Aula 1 - Revisão de Derivada - Gabarito

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CÁLCULO APLICADO – VÁRIAS VARIÁVEIS

Revisão:
DERIVADA de funções de uma variável
✓ Regras de derivação (soma e produto por constante) para derivar combinações
lineares de funções elementares (funções constantes, potência, exponenciais,
logarítmicas, trigonométricas e arcos trigonométricos
✓ Regra do Produto, regra do quociente e a regra da cadeia
✓ Aplicação de derivadas de funções de uma variável
✓ Valores máximos e mínimos de uma função de uma variável
✓ Testes da 1ª e 2ª derivada.
✓ Problemas de otimização.

Objetivo
Aplicar os conceitos de Cálculo Integral na resolução de problemas em engenharia e áreas
afins.

Profa. Me. Alessandra Azzolini

1
Profa. Me. Alessandra Azzolini
Derivada de uma função 𝑓 em relação à variável 𝑥: é a taxa de variação de 𝑓
à medida que 𝑥 varia. A derivada no ponto 𝑥 = 𝑥0 é

Regras de derivação

Derivada da função constante

𝑑
(𝑐) = 0
𝑑𝑥

Se 𝒚 = 𝒇(𝒙) = 𝒄, 𝒆𝒏𝒕ã𝒐 𝒚′ = 𝒇′ (𝒙) = 𝟎

Exemplo

𝑓(𝑥) = log 3 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 0

Derivada da função identidade

𝑑
(𝑥) = 1
𝑑𝑥

Se 𝒚 = 𝒇(𝒙) = 𝒙, 𝒆𝒏𝒕ã𝒐 𝒚′ = 𝒇′ (𝒙) = 𝟏

Utilizando a regra da potência para resolver

𝑑 𝑛
(𝑥 ) = 𝑛𝑥 𝑛−1 𝑜𝑢
𝑑𝑥

(𝑥 𝑛 )′ = 𝑛𝑥 𝑛−1

𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ⇒ 𝑓(𝑥)′ = 2𝑥
𝑓(𝑥) = 𝑥 4 ⇒ 𝑓(𝑥)′ = 4𝑥³

Se f(x)= k.g(x) então f’(x)= k.g’(x)

𝑓(𝑥) = 3𝑥 4
𝑓(𝑥)′ = 3.4𝑥 3 = 12𝑥³

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Regra da soma e diferença
“A derivada da soma é igual à soma ou diferença das derivadas”.
A derivada de uma soma ou diferença de duas funções f(x) e g(x) é a soma ou
diferença das derivadas de f(x) e g(x).

h(x) = 6x² + 4x + 7

h'(x) = 12x + 4.1 + 0

h'(x) = 12x + 4

y = 2x3 - 5x – x + 3

y’ = 6x² - 5.1 – 1 + 0
y’ = 6x² - 5 – 1
y’ = 6x² - 6

Derivada da função exponencial natural

A derivada da função exponencial 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 é ela mesmo.

Função Derivada

𝒇(𝒙) 𝒇′(𝒙)

𝒄 𝟎

𝒙 = 𝒙𝟏 𝟏𝒙𝟏−𝟏 = 𝟏𝒙𝟎 = 𝟏. 𝟏 = 𝟏

𝒙𝒏 𝒏𝒙𝒏−𝟏

𝒄. 𝒙𝒏 𝒄. 𝒏𝒙𝒏−𝟏

𝟏 𝟏
= −𝟏. 𝒙−𝟐 = −
𝒙 𝒙𝟐
√𝒙 = 𝒙𝟏/𝟐 𝟏 𝟏−𝟏 𝟏 −𝟏 𝟏 𝟏
𝒙𝟐 = 𝒙 𝟐 = 𝟏 =
𝟐 𝟐 𝟐√𝒙
𝟐𝒙𝟐
𝒆𝒙 𝒆𝒙 𝒍𝒏(𝒆) = 𝒆𝒙

𝒂𝒙 𝒂𝒙 𝒍𝒏(𝒂)

𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝒙) 𝟏
𝒙 𝒍𝒏(𝒂)
𝒍𝒏 (𝒙) 𝟏 𝟏
=
𝒙 𝒍𝒏(𝒆) 𝒙
𝒔𝒆𝒏 (𝒙) 𝒄𝒐𝒔 (𝒙)

