Projeto Subestação Geração
Projeto Subestação Geração
Projeto Subestação Geração
Uberlândia
2023
Pedro Mariano Netto
Uberlândia
2023
Dedico este trabalho a minha família, aos meus pais em especial,
e a todos os meus amigos que Ązeram e fazem parte dessa minha jornada.
Agradecimentos
Gostaria de, primeiramente agradecer ao meu pai, Vitor, por ter sido um espelho para
mim, e a minha mãe Taline, por me ensinar a acreditar em mim, e aos dois por sempre
batalharem pela nossa família. Sem vocês dois nada disso seria possível.
Ao professor Dr. Thales Lima Oliveira pela oportunidade de ter desenvolvido um projeto
em conjunto, pela disponibilidade e a atenção.
Aos meus amigos que me deram todo o apoio que precisei, por toda prontidão e pe-
las noites em claro.
A minha companheira de vida, que tenho o privilégio de tê-la ao meu lado, sempre me
incentivando e acreditando sempre em mim.
ŞAgora não há tempo para pensar o que você não tem. Pense no que pode fazer com o
que tem.Ť
(Ernest Hemingway)
Resumo
Following the publication of regulatory resolution 482 by the National Electric Energy
Agency (ANEEL) in 2012, general conditions were established for smaller electricity pro-
ducers to connect to the distribution network, allowing them to take advantage of the
compensation system and enabling the consumer to generate their own renewable energy.
This opened up space for a signiĄcant expansion of photovoltaic generation systems, ma-
king electricity more accessible and resulting in an increase in these installations, which
must be connected to medium and high voltage systems according to resolution 414 from
ANEEL. To make this type of connection possible, the implementation of electrical subs-
tations is necessary. Given the above, this work is a project for a substation connected
to the medium voltage level of the distribution network and installed within the credit
compensation system, powered by a photovoltaic generator unit connected in conjunction
with a generator-motor group. The protection project for the equipment in this electrical
substation is also included, an item of utmost importance for the safety of those served
by this installation and for the healthy operation of the distribution system. The project
was necessary to adapt the substation to its new operating routine with two other sources
of generation. The project was developed in accordance with all regulatory norms that
govern the subject and in compliance with the state of the art in the literature.
Keywords: Electric substation, power plant, photovoltaic energy, protection and power
generator.
Lista de ilustrações
CC Corrente Contínua
CA Corrente Alternada
TP Transformador de Potencial
Sumário
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.1.1 Objetivos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.1.2 Objetivos especíĄcos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.2 Metodologia do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.2.1 Estrutura do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.1 Subestações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2 Equipamentos de uma subestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.2.1 Para-raios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.2.2 Disjuntores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.2.3 Transformador de Corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.2.4 Transformador de Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.2.5 Transformador de Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.2.6 Barramentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.2.7 Chave seccionadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.2.8 MuĆas terminais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.3 Sistema de Medição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.4 Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.4.1 Relé de sobrecorrente (50/51) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.4.2 Relé direcional de sobrecorrente (67) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.4.3 Relé de subtensão (27) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
2.4.4 Relés de sobretensão (59) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2.4.5 Relé de frequência (81) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2.5 Aterramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2.6 Geração fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
2.6.1 Equipamentos de um sistema de geração fotovoltaica . . . . . . . . . . . 42
2.6.2 Marco Legal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.1 Projeto da subestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.1.1 Projeto de proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.2 Projeto fotovoltáico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4.1 Simulação do circuito da subestação . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4.1.1 Cabos para conexão do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.2 Proteção do Transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4.2.1 Unidade de sobrecorrente temporizada de fase (51) . . . . . . . . . . . . 64
4.2.2 Unidade de sobrecorrente instantânea de fase (50) . . . . . . . . . . . . 65
4.2.3 Unidade de sobrecorrente temporizada de neutro (51) . . . . . . . . . . 65
4.2.4 Unidade de sobrecorrente instantânea de neutro (50) . . . . . . . . . . . 66
4.2.5 Unidade direcional de corrente (67) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
4.2.6 Unidade direcional de corrente de neutro (67) . . . . . . . . . . . . . . . 67
4.3 Proteção do gerador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
4.3.1 Unidade de sobrecorrente temporizada de fase (51) . . . . . . . . . . . . 68
4.3.2 Unidade de sobrecorrente instantânea de fase (50) . . . . . . . . . . . . 69
4.3.3 Unidade de sobrecorrente temporizada de neutro (51) . . . . . . . . . . 70
4.3.4 Unidade de sobrecorrente instantânea de neutro (50) . . . . . . . . . . . 70
4.3.5 Unidade direcional de corrente (67) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
4.3.6 Unidade direcional de corrente de neutro (67) . . . . . . . . . . . . . . . 71
4.3.7 Coordenograma do Transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
ANEXOS 79
Capítulo 1
Introdução
A história do ser humano é marcada pela sua constante evolução, a própria espécie
humana, como é caracterizada hoje, é fruto de vários processos evolutivos e adaptativos
que moldaram a espécie humana e seus costumes. De forma análoga a vida em sociedade
com se é vivida agora, globalizada e bastante dependente da tecnologia, só conseguiu
chegar a esse nível após a utilização de energia. Em um primeiro momento utilizou-se
de energia mecânica para gerar outras formas de energia mecânica, depois passou-se de
energia química para energia mecânica, esse foi um grande passo para a industrialização
e início do mundo moderno, onde de forma direta e com grandes níveis de perda.
