Via Sacra Fatima 2019
Via Sacra Fatima 2019
Via Sacra Fatima 2019
MANAUS
2017
INTRODUÇÃO
A HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
NARRADOR: O tempo é incapaz de apagar da história o que é verdadeiro! Ouçam! O que vamos
contar aqui é sobre o Mestre dos mestres, o Rei dos reis, filho de uma dona de casa e de um
carpinteiro, na terra; e filho do Deus altíssimo, no mais alto dos céus, assim nasce u Jesus Cristo,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que enfrentou o calvário e lá morreu para nos salvar. Ele
morreu para o pecado, mas ressuscitou para a glória de Deus.
Em Nazaré, Deus se compadeceu do povo e enviou um anjo a uma jovem chamada Maria,
com aproximadamente 16 anos de idade , corajosa e serva do Senhor disse ao anjo Gabriel: “ Faça-
se em mim segundo a tua vontade” , e foi esse “SIM” que trouxe ao mundo o Filho de Deus,
concebido sem pecado, já que Maria era virgem e ficou grávida pela ação do Es pírito Santo.
Claro! Como poderia a mãe de Jesus gerá -lo em meio ao pecado? Não poderia! Por isso, depois
de muitos anos, Maria foi reconhecida como Imaculada Conceição, que significa Concebida sem
Pecado Original.
Quando se completaram os nove meses Maria deu à luz Jesus, em Belém, o menino Rei não
nasceu num palácio, mas em uma estribaria, numa manjedoura, para mostrar ao mundo que veio
de forma humilde e simples , e logo em seguida a sagrada família de Nazaré teve de fugir de
Herodes que queria matar toda s as crianças recém -nascidas, temendo perder o trono para o
verdadeiro Rei . Deus guiou Jesus, Maria e José “o menino crescia com zelo, inteligência e
graça”. Mães como vocês são anjos de Deus, como nó s filhos a amam os, vocês assim como Maria
nos educam, Maria educou e cuidou de Jesus o quanto pôde, até que Jesus saiu para cumprir sua
missão e foi encontrar -se com João Batista , seu primo e filho de Isabel. João Batizou Jesus e logo
veio a revelação do próprio Deus “Este é meu filho amado”. Percebam até aqui que o Cristo foi
humano como nós somos. Ele foi batizado na fé, assim como cada um de nós.
Depois do batismo, Ele conheceu André e Filipe e levou -os a uma festa de ca samento em
Caná da Galileia , todos se divertiam , mas em um determinado momento faltou o vinho. A mãe ,
sempre atenta ao filho e a tudo que acontece , disse a Jesus (que significa Deus Salva) “acabou o
vinho”. Então Jesus transformou a água em vinho, começando aí sua missão e milagres. Mas, sabe
o que me fascina mesmo em Jesus? É sua capacidade de encontrar na s pessoas o que tinha de
melhor, Ele chamou os pobre s, humildes que talvez nós despre zássemos, para segui -lo e se
tornarem discípulos, chamo u pescadores para pescar homens. Doze (12) foram os convidados a
estar diariamente com o Senhor .
Jesus é o cordeiro de Deus, é amor puro, Cristo é o Sal da terra e Luz do mundo, Ele teve
compaixão dos miseráveis, curou leprosos , cegos, mulheres, expulsou demônios, cuidou de
crianças, salvou vidas e mostrou como é possível construir o Reino de Deus SERVINDO ao
próximo, e instituiu um novo mandamento: “amai -vos uns aos outros como eu vos amei”, assim
seguiu fazendo o bem . Mas o amor incomodou os poderosos, as autorid ades e até mesmo aqueles
que achavam estar defendendo as leis de Deus, incomodou por que quem é rico quer ser mais rico,
quem tem poder quer ma is poder, quem detém conhecimento despreza os ignorantes, e ver alguém
que é tão simples fazendo prodígios, servin do com alegria perturbou a mente deles. Quantos de
nós somos assim até hoje irmãos?
O mal foi penetrando no coração dos gananciosos , os fariseus e doutores da lei começaram a
invejar Jesus e queriam matá-lo. Quantos de nós queremos matar nosso irmão por ca usa da inveja,
da ganância, matamos com desprezo, por falta de amor! Os discípulos seguiam Jesus, mesmo com
medo do que podia acontecer. Pressentindo a sua morte, Jesus ensinou aos seus irmãos a terem fé,
e até hoje o Redentor nos ensina : (Campanha da Frat ernidade).
