MEMORIALRODOVIAS
MEMORIALRODOVIAS
MEMORIALRODOVIAS
TUCURUÍ – PA
2019
ALEXANDRE CARLOS SASSIM NETO
CARLOS ALBERTO MARTINS JUNIOR
GABRIEL ROCHA DE OLIVEIRA
JOSÉ LUIZ VIANA PALHETA
LUCAS MOREIRA PAZ
VICTOR HUGO
TUCURUÍ – PA
2019
Lista de Tabelas
Tabela 01 - Parâmetros de projeto e valores.
Quadro 06 - Valor de K.
Lista de Figuras
Figura 01- Pontos interligados pela rodovia
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 9
2. OBJETIVO .................................................................................................................. 10
4. ESCOLHA DO TRAÇADO ...................................................................................... 11
5. PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO ..................................... 13
6. DEFINIÇÃO DA CLASSE DA RODOVIA DO PROJETO .................................. 13
6.1. DIMENSÕES DO VEÍCULO DE PROJETO ...................................................... 14
6.2. LARGURA DAS FAIXAS DE TRÁFEGO E ACOSTAMENTOS .................... 16
6.3. INCLINAÇÃO TRANSVERSAL DAS FAIXAS DE TRÁFEGO E DO
ACOSTAMENTO ........................................................................................................... 17
7. CURVA HORIZONTAL ........................................................................................... 17
7.1. TANGENTES ....................................................................................................... 17
7.2. DEFLEXÃO ENTRE TANGENTES (AC) .......................................................... 18
7.3. RAIO DA CURVA CIRCULAR .......................................................................... 19
8. CÁLCULO DO COMPRIMENTO DA CURVA DE TRANSIÇÃO .................... 20
8.1 - COMPRIMENTO MÍNIMO .............................................................................. 20
8.1.1 Critério dinâmico .......................................................................................... 20
8.1.2. Critério de tempo ............................................................................................... 21
8.1.3 Critério estético. .................................................................................................. 21
8.2. COMPRIMENTO IDEAL ........................................................................................ 21
8.3 COMPRIMENTO MÁXIMO (Lsmáx) ..................................................................... 21
9. PARÂMETROS PARA ESTAQUEAMENTO DA CURVA ................................. 22
10. CÁLCULO DAS ESTACAS .................................................................................. 24
10.1 ESTACA DE TS ...................................................................................................... 25
10.2 ESTACA DE SC ...................................................................................................... 25
10.3 ESTACA DE CS ...................................................................................................... 25
10.4 ESTACA DE ST ................................................................................................... 26
11. ESTAQUEAMENTO DO TRECHO DE TRANSIÇÃO .................................... 26
12. ESTAQUEAMENTO DO TRECHO CIRCULAR ............................................. 27
13. DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE DE FRENAGEM MÍNIMA E
DESEJÁVEL...................................................................................................................... 30
14. DISTÂNCIA DE VISIBILIDADE DE ULTRAPASSAGEM ............................ 32
15. SUPERLARGURA ................................................................................................. 33
16. SUPERELEVAÇÃO .............................................................................................. 34
17. LEVANTAMENTO DE COTAS DO TERRENO E DO GREIDE ................... 34
18. DEFINIÇÃO DAS RAMPAS ................................................................................ 36
19. CURVAS VERTICAIS .......................................................................................... 37
20. SEÇÃO TRANSVERSAL...................................................................................... 43
21. TERRAPLENAGEM ............................................................................................. 44
22. LINHA DE BRUCKNER....................................................................................... 45
23. CONCLUSÃO......................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 47
ANEXO A ........................................................................................................................... 48
ANEXO B ........................................................................................................................... 49
ANEXO C ........................................................................................................................... 50
1. INTRODUÇÃO
Os surgimentos das primeiras rodovias brasileiras são referentes ao século XIX, mas a
expansão da malha rodoviária ocorreu no período do governo Vargas (1932), com a criação do
departamento nacional de estradas de rodagem (DNER) em 1937, além disso com a implantação
da indústria automobilística no pais resultou na prioridade no transporte rodoviário proporcionado
pelo vasto programa de construção de rodovias. Verificou-se a ampliação acentuado, acarretando
como o principal modo de transporte para o escoamento de passageiros e de mercadorias do país.