3
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𝒄𝒐𝒔 (𝒙) − 𝒔𝒆𝒏 (𝒙)

𝒕𝒈(𝒙) 𝒔𝒆𝒄𝟐 (𝒙)

𝒄𝒐𝒕𝒈(𝒙)
−𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒄𝟐 (𝒙)

Regra do Produto

𝑭(𝒙) = 𝒇(𝒙). 𝒈(𝒙)

𝑭′(𝒙) = 𝒇′(𝒙). 𝒈(𝒙) + 𝒇(𝒙). 𝒈′(𝒙)

𝒇(𝒙) = 𝒙𝟒 . 𝒍𝒏 (𝒙)
𝟏
𝒇′ (𝒙) = 𝟒𝒙𝟑 . 𝒍𝒏(𝒙) + 𝒙𝟒 .
𝒙
𝒙𝟒
𝒇′ (𝒙) = 𝟒𝒙𝟑 . 𝒍𝒏(𝒙) +
𝒙
′ (𝒙) 𝟑
𝒇 = 𝟒𝒙 𝒍𝒏(𝒙) + 𝒙³

Regra do quociente
A Regra do Quociente diz que a derivada de um quociente é o denominador
vezes a derivada do numerador menos o numerador vezes a derivada do
denominador, todos divididos pelo quadrado do denominador.

𝑓(𝑥)
𝑭(𝒙) =
𝑔(𝑥)

𝑓 ′ (𝑥). 𝑔(𝑥) − 𝑓(𝑥). 𝑔′(𝑥)


𝑭′(𝒙) =
[𝑔(𝑥)]2

𝒔𝒆𝒏 (𝒙)
𝑭(𝒙) =
𝒙²

𝒄𝒐𝒔(𝒙). 𝒙𝟐 − 𝒔𝒆𝒏(𝒙). 𝟐𝒙
𝑭′(𝒙) =
(𝒙𝟐 )²
𝒙²𝒄𝒐𝒔(𝒙) − 𝟐𝒙𝒔𝒆𝒏(𝒙)
𝑭′(𝒙) =
𝒙𝟒
𝒙( 𝒙𝒄𝒐𝒔(𝒙) − 𝟐𝒔𝒆𝒏(𝒙))
𝑭′(𝒙) =
𝒙𝟒

𝒙𝒄𝒐𝒔(𝒙) − 𝟐𝒔𝒆𝒏(𝒙)
𝑭′(𝒙) =
𝒙𝟑
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Profa. Me. Alessandra Azzolini
Agora é com vocês...

Vamos praticar!

Obtenha a derivada de cada função a seguir:

1
a) f(x)= 2 x 2 => 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑥

b) f(x)= x2 + x5=> 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥 + 5𝑥 4

c) f(x)= 2x + 1=> 𝑓 ′ (𝑥) = 2

d) f(t)= 3t2 - 6t + 10=> 𝑓 ′ (𝑥) = 6𝑡 − 6


10
e) f(y)= 10 ln(y) - 3y + 6 => 𝑓 ′ (𝑦) = −3
𝑦

f) f(x) = 5sen(x) + 2cos(x) – 4=> 𝑓 ′ (𝑥) = 5 cos(𝑥) − 2 𝑠𝑒𝑛(𝑥)

g) f(x)= x.sen(x) => 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) + 𝑥 cos (𝑥)

h) f(x)= x2.ln(x) => 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥. ln(𝑥) + 𝑥

i) f(x)=(2x2 - 3x + 5).(2x - 1) => 𝑓 ′ (𝑥) = 12𝑥 2 − 16𝑥 + 13


x−1 −1
j) 𝑓(𝑥) = => 𝑓 ′ (𝑥) = (x−2)²
x−2

k) f(x) = sen ϖ - tg(x) => 𝑓 ′ (𝑥) =-sec²(x)

cos(𝑥)
l) 𝑓(𝑥) = √x. cos(x) => 𝑓 ′ (𝑥) = − √𝑥. 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
2√𝑥

𝒆𝒙 𝒆𝒙 .𝟐𝒙−𝒆𝒙 .𝟐 𝒆𝒙 .𝟐(𝒙−𝟏) 𝒆𝒙 (𝒙 − 𝟏)
m) ) 𝒚 = => 𝑓′ (𝑥) = = 𝑓′ (𝑥) = = 𝑓′ (𝑥) =
𝟐𝒙 (𝟐𝒙)² 𝟒𝒙² 𝟐𝒙²