VIA SACRA 2017 – PAIXÃO DE CRISTO
PRÓLOGO
(O Narrador ve m pela porta de entrada falando o texto. Ele para no mei o da igreja,
enquanto isso os contrarregras vão montando o cenário c om a me sa, pães e cálice)
NARRADOR: Jesus Cristo nos amou a tal ponto que tomou a forma de servo para que
pudesse sofrer e morrer por nós. Sua estada aqui na terra nos ensinou como podemos ser irmãos e
amarmos uns aos outros. Ensinou -nos a glorificar a Deus, obedecendo a sua vontade. Portanto,
olhai cada um para si mesmo e encontrai Jesus . Podemos perceber a presença ou distância de
Deus conforme os atos que praticamos. Procuremos imitar Jesus no que ele foi e sempre será,
numa lembrança viva de uma passado tão presente em todos os tempos. Ele é eterno! Agora vejam
Jesus na última ceia com os discípulos!
NARRADOR (Já na área externa): Jesus e os discípulos foram para o monte das oliveiras.
Então o Redentor disse:
JESUS: (olhando em direção aos 8 discípulos). “ Irmãos sentem-se aqui, enquanto vou
rezar”. (Jesus a todo o momento demonstra aflição e dor)
JESUS: Pedro, Tiago e João, venham comigo. Sinto no coração uma tristeza tão grande.
(Enquanto caminham Jesus parece desnorteado e sem chão, uma dor toma conta de seu corpo e
alma)
DISCÍPULOS : MESTRE!
JESUS: Fiquem aqui meus amigos. Orai e vi giai para não caírem em tentação! (Jesus foi
mais adiante e prostrou-se por terra )
JESUS (nesse momento “o mal” entra em cena e observa Jesus) : ABBA! Meu Pai! Prepara -
me para o que virá, consola-me na hora de aflição, fica comigo, pois contigo sempre estou. Se for
possível afasta de mim esse cálice de sofrimento, mas que não seja como eu quero e sim como tu
queres. (Pausa e Jesus ora com mais força)
JESUS: Meu pai se este cálice de sofrimento não po de ser afastado sem que eu beba que seja
feita a tua vontade (Jesus levanta e encontra os discípulos dormindo).
JESUS: Porque dormem? Não conseguem vi giar comigo ao menos uma hora? Orai e vigiai,
pois em verdade vos di go que o espírito está pronto, mas a c arne é fraca (retorna a orar). Peço em
favor deles e por todos os que vão crer em mim por meio deles .
PEDRO : O que esta acontecendo M estre?
THIAGO : É bom que eu chame os outros, Senhor?
PEDRO : Corres perigo mestre? Devemos fugir?
JESUS: Fugir? Não meus irm ãos! Fiquem aqui e vigiem.
NARRADOR : Jesus se afastou de novo e rezou, pedindo as mesmas palavras. O que se passa
no íntimo de Jesus? Uma luta dramática. Em que, se confronta a companhia e a solidão, o medo e
a serenidade. Coragem de continuar um projeto até o fim e a vontade de desistir e fugir. A oração
é a fonte que reanima o projeto de vida segundo a vontade do pai. A vigilância impede que o
homem se torne inconsciente diante das situações.
JESUS: Pai escuta-me! Despertai e vem me defender, protege-me do mal que está por vir,
pois confio em ti e em ti busco refúgio.
O mal: Achas mesmo que podes sozinho carregar todo fardo do pecado? Eu te asse guro! Não
podes, é pesado demais! Salvar a alma deles é muito caro, ninguém jamais con seguirá!
JESUS: Pai, tu podes tudo! Se for po ssível afaste de mim esse fardo, mas, que seja fei ta a
tua vontade, e não a minha!
O mal: Teu Pai? Estás chamando teu Pai? Onde Ele está agora? Jesus... Desista! Não adianta
sofrer por causa dos outros. Eu te ofereço uma vida nova! Peça o que quiseres e realizarei teus
sonhos! Irei te alimentar com as melhores coisas do mundo! (A partir daqui “o mal” acompanha
toda a Via Sacra até a última estação).
JESUS: Longe de mim satanás! Cala -te! Nem só de pão o homem viverá ! Mas de toda
palavra que sai da boca de Deus! Ele é meu refúgio e nada me faltará! Vim ao mundo para
cumprir a missão que Ele confiou a mim!
NARRADOR : Então Jesus voltou e encontrou os discípulos novamente dormindo.
