Sistema Nacional de Trânsito

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

Sistema nacional de
trânsito

Versão Condensada
Sumário
Legislação de trânsito - Sistema nacional de trânsito�������������������������������������������������� 3

1.  Órgãos executivos municipais�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3

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Legislação de trânsito - Sistema nacional de

trânsito

1. Órgãos executivos municipais

Os Órgãos Executivos de Trânsito dos Municípios são entidades administradas e mantidas pelas prefeituras. Os seus
agentes de fiscalização são os mais conhecidos do público que utiliza as vias urbanas, como por exemplo, os “marronzi-
nhos” na cidade de São Paulo e os “amarelinhos” em Cuiabá. No Distrito Federal, como não há municípios, as atribuições
dos órgãos municipais ficarão a cargo do órgão executivo de trânsito, no caso o DETRAN-DF.

Vale a pena lembrar que órgão municipal de trânsito não pode ser confundido com guarda municipal, visto que a exis-
tência daquele está prevista no CTB e suas atribuições, estritamente na área de trânsito, são descritas no artigo 24,
enquanto que a criação da guarda municipal está expressa no artigo 144 da Constituição Federal, sendo que sua cria-
ção é destinada para a proteção de bens, serviços e instalações municipais, não tendo atribuições na área do trânsito.

As competências dos Órgãos Executivos de Trânsito dos Municípios são descritas no art. 24 do CTB.

Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:

I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, NO ÂMBITO de suas atribuições;

II - PLANEJAR, PROJETAR, REGULAMENTAR E OPERAR o trânsito de veículos, de pedestres e de animais e promo-


ver o desenvolvimento, temporário ou definitivo, da circulação, da segurança e das áreas de proteção de ciclistas;

III - implantar, manter e operar o sistema de SINALIZAÇÃO, os dispositivos e os EQUIPAMENTOS DE CONTROLE


VIÁRIO;

IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os sinistros de trânsito e suas causas;

V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento
ostensivo de trânsito;

As atribuições previstas no inciso VI devem ser compreendidas sob uma perspectiva do dispositivo do art. 24-A, o qual
detalha ainda mais as atribuições municipais quanto á fiscalização, autuação, aplicação das penalidades e medidas
administrativas. Vejamos:

VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edificações de uso público e edificações privadas de uso
coletivo, autuar e aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa e as medidas administrativas cabíveis
pelas infrações previstas neste Código, excetuadas aquelas de competência privativa dos órgãos ou entidades
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal previstas no § 2º do art. 22 deste Código, notificando os
infratores e arrecadando as multas que aplicar;

Agora, vamos interpretar o dispositivo supra nos moldes do art. 24-A:

Art. 24-A. Compete CONCORRENTEMENTE aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas e penalidades
previstas neste Código, observado o disposto no § 2º do art. 22 e no § 4º do art. 24 deste Código.

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Parágrafo único. As competências privativas previstas no § 2º do art. 22 e no § 4º do art. 24 PODEM SER DELE-
GADAS por meio do convênio de que trata o art. 25 deste Código.

A relevância destas disposições é gritante. Por isso, é comum que se crie uma verdadeira confusão na interpretação
da lei. Continuando:

IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
previstas;

X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento rotativo pago nas vias;

XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas;

XII - CREDENCIAR OS SERVIÇOS DE ESCOLTA, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços
de remoção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;

ATENÇÃO! Para ao CTB, apenas a PRF e órgãos executivos municipais de trânsito têm a atribuição de cre-
denciar serviços de escolta!

XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compen-
sação de multas impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à
celeridade das transferências de veículos e de prontuários dos condutores de uma para outra unidade da Federação;

XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;

XV - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança de trânsito de acordo com as diretri-
zes estabelecidas pelo CONTRAN;

XVI - planejar e implantar medidas para redução da CIRCULAÇÃO de veículos e REORIENTAÇÃO DO TRÁFEGO,
com o objetivo de diminuir a emissão global de poluentes;

XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de tração e propulsão humana e de tração animal,
fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de infrações;

XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de propulsão humana e de tração animal;

XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo
CETRAN;

XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga,
de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações específicas de órgão ambiental local, quando
solicitado;

XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos
a serem observados para a circulação desses veículos.

XXII - APLICAR A PENALIDADE DE SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR, quando prevista de forma específica
para a infração cometida, e comunicar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de trânsito da União;

XXIII - criar, implantar e manter ESCOLAS PÚBLICAS DE TRÂNSITO, destinadas à educação de crianças e adoles-
centes, por meio de aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e comportamento no trânsito.

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§ 1º As competências relativas a ÓRGÃO OU ENTIDADE MUNICIPAL serão exercidas no DISTRITO FEDERAL por seu
órgão ou entidade executivos de trânsito.

O parágrafo 2º do art. 24 foi modificado recentemente pela lei 14.071/20. Agora, como já trabalhado anteriormente, a
própria prefeitura pode se conveniar com os integrantes do SNT, na expectativa de realizar as atividades de trânsito.

§ 2º Para exercer as competências estabelecidas neste artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional
de Trânsito, por meio de órgão ou entidade executivos de trânsito ou DIRETAMENTE POR MEIO DA PREFEITURA
MUNICIPAL, conforme previsto no art. 333 deste Código.

§ 3º O exercício das atribuições previstas no inciso VI do caput deste artigo no âmbito de edificações privadas de
uso coletivo somente se aplica para infrações de uso de vagas reservadas em estacionamentos.

§ 4º Compete privativamente aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circuns-
crição, executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas e penalidades previstas nos
arts. 95, 181, 182, 183, 218 e 219, nos incisos V e X do caput do art. 231 e nos arts. 245, 246 e 279-A deste Código.

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