William Schnoebelen - Maçonaria
William Schnoebelen - Maçonaria
William Schnoebelen - Maçonaria
William Schnoebelen
Ex-Maçom do 32º grau
Para uns, é uma excelente organização cristã. Mas, para os maçons de grau
mais elevado que sabem o que se passa nos bastidores, é algo muito diferente.
William Schnoebelen estudou muito para alcançar o 32º grau da maçonaria.
Porém, quanto mais subia mais impiedade descobria.
Se você pensa que uma pessoa pode ser um bom cristão e um bom maçom
ao mesmo tempo, precisa conhecer os fatos. Saiba que:
Para ser maçom, precisa primeiro fazer um juramento que, na verdade, é
uma negação de Jesus Cristo.
O pai da moderna maçonaria disse: "Lúcifer é Deus!"
Conheça todos os fatos ocultos com alguém que aprendeu o que os
maçons dos graus menores jamais ouvem ... a maior das trevas está por
trás da luz da maçonaria.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 3
CONTEÚDO
Prefácio.......................................................................... 4
Introdução....................................................................... 5
1. A Melhor Coisa Que Já Me Aconteceu!....................13
PREFÁCIO
O Espírito me levantou entre a terra e o céu e me levou a Jerusalém em visões de Deus, até
a entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a imagem dos
ciúmes, que provoca o ciúme de Deus.
Eis que a glória do Deus de Israel estava ali, como a glória que eu vira no vale. Ele me disse:
Filho do homem, levanta agora os olhos para o norte. Levantei os olhos para lá, e eis que da banda
do norte, à porta do altar estava esta imagem dos ciúmes, à entrada. Disse-me ainda: Filho do
homem, vês o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui,
para que me afaste do meu santuário? Pois verás ainda maiores abominações.
Ezequiel 8:3-6
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 6
INTRODUÇÃO
O CORDEIRO OU A PELICA?
O sol quente do meio-dia batia forte quando eu desci do meu carro. Apesar de ser
um dia ensolarado de verão em Iowa, a luz que raiava no meu coração era mais
brilhante ainda! Enquanto eu atravessava a rua, dirigindo-me à loja maçônica da
minha cidade, havia uma alegria em meus passos que ninguém, exceto Jesus, poderia
trazer!
Deus estava no Céu e tudo parecia certo no mundo. Eu havia entregado a minha
vida a Jesus fazia apenas poucos dias, e sentia uma nova leveza interior, que era
estimulante e gerava forças. Sentia-me quase como se andasse alguns centímetros
acima do asfalto quente e trêmulo.
Entrar na comparativa escuridão do templo maçônico trouxe algum alívio do
calor. A grande estrutura de pedra proveu um amparo contra o sol. Estava no templo
porque havia sido convidado para um almoço. Essa não era a minha Loja, pois eu tinha
sido franco-maçom na vizinhança de Wisconsin e havia mudado para o Iowa apenas
poucos meses antes.
As jurisdições maçônicas estão dispostas de tal forma que cada estado nos
Estados Unidos tem sua própria Grande Loja, e cada uma é autônoma. Apesar de que a
Grande Loja de Iowa reconheceu a minha Grande Loja em Wisconsin como legítima,
tive de fazer alguns arranjos para unir-me a esta Loja na nova comunidade. Até então,
eu era apenas um convidado.
Tinha ido num fim de tarde a uma das reuniões regulares da Loja, e fui desafiado
pelos oficiais locais quanto ao meu conhecimento do "trabalho ritual" e sobre a minha
posse do cartão atualizado. Como as duas coisas estavam em ordem, foi-me permitido
adentrar no ritual, e posteriormente fui convidado para este almoço, que era uma
oportunidade de confraternização. Aceitei alegremente, sentindo que seria uma boa
oportunidade para conhecer o pessoal.
Todavia, entre a reunião e o almoço, fiz uma transição extraordinária entre um
reino e outro. Deus havia entrado na minha vida de uma maneira miraculosa. Através
de uma série notável de eventos, dobrara os joelhos ao lado da minha cama, segurando
um folheto amarrotado da Chick em meus dedos trêmulos. Aquele folheto declarava
que tudo o que eu precisava fazer para ser aceitável à vista de Jesus era pedir-lhe para
perdoar meus pecados e para ser meu Senhor e Salvador.
Depois de passar a vida em "altos" e "baixos" metafísicos variados, eu quase me
recusava a fazer isso. Tendo gastado quase toda a minha vida de trinta e quatro anos
pulando de galho em galho religioso, buscando o que eu pensava que era Deus, isso
me parecia simples e rápido demais. Mesmo ajoelhado, perguntei-me pela centésima
vez: Será que pode ser tão simples? Um sussurro atravessou meu coração, dizendo
"Sim".
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 7
me envolvia como uma mortalha. Olhei para trás e avistei o enorme templo, sentindo-
me inesperadamente como a mulher de Ló no livro de Gênesis.
Talvez tenha sido a imaginação extenuada, mas quando olhei o edifício branco
diante de mim, tremeluzindo na luz agradável do sol, ele pareceu ajustar-se
ligeiramente na terra. Era como se eu visse uma tampa sendo girada para fechar algum
tipo de pote. Quase podia ouvir as piadas e gargalhadas dos homens ficando
fraquinhas e soando como que dentro de um vidro de conservas, ao perceberem que a
armadilha estava se travando.
Foi como se eu tivesse escapado só com a minha pele. Tremendo, apesar do sol
quente, subi no carro e agradeci a Deus audível e sinceramente por preservar-me do
que quer que estivesse acontecendo. Ainda estava espiritualmente "gelado" quando
cheguei em casa.
Este foi um tempo de grande busca espiritual para mim. Fui salvo por Jesus
enquanto membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD) – os
mórmons. Ainda era bem novo no Reino de Deus, e perguntava-me se deveria
continuar mórmon. Isso me levou a um estudo bíblico intenso, que foi possível porque
eu não tinha um emprego de tempo integral na época.
Perguntava desesperadamente para Deus se poderia ou não permanecer na igreja
mórmon e ainda ser fiel a este novo relacionamento maravilhoso com Jesus Cristo.
Perturbou-me profundamente o fato de que não fiquei tão atribulado espiritualmente
por assistir as reuniões da igreja dos SUD quanto com a minha visita ao templo
maçônico local. Nem mesmo havia considerado a maçonaria na minha "equação"
religiosa, visto que eu fora repetidamente ensinado pelos meus irmãos da Loja lá de
Wisconsin que a maçonaria não é uma religião. Sendo uma alma confiante, acreditei
neles.
Entretanto, os estudos bíblicos e as palestras com meus líderes mórmons estavam
me convencendo que a confiança precisa ser temperada tanto com conhecimento
bíblico quanto com discernimento. Percebi nestes líderes SUD uma inquietação com
as minhas questões escriturísticas, para não dizer um certo espírito enganoso – pelo
menos sentia-os sapatear delicadamente em torno das questões, em vez de tratar delas.
Estava vendo que meus líderes não estavam sendo francos comigo, e assim meu
ceticismo vazou para a minha atitude em relação ao que tinham me dito sobre a Loja.
Finalmente comecei a encontrar coisas na Bíblia que desnudaram o pecado da
Loja Maçônica. O precioso Espírito Santo estava iluminando a minha mente conforme
eu orava, jejuava e buscava a Sua orientação. Versículos da Escritura que já tinha lido
muitas vezes subitamente iluminaram-se como fogos de artifício numa noite escura.
Comecei a ver porque estava tão atribulado no almoço da Loja. Continuei a
descobrir versículos claros que denunciaram muitas das práticas nos rituais da Loja.
Ao convencer-me do pecado da franco-maçonaria, perguntei a mim mesmo o que
deveria fazer, além da decisão óbvia de nunca mais voltar ao templo maçônico.
A ajuda veio de uma fonte inesperada. Como mórmon, tinha ouvido falar de um
livro que era supostamente um ataque iníquo a nossa igreja da parte de um mórmon
expulso por adultério. Finalmente reuni coragem para comprar o livro, chamado Os
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 9
Por que isso acontece? Por que homens "piedosos", cristãos que muitas vezes são
diáconos, presbíteros ou até mesmo pastores ficam tão aborrecidos por causa da mera
pregação da verdade evangélica? Qual é o problema grave com a franco-maçonaria?
Para responder a essas questões muito importantes examinaremos porque a maçonaria
é espiritualmente perigosa à luz do único livro que realmente conta, a Bíblia Sagrada.
A que conclusões cheguei no meu estudo da Palavra de Deus que me mostraram
que eu não poderia mais ser maçom e ao mesmo tempo seguidor do meu recentemente
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 13
A Bíblia é nossa fonte de orientação quanto ao que é e o que não é pecado. Até
mesmo os maçons, em seus rituais, ensinam que a "Bíblia Sagrada é a norma e guia da
nossa fé."1 Portanto, esperamos que os maçons concordem conosco que o que a Bíblia diz
que é pecado, é pecado mesmo !
O pecado é a porta de entrada que Satã usa para atacar a nós e a nossas famílias.
Se um pai maçom está fazendo habitualmente algo pecaminoso, sem se arrepender,
isso bem que pode estar tornando a família vulnerável ao abuso por parte dos
domínios das trevas! As minhas opiniões ou as suas opiniões sobre o pecado não
contam. É a opinião do Senhor que importa, e Suas opiniões podem ser encontradas
com mais segurança na Bíblia!
Estou esperançoso de que cada cristão e até cada maçom dará um "Amém" de
coração ao que foi colocado! Com essa premissa em mente, e com esta base
estabelecida, vejamos como a franco-maçonaria confundiu os padrões de Deus.
O QUE É RELIGIÃO
Será que a maçonaria crê num ser divino? A resposta é um enfático SIM! Um dos
padrões para a admissão na maçonaria é a crença num ser supremo. Isso consta no
Ritual Monitor.1
No primeiro grau (aprendiz), o candidato mal acaba de entrar pela porta da Loja
para ser iniciado e é sumariamente desafiado com a questão: "Em quem depositais a
vossa confiança?" Sua resposta deve ser: "Em Deus." De outra forma não lhe é
permitido continuar com o ritual de iniciação. Como oficial de uma Loja operante fui
instruído assim, e estava preparado para remover o candidato do aposento da Loja se
necessário.
Visto que a maçonaria requer a crença num ser supremo tem, portanto, a primeira
marca distintiva de uma religião.
Henry Wilson Coil, autoridade maçônica tida em elevada consideração, escreveu:
A franco-maçonaria certamente requer a crença na existência de... um Ser Supremo,
perante quem ela é responsável. O que pode uma igreja acrescentar, exceto ao reunir
numa fraternidade os que têm sentimentos semelhantes? Isso é exatamente o que a Loja
faz.2
HÁ UM RITUAL MAÇÔNICO?
Algumas das autoridades maçônicas tidas em mais alta estima compartilham seus
pontos de vista sobre a questão de se a maçonaria é uma religião. Leia as palavras de
Albert Pike, 33° grau, chamado o "Platão da franco-maçonaria."7 Ele foi o antigo
"Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho dos Grandes Soberanos
Inspetores Gerais do Grau Trinta e Três":
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 17
Toda loja maçônica é um templo religioso e seus ensinos são instruções religiosas.8
É a religião universal, eterna, imutável.9
A maçonaria não propaga nenhum credo, exceto o seu próprio, mais simples e
sublime: aquela religião universal ensinada pela natureza e pela razão.10
Aquele rito chega na beira do véu... pois lá declara-se que a maçonaria é uma forma
de adoração.11
Provavelmente o principal historiador e erudito da franco-maçonaria nos tempos
modernos foi Albert Mackey, 33° grau. Ele declarou: "A religião da franco-maçonaria
não é cristianismo."12
Essas autoridades maçônicas, cada uma delas tida em elevadíssima consideração
por metade das Grandes Lojas na América,13 concordam que a maçonaria é uma
religião, e não é cristianismo. O dicionário e as palavras das suas próprias autoridades
e eruditos assim o declaram.
Em adição à observação de Mackey de que a maçonaria não é cristianismo,
podemos fazer mais do que apenas aceitar a sua palavra. Nos próximos capítulos
veremos se a religião da franco-maçonaria é de algum modo compatível, ou oposta, ao
verdadeiro cristianismo baseado na Bíblia.
O maçom precisa ver quão sério é adorar alguém além de Deus. Lembre-se do
que aconteceu no Novo Testamento quando alguém tentou adorar um homem de Deus.
Em Atos 10:25, Cornélio estava tão entusiasmado com o fato de Pedro ter ido à sua
casa que, quando o apóstolo entrou, caiu a seus pés e o adorou. Mas "Pedro o
levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem'' (Atos 10:26). Até mesmo
quando João, em meio a visões extraordinárias, caiu aos pés de um anjo, o anjo
gentilmente o advertiu: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os
profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus (Apocalipse 22:9).
Eis aqui um dos maiores apóstolos da história cristã e um anjo, ambos recusando
serem adorados até mesmo por homens com a melhor das intenções. Entretanto, toda
Loja maçônica tem um "Venerável Mestre".
E a coisa tampouco melhora daí para cima! Cada Grande Loja tem um "Supremo
Venerável Grande Mestre" presidindo sobre ela. Um maçom cristão deve perguntar-
se: Se um Grande Mestre é o mais venerável, onde fica Deus? Um segundo-mais-
venerável? Um divino 'segundo colocado' ou um "Mister Simpatia"?
O maçom pode protestar que se está indo longe demais por causa de meros
títulos, e alegar que ninguém venera literalmente o Mestre de uma Loja. Deve um
cristão aceitar a minúcia farisaica que tal distinção requer? Conforme um pastor me
aconselhou anos atrás: "Será que é problema do cristão descobrir quão perto ele pode
acampar das 'fronteiras do Egito' (pecado)? Ou ele deve ficar tão longe quanto
possível daquelas fronteiras e permanecer dentro da 'terra de Canaã'?" Não nos dá
Paulo uma resposta quando nos exorta a evitar "toda forma de mal" (II
Tessalonicenses 5:22)?
Jesus, que é o Senhor de todo cristão maçom, evidentemente importou-se o
suficiente com meros títulos, a ponto de proibir seu uso em Mateus 23. Se Ele proíbe,
isso deve bastar para qualquer cristão. Não obstante, não apenas maçons chamam a
seus líderes de "Mestres", mas referem-se a si mesmos como Mestres Maçons!
Parece que, para o cristão na Loja, o dilema reduz-se a se deve aceitar as palavras
de Jesus ou escolher ignorar os mandamentos de Deus a favor da fraternidade.
Caso não o faça, ele não é realmente um maçom. Caso seja, deve levar tudo isso
a sério. Ele conclui o juramento dizendo: "Tudo isso prometo e juro solene e
sinceramente... Que Deus me ajude..." Ele também jura que, no caso de quebrar
qualquer parte desse juramento, terá, entre outras coisas, seu corpo cortado e suas
entranhas retiradas!3 Isso é suficientemente sério?
O maçom jurou obedecer a todas as ordens do seu Mestre. Se essa obediência
absoluta não implica em ser um "servo" do Mestre, a linguagem perdeu todo seu
sentido. Se o cristão na Loja faz seu juramento de boa fé, tem, de fato, de servir a dois
mestres: Jesus e o Mestre da Loja.
Eu e Ed Decker, o autor de The Question of Freemasonry (A Questão da Franco-
maçonaria) tivemos a oportunidade de entrevistar dois franco-maçons na barraca de
uma feira estadual. Ambos eram muito simpáticos, ansiosos em lustrar
eloqüentemente o bem que a Loja realiza, e era evidente que eram zelosos no seu
ofício.
Perto do fim da conversa, perguntamos aos homens se freqüentavam regularmente
a igreja. Ambos hesitaram e gaguejaram um pouco. Um disse que tinha sido criado
num lar metodista, mas que não tinha ido à igreja havia algum tempo. O outro disse
que não tinha tido tempo para isso ultimamente.
Era evidente que, conforme o zelo desses homens pela maçonaria aumentava, as
chamas do cristianismo tremeluziam e morriam, se é que algum dia foram acesas.
Quando Ed e eu fomos embora, especulamos sobre quão pouca boa vontade
aqueles homens teriam em dedicar todo o dia num grandioso testemunho de Jesus. Mas
eles estavam lá, promovendo a franco-maçonaria com um fervor que faria corar
qualquer pregador de rua! Sem percebê-lo, será que tinham vindo a amar a Loja e a
aborrecer a Jesus Cristo?
Há um princípio mais profundo aqui – uma verdade bíblica desconfortável. Paulo
nos avisa:
Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse
mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência
para a justiça (Romanos 6:16)?
Quando pecamos, tomamo-nos servos do pecado. Quanto mais pecamos, mais
escravizados nos tornamos. Isso não é novidade para qualquer um que já caiu na
armadilha do pecado. Paulo diz que "quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos
em relação à justiça" (Romanos 6:20).
Aqui existem duas possibilidades. Todos os homens são escravos, e a única coisa
que varia é o mestre que escolhemos servir! Podemos laborar na escravidão ao pecado,
ou podemos nos tornar escravos do Senhor Jesus Cristo. Não há outras alternativas.
Se a franco-maçonaria te incentiva a quebrar os mandamentos de Deus, ela te faz
servo de um outro mestre um nada simpático, cujo nome é Lúcifer.
Jesus nos chama, dizendo:
Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma. (Mateus 11:28-29).
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 20
Você pode ter uma boa idéia de como é uma religião com base no seu deus, e
essa é uma das questões centrais que devem ser analisadas ao se comparar a franco-
maçonaria com o cristianismo. Será que o "Deus" da franco-maçonaria é semelhante
ao Deus da Bíblia?
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 21
É claro que esse deus genérico é um deus com o qual qualquer um pode sentir-se
confortável, exceto os crentes na Bíblia! Ele é um deus que não ofende a ninguém.
Contudo, será que esse "cara lá de cima" liberal é o Deus certo, o Deus bíblico?
O Deus da herança judaico-cristã não é algum tipo de lousa em branco no qual
você pode traçar o contorno de qualquer ídolo que quiser. Ele é descrito na Bíblia
muito claramente. Desde o monte Sinai, ele troa:
Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não
terás outros deuses diante de mim (Êxodo 20:2-3).
Em outra parte dos Dez mandamentos, ele adverte:
Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus
zeloso, que Visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração
daqueles que me aborrecem (Êxodo 20:5).
Você consegue imaginar o deus incolor da Loja sendo zeloso [ciumento]? As
descrições não se encaixam. O Deus que citamos não se agrada de ser identificado
com outro deus. Ele insiste por toda a Bíblia que Ele é o único Deus verdadeiro e que
não tolerará a adoração de nenhuma outra deidade (Deut. 6:4; Isaías 43:10, 44:6-8; I
Timóteo 2:5).
UM DEUS CABEÇA-DE-TOMATE?
Esse conceito relaxado de Deus não é exclusivo dos maçons. Infelizmente, veio a
prevalecer como idéia de Deus na cultura secular, e a influência maçônica na "religião
civil" americana pode ter algo a ver com isso!
UM CONSENSO MAÇÔNICO
Coil não está só ao delinear essa teologia maçônica de Deus. Albert Pike, outra
autoridade altamente estimada proclamou:
A maçonaria, em volta de cujos altares o cristão, o judeu, o muçulmano, o hindu e os
seguidores de Confúcio e Zoroastro podem ajuntar-se como irmãos e unir-se em oração
para adorar aquele Deus que está acima de todos os Baalim, precisa deixar ao encargo de
cada um dos iniciados a busca do fundamento da sua fé e esperança nos registros das
escrituras de sua própria religião.6
Note que nessa citação, como na de Coil, o Deus da maçonaria é uma deidade
que todas as religiões podem adorar. Isso é em si mesmo fascinante, pois os deuses da
maioria destas religiões têm tido seus seguidores matando-se um ao outro no decorrer
dos séculos. Que deidade é possível que todos esses tipos diversos de pessoas adorem
em comum, exceto um deus tão vazio e desprovido de personalidade que seja em
última análise sem sentido?