Assim, as rodovias tornaram de suma importância para o desenvolvimento nacional.
Para tal estudo e análise da importância de uma via e sua potencial contribuição para o
desenvolvimento de determinada região, deve se levar em consideração como ela se insere no
contexto de funcionalidade da rede de vias da mesma localidade. A construção de uma rodovia é
dividida em três fases: planejamento, projeto e construção. Neste trabalho será abordada a
segunda fase, concepção do projeto geométrico.
O projeto geométrico presente nesse trabalho foi desenvolvido com auxílio dos softwares
Autocad, Civil 3d, Infraworks e Excel, e engloba os seguintes aspectos:
A Rodovia será criada para interligar dois pontos distintos em uma região no Estado
do Rio Grande do Norte Natal-RN. Os estudos para elaboração das propostas de traçado e
projeto geométrico para determinar a posição de uma rodovia sobre o terreno, tendo em vista
isso levaram em consideração a viabilidade econômica do empreendimento, conforto e
segurança para os usuários, assim como a topografia do terreno, tendo em vista que este é
um dos fatores predominante para a escolha da localização da rodovia, foi também levado
em consideração o atendimento as comunidades que residem entre os dois pontos de
instalação desta rodovia.
De acordo com o manual, este critério de projeto é de difícil normatização e não está
restrito a critérios rígidos. E levando em consideração esta análise para otimização do
traçado da rodovia, análise da topografia do terreno, evitando corpos d’água e regiões com
relevo acentuado, foram definidos inicialmente 3 traçados para o Anteprojeto, apresentados
a seguir:
Fonte: Adaptado do Manual de projeto geométrico de rodovias rurais do Departamento Nacional de Estradas
de Rodagem - DNER (1999).
O tipo do relevo da região é fundamental para a definição da velocidade de projeto
que será adotado na rodovia, embora não tenha critérios rígidos e padronizados para
estabelecer o tipo de relevo, sendo de modo subjetivo de acordo com as experiências e na
percepção da geomorfologia das áreas atingidas pelo traçado da rodovia.
Além disso, devido as proximidades das curvas de níveis estarem bem próximas e
espaçadas no máximo de dois metros, e em consonância das orientações do Professor
orientador Me. Marlon Braga foi definido como plano o tipo de relevo.
Dessa maneira, a velocidade de projeto (Vp) adotado será de 80 Km/h de acordo com
a tabela 02 da classificação das rodovias.
Observa-se que para o projeto de Classe III e um relevo Plano, a faixa de tráfego
equivale a 3,5 metros de largura.
Por sua vez, a faixa de acostamento é a parte da via diferenciada da pista de rolamento
destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de
pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim. Para a largura dos
acostamentos, segue abaixo os valores a serem adotados de acordo com a Classe de projeto.
Quadro 03 - Largura das faixas de acostamento, em metros.
7. CURVA HORIZONTAL
7.1.TANGENTES
Curva 1:
Curva 2:
• Curva 1:
AC = 23,094429°
• Curva 2:
AC = 19,757126°
De acordo com DNER é recomendado para rodovias de classe III de relevo plano o
raio mínimo de curva horizontal (para superelevação máxima) é de 230 metros.
Vale ressaltar que na curva 2 não irá ter curva de transição, pois de acordo com as
recomendações do DNER para rodovias rurais justifica que raios de curvas maiores que 1200
metros para velocidades de projetos de 80 Km/h dispensam as curvas de transição. Assim,
como na segunda curva o raio é de 4089,68 metros será dispensado conforme Tabela 03.
Curva 1:
𝑉𝑝3
𝐿𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,036 ∗ = 8,45 𝑚
𝑅𝑐
Onde:
Curva 1:
𝑉𝑝
𝐿𝑠𝑚𝑖𝑛 = = 44,4𝑚
1,8
Estabelece que a diferença de greide entre a borda e o eixo não deve ultrapassar certo
valor, que depende da velocidade.
