Lei Complementar 00111 Institui o Plano Diretor PDF
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ESTADO DO PARANÁ
CNPJ 95.594.776/0001-93
Avenida do Rosário, 228 Fone 0xx45-288.1144 CEP 85795-000 Santa Lúcia – Pr.
TÍTULO I
DA FUNDAMENTAÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1°. Esta Lei institui o Plano Diretor Municipal de Santa Lúcia, com fundamentos na
Constituição Federal, Constituição do Estado do Paraná, no Estatuto da Cidade – Lei
Federal 10.257/01, bem como na Lei Orgânica do Município e, atendidos dispositivos da Lei
Estadual 15.229/06.
Parágrafo Único. Ficam estabelecidas as Normas, os Princípios e as Diretrizes para a
implantação do Plano Diretor Municipal em conformidade com as Legislações Federais,
Estaduais e Municipais vigentes.
Art. 2°. O Plano Diretor Municipal de Santa Lúcia, nos termos desta Lei, aplica-se em toda a
sua extensão territorial, e definirá:
I - a função social da cidade e da propriedade;
II - as estratégias de desenvolvimento municipal, configuradas pelos eixos, diretrizes e
ações prioritárias de desenvolvimento municipal;
III - o processo de planejamento, acompanhamento e de futura revisão do Plano Diretor;
IV - o traçado do perímetro urbano;
V - o uso e ocupação do solo urbano e municipal;
VI - o disciplinamento do parcelamento e implantação de loteamentos;
VII - a hierarquização das vias, classificação e questões de mobilidade urbana;
VIII - a formulação do código de obras e revisão do código de posturas municipais.
IX – a formulação dos instrumentos: compulsórios do aproveitamento do solo urbano;
consórcio imobiliário; direito de preempção; outorga onerosa do direito de construir e
transferência do direito de construir;
Art. 3°. As políticas, diretrizes, normas, planos, programas, orçamentos anuais e plurianuais
deverão atender ao estabelecido nesta Lei, e nas Leis complementares que integram o
Plano Diretor Municipal de Santa Lúcia.
CAPÍTULO II
DOS CONCEITOS GERAIS
Seção I
Dos Princípios
Art. 5°. O Plano Diretor Municipal de Santa Lúcia tem por princípios:
I. A justiça social e a redução das desigualdades sociais e regionais;
II. A gestão democrática, participativa e descentralizada, ou seja, a participação de
diversos setores da sociedade civil e do governo, como: técnicos da administração
municipal e de órgãos públicos, estaduais e federais, movimentos populares,
representantes de associações comunitárias e de entidades da sociedade civil, além
de empresários de vários setores da produção;
III. O direito universal à cidade, compreendendo à terra urbana, à moradia digna, ao
saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos,
ao trabalho, à cultura e ao lazer;
IV. A preservação e recuperação do ambiente natural e construído;
V. O enriquecimento cultural da cidade pela diversificação, atratividade e
competitividade;
VI. A garantia da qualidade ambiental, em especial as minas d’água, córregos e rios,
bem como os rios que formam a Bacia Hidrográfica do Baixo Iguaçu e que interferem
na qualidade d’água podendo atingir as Cataratas do Iguaçu na foz deste mesmo rio;
VII. O fortalecimento da regulação pública e o controle sobre o uso e ocupação do
espaço da cidade; e
VIII. A integração horizontal entre os órgãos da Prefeitura, promovendo a atuação
coordenada no desenvolvimento e aplicação das estratégias e metas do Plano,
consubstanciadas em suas políticas, programas e projetos.
Seção II
Dos Objetivos
Art. 6°. O objetivo principal do Plano Diretor Municipal de Santa Lúcia consiste em
disciplinar o desenvolvimento municipal, garantindo qualidade de vida à população, bem
como preservando e conservando os recursos naturais locais.
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Art. 7°. São objetivos específicos do Plano Diretor Municipal de Santa Lúcia:
I - ordenar o crescimento urbano do Município, em seus aspectos fisico-ambiental,
econômico, social, cultural e administrativo, dentre outros;
II - promover o máximo aproveitamento dos recursos administrativos, financeiros, naturais,
culturais e comunitários do Município;
III - ordenar o uso e ocupação do solo, em consonância com a função socioeconômica da
propriedade;
IV - promover a regularização fundiária nas áreas ocupadas clandestinamente cujas as
habitações se encontram em estado precário e de risco para os moradores e para a
sociedade;
V - implementar a urbanização específica em áreas rurais, voltada à agricultura familiar;
VI - promover o desenvolvimento rural e do setor secundário e terciário de Santa Lúcia;
VII - promover a instalação de agroindústrias no município;
VIII - promover a equilibrada e justa distribuição espacial da infra-estrutura urbana e dos
serviços públicos essenciais, visando:
a) garantir a plena oferta dos serviços de abastecimento de água potável em toda a área
urbanizada do Município;
b) prever um sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário em toda a área urbanizada
do Município;
c) prever a destinação adequada para os resíduos sólidos urbanos;
d) assegurar a qualidade e a regularidade da oferta dos serviços de infra-estrutura de
interesse público, acompanhando e atendendo ao aumento da demanda;
e) promover melhorias na malha viária urbana, como pavimentação, utilizando matéria-prima
local, e sinalização;
f) promover, em conjunto com as concessionárias de serviços de interesse público, a
universalização da oferta dos serviços de energia elétrica, iluminação pública,
telecomunicações, água e esgoto;
g) promover, em conjunto com as empresas de serviço de atendimento ao transporte escolar
a universalização da oferta dos serviços e melhoria do serviço de transporte urbano para a
sociedade local;
IX - intensificar o uso das regiões bem servidas de infra-estrutura e equipamentos para
otimizar o seu aproveitamento;
X - direcionar o crescimento da cidade para áreas propícias à urbanização, evitando
problemas ambientais, sociais e de trânsito;
XI - compatibilizar o uso dos recursos naturais e cultivados, além da oferta de serviços, com
o crescimento urbano, de forma a controlar o uso e ocupação do solo;
XII – fomentar a descentralização dos serviços públicos, buscando atender de maneira
igualitária toda população local de Santa Lúcia;
XIII - proteger o meio ambiente de qualquer forma de degradação ambiental, mantendo a
qualidade da vida urbana e rural, com as finalidades de:
a) consolidar e atualizar as ações municipais para a gestão ambiental, em consonância com
as legislações estaduais e federais;
b) promover a preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente
natural, em harmonia com o desenvolvimento social e econômico do Município;
c) manter, recuperar e conservar as matas ciliares;
d) preservar as margens dos rios, fauna e reservas florestais do território municipal, evitando
a ocupação na área rural, dos locais com declividade acima de 30%, das áreas sujeitas à
inundação e dos fundos de vale;
e) contribuir para a redução dos níveis de poluição e degradação ambiental e paisagística;
f) recuperar áreas degradadas;
g) aprimorar o serviço limpeza com a redução do volume de resíduo gerado no município, a
reciclagem do lixo, o tratamento e destino final dos resíduos sólidos.