Com a chegada da segunda revolução industrial e da energia elétrica nos meios de
produção, a curva de desenvolvimento do mundo passou a crescer de forma exponen-
cial, expondo um universo de possibilidades e um horizonte que jamais alguém pudesse
imaginar.
As indústrias cresceram, a expectativa de vida aumentou, veio a terceira revolução
industrial, a quarta revolução industrial já está presente na vida cotidiana e seus benefícios
são mais que óbvios, tudo isso graças ao avanço da energia elétrica sobre a sociedade, que
a cada dia que se passa é mais dependente e demanda mais energia. Essa demanda
crescente de energia elétrica teve como consequência a busca por mais e melhores meios
de geração de energia.
Atualmente, a energia elétrica é amplamente acessível para grande parte da população
brasileira, porém possui suas barreiras e uma delas é o custo da energia, e uma forma de
mitigar esse problema é a implementação do sistema de geração distribuída, que utiliza-se
de uma fonte inĄnita, o sol, esse tipo de geração além de diminuir os custos da energia
no país contribui para o aumento da capacidade geral de fornecimento de energia no país,
afetando diretamente para o seu crescimento econômico. Um ponto a se ter atenção, no
entanto, é a questão da proteção elétrica do sistema elétrico brasileiro, mas que pode ser
resolvido de forma simples e responsável, quando feito e usado de forma correta.
Outro ponto a ser observado é a forma de acesso da instalação a rede de distribuição
ou transmissão. Para se manter o serviço de distribuição e transmissão em parâmetros
20 Capítulo 1. Introdução
saudáveis para todos os usuários e para consumidores com demandas de potência mais
elevadas, faz-se necessário que estes estejam conectados, porém isolados eletricamente do
sistema, para maior proteção e qualidade do fornecimento de energia e isso é possível
através do uso de subestações, em sua maioria, abaixadoras, necessárias em instalações
de média e alta tensões.
É nesse contexto em que o presente trabalho é justiĄcado, visto que a integração
de diferentes fontes de energia por meio de uma subestação é realizada. Para isso, foi
desenvolvido um projeto de subestação atendendo as normas vigentes e o estado na arte
para especiĄcação de equipamentos e parametrização da proteção.
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivos Gerais
O objetivo desse trabalho é a realização de um projeto de subestação elétrica para
atender uma instalação comercial, alimentada em média tensão, com a inserção de uma
unidade geradora fotovoltaica, instalada em um hotel, além de um grupo motor-gerador.
O projeto elétrico da usina fotovoltaica já foi fornecido por uma empresa terceira, com
uma capacidade instalada de 60,00 kWp, dentro da modalidade de geração junto a carga,
onde a carga gerada será consumida no mesmo local que é produzida, ou seja, a energia
gerada será consumida pelas instalações do hotel em questão. Este sistema será conectado
à rede de distribuição do estado de Goiás, sob concessão da Enel, companhia responsável
pela distribuição de energia elétrica no estado.
Para que o objetivo desse trabalho seja atingido, a seguir será exposto um panorama
geral de um projeto de usina fotovoltaica, a título de contextualização, e mais deta-
lhadamente um projeto de uma subestação de energia elétrica conforme a demanda da
unidade a ser beneĄciada, considerando o sistema de geração fotovoltaico, a alimentação
do sistema de distribuição, o sistema de alimentação via gerador a diesel e as normas de
regulamentação necessárias para o projeto.
Capítulo 2
Fundamentação Teórica
Como exposto anteriormente, o trabalho irá tratar do projeto de uma subestação elé-
trica de uma instalação de média tensão em funcionamento conjunto com um sistema
de geração fotovoltaico. Dando-se a necessidade de contextualização sobre subestações,
painéis fotovoltaicos, geradores e a conexão destes subsistemas para um funcionamento
eĄciente e seguro. Destaca-se que o foco deste trabalho é no projeto da subestação elé-
trica de média tensão e seus equipamentos elétricos mas sendo necessária uma apresenta-
ção/contextualização do projeto fotovoltaico já estabelecido na instalação comercial em
foco.
2.1 Subestações
Segundo o Módulo 1 do Procedimento de Distribuição (PRODIST), em (ANEEL,2021),
subestações elétricas, segundo o Prodist, em seu primeiro módulo, são partes do sistema
de potência que compreendem os dispositivos de manobra, controle, proteção, transfor-
mação e medição de grandezas elétricas, sendo as mais comuns tensão e corrente. As
subestações estão presentes em todos os níveis de tensão do sistema elétrico, desde a ultra
alta tensão a baixa tensão e sempre com o objetivo de proporcionar que a energia elétrica
chegue da unidade geradora a unidade consumidora em níveis adequados para o seu uso,
mantendo a segurança do sistema e de seus usuários.
Portanto, ao longo de todo o percurso da energia elétrica, mostrado na Ągura 1,
desde a geração, transmissão, distribuição e consumo, poderão existir diversas subestações
elétricas, visto que cada componente do sistema de distribuição, transmissão e geração
operam com tensões diferentes.
As subestações, segundo Aprender Eétrica (2021), também podem ser classiĄcadas
pela função que exercem no Sistema Interligado Nacional (SIN), da geração a transmissão,
sendo as mais comuns são as subestações elevadoras, que elevam o nível da tensão gerada
nas usinas a níveis adequados para a transmissão, com um maior aproveitamento. As
abaixadoras são subestações geralmente encontradas já próximas ao sistema de distribui-
24 Capítulo 2. Fundamentação Teórica
ção, mais próximas às cargas, onde diminuem o nível de tensão, evitando inconvenientes
à população.