Curva 1:
𝑒 ∗ 𝐿𝑓
𝐿𝑠𝑚𝑖𝑛 = = 14 𝑚
0,9 − 0,005 ∗ 𝑉𝑝
Onde:
e = superelevação (2%);
Curva 1:
𝜋 ∗ 𝐴𝑐 ∗ 𝑅𝑐
𝐿𝑠𝑚á𝑥 = = 878,76 𝑚
180
Onde:
Onde:
θs = Ângulo da transição
Xs = Abscissa dos pontos SC e CS
Ys = Ordenada dos pontos SC e CS
Q = Abscissa do centro O’ da curva circular horizontal
p = Afastamento da curva circular horizontal
TT = Tangente total
Dc = Desenvolvimento do trecho circular
Rc = Raio de curvatura
AC = Ângulo central das tangentes
Curva 1:
Sentido do
estaqueamento
Onde:
TS = Ponto tangente/espiral
SC = Ponto espiral/circular
CS = Circular/espiral
ST = Espiral/tangente
O’ = Centro do trecho da curva circular horizontal afastado
PI = Ponto de interseção das tangentes
is = Ângulo entre a corda e a tangente em SC
X = Abscissa de um ponto genérico sobre o trecho em espiral
Y = Coordenada de um ponto genérico sobre o trecho em espiral
δ = Ângulo central do trecho circular
c = Corda
Ie = Comprimento do trecho espiral
10.1 ESTACA DE TS
10.2 ESTACA DE SC
10.3 ESTACA DE CS
A partir das estacas do TS, SC, CS e ST e dos parâmetros apresentados nas tabelas 5
e 6, locou-se as estacas da curva de transição, através software Autocad.
69+3,17 0 0 0 0 0 0
70 16,83 16,83 0,00386055 16,8332562 0,021661890 0,073731
70+0,08 0,08 16,91 0,00387787 16,90878109 0,021856704 0,0740618
Fonte: Próprio Autor
113+1,93 0 0 0 0 0 0
113+18,84 16,91 16,91 0,003877872 16,9087811 0,021856705 0,0740618
Fonte: Próprio Autor
A partir das estacas do SC e CS, foi possível locar as estacas da curva circular,
através software Autocad, conforme tabela 5.
Tabela 07 - Locação das Estacas da Primeira Curva circular.
𝐿𝑥𝐺
𝑑=
40
𝑉𝑝2 𝑉𝑚2
𝐷𝑓𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗. = 0,7 𝑥 𝑉𝑝 + 0,0039𝑥 𝐷𝑓𝑚í𝑛. = 0,7 𝑥 𝑉𝑚 + 0,0039𝑥
𝑓±𝑖 𝑓
Onde:
15. SUPERLARGURA
Nesse projeto não será considerado superlargura para nenhuma das curvas, haja vista
projetos devem ser arredondados para múltiplos de 0,20 m e limitados inferiormente a 0,40
m. As normas do DNER consideram que superlarguras menores que esse limite não
resultariam em efeitos práticos relevantes, podendo ser desconsideradas.
16. SUPERELEVAÇÃO
Onde:
A partir da definição das cotas do eixo do greide, obteve-se as cotas das bordas
interna (borda esquerda) e externa (borda direita), em tangente utilizando-se uma inclinação
transversal de -2% na faixa de tráfego e -5% na faixa de acostamento e drenagem, conforme
procedimento a seguir:
Onde:
Dessa maneira, após traçado o perfil do terreno natural, foi feita a análise das
inclinações entre estacas, a fim de comparar com as rampas máximas e mínimas admitidas
e traçar o perfil de projeto no qual a rodovia será instalada. Em seguida, iniciaram-se as
definições acerca do posicionamento das rampas do projeto de via.
Tipo de Relevo
Classe de Projeto
Plano Ondulado Montanhoso
Classe 0 3% 4% 5%
Classe I 3% 5% 6%
Classe II 3% 5% 7%
Classe III 4% 6% 8%
Classe IV-A 4% 6% 8%
Classe IV-B 6% 8% 10%
Fonte: Manual de projeto geométrico de rodovias rurais do DNER (1999).