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Seção III
Da Função Social da Cidade
Art. 8°. A função social da cidade de Santa Lúcia se dará pelo pleno exercício de todos os
direitos à cidade, entendido este como direito à terra; aos meios de subsistência; ao
trabalho; à saúde; à educação; à cultura; à moradia; à proteção social; à segurança; ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado; ao saneamento; ao transporte público; ao lazer; à
informação; e demais direitos assegurados pela legislação vigente.
Art. 10. O não cumprimento do disposto no artigo anterior, por ação ou omissão, configura
lesão a função social da cidade, sem prejuízo do disposto na Lei federal nº 10.257/2001,
bem como do disposto na Constituição Federal, art. 182, § 2º e 186.
Seção IV
Da Função Social da Propriedade
Art. 11. A propriedade urbana, pública ou privada, cumpre sua função social quando atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos no Plano Diretor
Municipal de Santa Lúcia, e nas leis integrantes a este, no mínimo, aos seguintes requisitos:
I - atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social,
ao acesso universal aos direitos fundamentais individuais e sociais e ao desenvolvimento
econômico e social;
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Art. 12. A propriedade rural cumprirá sua função social quando houver a correta utilização
econômica da terra e a sua justa distribuição, de modo a atender o bem estar social da
coletividade, mediante a produtividade e a promoção da justiça social, tendo em vista:
I - o aproveitamento racional e adequado do solo;
II - a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente;
III - a observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - a exploração que favoreça o bem estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Art. 13. A consecução dos objetivos do Plano Diretor Municipal de Santa Lúcia dar-se-á com
base na implementação de políticas integradas, visando ordenar a expansão e o
desenvolvimento do Município, permitindo o seu crescimento planejado e ambientalmente
sustentável, com melhoria da qualidade de vida.
Art. 15. As diretrizes estabelecidas nesta lei deverão ser observadas de forma integral e
simultânea pelo Poder Público, visando garantir a sustentabilidade do Município.
TÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO URBANO, RURAL E AMBIENTAL
CAPÍTULO I
DA DINÂMICA ECONÔMICA
Seção I
DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES GERAIS
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Art. 17. São diretrizes gerais para o desenvolvimento econômico em Santa Lúcia:
I – promover o fortalecimento, a dinamização e a diversificação da economia local,
priorizando a oferta de emprego e a geração de renda para a população, obedecendo às
exigências legais de conservação e proteção ambiental;
II – potencializar os benefícios das atividades agrícolas, comerciais, industriais,
agroindustriais e turísticas otimizando o uso dos recursos naturais e minimizando os
impactos ambientais no território urbano e rural;
III – fomentar investimentos autônomos e identificar outras vocações econômicas.
IV – estimular a organização da produção local e à diversificação dos setores produtivos;
V – incentivar as parcerias e as ações cooperativas e associadas entre agentes públicos e
privados do setor produtivo, bem como os consórcios intermunicipais;
VI – promover a integração dos órgãos e entidades municipais com os órgãos estaduais e
federais de apoio às atividades produtivas e culturais para o desenvolvimento regional;
VII – articular a dinamização da economia regional com os municípios vizinhos;
VIII – integrar projetos e programas municipais com ações federais e estaduais direcionadas
a produção local;
IX - fomentar a instalação de agroindústrias e ou agricultura familiar, no município e agregar
valor aos produtos locais;
X - ampliar as alternativas de cultura no município e incentivo a agricultura familiar;
XI - proporcionar apoio ao produtor rural buscando melhorar suas condições de vida e
reduzir o êxodo rural;
XII - manter a rede de estradas municipais em boas condições de trafegabilidade tanto para
locomoção da população, quanto para escoamento da produção;
XIII - estruturar a patrulha mecanizada (com o intuito de promover melhorias rural).
Seção II
DA POLÍTICA E GESTÃO
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
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Subseção II
DAS MICROS, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DE PRODUÇÃO LOCAL
Art. 21. São medidas específicas de estímulo ao desenvolvimento das micros, pequenas e
médias empresas de produção local:
I – apoiar a captação do micro-crédito para produção econômica;
II – firmar parcerias do setor público e privado com as entidades de assessoramento de
micros, pequenas e médias atividades produtivas para capacitação e qualificação da mão-
de-obra local;
III – elaborar ou ativar programas e projetos de apoio às atividades produtivas de pequeno e
médio porte, acompanhando a tramitação com agentes financiadores;
IV – viabilizar a formação de cooperativas de pequenos produtores locais.
Subseção III
DO SETOR INDUSTRIAL
Art. 22. O Município de Santa Lúcia deve adotar como medida específica a elaboração de
um plano de desenvolvimento agroindustrial para o desenvolvimento industrial.
Subseção IV
DO SETOR AGRÍCOLA
Subseção V
DOS PROGRAMAS
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Seção III
DO TURISMO
CAPÍTULO II
DO MEIO AMBIENTE SUSTENTÁVEL
Art. 27. A organização do território municipal deve ser disciplinada na forma de sistema
ambiental de modo a assegurar o equilíbrio ambiental e contribuir para o desenvolvimento
sustentável.
Seção I
DO SISTEMA AMBIENTAL MUNICIPAL, OBJETIVOS E DIRETRIZES
Art. 28. O sistema ambiental no Município deve ser articulado com as políticas públicas de
gestão e proteção ambiental, de saneamento básico, recursos hídricos, coleta e destinação
de resíduos sólidos, áreas verdes e drenagem urbana.
