Capítulo 8

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Universidade Federal de Campina Grande

Cento de Ciências e Tecnologia


Unidade Acadêmica de Engenharia Mecânica

TERMODINÂMICA
APLICADA II

Prof. Celso Rosendo B. Filho


[email protected]
Livro texto:

Fundamentals of Engineering
Thermodynamics
MICHAEL J. MORAN
HOWARD N. SHAPIRO
DAISIE D. BOETTNER
MARGARET B. BAILEY

9th, John Wiley and Sons, 2018


Termodinâmica Aplicada II
YUNUS A. ÇENGEL MAICHAEL A. BOLES. 2007. Termodinâmica.
Tradução da 5ª edição americana. São Paulo: Editora
McGraw-Hill
Termodinâmica Aplicada II
SONNTAG, R. E., BORGNAKKE, C. 2007. Introdução à
Termodinâmica para Engenharia. Rio de Janeiro: LTC Livros
Técnicos e Científicos Editora.

BHATTACHARJEE, S., 2007, "TEST: The Expert System for


Thermodynamics," Electronic Resource, Entropysoft, Del Mar, CA,
http://www.thermofluids.net.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Sistemas de Potência a Vapor (Capítulo 8)

2. Sistemas de Potência a Gás (Capítulo 9)

3. Sistemas de Refrigeração e Bomba de Calor (Capítulo 10)

4. Relações Termodinâmicas (Capítulo 11)

5. Misturas de Gases Ideais e Psicrometria (Capítulo 12)

6. Misturas Reagentes e Combustão (Capítulo 13)

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Calendário de provas

1°estágio: 00/00/00
2°estágio: 00/00/00
3°estágio: 00/00/00
Reposição: 00/00/00
Final: 00/00/00
Capítulo 8

Sistemas de Potência a
Vapor
Introdução à Geração de Potência
• Um desafio da engenharia nas próximas décadas é
atender de maneira responsável às demandas de energia
a nível nacional e mundial.

• O desafio tem suas origens:


1- Na diminuição das fontes economicamente
recuperáveis das fontes renováveis de energia,
2- Nos efeitos globais das mudanças climáticas,
3- No crescimento populacional e
4- No desenvolvimentos de fontes limpas que amenizem
os impactos ambientais.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►Hoje, somos fortemente dependentes do carvão, gás natural e energia
nuclear. Todas estas fontes são não renováveis.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Tipos de usinas de energia que fornecerão a eletricidade necessária à
população até o meio desse século

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Algumas configurações de usinas de potência
►São apresentadas a seguir quatro configurações de usinas a
vapor que utilizam diferentes fontes de energia:

►Usinas a vapor movidas a combustíveis fósseis.


►Usinas a vapor movidas a energia nuclear.
►Usinas a vapor movidas a energia solar.
►Usinas a vapor movidas com energia geotérmica.

►Em cada um dos quatro tipos de usina a vapor, um fluido de


trabalho é alternadamente vaporizado e condensado.

►A diferença fundamental entre as usinas é a origem da


energia necessária para vaporizar o fluido de trabalho.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►Usinas com combustíveis fósseis: a energia necessária para a
vaporização tem origem na queima de combustível fóssil.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►Usinas a vapor movidas a energia nuclear: a energia necessária para
a vaporização tem origem em uma reação nuclear controlada.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►Usinas a vapor que utilizam energia solar: a energia necessária
para a vaporização tem origem na radiação solar coletada em
concentradores.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►Usinas geotérmicas: a energia necessária para a vaporização se
origina em água quente e/ou vapor extraído de baixo da superfície da
Terra.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►Uma usina a vapor movida a combustíveis fósseis é
considerada abaixo. A planta total é dividida em quatro
subsistemas principais identificados por A, B, C e D. A água
é o fluido de trabalho.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►O subsistema A fornece o calor necessário para vaporizar a
água que circula no subsistema B. Em usinas com
combustíveis fósseis, esse calor tem sua origem na queima
de combustível.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►No subsistema B, o vapor d’água se expande através da
turbina, realizando trabalho. A água então condensa e retorna
para a caldeira.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►No subsistema C, a energia desenvolvida pela
turbina aciona um gerador elétrico.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►O subsistema D remove energia por transferência de calor
decorrente da condensação de vapor no subsistema B.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►Cada unidade de massa de água passa periodicamente por
um ciclo termodinâmico à medida que circula pelos
componentes do subsistema B. Este ciclo é o ciclo Rankine.

