001 - Contestacao
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Processo n˚ (...)
CONTESTAÇÃO
DOS FATOS
O requerente, enquanto anadava pela calçada na rua onde morava, foi atingindo na
cabeça por um pote de vidro, lançado da janela do apartamento 601 do edíficio do
CONDOMÍNIO BOSQUE DAS ARARAS, cujo sindíco é MARCELO RODRIGUES.
Com o impacto, o requerente desmaiou, sendo socorrido por transeuntes, que contataram
o Corpo de Bombeiros, sendo o requerente transferido de imediato para o Hospital
Municipal X, sendo internado, submetido à exames e, em seguida, a uma cirurgia para
estagnar a hemrragia interna sofrida.
Contudo, 20 dias após seu retorno, voltou ao Hospital X, alegando que se sentia mal,
ocasião em que foi constatada a necessidade de realização de nova cirurgia, em
decorrencia de infecção no crânio, causada por uma gaze cirúrgica deixada em seu corpo
na primeira cirurgia.
PRELIMINARMENTE
1. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
Conforme dispõe o Código Civil, em seu artigo 938, “aquele que habita prédio, ou parte
dele, responde pelo dano proveniente das coisa que dele caírem ou forme lançadas em
lugar indevido”.
Isto posto, evidencia-se que o Condomínio Bosque das Araras não é legitimado passivo
da ação, haja vista que existe o conhecimento de que o referido pote de vidro fora lançado
do apartamento 601.
Dada a individualização do apartamento de onde fora lançad o pote, não há que se falar
em responsabilidade do condomínio, não sendo este, portanto, legitimado passivo da
presente ação.
No presente caso, após análise minuciosa dos fatos, se evidencia que não há qualquer
obrigação de indenizar do Condomínio em relação aos danos decorrentes da segunda
cirurgia sofrida pelo autor, tendo em vista que o referido dano se deu em virtude de erro
médico, cometido pelo Hospital X, não tendo relação direta e indireta com a queda do
referido pote de vidro.
Neste sentido, dispõe o art. 403 do Código Civil que “Ainda que a inexecução resulte de
dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes
por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual”.
Isto posto, visto que a segunda cirurgia se deu em decorrência de erro médico, não tendo
qulquer relação direta e imediata com o pote de vidro, fato este que se comprova pelo
requerente ter retornado à suas atividades laborais após a primeira cirurgia, tendo este
se sentido mal após decorridos 20 dias da mesma, sendo constatado no Hospital X uma
infecção no crânio em virtude de gaze deixada no corpo do autor na primeira cirurgia, não
há que se falar em obrigação de indenizar do requerido em relçao aos prejuízos
decorrentes da segunda cirurgia.
• DO QUANTUM INDENIZATÓRIO:
No caso em tela, ficou comprovado que a conduta do requerido não pode ensejar a
indenização de danos morais, entretanto, a título de argumentação, analisaremos os
danos morais na órbita da culpabilidade, para aplicação correta de remotíssima hipótese
de procedência da ação.
No caso de dano moral, o grau de culpa deve ser levado em consideração, juntamente
com a gravidade, extensão e repercussão da ofensa, bem como a intensidade do
sofrimento acarretado a vítima.
Ressalta-se, que não se pode imputar uma indenização injusta e exagerada. Por outro
lado, a indenização não é uma forma de enriquecer a vitima em detrimento de patrimônio
alheio.
O que se pretende é repor à vítima a situação em que estaria sem danos, sem que isto
possa representar um prêmio pecuniário ou especulação.
No caso de dano moral, o grau de culpa deve ser levado em consideração, juntamente
com a gravidade, extensão e repercussão da ofensa, bem como a intensidade do
sofrimento.
Ressalta-se, que não se pode imputar uma indenização injusta e exagerada. Por outro
lado, a indenização não é uma forma de enriquecer a parte em detrimento de patrimônio
alheio. O que se pretende é repor a parte a situação em que estaria sem danos, sem que
isto possa representar um prêmio pecuniário ou especulação.
O dano moral nada mais é do que a lesão de cunho não patrimonial seja em relação à
imagem, à honra, à integridade física, à liberdade, à reputação, ao estado psicológico,
dentre outros.
O ordenamento jurídico não admite que, por meio de reparação de um dano injusto, se
obtenha a modificação substancial da condição do lesado, anterior ao evento. A
indenização não pode se firmar como um meio de enriquecimento, por isso não pode ser
em montante exagerado ou absurdo.
De forma que caso haja condenação em dano moral, o que se admite apenas sob forma
de argumentação, requer seja arbitrada pelo Douto Julgador a menor indenização
possível, dentro dos parâmetros da razoabilidade.
DOS PEDIDOS