As subestações de distribuição diminuem a tensão do nível de distribuição primária, entre
13,8 kV e 34,5 kV, para os níveis utilizados por consumidores e caso sejam consumidores
com grandes demandas, este vai possuir a sua subestação. Também existem subesta-
ções de manobra, que interligam circuitos de mesmo nível de tensão, sendo responsáveis
por adicionar ou retirar partes do sistema de serviço. Já as subestações conversoras são
responsáveis pela conversão de frequência na rede e são mais utilizadas em sistemas de
transmissão de corrente contínua, fazendo a conversão de corrente contínua para alternada
e vice-versa.
Uma subestação elétrica, também é classiĄcada quanto à condição de sua instalação
com relação a sua exposição ao tempo ou proteção dele, podendo ser abrigadas, ao tempo,
aéreas e blindadas. (ENERGES,2021)
As subestações abrigadas, segundo Energês (2021), são aquelas em que seus compo-
nentes são abrigados dentro de uma estrutura que os proteja das intempéries, geralmente
essas estruturas são feitas em alvenaria, como mostra a Ągura 2.
Segundo Energês (2021), subestações blindadas (Ągura 5) são aquelas em que seus
componentes Ącam instalados dentro de estruturas metálicas, e podem ser também abri-
gadas e ao ar livre, fornecendo proteção extra aos equipamentos e ao ambiente ao redor,
pois diĄcultam o acesso. A blindagem nesse tipo de subestação também é importante
para reduzir efeitos de curto-circuito, contendo a propagação de arcos elétricos ou até
combustão de equipamentos.
26 Capítulo 2. Fundamentação Teórica
2.2.1 Para-raios
Em uma subestação, os para-raios, segundo Aprender Elétrica (2021), são dispositivos
responsáveis pela segurança das instalações, que em situações normais, funcionam como
um isolador e na ocorrência de sobretensões ele fornece um caminho mais curto e menos
danoso para a corrente e assim reduzindo a amplitude da tensão. Estes são responsáveis
por atuar em elevações súbitas da tensão na instalação, sejam provenientes de manobras
no sistema ou descargas atmosféricas. Em subestações esses são comumente empregados
nas entradas das linhas de transmissão, entrada de alimentadores, no barramento e nos
lados de alta e baixa dos transformadores.
Outro ponto muito importante é a especiĄcação da Norma da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (NBR) 14039 que exige que para-raios de resistência não linear sejam
aterrados com a ligação mais curta possível.
Os para-raios são compostos de resistências não lineares, conectados, ou não, a cente-
lhadores em série, a depender de sua classe de proteção e construção. Para subestações
de média tensão, os para-raios mais utilizados atualmente são os de óxido de zinco sem
2.2. Equipamentos de uma subestação 27
2.2.2 Disjuntores
Segundo Aprender Elétrica (2021),São equipamentos empregados em todo o sistema
elétrico, desde a baixa a alta tensão, em que são responsáveis pela interrupção de corrente
elétrica de um circuito em todas as condições possíveis, normais e anormais para o sistema.
A função do disjuntor é provavelmente a mais crítica de uma subestação, pois além de
energizar e desenergizar circuitos, interromper falhas e efetuar desligamentos intencionais,
ele deve desempenhar essas funções de maneira extremamente conĄável, para impedir
danos aos demais equipamentos da subestação.
Os disjuntores podem ser utilizados de forma individual, fazendo a proteção eletrome-
cânica do sistema, onde este atuará de acordo com o campo eletromagnético da passagem
da corrente pelo dispositivo, apesar de não ser muito usada. Uma prática mais comum
e mais exata para a atuação de um disjuntor é a associação com um relé, que pode ser
eletromecânico ou controlado por um microprocessador, que permite várias conĄgurações
de tempo, intensidade, permanência, frequência, entre outros, deixando a aplicação mais
conĄável.
O meio isolante dos disjuntores também é muito importante na hora da escolha do
equipamento, e existem vários métodos de isolamento, a serem escolhidos com base nos
dados e necessidades do projeto. Os meios de isolamento mais comuns são a óleo (já pouco
usado), ar comprimido, vácuo ou o gás hexaĆuoreto de enxofre (𝑆𝐹6 ). Por exigirem uma
atuação muito rápida, também possuem dispositivos de acúmulo de energia, como mola
ou pistão.
fases. Já a ligação em zig-zag, que lembra a ligação em estrela, porém seus enrolamentos
são bipartidos e a ligação é feita por essas ŞmetadesŤ dos enrolamentos, defasadas, que
acabam formando um novo enrolamento.
𝑆
𝐼𝑁 = √ (1)
𝑉 × 3
Sendo:
Além da corrente nominal, deve-se considerar a corrente transitória, gerada pelo trans-
formador independente da sua aplicação. Conhecida como corrente de inrush ou de mag-
netização. Em transformadores a óleo e com isolamento em epóxi, que são limitados a uma
potência de até 2 MVA, pode-se considerar a seguinte equação, segundo (CELG,2016):
𝐼𝑚𝑎𝑔 = 8 × 𝐼𝑁 (2)
100
𝐼𝐴𝑁 𝑆𝐼 = × 𝐼𝑁 (3)
𝑍%
Para corrente de neutro:
100
𝐼𝑁 ⊗𝐴𝑁 𝑆 = 0,58 × × 𝐼𝑁 (4)
𝑍%
Em que:
❏ 𝑍% - Impedância percentual;
Contudo, pode-se adotar a tabela 2 para que, de forma simpliĄcada, se crie uma
relação para lançar em diagramas de coordenação e seletividade.
