotland & Wortley, 2003), e as monilófitas (fetos, sensu Pryer & al., 2004b),
com cerca de 9.000 espécies, incluindo cavalinhas, fetos de batedeira e todos os
fetos eusporangiados e leptosporangiados. As plantas que estão incluídas nos
clados das licófitas e dos fetos (Monilófitas) são todas portadoras de esporos ou
"sem sementes" e, devido a esta caraterística comum, os seus membros têm sido
historicamente agrupados sob vários termos, tais como "pteridófitas" e "fetos e
aliados dos fetos" - conjuntos parafiléticos de plantas.
Esta reclassificação centra-se exclusivamente nos fetos. Dentro dos fetos, foram
reconhecidas quatro classes (Psilotopsida; Equisetopsida; Marattiopsida;
Polypodiopsida), 11 ordens e 37 famílias:
Classe 1. Psilotopsida
A. ORDEM Ophioglossales. 1. Familia Ophioglossaceae.
B. ORDEM Psilotales. 2. Familia Psilotaceae
Classe 2. Equisetopsida
C. ORDEM Equisetales. 3. Familia Equisetaceae.
Classe 3. Marattiopsida
D. ORDEM Marattales. 4. Familia Marattiaceae .
Classe 4. Polypodiopsida
E. ORDEM Osmundales . 5. Familia Osmundaceae.
F. ORDEM Hymenophyllales. 6. Familia Hymenophyllaceae
G. ORDEM Gleicheniale. 7. Familia Gleicheniaceae.
8. Family Dipteridaceae
9. Family Matoniaceae.
H. ORDEM Schizaeales.
10. Familia Lygodiaceae.
11. Familia Anemiaceae
12. Familia Schizaeaceae.
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I. ORDEM Salviniales
13. Familia Marsileaceae.
14. Familia Salviniaceae
J. ORDEM Cyatheales.
15. Familia Thyrsopteridaceae.
16. Familia Loxomataceae.
17. Familia Culcitaceae
18. Familia Plagiogyriaceae.
19. Familia Cibotiaceae
20. Familia Cyatheaceae
21. Familia Dicksoniaceae
22. Familia Metaxyaceae
K. ORDEM Polypodiales
23. Familia Lindsaeaceae
24. Familia Saccolomataceae
25. Familia Dennstaedtiaceae
26. Familia Pteridaceae
27. Familia Aspleniaceae
28. Familia Thelypteridaceae
29. Family Woodsiaceae
30. Familia Blechnaceae
31. Familia Onocleaceae
32. Familia Dryopteridaceae
33. Familia Lomariopsidaceae
34. Familia Tectariaceae
35. Familia Oleandraceae
36. Familia Davalliaceae
37. Familia Polypodiaceae
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Reprodução
A reprodução por esporos é o principal modo de reprodução nas Pteridófitas.
Embora a reprodução vegetativa também seja comum nas pteridófitas.
Reprodução vegetativa
Os esporófitos de muitas pteridófitas reproduzem-se vegetativamente pelos
seguintes meios:
(i) Pela formação de gemas ou bulbilhos: A reprodução vegetativa é efectuada por
bulbilhos (bulblets) ou gemas. Trata-se de ramos laterais folhosos com uma base
larga. As gemas caem no solo e dão origem a uma nova planta jovem. Ex. Psilotum,
Lycopodium phlegmaria, L. selago etc. Algumas espécies de Selaginella também se
propagam por bulbilhos.
(ii) Fragmentação: A morte e a decomposição de partes mais velhas do caule leva
à formação de fragmentos de caule/rizomas. O fragmento individual que possui
raízes desenvolve-se numa nova planta. É um método comum de reprodução
vegetativa em espécies de Lycopodium, Selaginella, Dryopteris, Pteris, Adiantum
etc.
(iii) Formação de tubérculos: Os tubérculos originam-se das regiões
paranquimatosas do rebento e da raiz no início de condições desfavoráveis. Os
tubérculos que se formam à superfície do solo são chamados tubérculos de
superfície e os que se desenvolvem no subsolo são os tubérculos subterrâneos.
São constituídos por um grupo de células com materiais alimentares armazenados
e têm a capacidade de germinar em novas plantas durante uma estação favorável.
Em algumas espécies de Marsilea formam-se corpos tuberosos irregulares no
caule. Poucas espécies de Lycopodium, Selaginella e Equisetum desenvolvem tais
tubérculos.
(iv) Formação de botões adventícios: Estes botões foram induzidos em folhas
isoladas de bulbilhos. A decapitação do caule perto do seu ápice também induz a
formação de tais gomos. Certas espécies de Lycopodium, Selaginella, também
desenvolvem tais botões. Algumas espécies de Asplenium, Diplazium e
Ophioglossum desenvolvem gemas adventícias. Em Dryopteris, os botões
adventícios surgem na axila das folhas e formam novas plantas depois de se
separarem da planta. Em alguns fetos, o ápice da raiz desenvolve-se diretamente
num botão folhoso (Platycerium e Asplenium esculentum). O broto folhoso pode
crescer e formar uma nova planta.
Reprodução assexuada
A reprodução por esporos é o principal modo de reprodução nas Pteridófitas. As
pteridófitas reproduzem-se assexuadamente por
esporos haplóides, que são formados em esporângios. Os esporângios
desenvolvem-se na superfície ventral ou nas axilas das folhas. Os esporângios que
suportam as folhas são chamados esporofilos. No entanto, em Psilophytales, os
esporângios são caulinos. Os esporângios são terminais nos ramos aéreos finos em
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Desenvolvimento do embrião
O zigoto desenvolve-se num embrião. A primeira divisão do zigoto é geralmente
(se não sempre) transversal. Depois de uma divisão transversal usual do zigoto,
uma estrutura de duas células é formada. A divisão transversal é seguida por uma
divisão vertical e, assim, desenvolve-se um quadrante. As divisões sucessivas
desenvolvem finalmente um esporófito jovem (Figura 24).
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Alternância de Geração
As pteridófitas apresentam uma verdadeira alternância de gerações. Aqui, o
esporófito dominante produz esporos por meiose. A geração gametofítica forma
gametas por mitose. Apresentam fases sexuais haplóides e assexuais diplóides
distintas. Nestes grupos, um gametófito multicelular, que é haploide com n
cromossomas, alterna com um esporófito multicelular, que é diploide com 2n
cromossomas (Figura 24).
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Resumo
Nesta unidade discutimos o significado de pteridófitas, os seus
caracteres gerais e a sua classificação. A divisão Pteridophyta inclui
plantas vasculares primitivas. Por isso, também são chamadas
criptógamas vasculares (criptógamas com sistema vascular).
Aprendemos também a importância económica das Pteridófitas. Pode
ser resumida da seguinte forma:
O principal corpo vegetal das pteridófitas é o esporófito (diploide).
As gerações gametofítica e esporofítica são duas plantas independentes
no ciclo de vida.
independentes no ciclo de vida as pteridófitas apresentam muitas
variações em termos de forma, tamanho e habitat.