CAIFÁS: Ouvimos di zer : “Vou destruir esse templo feito por homens e e m três dias
construirei um novo ”. É isso mesmo? O que me dizes? (Mas Jesus continua calado, nada
respondeu.).
CAIFÁS: És tu o messias, filho de Deus bendito?
JESUS: Eu sou e vocês verão o filho do homem senta do à direita do todo poderoso e vindo
sobre as nuvens do céu. (Então o sumo sa cerdote rasgou as próprias vest es)
CAIFÁS: Que necessidade tem ainda de testemunhas? Vocês ouviram a blasfêmia! O que
parece a vocês? (Todos: Blasfêmia! Blasfêmia! Blasfêmia! Morte! Ele deve morrer! Eles
começaram a cuspir e bofetear Jesus).
4 DOUTORES DA LEI + OS 4 FARISEUS: Fa z uma profecia, transforme esta água em
vinho. (Cena : todos os fariseus insultam Jesus, batendo -lhe).
(Enquanto Pe dr o observava Jesus, percebe que algumas pessoas começam a olhar para
ele, logo se afasta, mas c omeça a ser surpreendi do pel os que ali estavam )
PERANTE PILATOS
FARISEU 1: Senhor, aqui está o grande agitador que se diz chamar Rei dos Judeus.
PILATOS: Que acusação vocês apresentam contra esse homem?
CAIFÁS: Se ele não fosse malfeitor, não o teríamos trazido até aqui.
PILATOS: Encarreguem -se vocês mesmo s de julgá-lo, conforme a lei de vocês.
CAIFÁS: Não temos permissão de condenar ninguém à morte.
PILATOS: Condenar à morte? E um castigo não basta?
CLÁUDIA: Pilatos o que está acontec endo aqui? Por que tanto ódio tê m esses homens? Não
se meta com Jesus, deixe -o ir!
PILATOS: Por que fala assim Cláudia? Tendes compaixão desse agit ador? Será mesmo que
devo deixá -lo partir?
CLÁUDIA: Estou lhe pedindo! Se você escuta tua mulher, então não traga desgraça a nossa
casa! Não derrame o sangue deste homem.
CAIFÁS: Mas ele proclama ser o R ei! Nega o poder de Roma nesta terra!
FARISEU 2: Esse homem está enganando e iludindo o povo para não pagar tributos a Cesar!
PILATOS: Onde estão os teus amigos? Eles te abandonaram?
JESUS: Não estou só! Meu pai está comigo!
FARISEU 3 : Blasfemou! Isso é blasfêmia !
MULTIDÃO: Morte ao Rei dos Jesus! Morte ao Rei dos Jesus! Morte ao Rei dos Jesus!
PILATOS: És o Messias, esse tal... Filho de Deus? Nada tens a responder? Saiba que este
conselho tem o poder de te condenar.
JESUS: Vocês não terão pode r sobre mim, se não vier do Pai .
FARISEU 4: Então nos mostre o teu Pai, falso profeta!
PILATOS: Afinal, quem és? És rei?
FARISEU 1: Rei? Não temos outro rei, senão César!
MULTIDÃO: Isso mesmo! César! César! César!
PILATOS: Foi a tua própria gente que te trouxe aqui. O que fizeste?
JESUS: O meu reino não é deste mundo, se fosse , aqueles que me seguem não permitiriam
que eu fosse entregue a vocês, mas isto acontece para que se cumpram as escrituras.
FARISEU 2: Isso é blasfêmia ! (rasga as vestes) Ah... não temos mais dúvidas! Todos
ouviram! Já sabemos a sentença! Morte! Morte! Ele deve morrer!
PILATOS: Então você veio para falar sobre o teu reino.
JESUS: Foi para isso nasci e vim ao mundo, para testemunhar a verdade!
PILATOS: Verdade? O que é a verdade?
JESUS: Todo aquele quer escutar a verdade, ouvi a minha voz.
PILATOS: Vocês me apresentaram este homem como um bandido! No entanto, após
interrogá-lo não vejo culpa alguma. Este homem é inocente.
FARISEU 3: Inocente? Ele engana o povo, é contra César. Se soltares este homem o povo se
revoltará contra ti. (Pilatos fica pensativo, a respeito do que o fariseu disse) .
CAIFÁS: Ele está provocando revolta entre o povo, com seus ensi namentos. Começou na
Galileia passando por toda Jude ia, e agora chegou aqui.
PILATOS: Ele é da Galileia?
CAIFÁS: Sim, meu senhor!
PILATOS: Então faz parte da jurisdição de Herodes, q ue ele o julgue como achar melhor .