2.2.6 Barramentos
Os barramentos, são responsáveis por realizar a conexão dos equipamentos, dos condu-
tores e interligar circuitos. Os barramentos podem ser rígidos ou Ćexíveis. Os barramentos
2.2. Equipamentos de uma subestação 33
Ćexíveis são feitos de condutores maleáveis, geralmente pela união de cabos. Já os barra-
mentos rígidos podem ter diversos formatos, como vergalhões de secção circular e maciço,
ou tubulares, também de secção circular, barras chatas maciças ou em diferentes perĄs,
como U, V e C. Estes podem ser encontrados em cobre ou alumínio, podendo conter
algum tipo de pintura ou isolamento.(LEITE, 2018)
Para o dimensionamento correto de um barramento, segundo Fonseca (2018), é ne-
cessário levar em consideração os esforços elétricos, mecânicos e térmicos que nele serão
empregados e a corrente nominal de operação do barramento. A avaliação dos efeitos tér-
micos provocados no barramento pela corrente simétrica em determinado período, pode
ser obtido através da equação 5:
√
𝐴 = 𝐾 × 𝐼𝑐𝑐 × 𝑡 (5)
Em que:
0,0204 × 𝐼 2 𝑘 × 𝑙
𝐹𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 = (6)
𝑑
Sendo:
Outro cálculo que deve ser feito, é do inercial e o conjugado de Ćexão da barra. Onde se
diz que o conjugado de Ćexão máximo não pode passar de 3.000 kgf/𝑐𝑚2 para barramentos
de cobre.(LEITE, 2018)
34 Capítulo 2. Fundamentação Teórica
𝑎2 × 𝑒
𝑊𝑏 = (8)
6000
𝐹𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 × 𝑙
𝑀𝑏 = (9)
12 × 𝑊𝑏
Em que:
checar a viabilidade desse tipo de instalação junto a concessionária, pois não é adotada
por todas e depende do regulamento interno da concessionária.
Os elementos de medição devem ser instalados em locais de fácil acesso nas subestações,
orientados para a via pública e no limite da propriedade. Geralmente as caixas de medição
e display são de responsabilidade de compra e instalação, dos clientes. Os cabos são
fornecidos e instalados pela concessionária. (ENEL, 2021)
Por Ąm, a instalação dos medidores para acompanhamento particular são de respon-
sabilidade do proprietário da instalação e para a medição de faturamento, a responsabi-
lidade da instalação é da concessionária, porém os custos são repassados ao proprietário.
(ANEEL, 2021)
2.4 Proteção
A Ąnalidade dos sistemas de proteção é proteger e conservar os usuários, operadores
e equipamentos do sistema elétrico, de forma precisa, conĄável e visando a continuidade
da operação e qualidade do sistema elétrico. O sistema de proteção de uma instalação
elétrica é desenvolvido de acordo com a sua aplicação, o que torna esse um projeto muito
especíĄco para cada tipo de instalação. Na tabela 3 são indicados os elementos de proteção
recomendados para o nível de potência instalada.
Para instalações elétricas que contém sistemas de geração distribuída, o PRODIST, em
seu terceiro módulo, diz que pelo menos os seguintes equipamentos devem estar presentes:
𝐾
𝑇 = × 𝑇 𝑀𝑆 (10)
( 𝐼𝐼𝑆 )Ð −1
38 Capítulo 2. Fundamentação Teórica
❏ T (s) Ű Tempo;
❏ TMS Ű Multiplicador de tempo, podendo ser adotado valores entre 0,1 e 2, de acordo
com [Filho, 2011];
As variáveis ŚKŠ e ŚÐŠ são relacionados a inclinação da curva do relé, e podem ser
classiĄcados como mostra a tabela (4):
Além de outros fatores a serem considerados para essa função, deve-se considerar a
corrente nominal e a sobrecarga admissível para a unidade temporizada, como mostra a
equação (11). Já na unidade instantânea, usamos como base os valores de curto-circuito do
barramento. Porém o ajuste pode partir da corrente de magnetização do transformador,
como mostra a equação 12. (FILHO, 2011)
𝐼𝑃 𝑛𝑜𝑚 × 𝐹 𝐶
≤ 𝐼𝑃 𝑖𝑐𝑘𝑢𝑝𝑇 𝑒𝑚𝑝 (11)
𝑅𝑇 𝐶
𝐼𝐼𝑁 𝑅𝑈 𝑆𝐻 × 1,05
𝐼𝑃 𝑖𝑐𝑘𝑢𝑝𝐼𝑛𝑠𝑡 = (12)
𝑅𝑇 𝐶
Em que:
𝐼𝑃 𝑖𝑐𝑘𝑢𝑝(𝑓 𝑎𝑠𝑒)
𝐼𝑃 𝑖𝑐𝑘𝑢𝑝 = (13)
3
Em que:
❏ 𝐼𝑃 𝑖𝑐𝑘𝑢𝑝(𝑓 𝑎𝑠𝑒) (A) Ű Corrente para sensibilizar a proteção ajustada para proteção de
fase, referida ao secundário do TC.
