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ROBERTO DE JESUS SANTOS ADVOCACIA – OAB-BA.55.

375 / OAB-SE - 1585

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA


DO SISTEMA DOS JUIZADOS DA COMARCA DE FEIRA DE SANTANA -BA.

Viver honestamente, não lesar a outrem


e dar a cada um o que é seu’’ (Ulpiano).

ERLANDIA ATAIDE ALVES, brasileira, inscrita no CPF sob o n. 03624970526, RG. nº


1320498485 - SSP/BA, residente e domiciliado na Rua Itororó, 000, Condomínio Central
Parque QH2 – Apt. 301 – Rua Nova - CEP: 44023-072, vêm muito respeitosamente, por seu
advogado abaixo assinado, instrumento de mandatos anexados, com endereço profissional no
rodapé desta inicial, e o eletrônico: [email protected], à presença de Vossa
Excelência, ajuizar a presente:

AÇÃO DE DANOS MORAIS POR NEGATIVAÇÃO INDEVIDA

COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

Em face de ITAU UNIBANCO S.A., pessoa jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ
sob o nº 60701190000104, com endereço na PC ALFREDO EGYDIO DE SOUZA
ARANHA – 100 – BLOCO TORRE OLAVO SETUBAL, PARQUE JABAQUARA - SAO
PAULO/SP, CEP: 04.344-902, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos.

Rua 7 de setembro – 225, Centro – Indiaroba-SE. Telefone: 71 9 9300-7920


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JUSTIÇA GRATUITA

Requer os benefícios da assistência judiciária, com arrimo na Lei nº 1.060/50 e diplomas


posteriores, bem como na forma dos artigos 98 e 99, § 3º e § 4º, da Lei 13.105/2015, e do art.
5.º, LXXIV, da Constituição Federal tendo em mira que não é possível, o pleiteante, custear
processo judicial, sem prejuízo do sustento próprio ou de seus familiares.

“O pedido de assistência judiciária gratuita, para ser autorizado,


não exige a comprovação da situação financeira de estado de
pobreza da parte que solicita a assistência, mas, apenas, a
afirmação de que vive nesse estado e necessita do benefício. A
conclusão é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça
(STJ). Os integrantes da Turma, seguindo o voto do ministro
Humberto Gomes de Barros, rejeitaram o recurso do Banco do
Brasil contra a decisão que reconheceu o direito de Miriam
Caram à gratuidade da assistência”.

DOS FATOS

1. Possuía uma conta para recebimento de salário na instituição da ré, porém, ao mudar a
empresa em que trabalhava, a autora realizou a portabilidade da conta para o Banco do
Brasil.

2. A autora ao realizar a portabilidade, foi até a sua agência na instituição da ré, realizou
o CANCELAMENTO DO CARTÃO QUE POSSUÍA, pagando o que estava em
aberto.

3. A ré meses depois que a autora realizou a PORTABILIDADE DA CONTA e


CANCELAMENTO DO CARTÃO, enviou um NOVO CARTÃO para a residência
da autora, sem que fosse solicitado, e sem que a autora fizesse qualquer uso dele.

4. Ocorre que a autora, ao tentar realizar um CREDIÁRIO EM UMA LOJA da


cidade em que reside, teve NEGADA A TRANSAÇÃO, sendo informada pela

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atendente, que em consulta de crédito, constava uma RESTRIÇÃO NO NOME


DA AUTORA.

5. De imediato a autora realizou uma consulta de seu CPF, e para a sua SURPRESA,
CONSTA UMA NEGATIVAÇÃO FEITA PELA RÉ, conforme imagem abaixo e
juntada nos autos:

6. A autora, juntamente com seu esposo, procurou a agência da ré, sendo atendida foi
informada de que NÃO CONSTAVA EM SISTEMA NENHUMA PENDÊNCIA e
QUE DEVERIA IGNORAR.

7. Entretanto, alegou que SE NÃO CONSTAVA NENHUMA PENDÊNCIA, o seu


nome não deveria estar NEGATIVADO, ao passo, que a atendente, orientou a autora
à entrar em contato com o SAC e realizar uma reclamação para que fossem realizadas
tratativas, para que seu nome fosse retirado do SPC/SERASA.