Na citação precedente, o Deus da Bíblia é amontoado com todas essas outras
deidades e referido como parte dos "Baalim". Pike diz então que o deus da maçonaria
está elevado acima de todos eles. O termo, Baalim, significa falsos deuses.
Assim Pike está chamando o Deus da Bíblia de deus falso, alguém que é
subserviente ao deus da franco-maçonaria. Em outro lugar, Pike generosamente
escreveu:
(A maçonaria)... reverencia todos os grandes reformadores. Vê em Moisés, o
legislador dos judeus, em Confúcio e Zoroastro, em Jesus de Nazaré e nos iconoclastas
árabes grandes instrutores de moralidade e reformadores eminentes, ou mais ainda; e
permite a cada irmão da ordem atribuir a cada um deles características mais elevadas e
até mesmo divinas, conforme seu credo e verdades demandarem.7
Essa é boa! Especialmente porque todos os homens mencionados nessa
declaração liberal morreram e apodreceram em seus túmulos há séculos, exceto Jesus
de Nazaré! Mas os maçons jamais podem confessar essa verdade gloriosa!
Outro autor maçônico moderno, Manly P. Hall, 33° grau, concorda com os
escritores mencionados acima:
O verdadeiro maçom não é limitado por credos. Ele percebe com a iluminação divina
de sua Loja que, como um maçom, sua religião deve ser universal: Cristo, Buda ou
Maomé, o nome pouco importa, pois ele reconhece só a luz e não o portador. Ele adora
em todo santuário, dobra-se diante de cada altar, quer no templo, na mesquita ou na
catedral, percebendo com sua compreensão mais genuína a unidade de toda a verdade
espiritual.8
Perceba que o maçom não é "limitado por credos". Isso quer dizer que todos os
maçons que permanecem em suas igrejas e professam o Credo dos Apóstolos, ou
assinaram declarações doutrinárias para serem membros de uma igreja, ou não são
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 24
ótimos maçons ou estão representando falsamente seu cristianismo. Não se espera que
os verdadeiros cristãos sejam limitados por credos?
Considere também o fato de que Hall, como fez Pike, indica que de alguma
maneira o maçom tem um entendimento mais elevado do que os que adoram nos
altares cristãos, budistas ou islâmicos. Desta forma, não importa em que o maçom
acredite do lado de fora da Loja, suas crenças dentro da Loja são mais sublimes e
verdadeiras.
Após denegrir Deus, Coil então descreve a sua divindade: um "espírito divino
ilimitado, eterno, universal, não-denominacional" – tão distante dos homens que não
se pode aproximar dele. Ele também não possui nenhuma das qualidades da
personalidade. Ele não é justo, nem misericordioso. Ele pode nem mesmo ser um "ele"!
Parece com um "isso".
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 25
Coil diz que atribuir qualidades como o amor à deidade é depreciá-la ou despojá-
la. Nesse caso, Jesus seria um enorme despojador! Ele ensinou que Deus nos ama, que
Ele é misericordioso, justo e compassivo. Ele também é um Deus que odeia o mal. A
Bíblia dá testemunho de um Deus que realmente influencia a humanidade, um Deus
que se entristece, que ri, que se alegra – em suma: um Deus apaixonado. Grande parte
dos escritos dos profetas apresenta um Deus que se entristece com os pecados de Seu
povo, de forma bastante semelhante a um pai que passa a noite em claro consumado
com a dor por causa de um filho teimoso.
Os livros proféticos e apocalípticos falam sobre a ira de Deus. A imagem é de
uma panela fervendo, prestes a transbordar. Essa não é a deidade plácida, inatingível,
que Coil glorifica. É um ser vital, que se importa e está intimamente envolvido nos
afazeres das suas pecaminosas mas amadas criaturas, que não tem medo de externar
suas expressões apaixonadas de preocupação.
É interessante notar que essa deidade impassível, absolutamente distante, de Coil,
é muito semelhante ao Deus-força representado no movimento da Nova Era. Não é
coincidência que até 1990 o nome da revista americana oficial do Rito Escocês
maçônico fosse The New Age (A Nova Era).
Esse deus não é muito diferente da deidade glorificada no islamismo como Alá,
ou na feitiçaria. Parte do motivo dessa semelhança é que este nebuloso "isso" é tão
vago que quase qualquer deidade pode se encaixar nele, exceto o Deus da Bíblia, O
que Coil faz é empregar a velha mágica idólatra. Em primeiro lugar, ele proclama um
deus tão incognoscível que se torna completamente irrelevante para os seres humanos.
Depois ele completa o ciclo e diz, com efeito:
"Já que esse deus é tão distante e difícil de entender, deixe-me provê-lo com outro
um pouquinho mais próximo, que representa a deidade distante, inescrutável. Que isso
(preencha o espaço vazio aqui: 1. árvore; 2. pedra; 3. ídolo; 4. letra "G") seja um símbolo
do deus desconhecido, e podemos adorá-lo."
Esse truque é tão velho quanto o pecado, mas é um que Satã nunca cansa de
impingir aos filhos dos homens. Cria-se um deus tão vago que é incompreensível, e
então cria-se um ídolo intermediário para representar a deidade e receber sua
adoração. Quer seja o maçom dobrando-se diante do esquadro e do compasso em seu
altar, o pio hindu orando a um ídolo de Brahman ou o devoto católico rezando para
São Judas por um chaveiro perdido, o resultado final é o mesmo. Eles:
...mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais
homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o
seu corpo entre si (Romanos 1:23-24).
Apesar de os escritores maçônicos fazerem sua teologia parecer muito filosófica,
trata-se apenas do velho jogo de armação de Satanás de mover Deus para longe da
vista, negando-lhe qualquer valor prático, substituindo-o então por um ídolo em Seu
lugar.
Não há como negar que o Deus bíblico está muito além da compreensão humana,
e que seus caminhos são muito mais elevados que os nossos. A diferença entre Ele e a
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 26
deidade genérica da Loja é que Ele tomou uma iniciativa muito importante em direção
à humanidade.
Ele construiu a ponte sobre a fenda por nós. Ele enviou Seu Filho (Deus verdadeiro
de Deus verdadeiro e contudo totalmente humano) ao mundo para tocar em nós, sofrer
entre nós e salvar-nos. Jesus é semelhante a nós, mas sem pecado (Hebreus 4:15). Ele
preocupou-se o suficiente para vir ao nosso mundo e tomar nosso sofrimento sobre Seus
ombros. Nenhum outro deus alega fazer isso, e nenhum outro deus teria essa ousadia!
Na publicidade há uma prática conhecida como "vara e anzol". Uma loja anuncia
um item a um preço fantástico. Todavia, quando o consumidor chega na loja, descobre
que o item já foi vendido. Mas por "coincidência" a loja tem outro item em estoque
que é muito semelhante, mas que não está na promoção.
A natureza humana sendo como é, o comprador está tão decidido a comprar o
item pelo qual ele veio que irá comprar o mais caro ao invés de ficar sem.
Na franco-maçonaria essa prática é realizada todo o tempo. A única diferença é
que, tratando-se de religião, a Comissão de Direitos do Consumidor não se envolve.
Que pena!
O candidato, desde o primeiro grau, é levado a crer que lhe irão ser comunicados
segredos importantes – segredos tão estrondosos que devem ser protegidos por
juramentos solenes sobre a Bíblia, e sérios o suficiente para serem cobertos por penas
capitais. Após fazer o juramento, aprende um cumprimento secreto e uma palavra que
é facilmente encontrada no Antigo Testamento (Boaz).1 Um conjunto similar de
"segredos" lhe é comunicado no segundo grau.
Ambos os graus custam dinheiro (e isso não é simbólico). Quando passei por eles
no meio da década de 70, custavam cerca de cinqüenta dólares cada para os graus da
Loja Azul. Isso significa que o maçom no segundo grau tem, no mínimo, cem dólares
a menos!
A expectativa do candidato é edificante. No segundo grau ele aprende quais são
as profissões liberais, e que a letra "G" representa Deus [God, em inglês] e a geometria
(ou ele pensa que aprende essas coisas). As profissões liberais podem ser encontradas
em qualquer enciclopédia, e não é necessário ser um gênio para perceber que
geometria e "God" começam com "G".
Quando o candidato desembolsa outros cinqüenta dólares ou algo assim, e faz um
trabalho mental árduo de memorização, incluindo o juramento de sangue do segundo
grau que se estende por seis longos parágrafos, ele está pronto para o segredo máximo
da maçonaria (ou assim ele pensa). Aqui é onde entram a "vara e anzol".
Ele é conduzido através da agitada iniciação do terceiro grau. Após isso lhe é dito
que o grande SEGREDO da maçonaria, o nome sagrado de Deus (que é guardado por
horas de ritual e três juramentos arrepiantes) foi perdido para sempre! Ele acabou de
descolar pelo menos cento e cinqüenta dólares e investiu meses para aprender que a
"Palavra do Mestre" perdeu-se.2
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 27
Ao invés, lhe é dada uma palavra substituta, "Mah Hah Bone", que é sussurrada
em seu ouvido enquanto abraça o Mestre da Loja nos Cinco Pontos da Fraternidade.
A maioria dos maçons não sabe o que esperar no caminho dos segredos. Talvez a
maior parte não esteja realmente desapontada, visto que a maioria deles juntou-se à
Loja pelas razões mais superficiais: prosseguir e entrar no Templo (onde estão todos
os convites), ou por uma carreira profissional posterior.
Contudo, se você freqüenta as reuniões da Loja Azul por tempo suficiente
(geralmente umas duas semanas bastam), aprende que há graus mais elevados que o
Mestre Maçom pode atingir.
Esses graus prosseguem em uma das duas formas da franco-maçonaria
americana. Geralmente, um dos seus irmãos maçons irá encorajá-lo a unir-se ou ao
Rito de York ou ao Rito Escocês. Aqui, dizem-lhe, você aprenderá segredos realmente
valiosos.
Essa é a "vara e anzol", visto que estes graus mais altos invariavelmente custam
mais dinheiro. O custo por grau é menor, mas ambas as confluências na estrada da
franco-maçonaria podem levar o maçom muitas centenas de dólares além do que ele já
tinha pago.
Caso se perceba que o novo Mestre Maçom é cristão, provavelmente será
direcionado ao Rito de York, visto que tem os "graus cristãos". Se for um maçom mais
secular, ou talvez um pouco apressado, ele é aconselhado a seguir o Rito Escocês, que
lhe projeta através dos vinte e nove graus num par de fins-de-semana, e o habilita a ir
em frente e integrar-se ao Santuário (organização para-maçônica norte-americana).
O Santuário é ainda mais caro, mas é a parte "divertida" da maçonaria, dizem-
nos. Permite-se aos homens embebedarem-se lá, e circularem com uns carrinhos
divertidos em desfiles – espera-se que não ao mesmo tempo!
Nestes dois "corpos superiores", o conteúdo dos segredos maçônicos começa a
tomar um tom mais solene. No Rito de York, em especial, o candidato maçônico
percebe que ele está passando a adquirir conhecimento de uma natureza
profundamente mística. Ele aprenderá o nome verdadeiro de Deus!
Essa é supostamente a "Palavra do Mestre" que foi perdida para sempre, mas que
é milagrosamente recuperada quatro graus (e duzentos dólares) depois. Isso deveria
ser excitante para quase todos, inclusive para o maçom que está dentro só por causa
dos convites ou da influência.
No grau do Real Arco, a peça fundamental do Rito de York, o candidato é
conduzido através de um drama no qual ele supostamente adentra a câmara sob as
ruínas do Templo do Rei Salomão durante o tempo do retorno dos israelitas do exílio
babilônico.
Dentro dessa câmara, ele e dois companheiros descobrem a Arca perdida da
Aliança. No topo da Arca está uma prancha dourada sobre a qual está gravado
"Grande Santa Palavra do Real Arco".3 Isso está escrito em um alfabeto com cifras
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 28
arcanas que o candidato não consegue ler. Dizem-lhe que é o nome de Deus em três
línguas.
Sob o "Real Arco", uma posição especial envolvendo três "companheiros" do
Real Arco, essa palavra é comunicada como o nome inefável de Deus – perdido com a
morte do Grande Mestre Hiram Abif no terceiro grau, mas agora restaurada no grau do
Real Arco.
O nome fornecido é JA-BUL-ON. O Sumo Sacerdote do Real Arco diz que este é
"o Logos divino, ou 'Verbo', mencionado em João 1:1-5."
Esse nome estranho supostamente é o nome verdadeiro da deidade da franco-
maçonaria, finalmente revelado! É tão "sagrado" que só pode ser revelado na presença
de três maçons do Real Arco, ajoelhado sob o Real Arco formado pelas suas mãos que
se alcançam mutuamente! Este é um assunto denso.
A TRINDADE ÍMPIA
O candidato do Real Arco é levado a crer que este é o nome perdido de Deus que
costumava ser pronunciado com grande solenidade pelo Sumo Sacerdote do Templo
no Santo dos Santos. Isso é refletido pelo fato de que o oficiante principal no capítulo
do Real Arco é chamado de Sumo Sacerdote, e até mesmo veste uma imitação das
insígnias do Sumo Sacerdote judaico quando é feito o trabalho ritual.
É o nome inefável de Deus (pelo menos do deus maçônico) e é, de fato,
assustadoramente secreto. Porém, em nossa pesquisa do deus da maçonaria, é também
uma pista importante. A análise do nome, conforme apresentado ao candidato, revela
algumas associações perturbadoras para qualquer um que esteja preocupado com a
verdade bíblica e com a reverência devida ao nome de Deus.
JAH (a primeira sílaba) representa o nome Yahweh ou Jeová, o nome do Deus de
Abraão, Isaque e Jacó.
Esse nome é tão altamente reverenciado que aparece apenas umas poucas vezes
na Authorized Version (em inglês, Versão Autorizada), como por exemplo no Salmo
68:4 e no uso da palavra Aleluia, que significa "Louvai a Jah!" Até aí, tudo bem.
BUL (a segunda sílaba) representa o nome Baal ou Bel. É o nome do deus de
Jezabel e Acabe, que talvez tenha sido o casal mais iníquo de todos os que sentaram
no trono de Israel (I Reis 16:29-33).
ON (a sílaba final) representa o nome do deus-sol egípcio. É o nome de sua
cidade sagrada, Heliópolis (em grego, cidade do sol), no Egito (Gênesis 41:45, 50).4
Esse é o deus de Faraó!
Imagino quão feliz o Deus da Bíblia está com a blasfêmia do Seu nome – um
nome tão santo que pessoas foram apedrejadas por tomá-lo em vão – tão santo que só
poderia ser falado no Lugar Santíssimo do Templo – tão santo que os piedosos
escribas judeus através dos séculos não ousavam escrevê-lo nos seus textos devido ao
temor extraordinário, e no lugar, colocaram o nome "Adonai" ou "Senhor". Este é o
mesmo nome do qual Deus disse: Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 29
vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão (Êxodo
20:7).
Quão satisfeito você crê que Deus está com esse mesmo nome sendo lançado
num compactador de lixo metafísico e batido junto numa confusão mistificante com
dois dos ídolos mais notórios do Antigo Testamento?
Não é necessário ser um erudito bíblico para ver que o deus representado por esse
"Grande Santo Real Arco" é uma trindade muito ímpia.
Ele também representa uma destilação perfeita da atitude para com Deus,
conforme notada no último capítulo, onde ficou claro que provavelmente qualquer
deus deve servir para um maçom. Aqui se dá realidade concreta àquela realidade.
Lembre-se que o ritual acima identifica esse Ja-Bul-On com o "Verbo" de João 1.
Até mesmo a leitura mais superficial de João 1, especialmente do versículo 14, revela
que o Ser referido é Jesus Cristo, e não essa monstruosidade teológica de três cabeças!
Na melhor das hipóteses, é a coisa mais blasfema identificar Jesus, a quem a franco-
maçonaria recusa a adorar, com uma deidade que é dois terços satânica!
É evidente que esse Ja-Bul-On não é o Deus da Bíblia. E se ele (ou isso) não é
Deus, deve ser um falso deus – uma máscara de Satã.
O ANJO DO ABISMO
Apesar desta declaração ser de uma ambigüidade genial, devemos lembrar que a
coisa buscada em cada iniciação maçônica é "LUZ".
A pergunta que se faz ao iniciado no momento crítico é sobre o que ele mais
deseja. Impelido pelo Diácono, o candidato diz "Luz" no primeiro grau, "mais luz" no
segundo grau, e assim sucessivamente.7 Não é portanto sem sentido que esse eminente
maçom nos diga que Lúcifer é a fonte desta luz.
Em outro lugar, escrevendo sobre Satã, Pike ensina que ele:
...não é uma pessoa, mas uma Força, criada para o bem, mas que pode servir para o
mal. É o instrumento da Liberdade ou do Livre Arbítrio.
Representam esta força, que preside a geração física (isto é, o sexo), sob a forma
mitológica e chifruda do Deus PAN; de onde provém o bode do Sabbat (festa de bruxas),
irmão da Antiga Serpente e Portador de Luz, ou Fósfor, do qual os poetas fizeram o falso
Lúcifer da lenda.8
Pike não está só, ao rufar os tambores por Lúcifer. O erudito maçônico Manly P.
Hall escreve:
Quando o maçom descobre que a Chave do valentão do pedaço é a aplicação
apropriada do dínamo da força vital, ele aprendeu o Mistério da sua Arte. As energias
ferventes de LÚCIFER estão em suas mãos e antes que ele possa caminhar avante e para
o alto, deve provar sua habilidade para aplicar apropriadamente esta energia.10
Os maçons estão numa busca por luz. Mas parece que fazem tudo quanto podem
para desviar-se de Jesus, que disse: "Eu sou a Luz do mundo." Essas citações podem
pasmar a pessoa que pensa que os maçons são uma ordem simpática de homens que
ajudam crianças inválidas.
Foi amplamente demonstrado a partir de fontes com autoridade, os livros de
ritual, que a franco-maçonaria não adora o Deus da Bíblia.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 31
Francamente, resta apenas um outro ser que podem adorar – quer eles o chamem
de Grande Arquiteto ou Jabulon. Ainda é Satanás, residindo por trás das máscaras
desses outros nomes.
Essa é uma questão que se faz presente em todas as épocas. Como cristãos,
cremos que a Bíblia tem a resposta que tem autoridade. Em contraste com um século
ou algo assim de "cristianismo" liberal, secularismo e disparates da Nova Era, a Bíblia
assevera que Jesus Cristo é ímpar. Ele é Deus Todo-Poderoso vindo na carne (João
1:1, 14; Colossenses 1:15; 2:9 etc.)!
Com o ressurgimento da maçonaria como uma força a ser levada em conta dentro
de nossas igrejas, temos visto uma proliferação de versões diferentes de Jesus.
Temos o "Jesus" do filme A Última Tentação de Cristo, lascivo, dobrado pela
fraqueza, e o "Jesus" do rock de Jesus Cristo Superstar, que morreu e nunca mais
ressuscitou. Há os "Jesuses" mais perigosos da Igreja Mórmon e das Testemunhas de
Jeová. E também há o "Jesus" da Nova Era, um mestre ascendido que teve de
reencarnar muitas vezes e que precisa apresentar-se a Maitreya.
Subitamente, há mais "Cristos" por aí do que você consegue acertar com a
bengala! Parece que os maçons individuais e denominações eclesiásticas que abriram a
porta para a franco-maçonaria bateram simultaneamente a porta para que o Espírito
Santo não entrasse.
