Lab 02 Quimica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS


CAMPUS PALMAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL/ELÉTRICA

Gabriel Soares de Sousa


Isaque da Silva Morias
Luis Phelipe Gomes Carvalho
Wandra Reis Souza

PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÃO: TITULAÇÃO

Palmas – TO, setembro de 2023


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Gabriel Soares de Sousa


Isaque da Silva Morias
Luis Phelipe Gomes Carvalho
Wandra Reis Souza

PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÃO: TITULAÇÃO

Relatório Técnico apresentado à disciplina


Princípios experimentais de Química, 1º
período. Curso de Engenharia Civil/Elétrica da
Universidade Federal do Tocantins.

Professor Dr. Adão Lincon Bezerra Montel.

Palmas – TO, setembro de 2023


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4
2. OBJETIVOS ........................................................................................................... 6
2.1.1. Objetivo Geral ..................................................................................................... 6
2.1.2. Objetivo Específico ............................................................................................. 6
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 7
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 9
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 13
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1. INTRODUÇÃO

A titulação é uma técnica analítica que tem como objetivo determinar com precisão a
concentração de uma solução, realizando a reação entre uma solução de concentração
conhecida, chamada de titulante, e a amostra cuja concentração se deseja calcular, que é o
titulado.
As soluções de concentração conhecida são denominadas soluções-padrão e podem ser
preparadas de duas maneiras distintas, dependendo da disponibilidade de uma substância
primária ou padrão. Uma substância primária é aquela que apresenta características como
elevado grau de pureza, ausência de higroscopicidade (não absorção de água do ar),
estabilidade, reatividade nas proporções indicadas pela equação química, alta solubilidade e
elevada massa molar.
A titulação é um procedimento associado ao avanço tecnológico nas pesquisas
realizadas tanto na indústria quanto em laboratórios, desempenhando um papel fundamental no
desenvolvimento de produtos utilizados na sociedade contemporânea.
Ademais, deve-se se comentar sobre o efeito menisco, já que para ler corretamente o
nível de um líquido, é importante olhar pela linha tangente ao menisco, que é côncavo no caso
de líquidos que aderem ao vidro, e convexo no caso de líquidos que não aderem ao vidro
(mercúrio), figura 1. O menisco consiste na interface entre o ar e o líquido a ser medido. O seu
ajuste deve ser feito de modo que o seu ponto inferior fique horizontalmente tangente ao plano
superior da linha de referência ou traço de graduação, mantendo o plano de visão coincidente
com esse mesmo plano.
Figure 1: Influência do Menisco

Fonte: Química Básica Experimental

O efeito do menisco se relaciona diretamente com o erro de paralaxe, uma vez que o
erro de paralaxe é um fenômeno que ocorre quando um objeto é observado de duas posições ou
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ângulos diferentes, levando a uma aparente mudança na sua posição devido à variação na
perspectiva do observador. Esse deslocamento aparente pode introduzir erros de medição se
não for devidamente considerado ou corrigido, sendo um fator crítico em medições angulares e
posicionamento relativo em diversas áreas científicas.
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2. OBJETIVOS

2.1.1 Objetivo Geral


Essa prática consiste em fazer uma operação química de titulação de uma solução de
HCl com uma solução de Na2CO3, envolvendo o monitoramento preciso da quantidade de
titulante adicionado à solução alvo, compreendendo assim os mecanismos da titulação.

2.1.2 Objetivo Específico


• Competências no manuseio seguro dos equipamentos de laboratório;
• Aplicar fórmulas e métodos para obter os resultados desejados;
• Conduzir três experimentos de natureza comparativa;
• Calcular a média aritmética dos valores encontrados para uma análise mais precisa.
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3. METODOLOGIA

3.1. MATERIAIS
• Proveta;
• Bureta;
• 3 Erlenmeyer;
• Pipeta volumétrica;
• Solução de HCl;
• Solução de Na2CO3;
• 30 ml de água deionizada;
• Bromofenol;

3.2. MÉTODOS
Primeiramente, com o auxílio da pipeta volumétrica, adicionou-se 10 ml de HCl
precisamente medido em cada um dos 3 Erlenmeyer, em seguida adicionou-se 1 ou 2 gotas de
bromofenol (indicador) em cada um dos Erlenmeyer. Também foi adicionada uma solução de
0,05M de Na2CO3 na bureta, de modo que a mesma esteja exatamente preenchida até o ponto
de 0 ml. Foram realizados todos esses procedimentos cuja estrutura do experimento pode ser
visualizada na figura 3.
Figura 3: Estrutura do experimento.

Fonte: Estudio Quimica


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Após todos os procedimentos terem sidos realizados, deu-se início ao experimento, de


modo que a solução adicionada na bureta foi sendo liberada aos poucos na solução contida no
Erlenmeyer até o momento que o indicador (bromofenol) indicasse o acontecimento da reação
(aparecendo uma coloração azulada). Esse procedimento foi realizado 3 vezes, com o intuito
de calcular a média com os valores obtidos.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para determinar a quantidade de mols da solução titulante (𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 ) que reagiu com a
titulada (HCl), iniciou-se adicionando a solução de 𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 à titulada utilizando uma bureta.
A bureta permitiu a adição gradual da solução até atingir seu valor máximo (30 mL), momento
em que observou-se uma mudança na coloração da solução titulada, que passou de amarela para
violeta.