Por fim, obteve-se duas curvas convexas e uma côncava, sendo estas formadas por
quatro rampas, ilustradas no quadro, com suas respectivas inclinações.
R3 R4
De acordo com o manual IPR - 740 DNIT (2010), a função das curvas verticais é
concordar com as tangentes verticais. São considerado parábolas simples do 2° grau. Essas
parábolas são definidas pelo seu parâmetro de curvatura K, referensse a uma taxa de
variação da declividade longitudinal na unidade do comprimento, estabelecida para cada
velocidade. A Figura 15 ilustra os elementos que caracterizam a curva vertical.
Rv: Raio no vértice da parábola (m) Em conformidade com DNER (1999), para curvas
côncavas e velocidade de projeto de 80km/h, é estabelecido um Kdesejável = 32. Além disso,
com auxílio do AutoCAD e planilhas no Microsoft Excel.
Curva verticais Tipo de curva Composição da curva Rampas Inclinações das rampas (%)
Curva 1 Côncava Declive e aclive R1 e R2 -0,006459 e 0,005249
Curva 2 Convexa Aclive e declive R3 e R4 0,005249 e -0,005007
Curva 3 Côncava Declive e aclive R5 e R6 -0,005007 e 0,005
Fonte: Próprio Autor
∆𝑖 = 𝑖2 − 𝑖1
Quadro 06 - Valor de K.
Neste sentido Encontrou-se os valores dos comprimentos das curvas verticais (Lv)
por meio de ábacos, anexo C, e fórmulas. Após encontrados os valores, comparou-se para
definir quais valores seriam adotados.
Curva Valor de Lv
Curva 1 56, 1975 m
Curva 2 49,2288 m
Curva 3 48,0341 m
Fonte: Adaptado do Manual de projeto geométrico de rodovias rurais do Departamento Nacional de Estradas
de Rodagem - DNER (1999).
𝐿𝑣
𝐿𝑣 = 𝑅𝑣 𝑥 ∆𝑖 → 𝑅𝑣 =
∆𝑖
Curva Valor de Rv
Curva 1 4800 m
Curva 2 4800 m
Curva 3 4800 m
Fonte: Manual de projeto geométrico de rodovias rurais do DNER (1999).
∆𝑖
𝑌=
(2𝑥𝐿𝑉𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 ). 𝑋² + 𝑖1. 𝑋
𝑖1² 𝑥 𝐿𝑉𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑌=
2𝑥∆𝑖
Encontrou-se o restante das cotas do greide, somando-se cada Y com a cota inicial
PCV até chegar à cota final PTV. Os pontos PIV, médio e vértice (máx ou mín) utiliza-se o
mesmo procedimento com seus respectivos Y.
Após realizar estes procedimentos para cada curva vertical utilizando seus
respectivos dados, foi possível traçar a curva vertical e assim obter o perfil longitudinal,
como ilustrado na figura 11, e em seguida plotou-se as curvas encontradas no software
AutoCad.
Pista simples com duas faixas e dois sentidos: a solução mais usada é a criação de
inclinações opostas para as duas faixas a partir do eixo da pista, sendo usualmente utilizado
2%, valor este estabelecido para esta rodovia.
21. TERRAPLENAGEM
O custo de terraplenagem é significativo em relação ao custo total da construção da
rodovia. Sendo assim é imprescindível racionalizar sua execução, devendo se aproveitar,
sempre que as condições técnicas permitirem, o material escavado (cortado) para execução
dos aterros e organizar a distribuição entre os cortes e aterros visando obter o menor
transporte.
Foram calculados os valores das cotas vermelhas, isto é, a diferença de cota entre o
terreno natural e o greide.
A partir do perfil natural do solo, traçou-se a linha mais econômica com os valores
de corte e aterro, lembrando que o movimento de terra é realizado na parte superior no
sentido do estaqueamento, e na parte inferior no sentido inverso.
ANTAS, P.M.; VIEIRA, A.; GONÇALO, E.A.; LOPES, L.A.S. Estradas: Projeto
Geométrico e de Terraplenagem. Rio de Janeiro: Interciência, 2010.
Quadro A.1 – Características técnicas para novas rodovias, de acordo com a classe.
(DNER)