Eles estão tentando comer ao mesmo tempo na mesa do Senhor e na mesa dos
demônios (I Coríntios 10:21). Isso não dá certo! Precisamos descobrir qual é a
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 32
cimento. Chamar Jesus de Grande Arquiteto é diminuir seu poder espantoso de chamar
o universo à existência a partir do nada!
Há uma parte da franco-maçonaria que requer que a pessoa seja um cristão
nominal para participar. É ritual do Cavaleiro Templário. É o pináculo do Rito de
York.
Eu chamo esse grau de "gueto de Jesus". Exatamente do mesmo modo que os
judeus desafortunados da Europa foram forçados a viver em guetos apertados por
causa da perseguição, e hoje muitos vivem em guetos por causa da pobreza, assim o
Senhor Jesus é comprimido em um miserável grau, de uma pletora de uns quarenta e
três graus!
Este é o único grau em que as orações são oferecidas em nome de Jesus, e onde a
cruz ocupa um lugar no simbolismo. Lembre-se, porém, que este é o mesmo Rito de
York que adora Jabulon, e os oficiais do capítulo aplicam blasfemamente o nome
sagrado de Deus, "EU SOU O QUE SOU" a si mesmos em cada reunião.2
Este é o mesmo Rito de York que insiste em que seus companheiros façam
juramentos de sangue comprometendo-se a ter sua orelha cortada, sua língua rasgada
desde a ponta até a raiz, seu coração arrancado e colocado para apodrecer num monte
de estrume, ou seu crânio golpeado e seus miolos expostos aos raios do sol do meio-
dia, se eles tão-somente violarem seus juramentos!3 Que belos valores cristãos!
Enquanto não há dúvida de que a piedade cristã externa transpira do ritual do
Cavaleiro Templário, chegando ao ponto de cantar-se Rude Cruz, é preciso enfatizar que
exterioridades não tornam cristã uma instituição.
Eu sou o primeiro exemplo. Fui admitido como Cavaleiro, apesar que eu não
conhecia Jesus de modo algum! Como tantos, pensava que eu era cristão porque tinha
sido molhado com água na infância. Nada na ordem do Cavaleiro Templário mostrou-
me o erro dos meus caminhos!
Que tipo de instituição cristã permite que uma pessoa não-cristã se assente em
seu meio durante anos, e até assuma o ofício de Prelado (um capelão) e jamais se
preocupa em perceber se a pessoa é realmente crente?
(uma palavra que nem mesmo é encontrada na Bíblia) e fazendo longas peregrinações
e batalhando para defender a "religião cristã".6
UM SACRAMENTO SINISTRO?
Esta é uma blasfêmia sobre a Ceia do Senhor – uma paródia profana quase tão
má quanto a Missa Negra do satanismo. É desfazer o próprio pacto que Jesus começou
(Mateus 26:28).
Um Cavaleiro Templário cristão que participa desta comunhão maligna está
bebendo "o cálice do Senhor e o cálice dos demônios" (I Coríntios 10:21). Paulo nos
adverte:
Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será
réu do corpo e do sangue do Senhor (I Coríntios 11:27).
Tudo isso é clímax de um juramento anterior, para que sua cabeça possa ser
"golpeada e colocada sobre a seta mais alta da cristandade."12
Isso não é cristianismo, mas uma fraude cuidadosamente inventada; e uma fraude
à qual alguém só pode unir-se após fazer doze juramentos que negam a Cristo!
Contudo, muitas líderes cristãos são membros orgulhosos da ordem!
DINHEIRO DO MICKEY?
Uma cédula falsa eficaz precisa parecer tão semelhante ao dinheiro de verdade
quanto possível. Só um tolo gastaria todo seu tempo falsificando notas e colocando um
desenho do Mickey nelas.
Entretanto, as pessoas se esquecem disso quando percorrem a arena espiritual.
Por algum motivo, elas presumem que, se algo faz lembrar o cristianismo, é fé cristã
genuína! Nada poderia estar mais longe da verdade. Não importa o que Satanás possa
ser, ele não é tolo! Ele não cria versões religiosas da nota do Mickey!
Assim como as notas falsas de vinte dólares com as quais o departamento do
tesouro americano tem de lidar, o "dinheiro de mentirinha" de Satanás é 98% perfeito!
Um falsário tentará e criará chapas perfeitas, achará tinta exatamente da mesma matiz
e o tipo exato de papel com o mesmo nível de fios. Por que as pessoas não presumem
que Satanás fará a mesma coisa?
Algumas cédulas falsificadas só podem ser detectadas por peritos do
departamento do tesouro! Para usar uma analogia popular, aqueles agentes conhecem
uma nota falsa porque estudaram o dinheiro de verdade até seus olhos doerem!
Semelhantemente, os verdadeiros cristãos crentes na Bíblia devem estudar a Bíblia
cabalmente e diariamente para detectar a falsificação de Satanás.
Como crentes, temos de dar crédito a Satanás por ser pelo menos tão sutil quanto
alguns vigaristas! Ele não vai abrir uma Loja Maçônica e pendurar um sinal na porta
com os dizeres: "Primeira Loja de Satanás: Abandonai a Esperança Todos Vós os Que
Aqui Entrais." Assim ele não conseguiria muitos membros. Não, ele esforçar-se-ia ao
máximo para certificar-se que a sua Loja parecesse boa. Porém, visto que ele é o
diabo, sempre faz coisas erradas e deixa pequeninas pistas, gretas no seu engano, de
forma que uma pessoa que conhece a Bíblia as detectará.
Será que é Deus naquelas aberturas? Não, elas ocorrem porque Satanás é o
legalista final, e usa qualquer anzolzinho que puder para lhe pegar. Assim, os fatores
de "tolerância" espiritual podem ser muito elevados.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 36
Um amigo meu foi levado para um passeio numa imensa empresa hidroelétrica
em nosso estado. Mostraram-lhe turbinas pesando centenas de toneladas. O guia
explicou que eles não se atreviam a tocar seus dedos desprotegidos na área onde os
componentes do núcleo encontravam a cabine exterior da máquina. A gordura de um
único dedo poderia descalibrar e destruir a turbina de centenas de toneladas. A
tolerância de trabalho tinha esse nível de precisão!
Deus é um "engenheiro" bem melhor que qualquer ser humano, e somos a jóia de
Sua criação. O Senhor "trabalhou-nos" com tal precisão que faz um relojoeiro suíço
parecer uma massa de modelar! Como disse o salmista, somos formados de modo
assombrosamente maravilhoso (Salmo 139:14).
Por essa razão, "quase cristão" não basta para o Senhor. A ordem do Cavaleiro
Templário é uma falsificação bem produzida do cristianismo, mas é só isso. O fato de
que é uma brilhante jóia de ortodoxia falsificada pousada numa almofada de heresia é
suficiente para fazer alguém duvidar de sua autenticidade. Esse pequeno "gueto de
Jesus" nada mais é do que uma isca, um farelo da vasta mesa pagã da franco-
maçonaria jogada para os cristãos.
UM FALSO CRISTO?
Pike ensina que nós estamos comendo partes do corpo morto de Jesus! Sinto
muito ter de informar, mas o Jesus bíblico não está morto! Ele está vivo, e não há
partículas de pó de Seu corpo físico flutuando por aí pela atmosfera para que nós
consumamos!
A ressurreição de Cristo é o pilar central do cristianismo. Jesus levantou dos
mortos como a Bíblia ensina, e o escrito de Pike é uma heresia horrenda e perversa da
pior magnitude. Ele negou a ressurreição de Cristo! Ele chamou a Divindade do
cristianismo de um dos Baalim, ou falsos deuses.16
A maçonaria é coletivamente adamantina em sua recusa de dobrar os joelhos e
reconhecer Jesus como o Deus Todo-Poderoso. Fazer isso seria renunciar a seu
insípido e sombrio Grande Arquiteto por um relacionamento vital com Jesus em todo
Seu poder e glória.
Como o movimento da Nova Era, do qual é precursora, a franco-maçonaria nega
a deidade ímpar de Jesus, de modo que pode outorgar a deidade a todos nós. Eminentes
autores maçônicos bajulam-se mutuamente para negar a deidade de Cristo. Clymer, um
maçom de elevado nível, escreveu:
...ao deificar Jesus, a humanidade como um todo é despojada de Christos como uma
potência eterna no interior de toda alma humana, um Cristo latente (embrionário) em cada
homem. Ao deificar assim um homem (isto é, a Jesus), orfanaram toda a humanidade.17
Semelhantemente, a autoridade maçônica J. D. Buck alega:
Primeiro os teólogos fizeram um fetiche da Divindade Impessoal, Onipresente; e
então arrancaram o Christos dos corações de toda a humanidade de modo a deificar
Jesus, para que pudessem ter um deus-homem particularmente deles.18
Perceba as palavras meticulosamente escolhidas, concebidas para exprimir
condescendência ou até mesmo desprezo pelo cristianismo, palavras como
"despojada" ou "fetiche". Este último termo referia-se originalmente ao talismã de um
médico bruxo, mas nos anos recentes passou a significar também um item que os
pervertidos sexuais acham excitante! É evidente que a maioria destes autores
maçônicos pouco se importa com Jesus e menos ainda com Seus discípulos que
insistem em levá-Lo a sério.
Essa "linha partidária maçônica" está mantendo grande parte do que os bruxos
gostam de ensinar sobre Jesus. Quando indagados se Jesus era Deus, muitos dos meus
amigos bruxos diziam: "Claro. Por que ele deveria ficar de fora?" Não é de admirar
que haja uma curiosa unanimidade entre franco-maçons, bruxos e devotos da Nova
Era.
Tudo isso deixa evidente que a maçonaria, na melhor das hipóteses, negligencia
Jesus, e na pior, nega sua deidade e ressurreição. Isso apenas deveria bastar para
determinar a malignidade desta seita. Mas vejamos outro elemento pelo qual podemos
julgar o caráter cristão da Loja. O próprio Senhor Jesus avisou:
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz
a vontade de meu Pai, que está nos céus (Mateus 7:21).
Quão favoravelmente a loja se encaixa, usando-se esses padrões?
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 38
Uma cara senhora cristã trouxe seu marido até nosso escritório, para palestrarmos
sobre a Loja. Ele era um maçom 32° grau cabeça-dura, mas também alegava ser
cristão. Compartilhei algumas coisas com ele sobre a natureza da crença maçônica em
Deus e em Jesus, mas ele estava irredutível.
Ele disse que era membro do Templo, e tinha visto como muitas crianças
necessitadas tinham sido ajudadas pelos hospitais maçônicos! Ele perguntou-me como
uma coisa tão maravilhosa poderia ser realizada por uma organização que era tão pagã
quanto eu afirmava.
Falei-lhe dos grandes hospitais e igrejas que haviam sido construídos na cidade
com dinheiro doado pelos líderes da Máfia, católicos. Grande parte deste dinheiro
provavelmente foi doado no esforço, orientado de forma incorreta, de expiar seus
crimes.
Perguntei-lhe se isso fazia da Máfia uma organização cristã. Deveríamos todos
integrar-nos à Máfia por causa das suas boas obras? Suas orelhas enrubesceram e ele
disse que não, que provavelmente não deveríamos.
Perguntei-lhe se ele percebera que a Máfia, com sua omerta (juramentos de
sangue secretos), seus símbolos arcanos e suas vendetas (confrontos sanguinários entre
famílias) era de fato uma criação de franco-maçons. Ele negou, é claro, e eu
apresentei-lhe a evidência de que o colega europeu de Albert Pike, Mazzini, estava
envolvido na criação da Máfia. O infeliz sujeito finalmente desejou ouvir à razão e a
orientação da Bíblia.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 39
cuidadosamente, mesmo que relutantes, todos os seus atos de caridade. Todas essas
coisas, aos olhos de Deus, são como "trapo da imundícia".
A GRANDE OMISSÃO
Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado (Mateus 28:18-20).
Ordena-se aos discípulos que testifiquem sobre Jesus a "todas as nações". Isso
significa ganhar almas para o Reino. A maçonaria proíbe esta prática dentro da Loja,
desta forma vedando o que Jesus ordena!
É difícil para o cristão maçom acreditar? Que ele tente testemunhar de Jesus a
outro maçom e veja quão longe chega antes de ser reprimido por isso. Pode ser que
haja Lojas onde todos são cristãos e isso é tolerado, mas estas não são "lojas regulares
e bem governadas". Por exemplo, o Texas Ritual Monitor (a fonte básica do dogma
maçônico) proíbe "toda discussão sectária dentro dos aposentos da loja" (p. 89).
O monitor do ritual do Rito Escocês ensina:
Ninguém tem o direito de ditar algo a outro em questões de crença ou fé; nenhum
homem pode dizer que tem a posse da verdade, como ele tem a de um bem.1
Albert Pike ensinou que o credo do maçom assegura o seguinte:
Ninguém tem qualquer direito, de modo nenhum, de interferir nas crenças religiosas
de outro.2
Examinemos o que as "antigas" injunções da franco-maçonaria (alguns dos
ensinos mais veneráveis e dogmáticos da Loja "Mãe" na Inglaterra) têm a dizer sobre
o assunto. Estas datam de 1723, e são parte dos princípios de maior autoridade da
moderna franco-maçonaria que, segundo se crê, iniciou-se em 1717:
Mesmo nos tempos antigos, afirmou-se que os maçons de cada país eram da religião
daquele lugar ou nação, qualquer que fosse ela; contudo, hoje entende-se isso mais como
um expediente destinado exclusivamente a forçá-los àquela religião com a qual todos
concordam, deixando para si mesmos suas opiniões particulares.3
Todas essas fontes deixam claro que a maçonaria tem julgado conveniente passar
para trás os mandamentos de Cristo, e insistir para que os maçons que alegam ser
cristãos desobedeçam a Jesus, como condição para participarem nos seus ritos. Isso é
um bocado ruim, mas as coisas são mais feias ainda.
Talvez nenhum elemento da maçonaria da Loja Azul seja mais problemático para
o cristão do que a questão dos juramentos. Os cristãos crentes na Bíblia vêem dois
problemas com estes juramentos. O primeiro é que eles existem. O segundo é que o
juramento envolve a submissão pessoal do candidato a um horrível assassinato se em
alguma ocasião ele quebrar esses votos.
Precisamos deixar que a Bíblia interprete a si mesma, ao invés de permitir que
homens a interpretem por nós (II Pedro 1:20). Apesar de que muitos cristãos têm
enfraquecido seu padrão quanto a este assunto, Jesus ensinou claramente que não
devemos fazer nenhum tipo de juramento. De fato, Jesus esforçou-se tanto para ser
claro sobre a questão que gastou cinco versos com este mandamento no sermão da
montanha:
Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás
rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo: de modo
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 42
algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado de
seus pés, nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça,
porque não podes tomar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim;
não, não. O que disto passar vem do maligno (Mateus 5:33-37).
Isso deveria concluir o assunto, mas, surpreendentemente, incontáveis homens
cristãos fazem juramentos quando unem-se à Loja, totalmente distraídos. Para que não
esquecessem o mandamento registrado em Mateus, este é repetido:
Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por
qualquer outro voto; antes, seja o vosso sim sim, e o vosso não não, para não cairdes
em juízo (Tiago 5:12).
Novamente, um mandamento bastante claro contra qualquer tipo de juramento.
Tiago até mesmo o prefacia com as palavras: "Acima de tudo... " Essa é uma
linguagem bem forte.
A Ordem Maçônica ordena solenemente o que Jesus proíbe e proíbe o que Ele
ordena. Como uma ordem assim poderia ser cristã, quando está em disputa contínua
com o Fundador da fé cristã?
Suponha que eu lhe peça para comprar de mim uma casa, às cegas. Eu lhe
garanto que é uma casa maravilhosa, com centenas de metros quadrados e com todos
os acessórios. Tudo o que eu peço por ela é apenas um milhão de dólares em dinheiro.
Também quero que você me dê o dinheiro mesmo antes de ver a casa, ou saber se ela
existe, ou até mesmo se eu sou o seu dono.
Evidentemente você seria desajuizado se aceitasse uma oferta assim e me desse o
dinheiro. Nenhum adulto compraria uma casa sem vê-la e sem determinar que eu tinha
o direito de vendê-la. Seria fazer um negócio no escuro.
Contudo, muitos que, quanto ao resto, são astutos homens de negócio, e jamais
comprariam um título de clube, quanto mais uma casa, antes de examinarem tudo
cabalmente, estão desejosos de jogar com o seu destino eterno no equivalente
espiritual do "gato por lebre", a Loja! Como você sabe, o maçom entra na Loja
supostamente com total ignorância do que vai acontecer.
Pede-se ao candidato cristão à iniciação maçônica que dispa suas roupas e retire
todos os metais. Ele é vendado depois de ser vestido com um pijama azul engraçado
com um buraco cortado no peito e sem as pernas. Uma corda é colocada em torno do
seu pescoço e ele é conduzido até a porta da Loja. Ele bate, e uma voz desafiante vem
de dentro: "Quem vem lá?" Ele está totalmente confuso, de modo que o sujeito que o
está guiando diz em seu lugar:
Sr. ______, o qual tem estado nas trevas, e que agora busca ser trazido à luz, e
receber uma parte dos direitos e benefícios da venerável Loja, erigida por Deus e dedicada
a São João, da mesma forma que todos os irmãos e companheiros já fizeram.4
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 43
Alguns não sabem o que poderia acontecer se eles se recusassem a jurar. Pelo que
eles sabem, poderiam ser mortos. Afinal de contas, ouviram "essas histórias" sobre os
maçons.
CAVALGAR O BODE?
a ponto de ele ficar muito relutante em deixar de cooperar, quando confrontado com a
possibilidade de recusar-se a fazer esse juramento misterioso.
A maçonaria não é assunto para brincadeiras. Mas, assim como as pessoas que
fazem piadas sobre a morte e o sexo porque esses assuntos os assustam, este gracejo
pode ser uma maneira de tratar com o terrorismo espiritual que a maçonaria invoca.
Pode ser um vestígio, um eco de um tempo passado, de antes de serem vestidas as
máscaras da respeitabilidade, quando os maçons sabiam que de fato tinham de
submeter-se a "o bode".
Sob as circunstâncias nas quais ele se encontra, o aspirante a maçom não tem
opção viável senão escolher este gato-por-lebre.
No próximo capítulo examinaremos esses juramentos, e veremos porque estão
tão distantes da benignidade gentil que o mestre tenta invocar para aumentar a
confiança do candidato.
UMA QUESTÃO DE FÉ
É surpreendente que mais cristãos maçons não consigam ver a luz e sair logo.
Será que eles não vêem que eles é que são o verdadeiro templo, e não o templo
maçônico?
Seus corpos foram comprados pelo sangue de Jesus e não têm o direito de
entregá-lo para ser cortado pelos maçons. Seus corpos não lhes pertencem (I Coríntios
6:20), e eles jamais deveriam permitir que os maçons tocassem no que pertence a
Jesus. O corpo do cristão é um templo do Espírito Santo (I Coríntios 3:16) e deve ser
preservado santo.
Essa é uma verdade espiritual essencial. Na tentativa da maçonaria de "construir
templos nos corações dos homens", ela esqueceu-se de que, no caso do homem cristão,
está tentando edificar onde Jesus já reivindica o terreno. Em última análise, além e
acima de todas as violações dos mandamentos e da duplicidade política, esse é o
problema mais sério do cristão maçom.
A maior parte dos maçons que são cristãos permanece na loja por confiar. Vez
após vez os maçons nos dizem: "Meu pai foi maçom, meu avô foi maçom! Eles eram
homens bons. Se eles estavam envolvidos, não poderia ser errado!" Esses maçons
preferiram confiar nos homens que respeitam do que na Palavra de Deus.