As pteridófitas crescem principalmente em locais frescos, húmidos e
com sombra.
Alguns pteridófitos são aquáticos (Marsilea, Salvinia, Azolla) e alguns
são também xerófitos (Selaginella rupestris, M. rajasthanensis).
O corpo da planta esporófita diferenciou-se em verdadeiras raízes,
rebentos e folhas. Alguns membros primitivos (membros de
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Bibliografia
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Degree Students –Pteridophyta (vascular cryptogams)
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
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Introdução
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Rhynia
Estrutura externa: As plantas de Rhynia são herbáceas. R. major tinha 50 cm de
altura e 1,5 a 6 mm de diâmetro, enquanto R. gwynne-vaughani tinha apenas
cerca de 20 cm de altura e 1 a 3 mm de diâmetro. O corpo da planta diferenciava-
se num rizoma subterrâneo com rebentos aéreos fotossintéticos abruptamente
Figura 25 - Rhynophita
Estrutura interna
Secção transversal (T.S.) de rebento aéreo e rizoma: Anatomicamente, os brotos
aéreos e o rizoma são quase similares. A S.T. do broto aéreo é diferenciada em
três partes: epiderme, córtex e estelo (Fig. 3.2A). A epiderme era a camada
circundante mais externa. Tinha uma célula de espessura e era coberta por uma
cutícula fina. Nos rebentos aéreos, estava interrompida em certos locais por
estomas, mas os estomas estavam ausentes no rizoma. A epiderme é seguida
pelo córtex. Este é diferenciado em córtex exterior e interior. O córtex externo
tinha apenas 1-4 células de espessura, paredes finas e sem espaços
intercelulares. O córtex interno tinha grandes espaços intercelulares e as suas
células tinham cloroplastos. Pensa-se que esta era a principal região
fotossintética da planta. As camadas da endoderme e do periciclo estavam
ausentes. O centro do rebento aéreo/rizoma era ocupado pela estela. A estela
era um protostela (haplostela). O xilema era constituído por traqueídos anulares
e não havia placas de peneira no floema.
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Estruturas reprodutivas
Os esporângios nascem isoladamente nos ápices de alguns ramos aéreos, sendo
cada esporângio uma estrutura oval ou ligeiramente cilíndrica com um diâmetro
um pouco maior do que o do ramo aéreo em que se desenvolve. Apresentavam
12 mm de comprimento e 4 mm de largura em R. major e 4 mm de comprimento
e 1 a 1,5 mm de largura em R. gwynne-vaughani.
Uma secção longitudinal (L.S.) do esporângio mostra que ele tinha uma parede
de cinco células de espessura. A camada mais externa era uma epiderme
cuticularizada de 1 célula de espessura. Seguiam-se camadas intermédias de
células de paredes finas com 3 células de espessura. A camada mais interna era
um tapete de 1 célula de espessura. A parede envolvia uma cavidade esporangial
espaçosa que não tinha columela e continha um grande número de esporos. Os
esporos eram do mesmo tamanho e mediam até 60 µ de diâmetro. Isto significa
que Rhynia era homosporosa. Em muitos espécimes, o esporângio continha
tétrades tetraédricas de esporos (Fig.3.3B&C), o que sugere que foram formados
por divisão reducional e que a planta que os continha representava a geração
esporofítica. Não houve nenhum mecanismo especial de deiscência do
esporângio. A libertação dos esporos parece ter ocorrido por desintegração da
parede do esporângio. Nada de definitivo se sabe sobre o gametófito de Rhyni
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Aglaophyton major
Aglaophyton major foi descrito pela primeira vez como Rhynia major por Kidston
e Lang em 1920. Em 1986, DS Edwards reexaminou espécimes fósseis e relatou
que eles não continham tecido vascular verdadeiro, mas sim tecido condutor
mais semelhante ao das briófitas. Como o diagnóstico de Rhynia era de que se
tratava de uma planta vascular, ele criou um gênero, Aglaophyton, para esta
espécie.] (A outra espécie de Rhynia, R. gwynne-vaughanii, não foi afetada.)
Como Rhynia major, a espécie tinha foi colocado nos riniófitos, mas nenhuma
classificação alternativa de nível superior foi proposta para o novo gênero.
Kidston e Lang (1920) interpretaram a planta como crescendo ereta até cerca de
50 cm de altura, mas Edwards (1986) a reinterpretou como tendo hábito
prostrado, com eixos aéreos mais curtos, com cerca de 15 cm de altura. Os eixos
ramificavam-se dicotomicamente, os eixos aéreos ramificavam-se em um ângulo
comparativamente amplo de até 90°, e terminavam com esporângios elípticos e
de paredes espessas, que quando maduros, abriam-se por fendas espirais, de
modo que os esporângios parecem ter forma espiral. (Remy e Hass 1996). Os
esporângios continham muitos esporos idênticos (isósporos) com marcas triletes.
Os esporos podem, portanto, ser interpretados como meiosporos, o produto de
divisões meióticas, e assim as plantas descritas por Edwards e por Kidston e Lang
eram esporófitas diplóides. A planta foi originalmente interpretada como
traqueófita, porque o caule tem um cilindro vascular central simples ou
protostela (Kidston e Lang 1920), mas interpretações mais recentes à luz de
dados adicionais indicaram que Rhynia major tinha tecido condutor de água sem
o espessamento secundário. barras vistas no xilema de Rhynia gwynne-
vaughanii, mais parecidas com o sistema condutor de água (hidroma) dos
esporófitos de musgo. Edwards (1986) reinterpretou a espécie como planta não
vascular e a renomeou como Aglaophyton major.
Psilotopsida
Características gerais
1. O corpo da planta é um esporófito sem raízes que se diferencia num
rizoma subterrâneo e num rebento aéreo ereto.
2. A ramificação é dicotómica tanto no rizoma subterrâneo como no rebento
aéreo.
3. Os grandes rizóides que se encontram no rizoma absorvem a água e os
nutrientes do solo.
4. Nos rebentos aéreos, nascem apêndices dispostos em espiral,
semelhantes a escamas (por exemplo, Psilotum) ou a folhas (por exemplo,
Tmesipteris).
5. A estela é protostélica ou sifonostélica com medula esclenquimatosa.
6. O crescimento secundário está ausente.
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Esta classe tem uma única ordem Psilotales e uma família Psilotaceae que inclui
dois géneros vivos Psilotum e Tmesipteris.
Psilotum
Distribuição e habitat
O género tem duas espécies bem definidas mas polimórficas - Psilotum nudum
(Syn. P. triquetrum) e P. flaccidum (Syn. P. complanatam). Este género é
frequentemente encontrado em regiões tropicais e subtropicais dos hemisférios
oriental e ocidental. Psilotum nudum é a espécie comum, enquanto P. flaccidum
é uma espécie rara e é encontrada nas ilhas tropicais.
O Esporófito
Características externas: A planta é delgada e arbustiva, raramente atingindo um
metro de altura. Possui caules verdes, estriados e dicotomicamente ramificados.