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DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA (REGRA DA CADEIA)

Consideremos a função composta

𝐹(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥))
Se g for derivável em x e f for derivável em g(x), então a função composta
F = fog definida por F(x) = f(g(x)) é derivável em x e F ‘ é dada pela seguinte fórmula:

Exemplo
𝒂) 𝑭(𝒙) = 𝒔𝒆𝒏 (𝒙𝟐 )
𝑭′ (𝒙) = 𝟐𝒙. 𝒄𝒐𝒔(𝒙𝟐 )

𝒃) 𝑭(𝒙) = (𝒔𝒆𝒏 𝒙)²


𝑭′ (𝒙) = 𝒄𝒐𝒔(𝒙). 𝟐(𝒔𝒆𝒏 𝒙)
𝑭′ (𝒙) = 𝟐𝒄𝒐𝒔(𝒙). 𝒔𝒆𝒏 (𝒙)

𝟐 −𝟑𝒙
𝒄) 𝑭(𝒙) = 𝒆𝒙
𝟐 −𝟑𝒙
𝑭′(𝒙) = (𝟐𝒙 − 𝟑). 𝒆𝒙
Utilizar a regra da cadeia para calcular a derivada da função

𝒂) 𝒇(𝒙) = (𝟓𝒙 − 𝟕)𝟑 => 𝒇′(𝒙) = 5.3(5𝑥 − 7)² = 𝒇′(𝒙) = 15(5𝑥 − 7)²

𝒃)𝒇(𝒙) = 𝐜𝐨𝐬(𝟓𝒙𝟒 ) => 𝒇′(𝒙) = 𝟐𝟎𝒙³. (−𝒔𝒆𝒏(𝟓𝒙𝟒 )) = 𝒇′(𝒙) = −𝟐𝟎𝒙³𝒔𝒆𝒏(𝟓𝒙𝟒 )


𝟏 𝟔𝒙−𝟐
𝒄)𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧 (𝟑𝒙𝟐 − 𝟐𝒙) => 𝒇′(𝒙) = (𝟔𝒙 − 𝟐). (𝟑𝒙2 = 𝒇′(𝒙) =
−𝟐𝒙) 𝟑𝒙2 −𝟐𝒙

𝒅) 𝒇(𝒙) = 𝒆𝟒𝒙 => 𝒇′(𝒙) = 𝟒𝒆𝟒𝒙


𝟑
𝒆) 𝒇(𝒙) = (𝒙𝟐 − 𝟗) => 𝒇′(𝒙) = 𝟐𝒙. 𝟑(𝒙2 − 𝟗)² > 𝒇′(𝒙) = 𝟔𝒙(𝒙2 − 𝟗)²
𝟏
𝒇)𝒇(𝒙) = => 𝒇(𝒙) = (𝒙3 − 𝟑)−𝟏 => 𝒇′(𝒙) = 𝟑𝒙2 . (−𝟏). (𝒙3 − 𝟑)−𝟐
𝒙𝟑 −𝟑

𝟑𝒙²
=> 𝒇′(𝒙) = −𝟑𝒙²(𝒙3 − 𝟑)−𝟐 = 𝒇′(𝒙) = − 𝟑
(𝒙 −𝟑)²
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Derivadas de ordem superior

Seja 𝑓 ′ (𝑥) a derivada de 𝑓(𝑥). Se calcularmos a função derivada 𝑓 ′ (𝑥), nos pontos
em que ela existe chamaremos de derivada segunda de 𝑓(𝑥) a essa função e a
indicamos por 𝑓 ′ ′(𝑥).

De modo análogo, podemos definir derivada terceira, quarta etc. A derivada de


ordem 𝑛 de 𝑓(𝑥)será representada por 𝑓 (𝑛) (𝑥), se 𝑛 for grande, evitando o uso de
muitas “linhas”.

Calcular as sucessivas derivadas da função definida em ℝ 𝑝𝑜𝑟

Calcular as derivadas sucessivas até a ordem n = 5 indicada.

