LEI #8.072-90 - Crimes Hediondos

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LEGISLAÇÃO

(LEI Nº 8.072/90)
CRIMES HEDIONDOS

Atualizado: 24/04/2024
Última alteração: Lei nº 14.811, de 12 de janeiro de 2024
CRIMES HEDIONDOS
Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990.
A lei 8.072/90 veio ao nosso ordenamento jurídico para regulamentar o que se pode denominar de
CRIMES HEDIONDOS, que são aqueles crimes que causam repulsa maior na sociedade, ou
seja, são os crimes mais graves em um determinado ordenamento jurídico-penal.

Destarte, quando os crimes hediondos são previstos por meio do sistema legal, há previsão
normativa expressa de rol taxativo de crimes hediondos. Com isso, não cabe ao juiz fazer qualquer
juízo de valor quanto à hediondez do crime, independentemente das circunstâncias fáticas em
questão. Não há de se falar, portanto, em discricionariedade judicial.

A seu turno, o sistema judicial possui funcionamento diametralmente oposto ao legal, uma vez que a
lei silencia sobre a taxatividade e o juiz goza de plena liberdade para imputar o rótulo de hediondo
aos crimes de acordo com cada situação concreta. Portanto, nota-se que a segurança jurídica pode
ser um pouco prejudicada, mas não nos depararíamos com casos em que a hediondez é totalmente
desnecessária.

OBS.: O STF, em sede de controle difuso, afirmou a possibilidade de substituição da pena privativa
de liberdade oriunda da prática de crime hediondo por pena restritiva de direitos.

No que diz respeito ao sistema misto, tem-se que este corresponde a uma proposta intermediária
entre as duas já mencionadas. Neste caso, a lei preconiza um rol exemplificativo de crimes
hediondos, ao passo que o magistrado poderia atribuir hediondez a um delito que não esteja no rol ou
retirá-la de um crime que lá esteja. Desta forma, a depender do caso concreto, um crime não
hediondo pode ser tratado como hediondo e um crime hediondo pode não ser tratado como tal.

Por fim, cumpre salientar que o sistema em vigor no Brasil é o legal. Diante disso, os magistrados
brasileiros não possuem qualquer discricionariedade quanto à aplicação da hediondez em casos
concretos, uma vez que o rol de crimes hediondos é taxativo e está disposto na Lei nº. 8.072/90.

A previsão de que devesse haver uma Lei que disciplinasse quais crimes seriam considerados
hediondos consta na própria Constituição Federal de 1988. Vejamos o art. 5, XLIII da CRFB/88:

01) Sistema legal: Somente o legislador pode definir os delitos considerados hediondos (Rol
taxativo).
O Brasil adotou o sistema legal para definir quais são os delitos hediondos.
Previsão constitucional: Art. 5º, XLIII, CF/88 - A lei considerará crimes inafiançáveis e
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
A Lei n. 8.072/90 criou tipos penais? Não, ela apenas pegou tipos penais da legislação penal
comum e determinou quais são crimes hediondos. Ela fez modificações em tipos penais de outras
leis, mas eles não foram criados por essa lei.

- Crimes inafiançáveis - São aqueles que não admitem o pagamento de fiança para a soltura do
preso para aguardar o julgamento em liberdade.
- Crimes insuscetíveis de graça ou anistia - É um termo jurídico que se refere a crimes pelos quais
não se pode conceder perdão ou anistia, ou seja, não podem ser perdoados ou esquecidos por meio
de leis de anistia. Geralmente, esse tipo de crime envolve violações graves dos direitos humanos,
como tortura, genocídio, crimes contra a humanidade, entre outros. A ideia é que esses crimes sejam
punidos de forma a garantir justiça às vítimas e prevenir a impunidade.

02) Rol taxativo: Apenas lei formal pode definir os crimes hediondos, isto é, trata-se de um rol
taxativo (Claro, certo, preciso, decisivo, categórico, limitativo ou restritivo). Portanto, não é
exemplificativo ou ampliativo (Não comporta ampliação sem lei formal).
Tudo que for para prejudicar é taxativo. A hediondez prejudica o sujeito, por isso o rol é taxativo. Não
se pode acrescentar de maneira analógica.
03) Consumados ou tentados: Serão hediondos os delitos previstos no rol da referida lei nas formas
consumada ou tentada (Art. 1º, caput, parte final, Lei nº 8.072/90 - São considerados hediondos os
seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código
Penal, consumados ou tentados).
Se o delito que foi apontado como hediondo foi praticado, mesmo que por tentativa, o seu agente vai
responder por um crime hediondo sujeito a todas as decorrências que se dão pelo fato de ter
praticado um crime hediondo tentado.

04) Delitos hediondos no Código Penal (Regra): Todos os delitos previstos no caput do Art. 1º da
Lei dos Crimes Hediondos estão previstos no Código Penal. Portanto, ressalvadas as duas
hipóteses do parágrafo único, nenhum crime em Lei Especial Penal será hediondo.

05) Delitos hediondos em Leis Penais Especiais (Exceção): Apenas o genocídio e a posse ou
porte ilegal de armas de fogo de uso restrito ou proibido são crimes hediondos não previstos no
Código Penal (Art. 1º, parágrafo único, Lei nº 8.072/90).