Os caules são perenes e de estrutura algo xerófita. Os caules fundem-se abaixo
da superfície em rizomas dicotómicos delgados que se ramificam livremente e
podem ter um metro ou mais de comprimento. Não existem raízes. Os rizomas
ficam cobertos por estruturas absorventes semelhantes a pêlos ou rizóides
(Figura 28-a). Os rebentos aéreos verdes das plantas epífitas são geralmente
pendentes e os das plantas terrestres são geralmente erectos. Os rebentos
aéreos têm folhas pequenas, semelhantes a escamas, que se distribuem de forma
mais ou menos irregular.
Anatomia
Caule aéreo: Em secção transversal, o caule aéreo mostra a epiderme bem
marcada, com uma célula de espessura. Os estomas encontram-se nos sulcos da
superfície. O córtex é constituído por três zonas. A zona mais externa é
constituída por células de paredes finas, verticalmente alongadas e com espaços
intercelulares bem definidos entre si. Esta zona é um tecido assimilatório e
contém cloroplastos em abundância. No interior da zona fotossintética existe
uma zona ampla constituída por quatro a cinco camadas de células
esclerenquimáticas e representa o principal tecido mecânico da planta. No
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Reprodução
Propagação vegetativa: A reprodução vegetativa efectua-se por meio de gemas.
Estas estruturas vegetativas desenvolvem-se tanto nos rizomas (esporófito)
como nos protalos (gametófito).
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Reprodução sexuada
Os Synangia: Os esporângios nascem em tríades sobre apêndices minúsculos
subtendidos por uma bráctea. Os esporângios permanecem fundidos uns com os
outros e, portanto, o grupo é chamado de sinângio. Os esporângios parecem
nascer no lado adaxial do apêndice no ponto de dicotomia e são ligeiramente
elevados em caules largos e curtos. O sinângio tem três lóbulos e continua
dividido em três câmaras. A parede é composta por várias camadas de células.
Não existe um tapete verdadeiro. Os esporos no interior do esporângio são em
forma de feijão com paredes finamente reticuladas.
Desenvolvimento do sinângio: O desenvolvimento é aparentemente do tipo
eusporangiado. Os primeiros estágios de desenvolvimento mostraram que cada
lóculo surge separadamente de uma única célula epidérmica do esporangióforo.
A inicial primária divide-se periclinalmente, separando uma inicial em jaqueta e
uma inicial arechesporial. A inicial em camisa dá origem a uma parede de três a
cinco células de espessura, enquanto a inicial archesporial produz uma massa
central de células esporogénicas que dão origem a esporos.
O Gametófito
Germinação do esporo: Os esporos são do mesmo tamanho. Os esporos
germinam após cerca de quatro meses por rutura da sua parede ao longo da
fenda mediana e o conteúdo do esporo projecta-se como uma pequena
protuberância coberta por uma membrana fina, o intestino. Mais tarde, a porção
extrudida é cortada por uma parede transversal, de modo que a porção basal
permanece dentro da parede do esporo como uma grande célula esférica. A
célula apical divide-se por paredes oblíquas e resulta um filamento em forma de
taco. Estabelece-se um meristema apical que, aparentemente, continua a
crescer, dando origem a um corpo celular. Este alonga-se num protalo cilíndrico,
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Lycopsida
Características gerais
1. Inclui tanto pteridófitas fósseis (Lepidodendron) como pteridófitas vivas
(Lycopodium).
2. O corpo da planta esporófita é diferenciado em raiz, caule e folhas
definidos.
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Lycopodium
Hábito e Habitat: Lycopodium é vulgarmente conhecido como 'musgo clube'
devido ao seu aspeto de musgo e estróbilos em forma de clube. Tem cerca de
400 espécies, que têm uma distribuição cosmopolita. Encontram-se em regiões
árcticas mais frias, bem como em regiões temperadas, tropicais e subtropicais.
As espécies de Lycopodium são muito raras nas regiões tropicais, mas
encontram-se em abundância nas zonas tropicais. Foram registadas trinta e três
espécies de Lycopodium na Índia. A maioria cresce em locais húmidos e sombrios,
ricos em húmus e outras matérias orgânicas. Algumas das espécies mais comuns
são L. clavatum, L. phlegmaria, L. cernuum, etc. Com base no hábito, Lycopodium
é subdividido em dois subgéneros: (i) Urostachya- caule ereto com ramificação
dicotómica e raízes originárias da base do caule; (ii) Rhopalostachya- caule
prostrado com ramificação erecta e raízes que surgem adventícias ao longo de
todo o caule.
A maioria das espécies tropicais são epífitas (por exemplo, L. phlegmaria) e
crescem penduradas nos troncos das árvores. As espécies temperadas podem ser
erectas e arbustivas (e.g., L. reflexum), rasteiras (e.g., L clavatum) ou erectas (e.g.,
L. cernuum), etc.
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Estrutura interna:
Caule: Uma secção transversal do caule de Lycopodium é de contorno circular. A
epiderme é cutinizada no lado externo e interrompida em alguns pontos pela
presença de estomas. No interior da epiderme está presente uma ampla zona de
córtex que pode ser homogénea e constituída por células parenquimatosas com
pequenos ou grandes espaços intercelulares (por exemplo, L. selago) ou
constituída por células esclerenquimatosas, sem espaços intercelulares. Em
algumas espécies, por exemplo, L. clavatum, o córtex é diferenciado em tecido
esclerenquimatoso externo e interno e tecido parenquimatoso médio (Figura 31-
A) ou diferenciado em células parenquimatosas externas e internas e células
esclerenquimatosas médias (por exemplo, L. cernuum Figura 31-B). Ao lado do
córtex está presente uma camada única de células bem definidas, conhecida
como endoderme, com faixas casparianas conspícuas, mas na maturidade a
endoderme pode ou não ser uma estrutura distinta. A endoderme é seguida pelo
periciclo, que é composto por uma ou mais camadas de células parenquimatosas
compactamente dispostas.
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Raiz: As raízes são adventícias. Uma secção transversal (T.S.) da raiz aérea de
Lycopodium tem um contorno circular. A epiderme é a camada de cobertura mais
externa e tem apenas uma célula de espessura e é provida de numerosos pêlos
radiculares presentes em pares. Logo abaixo da epiderme está presente uma
ampla zona de córtex. Este é diferenciado em esclerênquima externo e
parênquima interno. O estelo pode ser di-, tetra- ou poliarco com xilema exarco.
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Reprodução
Reprodução vegetativa: A reprodução vegetativa efectua-se pelos seguintes
métodos
(i) Gemas ou bolbos: Nalgumas espécies, como L. selago, L. lucidulum, etc., são
produzidas anualmente, em grande número, estruturas semelhantes a gemas
ou bolbos nas pontas dos novos caules.
(ii) Morte e decomposição: As espécies com caule rasteiro reproduzem-se
vegetativamente através da morte e decomposição de partes mais velhas do
caule no ponto de ramificação. Isto separa os ramos que, mais tarde, crescem
de forma independente.
