Teoe Ii
Teoe Ii
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verbo está no singular ou plural (número) e se está conjugado na primeira, segunda ou terceira
pessoa do discurso.
As desinências modo-temporais indicam se o verbo está no indicativo, conjuntivo ou
imperativo (modo) e se fora conjugado no presente, pretérito ou futuro (tempo). Observe a
estrutura da forma do verbo falássemos:
FALA – tema (radical + vogal temática)
-SSE – desinência modo-temporal (indica que o verbo está conjugado no modo conjuntivo e
no pretérito imperfeito);
-MOS – desinência número-pessoal (indica que o verbo está conjugado
na primeira pessoa do plural).
Ainda no processo de estruturação do verbo, e combinando com o conceito de sílaba tónica,
existe o conceito de verbos rizotónicos e arrizotónicos: o primeiro corresponde aos verbos em que
a sílaba tónica aparece no radical; o segundo consiste na aparição da sílaba tónica na terminação
verbal. Exemplo:
Estudo. Radical: ESTUD / Sílaba Tónica: TU – rizotónico
Estudei. Radical: ESTUD / Sílaba Tónica: EI (está na desinência) – arrizotónico
FLEXÕES VERBAIS
É importante ressaltar que, os verbos não são caracterizados somente por seus possíveis
significados, mas também, e principalmente, por suas flexões. Os verbos podem variar de número,
de pessoa, de modo, de voz, de tempo e de aspecto.
1) Número
a) Singular, quando se refere a uma só coisa ou a uma só pessoa gramatical. Ex.: eu vou
à escola; o Direito é uma ciência social;
b) Plural, quando se refere a mais de uma coisa ou pessoas gramaticais. Ex.: Estudamos
Direito;
2) Pessoa
a) A 1ª pessoa é aquela que fala e corresponde aos pronomes pessoais eu no singular e
nós, no plural.
b) A 2ª pessoa é aquela com quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais tu no
singular e vós no plural;
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c) A 3ª pessoa é aquela de quem se fala correspondendo aos pronomes pessoais ele, ela
no singular e eles ou elas no plural;
3) Modos, sendo estes as diferentes maneiras que toma o verbo para traduzir a atitude da
pessoa que fala ao anunciar o facto expresso pelo verbo.
a) O Indicativo: expressa a acção ou estado verbal como uma realidade ou certeza. Ex.:
Houve um acidente terrível.
b) Conjuntivo: expressa a acção ou estado verbal como uma dúvida, incerteza,
probabilidade ou, inclusive, como irrealidade. Ele pode exprimir:
- uma dúvida: duvido que ele seja capaz de fazer isto.
-uma incerteza: não acredito que eles venham;
-um desejo:
Conforme exposto na introdução, os verbos podem flexionar quanto ao número, pessoa, modo,
tempo e voz.
4) NÚMERO E PESSOA, como os substantivos, quando flexionado quanto
ao número, os verbos podem estar no singular ou plural. O que vai determinar são as
pessoas do discurso às quais os verbos se referem. Observe o verbo estudar:
PESSOA VERBO NÚMERO
EU ESTUDO SINGULAR
TU ESTUDAS SINGULAR
ELE/ELA ESTUDA SINGULAR
NÓS ESTUDAMOS PLURAL
VÓS ESTUDAIS PLURAL
ELES/ELAS ESTUDAM PLURAL
Observação: no Brasil, o uso da segunda pessoa do singular fica restrito a algumas regiões e
muitas vezes fica aquém do que a gramática normativa determina. É comum que seu emprego seja
feito da seguinte forma: TU + verbo conjugado na terceira pessoa. Na maioria dos estados, ele
fora substituído pelo tratamento VOCÊ o que leva, também, o verbo para a terceira pessoa.
5) TEMPO E MODO, no momento em que o verbo é utilizado, o processo verbal pode estar
em ocorrência, ocorrido ou por ocorrer. Essas três possibilidades são expressas pelos três
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O português dispõe de dois tipos de voz passiva: analítica, em que ocorre uma locução
verbal formada pelo verbo ser mais o particípio do verbo principal; sintéctica, em que se utiliza o
pronome se ao lado do verbo na terceira pessoa, como em alugam-se casas.
REFLEXIVA: O ser ao que o verbo se refere é agente e paciente do processo verbal, pois age
sobre si mesmo. Exemplo: O rapaz cortou-se com a faca.