Le vem -no a Herodes! (Jesus é levado a Herodes).
(Jesus foi levado pel os sol dados, doutores da lei e chefe dos sacerdotes até Herodes, Rei
da Galileia, que ao saber da sua cheg ada foi ao seu enc ontr o)
FARISEU 4: Majestade estamos com um prisioneiro e ele deve ser julgado pelo senhor.
HERODES (com indiferença, preguiça, desinteresse) : Ahhhrrrggg! Por que não dissestes
que viessem mais tarde? Quais motivos têm para me perturbar tão cedo?
FARISEU 2: Senhor ele é Jesus de Nazaré e veio enviado por Pilatos.
HERODES: Ahhh ééée???... Não é sempre que Pilatos lem bra que também sou autoridade!
Ordene que o tragam! Quero conhecer esse tal Rei dos Judeus! Onde ele está?
HERODES: Este? Este é Jesus de Nazar é? Oh! Quanto me alegro em ver -lhe no meu
palácio, há tempo desejava conhecê -lo. Já ouvi falar muito a seu respei to. Hoje espero presenciar
um milagre. É verdade que devolves a visão aos cegos? Que ressuscita os mortos? De onde vem o
teu poder? És aquele cujo nascimento foi anunciado? Ande homem! Fale alguma coisa! Faça um
milagre! Transforme essa água em vinho para que eu possa ficar bêbado! Háháháháhá!!!
HERODÍADES: (Irônica) Ora! Ora! Ora ! Quem está aqui diante de nós? O Messias! O
mágico que cura e ressuscita os outros! Nem mesmo aquele imundo e irritante, João Batista,
trouxe um homem dos mortos!
HERODES: Veja lá como fala! Tenha mais respeito mulher! Não temos aqui um criminoso
comum. Este é um homem de Deus. Você é um homem de Deus, não é? (Jesus nada responde)
DOUTOR DA LEI 1: Este homem é um perigo para todos. Ele en coraja uma rebelião contra
Roma.
HERODES: Isso é mentira, não é Jesus? Eu nunca ouvi nada a respeito.
DOUTOR DA LEI 2: Ele chama a si mesmo de Rei dos Judeus!
HERODES: Calados!
HERODES: É verdade Jesus? Corou -se a si mesmo como rei? Entenda... isso me perturba, e
muito! Acredito que eu é que deveria ser o rei dos Judeus. E nã o um profeta sujo e pobre vindo
de Nazaré! (Todos riem).
HERODÍADES : Tire este imundo da nossa presença! Ele não tem nenhum crime, só está
louco (todos riem novamente).
HERODES: Mas estou disposto a relevar tudo isso, se me der uma pequena prova. Todo
mundo está dizendo que você cura ce gos e leprosos quando os toca!
HERODÍADES : Lepra? Ele toca os imundos? Está louco e ainda quer nos contaminar! (Com
nojo) Tirem-no daqui!
HERODES: Só estou pedindo uma pequena prova... Al gum milagre! (Jesus nada diz)
HERODES: É isso Jesus? Vai ficar aí parado como uma estátua? Diga alguma coisa?
DOUTOR DA LEI 3: O silencio pode ser a melhor arma dos políticos, meu senhor.
HERODES: Os reis de vem falar. É uma exigência, você não sabia? Nunca exi stiu um rei
mudo. Vejam : o rei mudo dos Judeus! (Todos riem).
HERODES: Podem levá -lo daqui!
DOUTOR DA LEI 4: Majestade! Majestade! Não permita que este charlatão escape!
HERODES: Exatamente! Um charlatão! Por que se importa? Deixe Roma cuidar disso.
Ahhh! Esperem! Ele não pode voltar ao palácio vestido assim! Um rei é digno de um manto,
Tome o meu! Esta é a veste de um verdadeiro Rei! (Herodes oferece o manto , finge que vai
entregá-lo, mas não dá a Jesus). Podem leva-lo a Pilatos! (Os soldados saem com Jesu s).
NARRADOR : E enquanto Jesus continuava a ser agredido e humilhado pelo caminho, uma
grande multidão se concentrava no palácio de Pilatos. E induzidos pelos fariseus, falavam mal de
Jesus e pediam sua condenação.
(Jesus é amarrado em um tronco. Seis soldados flagelam e humilham Jesus, sendo que três
batem e três contêm a multidão). Esta cena dura em torno de 5 a 10min. Depois levam -no de volta
a Pilatos)
SOLDADO I: Você não é rei? Estão está lhe faltando uma coroa! Aqui está a sua! Háháháhá
(todos os soldados começam a rir).