𝑎) 𝑓(𝑥) = 𝑥 4 − 6𝑥 3 − 𝑥

𝑓′(𝑥) = 4𝑥³ − 18𝑥² − 1

𝑓 ′′(𝑥) = 12𝑥 2 − 36𝑥

𝑓′′′(𝑥) = 24𝑥 − 36

𝑓 𝑖𝑉 (𝑥) = 24

𝑓 𝑣 (𝑥) = 0

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𝑏) 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛 (𝑥)

𝑓′(𝑥) = cos (𝑥)

𝑓′′(𝑥) = −𝑠𝑒𝑛(𝑥)

𝑓′′′(𝑥) = −cos (𝑥)

𝑓 𝑖𝑉 (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑥)

𝑓 𝑣 (𝑥) = cos (𝑥)

Usando as fórmulas de derivação, calcular a derivada de 3a ordem da função

𝒇(𝒙) = 𝒆𝟕𝒙 em 𝒙𝟎 = 𝟎.
𝒇′(𝒙) = 𝟕𝒆𝟕𝒙

𝒇′′(𝒙) = 𝟕. 𝟕𝒆𝟕𝒙 = 𝟒𝟗𝒆𝟕𝒙

𝒇′′′(𝒙) = 𝟒𝟗. 𝟕𝒆𝟕𝒙 = 𝟑𝟒𝟑𝒆𝟕𝒙

𝒇′′′(𝟎) = 𝟑𝟒𝟑𝒆𝟕.𝟎 = 𝟑𝟒𝟑𝒆𝟎 = 343.1 = 343

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Aplicação das derivadas na física

A velocidade como derivada


Um objeto em movimento obedece à função horária 𝑠 = 𝑓 (𝑡 ) = 𝑡 2 + 4𝑡 (t em segundos
e s em metros).
Determinar sua velocidade no instante t0 = 3s.
Resolução:
𝑣 = 𝑓′(𝑡 ) = 2𝑡 + 4
𝑣 = 𝑓′(3) =2.3+4 = 10 m/s

Portanto, a velocidade no instante t0 = 3s, v(3) será 10 m/s.

A aceleração como derivada


A aceleração no instante t0 = 3s será igual á derivada da função horária 𝑠 = 𝑓 (𝑡 ).
𝑎 = 𝑓′′(𝑡 ) = 2
𝑎 = 𝑓′′(3) = 2 𝑚/𝑠²

Portanto, a aceleração no instante t0 = 3s, a(3) será 2 m/s².

1. O movimento de um objeto ocorre ao longo de uma reta horizontal, de acordo com a


função horária: 𝑠 = 𝑓 (𝑡 ) = 2𝑡 2 + 5𝑡 − 6. Sabendo-se que a unidade de comprimento é o
metro e de tempo, o segundo, calcule a velocidade no instante t 0 = 4s.
𝑣 = 𝑓 (𝑡 ) = 4𝑡 + 5
𝑣 = 𝑓 (4) = 4.4 + 5 = 21 𝑚/𝑠

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2. Dada a função horária de um movimento retilíneo 𝑠 = 𝑓 (𝑡 ) = 8𝑡 2 − 𝑡, determine a
distância em km percorrida e a velocidade em km/h ao fim de 5h.

𝑠 = 𝑓 (5) = 8.52 − 5 = 195 𝑘𝑚

𝑣 = 𝑓 ′ (𝑡 ) = 16𝑡 − 1

𝑣 = 𝑓 ′ (5) = 16.5 − 1 = 79 𝑘𝑚/ℎ

3. Determine a aceleração de uma partícula no instante t0 = 6, sabendo que sua velocidade


obedece à função 𝑣 (𝑡 ) = 4𝑡 2 + 2𝑡 (Velocidade: m/s; tempo:s)
𝑣 (𝑡 ) = 4𝑡 2 + 2𝑡
𝑎 = 𝑣′(𝑡 ) = 8𝑡 + 2
𝑎 = 𝑣′(6) = 50 𝑚/𝑠²

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Máximos e Mínimos de uma função: teste da primeira derivada
Grosseiramente podemos dizer que os pontos de Máximos e Mínimos de uma função são os
pontos de picos e de depressões da função. Veja o gráfico:

Observando o gráfico podemos identificar que os pontos f(a) e f(b) são pontos de máximo
local e f(0) é ponto de mínimo local.
Ainda mais, podemos dizer que o ponto f(b) é um máximo absoluto e f(0) é ponto de
mínimo absoluto, pois f(b) é o maior valor de f e f(0) é o menor valor de f :

.
Mas como encontrar estes pontos em uma função qualquer que não se conheça o gráfico?
Observamos que nos pontos de máximos e de mínimos de uma função com intervalos
infinitos encontram-se os pontos críticos (pontos de inflexão).
Assim, quando derivamos e igualamos a zero, encontram-se estes pontos, .
O Estudo do sinal da função consiste em avaliar o comportamento da função ao longo do
domínio, ou seja, descrever onde ela é crescente, decrescente e os pontos de inflexão.
Para realizar este estudo utilizamos os conhecimentos de derivada, uma vez que a derivada
descreve a inclinação da reta tangente. Assim, quando tem-se:

• , a inclinação é positiva então a função é crescente.