A vasta maioria dos cristãos franco-maçons associa-se porque alguém que eles
amam ou respeitam é maçom. Freqüentemente, é um membro da família. Assumem
que esta pessoa estimada já verificou tudo e chegou à conclusão de que tudo está
perfeitamente bem com a Loja, e que ela é boa o bastante para eles.
De modo que, quando vêem todas as coisas bizarras, como os juramentos e a
religiosidade sem Cristo, tendem a deixá-las de lado, dizendo para si mesmos: "Se
meu pai (ou quem quer que seja) está envolvido com isso, deve estar certo." Eles
reprimem o Espírito Santo.
Mas não percebem que seu pai associou-se exatamente pela mesma razão, porque
alguém que ele respeitava e confiava era maçom. A vasta maioria dos maçons nunca
se importou em examinar em que estão envolvidos. Deste modo, edificaram seu
próprio "templo de confiança" sobre uma fundação bem frágil.
É como um destes momentos cômicos, em que a família vai a um piquenique, e
cada um está pensando que o outro trouxe a sobremesa. Cada membro da Loja
pressupõe que o outro examinou a maçonaria, e que tudo está certo. Infelizmente, 99%
dos maçons são ignorantes da sua própria Arte. Estão ocupados demais, ou
preguiçosos demais para investigá-la por si mesmos.
Nenhum destes homens pode trazer seus pais consigo diante do tribunal de Cristo
e dizer: "Eu me associei à Loja por causa dele; o pecado é dele." Jesus espera que
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 49
tomemos a responsabilidade pelas nossas ações. Ele espera que confiemos nele e em
Sua Palavra, até mesmo quando isso é difícil:
O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu,
sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas
sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me
esquecerei de teus filhos (Oséias 4:6).
Cada um destes homens é um elo em uma corrente de confiança. Infelizmente, no
final das contas, essa corrente foi forjada numa bola de ferro, que está para ser lançada
no lago de fogo!
É trágico que um número maior dentre eles não tem tido o discernimento ou a
coragem de que necessitam. Não compreendem o custo do "pacto com o diabo" que
fizeram no altar da Loja. Paulo escreveu:
Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se
alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que
sois vós, é sagrado. Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por
sábio neste século, faça-se estulto para se tomar sábio. Porque a sabedoria deste mundo
é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia
deles. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos
vãos (I Coríntios 3:16-20).
Os maçons jactam-se de sua "Arte" e, de fato, a sabedoria mundana é comunicada
através dela. Todavia, será que fazer um juramento permitindo a destruição do corpo
de um cristão (o templo do Espírito Santo) não é uma das piores formas de
profanação?
O Senhor Jesus derruba continuamente a sabedoria dos sábios e a confunde com
a tolice absoluta diante da Sua poderosa Palavra e poder! Muitos maçons estão
fazendo o que eu fiz, renunciando à Loja. Tornamo-nos néscios, para que nos
tornemos verdadeiramente sábios!
Aquele que habita no corpo de todo cristão é muito, muito maior que todos os
templos maçônicos do mundo. Quem, exceto Satanás, ousaria dizer que eles poderiam
melhorar o que Jesus já purificou? O Senhor avisou a Pedro: "Ao que Deus purificou
não consideres comum (Atos 10:15)."
A “ESTRELA DO ORIENTE”
O texto bíblico não diz "estrela oriental". Diz "estrela no Oriente." Um exame do
texto revela que estamos sendo submetidos a uma fraude verbal. Visto que os magos
eram do Oriente (isto é, Pérsia), a estrela que viram sobre Belém não pode ter se
mostrado oriental para eles, mas ocidental.5
Este texto indica que os magos estavam no Oriente quando viram a estrela. Então,
eles dirigiram-se ao Oeste, para Belém! Como pode observar, há uma importante razão
pela qual a OEO é chamada de Ordem da Estrela do Oriente e, infelizmente, nada tem a
ver com Mateus 2:2!
A frase "Estrela do Oriente" tem um significado técnico no ocultismo. Refere-se
à estrela Sírius6, que é o astro mais importante para o Satanismo! É consagrada ao
deus Set7 Lembra-se de Set, o deus maligno do Egito que matou Osíris? Set é,
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 52
ADOÇÃO ESPIRITUAL
DECLARAÇÕES DE UM “IPSISSIMUS”
AUTORIDADE ESPIRITUAL
Este é um princípio espiritual que tem pouco a ver com as aparências destes
grupos juvenis. A maioria deles, exceto o DeMolay, seria um bocado inofensivo, caso
desconsiderássemos o ensino de que a salvação vem por meio de boas obras (como se
ensina em toda a maçonaria).
Entretanto, todos estes grupos estão sob o alvará da autoridade maçônica. A
NENHUM dos grupos é permitido reunir-se ou funcionar sem a presença de um
Mestre Maçom. Ninguém pode associar-se, a menos que isso seja narrado a um Mestre
Maçom.
Estes grupos são "programas de mamadeira", projetados para atrair jovens para as
ordens maçônicas adultas. Isso é tecnicamente chamado de "Maçonaria de Adoção", e
o jovem que ingressa é adotado espiritualmente pela família maçônica, mesmo não
sendo realmente um maçom.
O ESPÍRITO da franco-maçonaria vem assombrar cada reunião dos DeMolays
ou do Arco-íris! Quer saiba, quer não, o maçom presente traz consigo um sacerdócio
luciferino, que envolve todos os presentes.
Até mesmo um jovem cristão que foi adotado na família de Deus (Romanos 8:15-
17) fica sob esta autoridade espiritual caso ele ou ela ingresse em uma dessas ordens.
Isso, ao invés de ajudá-los, deixa-os de ânimo dobre (Tiago 1:5-8), numa fase já difícil
de suas vidas.
Não importa o quanto essas cerimônias pareçam inocentes, funcionam sob a
sombra de um poder espiritual anticristo, que o Mestre Maçom traz consigo.
POMPA E CIRCUNSTÂNCIA
Satã sabe que muitos pais cristãos estão buscando desesperadamente bons lugares
para enviar seus filhos, para terem comunhão. Ele atacou em todos os flancos com
filmes sujos, música de heavy metal, pornografia, drogas e gangues. Os pais precisam
estar muito atentos com os ataques mais sutis aos seus jovens.
As ordens maçônicas juvenis são veneno em garrafas sem rótulo. Elas são até
mesmo mais perigosas pelo fato de serem endossadas por pastores desinformados.
Muitos pais aflitos têm escrito para nosso ministério dizendo que permitiram que
seus filhos entrassem na DeMolay ou nas Filhas de Jó porque seu pastor devotou-lhes
uma reunião especial de domingo, e permitiu-lhes que se apresentassem com todas as
suas insígnias reais na igreja, para que a congregação toda pudesse admirá-las. Que pai
deixaria de confiar seus filhos a algo endossado pelo seu próprio pastor?
O número de membros das ordens maçônicas está diminuindo, e eles estão
buscando novos jovens desesperadamente. A razão PRIMÁRIA da existência destas
Ordens é bombear jovens adultos para organizações maçônicas agonizantes – para
aclimatá-los aos rituais exóticos e pretensiosos, e aos juramentos secretos, tanto
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 59
Deixar de proteger seus filhos destes grupos é, em sentido espiritual, o que o povo
de Israel foi condenado por fazer em Jeremias 32:34-35. Você estaria queimando seus
filhos nos fogos de Moloque, um ídolo pagão da fertilidade.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 60
Nos dias de Israel, isso eqüivalia a sacrifício humano de verdade. Hoje, as almas
jovens e tenras dos nossos adolescentes estão sendo passadas pelos fogos do ocultismo
e da Loja maçônica!
Na nossa sociedade, há muitos "fogos" pelos quais passar: drogas, imoralidade,
filmes de horror e música rock. Mas, nos grupos juvenis da maçonaria, o jovem
freqüentemente é pressionado a ingressar com as "bênçãos" dos pais ou mesmo do
pastor. Salomão advertiu: "o que perturba a sua casa herda o vento" (Provérbios
11:29). Sua própria vida foi uma prova trágica disso! Sua idolatria dividiu o reino de
Israel, e seus filhos de fato herdaram o vento.
Perturbamos as nossas casas quando permitimos que nossos filhos unam-se a
essas sociedades pagãs. Uma sutil desarmonia espiritual é criada em suas vidas quando
sentam, semana após semana, sob a penumbra tenebrosa da franco-maçonaria, e ainda
esperamos que eles sejam adolescentes bons e retos.
Lembremos da "maldição da pedra do moinho'' (Mateus 18:6) e protejamos
nossos jovens para não terem de passar por mais fogos do que aqueles aos quais a
nossa cultura já os expõe!
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 61
Parte do fascínio e do perigo da maçonaria está no seu uso de sinais e toques (gestos
rituais).
O perigo vem, em primeiro lugar, do fato de que muitas destas coisas são ocultas e, em
segundo lugar, porque são usadas para perpetuar um padrão que se encaixa "no esquema" de
favoritismo, em questões comerciais e governamentais. Esse é o modo de os maçons
reconhecerem uns aos outros sem falar uma palavra.
Em primeiro lugar, há os famosos anéis, prendedores de gravata e alfinetes de lapela.
Alguns deles são óbvios, como o Esquadro e o Compasso. Esses simbolizam os órgãos
reprodutores humanos, presos no coito (quando mostrados junto), outros são um pouco mais
sutis, e alguns são um tanto demoníacos.
Entre as jóias do Rito de York, há símbolos menos conhecidos. Um é a pedra de
fundação, que é dos três graus inferiores. Supõe-se que é a "pedra que os construtores
rejeitaram," que tornou-se "a principal pedra, angular" (Salmo 118:22). É do Mestre de
Marca (quarto grau) e representa Hiram Abif, a "figura de Cristo" da maçonaria, que
supostamente talhou a pedra de fundação.1
É uma pedra trapezoidal com um duplo círculo gravado sobre ela. Dentro do círculo
estão as letras: H.T.W.S.S.T.K.S. Isso representa: Hiram, the widow's son, sent to King
Solomon.2 (Hiram, o filho da viúva, enviou ao Rei Salomão – veja a ilustração 1). Esse
conceito, como um todo, denigre Jesus em favor do herói maçônico, Hiram. A Bíblia deixa
claro que Jesus é a pedra mencionada no Salmo 118 (veja Mateus 21:42; Marcos 12:10).
l. Pedra de Fundação (Mestre de Marca) 2. Cruz em Tau do Real Arco
Um jogo é feito com a palavra "sinal", assim como na frase da Estrela do Oriente:
"sua estrela no oriente". O sinal que Constantino mencionou NÃO era uma cruz cristã,
mas um tipo de "X" que tinha tanto associações cristãs quanto pagãs.6 Na magia
moderna, é o sinal do deus egípcio morto e ressuscitado, Osíris? (outra versão de
Hiram Abif "morto e ressuscitado").
Mais uma vez a maçonaria degradou a Jesus e o substituiu pelo seu próprio
"cristo".
A "CRUZ DE BAPHOMET"
Um símbolo maçônico geralmente menos visto é a cruz do 33° grau, visto que diz
respeito só aos graus mais elevados. É mais comumente chamada de Cruz do Cruzado
ou Cruz de Jerusalém (veja a ilustração 4). Ela supostamente foi usada pelo primeiro
Grande Mestre dos Cavaleiros Templários, Godfrey de Bouillon, depois que ele
libertou Jerusalém dos muçulmanos.8
Esse símbolo está no chapéu do Soberano Grande Comandante de todos os
maçons do 33° grau com uma forma ligeiramente modificada. É parte da assinatura
mágica de Aleister Crowley, o satanista supremo deste século!9 É também encontrada
como o logotipo da versão inglesa da nova Bíblia católica, a Bíblia de Jerusalém!10
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 63
O SINAL DO CRESCENTE
Outra jóia mais comum, contudo sinistra, usada pelos maçons é o alfinete do
Santuário (veja a ilustração 5). Apesar de que aparece em vários modelos, usualmente
é alguma forma de crescente combinado com uma cimitarra. Isto identifica o portador
como um membro do Santuário, quer um maçom do 32° grau ou um Cavaleiro
Templário.
Além das suas associações com a feitiçaria, o crescente é o símbolo sagrado do
islamismo," uma religião falsa e um dos maiores rivais do cristianismo! A cimitarra é
uma espada desenvolvida pelos exércitos islâmicos. Ela espalha o "evangelho" do
islamismo, de que "Só Alá é deus, e Maomé é o seu profeta."
5. Alfinete do Santuário
O RENASCER DO FÊNIX
Manly P. Hall registrou que esta águia representa o "Supremo Hierofante (Sumo
Sacerdote)", um ser perfeito "no qual todos os opostos são reconciliados".16
Ele declara que o único homem que pode usar este símbolo é "alguém que nasceu
novamente e aproximou-se do trono da divindade. Ele é mais do que um homem,
contudo é menos que um deus; portanto, ele é um deus-homem."17 Isso evidentemente
NÃO é uma referência à experiência cristã. É um substituto pagão da maçonaria –
tornar-se um "deus-homem".
Para os maçons que querem encobrir o fato de serem membros para os não-
maçons, mas ainda fazê-lo conhecido aos seus irmãos da Loja, há um alfinete especial
(ou prendedor de gravata) que podem usar. Parece um taco de golfe de cabeça para
baixo e com duas bolas no alto (veja a ilustração 6). Muitas pessoas presumem que a
pessoa é um entusiasta do golfe, mas é realmente um trocadilho visual maçônico.
É chamado em inglês de "Two Ball Cane" (bengala de duas bolas), e é um
trocadilho com a palavra de passe secreta do Mestre Maçom, "Tubalcaim". Indica que
o homem que usa o alfinete é um Mestre Maçom, mas isso não seria reconhecido por
ESSE AVENTAL!
O avental é uma das identificações mais conhecidas dos maçons. Geralmente não
é usado em público, exceto em eventos maçônicos tais como montagens abertas de
oficiais (um grande instrumento de recrutamento), lançamentos de pedras
fundamentais ou funerais. Há na verdade muitos tipos de aventais, mas
mencionaremos apenas uns poucos deles.
Os maçons recebem um avental "de pelica" branco liso quando atingem seu grau
de Mestre Maçom. Hoje em dia eles são geralmente revestidos de plástico para mantê-
los limpos, e dificilmente são vestidos até a morte e o enterro do maçom.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 65
SINAIS E TOQUES
uma obrigação de honra (de um juramento de sangue)23 absolver tal pessoa, ou pelo
menos lutar por uma suspensão do julgamento!
O gesto que acompanha (ou que pode ser empregado sozinho, caso necessário, é
a pessoa levantar seus braços acima da cabeça (quase como na posição de "mãos ao
alto") e então abaixá-los em três etapas, girando os antebraços nos cotovelos até que
fiquem perpendiculares ao chão, com as palmas para baixo.
Todo maçom, vendo esse gesto (ou ouvindo as palavras acima), deve, por uma
obrigação de juramento, fazer todo o possível para salvar o outro maçom do perigo,
até arriscando a própria vida!
SALVAÇÃO DE PELICA
O segundo é: O que o grupo ensina sobre a salvação? O que alguém precisa fazer
para ser salvo?
Já temos dado corda suficiente para os maçons se enforcarem. Eles têm um deus
diferente, e um ponto de vista diferente sobre Jesus e Seus mandamentos. Isso deveria
bastar para fazer qualquer cristão fugir da Loja como um gato escaldado. Entretanto,
para não deixar nada ao acaso, examinemos brevemente essas duas questões-chave.
O fato de mencionarmos a Bíblia pode surpreender muitos maçons. Afinal, a
Bíblia não é uma das "três grande luzes da maçonaria"? Os juramentos não são feitos
sobre uma Bíblia? A Bíblia não é aberta solenemente como parte de cada ritual de
abertura da Loja? E as passagens da Bíblia não são citadas copiosamente durante o
ritual, e os próprios personagens do drama maçônico não são tirados das suas páginas?
GUARDA-PÓS?
FALAM AS AUTORIDADES
reunir-se usando o Livro de Mórmon e assim por diante. Qualquer velho "livro
sagrado" deveria servir. Isso faz um picadinho completo com a inerrância da Escritura.
A devoção da franco-maçonaria à Bíblia é, na melhor das hipóteses, superficial;
na pior, insolente. Tal instituição não pode ser de Deus.
Essa questão, tão vital e essencial, tem ecoado através das eras. A resposta da
Bíblia é simples: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo..." (Atos 16:31).
A resposta da franco-maçonaria, como talvez seja previsível, não é tão simples.
Visto que a maçonaria não honra Jesus como Senhor, evidentemente não aponta para
Ele como o único caminho para a salvação. Como todas as outras seitas, a maçonaria
oferece a salvação pelas obras.
Muitos cristãos maçons ficam surpresos de ouvir essa acusação, visto que estão
convencidos de que a Loja aconchega-se confortavelmente no seio do protestantismo.
Para os que precisam ser convencidos, examinemos primeiro o nível de maior
autoridade da maçonaria, o Monitor Ritual. Nas leituras do terceiro grau, temos a
seguinte instrução:
...aquele Olho-Que-Tudo-Vê, ao qual o sol, a lua e as estrelas obedecem, e sob cuja
proteção cuidadosa até mesmo os cometas realizam suas estupendas revoluções,
contempla o recesso íntimo do coração humano, e nos recompensará de acordo com as
nossas obras.8
Isso é um bocado claro, e totalmente contrário à Bíblia, que ensina:
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
não de obras, para que ninguém se glorie (Efésios 2:8-9).
Isto significa que o sistema de salvação que opera na franco-maçonaria não é
bíblico. Na mesma leitura, diz-se que o símbolo da "espada apontando para o coração
humano", lembra o maçom de que "Deus nos recompensará de acordo com o que
fazemos nesta vida."9
A culminação do terceiro grau é uma ordem, que é lida ao novo Mestre Maçom e
à Loja. Em parte, eles são exortados:
Assim, quando a dissolução está tão próxima, e os ventos frios da morte vêm
sussurrar em nossa volta... devemos obedecer com alegria às intimações do Grande
Guardião dos Céus, e ir dos nossos labores na terra para... o Paraíso de Deus. Então, pela
beneficência da passagem – uma vida pura e inocente – com uma firme confiança na
Providência Divina, ganharemos a pronta admissão naquela Loja Celestial acima, onde o
Supremo Grande Guardião preside para sempre... Quando, colocados à sua destra, ele se
agradará de nos pronunciar maçons justos e retos...10
Vê? Em nenhum lugar Jesus é mencionado, ou o fato de que ninguém é justo. É
tudo salvação por obras!
CONFIANDO NA PELICA?
Apesar de que não há referência a Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, nos seus
ritos, os Maçons são exortados a confiar em algo além das suas boas obras – sua Pelica
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 72
Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de
Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e
querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do
céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim,
como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele
que recebestes, seja anátema (Gálatas 1:6-9).
Isso significa que todos o Veneráveis Mestres e os outros instrutores maçônicos
estão sob a maldição de Deus, exatamente da mesma forma que os bem conhecidos
sectários, como os mórmons. Todos eles pregam salvação pelas boas obras.
A diferença é que a franco-maçonaria não é reconhecida como uma seita. O ex-
Venerável Mestre (agora um autor cristão) Jack Harris chama-a de: "A Seita Invisível
em Nosso Meio." Podemos ouvir sermões sobre outras seitas, mas poucos pastores ou
evangelistas desejam chamar a maçonaria de pecado.