PILATOS: Aqui está o agitador de vocês ! Tomou o castigo que mereceu! Agora está livre!
CAIFÁS: Não! Crucifique-o! Agora!
MULTIDÃO : Crucifique -o! Crucifique -o! Crucifique -o!
CAIFÁS: Temos uma lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus! Crucifique -o
agora !
MULTIDÃO : Crucifique -o! Crucifique -o! Crucifique -o! (Multidão fica gritando até o
narrador começar a falar)
NARRADOR : Vendo que poderia causar uma revolução, Pilatos fez o que a multidão queria.
PILATOS: Tragam -me uma bacia com água (lava as mãos). Eu não sou responsá vel pelo
sangue deste homem. Isso é responsabilidade de vocês! Soldados... Crucifiquem Jesus!
NARRADOR : Judas se pôs a observar cada passo de Jesus Cristo, desde o Horto das
Oliveiras até seu interrogatório. Não acreditava que Jesus consentiria em ser morto por eles. E a
cada instante esperava vê -lo libertado por um poder divino. Ao término do julgamento, porém,
Judas não pôde suportar por mais tempo os remorsos e as torturas que lhe infligiram a
consciência acusadora. (Judas vai até Pilatos)
JUDAS: Ele é um inocente! Não lhe faça nenhum mal, Pilatos! Ele não merece a morte.
Tome essas moedas que vão derramar o san gue de um justo! Mas n ão o mate !
PILATOS: Retirem esse homem daqui! Isso é problema de vocês!
JUDAS: Ah... Não! Agora é tarde demais! Eles vão matar o mestre!
SOLDADO 2: Senhor, o rei dos j udeus está muito fraco. Não vai aguentar carregar a cruz
até o final!
FARISEU 1: Que diferença faz? Se ele vai chegar vivo ou não isso é problema de vocês!
SOLDADO 2: O que faremos?
SOLDADO 1 (Aponta para a multidão) Peguem aquele homem e o obriguem a ajudar o
grande Rei!
SOLDADO 2: (Vai a multidão, aponta cerca de três pessoas, e pergunta ao oficial “é este
aqui senhor? O oficial diz que não! Após isso aí sim o soldado aponto ao Cirineu e o oficial
confirma!) Ei... Você aí! Ajude -o a carregar a cruz!
CIRINEU: (Resiste à ordem!) Eu? Por que eu? Acabo de vir do campo! Não! Eu não!
SOLDADO 3: Você vai por bem ou prefere apanhar junto a ele? Não estou pedindo! É uma
ordem!
SOLDADO 4: Vamos logo, ou te mataremo s com ele! Carregue a cruz do fracote! (Cirineu
ajuda Jesus a carregar a cruz) .
VERÔNICA : Senhor, meu Senhor! O que estão fazendo co ntigo? O que posso fazer por ti?
Teu rosto está desfigurado como o rosto daqueles que sofrem com a pobreza. (Ela consegue
passar pela guarda).
SOLDADO 5: Ahhhh! Veio salvar teu rei impostor !
VERÔNICA: Não veem que ele é inocente? Parem de maltratá -lo, seus monstros! Vocês
estão cegos de tanto ódio que não percebem o amor de Jesus por nós! (Enxuga o rosto de Jesus).
Vejam a face da Justiça estampada neste pano! (Mostra o pano com a imagem do rosto de Jesus
impressa, pintada ou estampada numa g ráfica).
SOLDADO 6: Fora mulher! (Empurra Verônica) . Saia da frente sua l ouca!
NARRADOR : Ao che gar no Calvário, Jesus estava pronto para sofrer as dores da
crucificação. Al guns reconheciam nele o messias esperado, mesmo naquela forma frágil e
agonizante. Outros influenciados pelas mentiras dos fariseus julga vam -no como louco, que
finalmente colhia os frutos de sua insanidade, Jesus por sua vez estava consciente de sua missão.
FARISEU 1: Tirem sua roupa, pois ele não vai precisar dela para morrer na cruz!
TODOS: (Começam a rir e só param quando o narrador começar a falar)
NARRADOR : Jesus sente o peso da angústia, opressão e tristeza. Ele também sente a
ausência do pai num sofrimento de espírito, mas isto é a prova da obra divina. João, o seu
discípulo amado e Maria, sua mãe, estão ao pé da cruz e fixam seus olhares ao rosto de Jesus.