Em que:
Com o relé ajustado, é possível fazer a proteção de forma seletiva e conĄável, conside-
rando que a corrente de um eventual curto-circuito na instalação será diferente da corrente
de um curto-circuito na rede de distribuição, uma vez que o gerador da instalação não
tem a mesma capacidade de fornecimento da rede (FILHO, 2011).
𝐾
𝑇 = 𝑉 𝑎 × 𝑇 𝑀𝑆 (15)
(2 − 𝑉𝑎𝑗
) −1
Em que:
❏ T (s) Ű Tempo;
𝐾
𝑇 = × 𝑇 𝑀𝑆 (16)
( 𝑉𝑉𝑎𝑗 )𝑎 −1
Em que:
❏ T (s) Ű Tempo;
2.5 Aterramento
DeĄnimos aterramento, seguindo a deĄnição da NBR 15751 de 2013, como uma ligação
intencional entre uma parte elétrica condutora e a terra por meio de um condutor elétrico,
tendo como Ąnalidade a dispersão de correntes. Essa dispersão eventualmente isola partes
não condutoras, mas que por ventura possam apresentar fuga de corrente ou eletricidade
estática. Além de proteger o sistema para correntes indesejadas oriundas de descargas
elétricas da atmosfera ou a chaveamento do próprio sistema, estes elementos de proteção
são conhecidos como pára-raios e Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) (NBR
15751, 2013).
É importante salientar que para o projeto deve-se levar em conta todas as correntes
do sistema, dimensões físicas da instalação, pedologia do ambiente (principalmente as
características físico-químicas). Outro fator importante é que após a dispersão de uma
42 Capítulo 2. Fundamentação Teórica
corrente elevada no solo, devido a implicação de gradiente do solo, podem surgir fenômenos
como a tensão de toque, que é a diferença potencial entre o equipamento e o solo, além
da tensão que passo, sendo a diferença de potencial em diferentes pontos do solo.
Dessa forma as concessionárias de energia exigem o cumprimento de especiĄcações
técnicas para a aprovação dos projetos, devido a importância do subsistema. Para tanto
a Enel, concessionária de energia da localidade do projeto, exige que a instalação de
aterramento esteja de acordo com as NBRŠs 14039 e 13571. Ambas sendo responsáveis
pelo dimensionamento, como quantidade de eletrodos, secção transversal mínima, com-
primento do eletrodo, tamanho da área a ser abrangida e etc.
As características elétricas dos módulos, segundo Pinho (2014), são obtidas através de
ensaios Standart Test Condition (STC) e Normal Operation Cell Temperature (NOTC),
onde estes são realizados em condições especíĄcas de irradiância, temperatura e pressão,
para determinação dos principais parâmetros elétricos, sendo eles:
Em termos de projeto, os módulos fotovoltaicos são ligados entre si, com a Ąnalidade
de gerar um aumento na capacidade elétrica, logo estes podem ser conectados através de
ligação em série ou em paralelo, segundo (PINHO, 2014).
Os módulos conectados em série tem a denominação de string. Nesta conĄguração as
tensões dos modulos são somadas e a corrente e limitada pela célula de menor corrente.
O modelo da ligação string é demonstrado na Ągura 13.
Para a conexão em paralelo ocorre a soma das correntes e a tensão é mantida constante,
este modelo de ligação é representado pela Ągura 14.
44 Capítulo 2. Fundamentação Teórica
2.6.1.3 Inversor
Fonte: Autor
A lei do marco legal da microgeração não resolução revoga a nomativa 482 de 2012,
porém por ser de maior importância a RN, ela sobrepõe todos as disposições na lei que vão
em desacordo com a lei, como a classiĄcação de minigeração distribuída fotovoltaica de
até 5 MVA para 3 MVA, englobando todo tipo de geração de energia elétrica proveniente
de fontes não controladas pelo ONS (Operador Nacional do Sistema), onde a energia
produzida é injetada diretamente na rede, por meio do seu consumo primário.
Outra mudança signiĄcativa no sistema de compensação de créditos foi que antes
do marco, o consumidor conectado a baixa tensão, além de pagar a taxa mínima de
disponibilidade, usava a sua geração para abater na fatura todo o consumo do mês, ou
seja, caso a sua geração fosse equivalente ao seu consumo, sua fatura de energia seria
zerada, porém ainda pagava a taxa mínima de disponibilidade para pagar, gerando uma
dupla taxação. Com a nova lei em vigor, o consumidor abate o seu consumo subtraído
da taxa de disponibilidade, que é convertida em crédito.
47
Capítulo 3
Metodologia
Fonte: Autor
Capítulo 4
Projeto e Resultados
Neste tópico serão apresentados os resultados de um estudo de caso para uma subes-
tação de energia elétrica instalada no estado de Goiás, que atende um hotel na cidade
de Catalão, onde além do transformador, tem-se um grupo gerador a diesel, que fornece
energia para a instalação em horário de pico e faltas. Além da subestação, também será
instalada uma unidade de geração fotovoltaica com capacidade instalada de 157,08 kWp,
na modalidade de compensação, porém o projeto será fornecido por uma empresa terceira
e será instalada de forma que não tenha impacto nos estudos e projetos de proteção dos
itens da subestação.