Art. 29. O poder público, a iniciativa privada e organizações sociais de Santa Lúcia
promoverão um ambiente sustentável no município através das seguintes diretrizes:
I – implementar as diretrizes contidas na Política Nacional de Meio Ambiente, Política
Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional de Saneamento, Plano Nacional de
Recursos Hídricos, Lei Orgânica do Município e demais legislações ambientais aplicáveis,
no que couber;
II – Desenvolver ações integradas de Política Ambiental no município;
III– conservar e proteger os recursos naturais e o cenário ambiental;
IV - proteger e preservar as matas ciliares municipais;
V - conservar as matas e bosques existentes no território municipal;
VI - incentivar a criação de Reservas Particulares de Patrimônio Natural e Parques Urbanos;
VII – promover a gestão dos resíduos municipais;
VIII - intensificar os Programas de Educação Ambiental;
IX - prevenir e controlar a poluição e a degradação ambiental em quaisquer de suas formas;
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Art. 33. São elementos referenciais para o patrimônio natural do Município de Santa Lúcia:
I – as margens dos rios;
II – os rios do município que compõem a Bacia Hidrográfica do Baixo Iguaçu;
III – as reservas subterrâneas de água;
IV – os remanescentes de floresta e Mata nativa;
V – as áreas com altas declividades.
Art. 34. São elementos referenciais para o patrimônio cultural de Santa Lúcia os bens
materiais, históricos, culturais e o meio ambiente do Município.
Art. 36. Todo projeto e empreendimento público ou privado a ser implantado no Município
devem obedecer às disposições e aos parâmetros urbanísticos e ambientais estabelecidos
na legislação municipal.
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Seção II
DO PATRIMÔNIO NATURAL
Subseção I
DAS DIRETRIZES
Art. 37. Constituem-se diretrizes para a gestão do patrimônio natural do Município de Santa
Lúcia:
Art. 38. São diretrizes de gestão do Patrimônio Natural do Município de Santa Lúcia:
Art. 39. São diretrizes para o desenvolvimento institucional de apoio aos assuntos
relacionados à questão ambiental:
I – estruturar os órgãos municipais de planejamento, fiscalização, controle, monitoramento e
educação ambiental;
II – formular, implementar e integrar planos e projetos ambientais para o gerenciamento,
proteção e conservação dos recursos naturais;
III – articular ações ambientais municipais com a sociedade civil, órgãos e entidades
responsáveis pela conservação e proteção ambiental;
IV – apoiar a elaboração, implementação e monitoramento de Planos de Manejo.
Seção III
DO SANEAMENTO AMBIENTAL
Subseção I
DO SANEAMENTO BÁSICO
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Art. 41. São diretrizes gerais para a gestão do saneamento no Município de Santa Lúcia:
Art. 43. Como medida específica para a gestão do sistema de abastecimento de água o
Município deve adotar, sempre que possível, sistemas mistos de captação de águas
superficiais e subterrâneas para equilibrar as ofertas e buscar a universalização do acesso
ao uso da água.
Art. 44. São diretrizes específicas para a gestão do sistema de esgotamento sanitário:
Subseção II
DA DRENAGEM URBANA
Art. 45. São objetivos para a gestão a implantação do sistema de drenagem urbana:
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I – definir mecanismos para usos do solo compatíveis com áreas de interesse para
drenagem, principalmente: hortas comunitárias, áreas de vegetação nativa e áreas de
recreação e lazer;
II – implementar a fiscalização do solo nas faixas sanitárias e fundos de vale;
III – desenvolver projetos de drenagem adequados a paisagem urbana, ao uso e a
mobilidade de pedestres e portadores de deficiência física;
IV – assegurar a implantação de medidas de controle de erosão, principalmente quando
relacionadas às ações de despejo de resíduos, desmatamento e ocupações irregulares;
V – exigir estudos para implantação de empreendimentos de médio e grande porte relativos
à permeabilidade e absorção de águas pluviais no solo.
Subseção III
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Art. 48. São diretrizes específicas para a gestão dos resíduos sólidos:
Subseção IV
DA ENERGIA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA
Art. 49. O serviço de energia e iluminação pública tem o objetivo de promover o conforto e a
segurança à população, através da distribuição adequada e da iluminação das vias,
calçadas e logradouros públicos.
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Subseção V
RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO III
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO CONTROLADO
Art. 53. O ordenamento do uso e ocupação do solo no Município de Santa Lúcia tem por
objetivos:
I – estabelecer diretrizes e critérios de ocupação e utilização do solo no cumprimento da
função social da Cidade e da propriedade;
II – ordenar o crescimento do Município visando prevenir e minimizar os impactos
ambientais;
III – qualificar o meio urbano por meio da urbanização adequada;
IV – subsidiar a gestão pública na previsão de ocupação do solo urbano e controle de
densidades demográficas;
V – compatibilizar usos e atividades setoriais para favorecer a eficiência do sistema
produtivo;
VI – ordenar a infra-estrutura dos serviços.
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Seção I
DA DIVISÃO TERRITORIAL
Subseção I
Do Macrozoneamento Municipal
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MEIS;
6- Macrozona de Expansão Urbana – MEU;
7- Macrozona Industrial – MI;
8- Macrozona de Fragilidade Urbana Ambiental
Subzona de Proteção Permanente
– SPP;
Subzona de Uso Restrito e
Controlado – SURC
Subseção II
DA ÁREA RURAL
Art. 57. São diretrizes específicas para o uso e a ocupação do solo na área rural:
I – compatibilizar o uso e a ocupação rural com a proteção ambiental, especialmente quanto
à preservação das áreas de mananciais destinadas à captação para abastecimento de
água;
II – estimular as atividades agropecuárias que favoreçam a fixação do trabalhador rural no
campo;
III – atualizar as informações relacionadas à área rural.
Parágrafo Único. A implementação das diretrizes da área rural deverá ocorrer mediante a
elaboração de normas legais específicas para o uso e a ocupação da área rural e através da
identificação e delimitação das áreas de mananciais para promover a sustentabilidade
ambiental.
Subseção III
DA ÁREA URBANA
Art. 58. São diretrizes específicas para o uso e a ocupação do solo na Área Urbana:
I – adequar à legislação urbanística às especificidades locais;
II – controlar o adensamento nos loteamentos onde o potencial de infra-estrutura urbana é
insuficiente;
III – restringir à ocupação nas áreas de mananciais, de captação de água para
abastecimento da cidade e de recarga dos aqüíferos;
IV – controlar a ocupação nas áreas não servidas por redes de abastecimento de água e
esgotamento sanitário evitando a alta densidade populacional;
V – compatibilizar o adensamento ao potencial de infra-estrutura urbana e aos
condicionantes ambientais;
VI – desenvolver um sistema eficiente de acompanhamento da dinâmica urbana.
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Art. 60. São diretrizes específicas para a implantação da infra-estrutura da área urbana em
áreas de intensa ocupação:
I – Oferecer melhores condições de habitação para a parcela mais carente da população de
Santa Lúcia;
II – Minimizar os impactos negativos no patrimônio ambiental causados pelas deficiências de
saneamento básico.