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Revisão de Ciclo de Potência

►A primeira lei da termodinâmica exige


que o trabalho líquido desenvolvido por
um sistema que passa por um ciclo
termodinâmico seja igual a energia
líquida adicionada pela transferência de
calor ao sistema:

∙ ∙ ∙
Wcycle = Qin – Qout ∙

►A eficiência térmica, η, de um ciclo de ∙

potência é

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
►A segunda lei da termodinâmica estabelece que a eficiência
térmica de um ciclo de potência é inferior a 100%. A maioria
das usinas a vapor de hoje tem eficiência térmica que varia
até cerca de 40%.
►A eficiência térmica tende a aumentar à medida que a
temperatura média em que a energia é adicionada por
transferência de calor aumenta e/ou a temperatura média na
qual a energia é rejeitada por transferência de calor diminui.
►O melhor desempenho termodinâmico dos ciclos de
potência, medido pelo aumento da eficiência térmica, por
exemplo, também acompanha a redução de irreversibilidades
e perdas.
►A extensão da melhoria do desempenho do ciclo de potência
é limitada, no entanto, por restrições impostas pela
termodinâmica e pela economia.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
O Ciclo de Rankine (1 de 6)

►Cada unidade de massa de água que circula pelos


componentes interligados do Subsistema B da figura abaixo,
passa por um ciclo termodinâmico conhecido como ciclo de
Rankine.
►Quatro volumes de controle
envolvem os principais
componentes deste
subsistema B, que são:
►Turbina
►Condensador
►Bomba
►Caldeira

Todas as transferências de energia por trabalho e calor são tomadas


como positivas nas direções das setas no esquema acima.
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O Ciclo de Rankine (2 de 6)
►Os processos do ciclo Rankine são:
Processo 1-2: vapor se expande
através da turbina
desenvolvendo trabalho.
Processo 2-3: vapor condensa-se
para líquido através da
transferência de calor para água
de resfriamento.
Processo 3-4: líquido é
bombeado para a caldeira
consumindo trabalho.
Processo 4-1: líquido é aquecido
à saturação e evaporado na
caldeira através da transferência
de calor de uma fonte de energia.
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
O Ciclo de Rankine (3 de 6)

►Suposições para o modelo de engenharia:


►Cada componente é analisado como um
volume de controle em regime permanente.
►A turbina e a bomba operam de forma
adiabática.
►Mudanças de energias cinética e potencial
são ignoradas.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
O Ciclo de Rankine (4 de 6)
►A aplicação dos balanços de massa e energia a cada
um dos componentes do ciclo, resulta nas seguintes
expressões:
Turbina (Eq. 8.1)

Condensador (Eq. 8.2)

Bomba (Eq. 8.3)

Caldeira (Eq. 8.4)

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O Ciclo de Rankine (5 de 6)

►Parâmetros de desempenho
Eficiência Térmica

(Eq. 8.5a)

Razão de trabalho
(Eq. 8.6)
reverso

A razão de trabalho reverso é caracteristicamente baixa


para usinas a vapor. Por exemplo, no exemplo 8.1, a
potência exigida pela bomba é menos de 1% da
potência desenvolvida pela turbina.

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Ciclo de Rankine Ideal (1 de 4)
►O ciclo de Rankine Ideal fornece uma
configuração simples para estudar aspectos do
desempenho da usina a vapor. O ciclo ideal
admite as hipóteses adicionais para modelagem:
►Quedas de pressão por atrito estão ausentes
durante os fluxos através da caldeira e
condensador. Assim, esses processos ocorrem
em pressão constante.
►Os fluxos através da turbina e da bomba
ocorrem de forma adiabática e sem
irreversibilidades. Assim, esses processos são
isentrópicos.
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Rankine Ideal (2 de 4)
►O ciclo de Rankine ideal consiste em quatro processos
internamente reversíveis:
Processo 1-2: Expansão
isentrópica através da turbina.
Processo 2-3: Transferência de
calor a pressão constante do
fluido de trabalho que passa pelo
condensador.
Processo 3-4: Compressão
isentrópica na bomba.
Processo 4-1: Transferência de calor a pressão constante para o fluido
de trabalho que passa pela caldeira.