Até aqui temos examinado a superfície da maçonaria, e deixamos seus ritos e
autores falarem por si mesmos. Contudo, como qualquer "coisa oculta das trevas", há
muito mais sob a superfície. Nenhuma parte deste sistema bem trabalhado poderia ter
aparecido simplesmente por acaso. Bem que a franco-maçonaria pode ser a
falsificação "por excelência" de Satanás!
Quais são as origens da maçonaria, e como ela veio a ser tão maligna? O que há
na Loja que faz com que pastores que em todo o resto são fortes – tremam? Como ela
conseguiu capturar algumas das mais antigas denominações do protestantismo? Em
muitos casos, a franco-maçonaria transformou aquelas igrejas em tigres eclesiásticos
banguelas que fogem de Satanás no campo de batalha espiritual.
Na segunda seção deste livro sondaremos abaixo da superfície e exploraremos as
partes inferiores da franco-maçonaria. Tão amaldiçoadas quanto a superfície, as partes
escondidas são ainda mais abomináveis. Veremos como "a Fraternidade", como é
chamada, tem as raízes afundadas nos fossos mais tenebrosos do inferno, do satanismo
e da bruxaria.
Esses vislumbres deveriam bastar para fazer um cristão fugir da Loja. Estes
maçons estão sendo enganados deliberadamente pelos seus líderes. Albert Pike
observa:
Os Graus da Loja Azul estão apenas no pátio exterior ou pórtico do Templo. Parte
dos símbolos são apresentados lá para o iniciado, mas ele é intencionalmente
desencaminhado por falsas interpretações. Não se planeja que ele os deva entender, mas
planeja-se que ele imagine que os entenda.1
A Loja Azul é o "pátio exterior". Isso mostra o quanto a maçonaria é enganadora.
O candidato do terceiro grau é informado que a Loja do Mestre Maçom encontra-se
num lugar que representa "...o infindável Sanctum Sanctorum ou Santo dos Santos do
templo do Rei Salomão."2
Dá-se a impressão de que a Loja representa o santuário interior do templo. Agora
Pike nos diz que estamos, naquele ponto, apenas no portal exterior. Isso é típico de
sociedades secretas. Na hora que você pensa que lhe disseram tudo, abre-se uma nova
caixa, e um novo nível de segredos lhe aguarda. É a artimanha da "vara e anzol"
novamente.
O falo era uma representação esculpida do órgão de geração masculino e diz-se que
a sua adoração originou-se no Egito. Nos Mistérios... encontramos a origem remota do
ponto no interior do círculo, um antigo símbolo que foi primeiro adotado pelos antigos
adoradores do sol... e incorporado no simbolismo da franco-maçonaria.6
Agora vemos que os símbolos centrais da franco-maçonaria na verdade
representam os órgãos reprodutores humanos! Aprendemos, no que é chamado de
franco-maçonaria esotérica, que o esquadro é o símbolo do linga (ou força de deus na
bruxaria) e os compassos são os símbolos dos órgãos femininos, chamados de yoni ou
shakti (força deusa) pelos ocultistas7
De modo que, eis aqui o cristão maçom, servindo na Loja e adorando num altar
com símbolos dos órgãos masculino e feminino entrelaçados sobre uma Bíblia aberta!
Que blasfêmia! Considere ser destruído por falta de conhecimento (Oséias 4:6)!
RAÍZES IMUNDAS?
Consideremos, a partir das palavras dos seus rituais e dos seus instrutores, o
próprio solo do qual brota a maçonaria. De acordo com o terceiro grau, o primeiro
franco-maçom foi Tubalcaim.8 Na Bíblia, descobrimos que Tubalcaim descende da
linhagem amaldiçoada da Caim (Gênesis 4:17-22).
É interessante notar, que descobrimos à luz da obsessão maçônica pelo
assassinato, que o pai de Tubalcaim, Lameque, foi a primeira pessoa a vangloriar-se
de um assassinato (Gênesis 4:23-24). Que belo lar para o fundador da franco-
maçonaria ser criado!
O próximo "santo" maçom mencionado é Ninrode, que é descrito por Mackey
como "um dos fundadores da maçonaria".9 Em Gênesis 10:8-9, Ninrode é chamado de
"poderoso na terra" e "valente caçador diante do SENHOR". Os comentaristas
geralmente identificam Ninrode como o fundador da Babilônia, e o arquiteto da Torre
de Babel.10 Isso certamente o qualifica como um maçom, mas não faz muito bem para
a sua reputação.
Os construtores da Torre de Babel, em Gênesis 11:4-5, 7-8, apresentam uma
mentalidade maçônica orgulhosa e surpreendentemente moderna:
Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo topo chegue até
aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a
terra. Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens
edificavam;
Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a
linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e
cessaram de edificar a cidade.
É óbvio que o Senhor não aprovou os planos de Ninrode. Esta foi a primeira
tentativa do que hoje chamamos de globalismo, o esforço de unificar todas as pessoas
sob um sistema religioso-político comum. Na Bíblia, Babilônia representa o mal que
se volta contra Jerusalém, a cidade de Deus.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 77
Posso dizer que esses livros não tinham sido muito lidos. De fato, fui o primeiro a
retirar o livro de Pike em meses. Contudo, Moral e Dogma era a "bíblia" do Rito
Escocês. Foi nesses livros, entre outros, que encontrei a confirmação do que meus
instrutores na bruxaria vinham me dizendo há anos. Vi claramente que a maçonaria
era uma forma da "Velha Religião" da adoração do diabo.
Esta é uma acusação forte, mas os livros estão lá para qualquer maçom verificar.
Eles provavelmente estão juntando pó em dúzias de bibliotecas exatamente como
naquela de Milwaukee! Muitas Lojas Azuis também têm boas livrarias, dependendo
do seu tamanho. A questão é: será que o maçom mediano tem coragem para escavar
nesses livros e encontrar por si mesmo de onde vem a sua Loja?
Para auxiliar nessa busca, examinaremos alguns dos conceitos que fazem da
franco-maçonaria uma forma de bruxaria, e veremos o que os líderes da maçonaria
ensinam sobre o assunto.
É óbvio que estas duas abordagens filosóficas são um tanto quanto diferentes, o
que é outro motivo pelo qual um cristão não pode ser maçom e ser leal aos dois
conjuntos de crenças.
O que se quer dizer com o segundo e o terceiro constituinte das religiões de
mistério? A visão cíclica da história vê o tempo como uma eterna roda de períodos, e
os próprios períodos como reflexos das interações divinas no cosmo. Assim, o tempo
nunca vai realmente terminar. É um tipo de espiral ascendente através dos ciclos de
reencarnação.
Apesar de que nem todos os participantes dos cultos de mistério crêem
necessariamente na reencarnação, os eruditos maçons entendem que ela é uma parte
essencial do seu sistema de crenças.4 As estações são vistas como um cortejo de
deuses.
Talvez a forma mais conhecida desse cortejo esteja nos mistérios Eleusinos, onde
entende-se que o ciclo da deusa do cereal, Deméter, e sua filha, Perséfone, são
manifestações do incremento e do decremento da fertilidade na terra.5 Perséfone é
raptada pelo senhor tenebroso do submundo e levada para lá. Deméter faz uma
barganha com ele e permite-se que ela volte a ter a sua filha em tempo para a
primavera.
Essa é a explicação para a mudança das estações. Os lamentos da deusa pela
perda de Perséfone durante o outono e o inverno produzem – pode imaginar? – O
outono e o inverno! Esse mito contém um outro em seu interior, mais tenebroso. E este
é o mito central da franco-maçonaria.
A ADORAÇÃO DA SEXUALIDADE!
Intrincadamente atado com o cortejo das estações está o interesse pela fertilidade
da terra. Hoje a maior parte de nós consegue a sua comida no supermercado, mas para
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 81
nossos ancestrais, a fome e a seca eram perigos muito reais. A vinda da primavera era
um período de júbilo, assim que os botões das plantas começavam a aparecer. Até
mesmo em nossa cultura urbanizada, quem não se alegra ao ver as primeiras flores de
maçã depois do inverno?
Não há nada de errado em alegrar-se com a primavera, ou celebrar as belezas que
Deus nos deu. Tudo deve ser recebido com agradecimento (I Timóteo 4:3). Contudo, a
diferença entre a visão de mundo judaico-cristã e aquela das religiões de mistério é
que os adeptos creram que o deus reside nos próprios processos da fertilidade. Eles
creram que os elementos de reprodução das plantas, animais e humanos eram a
semelhança do deus!
O grande mistério das religiões de mistério era a adoração do sexo! Parte desse
mistério estava envolvido nos próprios mecanismos da reprodução humana! Há uma
doutrina na bruxaria chamada de Máxima Hermética: "Como no alto, também em
baixo, mas de modo diferente." Essa idéia é a base de grande parte da magia e da
astrologia.6 Isso significa que a reprodução humana é um reflexo de um universo mais
amplo.
As pessoas que estabeleceram os mistérios notaram as diferenças entre a
sexualidade masculina e a feminina. Usando essa máxima hermética, deduziram que
havia uma deusa eterna e um deus finito que morria e precisava ser ressuscitado
anualmente, e vincularam isso com as estações.
Eles fizeram do sol (que parece mover-se para o sul e enfraquecer seu poder no
inverno) um símbolo do deus. Fizeram da lua (que cresce e diminui de acordo com o
ciclo da mulher) o símbolo da deusa filha; e da terra, com sua impassividade e
fertilidade óbvias, o símbolo da mãe deusa eterna.
todas as partes. Entretanto, ela não conseguiu encontrar uma parte vital (conhecendo a
mentalidade pagã, imagine que parte!).8 Faltando essa parte vital, ela não conseguiu
voltá-lo à vida.
Ao invés disso, ela o entronizou no submundo como o Senhor dos Mortos,
enquanto Set tornou-se a versão egípcia do diabo. Contudo, Ísis e Osíris tiveram um
filho, Hórus, que eventualmente matou Set e vingou seu pai.9 Nesta história vemos as
íntimas correlações entre a lenda maçônica de Hiram Abif e a lenda de Osíris.
Ambos são "Filhos da viúva" (sendo que Ísis era tanto a viúva quanto a mãe de
Osíris, na forma de Neftis). Ambos são artífices.10 Ambos são mortos por homens
iníquos, que são, por sua vez, mortos em vingança. Com ambos se faz tentativas de
ressurreição sem sucesso. Nas mortes de ambos, uma coisa de grande poder é perdida
(a Palavra do Mestre e o órgão de geração de Osíris11).
Ambos são lamentados com grande cerimônia. No rito da Loja, o Rei Salomão
faz o "Grande Sinal do Grito de Socorro" e diz: "Oh! Senhor meu Deus, receio que a
Palavra do Mestre esteja perdida para sempre."12 Ambos são enterrados,
desenterrados, enterrados novamente e finalmente enterrados uma terceira vez, depois
de uma tentativa de ressuscitá-los."
Não obstante, visto que a maçonaria é uma modalidade masculina dos mistérios,
o papel da deusa é diminuído. Porém, ele ainda está contido em parte do simbolismo
da "Lenda de Hiram".
A preleção do terceiro grau discute o monumento erigido à memória de Hiram
(pouco importa o fato de que um hebreu não construiria um monumento a alguém).
...A tradição maçônica nos informa que um monumento maçônico foi erigido à sua
memória, consistindo de "uma bela virgem, chorando por causa de uma coluna partida;
diante dela foi aberto um livro; na sua mão direita, um ramo de acácia, na esquerda uma
urna; atrás dela o Tempo, soltando e contando as argolinhas no seu cabelo".13
Ísis era virgem e mãe, de modo que a "bela virgem" é Ísis chorando. A coluna
partida é o membro que falta em Osíris, a acácia, uma alusão à vida eterna pregada
pelos egípcios, bem como a ênfase na vegetação dos cultos da fertilidade. A urna é
uma evocação dos vasos canópicos14 usados nos funerais egípcios para armazenar os
órgãos vitais das múmias.
Finalmente temos o "Tempo", o deus Saturno, uma forma posterior do deus
misterioso e maligno, Set. Na astrologia, Saturno é chamado de "maior maléfico" ou
mal maior. Um conjunto de coincidências sinistramente perturbadoras, não é?
Contudo, há aspectos ainda mais tenebrosos neste "mito misterioso".
Algumas pessoas podem achar que estas conexões são tênues, e pensar que
estamos exagerando as ligações entre a franco-maçonaria e essas seitas. Porém, peritos
maçons concordam com esta análise. Pike ensina o seguinte:
Nos mistérios também ensinava-se a divisão da Causa Universal em causa Ativa e
Passiva; delas, Osíris e Ísis (o céu e a terra) eram símbolos... os Princípios Ativo e Passivo
do Universo eram normalmente simbolizados pelas partes geradoras do homem e da
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 83
mulher, aos quais, em eras remotas, nenhuma idéia de indecência era associada; o Falo e
o Cteis, emblemas da geração e da produção que apareciam como tais nos Mistérios...
eram simbolizados pelo que agora chamamos de Gemini, ou Gêmeos, no período remoto
em que o Sol estava naquele Signo no Equinócio Invernal, e no qual eram Macho e
Fêmea; e o Falo talvez tenha sido tomado dos órgãos reprodutivos do Touro.15
Peço desculpas pelo conteúdo deste material, mas serve para contrastar a atitude
desse "Platão da franco-maçonaria" para com esses cultos pornográficos comparada
com sua atitude em relação a aqueles "patetas" (palavras dele), os Pais da Igreja cristã.
Um parágrafo depois, ele escreve:
Os Pais da Igreja contentavam-se em vituperar e ridicularizar o uso desses emblemas
(os símbolos sexuais). Mas como esses símbolos não criavam idéias indecentes em
tempos mais remotos, e eram usados tanto pelos jovens mais inocentes como pelas
mulheres virtuosas, será mais sábio para nós buscar penetrar no seu significado.16
Em outro lugar, Pike proclama:
A maçonaria, sucessora dos Mistérios, ainda segue a forma de ensino antiga.
Suas cerimônias são como antigos shows místicos.17
Albert Mackey também louva esses antigos mistérios:
... os ritos de adoração secretos dos deuses Pagãos. Cada um dos deuses pagãos
tinha, além da adoração pública e aberta, uma fechada dedicada a ele, à qual ninguém era
admitido exceto aqueles que tinham sido selecionados pelas cerimônias preparatórias
chamadas de Iniciação.18
Finalmente, Pike faz a seguinte afirmação:
A ciência oculta dos antigos magos era oculta sob as sombras dos Antigos Mistérios;
ela foi revelada de forma imperfeita, ou melhor, desfigurada, pelos gnósticos; imagina-se
que esteja sob as coisas obscuras que cobrem os ditos crimes dos templários; e é
encontrada desenvolvida em enigmas que parecem impenetráveis nos Ritos da Alta
Maçonaria.19
OS FILHOS DO BAPHOMET
RAÍZES CLÁSSICAS?
A linhagem da maçonaria pode ser traçada até Ninrode. Ele foi o pai de todas as
religiões de mistério envolvendo a morte e a ressurreição de um deus sexual. Contudo,
de acordo com eruditos maçons, o mais antigo (c. 500 a.C.) surgimento de uma
sociedade secreta de construtores verdadeiramente semelhante aos maçons ocorreria
com os "Artífices Dionisíacos"1 (artífice é outra palavra para construtor).
Dioniso foi o deus grego chifrudo do vinho e da maluquice, e foi um deus morto
e ressuscitado concebido por uma virgem, que foi engravidada por um deus, Zeus.2 Os
ritos dionisíacos tinham muito em comum com os sabás das feiticeiras3 e com a
maçonaria, incluindo encenação de morte e ressurreição, juramentos e ameaças de
morte.
A escola pitagórica também merece ser mencionada. Os rituais maçônicos
referem-se ao filósofo e matemático, Pitágoras (582-507 a.C.), como "antigo amigo e
irmão"4 dos maçons. Pitágoras foi um gênio, mas também era ocultista, um produto da
cultura grega pagã.5 Ele foi o fundador de uma fraternidade que acreditava em
reencarnação.6
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 85
O TRONO DO PAVÃO
Outra fonte da maçonaria pode ser traçada no Oriente Médio, perto do sítio de
Nínive e da moderna Bagdá. Um grupo chamado os Yetzidis adoravam o "anjo
pavão", e como os maçons, tinha camadas de segredos dentro de sua fé.
Aparentemente ninguém sabe quão antiga era a seita Yetzidi, mas a perseguição pelos
muçulmanos começou no século 13.
O nome secreto do seu deus era Shaitan, a palavra árabe para Satanás.7 É uma
variação do hebraico ha satan, usado em Jó 1:6 com referência a Satanás. O pavão era
o símbolo de Shaitan por causa do seu orgulho.
Só restaram fragmentos dos seus escritos.8 Parece que eles foram adoradores
descarados de Satanás, apesar de que não há evidência de que tenham realizado
sacrifícios humanos, como fizeram alguns dos cultos de Mistério. Alguns especulam
que os Yetzidis podem de algum modo estar envolvidos com o próximo elo nesta
corrente bizarra – o culto de Hassan I Sabah.
Hassan I Sabah foi uma das figuras mais intrigantes da história. Chamado de "O
Velho Homem das Montanhas", foi um líder na heresia islâmica chamada
Ismaelianismo. O islamismo estava rebentando com fanatismo, e ser um herege era ser
executado com a espada.
Hassan era esperto e percebeu que os muçulmanos mais "ortodoxos" estavam em
maior número. Ele sabia que a única maneira de vencer seria pela subversão. Ele criou
uma ordem de soldados de elite com drogas, especialmente o Haxixe, e o que
chamaríamos hoje de programação mental.
Esses homens programados estavam desejosos de morrer pelo seu novo mestre. A
Ordem de Hassan era chamada de Hashishim, ou Assassinos. A palavra assassino
deriva diretamente dele.9 Ele foi um gênio maligno que parece ter inventado muitas
das nossas técnicas modernas de espionagem – em especial a toupeira. Ele "enterrava"
seus homens em abrigos profundos nas cortes do inimigo e anos depois, em resposta a
um sinal, a "toupeira" enterrava a adaga encurvada dos Assassinos no coração do alvo.
Quando Hassan morreu, ele deixou para trás uma herança extraordinária, porque
houve uma polinização cruzada entre as suas idéias e as idéias dos seus equivalentes
europeus, os Cavaleiros Templários. Como ratos que transportam moléstias, os templários
voltaram para a Europa com os segredos de Hassan, e lá eles se espalharam como um
incêndio.
FILHOS DE BAPHOMET
Os templários eram combatentes que não tinham nenhuma batalha para lutar.
Aparentemente eles voltaram vencidos de uma guerra longa e impopular numa terra
distante. Seu moral não estava alto, mas eles voltaram à Europa com uma fortuna
incrível, um sistema de guarnições militares, e as melhores frotas do mundo.
Eles suscitaram a ira de Filipe IV, da França, um dos reis mais poderosos da
Europa. Este tinha conseguido matar um papa, envenenar um segundo e instalar o
sucessor que escolhera, Clemente V. Aí ele tomou o papado, trancou e guardou a tiara
papal fora de Roma e a deixou em Avignon, na França.14
Filipe temia os templários, mas estava determinado a ficar com a sua fortuna.
Confiando em que seu "papinha de estimação" cooperaria, o rei prendeu todos os
templários franceses.
Na alvorada da sexta-feira, 13 de outubro de 1307, os ataques começaram. Todas
as propriedades que pertenciam aos templários foram conquistadas. Apesar de que a
maioria dos templários foi presa, sua riqueza jamais foi encontrada. Aparentemente a
Ordem sabia que o ataque se aproximava, pois o Grande Mestre, Jacques de Molay,
queimou muitos dos livros da ordem.15 Juramentos hórridos de sigilo guardaram a
natureza dos verdadeiros ritos dos templários.