8. A autora com seu esposo, entrou em contato através de ligação para a central da ré
(conforme áudio nos autos), ao passo que informou o ocorrido e a atendente
comunicou de que o ANTIGO CARTÃO DA AUTORA SE ENCONTRAVA

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CANCELADO, mas que havia um débito de JANEIRO de 2024, suposto débito este,
objeto da NEGATIVAÇÃO DO CPF DA AUTORA.

9. DATA MÁXIMA VÊNIA EXCELÊNCIA, a própria atendente da ré, na


oportunidade em que a autora procurou a agência para CANCELAR O
CARTÃO, haja vista, ter feito a portabilidade para outro banco, a atendente
comunicou à autora que para realizar o CANCELAMENTO deveria quitar o que
estava em aberto, o que a autora prontamente realizou a quitação e teve seu
CARTÃO CANCELADO, inexistindo qualquer valor a mais a ser quitado.

10. Ademais, a ré sequer entrou em contato com a autora após a portabilidade e


cancelamento da conta, para comunicar de SUPOSTOS DÉBITOS, bem como da
POSSIBILIDADE DE QUE SEU NOME PUDESSE VIR A SER
NEGATIVADO, por conta destes supostos débitos.

A Requerida não somente praticou uma conduta NEGLIGENTE no trato com seus clientes,
como vem mantendo o nome da Requerente negativado nos órgãos de proteção ao crédito,
sem, contudo, comprovar ao mesmo a regularidade da negativação, muito menos ter realizado
NOTIFICAÇÃO PRÉVIA, ainda mais que a autora já havia realizado quitação do que se
encontrava em aberto anteriormente, para que a conta pudesse ser CANCELADA.

Com efeito, a conduta da Ré merece ser rechaçada, máxime quando rotineira, razão qual deve
ser compelida a indenizar os danos morais provocados à Requerente.

DO DIREITO

Aplicabilidade Do Código De Defesa Do Consumidor

O Código de Defesa do Consumidor define, de maneira bem nítida, que o consumidor de


produtos e serviços deve ser agasalhado pelas suas regras e entendimentos, senão vejamos:

“Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou


privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes

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despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,


montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestações de serviços.

(…)
§ 2º. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes
das relações de caráter trabalhista.”

Com esse postulado o Código de Defesa do Consumidor consegue abarcar todos os


fornecedores de produtos ou serviços – sejam eles pessoas físicas ou jurídicas – ficando
evidente que devem responder por quaisquer espécies de danos porventura causados aos seus
tomadores.

Com isso, fica espontâneo o vislumbre da responsabilização da Requerida sob a égide da Lei
nº 8.078/90, visto que se trata de um fornecedor de serviços que, independentemente de culpa,
causou danos efetivos a um de seus consumidores.

INVERSAO DO ONUS DA PROVA

Percebe-se, outrossim, que a requerente deve ser beneficiada pela inversão do ônus da prova,
pelo que reza o inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista
que a narrativa dos fatos encontra respaldo nos documentos anexos, que demonstram a
verossimilhança do pedido, conforme disposição legal:

“Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:


(…)
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando,
a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;”

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O requerimento ainda encontra respaldo em diversos estatutos de nosso ordenamento jurídico,


a exemplo do Código Civil, que evidenciam a pertinência do pedido de reparação de danos.

Além disso, segundo o Princípio da Isonomia, todos devem ser tratados de forma igual
perante a lei, mas sempre na medida de sua desigualdade. Ou seja, no caso ora debatido, o
Requerente realmente deve receber a supracitada inversão, visto que se encontra em estado de
hipossuficiência, uma vez que disputa a lide com uma empresa de grande porte, que possui
maior facilidade em produzir as provas necessárias para a cognição do Excelentíssimo
magistrado.

DANO MORAL

É de se registrar que tal NEGATIVAÇÃO do nome da AUTORA, foi perpetrada ao arrepio


da lei, sendo certo que não precedido da necessária notificação escrita a REQUERENTE,
que mesmo ciente que NÃO DEVE e que já havia quitado o que se encontrava em aberto,
uma vez que não poderia realizar o CANCELAMENTO DA CONTA SEM QUE
QUITASSE QUALQUER TIPO DE DÍVIDA PARA COM A RÉ, tem-se violado o
disposto no Art. 43 §2 do CDC:

“Art.43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá


acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados
pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas
respectivas fontes.”

§ “2º A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de


consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando
não solicitado por ele.”