A forma verbal “cortou-se” está na voz reflexiva porque o rapaz é, ao mesmo tempo,
agente e paciente: ele cortou a si mesmo.
CONJUGAÇÕES
Quando se fala em conjugar verbo, fala-se em apresentar sistematicamente todas as formas
que ele pode assumir ao ser flexionado, nos mais variados tempos e modos que ele pode apresentar.
As conjugações são apresentadas em três grupos, representados em consonância com as
vogais temáticas: -a, -e e -i. Para cada uma dessas conjugações há um modelo que indica as formas
verbais. Eles podem ser: REGULARES, obedecem precisamente a um paradigma da respectiva
conjugação; IRREGULARES, não seguem nenhum paradigma da respectiva conjugação –
podem apresentar irregularidades no radical ou nas terminações. Os verbos ser e ir, por
apresentarem profundas alterações nos radicais em sua conjugação, são
chamados ANÔMALOS; DEFECTIVOS, não são conjugados em determinadas pessoas, tempos
ou modos; e ABUNDANTES, apresentam mais de uma forma para determinada flexão.
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AULA Nº 2 - CRASE____________________________________________________
Um outro fenómeno que precisamos aprender com minúcia é o da crase, pois não são
poucas vezes que encontramos textos jornalísticos ou administrativos com
incumprimento flagrantes do uso da crase.
Assim, a crase é a junção da preposição –a com o artigo feminino –a, ou com o pronome
–a, ou ainda com os pronomes –aquele, aquela e aquilo.
Desta forma, vale alertar alguns cuidados que se devem ter no seu uso. O primeiro tem
a ver com a questão da regência quer verbal, quer nominal. É esta que nos dirá da
necessidade ou não da proposição a ligar àquele vocábulo (verbo ou nome) ao outro por
meio da crase, conforme explicámos.
O outro elemento importante a se ter em conta é conseguirmos identifcar a
preposição e sua relação obrigatória para se localizar as expressões femininas, pois só
elas aceitarão o artigo ou o pronome que se fundirá à preposição por meio do acento
grave, indicador de crase. Observe com mais detalhes:
Entrega o livro À Joana
a a
+
Preposição artigo
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Obs.: A crase (à) só acontece antes de palavras femininas precedidas por artigo
definido.
Em caso de dúvida no emprego da crase, (a) recorra aos seguintes artifícios:
a) Subistituir o nome feminino que se segue ao ‘‘a’’ por um masculino. Se o
resultado do ‘‘a’’ for ‘‘ao’’, então, no feminino, haverá crase (à).
Exemplo: Telefona à Vissolela / telefona ao Kassule
b) Nos topónimos (nomes de lugares, como Luanda, Brasil, Cunene, Egípto,
Mavinga, Cuito, etc.) recorremos a estas instruções:
Ele vive em Onjiva Ele viva na Ganda;
Ele vem de Onjiva Ele vem da Ganda;
Ele passa por Onjiva Ele passa pela Ganda
(este topónimo (este topónimo
repele o artigo) exige)
Portanto:
No próximo fim de semana vou a Onjiva
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e) Nas locuções adverbiais, formadas com palavra feminina. Ex.: às vezes fico a
estudar até tarde; Não me sinto muito à vontade para falar desse assunto; não
podemos começar a fazer o trabalho à toa;
Nota importante: Não ocorre crase antes da palavra ‘‘casa’’ no sentido de lar, a
menos que venha determinada:
Ex.: cheguei a casa mais cedo (sem crase) = voltei à do meu pai;
Estou em casa. Venho de casa. = Estou na casa da Ana./Venho da casa da
Ana;
- Não ocorre crase antes da palavra ‘’terra’’ no sentido de chão firme, oposto a
mar, a menos que venha determinada. Ex.: o pescador voltou a terra no dia
seguinte. Mas: eles ansiavam o regresso à dos seus sonhos.