Esta falta de fontes de material é que criou a controvérsia. Sob Filipe, muitos dos
cavaleiros foram torturados. Evidentemente, qualquer confissão extraída sob tortura
deve ser considerada com suspeita. Não obstante, há certas coincidências que levam a
pensar que pode haver um núcleo de verdade em algumas das confissões.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 87
A CABEÇA FALANTE
BAPHOMET
Examinemos de perto esta figura misteriosa. Uma teoria comum para a origem do
Baphomet é que é uma variação do nome de Muhammed (Maomé).17 Mesmo essa
sendo a explicação que menos incomoda, ainda é muito preocupante. Adorar Maomé
seria traição tanto política quanto espiritual.
A segunda explicação é que o nome seja um tipo de charada chamado Notariqon.
É a forma que os cabalistas (magos cerimoniais) usam para escrever as palavras ao
contrário e como acrônimos. Pelo Notariqon, Baphomet é "Tem.O.H.P.Ab." Em latim,
significaria: "Templi Omnium Hominum Pacis Abbas", ou Pai do Templo da Paz de
Todos os Homens.17
Baphomet
Isso não soa mau, exceto pelo contexto da era em que se encontra. Pois cavaleiros
no meio de uma guerra religiosa adorando uma estranha cabeça falante chamada de
"Pai do Templo da Paz de Todos os Homens" de fato soa estranho, especialmente
quando olhamos para a franco-maçonaria, o movimento da Nova Era, e as suas
doutrinas da "paternidade de Deus e da fraternidade de homens".
Um dos principais místicos muçulmanos, Idris Shah, afirma que Baphomet
deriva-se da palavra árabe Abufihamat, que significa "Pai do Entendimento".18 Isso se
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 88
encaixa bem com a teoria de que os templários eram sobreviventes de uma seita
gnóstica do Oriente Médio de adoradores do Falo, que acreditavam na salvação
através da gnose (ou do conhecimento).19
Outra teoria apresentada é que o nome é realmente Bapho-Mitras, significando
"Pai Mitra".20 Mitra foi um deus-sol adorado em Roma na época do início do
cristianismo. Ele era considerado rival de Jesus, e seu nascimento ocorreu em 25 de
dezembro.21 Mitra era representado como um homem com a cabeça de um touro ou
como um matador de touro, e havia uma versão do ídolo como um homem com cabeça
de bode.
O franco-maçom, satanista e pervertido Aleister Crowley tomou para si o nome
Baphomet quando assumiu a liderança da organização ocultista-maçônica O.T.O.
(Ordem dos Templários do Oriente). Crowley escreveu que Baphomet representava
um tipo de deus fálico.22
Kenneth Grant, o moderno líder mundial da O.T.O., afirma que o Baphomet esconde
a fórmula da magia homossexual dos templários.22 Outro ocultista respeitado
mundialmente na última geração, o falecido Dion Fortune, disse que o Baphomet
representa uma prática que, na sua forma mais baixa, foi "uma das causas da degeneração
dos Mistérios gregos".23
Um erudito maçônico, Manly P. Hall, identifica claramente o Baphomet com o
"Bode de Mendes" satânico, provavelmente a mais bem conhecida representação de
Lúcifer em todo o ocultismo. Ele diz que eles provavelmente o obtiveram dos árabes.24
UM DEUS CHIFRUDO
Estas são águas profundas, que revelam as múltiplas camadas de significado nos
cultos de mistério. Contudo, duas ameaças comuns também emergem nessas
confissões – uma cabeça masculina sem o corpo, e o homem-animal chifrudo.
As acusações que a Inquisição fez contra a Ordem em 1308 dizem que eles adoravam
uma cabeça que tinha o poder de tornar a terra fértil.25 Essas qualidades da cabeça
encaixavam-se com a antiga adoração druida da cabeça separada, a cabeça de Bran, o
Bendito, um deus que aparece num poema galês, o Mabinogion.26 Eles encaixam certinho no
panteão da bruxaria celta, especialmente quanto às suas características de trazer a fertilidade.
Baphomet é outro nome do deus das bruxas, que é também o deus dos
templários! Este deus é também conhecido como o "Deus Chifrudo", porque é
freqüentemente mostrado com chifres, ou com a aparência de um animal de chifres
(cervo, bode ou touro).27
Este deus é adorado hoje em conciliábulos de todo o mundo e pode ser um dos
ídolos mais antigos da história. Pinturas nas cavernas de Ariége, na França, mostram o
xamã (ou "feiticeiro") vestindo um traje com chifres.28 Até mesmo Ninrode é
freqüentemente mostrado usando uma máscara ritual com chifres.29
Outra forma muito comum do deus das bruxas nas ilhas britânicas é o chamado
"Homem Verde".30 Esta figura geralmente tem uma cabeça verde com vinhas saindo de
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 89
sua boca – e nunca tem um corpo! As semelhanças aqui são muito impressionantes para
ser meramente coincidência.
É importante lembrar que os sacerdotes originais da Grã-Bretanha pagã eram os
druidas, e que eles tinham as chamadas "universidades bardas" (uma espécie de
seminário satânico) por toda a França, Grã-Bretanha e o Mediterrâneo quase mil anos
antes da chegada dos templários. Como veremos, a influência dos templários também
foi grande nas ilhas britânicas.
A FRATERNIDADE ROSACRUZ
Alguém pode achar que é forçada qualquer ligação entre os templários e a franco-
maçonaria, mas os elos entre as duas sociedades secretas são mais do que conjectura.
Têm 800 anos de idade.
Por exemplo, o velho castelo templário de Athlit foi desenterrado na Terra Santa.
O castelo foi construído em 1218 e abandonado em 1291. Algumas das lápides
continham sinais – um esquadro de pedreiro, uma pedra de prumo e um martelo de
montagem. Dentre os túmulos que têm símbolos maçônicos, só há dois outros mais
antigos!2
Nenhuma instituição tão poderosa quanto os templários poderia simplesmente
evaporar. Alguns autores especulam que alguns dos templários acabaram na Escócia,
onde suas tradições tornaram-se parte do desenvolvimento do assim-chamado "Rito
Escocês" da maçonaria.3
Surgiram rapidamente imitadores dos templários. O mais notável deles foi a
Ordem da Liga.4 Em 1348, poucos anos depois da queda dos templários, Edward III da
Inglaterra criou esta ordem, que existe até hoje.
Há uma lenda por trás da fundação da Ordem da Liga por Edward. Supostamente
o rei estava dançando com uma senhora na presença da sua corte. De repente, a liga da
senhora caiu no chão. O incidente chocou a corte, e toda a dança cessou. Edward
galantemente ajoelhou-se e colocou a liga em sua própria perna, dizendo: "Honi Soit
qui mal y pense", que significa: "Vergonha para aquele que pensar mal disso".5
Em honra da ocasião, o rei fundou a Ordem da Liga, e a frase que disse veio a ser
seu lema. Ele criou a ordem com 26 cavaleiros (13 vezes 2). Esse evento um tanto
estranho torna-se mais estranho ainda quando alguém se dá conta de que no século 14
as pessoas não se chocavam com as roupas de baixo das senhoras. Essa era uma
tumultuosa Inglaterra semi-pagã, e aquela liga causou escândalo por uma razão
inteiramente diferente.
A liga era (e ainda é) o símbolo da sumo-sacerdotisa das bruxas.6 Quando uma
sumo-sacerdotisa torna-se uma "bruxa rainha", isso é, quando seu conciliábulo de
bruxas divide-se, gerando outro com as suas próprias sacerdotisas, ela adquire uma
fivela de prata, com a forma da lua em quarto-crescente, para a sua liga. Para cada
conciliábulo criado após isso, uma nova fivela é acrescentada. Alguns historiadores
especulam que a senhora com a qual Edward estava dançando era uma "bruxa
rainha".7 Caindo sua liga numa corte de professos cristãos seria a ocasião para que a
mulher fosse presa.
Por expressar aprovação, Edward deu sua bênção à senhora e à sua religião. Ele
pode ter desejado dizer: "Vergonha para aquele que pensar mal da feitiçaria", o que é
sustentado pela escolha do rei de dois grupos de 13 cavaleiros, sendo 13 tanto o
tamanho de um conciliábulo quanto o número de festas lunares (sabats) num dado ano.
Até hoje, o monarca da Inglaterra é o chefe da Ordem da Liga (bem como
patrono da maçonaria), e quando vestido com todos os trajes da ordem veste um manto
com 168 ligas, além de uma realmente vestida na sua perna. Isso soma 169 – treze
vezes treze. A rainha da Inglaterra pode, consciente ou inconscientemente, ser a bruxa
rainha da sua nação!
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 91
A FAMA FRATERNITATIS
Seguindo uma linha que é tecida por toda a história da estrutura subjacente da
maçonaria, vemos que suas pontas têm duas idéias comuns:
1) Incorporação dos elementos das religiões de mistério, especialmente a idéia de
um deus-herói que é morto e ressuscitado por um poder oculto e
2) A idéia de uma fraternidade oculta com segredos, desde a antigüidade. Ser
membro nessa fraternidade era possível apenas após uma perigosa iniciação.
Quanto à história e às lendas ocultas, o mais nítido sucessor imediato da
verdadeira herança dos templários é a fraternidade iniciada por um homem misterioso
(mítico?) conhecido como Christian Rosenkreutz (ou CRC).
O primeiro traço da sua fraternidade surge três séculos após a dissolução dos
templários. Em 1614, surgiu um tratado chamado "Fama Fraternitatis, a Declaração da
Digna Ordem da Rósea Cruz".8 Este tratado narra a história de como Rosenkreutz, um
nobre germânico, fundou a Ordem no século quatorze, após viajar e estudar ocultismo
no Oriente Médio.9 Com seus primeiros quatro seguidores, CRC fundou a
"Fraternidade da Rosa Cruz". Eles construíram uma sede, chamada "A Casa do
Espírito Santo", onde todos os membros reuniam-se anualmente."10
CRC morreu na idade madura de 150 anos porque quis. Antes da sua morte, ele
modelou sua sabedoria oculta numa organização secreta que deveria existir por todos
os séculos posteriores para salvar a humanidade. Esta sociedade era secreta porque
tinha poder para curar. Ele foi sepultado numa caverna da Casa do Espírito Santo.
O relato do tratado afirma que um dos discípulos de CRC descobriu sua tumba
em 1604 e descobriu inscrições estranhas e um manuscrito escrito com letras
douradas. Sobre a porta da caverna havia uma inscrição, que foi interpretada como:
"Em 120 anos eu voltarei." No interior da caverna, ele encontrou depositado um corpo
perfeitamente conservado, vestido com as roupas dos rosacruzes.11
A descoberta do túmulo de CRC supostamente introduziu uma nova era.12 Os
membros dessa fraternidade secreta foram chamados de rosacruzes. Eles afirmavam
que nunca sentiam fome, que tinham poder oculto13 e que tinham tido também acesso
a segredos perdidos da ciência e da medicina.
Esse é o núcleo do mito rosacruz, assim como a lenda de Hiram é o âmago da
lenda maçônica. Após o aparecimento desse tratado, surgiu uma "mania" de literaturas
rosacruzes em toda a Europa. Grande parte dela era fraudulenta. Contudo, um item
merece a nossa atenção.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 92
A MATRIZ DA MAÇONARIA
Apesar de que a febre do rosacrucianismo cessou, alguns ainda criam que eram
parte de uma fraternidade de "Filósofos Desconhecidos" conhecida como a
"Universidade Invisível". Os rosacruzes modernos afirmam que Michael Maier, Sir
Francis Bacon, Dr. John Dee, Wolfgang Amadeus Mozart, Benjamin Franklin,
Thomas Jefferson e Sir Isaac Newton eram membros.
Visto que a essência de ser um rosacruz era um segredo absoluto, o fato de que
alguns desses grandes homens jamais deram qualquer evidência substancial de filiação
à fraternidade prova muito pouco. Quer tais clamores sejam verdadeiros ou falsos, a
idéia de uma "universidade" oculta de sábios com poderes extraordinários por detrás
dos cenários tem permanecido uma compelente fantasia. Como muitas de tais
fantasias, ela tem um lado tenebroso e um elemento de verdade. Houve líderes e
pensadores proeminentes que professaram advogar o rosacrucianismo.
As semelhanças entre o rosacrucianismo e a maçonaria são evidentes. Ambos têm
suas lendas e mestres enterrados com segredos, e ambos prometem imortalidade aos
membros de suas fraternidades que laboram diligentemente em sua "Arte".
Obviamente, a matriz ou molde no qual se derramou e modelou a moderna maçonaria
foi a ordem rosacruz!
O processo ocorreu como explicou Albert Pike:
Recorrendo à construção, os alquimistas inventaram Graus, e desvelaram
parcialmente sua doutrina aos iniciados... subseqüentemente por instrução oral; pois seus
rituais, para alguém que não tivesse a chave, eram apenas palavreado incompreensível e
absurdo.17
Quando a "sabedoria" oculta dos rosacruzes uniu-se a algumas corporações de
construtores nos séculos 16 e 17 foi o início da seita moderna da franco-maçonaria.
Uma das mais antigas referências à maçonaria em inglês liga a Loja à feitiçaria:
Pois somos irmãos da Rosa Cruz;
Temos a palavra Maçônica e a segunda visão,
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 93
Rosacruzes bem conhecidos, tais como Robert Fludd e Elias Ashmole, estavam
entre os primeiros e mais proeminentes franco-maçons "especulativos".1 Ashmole
mantinha contatos com a "Universidade Invisível", que se reunia em Oxford e incluía
líderes intelectuais como Christopher Wren (o arquiteto da Catedral de St. Paul).2
Ashmole possuía cinco manuscritos do Dr. John Dee, o célebre feiticeiro que
surgiu com o sistema de magia Enoquiana que agora compõe a fortaleza do ritual
satânico e da evocação demoníaca.3 Ashmole editou um daqueles manuscritos e
tornou-se bem conhecido como ocultista.4 Ele foi iniciado entre os maçons em 1646.5
ARTESÃOS GUERRILHEIROS
Provavelmente a maioria dos pedreiros era pagã! Eles podem ter se ressentido
com a intrusão das catedrais em seus lugares sagrados. Esses pedreiros bem poderiam
ter sido "artesãos guerrilheiros". Eles eram da antiga religião, e achavam que fariam
uma boa pilhéria com os bispos se construíssem catedrais que eles (os construtores)
incrustassem com os símbolos da bruxaria! Isso não é especulação, pois os resultados
podem ser vistos gravados na pedra!
BOSQUES PAGÃOS
CHARADAS EM PEDRA
Notre Dame é digna de nota por outro motivo. Maçons de grau elevado percebem
que grande parte do simbolismo nos seus ornamentos é realmente um código sobre
mistérios da alquimia que os maçons costumavam transmitir a seus sucessores. Estes
segredos são, de fato, a própria essência da maçonaria moderna!9
Os segredos jamais poderiam ser escritos, em parte porque eram "sagrados" e
foram comunicados apenas só da boca para o ouvido, e em parte porque dificilmente
alguém nas guildas sabia ler. Muito do que se vê, especialmente no portal central de
Notre Dame, são na verdade auxílios à memória, que os maçons mais antigos usavam
para ilustrar seus segredos para os homens mais jovens no ofício.
Eram charadas gravadas na pedra, e pretendia-se que durasse séculos! A maioria
destas charadas não podia ser decifrada sem as chaves que eram providas na iniciação
maçônica. Ao adepto, a fachada revela os segredos supremos da maçonaria, o assim-
chamado "segredo real", contido numa formulação alquímica.
Um exemplo é a janela Rosa em Notre Dame (simbolismo rosacruz!). Até hoje há a
expressão "Sub rosa", significando "sob a rosa". Algo comunicado "sob a rosa" era
totalmente secreto, e nunca poderia ser revelado.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 95
OS RIACHOS AJUNTAM-SE
OS VIDENTES
causa da ênfase dessa sociedade na iluminação que a AIVB veio a ser conhecida pelo
seu título mais comum, os Illuminati.
MESTRES ILUMINADOS?
estágio II. Ele relacionou este período com o deus-infante (Loki, Horus, etc.) ou com um
tipo de demônio.
IV. Burocracia (Beamtenherrschaft). O resultado da síntese que substitui o estágio
III. Neste período, todas as coisas precisam ser obsessivamente mantidas organizadas,
pois o povo não consegue mais tomar conta de si mesmo. Weishaupt acreditou que
haveria um vazio espiritual neste estágio, e que absolutamente nenhuma deidade deveria
ser reconhecida. O único deus passa a ser a burocracia dominante. O povo não pode
suportar este vazio e escapa para a fantasia, as drogas ou a loucura. Os governantes
devem continuar parecendo controlar e conhecer tudo, e os encargos sobre a classe
inferior escrava os torna inadequados para fazer qualquer coisa. Perdem seus empregos,
terminam em pensões ou hospitais.
É durante essa fase que ocorre a destruição da classe média. Sem a classe média
para gerar capital, a inteira desordem acaba na...
V. Conseqüência (Grummet). Esta, ensina Weishaupt, foi a implosão da sociedade
em direção a ela mesma. A burocracia vai à falência sob o peso dos seus próprios
procedimentos opressivos e perde-se o controle da avalanche. A magia e a natureza agora
dominam novamente, e o ciclo prepara-se para recomeçar. Daí vem o lema do 32° grau do
Rito Escocês: "Ordem do Caos".
Essa é uma dissertação extensa, mas para entender o que a organização de
Weishaupt pretendia e o que hoje acontece nos escalões mais altos da maçonaria, é
essencial sumariar essa teoria dos cinco estágios. Pode não haver um ponto de verdade
nela, e com certeza falta a noção de um Deus soberano, mas temos de entender que
Weishaupt acreditava que ela era verdadeira.
envolvimentos com a política, o uso que Weishaupt fez da Lei dos Cinco, das drogas e
das intrigas do ocultismo serviu de alavanca para as correntes malignas da Loja.
Esta fusão final da política com a bruxaria criou a franco-maçonaria que
conhecemos hoje.
Logo após a Loja coar o Iluminismo, no fim do século 18, surgiu outra figura
extraordinária na maçonaria. Seu nome era Albert Pike (1809-1891), e seu impacto
sobre a franco-maçonaria foi tão poderoso quanto o de Weishaupt.
Enquanto Weishaupt teve de trabalhar do lado de fora, Pike conseguiu trabalhar
sobre seu alicerce e operar dentro do "sistema". Ele tornou-se maçom em 1850 e
então, numa ascensão meteórica ao poder, foi eleito Grande Comandante da Jurisdição
Meridional dos Estados Unidos em 1859.
Arthur E. Waite cita o Dr. Joseph Fort Newton como dizendo que Pike "achou a
maçonaria em uma cabana de madeira e a deixou num templo". Ele foi o "gênio-
mestre da maçonaria".1 Como mencionado anteriormente, Manly P. Hall chama-o de
"Platão da franco-maçonaria".
De fato esse é um grande louvor, especialmente para um homem que exprimiu
desdém pelo cristianismo, e que considerava Jesus como um instrutor cujo corpo está
agora no pó. Hoje, a maior parte dos defensores da maçonaria está se afastando de
Pike, visto que seus escritos, especialmente a obra Moral e Dogma, são
excepcionalmente irritantes para alguém que tenta provar que a maçonaria é uma
sociedade benevolente que não está em conflito com o cristianismo.
Seu impacto não pode ser negado, visto que ele fez com que a maçonaria do Rito
Escocês viesse a ser a instituição que é hoje. O fato de que, em adição aos seus títulos
maçônicos, ele era também o "Soberano Pontífice de Lúcifer" o torna alguém a ser
estudado com muita atenção.2 A evidência é de que Pike considerava Lúcifer como o
deus verdadeiro. Ele, como Weishaupt, parece ter sido gnóstico e maniqueísta – no
mínimo um dualista.