Art. 1º, Parágrafo único, Lei nº 8.072/90: Consideram-se também hediondos o crime de genocídio
previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal
de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003,
todos tentados ou consumados.

06) Delitos equiparados a hediondo: A tortura, o terrorismo e o tráfico de drogas não são
hediondos, mas sim equiparados a hediondo e, por conseguinte, sujeitam-se às mesmas
gravidades processuais penais e de execução de pena (Art. 2º, caput, Lei nº 8.072/90).

São equiparados aos crimes hediondos o tráfico de drogas, o terrorismo e a tortura. Significa dizer
que a Lei 8.072/90 é aplicável a eles, exceto quanto ao que lei própria dispuser de outra forma. Por
isso, as disposições da Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) e da Lei 9.455/97 (Lei de Tortura) devem
prevalecer quando em conflito com a Lei de Crimes Hediondos (Princípio da especialidade), que deve
funcionar como norma geral.

07) A lei n. 8.072/90 criou tipos penais? Não. Ela faz referência a alguns tipos penais que estão no
Código Penal, no Estatuto do Desarmamento. Ela não cria, referencia: elenca em um rol esses tipos
penais.

DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS

XLIII - A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

São os chamados 3TH. Os três T são os chamados crimes equiparados a hediondos: Tortura, Tráfico
e Terrorismo. De acordo com a Constituição, serão inafiançáveis e insuscetíveis, ou seja, não vai
caber graça nem anistia.
Se a prova falar que tortura ou tráfico de drogas ou terrorismo são crimes hediondos, não são, tortura,
tráfico de drogas e terrorismo são crimes equiparados a hediondos, por terem o mesmo tratamento
jurídico previsto na Constituição.

LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990: Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º,
inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências.
- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:

Art. 1º (REVOGADO) - São considerados hediondos os crimes de latrocínio (Art. 157, § 3º, in fine),
extorsão qualificada pela morte, (Art. 158, § 2º), extorsão mediante sequestro e na forma qualificada
(Art. 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º), estupro (Art. 213, caput e sua combinação com o art. 223,
caput e parágrafo único), atentado violento ao pudor (Art. 214 e sua combinação com o art. 223,
caput e parágrafo único), epidemia com resultado morte (Art. 267, § 1º), envenenamento de água
potável ou de substância alimentícia ou medicinal, qualificado pela morte (Art. 270, combinado
com o art. 285), todos do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), e de
genocídio (Arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956), tentados ou consumados.

IMPORTANTE: Muitos concursos ainda cobram o crime de envenenamento de água potável como
hediondo. Preste atenção, este crime não foi reproduzido na lista do artigo 1º na alteração desta lei.

Art. 1º - São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, CONSUMADOS OU TENTADOS: Não importa se o
crime é tentado ou consumado para a caracterização da hediondez.

ROL de crimes previsto neste artigo é TAXATIVO. Os crimes militares não são alcançados pela Lei
nº 8.072/90. A tortura, o tráfico de drogas e o terrorismo, não são crimes hediondos, pois não estão
elencados no art. 1º, entretanto são equiparados, por força do art. 2º desta Lei.

I - Homicídio (Art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (Art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII
e IX); (Redação dada pela Lei nº 14.344, de 2022)

1) Homicídio simples pode ser hediondo? Somente se praticado em atividade típica de grupo de
extermínio. Ex.: Massacre do vigário geral.
Há divergência quanto ao número mínimo de integrantes de um grupo de extermínio. A Lei 8.072/90
não diz, mas boa parte da doutrina entende que a formação é a mesma da associação criminosa (CP,
art. 288): três ou mais pessoas.

2) Atividade típica de grupo de extermínio não está no rol de quesitos do Tribunal do Júri (Art. 483,
CPP).
Não confunda grupo de extermínio com concurso de pessoas. Se Caio, Tício e Mévio decidem matar
João, a hipótese será de homicídio em concurso de pessoas, e não de grupo de extermínio. Por outro
lado, se o trio decide matar torcedores de determinado time, estará caracterizado o grupo de
extermínio. Explico: A principal característica do homicídio em atividade típica de grupo de extermínio
é a impessoalidade. A vítima é assassinada em razão de alguma característica especial (Ex.: Ser
mendigo), e não por ser A ou B. A sua identidade é irrelevante para o homicida.

3) Homicídio qualificado (Apenas qualificado) sempre será hediondo (Atualmente, o homicídio


qualificado é, em regra, hediondo. No entanto, ele só passou a ser em 1994, após o caso
Daniela Perez. Nesse caso, buscou-se reunir 1% do eleitorado, a fim de se deflagrar o
processo legislativo. Essa porcentagem equivalia a um milhão de assinaturas. No entanto, só
foram juntadas oitocentas mil, mas com a assinatura de um Deputado, houve validação.)

4) Homicídio privilegiado (E o privilegiado-qualificado) nunca será hediondo. Natureza subjetiva


prepondera. Ex.: Pai mata estuprador da filha por asfixia.