As modificações possíveis deste ciclo incluem: o estado de entrada na


turbina é vapor superaquecido, Estado 1′; a entrada da bomba, Estado
3, cai na região de líquido saturado.
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Ciclo de Rankine Ideal (3 de 4)
► O trabalho fornecido à bomba por unidade de fluxo
de massa é avaliada da seguinte forma:

(Eq. 8.7b)

onde v3 é o volume específico na entrada da bomba e o


subscrito s indica que o líquido que flui através da bomba
sofre um processo isentrópico.

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Ciclo de Rankine Ideal (4 de 4)
►As áreas sob as linhas dos processos no diagrama T-s
podem ser interpretadas como transferências de calor por
unidade de fluxo de massa:
►A área 1-b-c-4-a-1 representa
transferência de calor para a água
que flui através da caldeira
►A área 2-b-c-3-2 representa a
transferência de calor da água
que flui através do condensador.
►A área fechada 1-2-3-4-a-1
representa a entrada líquida de
calor ou, equivalentemente, o
trabalho líquido desenvolvido pelo
ciclo.

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Comparação com o Ciclo de Carnot

O ciclo ideal de Rankine


1-2-3 4 4'-1 tem uma
eficiência térmica menor
do que o ciclo de Carnot
1-2-3'-4’-1 com as
mesmas temperaturas
máxima TH e mínima TC
porque a temperatura
média entre 4 e 4' é
menor que TH.
Principais Irreversibilidades (1 de 6)
►Irreversibilidades estão associadas a cada um dos
quatro subsistemas designados por A, B, C e D na
figura.

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Principais Irreversibilidades (2 de 6)
►Para uma usina a vapor movida a
combustíveis fósseis, o local mais
significativo de irreversibilidade é o
B C
subsistema A, onde a irreversibilidade D
está associada à queima do
combustível e posterior transferência
de calor de gases de combustão
quente para vaporizar a água que flui
através do subsistema B, que é o foco A
da discussão.

►Como tais irreversibilidades ocorrem na vizinhança do subsistema B, elas


são classificadas como irreversibilidades externas para esse subsistema.
►As irreversibilidades nos subsistemas C e D também são irreversibilidades
externas do subsistema B, mas são menores em relação às
irreversibilidades da combustão e transferência de calor que ocorrem na
caldeira.

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Principais Irreversibilidades (3 de 6)
►As Irreversibilidades associadas ao subsistema B são
chamadas de internas. Elas incluem a expansão do vapor
através da turbina e os efeitos do atrito no fluxo de massa
através da bomba, caldeira e condensador.
►A irreversibilidade interna mais significativa associada ao
subsistema B é a expansão através da turbina.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Principais Irreversibilidades (4 de 6)
►A eficiência isentrópica da turbina leva em conta os efeitos das
irreversibilidades dentro da turbina e é definida em termos de
trabalho real e isentrópico da turbina, cada um por unidade de
massa que flui através da turbina.

trabalho desenvolvido na expansão real do


estado de entrada da turbina para a pressão
de saída da turbina

(Eq. 8.9)

trabalho desenvolvido em uma


expansão isentrópica do estado
de entrada da turbina para
pressão de saída da turbina

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Principais Irreversibilidades (5 de 6)
►Embora a entrada de trabalho da bomba seja muito menor do que a
saída de trabalho da turbina, as irreversibilidades na bomba afetam
a saída da potência líquida da usina de vapor.
►A eficiência isentrópica da bomba leva em conta os efeitos das
irreversibilidades dentro da bomba em termos dos trabalhos de
entrada de real e isentrópico, cada um por unidade de massa que
flui através da bomba.
entrada de trabalho para um processo
isentrópico do estado de entrada da
bomba para a pressão de saída

(Eq. 8.10a)

entrada de trabalho para o processo real


do estado de entrada da bomba para a
pressão de saída da bomba
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Principais Irreversibilidades (6 de 6)
►Para simplificar, os efeitos de atrito resultantes de reduções de
pressão da entrada para a saída da caldeira e condensador são
ignorados.
►O fluxo através desses componentes é assumido ocorrer a
pressão constante.

