31635-Texto Do Artigo-84814-1-10-20170131
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RESUMO
INTRODUÇÃO
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Universidade Estadual do Paraná
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material e suas contribuições para o desenvolvimento cognitivo dos educandos, no
processo de aprendizagem. Uma vez que, durante o processo de desenvolvimento
infantil até o inicio da vida escolar, ocorre a ampliação de alguns processos psíquicos já
em desenvolvimento, processos esses indispensáveis para que ocorra a aprendizagem.
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aceitação fundamentavam-se no cumprimento de tarefas de ordem prática [...]” (CASCAVEL,
2005, p. 368).
Podemos assim considerar, que a Matemática nos primórdios foi uma atividade
humana sobre a natureza tendo em vista, a alteração desta realidade por meio de seu
trabalho.
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Os meios de trabalho se ampliavam, e cada vez mais se expandia a utilização do
cálculo de grandes quantidades, os quais eram realizados utilizando-se de um sistema de
numeração que possibilitava cálculos empregando-se algarismos que elevavam até 10
vezes o valor inicial do cálculo realizado. Esse cálculo se tornava difícil se fosse
realizado apenas no papel, era necessário um meio no qual se pudessem calcular
grandes quantidades de forma rápida. O homem passou então a utilizar o Ábaco, sendo
esse considerado uma das primeiras máquinas de calcular dentro do sistema de
numeração indo-arábico.
Porém, em cada pino não pode haver mais de nove argolas, já que a cada dez
argolas se tem um agrupamento, desse modo a cada dez argolas no pino da unidade
temos uma dezena, a cada dez dezenas temos uma centena e a cada dez centenas temos
uma unidade de milhar, e assim por diante.
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O Ábaco como um material sensorial, ou de manipulação, possibilita aos
educandos realizar operações matemáticas ainda não abstraídas, auxiliando assim na
compreensão do processo que resulta em determinada operação. Assim como afirma
Kalmykova (1991):
Porém, como alerta essa autora esses materiais sensoriais devem ser dosados
durante a utilização em sala de aula, uma vez que eles podem atrapalhar o
desenvolvimento da capacidade de generalização, retendo-o apenas ao processo de
abstração.
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operar com objetos (materiais concretos) apenas, mas, sim operar com signos. Suas
operações de ordenação realizadas com os objetos, agora são transcritas para o papel
sendo fundamental nesse processo a atuação da mediação. Esse processo transitório,
porém se caracteriza como conflituoso segundo pontua o autor:
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primeira infância, caracterizado pelo sincretismo, ou seja, pela confusão de
informações. A criança nesse estágio encontra-se rodeada de informações e de objetos
que se apresentam para ela de forma desordenada, por não haver ainda nenhum aspecto
que lhe permita generalizar as informações, necessitando do adulto na organização e
conceituação dessas informações.
Em um momento posterior, para além dos 3 anos, ainda imersa nessa confusão
de imagens e informações, a criança, caracterizada como pré-escolar, começa a ordenar
objetos, atuando por um pensamento complexo, ou seja, ela avançou do estágio caótico
de percepção da realidade no qual se encontrava, conseguindo agora estabelecer uma
relação entre os objetos por sua experiência direta; não sendo essa relação entre os
objetos as reais identidades que eles apresentam. Inicia-se nesse ponto a organização da
capacidade de generalização ainda que em carácter elementar já que, seu pensamento
ainda se conduz por uma via prática.
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Nesse momento em que a criança ainda atua diferenciando os objetos por um
pseudoconceito, porém, caminhando para a definição efetiva do conceito, ela adentra a
escola, sendo a utilização de materiais sensoriais e as intervenções do professor
fundamentais para a concretização (desenvolvimento) desse processo. Como afirma o
autor: “[...] o material sensorial e a palavra são partes indispensáveis do processo de
formação dos conceitos e a palavra, dissociada desse material, transfere todo o processo
de definição do conceito para um plano puramente verbal que não é próprio da criança”
(VYGOTSKY, 2009 p.152).
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transformação recíproca entre sujeito e objeto; um caminho com alternativas, com
equilibrações que nos aproximam progressivamente do objeto a conhecer” (p. 11). A
temática da oficina foi o “Ensino de Matemática nos anos Iniciais do Ensino
Fundamental I”, e teve como enfoque metodologias de trabalho com a Matemática por
meio de jogos pedagógicos ou mesmo de materiais sensoriais, com vistas a discutir a
importância dos mesmos no desenvolvimento intelectual dos educandos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O ensino da Matemática está relacionado à aquisição de conceitos e ao
desenvolvimento de funções psíquicas superiores, que auxiliam a compreensão e
assimilação dos conceitos apresentados na disciplina. Assim, no ensino da Matemática
deve- se utilizar recursos que auxiliem nesse processo de aquisição de conceitos, sendo
para isso fundamental que os futuros profissionais da Educação tenham contato com
essas metodologias, tendo em vista o desenvolvimento cognitivo de seus educandos.
REFERÊNCIAS
VIEIRA, E.; VOLQUIND, L.. Oficinas de ensino: O quê? Por quê? Como? 4. ed. Porto
Alegre: EdiPUCRS, 2002.
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