Subseção IV
DAS ÁREAS DE INTERESSE AMBIENTAL E PAISAGÍSTICO
Art. 62. As Áreas de Interesse Ambiental e Paisagístico que estão dentro do perímetro
urbano são áreas especiais para a conservação ambiental julgadas de interesse municipal,
devido à sua importância para o equilíbrio ecológico local.
Art. 64. Para ampliar as oportunidades de utilização das áreas públicas e para qualificar o
espaço público urbano são diretrizes específicas:
I – recuperar espaços públicos para uso coletivo de lazer como o caso da praça central
Aldino Dalben, adequá-la para receber a academia ao ar livre da terceira idade e a Avenida
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CAPITULO IV
DA POLÍTICA HABITACIONAL
Seção I
DAS DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS HABITACIONAIS
Art. 65. A Política Habitacional do Município de Santa Lúcia deve estabelecer diretrizes e
estratégias de ação para assegurar o direito à moradia, diminuir o déficit e impedir as
ocupações irregulares.
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Parágrafo único: Como melhoria das moradias entende-se projetos e programas que
intervenham em situações habitacionais precárias para garantir condições dignas de
habitabilidade.
Seção II
DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Art. 71. Habitação de interesse social deve ser definida como aquela necessariamente
induzida pelo poder público, destinada sobretudo a faixas de baixa renda que são objeto de
ações inclusivas, notadamente as faixas até 3 salários mínimos.
Art. 72. É considerada moradia precária a ocupação urbana que apresente pelo menos uma
das seguintes características:
Art. 73. São objetivos da Habitação de Interesse Social no Município de Santa Lúcia:
I – melhorar a qualidade de vida da população e favorecer a inclusão social;
II – reduzir as conseqüências migratórias das populações pobres da zona rural;
III – ampliar a oferta de Habitação de Interesse Social por meio de financiamentos de longo
prazo;
IV – melhorar a infra-estrutura urbana e comunitária por meio do incentivo às atividades de
geração de renda para a população removida das ocupações precárias;
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Seção III
DOS PROGRAMAS HABITACIONAIS
CAPÍTULO V
DA
MOBILIDADE
Seção I
DO SISTEMA MUNICIPAL DE MOBILIDADE,
OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS
Art. 76. O Município de Santa Lúcia deve ser disciplinado para adequar a espacialidade
urbana e assegurar a mobilidade.
Parágrafo Único. Por mobilidade compreende-se o direito de todos os cidadãos ao acesso
aos espaços públicos em geral, aos locais de trabalho, aos equipamentos e serviços sociais,
culturais e de lazer através dos meios de transporte urbano, individuais e dos veículos não
motorizados, de forma segura, eficiente, socialmente inclusiva e ambientalmente
sustentável.
Art. 77. O Município de Santa Lúcia deve criar o Sistema Municipal de Mobilidade.
Parágrafo Único. São componentes do Sistema Municipal de Mobilidade:
I – infra-estrutura física;
II – modalidade de transporte;
III – sistema institucional da mobilidade;
IV – Plano de Transportes Urbanos.
Art. 79. São diretrizes gerais para implantação da mobilidade no Município de Santa Lúcia:
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Seção II
DA INFRA-ESTRUTURA FÍSICA DO
SISTEMA MUNICIPAL DE MOBILIDADE
Subseção I
DOS COMPONENTES DA INFRA-ESTRUTURA FÍSICA
Art. 80. São diretrizes específicas para a infra-estrutura física do sistema viário urbano:
I – hierarquizar, adequar e ampliar o sistema viário urbano para permitir uma melhor
eficiência das funções urbanas e maior articulação entre os loteamentos do Município;
II – aplicar instrumentos da política urbana, especialmente a operação urbana consorciada,
para obter retorno do investimento público na abertura, melhoramento ou prolongamento de
vias que valorizem áreas particulares;
Parágrafo Único. A implementação das diretrizes específicas para a infra-estrutura física do
sistema viário urbano será feita mediante a definição das larguras mínimas das faixas de
rolamento do sistema viário e das calçadas, de acordo com a hierarquização prevista para o
Município.
Subseção II
DO SISTEMA VIÁRIO URBANO
Art. 81. O Município deve realizar estudos para implantar o sistema viário.
Art. 82. Devem ser contempladas na legislação urbanística as medidas relativas à infra-
estrutura física do sistema viário urbano.
Subseção III
DO SISTEMA DE TRANSPORTE
Art. 83. São diretrizes específicas para a infra-estrutura física do sistema de transporte do
Município de Santa Lúcia:
I - garantir meios de locomoção à população.
II – Estimular o uso de bicicletas como meio de transporte regular e criar um sistema
cicloviário;
III – Implantar e diversificar os meios de transporte coletivo de passageiros.
TÍTULO III
DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E QUALIDADE DE VIDA
CAPÍTULO I
DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E QUALIDADE DE VIDA
Art. 84. O Poder Público Municipal deve priorizar o combate as desigualdades sociais, por
meio de políticas públicas que promovam a melhoria da qualidade de vida da população,
atendendo as necessidades básicas, assegurando o acesso aos bens e serviços sócio-
culturais e urbanos.
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Art. 85. Todas as ações do Poder Público devem garantir a transversalidade das políticas de
gênero e raça, e serem destinadas às pessoas portadoras de deficiências, crianças, jovens
e idosos.
Seção I
DO TRABALHO, EMPREGO E RENDA
Seção II
DA EDUCAÇÃO
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Seção III
DA POLÍTICA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE
Seção IV
DA CULTURA
Art. 92. A formação cultural deve contribuir para a construção da cidadania cultural no
Município de Santa Lúcia.
Seção V
DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Art. 93. São objetivos da gestão do patrimônio cultural do Município de Santa Lúcia:
I – Fortalecer a identidade e diversidade cultural no Município pela valorização do seu
patrimônio cultural, incluindo os bens históricos, os costumes e as tradições locais;
II – Considerar a relevância do patrimônio cultural do Município como instância
humanizadora e de inclusão social;
III – Integrar as políticas de desenvolvimento do turismo rural e de valorização da cultural
local, gerando trabalho e renda para a população;
IV – reestruturar o calendário de eventos e festas tradicionais do município, otimizando os
equipamentos para evento durante o ano todo.