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Efeitos da Variação da Pressão no Condensador no
Desempenho do Ciclo de Rankine Ideal (1 de 4)
►A figura mostra dois ciclos com a mesma pressão da
caldeira, mas diferentes pressões no condensador:
►um está em pressão atmosférica e
►o outro está em uma pressão menor que a atmosférica.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Efeitos da Variação de Pressão no Condensador no
Desempenho do Ciclo de Rankine Ideal (2 de 4)
►Uma vez que a temperatura de rejeição de calor para o ciclo
1-2′'-3′'-4′'-1 é menor do que para o ciclo 1-2-3-4-1, o ciclo
onde a condensação ocorre abaixo da pressão atmosférica
tem uma eficiência térmica maior. Reduzir a pressão do
condensador tende a aumentar a eficiência térmica.

T < 100o C

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Efeitos da Variação de Pressão no Condensador no Desempenho
do Ciclo de Rankine Ideal (3 de 4)

►Condensadores de usinas de potência normalmente


operam com uma pressão de condensação do vapor
bem abaixo da atmosférica. Para a rejeição do calor
para vizinhança, a menor pressão do condensador é a
pressão de saturação correspondente à temperatura
ambiente.
►Uma das principais razões para incluir condensadores
em usinas a vapor é o aumento da eficiência térmica,
realizada quando o condensador opera a uma pressão
menor que a pressão atmosférica. Outra, é que o
condensador permite que o fluido de trabalho flua em um
circuito fechado e, assim, água desmineralizada, que é
menos corrosiva do que a água da torneira, pode ser
usada economicamente.
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Efeitos da Variação de Pressão no Condensador no
Desempenho do Ciclo de Rankine Ideal (4 de 4)

►À medida que o vapor se condensa, a energia é


descarregada por transferência de calor para a água de
resfriamento fluindo separadamente através do
condensador.
► Embora a água de resfriamento carregue uma energia
considerável, sua utilidade é extremamente limitada porque
a temperatura da água de resfriamento é aumentada
apenas alguns graus acima do ambiente.
► Essa água de resfriamento quente tem pouco valor
termodinâmico ou econômico.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Efeito da Variação de Pressão na Caldeira no
Desempenho Ciclo de Rankine Ideal (1 de 3)
►A figura mostra dois ciclos com a mesma pressão do
condensador, mas diferentes pressões da caldeira:
►um está em uma dada pressão (4-1) e
►o outro está a uma pressão maior que a anterior (4-1’).

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Efeito da Variação de Pressão na Caldeira no
Desempenho Ciclo de Rankine Ideal (2 de 3)

►Como a temperatura média de adição de calor para o ciclo


1′-2'-3-4′-1′ é maior do que para o ciclo 1-2-3-4-1, o ciclo de
maior pressão tem maior eficiência térmica. Aumentar a
pressão da caldeira tende a aumentar a eficiência térmica.

Tavg(4′-1′)

Tavg(4-1)

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Efeito da Variação de Pressão na Caldeira no
Desempenho Ciclo de Rankine Ideal (3 de 3)
►No entanto, o aumento da pressão da caldeira também
resulta em uma redução do título do vapor que se expande
através da turbina (compare o estado de menor título 2′ com
o estado 2). Se o título do vapor na expansão se tornar
muito baixo, o impacto das gotículas líquidas do vapor pode
corroer as pás da turbina e possivelmente diminuir o
desempenho.

x2′ x2

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Modificações para Melhorar o Desempenho do
Ciclo de Rankine Ideal

►Modificações do ciclo Rankine, conhecidas


como superaquecimento e reaquecimento,
permitem pressões operacionais vantajosas na
caldeira e no condensador, evitando vapor de
título baixo na saída da turbina. Outra
modificação desse tipo é o ciclo supercrítico.
Todos os três são considerados a seguir.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Rankine Ideal com Superaquecimento