5) Homicídio qualificado, § 2° - Se o homicídio é cometido:


I - Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - Por motivo fútil;
III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de
que possa resultar perigo comum;
IV - À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne
impossível a defesa do ofendido;
V - Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
VI - Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
VII - Contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em
razão dessa condição.
VIII - Com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.
IX - Contra menor de 14 (quatorze) anos:

Obs.1: O inciso VIII não existia até o projeto anticrime, o legislador inseriu a qualificadora “Emprego
de arma de fogo de uso restrito ou proibido”, mas foi vetado pelo presidente da República.
Obs.2: O inciso XI não existia até a lei nº 14.344, de 24 de maio de 2022 que cria mecanismos para a
prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a criança e ao adolescente, nos
termos do § 8º do art. 226 e do § 4º do art. 227 da constituição federal e das disposições específicas
previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o brasil seja parte; altera o
decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (código penal), e as leis nº 7.210, de 11 de julho de
1984 (lei de execução penal), 8.069, de 13 de julho de 1990 (estatuto da criança e do adolescente),
8.072, de 25 de julho de 1990 (lei de crimes hediondos), e 13.431, de 4 de abril de 2017, que
estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de
violência; e dá outras providências.

IA - Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (Art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de
morte (Art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;

Não é crime hediondo a violência funcional que resulta lesão corporal de natureza leve (Art. 129,
caput, CP) ou de natureza grave (Art. 129, §1º, CP), muito menos a culposa (Art. 129, §6º, CP).

Artigo 142: As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, à garantia
dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Artigo 144: A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I - Polícia federal;
II - Polícia rodoviária federal;
III - Polícia ferroviária federal;
IV - Polícias civis;
V - Polícias militares e corpos de bombeiros militares.

Integrantes do sistema prisional: Aqueles que prestam serviço diretamente ao sistema prisional
desde que integram ao sistema. Ex.: Assistente social.

II - Roubo: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

O pacote anticrime fez muitas alterações no crime de roubo. Antes do pacote, o crime que havia
como roubo qualificado caracterizado como crime hediondo era o latrocínio. Houve um alargamento
dessas hipóteses de crimes hediondos pelo pacote anticrime:

a) Circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (Art. 157, § 2º, inciso V);

Não confundir esse roubo com sequestro-relâmpago. No sequestro-relâmpago é preciso alguma


postura ativa daquela vítima para ter o proveito do crime. O sequestro-relâmpago não é roubo, é um
tipo de extorsão. Demanda-se uma ação por parte da vítima, como, por exemplo, digitar a senha num
caixa eletrônico.
Esse roubo é quando, por exemplo, um criminoso assalta uma vítima que estava dirigindo em um
local muito movimentado e, para garantir que o veículo possa ser levado, ele toma sob seu poder a
liberdade da vítima e, quando chega a uma via de grande fluxo, deixa a vítima sair e leva o veículo
roubado.
Não confundir também com roubo seguido de sequestro, que é quando o criminoso subtrai um bem
mediante violência ou grave ameaça, restringe a liberdade da vítima por uma quantidade de tempo
que é desnecessária, não precisava ter sobre seu poder a vítima.

b) Circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (Art. 157, § 2ºA, inciso I) ou pelo emprego de
arma de fogo de uso proibido ou restrito (Art. 157, § 2ºB);

No caso do emprego de arma de fogo de uso permitido, vai haver um aumento de pena de 2/3; já
quando o crime de roubo é circunstanciado pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito,
vai ter um aumento bem maior, o dobro da quantidade de penas – essa modificação foi feita pelo
pacote anticrime que tornou qualquer crime de roubo praticado com emprego de arma de fogo como
crime hediondo. Seja uma arma de fogo de uso permitido, seja uma arma de fogo restrito, seja uma
arma de fogo de uso proibido, qualquer arma de fogo.

c) Qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (Art. 157, § 3º);

Nesse caso, o roubo não é circunstanciado. Enquanto as alíneas a) e b) são majorantes, a alínea c) é
uma qualificadora.

III - Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou
morte (Art. 158, § 3º); (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

Vulgarmente conhecido como sequestro-relâmpago. Essas modificações também foram feitas pelo
pacote anticrime. Antes do pacote, em relação à extorsão, só era crime hediondo a extorsão
qualificada pelo resultado morte.

Antes do pacote anticrime, havia três correntes em relação ao sequestro-relâmpago:


• 1ª corrente: Não é considerado crime hediondo por falta de previsão legal.
• 2ª corrente: Quando ele é caracterizado pelo resultado lesão corporal grave ou morte, aplica-se as
penas do crime de extorsão mediante sequestro que, por sua vez, é hediondo, tanto na sua forma
simples como nas suas formas qualificadas.
• 3º corrente: A única hipótese de sequestro-relâmpago que vai ser considerada crime hediondo é
aquela que for qualificada pelo resultado morte.

O sequestro – relâmpago agora é crime hediondo previsto na lei 8.072/90: Após o pacote
anticrime, extorsão simples continua não sendo crime hediondo, mas é crime hediondo a extorsão
qualificada pela restrição da liberdade, ou seja, o sequestro-relâmpago vai ser crime hediondo em
qualquer de suas formas, independentemente do resultado. Também a extorsão quando resultar em
lesão corporal ou morte.