• , a inclinação é negativa então a função é decrescente.

• , a inclinação é nula então a função está nos pontos de inflexão.

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Vejamos um exemplo:
3
Dada a função 𝑓 (𝑥) = 2𝑥 3 − 𝑥 2 − 3𝑥 + 1, faça o estudo da função.
2

Primeiramente deve-se derivar a função f(x). Como se trata de um polinômio pode-


se aplicar a derivada da potência em cada termo, onde obtém-se:
3
𝑓′(𝑥) = 6x² − . 2𝑥 − 3
2

𝑓′(𝑥) = 6x² −3𝑥 − 3


Iniciamos encontrando os pontos de inflexão, pontos onde a derivada é igual a zero, ou seja,
onde a inclinação da reta tangente é nula. 𝑓′(𝑥) = 0
6x 2 − 3𝑥 − 3 = 0

Como se trata de uma equação do segundo grau pode-se encontrar as raízes aplicando
a fórmula de Bháskara, onde encontram-se as raízes:
1
𝑥1 = 1 𝑒 𝑥2 = −
2
Isto quer dizer que os pontos 𝑥 = e 𝑥 = a função f(x) não é crescente nem decrescente.
Começamos com o caso onde a função é crescente (𝑓′(𝑥) > 0)

De forma análoga, pode-se encontrar onde ela é decrescente, :


Observa-se no gráfico o comportamento da função conforme acabamos de encontrar.

O ponto de máximo local em e mínimo local em .


𝑓′′(𝑥) = 12𝑥 − 3
1
𝑓′′ (− ) = 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 (máximo)
2

𝑓′′(1) = 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎 (mínimo)

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Máximos e Mínimos de uma função: teste da segunda derivada
Análise da concavidade de uma função

Apresenta-se como realizar a Análise da concavidade de uma função, ou seja, determinar


em que parte do domínio a função possui a concavidade voltada para cima e/ou para baixo.

Para isto a função deve ser duas vezes derivável em um intervalo aberto (a,b) e deve-
se verificar as seguintes situações:

1) Se em (a,b), então a concavidade está voltada para cima;

2) Se em (a,b), então a concavidade está voltada para baixo;

3) Se em (a,b), então este é um ponto de inflexão.

Observação: nem todo ponto de inflexão é um ponto de máximo ou mínimo, sempre faça o
estudo do sinal da função antes e depois dos pontos encontrados, pois o sinal deve mudar.

Veja o exemplo da função para o domínio , na qual


e onde encontramos , porém esta função é monótona crescente (sempre
crescente), não havendo troca de sinal em 0. Logo, não há pontos de máximos e de mínimos.

Obs: quando temos uma função f continua em um intervalo fechado, [a,b], então tem-se
pontos de máximos ou mínimos locais em a e b, mas não necessariamente máximos ou
mínimos absolutos.

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1º) Calculamos 𝑓′(𝑥)
2º) Calculamos os números críticos 𝑥𝑖 𝑑𝑒 𝑓 ′(𝑥) = 0
3º) Calculamos 𝑓′′(𝑥), nela substituindo os números críticos.
4º) aplicando o teste da derivada segunda.

Determine os intervalos abertos nos quais f(x) têm a concavidade para cima e para baixo:
𝑎) 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙𝟑 − 𝟔𝒙𝟐 + 𝟏