(iii) Botões em repouso: Em L. inundatum todo o corpo da planta, exceto a
ponta do rizoma em crescimento, está morto durante o inverno. Esta porção
da ponta do rizoma actua como um botão em repouso que, na primavera
seguinte, retoma o crescimento e desenvolve-se numa nova planta.
(iv) Fragmentação: Em várias espécies epífitas, fragmentos do corpo da planta
são capazes de dar origem a novas plantas.
(iv) Fragmentação: Em várias espécies epífitas, fragmentos do corpo da planta
são capazes de dar origem a novas plantas.
Reprodução sexual
Órgãos produtores de esporos: A planta é homospórica, ou seja, produz apenas
um tipo de esporo. Estes esporos são produzidos em esporângios que, por sua
vez, são produzidos em folhas férteis conhecidas como esporofilos.
Normalmente, os esporofilos estão agrupados para formar uma estrutura
compacta conhecida como estróbilo ou cone, que estão em posição terminal
(Figura 36-A).
Estróbilo: Os esporofilos estão dispostos de forma frouxa e podem ser do mesmo
tamanho ou de tamanho diferente das folhas da folhagem. A disposição dos
esporofilos é a mesma no eixo central que a das folhas vegetativas no caule, ou
seja, espiral, espiralada ou decussada, etc. A secção longitudinal (L.S.) do
estróbilo mostra a presença de um eixo estróbilo no centro. No eixo do estróbilo
estão presentes esporofilos (Figura 36-A). Cada esporófilo tem apenas um
esporângio (Figura 36-B). Todos os esporângios são semelhantes em estrutura e
estão dispostos acropetalmente num estróbilo, ou seja, os mais jovens estão no
topo (Figura 36-C).
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Lepidodendron
Hábito e habitat
O Lepidodendron era uma árvore de grande porte (50-60 m de altura) com um
tronco proeminente (até 35 m de altura). As últimas dicotomias formavam as
folhas. Os ramos e a folhagem formavam uma coroa que se espalhava e que tinha
cones nas pontas. A planta tinha um crescimento bipolar, pelo que o eixo
principal desenvolvia ramos em ambas as extremidades. Os ramos aéreos
formaram dicotomias tridimensionais com ramos e folhagens, da mesma forma
que os ramos basais formaram dicotomias tridimensionais com sistema radicular
estigmático (Fig. 3.31).
Estrutura:
Estrutura de ancoragem e de absorção de água:
Stigmaria ficoides, a espécie mais comum de Stigmaria, apresentava uma base
de tronco grande que se dividia dicotomicamente em quatro grandes eixos
descendentes maciços (Figura 37). Estes quatro eixos penetravam
superficialmente no substrato do pântano e formavam novamente ramos
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Anatomia
Caule: S.T. do caule permineralizado mostra um protostele ou um sifonostele. O
xilema primário está situado fora da medula e é composto por traqueídos do
metaxilema. Os pequenos traqueídos do protoxilema formam cristas verticais na
periferia e os traços foliares desenvolvem-se em espiral no ângulo íngreme
destas cristas do protoxilema. Na maioria das espécies, o crescimento secundário
é caraterístico do género, que foi iniciado pela atividade unifacial do câmbio.
Assim, apenas o xilema secundário foi produzido externamente e o câmbio não
produziu floema secundário. Houve um crescimento secundário extrastelar
maciço através da atividade meristemática do parênquima cortical.
Folha: As folhas são microfílicas liguladas, geralmente lineares, aciculares ou em
forma de furador e nascem nos pequenos ramos penúltimos ou últimos. As folhas
eram caducas e os galhos mais pequenos tinham bases fotossintéticas inchadas
(almofada foliar) que permaneciam presas mesmo após a queda das lâminas. O
tamanho da almofada foliar estava relacionado com o diâmetro dos rebentos, os
galhos mais pequenos tinham almofadas foliares mais pequenas. A S.T. das folhas
mostra dois sulcos proeminentes na superfície abaxial. Várias fileiras de estomas
foram dispostas paralelamente ao eixo longo na região do sulco. Existe uma
hipoderme de paredes espessas e bem desenvolvida em toda a folha, com
exceção dos sulcos e das células do mesofilo de paredes finas no centro que
circundam a nervura da bainha
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Estrutura reprodutiva
O Lepidodendron formou cones bisporangiados chamados Lepidostrobus que
foram gerados terminalmente. Os esporofilos estavam helicoidalmente ligados
ao eixo central do cone. Os microsporófilos com microsporângios são geralmente
suportados na porção apical, enquanto os megasporófilos com megasporângios
ocupam a porção basal dos cones (Fig. 3.28). Morfologicamente, ambos os
esporofilos eram idênticos, exceto no que diz respeito ao conteúdo de esporos.
Os microsporos eram pequenos, com cerca de 25 microns de diâmetro, com
exina lisa ou granular. Os megásporos eram esféricos, ligeiramente alongados,
mostrando abertura tripla com exina equinada (espinhosa). O protalo formava
rizóides e arquegónios dispersos, compostos por uma a três camadas de células
do colo.
Selaginella
Hábito e habitat: Selaginella é o único género vivo da ordem Selaginellales e é
vulgarmente conhecido como "musgo de espiga" ou "musgo de taco pequeno".
A maioria das espécies prefere locais húmidos e sombrios para crescer, mas
algumas espécies também podem ser encontradas em condições xerofíticas, por
exemplo S. lepidophylla, S. rupestris, etc. Muito poucas espécies são epífitas, por
exemplo, S. oregena. Algumas das espécies indianas mais comuns são S. repanda,
S. biformis, S. denticulata, S. monospora, S. semicordata, S. adunca, etc.
Reprodução:
1. Reprodução vegetativa: A reprodução vegetativa é efectuada pelos seguintes
métodos
(i) Fragmentação: Em condições de humidade, em S. rupestris, os ramos do caule
desenvolvem ramos adventícios. Estes ramos separam-se mais tarde da planta-
mãe e desenvolvem-se em plantas individuais separadas.
(ii) Tubérculos: Os tubérculos podem ser aéreos, desenvolvendo-se na
extremidade apical de ramos aéreos (por exemplo S. chrysocaulos) ou
subterrâneos (por exemplo, S. chrysorrhizos). Em condições favoráveis, os
tubérculos germinam e dão origem a uma nova planta.
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Resumo
Os membros vivos da classe Lycopsida são os representantes do grupo
que, durante o período Carbonífero, constituía a principal vegetação.
Muitos dos géneros que então cresciam eram árvores de grande porte
(por exemplo, Lepidodendron). Os representantes actuais são plantas
pequenas e herbáceas. Com base na presença ou ausência de lígula,
esta classe é dividida em duas subclasses: Ligulatae e Eligulatae.
Dos seis géneros descritos nesta unidade, dois (Rhynia e
Lepidodendron) são plantas fósseis, enquanto os restantes quatro
(Psilotum, Lycopodium, Selaginella e Isoetes) são plantas vivas. Rhynia
foi descrita por Kidston e Lang (1917,1921). A planta foi descoberta em
Old Red Sandstone Beds do Devónico Médio. Rhynia é representada por
duas espécies R. major (atualmente conhecida como Agalophyton
major) e R. gwynne-vaughani.