Em decorrência deste incidente, a AUTORA experimentou e ainda vem experimentando


situação constrangedora, angustiante, tendo sua moral abalada, face à indevida
inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes com seus reflexos prejudiciais,
sendo suficiente a ensejar danos morais, até porque, a suposta dívida apresentada pela
empresa RÉ já ter sido quitada na oportunidade do cancelamento da conta, do

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contrário, como informado pela própria atendente, tal cancelamento não poderia ter
sido realizado, com dividas em aberto.

O certo é que até o presente momento, a AUTORA permanece com seu nome registrado no
cadastro do SERASA conforme extrato em anexo, por conta de um suposto débito JAMAIS
NOTIFICADO À AUTORA, que jamais possuiu qualquer anotação em seu CPF.

A empresa requerida atualmente está agindo com manifesta negligência e evidente descaso
com a AUTORA, pois jamais poderia ter cobrado suposta dívida e muito menos manter o
nome da AUTORA junto ao cadastro de inadimplentes, sem qualquer NOTIFICAÇÃO
PRÉVIA e ESCRITA.

A conduta da ré, sem dúvida, causou danos à imagem, à honra e ao bom nome da Autora que
permanece nos cadastros do SERASA, de modo que se encontra com uma imagem de
“PÉSSIMA PAGADORA” perante a sociedade, de forma absolutamente indevida, eis que
nada deve.

Desta forma, não tendo providenciado a retirada do nome da AUTORA dos cadastros dos
serviços de proteção ao crédito, não pode a empresa requerida se eximir da responsabilidade
pela reparação do dano causado, pelo qual responde.

No que tange ao dano moral vale a pena citar:

“APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – DANOS


MORAIS – PROCEDÊNCIA – DECISÃO CORRETA – NOME
INSCRITO NO SPC INDEVIDAMENTE – ANTECIPAÇÃO
CONCEDIDA – PROVA DO PREJUÍZO – DESNECESSIDADE –
ART. 159 CC DE 1916 – VALOR FIXADO COMPATÍVEL COM A
LESÃO – RECURSO IMPROVIDO. A indevida inscrição do nome do
ofendido no SPC autoriza a antecipação da tutela para sua exclusão e
motiva a indenização por dano moral, independentemente da prova
objetiva do prejuízo. A fixação do valor indenizatório deve servir para
amenizar o sofrimento do ofendido e também desestimular a repetição
do ato lesivo. Sentença mantida”. (RAC n. 44349/2003 – Dr. Gerson
Ferreira Paes).

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“INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – INJUSTA


NEGATIVAÇÃO NO SPC – DEVER DE INDENIZAR –
DESNECESSIDADE DE PROVA DO PREJUÍZO – VALOR DA
INDENIZAÇÃO – RECURSOS IMPROVIDOS. A permanência da
inscrição em órgão de restrição ao crédito, depois de quitada a dívida,
acarreta a responsabilidade pela indenização, independente da prova
objetiva do dano. Na fixação da indenização há que se atentar para a
não configuração do enriquecimento seu causa da vítima”. (RAC n.
18301/2004 – Des. Evandro Estáblie)

É oportuno aqui Excelência, fazer referência à Constituição Federal de 1988, que é muito
clara ao dispor, no seu art. 5º, inciso X, “verbis”:

“X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, o honra e a imagem


das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo material ou moral
decorrente de sua violação”.

Dessa forma, claro é que a empresa requerida, ao cometer imprudente ato, afrontou
confessada e conscientemente o texto constitucional acima transcrito, devendo, por isso, ser
condenada à respectiva indenização pelo dano moral sofrido pelo Autor.

Diante do narrado, fica claramente demonstrado o absurdo descaso e negligência por parte da
requerida, que permaneceu com o nome do AUTOR até o presente momento inserido no
cadastro do SERASA, fazendo-o passar por um constrangimento lastimável.

A única conclusão a que se pode chegar é a de que a reparabilidade do dano moral puro não
mais se questiona no direito brasileiro, porquanto uma série de dispositivos, constitucionais e
infraconstitucionais, garantem sua tutela legal.

Para que se caracterize o dano moral, é imprescindível que haja:

• Ato ilícito, causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência;

• Ocorrência de um dano seja ele de ordem patrimonial ou moral;

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• Nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente.

A presença do nexo de causalidade entre os litigantes está patente, sendo indiscutível o


liame jurídico existente entre eles, pois se não fosse a manutenção do nome do AUTOR no rol
de protestados ele não teria sofrido os danos morais pleiteados, objeto desta ação.