►A figura mostra um ciclo de Rankine com vapor


superaquecido na entrada da turbina: ciclo 1′-2′-3-4-1′.
►O ciclo com superaquecimento Tavg(4-1′)

tem uma temperatura média de


fornecimento de calor maior que Tavg(4-1)

a do ciclo 1-2-3-4-1, sem


superaquecimento, e assim tem
uma eficiência térmica maior.
x2 x2′

►Além disso, com o superaquecimento, o título na saída da


turbina, estado 2′, é maior do que no estado 2, saída da
turbina sem superaquecimento.
►Uma combinação de superaquecedor-caldeira é chamado
de gerador de vapor.
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo com Reaquecimento Ideal (1 de 3)

►O ciclo com reaquecimento é


outra modificação do ciclo de
Rankine que aproveita o aumento
da eficiência térmica resultante
de uma alta temperatura média
de fornecimento de calor e ainda x4′ x4
evita vapor de título baixo
durante a expansão através da
turbina.
►Com o reaquecimento, o título do
vapor na saída da turbina, estado
4, é maior do que no estado 4′,
saída da turbina sem
reaquecimento.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo com Reaquecimento Ideal (2 de 3)
►Alguns processos do ciclo
de potência a vapor com
reaquecimento incluem:

Processo 1-2. O vapor se


expande através do estágio
da turbina de alta pressão.

Processo 2-3. O vapor é


reaquecido no gerador de
vapor.

Processo 3-4. O vapor se


expande através do estágio
da turbina de baixa pressão.
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo com Reaquecimento Ideal (3 de 3)

►Ao calcular a eficiência térmica


de um ciclo com
reaquecimento é necessário
levar em conta:
►O trabalho total
desenvolvido nas duas
etapas da turbina:
processos 1-2 e 3-4.
►O calor total adicionado
durante a vaporização
/superaquecimento e
reaquecimento: processos
6-1 e 2-3.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo com Reaquecimento Supercrítico Ideal (1 de 2)

►Melhorias constantes ao longo de muitas


décadas em materiais e métodos de fabricação
permitiram aumentos significativos nas
temperaturas e pressões máximas permitidas do
gerador de vapor.

►Esses esforços estão incorporados no ciclo com


reaquecimento supercrítico.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo com Reaquecimento Supercrítico Ideal (2 de 2)

►A geração de vapor ocorre numa


pressão maior do que a pressão crítica
da água: Processo 6-1.
►Nenhuma mudança de fase ocorre
durante o processo 6-1. Em vez disso,
a água que flui através de tubos é
aquecida de líquido para vapor sem o
borbulhante associado à ebulição.
►Hoje, usinas supercríticas alcançam
eficiência térmica de até 47%. Plantas
ultrasupercríticas capazes de
operarem a temperaturas e pressões
ainda mais altas no gerador de vapor
tem eficiência térmica superior a 50%.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Potência a Vapor Regenerativo Usando um
Aquecedor Aberto da Água de Alimentação (1 de 8)

►Outro método para aumentar a eficiência térmica das


usinas a vapor é a aplicação de aquecedores de água de
alimentação regenerativos.
►O aquecimento regenerativo da água de alimentação
aumenta a temperatura média de adição de calor,
aumentando assim a eficiência térmica.
►Em usinas de potência a vapor normalmente são
utilizados aquecedores da água de alimentação aberto e
fechado.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Potência a Vapor Regenerativo Usando um
Aquecedor Aberto da Água de Alimentação (2 de 8)

►Um ciclo de potência de vapor usando um único


aquecedor de água de alimentação aberto (uma câmara
de mistura) é mostrado na figura.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Potência a Vapor Regenerativo Usando um
Aquecedor Aberto da Água de Alimentação (3 de 8)
►Neste ciclo, a água passa isentropicamente através de cada um dos
dois estágios da turbina, 1-2 e 2-3, e cada uma das duas bombas, 4-5 e
6-7. O fluxo através do gerador de vapor, 7-1, e condensador, 3-4,
ocorrem em pressão constante.
►A mistura ocorre dentro do aquecedor de água de alimentação,
introduzindo assim uma fonte de irreversibilidade de outra forma em um
ciclo ideal. Assume-se que o aquecedor de água de alimentação opera
adiabatica.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Potência a Vapor Regenerativo Usando um
Aquecedor Aberto da Água de Alimentação (4 de 8)
►Referindo-se ao diagrama T-s, a transferência de calor para o
ciclo ocorre do estado 7 ao estado 1, em vez de estado a ao
estado 1, como seria o caso se não houvesse aquecedor de
água de alimentação aberto.
►Assim, quando um aquecedor de água de alimentação aberto é
incluído, a temperatura média de adição de calor do ciclo
aumenta; desta forma, a eficiência térmica aumenta.