IV - Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (Art. 159, caput e § 1º, 2º e 3º);

Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate.
Pena - Reclusão, de 8 a 15 anos.
§ 1o - Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime for cometido por bando ou quadrilha.
Pena - Reclusão, de 12 a 20 anos.
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - Reclusão, de 16 a 24 anos.
§ 3º - Se resulta a morte:
Pena - Reclusão, de 24 a 30 anos.
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a
libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.

Fique ligado: A extorsão mediante sequestro (Art. 159, CP) é crime contra o patrimônio (Título II,
da Parte Especial, do CP – Arts. 155 a 183) e, mesmo resultando a morte da vítima, será processado
pelo juizado comum (juiz singular) e não pelo tribunal do júri (Art. 5º, XXXVIII, CF/88).
V - Estupro (Art. 213, caput e § 1º e 2º);

Hoje reúne as condutas que antigamente eram previstas nos crimes de estupro e de atentado
violento ao pudor. Não exige mais a conjunção carnal. Qualquer tipo de ato libidinoso que não haja
consentimento pode ser enquadrado como estupro.

Art. 213 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
§ 1º - Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito)
ou maior de 14 anos:
§ 2º - Se da conduta resulta morte:
O estupro (Art. 213, CP) é delito hediondo em todas as suas formas, seja na forma simples, seja na
forma qualificada, bem como o estupro de vulnerável (Art. 217-A, CP).

MUITO IMPORTANTE: Antes o crime de Estrupo, o MP esperava o depoimento da vítima para a


propositura da ação (Era crime de AP pública condicionada à representação, eis que, em regra, para
que o Estado pudesse proceder à persecução penal, era exigida a representação da vítima – essa
era a regra).
Mas com a nova Lei 13.718/18, todos os crimes contra a liberdade sexual passarão a ser
denunciados por ação penal pública incondicionada. Isso significa, na prática, que a ação contra
crimes como estupro e assédio sexual não dependerão mais da vontade da vítima para ocorrer.
Sem exceções, sem representação, sem manifestação do ofendido. A vítima pode ficar em paz, se
submeter à perícia e ir para casa, sem ter que pensar se autoriza ou não a persecução penal.
Avançamos da ação penal privada na década de 1940, para a pública condicionada à
representação em 2009 e agora, finalmente: Pública incondicionada.
Os porquês desse avanço são inúmeros: porque é um crime grave e hediondo; porque é um crime
que a sociedade como um todo repudia e exige punição; porque assim como o homicídio, tentado
ou consumado, deixa sequelas muitas vezes irreparáveis na vítima e ou seus familiares.

VI - Estupro de vulnerável (Art. 217A, caput e § 1º, 2º, 3º e 4º);

Art. 217A - Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:

O estupro de vulnerável (Art. 217A, CP) é delito hediondo em todas as suas formas, basicamente
se trata de conjunção carnal ou ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos, mesmo que sem
violência ou grave ameaça, bastando-se para a configuração do crime o consentimento da vítima.

Súmula nº 593, STJ: O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou
prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima
para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com
o agente.

§1 - Equipara-se a vulnerável aquele que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode
oferecer resistência. Acresce-se que, nesse crime, a ação penal é pública incondicionada.
§ 2 - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3 - Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
§ 4 - Se da conduta resulta morte:

VII - Epidemia com resultado morte (Art. 267, § 1º).

Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:


§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.

Somente a epidemia patogênica dolosa com resultado morte (Art. 267, §1º, CP) é crime hediondo.
As demais formas não são hediondas: nem a epidemia simples, nem a culposa (Art. 267, caput e §2º,
CP).
Conduta: Causar (produzir) epidemia — doença, em geral infecciosa e transitória, que ataca rapi-
damente, ao mesmo tempo e no mesmo lugar, grande número de indivíduos —, mediante a propa-
gação (disseminação) de germes patogênicos humanos. Ressalta-se que o agente pode ter o desejo
de causar a epidemia em local certo, mas pessoas incertas (indeterminação do alvo), por exemplo,
em determinada cidade.

Objeto material: Germe (micróbio) patogênico (que produz doença) ao ser humano. Em termos de
extensão, diferenciam-se endemia (menor), epidemia (médio) e pandemia (grande).
Endemia: Enfermidade que grassa numa região (povo, país etc.), e que tem causas exclusivamente
locais.
Epidemia: Agravação de uma endemia.
Pandemia: Doença que ataca ao mesmo tempo grande número de pessoas, na mesma região ou em
grande número de países; grande epidemia.

Fique ligado: Caso a doença ou a praga sejam destinados à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora
ou aos ecossistemas, ocorrerá crime ambiental (Art. 61, LCA).

VIIB - Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins


terapêuticos ou medicinais (Art. 273, caput e § 1°, § 1°A e § 1°B, com a redação dada pela Lei n°
9.677, de 2 de julho de 1998).

Com relação aos produtos terapêuticos ou medicinais, ou seja, não se consideram como hediondos
os cosméticos e os saneantes (Art. 273, §1º-A, CP) nem a sua modalidade culposa, porquanto não
são considerados ofensivos à saúde pública, dessa forma, a doutrina considera como uma inter-
pretação restritiva de tal preceito.