3.2. Casos em que não se usa a crase
a) Antes de palavra masculina. Ex.: este automóvel funciona a álcool;
b) Antes do artigo ‘‘uma’’. Ex.: ontem assistimos a uma palestra sobre a poluição;
c) Antes de palavras no plural, quando não precedidas de artigos. Ex.: não me
dirijo a pessoas orgulhosas. Mas: não me dirijo às pessoas orgulhosas;
d) Antes de verbos. Ex.: ficamos a trabalhar até escurecer;
e) Antes de pronome pessoal inclusive o de tratamento. Ex.: este poema é
dedicado a ela;/ dedicado a vossa excia;/ dedicado a ti;
f) Antes de numeral cardinal excepto na designação das horas ou de
quantidades como o total de uma realidade. Ex.: demos vacina a 15 crianças
da creche;/ o Casseque fica a 7 km do Huambo;/ vendemos a quitaba a 15
kwanzas;
g) Antes de pronome demostrativo (excepto aquele/a/s, e a qual/as quais em que
o ‘‘a’’ que os precede se funde com a preposição) indefinidos relativos,
relativos ou interrogativos. Ex.: pergunta a essa senhora se precisa mais
alguma coisa;/ o Sr. Almeida é uma pessoa a quem respeito muito;/ não digas
isto a ninguém;
h) Antes de topónimos que se usam sem artigo. Ex.: eles chegaram a Benguela
antes do carnaval;/ vais a maputo de férias?
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Dentre todos os sinais de pontuação, a vírgula é o que mais problemas tem causado à
maior parte dos que comunicam através da escrita.
Eis algumas indicações sobre o emprego deste sinal de pontuação.
USO RECOMENDADO
As minhas alunas estavam doentes, mas fizeram o exercício sobre o uso da vírgula.
O Osvaldo levanta-se cedo, arruma o seu quarto, ajuda os irmãos a fazer os deveres
de casa.
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Uma excepção a esta regra são as orações (com o mesmo sujeito) introduzidas pela conjunção e:
A soraia leu A Revolta da Casa dos Ídolos e resumiu-a por escrito.
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Uma cantora angolana vai dar, no cine tropical, um concerto de música popular.
A minha esposa, com quem sempre saio aos fins-de-semana, gosta muito de conteplar
o mar.
O monangamba era visto como uma máquina, ou seja, como alguém que trabalhava
sem parar.
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Em orações relativas restritivas, no entanto, o uso da vírgula é proibido: Ontem estive com o jovem que pintou
aquela casa.
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USO PROIBIDO
(E não: A União Nacional dos Artistas e Compositores, homenageou Ana Clara Guerra
Marques.)
(E não: O Jorge comprou, uma impressora para a sua filha. Ou: O Jorge comprou uma
impressora, para a sua filha.
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USO FACULTATIVO
Quem não tem alvos na vida, vive à mercê das vontades alheias.
Voltas hoje para casa, ou vais ficar comigo por mais alguns dias?
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4.2 PRONOMINALIZAÇÃO
Os pronomes pessoais que desempenham esta função sintática são: o, a, os, as, me,
te, se, nos, vos.
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É possível pronominalizar-se o nome predicativo do sujeito. Demonstrando: Somos médicos, e somo-lo por gosto.
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Os pronomenos de 3.ª pessoa (excepto o se) podem apresentar três formas, de acordo
com as seguintes situações:
1. Caso a forma verbal termine em vogal oral, usa-se os pronomes o, a, os, as:
2. Os pronomes terão as formas lo, la, los, las, quando o verbo terminar nas consoantes
r, s e z, as quais têm de ser previamente eliminadas:
O Matondo quis a canoa para o seu filho. / O Matondo qui-la para o seu filho.
A Lukeni fez as ilustrações com muito cuidado. / A Lukeni fê-las com muito cuidado4.
3. Sempre que a forma verbal terminar em som nasal (ão, am, em, õe), os pronomes
adquirem as formas no, na, nos, nas:
Ao usarmos os outros pronomes, nem estes nem os verbos sofrem qualquer alteração.
Ofereceram-me um computador.
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Procede-se à acentuação gráfica dos verbos nesses casos da seguinte maneira: acento agudo para as vogais a e i
(visitá-las, construí-los); acento circunflexo para as vogais e e o (detê-la, pô-lo). Quanto ao i, este só será acentuado
quando for precedido de uma vogal pronunciada, com a qual não constitui um ditongo (segui-lo, e parti-lo – sem
acento; mas distraí-lo – com acento).
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1. Contracção
Ocorre através da junção dos complementos indirectos me, te, lhe(s) aos complementos
directos o, a, os, as.
2. Hifenização
Processa-se por meio do uso do hífen entre os complementos indirectos representados
pelos pronomes nos, vos e os complementos directos com a forma lo, la, los, las.
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Há outros pronomes de complemento – mim, ti e si - os quais são sempre precedidos de preposição: Esta conversa
será apenas entre mim e ti. O Nganjeta riu-se de si.