Tavg(7-1)

Tavg(a-1)

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Potência a Vapor Regenerativo Usando um
Aquecedor Aberto da Água de Alimentação (5 de 8)
►Na figura, considere uma unidade de massa, denotada entre
parênteses por (1), enquanto ela se move através do ciclo.
►A unidade de massa (1) entra
na turbina no estado 1 e se
expande para o estado 2 onde
uma fração (y) é desviada para
o aquecedor aberto da água de
alimentação.

►A fração restante (1-y)


expande-se através da segunda
etapa da turbina (estado 3), é
condensada no condensador
(estado 4), e depois bombeada
até o estado 5, onde entra no
aquecedor aberto de água de
alimentação aberto.
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Potência a Vapor Regenerativo Usando um
Aquecedor Aberto da Água de Alimentação (6 de 8)
►As frações (y) e (1-y) que
entram no aquecedor de
água de alimentação nos
estados 2 e 5,
respectivamente, se
misturam dentro desse
componente, dando um (y)
único fluxo no estado 6 e
recuperando a unidade de
massa (1). (1)
►A unidade de massa (1) no (1-y)
estado 6 é bombeada para
o estado 7, onde entra no
gerador de vapor e retorna
ao estado 1 após o
aquecimento.
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Potência a Vapor Regenerativo Usando um
Aquecedor Aberto da Água de Alimentação (7 de 8)

►Aplicando os balanços de massa e energia, em regime


permanente, ao volume de controle que envolve o aquecedor
de água de alimentação, a fração do fluxo total y é:

(Eq. 8.12)

►Com a fração y conhecida, os balanços de massa e energia


aplicados para volumes controles ao redor dos outros
componentes, produzem as seguintes expressões, cada
uma com base em uma unidade de massa entrando no
primeiro estágio da turbina.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Ciclo de Potência a Vapor Regenerativo Usando um
Aquecedor Aberto de Água de alimentação (8 de 8)

► Para os estágios da turbina

(Eq. 8.13)

► Para as bombas

(Eq. 8.14)

► Para o gerador de vapor

(Eq. 8.15)

► Para o condensador (Eq. 8.16)

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Sistemas de Cogeração (1 de 3)
►São sistemas integrados que simultaneamente produzem dois
produtos valiosos, eletricidade e vapor (ou água quente) a partir
de uma única entrada de combustível.
►Normalmente, proporcionam economia de custos em relação à
produção de energia e vapor (ou água quente) em sistemas
separados.
►São amplamente implantados em plantas industriais, refinarias,
plantas de processamento de alimentos e outras instalações que
requerem vapor em um processo, água quente e eletricidade.
►Podem ser baseados em usinas a vapor, usinas de turbina a gás,
motores de combustão interna e células de combustível.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Sistemas de Cogeração (2 de 3)
►Uma aplicação de cogeração baseada em usinas a vapor é
o aquecimento distrital, que fornece vapor ou água quente
para aquecimento residencial, juntamente com eletricidade
para uso doméstico, comercial e industrial.

Eletricidade fornecida à
comunidade

Vapor fornecido à
comunidade

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Contabilidade da Exergia de uma Usina a Vapor (1 de 3)
► A análise exergética fornece uma
visualização sobre o desempenho
do ciclo de potência a vapor além do
que é alcançável usando a
conservação da massa e energia.

►A importância da análise exergética


é demonstrada pela sua aplicação à
usina a vapor mostrada na figura.