Figura 19 Ű Transformador
Fonte: Autor
Os únicos dados disponíveis com facilidade e segurança foram a sua potência aparente,
níveis de tensão no primário e secundário além da análise visual, onde se pode constatar
52 Capítulo 4. Resultados
que se trata de um transformador, mostrado na Ągura 19, resfriado a óleo e adotando sua
conexão como delta estrela aterrado.
Através de De Souza (2021), tem-se a corrente presumida na saida do transformador e
através desses dados chega-se a uma impedância percentual de 5,2%, sendo possivel obter
a as impedâncias de sequência positiva, negativa e zero, no transformador:
𝑆𝑏 = 1 𝑀 𝑉 𝐴 (17)
3802
𝑍𝑏⊗380𝑉 = = 0,144 Ω (18)
1000000
1
𝑋𝑡𝑟1 = 𝑋𝑡𝑟2 = 𝑋𝑡𝑟0 = × 0,052 = 0,346 𝑝.𝑢 (19)
0,15
sendo os parâmetros adotados, apresentados na Ągura 20.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
4.1. Simulação do circuito da subestação 53
Fonte: Autor
Fonte: Autor
𝑆𝑏 = 1𝑀 𝑉 𝐴 (20)
3802
𝑍𝑏⊗380𝑉 = = 0,144 Ω (21)
1000000
1
𝑋𝑔1 = 𝑋𝑔2 = × 0,07 = 0,466̄ 𝑝.𝑢. (22)
0,15
1
𝑋𝑔0 = × 0,01 = 0,066̄ 𝑝.𝑢. (23)
0,15
Em posse destes dados, foi possível parametrizar o gerador corretamente para a simu-
lação do sistema, como mostra a Ągura 24 e foi parametrizado a sua situação para a falta,
na Ągura 25.
54 Capítulo 4. Resultados
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
56 Capítulo 4. Resultados
Como é possível observar, a distância em linha reta dos dois elementos é de apro-
ximadamente 45 metros, porém, foi adicionado 20% a mais no comprimento dos cabos,
considerando curvas e obstáculos desviados na instalação, totalizando 54 metros no total.
Como o trecho foi dividido em duas partes, como citado anteriormente, cada trecho Ącou
com um comprimento de 27 metros. Considerando a corrente nominal do gerador, igual a
do secundário do transformador iguais a 227 A (esses dados serão aĄrmados através das
demonstrações a seguir), foi escolhido um cabo com 4 condutores de secção transversal
de 70 𝑚𝑚2 e um condutor terra de 35 𝑚𝑚2 . Tais parâmetros foram escolhidos de acordo
com a corrente nominal dos equipamentos, que na Ągura 27, se encotram na segunda co-
luna. Localizando-se o maior valor imediatamente superior ao da corrente nominal, foram
escolhidos os valores acima.
4.1. Simulação do circuito da subestação 57
Após a escolha da área da secção transversal do cabo, de acordo com a corrente nominal
dos equipamentos, foram coletados os dados de resistência e reatância dos condutores,
mostrados na Ągura 28 e parametrizados dentro da ferramenta de simulação como mostam
as Ąguras 29, 30, 31 e 32.
Após a obtenção dos dados de impedância por quilômetro, foram feitas as conversões
para p.u. baseadas nas unidades de base do sistema, e encontradas nas sequências posi-
tiva, negativa e zero, demonstrados a seguir. Lembrando que os valores de 𝑆𝑏 e 𝑍𝑏⊗380𝑉
foram demonstrados nas equações (17) e (18) e que o comprimento do trecho do cabo foi
adicionado ao calculo:
0,03 × 0,027
𝑋𝐿𝑇 1 = 𝑋𝐿𝑇 2 = = 0,0056 𝑝.𝑢. (24)
0,144
0,96 × 0,027
𝑅𝐿𝑇 1 = 𝑅𝐿𝑇 2 = = 0,1795 𝑝.𝑢. (26)
0,144
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
lecimento, que na tarifa verde, possui uma demanda contratada de 85 kW, como mostra a
Ągura 35, demanda e dados de medição da tarifa de energia do cliente e portanto a carga
foi parametrizada, como mostra a Ągura 36:
Apos a parametrização de todos os elementos da instalação, foi feita a simulação do
Ćuxo de carga e de curto-circuito na barra 2, ligada ao secundário do transformador e na
barra 3 ligada no grupo gerador.
Devido a atuação do grupo gerador, pode-se ver, na Ągura 37, que o Ćuxo de potência
4.1. Simulação do circuito da subestação 61
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
❏ 𝐼𝑐𝑐2ã = 1917,590 5◇ A
Para o grupo gerador, foi provocado um curto-circuito na barra de saída de sua po-
tência, e os dado obtidos foram os seguintes:
Fonte: Autor
Em posse dos dados acima, foi possível realizar o estudo da proteção do transformador e
do gerador da subestação.
150 × 103
𝐼𝑛 = √
transformador = 227,90 𝐴 (28)
3 × 380
A título de coordenação da proteção, que sera realizada posteriormente nesse estudo,
conforme a tabela abaixo, pode-se estimar o ponto ANSI do transformador:
𝐹𝑠 = 20 - Fator de sobrecorrente;
64 Capítulo 4. Resultados
Cálculo do RTC:
Para corrente nominal:
𝐼𝑐𝑐1ã 2864,30
𝐼𝑡𝑐 > → 𝐼𝑡𝑐 > = 143,22 (30)
𝐹𝑆 20
Concluindo então que a corrente nominal é maior que a corrente de curto-circuito.