1º) Calculamos 𝒇′(𝒙) = 𝟔𝒙² − 𝟏𝟐𝒙


2º) Calculamos os números críticos 𝑥𝑖 𝑑𝑒 𝟔𝒙2 − 𝟏𝟐𝒙 = 𝟎
𝟔𝒙(𝒙 − 𝟐) = 𝟎
𝟔𝒙 = 𝟎 ou (𝒙 − 𝟐) = 𝟎
𝒙 = 𝟎 𝒐𝒖 𝒙 = 𝟐
3º) Calculamos 𝑓′′(𝑥), nela substituindo os números críticos.
𝒇′′(𝒙) = 𝟏𝟐𝒙 − 𝟏𝟐
4º) aplicando o teste da derivada segunda:
Como 𝑓 ′′ (0) 𝑒 𝑓 ′′ (2) são diferentes de zero, existem extremos locais.
𝒇′′(𝟎) = 𝒏𝒆𝒈𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂
𝒇′′(𝟐) = 𝒑𝒐𝒔𝒊𝒕𝒊𝒗𝒂

𝑥 = 0 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜


𝑥 = 2 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
Determine os pontos de máximos relativo e de mínimo relativo das funções, se existirem:

𝑎) 𝑓 (𝑥) = 2𝑥 2 − 8𝑥 + 6

1ª)𝑓′(𝑥) = 4𝑥 − 8

2ª) 4𝑥 − 8 = 0 => 𝑥 = 2

3ª)𝑓′′(𝑥) = 4

4ª)𝑓′′(0) = 4

𝑥 = 2 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜

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𝑏) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 6𝑥 2 + 9𝑥 − 10

𝑓′(𝑥) = 3𝑥 2 − 12𝑥 + 9

3𝑥 2 − 12𝑥 + 9 = 0 => x² + 4x + 3 =0 =>


𝑥 = 1 𝑜𝑢 𝑥 = 3

𝑓′′(1) = 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜

𝑓′′(3) = 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜

𝑥 = 1 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜


𝑥 = 3 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜

𝑐) 𝑓 (𝑥) = −𝑥 3 + 3𝑥 2 + 1

𝑥 = 0 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜


𝑥 = 2 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜

𝑑) 𝑓 (𝑥) = 2𝑥 3 − 12𝑥 2 + 24𝑥 + 15

𝑥 = 2 é 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜, 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎, 𝑛ã𝑜 ℎá 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑛𝑒𝑚 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜

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Aplicação da Teoria dos Máximos e Mínimos na Resolução de Problema
Exemplo 1
Dentre os retângulos de 16 cm de perímetro, qual o de maior área?
Resolução
1º) Determinamos a função principal:
A função principal é a área do retângulo, pois a grandeza área vem acompanhada da expressão maior.
Sejam x e y os lados de um retângulo.

A área do retângulo em função de x e y será


𝑨(𝒙, 𝒚) = 𝒙𝒚 (1)
2º) Escrevemos a função principal só dependendo de uma variável.
O outro dado do problema, 16 cm de perímetro servirá para fazer com que a função principal tenha uma
só variável ou só x ou y.
O perímetro do retângulo é dado por 𝟐𝒑 = 𝟐𝒙 + 2y = 16 => 𝒑 = 𝒙 + 𝒚 = 𝟖
𝒚=𝟖−𝒙 (2)
Substituindo (2) em (1), vem:
𝑨(𝒙, 𝒚) = 𝒙𝒚 (1) e 𝒚 = 𝟖 − 𝒙 (2)
𝑨(𝒙) = 𝒙(𝟖 − 𝒙)
𝑨(𝒙) = 𝟖𝒙 − 𝒙²
3º) Calculamos os pontos críticos de 𝑨(𝒙):
𝑨′ (𝒙) = 𝟖 − 𝟐𝒙
𝟖 − 𝟐𝒙 = 𝟎
𝒙 = 𝟒 é 𝒐 ú𝒏𝒊𝒄𝒐 𝒑𝒐𝒏𝒕𝒐 𝒄𝒓í𝒕𝒕𝒊𝒄𝒐 𝒅𝒆 𝑨(𝒙).
4º) Calculamos 𝑨′′(𝒙)
𝑨′′ (𝒙) = −𝟐
𝑨′′ (𝟒) = 𝒎á𝒙𝒊𝒎𝒐
5º) Conclusão
O retângulo de maior área é dado por
𝑨(𝟒) = 𝟒 . (𝟖 − 𝟒) = 𝟏𝟔, 𝒊𝒔𝒕𝒐 é, 𝒖𝒎 𝒒𝒖𝒂𝒅𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝒍𝒂𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝟒 𝒄𝒎.
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Exemplo 2
Um exercício em que se utiliza o conhecimento de Máximos e Mínimos de uma função.
Usando uma folha quadrada de cartolina, de lado 30cm, deseja-se construir uma caixa sem
tampa, cortando seus cantos em quadrados iguais e dobrado convenientemente a parte
restante. Determinar o lado dos quadrados que devem ser cortados de modo que o volume
da caixa seja o maior possível.
Iniciamos a resolução fazendo um esboço do problema:

onde y é o lado dos quadrados a serem cortados e x a medida resultante após o corte. Assim,
tem-se:
.
Após basta cortar os cantos e dobrá-los para obter uma caixa da seguinte forma:

onde o volume é calculado como:


.
Substituindo tem-se:
.
Sabe-se que os máximos e mínimos são encontrados nos pontos críticos, ou seja, onde o
coeficiente angular da reta tangente é igual a zero.
Assim, para obter os pontos onde este coeficiente seja igual a zero, deve-se derivar a
equação é igualar a zero, . Em seguida, encontram-se os valores destes pontos:

.
Aplicando a Fórmula de Bhaskara obtém-se:

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,
o que nos dá e .
Porém, o valor de não pode ser admitido, visto que teríamos um valor
de .
Resposta: devem ser cortados quadrados de lados de .

Regra de L’Hospital

Apresenta-se uma forma prática de resolver limites indeterminados utilizando derivadas,


isto é através da Regra de L’Hospital.
Entretanto, para utilizar estas regras temos que ter as indeterminações dos

tipos ou .

Seja as funções e diferenciáveis em um intervalo aberto que contém e que:

e
ou

e .

Se existe ou se esse limite for ou , então:

.
Obs: Esta mesma afirmação vale para , , ou .
Exemplos:
𝒙𝟐 − 𝟏 (𝒙 + 𝟏)(𝒙 − 𝟏)
𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 𝒙 + 𝟏 = 𝟐
𝒙→𝟏 𝒙 − 𝟏 𝒙→𝟏 𝒙−𝟏 𝒙→𝟏

𝒙𝟐 − 𝟏 𝟐𝒙
𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 =𝟐
𝒙→𝟏 𝒙 − 𝟏 𝒙→𝟏 𝟏

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Determine:
𝒙+𝟐 𝟏 1
𝒂) 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = −
𝒙→−𝟐 𝒙𝟐 − 𝟒 𝒙→−𝟐 2𝑥 4

𝒙𝟐 − 𝟒 𝟎
𝒃) 𝐥𝐢𝐦 = =𝟎
𝒙→𝟐 𝒙𝟐 − 𝟖𝒙 −𝟏𝟐

𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟐 𝟐𝒙 − 𝟑 −𝟏
𝒄) 𝐥𝐢𝐦 𝟐 = 𝐥𝐢𝐦 = = 𝟏/𝟒
𝒙→𝟏 𝒙 − 𝟔𝒙 + 𝟓 𝒙→𝟏 𝟐𝒙 − 𝟔 −𝟒

𝟐𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟐 𝟒𝒙 − 𝟒 𝟒 𝟒
𝒅) 𝐥𝐢𝐦 𝟑 𝟐
= 𝐥𝐢𝐦 𝟐
= 𝐥𝐢𝐦 = =𝟏
𝒙→𝟏 𝒙 − 𝒙 − 𝒙 + 𝟏 𝒙→𝟏 𝟑𝒙 − 𝟐𝒙 − 𝟏 𝒙→𝟏 𝟔𝒙 − 𝟐 𝟒

𝟐𝒙𝟐 + 𝟑𝒙 𝟒𝒙 + 𝟑 𝟒
𝒆) 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 =𝟎
𝒙→−∞ 𝒙𝟑 + 𝟒 𝒙→−∞ 𝟑𝒙² 𝒙→−∞ 𝟔𝒙

𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝒄𝒐𝒔 𝒙
𝒇) 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 =𝟏
𝒙→𝟎 𝒙 𝒙→𝟎 𝟏

𝒆𝒙 𝒆𝒙 𝒆𝒙
𝒈) 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 =∞
𝒙→+∞ 𝒙² 𝒙→+∞ 𝟐𝒙 𝒙→+∞ 𝟐

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

STEWART, James. Cálculo, volume I. 5ª edição. São Paulo - SP: Pioneira Thomson
Learning, 2006.

GUIDORIZZI, Hamilton L. Um Curso de Cálculo: Volume 1. Rio de Janeiro: Editora LTC,


2001.

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