►Para análise, considera-se que a caldeira tem dois compartimentos: um


onde o combustível e ar queimam para produzir gases de combustão
quente e outro formado pela tubulação onde a água circula em um circuito
fechado do ciclo Rankine e é vaporizada pelos gases quentes.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Análise Exergética de uma Usina a Vapor (2 de 3)

►Uma contabilidade
da exergia da
planta de vapor é
fornecida na tabela
8.4.
►Os valores da
tabela são
determinados em
Exemplos 8.7 a 8.9
ou assumidos para
fins de ilustração
(perda de gás em
pilha, destruição
exergia em
combustão). Todos os valores são expressos como um percentual da
exergia conduzida pelo combustível na planta.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Análise Exergética de uma usina a vapor (3 de 3)
► A tabela fornece várias informações sobre o desempenho do ciclo de
energia do vapor.
►A potência líquida desenvolvida é
apenas 30% da exergia entrando com
o combustível. A eficiência exergetica
da planta é, portanto, de 30%.
►Destruição exergia é muito mais
significativa do que perdas exergias.
►A maior parte da exergia que entra
com o combustível é destruída.
►A caldeira é o local de maior
destruição exergia.
►A perda de exergia através da água
de resfriamento do condensador e dos
gases de expelidos para atmosfera
são, cada um, menor que 1%.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
EXEMPLO 8.1 ▸
Análise de um Ciclo Ideal de Rankine
Utiliza-se vapor como fuido de trabalho em um ciclo ideal
de Rankine. O vapor saturado entra na turbina a 8,0 MPa e
o líquido saturado sai do condensador a uma pressão de
0,008 MPa. A potência líquida de saída do ciclo é de 100
MW. Determine para o ciclo:
(a) a e ciência térmica,
(b) a razão bwr,
(c) a vazão mássica de vapor, em kg/h,
(d) a taxa de transferência de calor fornecida ao fuido de
trabalho que passa pela caldeira, em MW,
(e) a taxa de transferência de calor, que sai do vapor
condensado ao passar pelo condensador, em MW,
(f) a vazão mássica da água de resfriamento no
condensador, em kg/h, se a água entra no condensador a
15°C e sai a 35°C.
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
EXEMPLO 8.2 ▸
Análise de um Ciclo de Rankine com
Irreversibilidades
Reconsidere o ciclo de potência a vapor do Exemplo 8.1, mas inclua na
análise o fato de que a turbina e a bomba têm, cada qual, eficiência
isentrópica de 85%. Determine para o ciclo modificado:
(a) a eficiência térmica,
(b) a vazão mássica do vapor, em kg/h, para uma potência líquida de saída
de 100 MW,
(c) a taxa de transferência de calor para o fluido de trabalho quando ele
passa pela caldeira, em MW,
(d) a taxa de transferência de calor do
vapor que condensa ao passar pelo condensador, em MW,
(e) a vazão mássica da água de resfriamento no condensador, em kg/h, se a
água entra no condensador a 15°C e sai a 35°C.

Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
EXEMPLO 8.3 e 8.4▸
Avaliação do Desempenho de um Ciclo Ideal com
Reaquecimento
O vapor d’água é o fluido de trabalho em um ciclo ideal de Rankine com
superaquecimento e reaquecimento. O vapor entra na turbina do primeiro
estágio a 8,0 MPa e 480°C, e se expande até 0,7 MPa. Em seguida, é
reaquecido até 440°C antes de entrar na turbina do segundo estágio, onde
se expande até a pressão do condensador de 0,008 MPa. A potência líquida
na saída é de 100 MW. Determine:
(a) a eficiência térmica do ciclo,
(b) a vazão mássica do vapor, em kg/h,
(c) a taxa de transferência de calor do vapor que condensa quando passa
pelo condensador, em MW. Discuta os efeitos do reaquecimento no ciclo de
potência a vapor.
Reconsidere o ciclo com reaquecimento acima, mas, desta vez, inclua na
análise o fato de que cada estágio de turbina apresenta a mesma e
eficiência isentrópica.
(e)Considerando ηt= 85%, determine a e eficiência térmica.
(f) Faça um gráfico da eficiência térmica em função da e ciência do estágio
da turbina na faixa de 85 a 100%.
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
Fonte: Fundamentals of Engineering Thermodynamics, Moran, Shapiro, Boettner and Bailey, 9th, Wiley, 2018
EXEMPLO 8.7
A unidade trocadora de calor da caldeira do Exemplo 8.2 tem uma corrente de água
entrando como líquido a 8,0 MPa e saindo como vapor saturado a 8,0 MPa. Em uma
corrente separada, os produtos gasosos da combustão resfriam-se a uma pressão
constante de 1 atm de 1107 a 547°C. A corrente gasosa pode ser modelada como ar
na condição de gás ideal. Seja T0 = 22°C e p0 = 1 atm. Determine (a) a taxa líquida
pela qual a exergia é conduzida para dentro da unidade trocadora de calor pela
corrente de gás, em MW, (b) a taxa líquida pela qual a exergia é conduzida do
trocador de calor pela corrente de água, em MW, (c) a taxa de destruição de exergia,
em MW, (d) a eficiência exergética fornecida pela Eq. 7.27.