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TÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS EM GERAL
CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
Art. 96. Para os fins deste Plano Diretor, deverão ser utilizados, dentre outros julgados
pertinentes, os seguintes instrumentos de planejamento, sem prejuízo de outros:
I - Plano Plurianual;
II - Diretrizes Orçamentárias e Orçamento Anual.
Seção I
Do Plano Plurianual
Art. 98. O Poder Executivo, por meio de suas Secretarias e Conselhos Municipais, deverá
atender as seguintes diretrizes:
I - deverão ser compatibilizadas as atividades do planejamento municipal com as diretrizes
do Plano Diretor e com a execução orçamentária, anual e Plurianual;
II - o Plano Plurianual deverá ter abrangência de todo o território e sobre todas as matérias
de competência municipal.
Seção II
Das Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual
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CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANO E AMBIENTAL
Seção I
DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
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Art. 105. Os documentos integrantes do EIV que ficarão disponíveis para consulta por
qualquer interessado, no órgão competente do Poder Público municipal responsável pela
liberação da licença ou autorização de construção, ampliação ou funcionamento.
Parágrafo Único. O órgão público responsável pelo exame do Relatório de Impacto de
Vizinhança – RIV submeterá o resultado de sua análise à deliberação do órgão de
planejamento urbano do município.
Seção II
DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS JURÍDICOS E URBANÍSTICOS
Art. 108. Para os fins de atender na sua plenitude as questões urbanísticas do Plano Diretor
Municipal, poderão ser utilizados, se estabelecido necessário pelo Conselho de
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Art. 109. Fica estabelecido que os instrumentos a seguir sejam adotados quando
necessário, no Município, devendo ser regulamentados por lei específica:
I. Compulsoriedade do Aproveitamento do Solo Urbano;
II. Consórcio Imobiliário;
III. Direito de Preempção;
IV. Outorga Onerosa do Direito de Construir;
V. Transferência do Direito de Construir.
Seção I
Da Compulsoriedade do Aproveitamento do Solo Urbano
Art. 110. O aproveitamento compulsório do solo urbano será aplicado à propriedade urbana
que não estiver cumprindo com sua função social instituída no Art. 5o da Lei Federal
10.257/2001 (Estatuto da Cidade), bem como Constituição Federal, art. 182, § 4º, assim
entendida como aquele lote urbano que:
I. estiver integralmente vazio ou estiver ocupado com coeficiente de aproveitamento inferior
a 10% do coeficiente básico definido para a respectiva zona, conforme Anexo V - Quadro II,
da Lei do Uso e Ocupação do Solo Urbano;
II. estiver, mesmo edificado, abandonado há mais cinco anos, sem que tenha havido nesse
período tentativa de venda, locação, cessão ou outra forma de dar uso social à propriedade.
Art. 111. Nas áreas de estruturação urbana e delimitadas na Lei dos Perímetros Urbanos,
poderá ser exigido, através de lei específica do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado que promova o seu adequado aproveitamento mediante
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.
§ 1o. Considera-se solo urbano não edificado terrenos e lotes urbanos privados com área
igual ou superior a 450m² (quatrocentos e cinquenta metros quadrados) cujo coeficiente de
aproveitamento do terreno verificado seja igual a zero, desde que seja legalmente possível a
edificação, pelo menos para uso habitacional.
§ 2o. Considera-se solo urbano subutilizado terrenos e lotes urbanos privados com área
igual ou superior a 450m² (quatrocentos e cinquenta metros quadrados), onde o coeficiente
de aproveitamento de terreno não atingir o mínimo definido, excetuando:
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Art. 112. Lei municipal específica estabelecerá onde será aplicado o dispositivo de
compulsoriedade de aproveitamento do solo urbano no Município Santa Lúcia, em respeito à
Constituição Federal, à Lei Orgânica Municipal e à Lei Federal 10.257/2001 (Estatuto da
Cidade), bem como disporá sobre formas, prazos e mecanismos para exercê-la.
Seção II
DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO
Seção III
DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOS
Seção IV
Do Consórcio Imobiliário
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Art. 118. O instrumento de Consórcio Imobiliário poderá ser aplicado em área dentro do
perímetro urbano em operações destinadas a:
I - Proporcionar lotes para realocação de população residente em áreas de risco;
II - Proporcionar lotes para habitação de interesse social;
III - Proporcionar área para implantação de equipamentos comunitários ou área de lazer;
IV - Assegurar a preservação de áreas verdes significativas.
V – Melhorar a infraestrutura urbana local
Seção V
Do Direito de Preempção
Art. 119. Fica assegurada a preferência para aquisição de imóvel urbano localizado em
áreas delimitadas pelo Poder Público Municipal, através de lei específica, objeto de
alienação onerosa entre particulares, quando ocorrer uma ou mais das seguintes
finalidades:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária para promoção de projetos de habitação de interesse
social;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V- implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental e paisagístico;
VIII – proteção de áreas de interesse cultural ou paisagístico.
IX - desenvolvimento de atividades de ocupação produtiva para geração de trabalho e renda
para faixas da população incluídas em programas habitacionais.
Parágrafo Único. Os imóveis colocados à venda nas áreas de incidência do direito de
preempção devem ser previamente oferecidos ao Município.
Art. 120. Lei Municipal específica estabelecerá os procedimentos bem como delimitará as
áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará prazo de vigência, não superior a
cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
Art. 121. O Poder Executivo Municipal deverá notificar o proprietário do imóvel localizado
em área delimitada para o exercício do direito de preempção, dentro do prazo de até um 01
(ano), contados a partir da vigência da lei que estabeleceu a preferência do Município diante
da alienação onerosa.
§ 1o. Na impossibilidade da notificação pessoal do proprietário do imóvel, esta será feita
através de publicação no órgão oficial de comunicação do Município.
§ 2o. O direito de preempção sobre os imóveis terá prazo de 05 (cinco) anos contados a
partir da notificação prevista no caput deste artigo.
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Seção VI
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir
Art. 123. Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC) é o instrumento que permite
construir acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a
ser prestada pelo beneficiário.
Art. 124. Para os efeitos desta lei, o coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área
edificável e a área do terreno.
Art. 125. As condições a serem observadas para a outorga onerosa do direito de construir e
de alteração de uso serão estabelecidas em Lei Municipal especifica, que determinará:
I. a área na qual será permitido construir acima do coeficiente de aproveitamento básico;
II. a fórmula de cálculo para a cobrança;
III. o coeficiente de aproveitamento básico;
IV. os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento;
V. os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
VI. a contrapartida do beneficiário.
§ 1o. Os imóveis incluídos em Zonas Especiais de Interesse Social estarão isentos da
cobrança de outorga onerosa do direito de construir.