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Ambos os processos de dupla pronominalização raramente são usados tanto na fala como na escrita.
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À excepção dos pronomes de 3.ª pessoa que desempenham apenas a função de complemento directo (o, a, os, as),
é muito comum o pronome aparecer em posição pré-verbal em português não europeu: Estão a te chamar.
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Primeiro, parte-se o verbo em dois – de um lado, o infinitivo (excepto com os verbos dizer, fazer, trazer); do outro
lado, a desinência. Caso o pronome seja exclusivamente um complemento directo de 3.ª pessoa, devemos seguir as
regras acima referidas ao procedermos à sua colocação no interior do verbo.
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É esta a menina que me tinha pedido o livro Ynari, a menina das cinco tranças.
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Esta é a posição preferida para a maioria dos falantes angolanos. Isto deve-se ao facto de, nas línguas bantu, os
clíticos pronominais aparecem apenas em posição pré-verbal.
Demonstremo-lo através do Kimbundu (frases extraídas de MIGUEL, 2003:55-6) (1) Mukaji ami wa-ngi-xingile. (A
minha mulher insultou-me). Quanto aos pronomes reflexos, usa-se apenas um para todas as pessoas: Eye u-di-
sukula. (Tu lavas-te). / Ene a-di-zola. (Eles amam-se).
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Mesmo que o proclisador esteja longe, ainda assim se deve colocar o pronome antes do verbo: A Belina disse-me
que, embora tivesse ficado aborrecida com o teu comportamento, te levará ao aeroporto.
Contudo, o proclisador perde a sua força de atracção, por assim dizer, quando separado do resto da frase por uma
vírgula: Não, comprei-o no Uíje.
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Note bem: Há casos em que o pronome aparece ligado a dois ou mais verbos. Que
posição este tomará?
Vou-me atrasar um pouco para a reunião de hoje. / Vou atrasar-me um pouco para a
reunião de hoje.
Estão-te a telefonar muito este fim-de-semana! / Estão a telefonar-te muito este fim-de-
semana!
Porém, se o contexto frásico for propício à posição proclítica, o pronome aparece antes
do verbo auxiliar ou após o verbo principal. Além disso, caso este seja precedido de
preposição – excepto a preposição a – o pronome pode ser encaixado logo após a
preposição ou o verbo.
O chefe não vos quer prejudicar, mas ajudar-vos a ser profissionais sérios. / O chefe não
quer prejudicar-vos, mas ajudar-vos a ser profissionais sérios.
Os filhos não lhe têm de pedir desculpas, pois quem errou foi ele mesmo. / Os filhos não
têm de pedir-lhes desculpas, pois quem errou foi ele mesmo. / Os filhos não têm de lhe
pedir desculpas, pois quem errou foi ele mesmo.
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Obs.:
4.5 Síntese
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A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que
os complementam (objectos directos e objectos indirectos) ou caracterizam (adjuntos
adverbias).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois
oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode
assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe:
A mãe agrada o filho – agradar significa acariciar, contentar.
A mãe agrada ao filho – agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém".
Saiba que:
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais
do estudo da regência verbal (e também nominal).
As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está
sendo dito. Veja os exemplos:
Cheguei ao metro.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de
transporte por mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim
de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente.
Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, quotidiana de
alguns verbos, e a regência culta.
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Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar
alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
a) Chegar, ir
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as
preposições usadas para indicar destino ou direcção são: a, para.
Exemplos:
Fui ao teatro. (Adjunto Adverbial de Lugar)
Ricardo foi para a Espanha. (Adjunto Adverbial de Lugar)
Obs.: "Ir para algum lugar" enfatiza a direcção, a partida. "Ir a algum lugar" sugere
também o retorno.
Importante: reserva-se o uso de "em" para indicação de tempo ou meio. Veja:
Cheguei a Roma em Outubro. (Adjunto Adverbial de Tempo)
Chegamos no trem das dez. (Adjunto Adverbial de Meio)
b) Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a.
Por exemplo:
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.
Verbos Transitivos Directos
Os verbos transitivos directos são complementados por objectos directos. Isso significa
que não exigem preposição para o estabelecimento da relação da regência. Ao
empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as
actuam como objectos directos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, la, los,
las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou, no, na, nos, nas (após formas
verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos
verbais, objectos indirectos.