As espécies de Lycopodium têm uma distribuição mundial. São
vulgarmente conhecidas como pinheiros-da-terra, musgo-da-terra e
sempre-vivas. Todas as espécies de Lycopodium possuem esporófitos
pequenos, herbáceos ou arbustivos. As folhas são pequenas, simples,
sésseis, numerosas e cobrem o eixo de perto. Existe uma grande
variação na organização do tecido vascular nos caules. Pode ser um
actinostelo, um plectostelo ou um protostelo misto. A folha tem
nervuras centrais que consistem num único feixe anficriarcal
concêntrico.
A Selaginella tem uma distribuição mundial e compreende cerca de 700
espécies. O corpo da planta esporofítica varia em tamanho e forma de
espécie para espécie. Em todos os casos, o caule está coberto por
quatro filas de folhas. As folhas podem ser do mesmo tamanho ou de
tamanho diferente, dependendo da espécie, e em todos os casos as
folhas são liguladas. Em muitas espécies, o eixo prostrado apresenta
uma estrutura alongada, incolor, sem folhas, cilíndrica, de crescimento
descendente, designada por rizóforo. chão. Os esporófitos jovens
permanecem ligados ao megagametófito durante algum tempo e mais
tarde tornam-se independentes, estabelecendo as suas raízes no solo.
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Bibliografia
Botânica para estudante de graduação Pteridophyta por P.C. Vashishta,
A.K. Sinha e A. Kumar.S. Chand and Company Private Ltd.
A morfologia das Pteridófitas (A estrutura das samambaias e plantas
aliadas), de K.R. Esporno. Hutchinson and Company Ltd.178-202 Great
Portland Street, Londres
A Biologia e Morfologia das Pteridófitas (Biologia e Morfologia de
Pteridófitas). Por N.S. Parihar. Depósito Central de Livros, Allahabad
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
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Introdução
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Ordem 2. Sphenophylales
▪ Família 1. Spehnophyllaceae: Sphenophyllum, sphenophyllastachy,
Bowmanites, Eviostachya
▪ Família 2. Cheirostrobaceae: Cheirostrobus
Ordem 3. Calamitales
▪ Família 1. Asterocalamitaceae: Asterocalamites, Archaeocalamites
▪ Família 2. Calamitaceae: Protocalamites, Calamites, Annularia,
Asterophyllites, Protocalamostachys, Calamostachys, Palaeostachya
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Ordem 4. Equisetales
Família 1. Equisetaceae: Equisetites, Equisetum
Hyenia
Divisão: Sphenophyta
Classe: Sphenopsida
Ordem: Hyeniales
Família: Hyeniaceae
Género: Hyenia
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Anatomia: Muito pouco se sabe sobre o sistema vascular da Hiênia que possa
ajudar a determinar sua relação. Dependemos da morfologia externa. Existem 4
características que sugerem que o gênero pertencia a um grupo ancestral da classe
Sphenopsida:
Pequenas treliças telomáticas estéreis de crescimento determinado que
funcionavam como folhas.
Esporangióforos com pontas recurvadas contendo esporângios terminais.
Agregação de esporangióforos em estrutura semelhante a um cone frouxo.
Uma tendência de apêndices férteis e estéreis se organizarem em espirais rasas ou
pseudoverticilos, como pode ocorrer nos ancestrais dos Sphenopsida.
A posição dos esporângios sugere afinidades com Psilophytales. É possível que os
Hyeniales constituam uma linha lateral do complexo Psilophytalean, do qual os
esfenopsídeos evoluíram mais tarde.
Sphenophyllum (Esfenofilo)
Divisão: Sphenophyta
Classe: Sphenopsida
Ordem: Sphenophyllales
Família: Sphenophyllaceae
Gênero: Sphenophyllum
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Equisetum
Divisão: Sphenophyta
Classe: Sphenopsida
Ordem: Equesitales
Família: Equisetaceae
Género: Equisetum
Hábito e Ocorrência: Este género compreende cerca de 30 espécies e é de
distribuição mundial, exceto na Austrália e na Nova Zelândia. Cresce numa grande
variedade de habitats. Algumas espécies crescem em lagos e locais pantanosos,
por exemplo, E. palustre, E. hyemale; algumas espécies adoram a sombra e
crescem em locais húmidos e sombrios, por exemplo, E. pretense, enquanto outras
espécies crescem em condições relativamente secas e expostas, por exemplo, E.
arvense.
As espécies de Equisetum são vulgarmente conhecidas como canos, cavalinhas e
juncos. Estas espécies variam muito em tamanho. A espécie viva mais alta da
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Os caules aéreos têm nós conspícuos que dividem o caule em secções articuladas.
Em cada nó dos ramos aéreos estão presentes espirais de folhas semelhantes a
escamas, que estão mais ou menos unidas na base para formar uma bainha
castanha. Cada entrenó é marcado por sulcos e ranhuras longitudinais.
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Classe Pteropsida
Esta classe inclui as plantas que são vulgarmente conhecidas como Fetos. É
representada por cerca de 305 géneros e mais de 10000 espécies.
Os esporófitos são geralmente de natureza perene e diferenciados em raízes,
caule/rizoma e folhas dispostas em espiral. A maioria dos membros (exceto alguns
fetos arbóreos, por exemplo, Angiopteris, Cyathea) tem rizomas curtos e robustos,
que podem ser rastejantes, verticais ou crescer acima do solo.
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Resumo
A classe Sphenopsida é também conhecida como Arthropsida e
Calamopsida. Esta classe está bem definida em certas características
morfológicas. O caule é articulado com nós e entrenós e, por vezes, com
uma superfície longitudinalmente estriada. A heterosporia é
possivelmente a menos desenvolvida neste grupo. Das quatro ordens
desta classe, Hyeniales é a mais primitiva e também a mais simples. As
Sphenophyllales são protostélicas e as folhas são megafílicas com
venação dicotómica. Nas Equsetales o caule é sifonostélico e as folhas
são microfílicas com uma única nervura não ramificada. A folha em
Sphenopsida não é tão simples como em Lycopsida onde é
uniformemente microfílica. Embora as formas vivas de Sphenopsida
(por exemplo, Equisetum) não apresentem crescimento secundário,
algumas formas extintas (por exemplo, Sphenophyllum) possuem
espessamentos secundários. Os esporângios desenvolvem-se em
estruturas especiais com pedúnculos, conhecidas como
esporangióforos. Exceto em Hyenia, os esporangióforos formam
estróbilos compactos. As formas vivas são homosporosas, mas algumas
formas extintas (por exemplo, Calamostchys) eram heterosporosas.
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Bibliografia
Botany for degree students, gymnosperms, (1990), Vol. V, P. C.
Vashishta, S. Chand And Company Ltd., Ram Nagar, New Delhi- 110 055.
A text book of botany, Vol. II (thirteenth Edition), S. N. Pandey, S. P.
Misra, P. C. Trivedi (2016), Vikas Publishing House Pvt. Ltd. , E-28,
Sector- 8, Noida-201301 (U. P.) India.