VIII - Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou


adolescente ou de vulnerável (Art. 218B, caput, e § 1º e 2º).

Art. 218B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém
menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário
discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone.

§ 1o - Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
§ 2o - Incorre nas mesmas penas.

I - Quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior
de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
II - O proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas
no caput deste artigo.

§ 3o - Na hipótese do inciso II do § 2 o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da


licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.

Fique ligado: Há diferença entre induzir alguém para a prostituição e para satisfazer a lascívia de
outrem: no primeiro, trata-se de uma ideia reiterada e permanente; no segundo, trata-se de um único
ato para determinada pessoa.

Se a conduta for à de “induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem”, então haverá implica-
ção de outros delitos:
1) Pessoa maior de 18 anos: Mediação para satisfazer a lascívia de outrem (Art. 227, caput, CP).
2) Pessoa menor de 18 e maior de 14 anos: Mediação para satisfazer a lascívia de outrem qua-
lificada (Art. 227, §1º, CP).
3) Pessoa menor de 14 anos: Corrupção de menores (Art. 218, CP).

IX - Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo
comum (Art. 155, § 4ºA do CP). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Obs.: E o roubo circunstanciado pela destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego


de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (Art. 157, §2º-A, II do CP)?! O
legislador fez a previsão para o furto e não fez para o roubo.

X - Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação realizados por meio da rede de


computadores, de rede social ou transmitidos em tempo real (art. 122, caput e § 4º); (Incluído pela
Lei 14.811, de 2024)

XI - Sequestro e cárcere privado cometido contra menor de 18 (dezoito) anos (art. 148, § 1º, inciso
IV); (Incluído pela Lei 14.811, de 2024)

XII - Tráfico de pessoas cometido contra criança ou adolescente (art. 149-A, caput, incisos I a V, e §
1º, inciso II). (Incluído pela Lei 14.811, de 2024)

Parágrafo único - Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: (Redação dada


pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - O crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

GENOCIDIO
O termo "genocídio" não existia antes de 1944; ele foi criado como um conceito específico para
designar crimes que têm como objetivo a eliminação da existência física de GRUPOS nacionais,
étnicos, raciais e/ou religiosos.

O crime de genocídio tem algumas possibilidades, não é só matar uma grande quantidade de
pessoas de determinada raça ou etnia. É, por exemplo, fazer transferência forçada de crianças,
obrigar um conjunto de pessoas a não se reproduzir.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Define e pune o crime de genocídio.


Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou
religioso, como tal:
a) Matar membros do grupo;
b) Causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) Submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a
destruição física total ou parcial;
d) Adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) Efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;

Será punido:
Com as penas do Art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra a;
Com as penas do Art. 129, § 2º, no caso da letra B;
Com as penas do Art. 270, no caso da letra C;
Com as penas do Art. 125, no caso da letra D;
Com as penas do Art. 148, no caso da letra E;

Art. 2º - Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos crimes mencionados no artigo
anterior:
Pena: Metade da cominada aos crimes ali previstos.
Art. 3º - Incitar, direta e publicamente alguém a cometer qualquer dos crimes de que trata o art. 1º:
Pena: Metade das penas ali cominadas.
§ 1º - A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime incitado, se este se consumar.
§ 2º - A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a incitação for cometida pela imprensa.

Art. 4º - A pena será agravada de 1/3 (um terço), no caso dos arts. 1º, 2º e 3º, quando cometido o
crime por governante ou funcionário público.

Art. 5º - Será punida com 2/3 (dois terços) das respectivas penas a tentativa dos crimes definidos
nesta lei.

Art. 6º - Os crimes de que trata esta lei não serão considerados crimes políticos para efeitos de
extradição.

Art. 7º - Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 01 de outubro de 1956; 135º da Independência e 68º da República.

II - O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO, previsto no art. 16 da Lei
nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Arma de fogo de uso proibido é quando há um armamento classificado em tratados internacionais


como arma de fogo de uso proibido, por exemplo, uma arma de destruição em massa. Também
quando um objeto que não foi feito para ser utilizado como arma, mas tem se uma arma que foi
camuflada.

O pacote anticrime diferenciou a posse e o porte de arma de fogo de uso restrito da posse e do
porte de arma de fogo de uso proibido. A posse e o porte de arma de fogo de uso proibido são mais
graves, têm uma quantidade de pena maior.
Antigamente, o que era considerado como crime hediondo era o art. 16 do Estatuto do
Desarmamento, a Lei n. 10.826, que contemplava tanto as armas de fogo de uso restrito quanto as
armas de fogo de uso proibido.
O pacote anticrime fez uma cisão de maneira que esses crimes são tipos penais distintos e só vão
ser considerados crime hediondo a posse ou o porte de arma de fogo de uso proibido.
Obs.: O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de USO RESTRITO?! Não é mais
considerado crime hediondo.

E O DE POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO, previsto no art. 16


da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003.