MARIA: Carne da minha carne! Coração do me u coração! Meu filho! Deixe -me morrer
contigo!
JESUS: Água ! Tenho sede! Água !
SOLDADO 1: Já que está com sede vamos ver se toma vinagre ! Tome! Beba isto!
JESUS: Eloi! Eloi, lama sabactani!
FIGURANTE 1: Escutem! Ele está chamando o profeta Elias!
FIGURANTE 2: Vamos ver se Elias vem socorrê -lo!
JESUS: (Grita bem alto!) Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? (Jesus fica
inconsolado). Tudo está consumado! Pai e m tuas mãos entrego o meu espírito! (inclina a cabeça
para baixo)
MARIA: Meu filho! Meu filho está morto! Vocês mataram a justiça, o amor, a paz! Vocês
mataram o Salvador!
NARRADOR : E Jesus morre na cruz. Trevas invadem a terra, o sol desaparece, o véu do
tempo rasgou -se ao meio, os mortos levantam -se e os seguidores choram com o coração
transpassa do de tristeza e dor. Está terminada a missão de Jesus aqui na Terra e começa sua obra
divina junto ao Pai. (Soldados, Fariseus, Doutores da Lei e demais perseguidores ficam
assustados).
SOLDADO 2: O que está havendo? Está escurecendo em pleno dia!
SOLDADO 3: De onde surgiu esta tempestade?
SOLDADO 4: É como se toda a natureza estivesse abalada!
VERÔNICA: Estão vendo? Agora vocês acreditam? O céu está revoltado com a injustiç a
que vocês acabaram de cometer!
SOLDADO 1: Soldado! Verifique se o Rei dos Judeus morreu! Fure sua costela com a lança!
SOLDADO 5: Vejamos se ele realmente está morto. (Encosta a lança na costela de Jesus)
SOLDADO 5: Ele morreu mesmo! Nós matamos um inocente! (O sangre de Jesus, com água,
cai em cima dos soldados 5 e 6).
SOLDADO 6: Nós matamos um santo ! Ele era o filho de Deus! Por que não percebemos
antes? Agora estamos condenados a andar nas trevas! Estávamos cegos diante da verdade! (Todos
caem enquanto as trevas cobrem a terra).
NARRADOR : José de Arimatéia. Foi até Pilatos e pediu o corpo de Jesus com a autorização
de Pilatos foi e o retirou da cruz, junto dele estava Maria, sua irmã Maria de Cléofas e Maria
Madalena. Arimatéia o coloca nos braços de sua mãe.
MARIA: Não! Meu filho! Carne da minha carne! Coração do meu coração! Sangue do meu
sangue ! Estive contigo! Cuidei de ti! Vi -te crescer em graça, estatura e amor! Agora es tás morto!
Desceram-te da cruz e colocaram nos meus braços apenas o sofrimento, a injustiça que fizeram
contigo! Quão doloroso é p ara mim! Deixa -me morrer também ! Le va -me contigo e assim
estaremos juntos novamente! Quero sentir a tua paz! Quero ver o teu sorriso meu filho amado!
Senhor! Dá -me forças! Se for a tua vontade, deixa -me estar com meu filho vi vo a gora ! Quantas
vezes sorrimos juntos! Agora uma espada afiada transpassou o meu coração e a minha alma!
NARRADOR : Nós vós adora mos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!
TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .
NARRADOR : Momento mais tarde, alguns fariseus temiam que os discípulos roubassem o
corpo e fizessem o povo acreditar que Jesus havia ressuscitado.
FARISEU 1: Senhor governador!
PILATOS: O que ainda querem comigo!?
FARISEU 2: Conhecemos m uito bem o que esse homem fa zia!
FARISEU 3: É verdade senhor! Ele fez Lá zaro ressurgir dos mortos.
FARISEU 4: Governador! Devem os evitar que os seguidores de Jesus roubem o corpo e
iludam o povo dizendo que ele ressuscitou!
NARRADOR : José de Arimatéia foi a Pilatos e pediu para sepul tar Jesus! Depois de
autorizado, preparou -se para enrolar o corpo em um lençol e levá -l o a um túmulo escavado na
rocha, onde ninguém ainda tinha sido colocado.
FARISEU 1: O que aquele homem queria, meu senhor?
PILATOS: Nada de mais! Apenas sepultar esse tal Jesus! Eu autorizei! Mas ordenarei que
vi giem o túmulo. Soldados! Montem guarda ! Vão e fiquem lá até o terceiro dia !