Botany for degree students (Revised edition) (1963), A. C. Dutta, (Sixth
edition), Oxford University Press, Ground floor, 2/11 Ansari Road,
Daryaganj, New Delhi 110002, India.
Text Book of Botany, (2016-17), (Fifth edition), Prof. V. Singh, P. C.
Pandey D. K. Jain, Rastogi Publications, Gangotri Shivaji Road, Meerut,
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Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
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Introdução
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Caule: O caule pode ser aéreo, ereto, não ramificado (p.ex. Cycas, Zamia) ou
ramificado (p.ex. Pinus, Cedrus, etc.). Nas gimnospérmicas, os ramos podem ser
de dois tipos: i) os rebentos longos e ii) os rebentos anões, com base no seu
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sistema de ramificação. As folhas estão presentes nos ápices dos rebentos anões.
O rebento anão com folhas é conhecido coletivamente como esporão.
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Classificação
As gimnospermas são um grupo muito grande que inclui tanto formas vivas como
fósseis. Devido aos amplos registos de formas fósseis, a classificação tornou-se
um pouco complicada. Vários trabalhadores classificaram as Gimnospérmicas de
forma diferente ao longo do tempo. Alguns dos mais importantes são os
seguintes:
Os pioneiros neste campo foram Coulter e Chamberlain (1917) que dividiram as
gimnospérmicas diretamente em sete ordens.
1. Cycadofilicales
2. Bennettitales
3. Cycadales
4. Cordaitales
5. Ginkgoales
6. Coníferas
7. Gnetales
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ii) Clamydospermatophyta
iii) Coniferophyta
Coniferophyta, Clamydospermatophyta e Coniferophyta foram ainda divididas
em classes e ordens.
Raizada e Sahni (1958-61) classificaram as gimnospérmicas após a descoberta de
um grupo novo e único do período Jurássico - Pentoxylae-
Gimnospérmicas - Subdivisão-1. Cycadophyta-Order - a. Pteridospermales
b. Cycadeoidales
c. Cycadales
Subdivisão 2 – Pentoxiláceas
Subdivisão-3-Coniferophyta- ordem- a. Cordaitales
b. Ginkgoales
c. Coníferas
d. Gnetales.
Em seguida, Andrew (1961), outro cientista de renome, classificou as
Gimnospérmicas e dividiu-as em seis divisões, a saber
i) Pteridospermatophyta
ii) Cycadophyta.
iii) Ginkgophyta
iv) Coniferophyta.
v) Gnetófitas
vi) Gimnospérmicas de afinidades incertas.
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6- Corystospermaceae (Xylopteris)
7-Caytoniaceae (Caytonia)
Ordem- 2. Bennettitales - Famílias (3) 1- Williamsoniaceae (Williamsonia)
2. Wielandiellaceae (Wielandiella)
3. Cycadeoideaceae (Cycadeoidea)
Ordem 3. Pentoxylales -Família(1) 1. Pentoxylaceae (Pentoxylon)
Ordem 4.Cycadales-Família (2) 1. Cycadaceae (Cycas, Zamia, etc.)
2. Nilssoniaceae (Nilssonia)
2. Divisão Coniferopsida
Ordem1. Cordaitales-Famílias (3) 1. Eristophytaceae (Eristophyton).
2. Cordaitaceae (Cordaites)
3. Poroxylaceae (Poroxylon).
Ordem 2. Coniferales -Famílias(9) 1. Lebachiaceae (Lebachia)
2. Voltziaceae (Voltziopsis)
3. Palissyaceae (Palissya)
4. Pinaceae (Pinus, Abies, Picea)
5. Taxodiaceae (Taxodium)
6. Cupressaceae (Cupressus)
7. Podocarpaceae (Podocarpus)
8. Cephalotaxaceae (Cephalotaxus)
9. Araucariaceae (Araucaria, Agathis)
Ordem 3. Taxales-Família(1) 1. Taxaceae (Taxus, Torreya)
Ordem 4.Ginkgoales-Famílias(2) 1.Trichopityaceae (Trichopitys)
2. Ginkgoaceae (Ginkgo)
3. Divisão Gnetopsida
Ordem 1.Gnetales- Famílias (3) 1. Gnetaceae (Gnetum)
2. Welwitschiaceae (Welwitschia)
3. Ephedraceae (Ephedra).
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4. Cycadophyta.
5. Ginkgophyta.
6. Coníferas.
Assim, depois de rever as diferentes classificações das Gimnospérmicas
adoptadas por diferentes trabalhadores ao longo do tempo, é evidente que
existem grandes variações em relação à classificação das Gimnospérmicas.
Mas, mesmo assim, a última e mais importante classificação pode ser tomada
como a correcta para estudos.
Stewart (1983) colocou Progymnospermopsida, Gymnospermopsida e
Gnetopsida como classes distintas sob a divisão Tracheophyta, as plantas
vasculares do reino Plantae. Estas três classes foram ainda divididas em
Reino Plantae –
Divisão Tracheophyta
Classe-1. Progimnospermopsida
Ordem- 1. Aneunophytales
2. Aracheopteridales
3. Protopityales
Classe-2. Gimnospermopsídeos
Ordem- 1. Pteridospermales
2. Cycadales
3. Cytoniales
4. Glossopteridales
5. Pentoxilales
6. Czekanowskiales
7. Ginkgoales
8. Cordaitales
9. Voltziales
10. Coníferas
11. Taxales
Classe 3. Gnetopsida
Ordem- 1. Gnetales
2. Ephedrales
3. Welwitschiales.
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Resumo
1. As coníferas incluem formas extintas e gimnospérmicas vivas.
2. São geralmente monóicas com cones masculinos e femininos
distintos.
3. O seu hábito de crescimento varia de árvores extremamente
altas a formas em miniatura.
4. Os caules contêm uma medula pequena e a madeira secundária
é picnoxílica.
5. As folhas são de dois tipos, ou seja, folhas de folhagem e folhas
escamosas.
6. A polinização é anemófila
7. As sementes são endospérmicas e aladas
8. O Taxus baccata é uma árvore de folha perene que se encontra
na América do Norte e do Sul, na Europa e nas Filipinas, na Argélia, em
Marrocos e na Índia.
9. T. baccata possui um tronco enorme e todos os ramos
apresentam um crescimento ilimitado.
10. As folhas são lineares, pequenas (2-3 cm de comprimento),
dispostas em espiral e com um pedúnculo curto
11. O sistema de raiz axial está bem desenvolvido.
12. O caule jovem apresenta um anel de feixes vasculares
conjuntos, colaterais, abertos e endarcos
13. O Taxus é geralmente dioico, embora também tenham sido
registadas árvores monóicas
14. Os estróbilos femininos em Taxus são muito reduzidos e os
estróbilos masculinos são de cor amarela e desenvolvem-se na axila das
folhas.