Art. 16 - Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena - Reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.
Parágrafo único - Nas mesmas penas incorre quem:

I - Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou


artefato;
II - Modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de
uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade
policial, perito ou juiz;
III - Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV - Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V - Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente; e
VI - Produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição
ou explosivo.

III - O crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

IV - O crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18


da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Esses crimes não estavam previstos na Lei de Crimes Hediondos. A lei dispunha que eram crimes
hediondos a posse ou o porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, mas não dispunha nada sobre
o comercio ilegal e sobre o tráfico internacional, sendo condutas muito mais graves do que a mera
posse ou o mero porte ilegal. O legislador corrigiu essa distorção no pacote anticrime.

V - O crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou


equiparado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Logo, os Crimes hediondos são: (Taxativos).

I - Homicídio (Art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (Art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII
e IX);

IA - Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (Art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de
morte (Art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;

II - Roubo:
a) Circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (Art. 157, § 2º, inciso V);
b) Circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (Art. 157, § 2ºA, inciso I) ou pelo emprego de
arma de fogo de uso proibido ou restrito (Art. 157, § 2ºB);
c) Qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (Art. 157, § 3º);

III - Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou
morte (Art. 158, § 3º);

IV - Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (Art. 159, caput e § 1º, 2º e 3º);

V - Estupro (Art. 213, caput e § 1º e 2º);

VI - Estupro de vulnerável (Art. 217A, caput e § 1º, 2º, 3º e 4º);

VII - Epidemia com resultado morte (Art. 267, § 1º).

VIIB - Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins


terapêuticos ou medicinais (Art. 273, caput e § 1°, § 1°A e § 1°B, com a redação dada pela Lei n°
9.677, de 2 de julho de 1998).

VIII - Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou


adolescente ou de vulnerável (Art. 218B, caput, e § 1º e 2º).

IX - Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo
comum (Art. 155, § 4ºA do CP).
Parágrafo único - Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:

I - O crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;

II - O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO, previsto no art. 16 da
Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

III - O crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003;

IV - O crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18


da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

V - O crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou


equiparado.

OBS.: Homicídio qualificado-privilegiado NÃO é hediondo; Feminicídio é hediondo, pois é


qualificado.

OBS.: Extorsão, com restrição de liberdade e com resultado morte (popular sequestro relâmpago -
art.158, § 3º, CP) NÃO é considerado crime hediondo pois o critério adotado no Brasil para a
definição de crimes hediondos é o legalista, logo, só serão considerados crimes hediondos os que
estão descritos no art.1º da Lei 8.072/90. Além disso, considerar atualmente o sequestro relâmpago
como crime hediondo seria fazer uma analogia in malam partem, o que é proibido no ordenamento
jurídico nacional.

VI - Os crimes previstos no Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código Penal Militar),


que apresentem identidade com os crimes previstos no art. 1º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.688,
de 2023)

VII - Os crimes previstos no § 1º do art. 240 e no art. 241B da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente). (Incluído pela Lei 14.811, de 2024)

Art. 240 - Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
Pena - Reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
§ 1º - Incorre nas mesmas penas quem: (Redação dada pela Lei nº 14.811, de 2024)
I - Agencia, facilita, recruta, coage ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou
adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena;
(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)
II - Exibe, transmite, auxilia ou facilita a exibição ou transmissão, em tempo real, pela internet, por
aplicativos, por meio de dispositivo informático ou qualquer meio ou ambiente digital, de cena de sexo
explícito ou pornográfica com a participação de criança ou adolescente. (Incluído pela Lei nº 14.811,
de 2024)

Art. 241B - Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena - Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

CRIMES EQUIPARADOS OU ASSEMELHADOS A HEDIONDO

O rol dos crimes hediondos é taxativo, e encontram-se elencados na Lei 8.072/90, no entanto,
existem ainda os chamados equiparados ou assemelhados a hediondo, estes elencados no artigo
5º, XLIII, da Constituição Federal. Os crimes equiparados a hediondos dependem de mandamento
constitucional, entretanto, a Constituição Federal autoriza que a lei ordinária defina e indique quais
crimes serão considerados hediondos.

Art. 2º - Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o
terrorismo são insuscetíveis de:
Tortura (9.455/97), tráfico ilícito de entorpecentes (Lei nº 11.343/06) e terrorismo não são hediondos,
mas são EQUIPARADOS a hediondo.
Terrorismo (Art. 20, da Lei n. 7.170/83). Há divergência, alguns entendem que não existe tipificação
do crime de terrorismo.

I - Anistia, Graça e Indulto; AGI

CF - XLIII - A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da


tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se
omitirem;

O STF se pronunciou sobre o indulto e dispôs que indulto e graça fazem parte do determinado Poder
de Graça do Presidente da República. Esse poder de perdão do Presidente da República significa a
graça, que é individual, e o indulto, que é de maneira coletiva. O STF dispôs que o indulto não é
cabível porque está incluído dentro do Poder de Graça do Presidente da República.
Cabe liberdade provisória, nesse caso sem fiança. A Lei n. 8.072 dispôs que não era possível
liberdade provisória, mas o STF declarou inconstitucional. A liberdade provisória é possível sim
porque não é possível trazer uma previsão legislativa que venha a ferir o princípio da individualização
da pena, o princípio da presunção de inocência. A pessoa é presumidamente inocente e por essa
razão é cabível a liberdade provisória.