§ 2o. O Ato do Poder Executivo Municipal regulamentará o procedimento administrativo para
aprovação da outorga onerosa do direito de construir.
Art 126. Os recursos auferidos com a adoção deste instrumento serão aplicados na:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária (aquisição de terrenos destinado à promoção de
habitação de interesse social);
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V- implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse cultural ou paisagístico;
IX – Melhoria da infra-estrutura urbana e do sistema viário prioritariamente nas áreas de
maior carência do município
Seção VII
Da Transferência do Direito de Construir
Art. 127. O proprietário de imóvel urbano, privado ou público, poderá exercer em outro local,
ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir, quando referido imóvel for
considerado necessário para fins de:
I – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II – preservação ambiental, quando o imóvel for considerado de interesse histórico,
ambiental, paisagístico, social ou cultural;
III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda e habitação de interesse social.
§ 1°. Na transferência do direito de construir será deduzida a área construída e utilizada no
imóvel previsto no caput deste artigo.
§ 2°. A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Município seu
imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput.
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§ 3°. Na hipótese prevista no § 2º. deste artigo será considerado, para fins da transferência,
todo o potencial construtivo incidente sobre o imóvel, independentemente de haver
edificação.
§ 4°. O proprietário receberá o certificado de potencial construtivo que poderá ser utilizado
diretamente por ele ou alienado a terceiros, parcial ou totalmente, mediante escritura
pública.
§ 5°. A transferência do direito de construir poderá ser instituída por ocasião do
parcelamento do solo para fins urbanos nas seguintes situações:
I – quando forem necessárias áreas públicas em quantidade superior às exigidas pela lei de
parcelamento do solo urbano;
II – quando forem necessárias áreas para implementação de programas de habitação de
interesse social.
CAPÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Art. 129. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, para regularização fundiária de
assentamentos precários e imóveis irregulares, o Poder Executivo Municipal poderá aplicar
os seguintes instrumentos:
I – concessão do direito real de uso;
II – concessão de uso especial para fins de moradia;
III – usucapião especial de imóvel urbano.
Art. 131. O Município poderá outorgar o título de concessão de uso especial para fins de
moradia àquele que possuir como seu, por 05 (cinco) anos, ininterruptamente e sem
oposição, imóvel público municipal localizado na Área Urbana e com área inferior ou igual a
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2
250m (duzentos e cinqüenta metros quadrados), desde que utilizado para moradia do
possuidor ou de sua família.
§ 1o. É vedada a concessão de que trata o caput deste artigo caso o possuidor:
I – seja proprietário ou possuidor de outro imóvel urbano ou rural em qualquer localidade;
II – tenha sido beneficiado pelo mesmo direito em qualquer tempo, mesmo que em relação à
imóvel público de qualquer entidade administrativa.
§ 2o. Para efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua de pleno direito, na posse de seu
antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
§ 3o. O Município poderá promover o desmembramento ou desdobramento da área
2
ocupada, de modo a formar um lote com, no máximo, área de 250m (duzentos e cinqüenta
metros quadrados), caso a ocupação preencha as demais condições para a concessão
prevista no caput deste artigo.
Art. 132. A concessão de uso especial para fins de moradia aos possuidores será conferida
de forma coletiva em relação aos imóveis públicos municipais situados na área urbana com
2
mais de 250m (duzentos e cinqüenta metros quadrados) que sejam ocupados por
população de baixa renda e utilizados para fins de moradia, por 05 (cinco) anos,
ininterruptamente e sem oposição, quando não for possível identificar os terrenos ocupados
por cada possuidor.
§ 1o. A concessão de Uso Especial para Fins de Moradia poderá ser solicitada de forma
individual ou coletiva.
§ 2o. Na concessão de uso especial de que trata este artigo, será atribuída igual fração ideal
de terreno a cada possuidor, independente da dimensão do terreno que cada um ocupe,
exceto quando houver acordo estrito entre os ocupantes, estabelecendo frações
diferenciadas.
2
§ 3o. A fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser superior a 125m (cento e
vinte cinco metros quadrados).
§ 4o. Devem ser respeitadas as atividades econômicas locais promovidas pelo próprio
morador, vinculadas à moradia, tais como:
I – pequenas atividades comerciais;
II – indústria doméstica;
III – artesanato;
IV – oficinas de serviços;
V – agricultura familiar.
§ 5o. O Município continuará com a posse e o domínio sobre as áreas destinadas a uso
comum do povo.
§ 6o. Os proprietários ou concessionários, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural
em qualquer localidade, não serão reconhecidos como possuidores, nos termos tratados
neste artigo.
Art. 133. O Município assegurará o exercício do direito de concessão de uso especial para
fins de moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou esse
direito, nas hipóteses da moradia estar localizada em área de risco cuja condição não possa
ser equacionada e resolvida por obras e outras intervenções.
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TÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO URBANA
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES GERAIS
Seção I
Das Audiências e Consultas Públicas
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Art. 138. As audiências Públicas serão promovidas pelo Poder Público para garantir a
gestão democrática da cidade, nos termos do Artigo 43 da Lei Federal nº 10.257/2001 –
Estatuto da Cidade.
Art. 140. Todos os documentos relativos ao tema da Audiência Pública serão colocados à
disposição de qualquer interessado para exame e extração de cópias, inclusive por meio
eletrônico, com antecedência mínima de quinze dias da data de realização da respectiva
Audiência Pública.
Seção II
Do Conselho de Desenvolvimento Urbano Rural
Art. 141. A Prefeitura Municipal deve criar o Conselho de Desenvolvimento Urbano Rural de
Santa Lúcia através de lei municipal e realizar a Conferência da Cidade que terá como
finalidade proporcionar um fórum de ampla discussão sobre a política de desenvolvimento
do Município e deve ocorrer:
I – ordinariamente de acordo com o regimento por ocasião da Conferência Nacional das
Cidades;
II – extraordinariamente, quando convocadas.
§ 1o. A Conferência das Cidades, deverá:
I – promover debates sobre matérias da política de desenvolvimento urbano, rural e
ambiental;
II – sugerir ao Poder Executivo Municipal adequações em objetivos, diretrizes, planos,
programas e projetos urbanos;
III – sugerir propostas de alterações do Plano Diretor Municipal e da legislação urbanística, a
serem consideradas quando de sua revisão.