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Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
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Introdução
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paralelos aos de filogenia Dicta de Bessey. Em 1969, ele publicou -Evolution and
Phylogeny of Flowering plants. A sua outra obra é Genera of Flowering plants (1964-
67). A sua classificação foi revista de tempos a tempos (1955, 1969) e finalmente
apareceu em 1973. A classificação sugere que a origem das Angiospérmicas é
Monofilética; originária de de hipotéticas proangiospérmicas. Inicialmente,
considerava-se que as angiospérmicas tinham evoluído ao longo de duas linhas
evolutivas.
(a) Herbaceae (famílias de herbáceas que vão de Ranales a Lamiales, 28 ordens)
(b) Lignosae (plantas arborescentes ou lenhosas, de Magnoliales a Verbenales, 54
ordens)
No entanto, ele considerou as monocotiledóneas como derivadas de Ranales. As
monocotiledóneas foram divididas em três grupos baseados na natureza do perianto
em Calciferae, Corolliferae e Glumiflorae em todas as 29 ordens e 69 famílias.
Na nova classificação revista publicada em 1973 foram efectuadas pequenas
alterações como Lytherales foram transferidas para Myrtales, em Lignosae de
Herbaceae. Atualmente as Dicots incluem 82 ordens e 342 famílias, enquanto as
monocotiledóneas incluem 29 ordens e 69 famílias. importantes são:
1. O sistema é baseado no sistema de Bessey.
2. Baseia-se no pressuposto de que as plantas com flores com sépalas e pétalas,
associadas a outros caracteres florais e anatómicos são filogeneticamente mais
primitivas do que as plantas sem sépalas e pétalas.
3. Este sistema baseia-se num conhecimento considerável da filogenia.
4. As Monocotiledóneas são colocadas depois das Dicotiledóneas, das quais se
considera que derivaram consideradas como tendo sido derivadas numa fase inicial.
5. As Magnoliales e as Ranales são consideradas as ordens mais primitivas das
Dicotiledóneas, onde as flores são bissexuais com numerosos estames livres e os
carpelos estão dispostos em espiral.
6. Enfatizando mais as semelhanças do que as diferenças, as Gamopetalae e
Monochlamydeae são distribuídas entre as Polypetalae de acordo com as suas
relações.
7. As plantas com flores são divididas em grupos mais pequenos com base numa
combinação de caracteres e as famílias estreitamente associadas são colocadas
juntas.
8. As Gimnospérmicas são consideradas como um grupo distinto.
9. As famílias de Monocotiledóneas estão organizadas em 29 ordens e propôs novas
concepções para várias famílias, resultando em agrupamentos mais naturais.
10. As Butomales e as Alismatales são colocadas no início das Monocotiledóneas.
Partilham com as Ranales o androceu de numerosos estames, o gineceu apocárpico e
frutos foliculares e aquénios.
11. As Gramíneas são consideradas como a família mais avançada das
Monocotiledóneas, o que é inconsistente com a atual compreensão do grupo.
12. Ele reconheceu 411 famílias de Angiospermas.
Características gerais
As angiospermas são um grupo bem definido e bem caracterizado. Não existe
nenhuma espécie vegetal cuja classificação como angiospérmica ou não
angiospérmica seja incerta. Mesmo o registo fóssil não contém formas que estejam
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Introdução
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Bibliografia
1. Alexopoulos, C.J., Mims, C.W.; Blackwell, M (1996). Introductory
Mycology. 4a ed. Nova Iorque:John Wiley & Sons, Inc.
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Introdução
Objectivos
específicos A taxonomia dos fungos segue as recomendações do comité das "Regras
Internacionais de Nomenclatura Botânica". De acordo com estas regras, os vários
taxa têm a seguinte terminação:
As divisões dos fungos terminam em -mycota, as sub-divisões em "mycotina", as
classes em 'mycetes, as sub-classes em - mycetidae, as ordens em - ales e as
famílias em - aceae.
O nome do género começa sempre com letra maiúscula, enquanto o nome
específico começa com letra minúscula. Os binominais escritos à mão devem ser
sempre sublinhados e, quando impressos, devem ser colocados em itálico, por
exemplo, Solanum nigrum.
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Subdivisão - Mastigomycotina
Classe 1. Chytridiomycetes (zoósporo posterior uniflagelado com flagelo do tipo
whiplash).
Ordem-1.Hyrpochytriales,
2.Chytridiale,
3.Blastocladiales,
4.Monoblepharidales.
Classe-2.Hypochytridiomycetes- (Zoósporo uniflagelado anterior com flagelo
do tipo "tinsel").
Ordem- 1.Hypochytriales.
Classe- 3: Oomicetes- (Zoósporos biflagelados, flagelo anterior do tipo "tinsel",
flagelo posterior do tipo "whiplash", parede celular celulósica).
Ordem-1.Saprolegniales
2. Leptomitale
3. Laginidiales
4.Peronosporales
Classe - 4. Plasmodiophoromycetes- (Biflagelados heteroconeanos, zoósporos,
flagelos do tipo whiplash).
Ordem - 1. Plasmodiophorales.
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Subdivisão Zygomycotina
Classe - Zygomycetes- (Principalmente saprófitas, por vezes parasitas ou
micoparasitas, atacando também insectos mas depois desenvolvendo micélio
dentro do revestimento interno do trato digestivo, desenvolve zigósporos
geralmente de forma esférica).
Ordem -1.Mucorales
2.Entomophthorales.
3. Zoopagales.
Classe - 2: Trichomycetes - (Principalmente comensais com as vísceras de
artrópodes, hifas ligadas ao revestimento interno do trato digestivo, por vezes
em partes externas de artrópodes aquáticos vivos, zigósporos conhecidos como
bipolares ou biconais.
Ordem- 1.Harpellales,
2. Asellariales,
3. Eccrinales,
4. Amoebidales.
Subdivisão - Ascomycotina- A) (Talo micelial ou leveduriforme, ascocarpo e
ascogéneo ausentes, ascos nus).
Classe- Hemiascomycetes-
Ordem- 1. Endomycetales,
2. Protomycetales,
3.Taphrinales.
B) Talo micelial, ascocarpo e hifas ascogénicas presentes
Classe-Loculoascomycetes- i) Asco bitunicado, ascocarpo um ascostroma,
Ordem: 1. Myrianngiales.
2. Microthyriales.
3. Hysteriales
4. Pleosporales.
5. Dothideales.
B) Asco unitunicado; se for bitunicado, estão presentes o ascocarpo e o apotécio.
Classe 3- Plectomicetos - (Ascos dispersos em vários níveis dentro de um
cleistotécio, ascósporos asseptados.
Ordem- 1. Euritiales,
2. Micro ascoales,
3. Onygenales.
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Subdivisão - Basidiomycotina
Classe-1.Teliomyetes- (Parasitas de plantas vasculares, basidiocarpo ausente,
basídio que surge de probasídio de paredes espessas, teleutosori no tecido do
hospedeiro.
Ordem - 1. Uredinales,
2.Ustilaginales.
Classe- Hymenomycetes- (Saprófitas e raramente parasitas, basidiocarpo bem
desenvolvido presente, basídios dispostos num himénio, basidiocarpo
gimnocárpico ou angiocárpico, himénio exposto durante todo o seu
desenvolvimento.
