Saco de Propostas
Saco de Propostas
2.341, REAA, GODF – GOB, Oriente do Gama, Distrito Federal, formula a questão
seguinte:
CONSIDERAÇÕES
PJ-84
e) No Ritual do GOB em vigência durante a circulação e abordagem do Cobridor
Interno, nele aparece o termo “Cobridores”, obviamente se reportando ao Interno e o
Externo. Esse foi um equívoco, mas que, como outros já aparece corrigido podendo
ser conferido no site do Poder Central em: Ritualística – Grande Oriente do Brasil.
Para acessa-lo é necessário que o Obreiro possua o GOB-CAD.
Outros comentários:
A postura do oficial circulante (Mestre de Cerimônias ou
Hospitaleiro) parado ou em deslocamento será sempre segurando a bolsa aberta
com as duas mãos junto e na altura do seu quadril esquerdo. Durante a abordagem
o portador da bolsa deve discretamente virar o rosto para o lado oposto daquele que
está sendo abordado. Esse gesto identifica a virtude da “discrição”.
A origem da postura ao carregar a bolsa pelo lado esquerdo vem de
um costume haurido de algumas igrejas medievais na França quando nelas havia
um personagem chamado “esmoler” que trazia consigo uma grande bolsa presa a
tiracolo da direita para a esquerda. Esse personagem geralmente no final do ofício
religioso oferecia a bolsa aos fiéis recolhendo doações para os necessitados. Assim
a Maçonaria francesa através de alguns dos seus ritos copiou o gesto simbólico para
as suas Lojas e o deu ao Hospitaleiro a postura de segurar a bolsa imitando a
maneira do esmoler que trazia o recipiente a tiracolo ao coletar donativos na igreja.
Originalmente em Maçonaria a coleta para solidariedade intitula-se
“Tronco” cuja coleta se destina para as obras assistenciais da Loja. Nesse caso, a
origem do vocábulo é francesa já que a palavra “tronc” em francês, dentre outros,
designa também uma caixa para óbolos (caixa de esmolas) muito comuns nas
igrejas francesas, cujas quais se identificam como “Tronc”. A ideia figurada é de
engrossar a caridade como o tronco de uma árvore que paulatinamente engrossa
(encorpa) pelo tempo da sua existência.
PJ-84
Tanto na coleta do óbolo como na das propostas e informações,
impreterivelmente todos, sentados e sem fazer sinal ao serem abordados, devem
inserir a sua mão direita fechada dentro na bolsa e retirá-la na forma de costume.
Essa regra é admitida para que ninguém saiba o que, ou quanto, dependendo do
caso, foi depositado no interior do recipiente.
Durante essas coletas ninguém pode colocar propostas, informações
ou óbolo por outro Irmão. O procedimento é estritamente individual.
Propostas e informações sem assinatura não serão aceitas pelo
Venerável Mestre.
Do mesmo modo, o produto da coleta no Tronco de Beneficência
deve ser conferido na sessão em curo. Não existe a abominável prática de se lacrar
o tronco em homenagem aos visitantes, isso é ilegal e só serviria se fossa para
homenagear o pão-durismo de alguns. Em nome da lisura e transparência da
sessão o total apurado na coleta do óbolo deve ser conferido e anunciado na
presença de todos.
Enfim, esses são os apontamentos que me ocorreram nesse
momento, lembrando que essas considerações são norteadas às Lojas do REAA e
em particular às do Grande Oriente do Brasil.
Concluindo, devo lembrar que giro e coleta nessa forma ritualística é
particularidade de alguns ritos maçônicos e não é um procedimento ritualístico
unânime e assim aplicado em toda a Maçonaria.
T.F.A.
PEDRO JUK
[email protected]
http://pedro-juk.blogspot.com.br
PJ-84