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Art. 143. O Conselho de Desenvolvimento Urbano Rural deverá ser instituído em um prazo
máximo de 60 (sessenta) dias e seu Regimento Interno aprovado em 120 (cento e vinte)
dias, contados a partir da aprovação do Plano Diretor Municipal.
Art. 146. O mandato dos Conselheiros deverá ser de no máximo 2 (dois) anos, sendo
possível a reeleição, não coincidindo com o início ou término de gestões municipais.
Seção III
Do Sistema Municipal de Informações
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Art. 151. O Poder Executivo Municipal deve assegurara a ampla publicidade de todos os
documentos e informações produzidos no processo de elaboração, revisão,
aperfeiçoamento e implementação do Plano Diretor Municipal de Santa Lúcia.
Art. 152. Para garantir a gestão democrática, o Poder Executivo manterá atualizado,
permanentemente, o Sistema Municipal de Informações sócio-econômicas, financeiras,
patrimoniais, administrativas, ambientais e físico-territoriais, inclusive cartográficas, e outras
de relevante interesse para o município, de acordo com as seguintes diretrizes:
I - deverá ser assegurada sucinta e periódica divulgação dos dados do Sistema Municipal de
Informações, em especial aos Conselhos, às entidades representativas de participação
popular e às instâncias de participação e representação regional, por meio de publicação em
jornais da região, e posteriormente na futura página eletrônica da Prefeitura Municipal e
outros;
II - o Sistema Municipal de Informações deverá atender aos princípios da simplificação,
economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança, evitando-se a duplicação de meios
e instrumentos para fins idênticos;
III - o Sistema Municipal de Informações deverá ser estruturado e apresentado publicamente
no prazo máximo de 12 (doze) meses, contado a partir da aprovação deste Plano Diretor
Municipal;
IV - os agentes públicos e privados, em especial os concessionários de serviços públicos
que desenvolvem atividades no Município, deverão fornecer ao Executivo Municipal, no
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da estruturação do sistema, todos os
dados e informações que forem considerados necessários ao Sistema Municipal de
Informações;
V - estas determinações aplicam-se também às pessoas jurídicas ou autorizadas de
serviços públicos federais ou estaduais, mesmo quando submetidas ao regime de direito
privado;
VI - é assegurado, a qualquer interessado, o direito à ampla informação sobre os conteúdos
de documentos, informações, estudos, planos, programas, projetos, processos e atos
administrativos e contratos, ressalvadas as situações em que o sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.
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Art. 153. O Sistema de Informações de Santa Lúcia será organizado em três subsistemas:
I - subsistema de banco de dados;
II - subsistema de indicadores;
III - subsistema documental;
IV - subsistema de expectativas da sociedade.
Art. 154. O Subsistema de banco de dados deverá seguir, no mínimo, as seguintes ações:
I - levantamento, classificação e reagrupamento de bases de dados, existentes e demais
classes de informações para migração e armazenamento em banco de dados;
II - elaboração de base cartográfica digital, em escala que melhor convier à prefeitura
municipal
III - integração com o Cadastro Imobiliário, Planta Genérica de Valores e Setores Censitários
do IBGE;
IV - utilização de um gerenciador de banco de dados;
V - priorização da aquisição de uma coleção de imagens orbitais com resolução mínima de
0,7 m. ou escala 1:20.000;
VI - objetivar o cadastro único, multi-utilitário, que reunirá informações de natureza
imobiliária, tributária, judicial, patrimonial, ambiental e outras de interesse para a gestão
municipal.
Art. 156. O Subsistema Documental deverá registrar todos os documentos legais e outros
produtos elaborados em um sistema único, incluindo leis, decretos, portarias, planos,
programas, projetos e outros.
TÍTULO VI
DA GESTÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES GERAIS
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Art. 159. São diretrizes para o Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana:
I – ampliar a rede institucional pertinente ao planejamento e a gestão da política urbana para
promover a ampliação da articulação e a integração entre as áreas;
II – definir as competências específicas de cada órgão envolvido com a política urbana,
juntamente com as regras de integração da rede institucional, de modo a agilizar o processo
decisório;
III – elaborar leis municipais que facilitem os processos de regularização urbana e
possibilitem a melhoria da ação do poder público tanto nas atividades de planejamento
quanto nas de fiscalização e monitoramento;
IV – adequar à política tributária para tornar-se também um instrumento de ordenação do
espaço coerente com disposições do Plano Diretor;
V – fortalecer os meios de comunicação entre os órgãos inter-setoriais e inter-
governamentais, em concomitância com os municípios vizinhos;
VI – estabelecer parcerias com entidades e associações, públicas e privadas para a
execução de programas e projetos de interesse da política urbana;
VII – interagir com lideranças comunitárias;
VIII – otimizar os recursos técnicos, humanos e materiais disponíveis;
IX – sistematizar as informações para favorecer o planejamento e a gestão do
desenvolvimento urbano e ambiental.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
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a) planejamento urbano;
b) proteção do meio ambiente;
c) controle e convívio urbano;
d) habitação de interesse social;
e) saneamento ambiental;
f) transporte e tráfego;
g) obras e infra-estrutura urbana;
h) finanças municipais;
i) administração municipal;
j) Procuradoria do Município.
Seção II
DA INTEGRAÇÃO DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES MUNICIPAIS
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Art. 163. Cabe aos órgãos de administração direta e entidades da administração indireta
integrantes do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana:
I – dar apoio técnico interdisciplinar, na realização de estudos ou pareceres destinados a dar
suporte ao planejamento e à gestão urbana;
II – levantar dados e fornecer informações técnicas relacionadas à área de atuação
específica, destinadas a alimentar o sistema municipal de informação;
III – disponibilizar dirigentes e técnicos em grupos de trabalho responsáveis pela elaboração
e implementação de planos locais, programas e projetos de desenvolvimento urbano e
ambiental.
Art. 165. A Coordenação do Plano Diretor Municipal de Santa Lúcia poderá se articular com
representantes dos órgãos e entidades municipais responsáveis por:
I – planejamento urbano;
II – obras e infra-estrutura urbana;
III – habitação de interesse social;
IV – controle e convívio urbano;
V – saneamento ambiental;
VI – transporte e tráfego;
VII – patrimônio natural;
VIII – patrimônio cultural;
IX – finanças municipais;
X – administração municipal;
XI – Procuradoria do Município.