Subclasse 1. Phragmobasidiomycetidae- (Basidium phragmobasidium),
Ordem- 1. Tremellaels
2. Auriculares
3. Septobasidiales
Subclasse - Holobasidiomicetos - (Basidium holobasidium),
Ordem- 1.Exobasidiales
2.Brachybasidiales
3.Dacrymycetales
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4.Tulasnellales (Polyporales)
5.Aphyllophorales
6.Agaricales
Classe- 1.Gastomycetes- (Basidiocarpo angiocarpo, basídio holobasídio.
Ordem- 1.Podoxales
2.Phyllales
3.Hymenogastrales
4.Lycoperdales
5.Geitiriales
6.Tulostematales
7.Nidulariales
8.Melanogastrales
10.Sclerodermatales
Subdivisão - Deuteromycotina
Classe- Blastomycetes- (pseudomicélio com brotamento semelhante a levedura
ou sem pseudomicélio, micélio verdadeiro ausente ou pouco desenvolvido),
Ordem- nula
Classe- 2: Hyphomicetes- (micélio desenvolvido, brotamento assimilatório
ausente, micélio estéril presente; esporos em esporóforos, esporóforos podem
estar agrupados, mas picnídios e acérvulos ausentes).
Ordem - 1. Moniliales,
2. Micélio estéril.
Classe 3: Coelomycetes (ausência de células de brotamento assimilatórias
desenvolvidas no micélio, esporos ou conídios formados em picnídios ou
acérvulos).
Ordem- 1. Melanconiales
2. Sphaeropsidal
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Classe Basidiomycetes
Sub-classe-1 Heterobasidiomycetidae-Order. Uridinales- Parasita de plantas,
basidiocarpo ausente, promicélio/basídio que surge de um probasídio de paredes
espessas, um teleutósporo, basidiósporos produzidos em estrigmatas,
descarregados à força, divididos em 3 famílias- 1.Pucciniaceae,
2.Malamsporaceae, 3.Coleosporiaceae.
▪ Ordem 2. Ustilaginales-Parasitas principalmente de plantas vasculares, sem
basidocarpo, basidiósporos sésseis, não descarregados à força, teleutósporos
formados de maneira semelhante à dos clamidósporos, divididos em 3
famílias, 1. Ustilaginaceae, 2. Tilietiaceae. 3. Graphiolacea.
Sub-classe-Homobasidiomycetidae
Ordem- 1. Exobasidiales- Série 1- Hymenomycetes- Basidiocarpo presente,
himénio presente e exposto antes dos esporos estarem maduros.
Ordem 2- Polyporales - Basidiocarpo e himénio presentes, textura do himénio
gimonocárpico não mole e putrescente, dividida em 6 famílias 1. Laphoraceae, 2.
Clavariaceae, 3. Cantarellaceae, 4. Hydnaceae, 5. Meruliacea, e 6. Polyporaceae.
Ordem - Agaricales - Basidiocarpo presente, Hymenium suportado em brânquias
/ lamelas, ou se revestindo o interior dos poros, então basidiocarpo macio e
putrescente, dividido em 5 famílias - 1. Boletaceae, 2. Paxillaceae, 3. Russulaceae.
4. Hygrophoraceae e Agaricaceae.
▪ Série- Gastromycetes - Hymenium presente ou ausente, o basidiocarpo
permanece fechado pelo menos até que os esporos tenham sido libertados
dos basídios, condição conhecida como angiocarpo.
Ordem - Lycoperdales- Hymenium presente nos estágios iniciais, esporos
geralmente de cor clara, pequenos em tamanho, Gleba pulverulenta, câmaras
glebais não separadas do perídio, divididos em 3 famílias 1. Arachniaceae, 2.
Lcoperdaceae e 3. Geastraceae.
Ordem-Nidulariales- Gleba cerosa, câmaras glebais formando peridiolos cerosos
ou gleba inteira separando-se como uma unidade do perídio, dividida em 2
famílias- 1. Sphaerobolaceae, 2. Nidulariaceae.
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Resumo
Os fungos incluem cogumelos, ferrugens, smuts, puffballs, trufas, morcelas e
bolores, tendo sido identificadas mais de 70.000 espécies de fungos. Assim, o
significado da classificação dos fungos é distinguir estes organismos fúngicos com
as suas características taxonómicas distintivas. Em geral, os fungos são capazes
de se reproduzir sexualmente em condições adequadas, para além de se
reproduzirem por vários meios assexuados. A fase sexual de um fungo é
conhecida como a sua fase perfeita. Mas para um bom número de fungos, o
estágio perfeito é desconhecido. Estes fungos são designados como fungos
imperfeitos (Fungi Imperfecti). Como os fungos são classificados principalmente
com base no seu estádio sexual, os fungos imperfeitos não podem ser colocados
em nenhuma das principais categorias de fungos. Por isso, estão reunidos num
grupo especial, os Deuteromicetos. No caso de ser descoberto o estádio perfeito
de qualquer membro deste grupo, este é transformado no seu taxon original.
Vários micologistas tentam classificar os fungos com base nos seus estudos, mas
não existe uma única classificação que satisfaça os micologistas universais.
Recentemente, com base em estudos genéticos, moleculares e filogenéticos,
realizados por micologistas modernos, não se encontram linhas de classificação
dos fungos entre os Hibbett e colaboradores, o que abre uma nova era neste
domínio.
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Bibliografia
1. Alexopoulos, C.J., Mims, C.W.; Blackwell, M (1996). Introductory
Mycology. 4a ed. Nova Iorque:John Wiley & Sons, Inc.
2. Campbell, N.A et al(2010). Biologia. 8ª ed. 1464 p. Porto Alegre:
Artmed,
3. Carlile, M.J.; Watkinson, S.C(2001). The Fungi. 2ª ed. Londres:
Academic Press.
4. Esposito, E.; Azevedo, J.L. (2004) Fungos: uma Introdução à
Biologia, Bioquímica e Biotecnologia. Caixas do Sul: Educs.
5. Raven, P.H.; Evert R.F.; Eichhorn, S.E. (2007): Biologia Vegetal.
7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
6. Sadava, D. et al. (2009), Vida: a Ciência da Biologia. Vol. 2. Porto
Alegre: Artmed.
7. Wainwright, M. (1992). An Introduction to Fungal
Biotechnology. New York: John Wiley & Sons.
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
Questões:
i) A ciência do estudo dos fungos é conhecida como------------------.
ii) A parede celular dos fungos é constituída por-----------------------.
iii) A classificação dos fungos baseia-se tanto na -----------------stage
como no tipo de----------------------.
iv) O grupo de fungos que não tem reprodução sexual é colocado na
classe----------------------.
v) A classe Phycomycetes é também conhecida como------------------.
vi) Os corpos de frutificação dos Ascomicetes são-----------------------.
vii) Os membros de Chytridiomycetes produzem ----------células com
um único flagelo.
viii) As células móveis estão ausentes em ------------------- e ---------.
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4. A fórmula da quitina é:
Considerações Finais
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Referências Bibliográficas
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