São verbos transitivos directos, dentre outros:
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar,
ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar,
defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, protejer,
respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar:
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Por exemplo:
Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indirecto quando exprime aquilo a
que se responde, admite voz passiva analítica. Veja:
O questionário foi respondido correctamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
d) Simpatizar e Antipatizar
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com".
Por exemplo:
Antipatizo com aquela apresentadora.
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria
privilegiada.
Verbos Transitivos Directos ou Indirectos
Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva directa, outra indirecta, sem
que isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos:
Abdicar
Abdicou as vantages do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo.
Acreditar
Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força.
Almejar
Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações.
Ansiar
Anseia respostas objectivas. / Anseia por respostas objectivas.
Anteceder
Sua partida antecedeu uma série de factos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma
série de factos estranhos.
Atender
Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos.
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Atentar
Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar.
Cogitar
Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos de uma nova estratégia. /
Cogitávamos em uma nova estratégia.
Consentir
Os deputados consentiram a adopção de novas medidas económicas. / Os deputados
consentiram na adopção de novas medidas económicas.
Deparar
Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem
em nossa trilha.
Gozar
Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde.
Necessitar
Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de
algumas horas para preparar a apresentação.
Preceder
Intensas manifestações precederam a mudança de regime. / Intensas manifestações
precederam à mudança de regime.
Presidir
Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro.
Renunciar
Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta.
Satisfazer
Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era dificil conseguir satisfazer-lhe.
Versar
Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos
modernistas.
Verbos Transitivos Directos e Indirectos
Os verbos transitivos directos e indirectos são acompanhados de um objecto directo e
um indirecto. Merecem destaque, nesse grupo:
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O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. Observe:
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Agradeço a voçê. / Agradeço-lhe.
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Pagueia-as.
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Saiba que:
Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer
como objecto indirecto, mesmo que na frase não haja objecto indirecto. Veja
os exemplos:
A empresa não paga aos funcionários desde Setembro.
Já perdoei aos que me acusaram.
Agradeço aos eleitores que confiaram em mim.
Informar
Apresenta objecto directo ao se referir a coisas e objecto indirecto ao se referir a
pessoas, ou vice-versa.
Por exemplo:
Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços)
Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções:
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Saiba que:
1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem quotidiana, deve ter
emprego muito limitado na linguagem culta. No entanto, é considerada correcta
quando a palavra licença estiver subentendida.
Por exemplo:
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração subordinada
adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
2) A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente
considerada incorrecta.
Preferir
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objecto indirecto introduzido pela
preposição "a".
Por exemplo:
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REGÊNCIA NOMINAL
Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo,
adjectivo, ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre
intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam o mesmo regime dos verbos de que derivam.
Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer os regimes dos
nomes cognatos. Observe o exemplo:
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos
pela preposição "a". Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que
os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses
nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida a cerca de, em, Ojeriza a, por
sobre
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com,
por
Adjectivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agrádavel a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fánatico por Prejudicial a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
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Advérbios
Longe de
Perto de
Crianças animadas.
Regra Geral
O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os
exemplos:
A orquestra tocou uma valsa longa.
3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
Os pares que rodeavam a nós dançavam bem.
3.ª p. Plural 3.ª p. Plural
Casos Particulares
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituido de formas que fazem o falante
hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a
concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que
nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por
isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir:
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de,
o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de,...) seguida de
um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
Por exemplo:
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta
interessante.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos colectivos, quando
especificados:
Por exemplo:
Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.
Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a
forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto.
2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca
de, mais de, menos de, perto de,...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda
com o substantivo. Observe:
Cerca de mil pessoas participaram da manisfestação.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas olimpíadas.
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Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.
9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular
ou plural. Por exemplo:
Vossa excelência é diabético?
Vossas excelências vão renunciar?
10) A concordância dos verbos bater, dar e soar dá-se de acordo com o numeral.
Por exemplo:
Deu uma hora no relógio da sala.
Deram cinco horas no relógio da sala.
Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verbo concordará
com esse sujeito. Por exemplo:
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na
3ª pessoa do singular. São verbos impessoais:
Haver no sentido de existir;
Fazer indicando tempo;
Aqueles que indicam fenómenos da natureza.
Exemplos:
Havia muitas garotas na festa.
Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.
b) Sujeito Composto
1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural:
Exemplos:
Pai e filho conversavam longamente.
Pais e filhos devem conversar com frequência.
2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância
ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda
pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira: Veja:
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
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Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemnto da segunda pessoa e uma
da terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural. Aceita-se, pois, a
frase: "Tu e teus irmãos tomarão a decisão".