II - Fiança.

MACETE: São insuscetíveis: Fiança, indulto, graça e anistia. (Figa)

§ 1º - A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.

§ 2º - A progressão de regime, no caso dos condenados pelos crimes previstos neste artigo, dar-se-á
após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos),
se reincidente, observado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de
1984 (Lei de Execução Penal). (Redação dada pela Lei nº 13.769, de 2018) (Revogado pela Lei nº
13.964, de 2019)

Súmula: 471 - STJ


Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n.
11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a
progressão de regime prisional.

Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) Condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional;
b) Condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) Condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou
equiparado;
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou
equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.

§ 3º - Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar


em liberdade.

Nesse parágrafo está previsto o direito de o réu recorrer em liberdade (liberdade provisória), tal regra
deve ser entendida da seguinte forma: Após a sentença, se não existirem pressupostos para a prisão
preventiva, o réu deverá responder em liberdade. Se, ao contrário, existirem pressupostos para a
prisão preventiva, o réu recorrerá preso, sempre o juiz fundamentando as decisões.

Quando a Lei dos Crimes Hediondos entrou em vigor na década de 90, havia a previsão de que que
não se podia conceder liberdade provisória para quem tivesse praticado crime hediondo.
Pouco tempo depois o STF decidiu que era inconstitucional porque fere o princípio da presunção de
inocência. A pessoa só é considerada culpada quando é condenada. A pessoa só vai ficar presa se
houver alguma causa que autorize essa prisão preventiva de acordo com o Código de Processo
Penal.

§ 4º - A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos
crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 DIAS, prorrogável por igual período em caso de
extrema e comprovada necessidade.

O prazo para prisão temporária é de 05 dias nos casos de crime comum, sendo prorrogáveis pelo
mesmo período, comprovada extrema necessidade.
Já nos casos de crimes hediondos, o prazo para este tipo de prisão cautelar é de 30 dias sendo
prorrogáveis por igual período, comprovada extrema necessidade.

Presídios de Segurança Máxima

Art. 3º - A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao


cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em
presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.

Art. 4º - (Vetado)

Livramento condicional

Art. 5º - Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso:

Art. 83 inc. V - Cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime
hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado
não for reincidente específico em crimes dessa natureza.

A Lei dos Crimes Hediondos trouxe uma alteração ao livramento condicional, previsto no Art. 83 do
CP (Código Penal). É importante observar que é vedado o livramento condicional ao reincidente
específico em delitos de natureza hedionda (crimes hediondos e equiparados).
Contudo, a Lei nº 13.344/2016 inclui mais um crime nesse rol gravoso para liberdade condicional: o
tráfico de pessoas (Art. 149-A, CP).

Art. 6º - Os art. 157, § 3º; 159, caput e seus § 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo
único; 267, caput e 270, caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação:
Art. 157, § 3º - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 5 a 15 anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 a 30 anos, sem prejuízo da multa.
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate:
Pena - Reclusão, de 8 a 15 anos.
§ 1 º - Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.
Pena - Reclusão, de 12 a 20 anos.
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - Reclusão, de 16 a 24 anos.
§ 3º - Se resulta a morte:
Pena - Reclusão, de 24 a 30 anos.
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena - Reclusão, de 6 a 10 anos.
Art. 214. REVOGADO
Art. 223. REVOGADO
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:
Pena - Reclusão, de 10 a 15 anos.
Art. 270 - Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou
medicinal destinada a consumo:
Pena - reclusão, de 10 a 15 anos.

Art. 7º - Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo:

Art. 159, § 4º - Se o crime for cometido por quadrilha ou bando, o coautor que denunciá-lo à
autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.

Delação eficaz: Trata-se de uma causa obrigatória de diminuição de pena — de 1/3 (um terço) a
2/3 (dois terços) — para o crime de extorsão mediante sequestro em concurso de agentes (Art. 159,
CP), devendo a denúncia ser eficaz, ou seja, possibilitando a libertação da vítima.

Delação premiada

Art. 8º - Será de 3 (três) a 6 (seis) anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal,
quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins
ou terrorismo.

O crime de associação criminosa (Art. 288, CP) será qualificado quando possuir o fim de praticar
crimes hediondos e equiparados — exceto tráfico de drogas, pois a este delito incidirá o Art. 35 da Lei
nº 11.343/2006: associação para o tráfico de drogas. Contudo, tal qualificadora não está presente no
Código Penal, mas somente na Lei dos Crimes Hediondos.

Fique ligado: Portanto, tome cuidado com o enunciado de prova, caso cite “de acordo com o Código
Penal”, então não há associação criminosa qualificada.

Parágrafo único - O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha,


possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de 1 (um) a 2/3 (dois terços).

Trata-se de uma causa obrigatória de diminuição de pena — de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços)
— para associação criminosa (Art. 288, CP), sendo que um ou mais dos agentes (associado ou
partícipe) denuncie (traia) de modo eficaz, ou seja, possibilitando o desmantelamento do grupo (Art.
8º, parágrafo único).