Visto que Pike escolheu seguir as religiões de mistério de Baal, voltou suas
costas para Deus. Se lermos seus escritos e as declarações que lhe são atribuídas,
descobriremos que ele reconhecia Lúcifer como o verdadeiro deus e Adonay (o Deus
da Bíblia) como o deus do mal.3 Os "frutos" de Pike definitivamente são de natureza
satânica (Mateus 7:15-20). Em algum ponto, ele deixou de ser um maçom típico. Ele
recebeu "mais luz" e decidiu lançar seu quinhão com Satanás.
MÁ COMPANHIA!
para rebelião. Pike era um general do lado dos Confederados na Guerra Civil
Americana, apesar de ser um "Ianque", nascido em Boston!1
Mazzini formara na Sicília uma sociedade chamada Oblonica, que traduzindo
livremente significa: "Conto com um punhal". Como é típico com os maçons, Mazzini
formou uma ordem dentro de outra ordem. Esse grupo de elite interior foi chamado
por um termo muito mais familiar ao leitor – a Máfia!
Apesar de que a maior parte das pessoas sabe o que a Máfia é, poucas percebem
que ela foi fundada como uma organização maçônica terrorista. O nome Máfia
emergiu por volta de 1860, e é um acrônimo para Mazzini autorizza furti, incendi,
avvelenamenti – Mazzini autoriza roubos, incêndios e envenenamentos.4
O toque da Illuminati também é evidente na Máfia. Lembra da Lei dos Cinco da
Illuminati e do seu sinal – a mão com a palma para a frente e os cinco dedos
estendidos? Alguns poderão lembrar que a Máfia foi conhecida por um outro termo: Il
Mano Nigro – a mão negra! No apogeu da sociedade, os crimes da Máfia
freqüentemente foram selados por uma impressão palmar negra na cena, como se
alguém tivesse pegado sua palma, pressionado na tinta e feito uma impressão da mão
na parede.
A Máfia tem também seus juramentos de sangue, seu código de silêncio, a
Omerta, e ela "cuida de si própria". É uma organização maçônica ideal.
Pike, por outro lado, ajudou a criar o que eu chamaria de "maçonaria feita de
percal": a Ku Klux Klan! Pike, o antigo general Confederado, foi um ardiloso
estrategista que sabia que se ele pudesse deixar uma sociedade terrorista secreta no sul
para lutar contra a liberdade do povo negro como uma ação de retaguarda, a derrota do
sul não seria em vão.
Apesar de que estes fatos podem atordoar os maçons, a Loja sempre foi racista!
Quase nenhum homem negro já foi admitido nas Lojas porque entre as qualificações
necessárias está que o candidato seja um "homem, nascido livre, de boa reputação e
bem recomendado".5 Este é o que significa o termo "livre" na franco-maçonaria. Você
precisa ser um "maçom livre e aceito".
Esta regra manteve os negros de ancestrais escravos fora da Loja até cerca de
uma década atrás. Os homens negros foram forçados muito cedo na história dos
Estados Unidos a gerar a sua própria adaptação da maçonaria, que é chamada de
Maçonaria de Prince Hall.
O que torna os ritos do Paladium tão distintivos? O que faz deles a cola que
mantém juntas todas estas formas de franco-maçonaria? Um dos argumentos
levantados contra a idéia de uma conspiração na história ou na religião é o simples
fato de que a maior parte das pessoas não pode sentar-se junta e concordar a respeito
das cores dos parquímetros duma cidade, muito menos sobre o destino do mundo.
Essa questão está bem colocada, e esse é o motivo pelo qual se reviveu o
Paladium. Ele pegou o combustível da perigosa visão de Weishaupt para a
humanidade e conectou essa energia com os pistões da franco-maçonaria. Então esses
pistões foram dirigidos concatenadamente pelo Paladium.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 102
Visto que o Senhor mostrou que o reino de Satanás não é dividido contra si
mesmo (Mateus 12:25-26), podemos presumir que estes demônios querem cooperar
para realizar seus alvos. Isso é especialmente verdade visto que Satanás não é um
mestre amável e pode ser inacreditavelmente cruel quando pune a desobediência.
Homens e mulheres que chegaram ao estágio 5 (não há um número muito grande
deles) ficam tão completamente dedicados à vontade de Satanás que tornam-se "santos
satânicos". Eles irão para onde for e farão qualquer coisa para agradar a seu mestre.
É através de pessoas como essas que a "Lei dos Cinco" de Weishaupt pode ser
utilizada. Os líderes observam o que entendem serem viradas no ciclo político e têm
seus "santos" preparados para mudar-se para áreas-chave, agir sem compaixão nem
nenhuma migalha de humanidade. Tais "seres iluminados" consideram os humanos
assim como consideramos o gado. Uma fome aqui, um massacre ali – que são umas
poucas centenas de milhares de vidas humanas comparadas à nobre causa do Grande
Arquiteto?
Que tipo de pessoa poderia precipitar os assassinos de multidões na Rússia
Estalinista ou no holocausto Nazista? Quem poderia forçar uma fome dirigida por
políticos sobre o povo da Etiópia? Esse é o trabalho de homens e mulheres (ou de seus
subordinados) que são o equivalente geopolítico internacional multimilionário de
Charles Manson ou Jim Jones! São pessoas que na verdade não são mais pessoas. São
terroristas cósmicos – fantoches controlados por demônios.
Como são marionetes, movem-se em uníssono, mentalizando um fim que é
transgeracional. Apesar de que algum dia em breve morrerão, as mentes-mestras que
os controla irá continuar a viver, e garantirão para si mesmos novas "casas" nas quais
morarão (Mateus 12:43-45). Estes demônios não se importam se seus alvos levam
gerações para serem atingidos. Acham que o tempo está a seu lado.
Qual o jovem banqueiro, advogado, político ou até mesmo pregador em ascensão
que não desejaria convidar um "ser poderoso" sábio e imortal para si mesmo, para ser
consultado? Uma vez que "o sábio", que é a fonte do tal "antigo conhecimento" tenha
sido convidado a entrar, é cada vez mais um convidado difícil de despejar. A pessoa
torna-se literalmente dependente do poder e da influência deste seu novo "amigo".
Com o desenvolvimento da Nova Era e da "canalização", Satanás conseguiu
começar um marketing de massa com o que era reservado para a elite. Como
"viciados" espirituais, essas pessoas submetem-se a níveis crescentes de depravação
porque se lhes prometeu que a união com esses seres demoníacos lhes daria a
imortalidade e os habilitaria a evoluir até serem deuses, através da alquimia e da magia
negra.
A metáfora que me passaram é a seguinte:
Fui ensinado que, cada vez que um destes "seres poderosos" viesse a mim,
alargaria o meu espírito, como se amacia um par novo de sapatos. Cada vez que uma
pessoa calça os sapatos, eles se conformam ao modelo de seu pé. Semelhantemente,
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 105
cada vez que o demônio entra no iniciado, seu corpo etéreo (espiritual) "cresce" de
modo a servir um pouco melhor ao ser divino.
Demônios diferentes viriam a mim em ocasiões diferentes – primeiro, como
"guias espirituais", mas depois afirmaram serem mestres de nível elevado, ou até
mesmo deuses. Lembro-me da primeira vez que um suposto ser divino tentou possuir-
me. A energia era tão intensa que meu corpo transpirava profusamente. Minha forma
realmente expandiu-se, a ponto de fisicamente romper completamente a costura do
roupão que eu estava usando. Isso se deu na presença da minha esposa, e não foi uma
alucinação! Essa coisa é pavorosamente real!
Depois de quase dez anos de prática, eu era capaz de acomodar o mesmo tipo de
ser de alto nível, dificilmente sofrendo algo mais sério do que uma aceleração das
batidas do coração. Eu havia "crescido" para eles (ou pelo menos estava sendo levado
a crer que este era o caso). O único efeito permanente foi que meus cabelos ficaram
prematuramente grisalhos, o que aconteceu virtualmente do dia para a noite quando
tinha meus vinte e poucos anos, e então espalhou-se progressivamente.
Pela graça de Deus, permitiu-se que eu chegasse apenas ao quarto nível deste
terrível processo, antes que Ele interviesse através das orações de uma mulher cristã.
Apesar de que o sangue de Jesus pode purificar de todo o pecado (I João 1:7), não
tenho certeza de quantas pessoas poderiam ser "salváveis" espiritualmente tendo
atingido o quinto passo.
Entretanto, conheci o que é como ter minha mente preenchida com a fumaça
escaldantemente quente do "brilho" de Lúcifer. Experimentei "mais luz" na maçonaria
com uma vingança! Conheci a sensação de estar ligado mentalmente a uma vasta teia
de aranha de comunicações, e ser parte de um exército invisível de escravos
totalmente sob o comando do próprio Enganador.
Até o maçom típico experimenta (em graus variados) os dois primeiros graus
desta progressão infernal: Adoção e Iluminação. Ele é adotado na família de Lúcifer
quando aquela corda de reboque é colocada em volta do seu pescoço, a qual é
removida no fim do juramento do primeiro grau! Aquele juramento o prende a
Lúcifer, quer ele saiba, quer não.
Similarmente, pretende-se que a "iluminação" experimentada quando a venda nos
olhos do candidato é removida no final do juramento choque-o (junto com o som de
todos os maçons no templo batendo palmas em uníssono) para que entre num "estado
alterado de consciência". Apesar de que isso não parece funcionar direito na maioria
dos casos, seu objetivo é abrir os portais espirituais para o mal posterior.
Assim vemos que até mesmo o simples maçom já colocou um pé na estrada das
relações sexuais com demônios. Quão longe progredirá naquela estrada depende de
um grande número de variáveis, e entre elas pesa bastante o número de pessoas orando
por ele e se o homem tem uma base cristã ou não. Eu não era cristão quando fui
iniciado. Contudo, com o passar dos anos, o Senhor levantou pessoas para orar por
mim.
Não fui um maçom típico. Uni-me à Loja por sugestão dos meus mentores no
ocultismo, porque eles entenderam que os graus da Loja deveriam ser uma parte
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 106
A maior parte foi diretamente para os grandiosos templos e clubes de campo que
o Santuário dirige. Além disso, lembre-se de todas as coisas "divertidas" que os
membros do Santuário fazem, os carrinhos, a banda Oriental, as brigadas de camelo e
assim sucessivamente! Todas essas coisas custam dinheiro, e algumas delas, muito
dinheiro! Grande parte deste dinheiro vem dos bolsos de "bons homens cristãos",
enquanto organizações missionárias continuam a pedir esmolas por todo o mundo!
Por todo este livro tem havido alusões às freqüentes ligações históricas entre a
religião dos muçulmanos e as origens da maçonaria. A conexão mais óbvia com o
Islam no mundo da Loja é, evidentemente, o Santuário. A maioria das pessoas não
sabe que o título verdadeiro da organização do Santuário é "Antiga Ordem Árabe,
Nobres do Santuário Místico". O problema não é o Santuário evocar abertamente a
cultura árabe: o próprio "santuário" é realmente o santuário sagrado do islamismo, a
Caaba, em Meca! Poucos do lado de fora percebem que por trás do seu exterior
exótico e cheio de palhaçadas, o cerimonial do Santuário está completamente
envolvido no islamismo, em última análise estranho ao Deus da Bíblia!
Por exemplo, o iniciado do Santuário precisa fazer o terrível juramento
costumeiro sobre o livro santo da fé islâmica, o Alcorão, em adição à Bíblia,
terminando assim:
...possa Alá, o deus dos árabes, muçulmanos e maometanos, o Deus dos nossos
Pais, apoiar-me no pleno cumprimento do mesmo, Amém, Amém, Amém (Monitor do
Ritual do Santuário, Allen Publishing, pp. 35-39).
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 110
PROSTITUTAS CELESTIAIS
for verdadeiro na Ordem maior, pode explicar a horrível atitude islâmica contra as
mulheres, que considera-as praticamente como objetos.
Com ou sem imoralidade, os poderes islâmicos que surgem no Santuário deviam
torná-lo um lugar do qual todos os cristãos deveriam fugir.
O próprio Fez vermelho, associado ao Santuário, é na verdade um artigo do
vestuário cerimonial dos muçulmanos marroquinos. Diz-se que sua cor reflete o fato
de que, séculos atrás, os exércitos muçulmanos invadiram Fez e chacinaram milhares
de cristãos que lá residiam. O sangue dos mártires cristãos escorreu pelas ruas, e os
guerreiros islâmicos "santos" mergulharam seus turbantes no sangue e tingiram-nos de
escarlate. Assim, o Fez é a comemoração do assassinato de milhares de cristãos! Não é
de se admirar que Satanás sorria quando cristãos o usam com orgulho!
Como Jesus é glorificado por homens que supostamente são Seus discípulos,
passeando ao redor em carrinhos engraçados e caríssimos em paradas, usando chapéus
vermelhos malignos, enquanto milhões de pessoas jamais ouviram a boa notícia da
salvação através da cruz?
Não estou tentando ser aqui um desmancha-prazeres, e eu gosto de divertir-me
tanto quanto os outros. Todavia, isso só deveria ser feito após cumprir suas obrigações
espirituais! Estima-se que a média dos cristãos nos Estados Unidos dê 3 centavos de
dólar por dia para missões. Isso certamente é menos do que o membro típico do
Santuário gasta com suas atividades! Todos os livros de missiologistas que já li
concordam que os norte-americanos estão lá atrás no seu apoio às missões
estrangeiras. Estamos longe de sermos dizimistas!
Não estou tentando ser legalista. Não seremos salvos por dizimar. Contudo, se a
imensa maioria dos homens cristãos não está dando o dízimo completo (e não estão)
há algo de errado. Isso literalmente é drenar milhões de dólares da Igreja numa época
em que muitas organizações missionárias piedosas (tanto eclesiásticas quanto para-
eclesiásticas) são capazes apenas de "ir levando". Que bela trapaça Satanás fez com a
Igreja!
VAMPIRISMO PARANORMAL?
Loja, gastava horas adicionais memorizando o trabalho ritual. Tinha de estar lá antes
de a Loja abrir e depois dela fechar. Eu tinha de estar presente em todas as obrigações
da Loja, especialmente nos funerais.
Pense na própria reunião na Loja. É aberta de forma solene, com um ritual que
pode tomar de quinze a vinte minutos. Se há uma iniciação, a reunião pode durar duas
horas, às vezes três ou quatro para o terceiro grau. Toda essa energia está indo para
algum lugar, amigos, e não é para Deus!
Posso falar apenas da experiência da feitiçaria, mas freqüentemente nossos
líderes parecem sugar sua energia diretamente de nós. Eles são perfeitos vampiros
paranormais, quer saibam ou não. Alguém, em algum lugar, está obtendo uma
quantidade medonha de energia dessas milhares de reuniões da Loja. Em última
análise, é claro, é Lúcifer que deleita-se em recebê-la como adoração!
Esta energia não está sendo gasta em atividades piedosas na igreja. Esses homens
poderiam estar ministrando estudos da Bíblia, dirigindo grupos de jovens, visitando os
enfermos ou testemunhando para a vizinhança. Mas não, eles estão sentados em um
aposento da Loja, observando a realização de antigas e poeirentas encenações,
enquanto a luz do Espírito Santo está tremeluzindo dentro deles.
Vez após vez, vemos cristãos que não discernem a armadilha, unem-se à Loja, e
ela gradualmente passa a sugar-lhes toda a vitalidade do seu caminhar com Jesus. Ela
aterra a chama do seu zelo e transforma-os em relapsos mortos. Alguns param de ir à
igreja.
Talvez isso não ocorra com todos os cristãos maçons e, neste caso, isso se dá
unicamente por causa da misericórdia de Deus. O Espírito Santo não continuará a
abençoar um homem que continuamente participa da mesa do diabo (I Coríntios
10:21; Gênesis 6:3). Mais cedo ou mais tarde será necessário ceder de algum lado.
Infelizmente, geralmente é na atividade da igreja.
que ainda não sabem. Ambos são "iluminados" em um momento chave de suas
iluminações após os juramentos ao ter suas vendas removidas.
As semelhanças são muitas e impressionantes, e deveriam gelar a espinha de
qualquer maçom. Alguns especulam que essas similaridades existem porque os
fundadores da bruxaria branca do século 20 (a Wicca) eram todos maçons e, por
conseguinte, os ritos da Wicca são cópias da maçonaria.
Se isso for verdade, apenas deixa o maçom em uma triste situação espiritual.
Significa que ele está espiritualmente ligado à uma organização cujos ritos podem
facilmente escorregar para a bruxaria e a adoração do diabo, e encaixar-se com
perfeição! Se a franco-maçonaria fosse tão piedosa, como seria possível ser um
elemento de intercâmbio tão comum entre bruxas e satanistas?
Virtualmente todas as semelhanças acima mencionadas são parte das antigas
práticas pagãs. Bruxos de dois mil anos atrás faziam a mesma coisa que os maçons
fazem hoje. Os escritores maçônicos orgulham-se disso (apesar de que não usam a
palavra "bruxo": falam "religiões de mistério", mas é a mesma coisa).
Vamos encarar isto, os alfinetes de gravata com um taco e duas bolas que tantos
maçons americanos usam com orgulho em suas igrejas no domingo são ídolos sexuais.
O Deus verdadeiro da Bíblia não é um órgão sexual! Isso pode parecer uma declaração
ridiculamente óbvia, mas os maçons precisam ser lembrados dela. É a própria
"imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme" (Ezequiel 8:3).
Os deuses das nações pagãs em volta de Israel, como Baal, eram todos ídolos
sexuais! Isso é precisamente o que Deus não quer na Sua Igreja, e contudo, os maçons
ostentam tanto seus ídolos quanto seu quadro de membros.
É um testemunho da graciosidade e da bondade do Deus Pai que estas igrejas não
tenham sido aplanadas pelo sopro das Suas narinas, que não tenham sido vomitadas da
Sua boca (Apocalipse 3:16).
Não obstante, tanto elas quanto seus membros individuais bem podem estar
pagando um terrível preço por continuarem a pestanejar com o pecado da franco-
maçonaria em seu acampamento!
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 114
O LUGAR DE TREVAS
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 115
Quando um novo maçom vê a Loja, não notará que há lugares para oficiais em
dois ou três dos pontos cardeais: o Mestre no oriente, o Segundo Vigilante no sul e o
Primeiro Vigilante no oeste. Só o norte não tem dignitários. Na palestra, ensina-se ao
candidato:
Sendo que esta e todas as outras lojas são, ou deveriam ser, uma verdadeira
representação do templo do Rei Salomão, que estava situado ao norte da eclíptica; o sol e
a lua, por conseguinte, lançam seus raios do norte. Portanto nós, maçonicamente,
chamamos o norte de lugar de trevas.2
Essa deveria ser uma observação interessante para todos os que têm familiaridade
com a Bíblia! Em primeiro lugar, o lugar santo do Templo e o Santo dos santos não
dependiam da luz do sol ou da luz. Não, eram iluminados pelo castiçal de sete braços
(Êxodo 25:31-40; 26:35).
Mais importante ainda, a Bíblia ensina que o norte é o lugar de residência de
Deus. Deus é entronizado no norte (Isaías 14:13; Ezequiel 1:4; Salmo 48:2). Quão
interessante é que o maçom na adoração volte suas costas para o verdadeiro templo de
deus, e que ele também considere o lugar onde está o trono de Deus um "lugar de
trevas".