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova
possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito,
o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Convém
insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação.
Por exemplo:
Faltaram coragem e competência.
Faltou coragem e competência.
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita
obrigatoriamente no plural. Observe:
Abraçaram-se vencedor e vencido.
Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
CASOS PARTICULARES
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinónimos ou quase sinónimos, o
verbo pode ficar no plural ou no singular.
Por exemplo:
Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, o verbo
pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito.
Por exemplo:
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem / satisfaz.
No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há na combinação.
No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento da série gradativa.
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3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo
deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos
os núcleos. Por exemplo:
Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos do
sujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular.
Por exemplo:
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olímpiadas.
Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um).
4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um nem outro", a concordância costuma
ser feita no singular, embora o plural também seja praticado.
Por exemplo:
Um e outro compareceu / compareceram à festa.
Nem um nem outro saiu / sairam do colégio.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural.
Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra com tem
sentido muito próximo ao de "e". Veja:
O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretário traçaram os planos para o próximo semestre.
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro
elemento.
O pai com o filho montou o brinquedo.
O governador com o secretário traçou os planos para o próximo semestre.
Obs.: com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito é
simples, uma vez que que as expressões "com o filho" e "com o secretário" são adjuntos
adverbiais de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inverssão da ordem.
Veja:
O pai montou o brinquedo com o filho.
O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretário.
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6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não
só...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", "tanto...quanto", o verbo
concorda de preferência no plural.
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste.
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia.
7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto
recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor.
Por exemplo:
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas.
OUTROS CASOS
1) O Verbo e a palavra "SE"
Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a
concordância verbal:
a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
b) quando é partícula apassivadora.
Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intrasitivos,
transitivos indirectos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira
pessoa do singular.
Exemplos:
Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país.
Confia-se em teses absurdas.
Era-se mais feliz no passado.
Quando pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transtivos directos e indirectos
na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito
da oração.
Exemplos:
Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.
Não se pouparam esforços para despoluir o rio.
Não se devem poupar esforços para despoluir o rio.
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2) O Verbo "Ser"
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do
verbo "ser", essa concordância pode occorrer também entre o verbo e o predicativo do
sujeito.
O verbo "ser" concordará com o predicativo do sujeito:
a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes –isto, isso, aquilo, tudo, o – e o
predicativo estiver no plural. Exemplos:
Isso são lembranças inesquecíveis.
Aquilo eram problemas gravíssimos.
O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos.
b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um
substantivo no plural.
Exemplos:
Nosso piquenique foram só guloseimas.
Sujeito Predicativo do Sujeito
Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito. Por exemplo:
Gustavo era só decepções.
Minhas alegrias é esta criança.
Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um
elemento sobre o outro. Por exemplo:
A vida é ilusões.
c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem. Por exemplo:
Que são esses papéis?
Quem são aquelas crianças?
d) Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o verbo ser concorda com
o numeral.
Exemplos:
É uma hora.
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3) O Verbo "Parecer"
O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias:
a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo.
Por exemplo:
Alguns colegas pareciam chorar naquele momento.
b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre flexão.
Por exemplo:
Alguns colegas parecia chorarem naquele momento.
Obs.: a primeira construção é considerada corrente, enquanto a seguda , literária.
Atenção:
Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular.
Por exemplo:
As paredes parece que têm ouvidos (Parece que nas paredes têm ouvidos).
4) A Expressão "Haja Vista"
A expressão haja vista admite as seguintes construções:
a) A expressão fica invariável (seguida ou não de preposição).
Por exemplo:
Haja vista as lições dadas por ele. (= por exemplo)
Haja vista aos factos explicados por esta teoria. (= atente-se)
b) O verbo haver pode variar (desde que não seguido de preposição), considerando-se
o termo seguinte como sujeito.
Por exemplo:
Hajam vista os exemplos de sua dedicação. (= vejam-se)
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou
numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos,
adjectivos, pronomes adjectivos, numerais adjectivos e particípios). Basicamente, ocupa-
se da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo
da oração, e o adjectivo, como adjunto adnominal.
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Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o
nome a que se referem quando funcionam como adjectivos, pronomes adjectivos, ou
numerais.
Exemplos:
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjectivo)
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjectivo)
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjectivo)
"Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas". (Cecília Meireles) (advérbio)
"Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!" (Cecília Meireles) (adjectivo)
Meio - Meia
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Alerta - Menos
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