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Ilustração botânica

Técnicas para desenhar flores e plantas


www.ggili.com.br

Helen Birch
Título original: Just Draw Botanicals. Beautiful Botanical Art, Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Contemporary Artists, Modern Materials. Publicado originalmente (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
por The Bright Press, um selo do grupo Quarto, em 2018.
Birch, Helen
Diretor criativo: James Evans Ilustração botânica : técnicas para desenhar flores e
Design: Ian T. Miller plantas / Helen Birch ; [tradução Maria Luisa de Abreu Lima
Tradução: Maria Luisa de Abreu Lima Paz Paz]. -- São Paulo : Gustavo Gili, 2019.
Diagramação: Patricia Benigno Girotto
Edição e coordenação: Maria Luisa de Abreu Lima Paz Título original: Just draw botanicals, beautiful
Design da capa: Toni Cabré/Editorial Gustavo Gili, SL botanical art, contemporary artists, modern materials.
ISBN 978-85-8452-143-2
Qualquer forma de reprodução, distribuição, comunicação
pública ou transformação desta obra só pode ser realizada com a 1. Aquarela - Técnicas 2. Desenhos botânicos
autorização expressa de seus titulares, salvo exceção prevista pela 3. Pintura - Técnicas 4. Plantas - Guias I. Título.
lei. Caso seja necessário reproduzir algum trecho desta obra, seja
por meio de fotocópia, digitalização ou transcrição, entrar em 18-21042 CDD-741
contato com a Editora.
A Editora não se pronuncia, expressa ou implicitamente, a respeito Índices para catálogo sistemático:
da acuidade das informações contidas neste livro e não assume 1. Desenhos botânicos : Arte 741
qualquer responsabilidade legal em caso de erros ou omissões.

© 2018 Quarto Publishing plc


© da tradução: Maria Luisa de Abreu Lima Paz
para a edição em português:
© Editorial Gustavo Gili, SL, 2019

Impresso na China
ISBN: 978-85-8452-143-2
www.ggili.com.br

Depósito legal: B. 23807-2018 Créditos das imagens (da esquerda para a direita):

Editorial Gustavo Gili, SL Imagens da capa:


Via Laietana 47, 2º, 08003 Barcelona, Espanha. Tel. (+34) 933228161 Laura Silburn, Denise Ramsay, Sarah Melling, Valesca van Waveren,
Editora G. Gili, Ltda Marianne Grundy, Holly Exley, Victoria Braithwaite
Av. das Comunicações, nº 265, Mod. A07 e A06, Setor 1, sala 2
Bairro: Industrial Anhanguera – Osasco – Imagens da quarta capa:
CEP: 06276-190 -São Paulo -SP -Brasil. Tel. (+55) (11) 3611 2443 Julia Trickey, Fiona Wheeler, Carolyn Jenkins, Leigh Ann Gale
Ilustração botânica
Técnicas para desenhar flores e plantas

Helen Birch
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Sumário
Como utilizar este livro............................................. 5

Índice visual................................................................ 6

Por que botânica?..................................................... 10

As obras de arte........................................................ 12

Fundamentos da ilustração botânica.................. 194

Materiais..................................................................196

Informações complementares..............................202

Índice de artistas....................................................204

Índice remissivo......................................................206

Agradecimentos......................................................208
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À direita: Prímula “Silver Lace”,


de Laura Silburn
Como utilizar este livro
Além do sumário na página ao lado, incluímos um índice Índice de artistas
visual e outro dos artistas para ajudar você a consultar Se você preferir procurar as imagens pelo nome do artista,
este livro. Use esses índices para encontrar rapidamente há um índice em que eles estão relacionados em ordem
uma determinada informação ou pintura. alfabética, pelo sobrenome, nas páginas 204 e 205. Nele
você encontrará uma lista completa das páginas em que
Índice visual suas obras aparecem e também o blog ou site de cada
Como este livro serve igualmente como inspiração visual, artista, caso queira conhecer melhor o trabalho deles.
além de abordar a técnica, incluímos um índice visual nas
páginas 6 a 9. Se você estiver tentando encontrar uma
imagem que já viu no livro, ou procurando um estilo, cor
ou fundo específico, use esse índice para ir diretamente à
página correta. Os números das páginas estão incluídos
nas miniaturas de cada ilustração.
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Acima: À beira do caminho,


de Hennie Haworth
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17 29 37 45 53

19 25 31 39 47 55
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Por que botânica?

Este livro apresenta uma visão abrangente das obras fornece informações claras aos botânicos sobre um
botânicas – muitas têm como base a aquarela, uma espécime vegetal – essas obras são quase sempre
vez que essa é a técnica tradicionalmente usada para monocromáticas. A arte botânica compreende a
representar a flora. O livro também inclui abordagens maioria das obras deste livro; ela é correta do ponto
mais voltadas às artes plásticas e com o uso de de vista botânico e científico, mas dá muito mais
novas técnicas. ênfase ao valor estético e costuma ser produzida em
cores sobre um fundo liso. Por fim, as pinturas florais,
A arte do desenho e da pintura botânica surgiu há ou obras com tema botânico, tendem a explorar ideias
séculos da necessidade de registrar e preservar o e conceitos mais amplos, como natureza-morta,
conhecimento sobre o reino vegetal – uma fonte de contexto, impressões, percepção, metáfora e outros.
alimento, remédios e fascínio. Os botânicos ainda
necessitam de ilustrações de alta qualidade para As plantas mostradas neste livro foram observadas
suas publicações científicas, havendo também uma tanto em locais modestos como exóticos; algumas
demanda e um interesse renovado pela arte botânica. foram encontradas em viagens para realização de
pesquisas específicas, muitas são cultivadas nos
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A ilustração botânica, a arte botânica e a arte com jardins dos próprios artistas. Quem optar pelos temas
tema botânico apresentam diferenças fundamentais, botânicos nunca irá ficar sem assunto – estima-se que
mas o que elas têm em comum é o fato de buscarem o número de espécies de plantas existentes varie de
inspiração no reino vegetal. A ilustração botânica 350 mil a mais de um milhão.