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Art. 166. Como forma de alcançar a concretização das diretrizes estabelecidas faz-se
necessária a readequação da estrutura administrativa e o estabelecimento de ações
objetivas para a gestão deste Plano Diretor Municipal, considerando as seguintes diretrizes:
I - o Executivo promoverá a adequação da sua estrutura administrativa, quando necessário,
para a incorporação das diretrizes e ações previstas na legislação, mediante a reformulação
das competências de seus órgãos da administração direta;
II - caberá ao Executivo garantir os recursos e procedimentos necessários para a formação
e manutenção dos quadros necessários no funcionalismo público para a implementação das
propostas definidas na legislação específica.
Art. 168. O poder público deverá promover a Gestão em Ações Internas através das
seguintes ações:
I - formalizar Assessoria de Planejamento e Coordenação de Relações Institucionais;
II - realizar inventário do cadastro patrimonial;
III - recuperar receitas próprias municipais;
IV - otimizar a aplicação de recursos da Prefeitura;
V - promover o mapeamento das competências dos servidores municipais;
VI - promover programa de capacitação dos servidores municipais;
VII - estruturar programa de benefícios aos servidores municipais;
VIII - tornar efetivo o sistema de avaliação de desempenho funcional;
IX - disseminar o Plano de Cargos e Salários aos servidores municipais;
X - criar o Conselho Municipal de Defesa do Consumidor e Contribuinte.
Art. 169. O poder público deverá promover a Gestão Democrática Permanente através das
seguintes ações:
I - promover Articulação com Atores Locais e de Outras Esferas;
II - ampliar a participação dos conselhos municipais na Gestão municipal.
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 170. O Presente Plano Diretor Municipal deverá ser revisto, pelo menos, a cada 10
(dez) anos ou sempre que fatos significativos o requeiram, de acordo com o Artigo 40, § 3°
da Lei Federal No 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade.
Art. 171. A descrição e os limites do perímetro urbano devem ser definidos e aprovada e
implantado por ato do Poder Executivo.
Parágrafo Único. Os limites serão definidos em conjunto, contudo a prefeitura municipal
será a responsável pela demarcação no local e pela implantação dos marcos, devendo
conter as coordenadas dos vértices definidores geo-referenciados ao Sistema Geodésico
Brasileiro.
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Art. 172. O projeto de lei da outorga onerosa do direito de construir deve ser enviado pelo
Poder Executivo Municipal à Câmara Municipal para implementação.
Art. 173. O procedimento administrativo para aplicação do direito de preempção deve ser
disciplinado em ato do Poder Executivo Municipal.
Art. 174. Deve ser criado o Conselho de Desenvolvimento Urbano Rural com os seguintes
objetivos:
I – acompanhar a implantação das ações e proposições do Plano Diretor Municipal;
II – apoiar a realização das Conferências das Cidades e principalmente analisar, discutir as
diretrizes e a gestão do Município de Santa Lúcia.
Art. 175. O Plano Diretor deverá ser revisado e atualizado no período máximo de 10 (dez)
anos, contados da data de sua publicação.
§ 1o. O Poder Executivo deve enviar à Câmara Municipal o respectivo projeto de lei e
assegurar a participação popular.
§ 2o. O disposto neste artigo não impede a propositura e aprovação de alterações durante o
prazo previsto neste artigo.
§ 3o. O Conselho de Desenvolvimento Urbano Rural de Santa Lúcia deve participar de toda
e qualquer revisão do Plano Diretor Municipal.
Art. 176. Fica assegurada a orientação das ações por parte do Poder Público Municipal pelo
Plano de Ações, elaborado de forma participativa em conjunto com o Plano Diretor
Municipal. Parágrafo Único. O Plano de Ações deverá ser revisto sempre que julgado
pertinente, de acordo com prioridades e restrições da administração municipal.
Art. 177. Fica assegurada, de forma permanente e continuada se for o caso, a execução de
ações cotidianas e programas e/ou projetos em andamento, sem prejuízo da implantação
deste Plano Diretor Municipal.
Art. 178. Fica assegurada a validade das licenças e dos demais atos praticados antes da
vigência desta lei, de acordo com a legislação aplicável a época.
Parágrafo Único. Extinguindo-se os efeitos do ato, por qualquer motivo, qualquer novo
requerimento deverá ser apreciado à luz desta lei.
Art. 179. Esta lei entra em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação
oficial.
RENATO TONIDANDEL
Prefeito Municipal
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PLANO DIRETOR
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SANTA LÚCIA
Santa Catarina
LEGENDA
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Três Pinheiros
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Sub-bacia do Rio Monteiro
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Boa Vista da Sub-bacia do Rio Monteirinho
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Corr Rios e Córregos
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Sede Urbana
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ESCALA 1/50.0000
Macrozoneamento Municipal
Marques de Santa Lúcia
Prancha Data
08/08/09
Fonte
Anexo I Base Cartográfica COPEL/SEDU
Trabalhada pela consulltoria -ARQUIPLAN
Responsabilidade Técnica
A RQUIPLAN
A r q u i t e t u r a & P l a n e j a m en to
Coordenador Técnico
PLANO DIRETOR
MUNICIPAL DE
SANTA LÚCIA
N PDM STL
MISE
SZRC MIS
MEU SZPP LEGENDA
Macrozona Institucional
SZRC
MEU
MRC
MIND E SCALA 1/50 .0000
SZRC
MEU SZPP Descrição:
Mapa de Macrozoneamento
Urbano de Santa Lúcia
Prancha Data
11/06/09
Fonte
Anexo II Base Ca rtográ fic a COPE L/S EDU
Tra ba lhada pe la c onsulltoria -ARQUIPLAN
Responsabilidade Técnica
ARQUIPLAN
A rq ui te tu ra & P l a ne j a me nto
Coordenador Técnico
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PLANO DIRETOR
3 4
N
MUNICIPAL DE
2 5 SANTA LÚCIA
1
6
7
8 9
PDM STAL
10
11 LEGENDA
36
12 Macrozona preferencial
37
14
13
35 Macrozona Institucional
15
Macrozona Residencial de
16 Consolidação
Cór
17 Sub zona de uso restrito
24 e controlado
reg
33
oQ
25 18
uar
Perímetro Urbano
to
Proposto
32
31 26 27
ESCALA 1/50.0000
30
28
Descrição:
29
Macrozoneamento Urbano do
distrito de de Santa Catarina
Prancha Data
10/06/09
Fonte
Anexo III Base Cartográfica COPEL/SEDU
Trabalhada pela consulltoria -ARQUIPLAN
Responsabilidade Técnica
ARQUIPLAN
Arquitetura & Planejamento
Coordenador Técnico
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