Evidente, pois, que devem ser acolhidos os danos morais suportados, visto que, em razão de
tal fato, decorrente da culpa única e exclusiva da EMPRESA REQUERIDA, este teve a
sua moral afligida e sofreu constrangimento de ordem moral, o que inegavelmente consiste
em meio vexatório.

Dano moral, frise-se, é o dano causado injustamente a outrem, que não atinja ou diminua o
seu patrimônio; é a dor, a mágoa, a tristeza infligida injustamente a outrem com reflexo
perante a sociedade.

Neste sentido, pronunciou-se o E. Tribunal de Justiça do Paraná:

“O dano simplesmente moral, sem repercussão no patrimônio,


não há como ser provado. Ele existe tão-somente pela ofensa, e
dela é presumido, sendo bastante para justificar a indenização”
(TJPR – Rel. Wilson Reback – RT 681/163).

Preconiza o artigo 927 do Código Civil:

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo”.

Indubitavelmente, feriu fundo à honra da autora ver seu nome protestado por um suposto
débito JÁ QUITADO para que a sua conta pudesse ser CANCELADA, espalhando por todo e
qualquer lugar que fosse a falsa informação de que é inadimplente.

Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da reparação, vez que não
existem critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, a reparação do
dano há de ser fixada em montante que desestimule o ofensor a repetir o cometimento do
ilícito.

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Bem se vê, à saciedade, ser indiscutível a prática de ato ilícito por parte do requerido,
configurador da responsabilidade de reparação dos danos morais suportados pela autora.

DA TUTELA ANTECIPADA

Diante de todos os fatos aqui relatados e documentos juntados, bem como a própria
declaração da atendente de que a conta e cartão já se encontram CANCELADOS.

A tutela pretendida nesta demanda deverá ser concedida de forma antecipada, posto que a
parte autora preencha os requisitos do artigo 273 do CPC, pois dentre os documentos juntados
se encontram provas suficientes da NEGATIVAÇÃO INDEVIDA.

Por outro lado, também há fundado receio de dano irreparável, ou de difícil reparação tendo
em vista a negativação do nome da autora gerar na sociedade a “IMPRESSÃO DE UM
MAL PAGADOR” na pessoa da AUTORA.

Portanto, se a tutela for postergada até a sentença final, possivelmente a parte autora já terá
sofrido danos irreparáveis.

Assim sendo, pelos motivos acima discutidos e demonstrados, desde já, requer seja concedida
a TUTELA ANTECIPADA, onde a empresa Ré, deverá imediatamente retirar do quadro de
devedores o nome da AUTORA, sob pena de agravar-se ainda mais a situação.

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, serve a presente para requerer:

a) Seja deferido o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, para que a empresa
reclamada retire o nome da Autora do banco de dados do Serviço de Proteção
ao Crédito, sob pena de multa diária a ser arbitrada por este douto juízo;

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b) O deferimento da GRATUIDADE DE JUSTIÇA;

c) Seja notificada a empresa reclamada para, querendo, contestar a presente,


devendo comparecer nas audiências de conciliação e instrução/julgamento, sob
pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato, e no final a condenação
da empresa no pagamento dos valores pleiteados, acrescidos de correção
monetária, juros de mora;

d) A condenação da requerida a pagar ao Requerente um quantum a título de


danos morais, no importe de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), em atenção às
condições das partes, principalmente o potencial econômico-social do lesante,
a gravidade da lesão, sua repercussão e as circunstâncias fáticas;

e) A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA em favor do Requerente, conforme


autoriza Art. 6º, Inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor;

f) A condenação da Requerida em custas judiciais e honorários advocatícios, no


importe de 20%, caso haja recurso.

g) Ao final seja declarada a inexistência de qualquer dívida, haja vista, a autora já


ter realizado quitação do que anteriormente se encontrava em aberto, para que
pudesse ter sua conta CANCELADA.

Protesta-se, ainda, pela produção de todo o gênero de provas admitidas em direito,


especialmente a testemunhal e oitiva do representante da ré, que desde já se requer;

Atribui-se à presente causa o valor de R$ 20.000,00. (vinte mil reais).

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Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

Feira de Santana, 05 de abril de 2024.

ROBERTO DE JESUS SANTOS


OAB/BA. 55.375
OAB/SE. 1585

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