√
380/ 3
𝑅𝑇 𝑃 = √
115/ 3
= 3,30 (31)
O relé não deve operar apenas com a carga máxima, devendo operar de acordo com a
curva de temporização.
A sobrecarga admissível (𝐾𝑓 ) deve estar entre 1,2 e 1,5, será considerado 1,3 (ASSO-
CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT, 2017). Sendo assim:
𝐾𝑓 × 𝐼𝑛 1,3 × 227,90
𝐼𝑡𝑓 = → 𝐼𝑡𝑓 = = 5,93 𝐴 (32)
𝑅𝑇 𝐶 50
𝐼𝑐𝑐3ã 2161,99
𝑀= = = 7,29 (33)
𝐼𝑡𝑓 × 𝑅𝑇 𝐶 50 × 5,93
Para a correta coordenação com o fusível 8K presente à jusante do relé 51, o tempo de
atuação é de 0,1 s. Isso se deve ao fato de 0,3 s ser o tempo de atuação do fusível 8K, o
tempo é de 0,2 s o tempo de coordenação. Portanto o tempo de ajuste da função 51 será:
7,29 − 1
𝑇 𝑀 𝑆 = 0,1 × ( ) = 0,047 𝑠 (34)
13,5
0,2 × 227,90
𝐼𝑡𝑁 = = 0,912 𝐴 (39)
50
𝐼𝑐𝑐1ã 2864,30
𝑀= 𝑁
= = 62,841 (40)
𝐼𝑎𝑡 45,58
66 Capítulo 4. Resultados
62,84 − 1
𝑇 𝑀 𝑆 = 0,1 × ( ) = 0,455 𝑠 (41)
13,5
3.437.160
𝐹 < = 75,376 (43)
0,912 × 50
Para um fator de ajuste 79%, F = 60.
1,3 × 227,90
𝐼𝑡𝑓 = = 5,93 𝐴 (46)
50
Calculando-se o múltiplo a ser inserido no relé:
2161,99
𝑀= = 296,5 𝐴 (47)
50 × 5,93
7,292 − 1
𝑇 𝑀 𝑆 = 0,1 × ( ) = 0,047 𝑠 (48)
13,5
Fonte: Autor
1,3 × 227,90
𝐼𝑡𝑓 = = 5,93 𝐴 (50)
50
2864,30
𝑀= = 9,660 (51)
296,5
9,660 − 1
𝑇 𝑀 𝑆 = 0,1 × ( ) = 0,064 𝑠 (52)
13,5
Fonte: Autor
150 × 103
❏ 𝐼𝑛 = √ = 227,90 𝐴
30 × 380
4957,538
𝐼𝑡𝑐 > = 247,87 → 50 : 1 (53)
20
Após a conĄrmação do RTC, o mesmo utilizado na proteção do transformador,
1,3 × 227,90
𝐼𝑡𝑓 = = 5,93 𝑠 (54)
50
Foi calculada a corrente de acionamento no relé e será calculada a corrente no enrolamento
primário do transformador de corrente.
𝐹
𝐼𝑡𝑎 = 5,93 × 50 = 296,5 𝐴 (55)
𝐼𝑐𝑐3ã 3255,371
𝑀= 𝐹
= = 10,98 (56)
𝐼𝑡𝑎 296,5
O dial de tempo para uma curva muito inversa e com tempo de coordenação de 0,5 s será:
10,98 − 1
𝑇 𝑀 𝑆 = 0,5( ) = 0,37 𝑠 (57)
13,5
𝑓
𝐼𝑎𝑡 = 5,93 × 50 = 296,5 𝐴 (59)
3.384,18
𝐹 < = 11,414 (60)
296,5
Com um fator de ajuste de 70%, F = 8 e então calcula-se a corrente de sensibilização
do relé
Logo:
𝐼𝑎𝑓 = 47,44 × 50 = 2372 𝐴 (62)
70 Capítulo 4. Resultados
1,3 × 227,90
𝐼𝑡𝑓 = = 5,93 𝐴 (72)
50
Calculando-se o múltiplo a ser inserido no relé:
3255,37
𝑀= = 10,98 (73)
296,5
Considerando ainda a curva muito inversa e um tempo de coordenação de 0,5 s, o dial de
tempo será
10,98 − 1
𝑇 𝑀 𝑆 = 0,5 × ( ) = 0,370 𝑠 (74)
13,5
Na Ągura 41 oberva-se a representação do diagrama fasorial de atuação do relé direci-
onal.
Fonte: Autor
fase, portanto, será utilizado uma seletividade temporal de 0,5 s, como já foi explicada
1,3 × 227,90
𝐼𝑡𝑓 = = 5,93 𝐴 (75)
50
Calculando-se o múltiplo a ser inserido no relé:
4957,53
𝑀= = 16,72 (76)
296,5
Considerando ainda a curva muito inversa e um tempo de coordenação de 0,5 s, o dial de
tempo será
16,720 − 1
𝑇 𝑀 𝑆 = 0,5 × ( ) = 0,582 𝑠 (77)
13,5
Na Ągura 42 oberva-se a representação do diagrama fasorial de atuação do relé direci-
onal.
Fonte: Autor
100
𝐼𝐴𝑁 𝑆𝐼 = × 𝐼𝑛 transformador (78)
𝑍%
4.3. Proteção do gerador 73
Fonte: Autor
Capítulo 5
Conclusão
Referências
13. LEITE, Rafael Martins et al. Projeto de um sistema elétrico industrial de baixa
tensão utilizando o software doc. 2018.