Obs. Considerar que apenas 69% da exergia do combustível é entregue a água


na caldeira, o restante é destruída no processo de combustão e jogada fora
pelos gases da chaminé.
EXEMPLO 8.8 ▸
Reconsidere a turbina e a bomba do Exemplo 8.2. Determine para
cada um desses componentes a taxa pela qual a exergia é destruída,
em MW. Expresse cada resultado como um percentual da exergia que
entra na usina com o combustível. Considere T0 = 22°C e p0 = 1 atm.
EXEMPLO 8.9
O condensador do Exemplo 8.2 envolve duas correntes de água separadas.
Em uma das correntes uma mistura de duas fases, líquido–vapor, entra a
0,008 MPa e sai como líquido saturado a 0,008 MPa. Na outra, a água de
resfriamento entra a 15°C e sai a 35°C. (a) Determine a taxa líquida pela
qual a exergia é conduzida no condensador pela água de resfriamento, em
MW. Expresse esse resultado como um percentual da exergia que entra na
planta com o combustível. (b) Determine a taxa de destruição de exergia
para o condensador, em MW. Expresse esse resultado como percentual da
exergia que entra na planta com o combustível. Considere T0=22°C e p0=1
atm.
P8.80 Considere um sistema de
cogeração operando como mostrado
na Fig.. Vapor entra na turbina de
primeiro estágio a 6 MPa, 540°C. Entre
o primeiro e o segundo estágios, 45%
do vapor é extraído a 500 kPa e
direcionado a um processo de
aquecimento com carga térmica de
5×108 kJ/h. O condensado sai do
trocador de calor a 450 kPa com
entalpia específica de 589,13 kJ/kg e é
misturado ao líquido que sai da bomba
de baixa pressão a 450 kPa. Este fluxo
(somado) é bombeado até a pressão
do gerador de vapor. Na entrada do
gerador de vapor, a entalpia específica
é 469,91 kJ/kg. Líquido saturado a 60
kPa sai do condensador. As turbinas e
bombas operam com eficiências
isentrópicas de 82% e 88%,
respectivamente. Determine:
(a) a vazão mássica do vapor entrando
no primeiro estágio de turbina, em
kg/s.
(b) a potência líquida desenvolvida
pelo ciclo, em MW.
(c) a taxa de produção de entropia na
turbina, em kW/K.
P8.93 O vapor d’água entra na
turbina de uma usina de potência a
vapor a 100 bar e 520°C, e se
expande adiabaticamente, saindo
a 0,08 bar com um título de 90%.
O condensado deixa o
condensador como líquido
saturado a 0,08 bar. O líquido sai
da bomba a 100 bar e 43°C. A
exergia específica do combustível
que entra na unidade combustora
do gerador de vapor é estimada
em 14.700 kJ/kg. Nenhuma
exergia é conduzida para dentro
pelo ar de combustão. A exergia
dos gases da chaminé que deixam
o gerador de vapor é estimada em
150 kJ por kg de combustível. A
vazão mássica do vapor é de 3,92
kg por kg de combustível. A água
de resfriamento entra no
condensador a T0 = 20°C e p0 = 1
atm, e sai a 35°C e 1 atm.
Desenvolva um cálculo completo
da exergia que entra na usina com
o combustível.

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