A partir desse ponto, cessou-se a adição da solução titulante. Para determinar o volume
de 𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 utilizado, subtraindo o valor máximo suportado pela bureta do valor indicado nela
após a mudança de cor na solução titulada. Esse procedimento permitiu calcular a quantidade
de mols de 𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 que reagiram de maneira precisa. Essa técnica é fundamental para a análise
quantitativa em laboratórios e assegura resultados confiáveis em experimentos químicos.

Para aumentar a precisão e exatidão dos resultados, o procedimento foi executado três
vezes. A quantidade de volume da solução titulante necessário para cada procedimento pode
ser observado na tabela 1

Tabela 1: Volumes da Solução Titulante

Ordem dos Procedimentos Valores Obtidos


1º 11,45 mL
2º 11,40 mL
3º 11,19 mL
Fonte: Própria dos Autores (2023)

Como a concentração molar do Carbonato de Sódio é igual a 0,05 mol/L, a quantidade


de mols dessa substância utilizada para que a reação ocorresse pode ser obtida pela
seguinte equação:
𝑛
𝐶=
𝑣
(1)
Dessa maneira, C corresponde a concentração molar em mol/L, n sendo a quantidade de
mols e V o volume da substância em litros. Substituindo os valores disponibilizados na equação,
tem-se:
I. Primeiro Procedimento:
𝑛1 = 0,05 ∗ 11,45 ∗ 10−3 = 5,725 ∗ 104 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝐶𝑂3
II. Segundo Procedimento
10

𝑛2 = 0,05 ∗ 11,40 ∗ 10−3 = 5,7 ∗ 104 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝐶𝑂3


III. Terceiro Procedimento:
𝑛3 = 0,05 ∗ 11,19 ∗ 10−3 = 5,595 ∗ 104 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝐶𝑂3
Para determinar a quantidade de mols de HCl que reagiram com a solução titulante, é
essencial ter conhecimento da equação química que descreve o processo. A equação química
correspondente é a seguinte:

𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 + 2𝐻𝐶𝑙 → 2𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝐻2 𝑂 + 𝐶𝑂2

Ao examiná-la, é evidente que ela está devidamente balanceada, e fica claro que 1 mol
de 𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 reage com 2 mols de HCl. Compreendendo essa relação, podemos derivar a
seguinte expressão:
𝑛′ = 2 ∗ 𝑛
(2)
Onde n' representa a quantidade de mols de HCl, e n é a quantidade de mols de Na2CO3
calculada previamente. Portanto, os valores de n' para os experimentos são:
• Primeiro Procedimento:
𝑛1′ = 2 ∗ 5,725 ∗ 10−4 = 1,145 ∗ 10−3 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙
• Segundo Procedimento:
𝑛2′ = 2 ∗ 5,700 ∗ 10−4 = 1,140 ∗ 10−3 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙
• Terceiro Procedimento:
𝑛3′ = 2 ∗ 5,595 ∗ 10−4 = 1,119 ∗ 10−3 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐻𝐶𝑙
Ademais, como os valores da quantidade de mols da solução titulada e o seu volume são
conhecidos, pode-se, através da equação (1), encontrar a concentração molar. Esse resultado
pode ser visualizado na tabela 2.
Tabela 1: Concentração Molar da Solução de HCl

Ordem dos Procedimentos Concentração Molar (mol/L)


1º 0,1145
2º 0,1140
3º 0,1119
Fonte: Própria dos Autores (2023)

0,1145 + 0,1140 + 0,1119


𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 = = 0,1135 𝑚𝑜𝑙/𝐿
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De maneira mais visível, as figuras 4 e 5 mostram um comparativo entre a fase inicial e


final do processo de titulação.
Figura 4: Fase Inicial do Processo de Titulação

Fonte: Própria dos Autores (2023)

Figura 5: Fase Final do Processo de Titulação

Fonte: Própria dos Autores (2023)

Percebe-se que a adição das gotas de bromofenol como indicador permitiu observar o
processo de titulação com mais clareza.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O experimento proposto revelou-se um sucesso e desempenhou um papel fundamental


na compreensão da técnica de titulação e sua aplicação prática. A determinação precisa da
concentração de HCl na solução foi alcançada de maneira confiável, estabelecendo assim
uma base sólida para experimentos subsequentes.
A inclusão das gotas de bromofenol como indicador desempenhou um papel crucial,
permitindo a monitorização visual do progresso da reação e a determinação precisa do ponto
final. Essa abordagem prática demonstrou claramente como a titulação é uma ferramenta
essencial na química analítica, sendo fundamental para a determinação da molaridade de
soluções e sua aplicação em diversas áreas da ciência e da indústria.
A compreensão adquirida neste experimento também destaca a importância da precisão
e da metodologia na obtenção de resultados confiáveis. Além disso, ressalta como a
titulação é uma técnica versátil e valiosa para o desenvolvimento de produtos e para garantir
a qualidade e a segurança em várias aplicações científicas e industriais.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] VOGEL, A.I. Análise Química Quantitativa. 6ª edição, Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A., 2002.

[2] CONSTANTINO, M. G.; SILVA, G. V. J. da; DONATE, P. M. Fundamentos de química


experimental. São Paulo: EdUSP, 2003.

[3] Trindade, D.F.; Oliveira, F.P.; Banuth, G.S.L.; Bispo, J.G. Química Básica Experimental,
Editora Icone, São Paulo, SP, 1998. (ISBN: 85-274-0511-3).

[4] . I. Vogel, “Análise Química Quantitativa”, 6ªed., LTC, Rio de Janeiro,2002;

[5] SKOOG, Douglas A.; WEST, Donald M.; HOLLER, F. James. Fundamentos de Química
Analítica. Reverté, 1997

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