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Todos os artistas representados neste livro
escolheram temas que têm para eles um significado
especial e trabalharam com materiais que os
intrigam e desafiam. Muitos se iniciaram na arte
botânica após seguirem carreiras bem diferentes;
alguns são designers especializados em temas
florais; outros são recém-formados em escolas de
arte, ganharam prêmios por suas obras ou
dedicam-se a estudos botânicos visando bem-estar
e meditação. Seus trabalhos foram escolhidos para
inspirar você também a produzir arte botânica.

Acima: Banksia aemula,


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de Robyn Graham
À esquerda: Família das íris,
de Jan van der Kamp

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As obras de arte

Carolyn Lord:
Galantos e limões
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Aquarela

Drama Marie Burke

Marie iniciou sua carreira artística especializando-se em esculturas de aço forjado, antes de passar
para a pintura botânica. Identificar formas dramáticas na natureza ainda a fascina.

Sua aquarela Peônia é imponente e extravagante – características exageradas pela maneira como
foi pintada pela artista. Ela explica: “Minha ideia era preencher o papel e me deixar levar pelas cores
e formas suntuosas que iam surgindo. Com uma beleza envelhecida, esta peônia estava começando
a murchar. Eu notei as mudanças no formato das pétalas à medida que secavam e se enrolavam,
e as cores também se tornavam mais intensas e carregadas antes de ficarem marrons. O processo
de secagem e encolhimento apresenta esse tipo de imagem escultural.”
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Dica É fácil recortar imagens sem recorrer a tesouras ou molduras. Use a edição de fotos
para experimentar diferentes cortes sem afetar seu original. Além de tudo, é reversível!

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Técnica mista

Inspiração e ritmo Trina Esquivelzeta

Com o hábito de se esparramar por cima das beiradas de seu vaso cada vez maior, esta planta
ornamental popular é conhecida pelo nome de rosário ou colar-de-pérolas. A folhagem tem
exatamente o aspecto que o nome sugere – as folhas redondas e carnudas como ervilhas estão
presas a caules delgados.

Em Gravura de planta-pérola, Trina usou uma combinação de pintura em aquarela e manipulação


digital para produzir as diversas “pérolas” da planta. Os fios e algumas folhas foram pintados
individualmente com aguadas de aquarela em verde e azul.

Depois, a artista escaneou e sobrepôs várias versões da obra no Photoshop “para dar o efeito de
múltiplos fios suspensos”.
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Dica Escanear e digitalizar seu trabalho é um hábito recomendável. Você passa a ter
um arquivo digital do trabalho finalizado, que pode usar para registrar diferentes etapas
de uma obra em andamento ou, como neste caso, manipular os elementos digitalmente.

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Pintura a óleo

Cores de alta tonalidade Claire Pelta

Claire escolheu usar uma paleta em que predominam as cores de alta tonalidade para sua pintura a
óleo em “azul-celeste sobre branco”, Nigella. A alta tonalidade faz com que os valores de uma pintura
se aproximem da extremidade mais clara da escala de valores.

A artista conta que seu trabalho “é meticulosamente detalhado, mas em uma escala maior que a real”.
“Procuro criar obras que sejam sensíveis e dramáticas ao mesmo tempo, recorrendo às cores da
natureza, das pálidas e delicadas às vivas e intensas”, explica. Em meio aos tons pálidos de azul e
malva, o miolo verde-escuro cria um contraponto tonal.
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Dica É importante compreender o tom. Procure observar seu tema com os olhos
semicerrados. Isso reduz os meios-tons, deixando apenas claros e escuros. Uma vez
que tiver compreendido os valores tonais de seu tema, você pode escolher uma alta
tonalidade ou, alternativamente, uma baixa tonalidade para seu trabalho.

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Aquarela

Aguadas sobrepostas Victoria Braithwaite

Esta pintura de Victoria representando uma amora-silvestre – fruto de um espinheiro – é extraordinária


pelo seu visível realismo; a superfície brilhante e apetitosa assemelha-se de forma convincente à da
fruta verdadeira.

Esse tipo de ilusão é conseguido por meio da compreensão dos tons do objeto que está sendo
observado – toda a diversidade de claros e escuros, desde a luz até a sombra. A sobreposição de
aguadas transparentes de aquarela, intensificadas pelo uso de tons cada vez mais escuros, também
é conhecida como veladura. É importante deixar secar cada camada antes de aplicar a seguinte.
Em Amora, a artista usou um pincel seco para acrescentar detalhes depois que as camadas de
aguada estavam concluídas.
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Dica O tempo que uma pintura demora para secar pode ser uma oportunidade de se distanciar
um pouco de sua obra, fazer uma avaliação dos tons e escurecer onde for necessário.

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