Fique ligado: DELAÇÃO EFICAZ ≠ TRAIÇÃO BENÉFICA.


Na delação eficaz, deve-se possibilitar a libertação da vítima (efetivamente); enquanto na traição
benéfica, o desmantelamento do grupo criminoso (o famoso “dedo duro”).

Art. 9º - As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos art. 157, § 3º, 158, § 2º, 159,
caput e seus § 1º, 2º e 3º, 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214
e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de
metade, respeitado o limite superior de 30 (trinta) anos de reclusão, estando a vítima em qualquer
das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.

Art. 10 - O art. 35 da Lei n. º 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo
único, com a seguinte redação:

Art. 35.
Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro quando se
tratar dos crimes previstos nos arts. “12, 13 e 14.”

Art. 11 - (Vetado.)

Art. 12 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 13 - Revogam-se as disposições em contrário.

JURISPRUDÊNCIAS E TEMAS RELEVANTES

- Associação para o Tráfico de Drogas não é Equiparado a Hediondo

Segundo entendimento dos Tribunais Superiores, o crime de associação para o tráfico (Art. 35, Lei nº
11.343/2006) não é equiparado a hediondo, razão pela qual a progressão de regime seguirá a regra
geral dos delitos comuns, além dos requisitos subjetivos, o requisito objetivo de cumprimento de, ao
menos, 1/6 da pena em cada regime: Art. 112, LEP (Lei nº 7.210/1984).
O Superior Tribunal de Justiça entende que o delito de associação para o tráfico de drogas não
possui natureza hedionda, por não estar expressamente previsto nos arts. 1º e 2º, Lei nº
8.072/1990. […], deve ser cumprido o lapso de 1/6 de pena para a progressão de regime, não se
aplicando o disposto no art. 2º, §2º, Lei n.º 8.072/1990.

- Corrupção de Menores Majorada por Crime Hediondo

Art. 244B, ECA: Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§1º - Incorrem nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas
utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.

§2º. As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a
infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de
1990.

O crime de corrupção de menores previsto no Art. 244-B do ECA (Lei nº 8.069/1990) é diferente da
corrupção de menores prevista no Art. 218 do CP (crime contra a dignidade sexual). O ato de cor-
romper menor de 18 (dezoito) anos de idade ou de facilitar a sua corrupção para a prática de infração
penal (Art. 244-B, ECA) é considerado delito formal, cuja caracterização demanda a coautoria ou
participação de indivíduo maior de idade, majorando-se a pena caso o delito perpetrado em decor-
rência da corrupção seja hediondo.
Súmula nº 500, STJ: A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva
corrupção do menor, por se tratar de delito formal.

- Associação Criminosa é Crime Hediondo?

Não. Nem a prevista no Código Penal (Art. 288, CP), ainda que tenha a finalidade de praticar crimes
hediondos e equiparados (Art. 8º, Lei nº 8.072/1990), nem a prevista na Lei de Drogas (Art. 35, Lei nº
11.343/2006), nem a organização criminosa (Art. 1º, §1º, Lei nº 12.850/2013).
Contudo, a associação criminosa com objetivo de genocídio é hedionda (Art. 2º, Lei nº 2.889/1956),
haja vista a definição expressa na Lei de Crimes Hediondos (Art. 1º, parágrafo único, Lei nº
8.072/1990).
Vejamos o que diz o caput do Art. 2º da Lei de Genocídio: Art. 2º, caput, Lei nº 2.889/1956:
Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos crimes mencionados no artigo anterior:
É hedionda a incitação à prática de genocídio:
Art. 3º, caput, Lei nº 2.889/1956: Incitar, direta e publicamente alguém a cometer qualquer dos
crimes de que trata o Art. 1º: […].

SERÁ INCLUÍDO NO ROL DOS CRIMES HEDIONDOS PELA LEI 9.677/98 PELO PROJETO DE
LEI

Depois da Operação Carne Fraca, da PF (Polícia Federal), o senador de Mato Grosso do Sul,
Waldemir Moka (PMDB), retomou a discussão sobre um projeto, de sua autoria, que torna crime
hediondo a adulteração e falsificação em produtos alimentícios.

A proposta foi apresenta em 2013 pelo parlamentar e encaminhado à Comissão Temporária de


Reforma do Código Penal Brasileiro, cujo relator é o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Conforme o texto, a ideia é tornar os delitos de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de


substâncias ou produtos alimentícios crimes hediondos, previstos da Lei 9.677 de 1998, cuja pena é
reclusão de quatro a oito anos e multa.
A operação “Carne Fraca”, realizada em 17 de março, mirou gigantes do setor de frigoríficos e
investigou maquiagem de produtos, com venda de carne fora do prazo de validade. A apuração
revelou até o uso de carnes podres, maquiadas com ácido ascórbico, e reembalagem de produtos
vencidos.

Qualidade – Moka voltou a afirmar que a carne brasileira é a melhor do mundo. “Nosso rebanho é
criado livre. Alimenta-se essencialmente de grama e capim, sem a necessidade adicionar outras
fórmulas de alimentação”, afirma.

RESUMINDO

BONS ESTUDOS!

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