15. Passo a passo da fabricação do painel solar - Tudo sobre energia solar fotovoltaica.
Disponível em: <https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-
painel-solar.html>. Acesso em: 24 jan. 2023
Anexos
80
81
ANEXO A
Diagrama UniĄlar da Usina Fotovoltaica
83
ANEXO B
Catálogo do Relé de Proteção
Ficha técnica 7SR5111-1AA11-0AA0
Detalhes do produto
número de teclas de função 7
número de LEDs 28
Funções do produto
tipo de captação de valor de medição / dos valores de Si
medição de funcionamento / padrão
tipo de captação de valor de medição / ampliado / valores Si
mín./máx., valores médios
função do produto / estatística de operação Si
função do produto / monitorização do disjuntor Si
equipamento do produto / editor de lógica Si
função do produto / comando Si
função do produto / gravação de falhas para sinais Si
analógicos e digitais
função do produto / gravador sequencial de eventos Si
função do produto / monitorização Si
número dos conjuntos de parâmetros 4
função do produto / comutação do conjunto de Si
parâmetros
função do produto / verificação do disjuntor Si
Funções de proteção
função de proteção / disparo de 3 polos Si
característica do produto / verificação de sincronismo Si
(ANSI 25)
função de proteção / proteção contra subtensão (ANSI 27) Si
função de proteção / monitorização da potência orientada Si
(ANSI 32)
função de proteção / monitorização da potência de Si
avanço (ANSI 32F)
função de proteção / proteção de potência reversa (ANSI Si
32R)
função de proteção / proteção contra subcorrente (ANSI Si
37)
função de proteção / proteção contra carga inclinada Si
(ANSI 46)
função de proteção / sistema contrário da proteção Si
temporizada contra sobrecorrentes (ANSI 46)
função de proteção / monitorização do campo rotativo Si
(ANSI 47)
função de proteção / sistema contrário da proteção contra Si
sobretensão (ANSI 47)
função de proteção / proteção de sobrecarga térmica Si
(ANSI 49)
ANEXO C
Tabela ANSI
Nr Denominação
1 Elemento Principal
2 Relé de partida ou fechamento temporizado
3 Relé de veriĄcação ou interbloqueio
4 Contator principal
5 Dispositivo de interrupção
6 Disjuntor de partida
7 Relé de taxa de variação
8 Dispositivo de desligamento da energia de controle
9 Dispositivo de reversão
10 Chave comutadora de sequência das unidades
11 Dispositivo multifunção
12 Dispositivo de sobrevelocidade
13 Dispositivo de rotação síncrona
14 Dispositivo de subvelocidade
15 Dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade e/ou frequência
16 Dispositivo de comunicação de dados
17 Chave de derivação ou descarga
18 Dispositivo de aceleração ou desaceleração
19 Contator de transição partida-marcha
20 Válvula operada eletricamente
21 Relé de distância
22 Disjuntor equalizador
23 Dispositivo de controle de temperatura
24 Relé de sobreexcitação ou Volts por Hertz
25 Relé de veriĄcação de Sincronismo ou Sincronização
26 Dispositivo térmico do equipamento
27 Relé de subtensão
28 Detector de chama
29 Contator de isolamento
30 Relé anunciador
88 ANEXO C. Tabela ANSI
31 Dispositivo de excitação
32 Relé direcional de potência
33 Chave de posicionamento
34 Dispositivo master de sequência
35 Dispositivo para operação das escovas ou curto-circuitar anéis coletores
36 Dispositivo de polaridade ou polarização
37 Relé de subcorrente ou subpotência
38 Dispositivo de proteção de mancal
39 Monitor de condições mecânicas
40 Relé de perda de excitação ou relé de perda de campo
41 Disjuntor ou chave de campo
42 Disjuntor / chave de operação normal
43 Dispositivo de transferência ou seleção manual
44 Relé de sequência de partida
45 Monitor de condições atmosféricas
46 Relé de reversão ou desbalanceamento de corrente
47 Relé de reversão ou desbalanceamento de tensão
48 Relé de sequência incompleta / partida longa
49 Relé térmico
50 Relé de sobrecorrente instantâneo
51 Relé de sobrecorrente temporizado
52 Disjuntor de corrente alternada
53 Relé para excitatriz ou gerador CC
54 Dispositivo de acoplamento
55 Relé de fator de potência
56 Relé de aplicação de campo
57 Dispositivo de aterramento ou curto-circuito
58 Relé de falha de retiĄcação
59 Relé de sobretensão
60 Relé de balanço de corrente ou tensão
61 Sensor de densidade
62 Relé temporizador
63 Relé de pressão de gás (Buchholz)
64 Relé detetor de terra
65 Regulador
66 Relé de supervisão do número de partidas
67 Relé direcional de sobrecorrente
68 Relé de bloqueio por oscilação de potência
69 Dispositivo de controle permissivo
70 Reostato
71 Dispositivo de detecção de nível
72 Disjuntor de corrente contínua
73 Contator de resistência de carga
74 Relé de alarme
75 Mecanismo de mudança de posição
76 Relé de sobrecorrente CC
77 Dispositivo de telemedição
78 Relé de medição de ângulo de fase / proteção contra falta de sincronismo
79 Relé de religamento
80 Chave de Ćuxo
89