Veja, os cordões para tropeçar estão em todos os lados! As armadilhas espirituais
esperam pelos maçons em todas as esquinas. Dificilmente existe alguma faceta do
ritual ou da doutrina da Loja que não contenha alguma blasfêmia, algum perigo
oculto! O moral da história para o cristão maçom são estas questões:
Quantas coisas precisam estar erradas em uma instituição antes que você renuncie a
ela?
Para quantos pecados ela precisa lhe levar antes que diga "basta"?
Para um cristão sincero, a resposta deveria ser: "Só um". Mostramos-lhe dúzias!
Você precisa entender a dinâmica espiritual destas armadilhas, e quão astutamente os
maçons têm sido iludidos pelo próprio mestre Enganador – Satanás.
Os maçons são adotados na ordem maçônica. A palavra adoção é chave aqui por
ser uma cópia deliberada do ato sagrado que ocorre quando alguém nasce de novo.
Você é adotado na família de Deus (Romanos 8:15; João 1:12)!
Na maçonaria, você está preso na escravidão aos principados e potestades
pagãos! Quando o neófito maçom realiza seu juramento solene, o Mestre da Loja
ordena ao Primeiro Diácono que remova a corda do seu pescoço "visto que agora
seguramos o irmão com um laço mais forte". Assim como acontece com o novo bruxo,
o candidato maçônico é trazido preso por uma corda.
De uma forma limitada, explica-se que a corda é um símbolo da autoridade do
Mestre. O maçom deve responder às ordens dadas pelo Mestre "dentro da extensão da
sua corda". Contudo, o significado mais profundo desta corda, que é dado em
iniciações de bruxos, não é explicado ao maçom.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 116
UM “BATISMO” MAÇÔNICO?
finalmente "levantado" pela mão forte de um Mestre maçom, e lhe é dada a palavra
secreta do Mestre "Mah-Hah-Bone" em voz baixa pelo Mestre, fingindo ser Salomão.
Essa é uma patente recriação dos antigos ritos de ressurreição das antigas seitas
de culto ao sexo pagãs, anteriormente mencionadas, e um escárnio da ressurreição do
Senhor e do batismo cristão! Após "morrer" com o "cristo" maçônico (na verdade Baal
ou Tamuz), o Mestre é levantado com ele.
Não só ele foi "nascido de novo" com o cordão umbilical da deusa bruxa
estrangulando seu pescoço, mas também tem um rito batismal pagão! Como deve
entristecer o Espírito Santo ver cristãos submeterem-se a esse lixo profano!
VIROSES NO BIO-COMPUTADOR
Em seguida vem o que a maçonaria faz com a tua mente. Recebi a "honra" de ter
como meu Vigilante na Loja (para ajudar a memorizar o ritual) um maçom do grau 33
de verdade, que era um oficial da Grande Loja. Ele era um cavalheiro bondoso, mais
velho, que foi paciente comigo conforme eu me esforçava para aprender o trabalho do
grau necessário para avançar.
Quando eu ficava desanimado, ele sorria e me impelia. Sentava-se ao meu lado
em sua sala de estar e contava-me que por fazer a memorização tinha acontecido todo
tipo de coisa interessante com a sua mente. Ele era um grande executivo, e disse que a
memorização clareou a sua mente e habilitou-o a ter uma percepção mais astuta nos
negócios. Ele creditava a isso seu rápido progresso numa empresa imensa.
Conforme eu decorava, descobri que a minha mente começava sutilmente a
mudar. Eu estava começando a pensar como um maçom.
Passar aquelas frases estranhas, de sons arcanos, vez após vez pela minha cabeça,
possuía um poder quase hipnótico, como de um mantra! Percebo agora que tais
fenômenos foram os primeiros passos que me moveram em direção ao iluminismo.
Dava-se à minha mente cada vez mais "luz". Meu "software" estava sendo
completamente apagado e reescrito para conformar-se ao molde do deus tenebroso da
maçonaria! Na bruxaria, chamamos isso de "meta-programação" (meta significando
"além"). As fitas do meu cérebro estavam sendo reprogramadas no primeiro passo da
minha suposta "evolução", do homo sapiens para o que chamamos de homo noeticus –
o "novo homem", o super-homem!
Apesar de parecer estranho, há um bocado de verdade nisso. Mentalmente, assim
como fisicamente, você é o que "come"! Se você gasta seu tempo lendo a Bíblia,
conforma-se como o chamamos) é programado para pensar pensamentos piedosos,
direcionados ao céu. Esta é a razão pela qual a Palavra de Deus ordena-nos para lê-la
avidamente e pensar em coisas amáveis e puras (Filipenses 4:8).
Mas se tudo o que você lê são livros sem valor, desprezíveis ou de ocultismo, é
"entra lixo – sai lixo!" Imagine se o seu pobre cérebro foi constantemente abarrotado
com "fitas" de rituais da maçonaria rodando vez após vez.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 118
Pode parecer que estou levando longe demais esta metáfora do computador. Pode
realmente a simples memorização da Loja causar dano espiritual? No mínimo, pode
custar ao cristão maçom tempo que ele poderia ter gasto em leitura bíblica, oração ou
serviço cristão.
Você gostaria de comparecer perante Jesus e dizer-Lhe que estava ocupado
demais memorizando as doze cláusulas do juramento do Mestre maçom para ir até a
porta ao lado e falar a seu vizinho sobre Ele? Eu não, obrigado!
Além disso, percebemos um formidável amortecimento espiritual ao falar com
maçons sobre o Senhor. É como derramar água numa rocha! De onde pode vir este
amortecimento?
Quando a minha esposa e eu éramos relativamente novos no ministério de
evangelismo, viajamos de volta a Milwaukee para falar com um dos nossos amigos e
pupilos anteriores na bruxaria, a quem recentemente tínhamos sido abençoados de
levar ao Senhor. Tanto ele quanto seu irmão mais jovem havia estado em nossos
conciliábulos, e ele queria que nos encontrássemos com o irmão para explicar-lhe o
que tínhamos descoberto sobre Jesus.
Eu havia levado esse irmão mais jovem, Tom, a entrar para a minha Loja. Ele era
uma das pessoas mais bondosas, de coração terno e sincero entre todos os nossos
grupos, e era profundamente religioso. Entretanto, ele ainda não era um cristão em
sentido bíblico. Ele havia nos seguido pela Wicca, pela maçonaria e pelo
mormonismo, e agora queríamos ajudá-lo a fazer meia-volta.
Gastamos horas com Tom, e expliquei-lhe o evangelho. Ele estava desejoso de
orar e pedir para Jesus entrar no seu coração. Ele queria renunciar em oração, à Wicca
e ao mormonismo. Mas, a despeito do seu amor e respeito por nós (que era mútuo), ele
não podia posicionar-se e ver algo de errado na maçonaria. Quando falamos sobre
isso, havia como uma camada de esmalte sobre seus olhos.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 119
Ele estava muito orgulhoso por causa da memorização que havia completado,
visto que tinha sido criado em um lar prejudicado e não pegava direito o que se falava.
Era de fato uma realização de que se orgulhar. Todavia, estava tão agarrado ao
trabalho, que queria dar as costas para Jesus. Ele poderia deixar o mormonismo e a
feitiçaria branca, mas não a maçonaria.
Partimos com abraços, mas ele não orou para receber o Senhor. Logo, a despeito
das suas boas intenções, ele começou a escorregar para o ocultismo. Não ouvimos
falar dele por muitos anos, mas oramos por ele. Seu espírito, que era muito doce e
solícito, rendeu-se inerte pela exposição freqüente à encenação bolorenta da Loja!
Satanás envolveu sua mente no recheio de algodão macio do ritual, isolando-o da
verdade de Deus.
Tom é o nosso mais caro exemplo de literalmente dúzias de maçons aos quais
testemunhamos, só para descobrir que Satanás havia astutamente posto suas mentes em
quarentena contra nossos esforços. Ele tem suas fitas de "fundo musical maçônico"
tocando tão alto em seus ouvidos que eles não podem ouvir as meigas sugestões do
Espírito Santo.
Que estratégia! Não só Satanás tem sido bem sucedido em prender cristãos
maçons em laço espiritual através de juramentos de sangue, pecado e idolatria, mas
também conseguiu capturar as suas mentes! Ele inverteu em suas cabeças o
mandamento do Senhor! Ao invés de conformarem suas mentes e renová-las em
Cristo (Romanos 12:2; Filipenses 2:5; 4:2), ele está transformando-os em robozinhos
maçônicos que dificilmente conseguem citar João 3:16, mas podem dar-lhe com
facilidade o inteiro Discurso G do segundo grau!
Satã conseguiu escarnecer não apenas da experiência da regeneração e do
batismo, mas até mesmo do próprio processo de santificação, com seus próprios rituais
retorcidos. Não obstante, ele não está contente em colocar na armadilha a mente, a
alma e o corpo do cristão maçom – ele quer também sua família!
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 120
A MALDIÇÃO E A ESPERANÇA
Uma adolescente tem ataques epilépticos tão terríveis que nenhuma medicação pode
ajudar. A renúncia de seus pais à maçonaria começa um processo que culmina com
ela sendo curada da epilepsia pelo poder de Jesus!
Uma oficial de alto nível da Estrela do Oriente acorda com terrores noturnos
envolvendo um demônio com cabeça de bode que tenta molestá-la, na noite seguinte
após ela ter realizado os rituais da Estrela. Essas ocorrências pavorosas acabaram
quando ela renunciou à Estrela e saiu.
Um neto com severas dificuldades de aprendizado é milagrosamente recuperado, até
ter uma mente bastante rápida dentro de dias, após sua avó renunciar aos laços
maçônicos em sua família.
Uma mulher aleijada pela Esclerose Múltipla é trazida à remissão completa ao
cortar seus laços com a Estrela do Oriente e pedir ao Senhor para perdoá-la por
aquela associação.
Um adolescente suicida que está no satanismo e na música black metal vem para a
frente para orar e receber a Jesus, após sua mãe renunciar às ligações com a
maçonaria, mantidas por gerações através do avô da criança.
Estes são apenas uns poucos relatos de pessoas (e freqüentemente crianças) cujas
vidas foram severamente embaraçadas pelo envolvimento com a maçonaria. Não
menciono-as para assustá-lo, mas para mostrar-lhe que não há tragédia que a cruz do
Calvário não possa curar!
Satã pode entrar e descarregar sua ira com um massacre espiritual e físico, num
lar em que o pai é um maçom! Pais que dão a impressão de serem bons, pessoas
tementes a Deus, estão abismados porque seu filhinho está doente, ou porque seu filho
adolescente está envolvido com satanismo, promiscuidade sexual ou tentando cometer
suicídio. Visto que a informação do tipo que você encontra neste livro tem sido
mantida longe da maior parte da mídia cristã, os pais freqüentemente ficam perplexos
ao aprender que a maçonaria pode ser como um câncer no lar.
Isso se dá devido à ausência de ensino aproveitável sobre a seita da maçonaria
nas igrejas, e em virtude da falta de pregação sobre a questão da autoridade espiritual
no lar. Muitos pastores sentem-se desconfortáveis com o assunto porque acham que é
"não-liberado" ou "chauvinista" pregar que o marido é o cabeça da esposa (I Coríntios
11:3-10).
A Palavra de Deus nunca é ultrapassada. Pela falta do ensino idôneo sobre isso,
muitos casamentos naufragaram, e muitos filhos tornaram-se perdidos no mar bravio
da adolescência. É essencial que tanto o marido quanto a esposa entendam o princípio
da autoridade no lar, e assim compreendam os perigos do envolvimento maçônico.
AUTORIDADE DE CABEÇA
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 121
Quando um homem piedoso casa-se com uma mulher, ele vem a ter "autoridade"
sobre ela por causa dos anjos. Não está claro que anjos estão sendo referidos. Alguns
dizem que não são anjos bons, mas anjos caídos, que poderiam atacar ou tentar a
esposa. Outros dizem que são anjos bons, que ficam escandalizados ao ver uma esposa
fora da autoridade do seu marido.
Apesar de que não podemos ter certeza, prefiro a primeira explicação,
especialmente visto que há dois outros lugares nas Escrituras que parecem indicar que
os anjos caídos podem ser muito perigosos para mulheres desprotegidas (Gênesis 6:2;
Judas 6-7). Assim, é dever do homem prover a cobertura espiritual para a sua esposa.
Por que isso? Porque é desta forma que o Senhor fez as relações no casamento. É
a forma em que os homens e as mulheres foram colocados juntos. Num casamento
bom, cristão, o marido é a cobertura da esposa – seu pastor, seu "pára-raios", se
preferir chamar assim. Ele suporta toda a oposição por ela, como Cristo fez por nós.
Ele deve ser tanto uma fonte inigualável de bênção para ela quanto seu forte protetor
contra o ataque, quer espiritual quer físico.
Uma mulher piedosa pode manter-se num casamento com um marido apóstata ou
não-salvo, mas é uma luta. Muitas vezes, tais homens são salvos ou trazidos ao
arrependimento pelo testemunho paciente de suas esposas (I Coríntios 7:14). Em tais
situações, a mulher freqüentemente torna-se o protetor do homem fraco. Não é assim
que Deus planejou, mas é como acontece um mundo decaído.
Este é o motivo pelo qual a franco-maçonaria é uma mancha desprezível no
deleite do casamento. A autoridade espiritual é uma espada de dois gumes que pode
cortar pelos dois lados. Se um marido está em um grave pecado, como a maçonaria,
todo o poder espiritual maligno da Loja é vertido, através dele, na sua esposa e (ainda
pior) nos seus filhos, mesmo se eles jamais colocaram um pé dentro do edifício da
Loja!
De modo que quando o "benzinho" chega em casa da reunião da Loja, nuvens de
diabinhos maçônicos acompanham sua esteira quando ele passa pela porta. É como
trazer o vírus da gripe do escritório para casa, exceto que esse "vírus" é mais
contagioso espiritualmente, e sumir com ele custa mais do que líquidos e repouso!
Se, como mencionado acima, a esposa for realmente uma personalidade forte e
firme no seu relacionamento com o Senhor, ela pode ser capaz de suportar as
bofetadas da idolatria do seu marido.
Todavia, os filhos são um assunto completamente diferente. Não se pode esperar
que espiritualmente afastem o mal por si mesmos, da mesma forma que fisicamente.
Tragicamente, os filhos sofrem o impacto da maçonaria do seu papai.
Isso acontece não só por causa da probabilidade dos filhos se envolverem com a
DeMolay, Arco-íris ou Filhas de Jó (ordens maçônicas juvenis), apesar de que o
perigo é real. Mais importante, elas serão afetadas espiritualmente pela idolatria na
vida do seu pai.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 123
Mesmo que não haja problemas evidentes no momento, os pais precisam estar
atentos aos perigos de longo alcance do seu envolvimento com a Loja. Isso coloca um
bocado de tensão invisível sobre as crianças, o qual pode não se apresentar realmente
até um período de crise na vida da criança. Freqüentemente, uma das crises mais sérias
do desenvolvimento é o começo da puberdade! Geralmente é quando "todo o inferno"
literalmente se libera.
Isso pode ser comparado à ruptura de um pequeno fio em uma aeronave. É
invisível a olho nu, e aparentemente não causa nenhum problema. Todavia, o
envolvimento maçônico é como um cupim na família que a devora espiritualmente de
dentro para fora.
Como aquele fio partido, nunca manifesta-se até que uma tensão extraordinária
golpeia a pessoa, um "turbilhão" para continuar a metáfora – uma crise na família ou
uma crise pessoal – e a crise amplia-se numa boca insaciável escancarada, e a máquina
cai. Temos então "desastre e incêndio" espirituais.
A Palavra de Deus fala diretamente dessa terrível conseqüência:
O que perturba a sua casa herda o vento, e o insensato é servo do sábio de coração
(Provérbios 11:29).
Muito freqüentemente, durante a puberdade, quando a pessoa jovem está lutando
com questões-chave como a aparência do corpo, impulso sexual e formação da
identidade, a fraqueza espiritual oculta causada pelo envolvimento do pai (ou da mãe)
com a franco-maçonaria faz com que a ruptura torne-se uma ventania que golpeia.
COMBUSTÍVEL NO FOGO
Duas das forças mais poderosas que atuam nos adolescentes são o impulso sexual
e a necessidade de rebelar-se e afirmar sua própria individualidade. Ambas são parte
da maluquice que é ser adolescente, e são tornadas incrivelmente piores pela
autoridade maçônica no lar. Por que isso se dá?
Como foi abundantemente esclarecido antes, a franco-maçonaria é
essencialmente um culto da fertilidade – uma seita que gira em torno da reprodução
sexual. Seus símbolos sagrados são ídolos sexuais.
Na magia, esses ídolos são planejados especialmente para invocar fortes desejos
sexuais e fertilidade. Em termos simples, são talismãs ou dispositivos mágicos para
aumentar a luxúria! Evidentemente, a última coisa que um adolescente precisa é de
mais luxúria!
Ele ou ela já tem um corpo cheio de hormônios em fúria, e está envolvido por
uma cultura cheia de imagens sexuais, e vídeos e música pornográficos. Ter um pai
que traga para casa influências espirituais da Loja que aumentem a luxúria é como
colocar gasolina em uma labareda que já está se propagando! As influências lascivas
dos principados maçônicos são assombrosamente fortes. Até mesmo muitos adultos
não conseguem resisti-las, e com certeza é pedir demais de nossos adolescentes
imaturos.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 124
Como podemos esperar que nossos filhos esperem até o casamento se nosso
envolvimento com uma religião de antigos mistérios abriu as comportas da cobiça
para nossas casas?
Como nós, pais, podemos esperar que nossos filhos respeitem a autoridade, e
honrem a Palavra de Deus e seus ensinos, quando os recusamos a obedecê-la? Filhos
têm um faro fino para a hipocrisia, e se eles conhecem algo de suas Bíblias, facilmente
verão que o papai não deveria estar escorregando para a reunião da Loja em cada noite
de segunda-feira. Suas ações falarão mais alto que suas palavras.
Adicionalmente, apesar de que a maioria das crianças provavelmente não saberá
muita coisa sobre a maçonaria com que seu pai e/ou sua mãe está envolvido, ao fato de
que seus pais são membros do "maior conciliábulo do mundo" traz o pecado da
bruxaria para casa. A Bíblia nos ensina: ... rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a
obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar (I Samuel 15:23).
Pais admiram-se por seus filhos serem rebeldes, porém estão fora da vontade de
Deus ao estarem na Loja. A rebeldia dos pais simplesmente vai passar, como por um
coador, para os filhos, e especialmente durante sua adolescência, pode rebentar uma
explosão de anarquia!
Há uma propaganda na TV que mostra um pai criticando seu filho que está
usando drogas, só para descobrir que seu filho conheceu as drogas observando seus
pais. O anunciante funestamente enuncia: "Pais que usam drogas têm filhos que usam
drogas." É igualmente fácil dizer: "Pais que cometem idolatria têm filhos que
cometem idolatria".
Muitos comentaristas têm observado o aumento dramático das seguintes práticas
entre adolescentes no último par de gerações:
1) Sexo pré-marital 2) Aborto
3) Uso ilegal de drogas 4) Enlamear-se no ocultismo e no satanismo
Seria simplista responsabilizar uma só coisa por todos esses fenômenos. Eles
estão interrelacionados. Considere o fato de que todos estes pecados dos adolescentes
(e eles são pecados) estão diretamente vinculados à franco-maçonaria.
1) Sexo pré-marital
Como já mencionado, a maçonaria é uma seita que promove, pela sua influência
espiritual, os apetites carnais. Não é de se admirar que filhos de cristãos tenham
começado a experimentar o sexo ilícito enquanto seus pais participavam do grande
aumento no número de membros da maçonaria, na década de sessenta.
2) Aborto
Isso é sacrifício de crianças. Foi "esterilizado" e vestido com roupa de médico,
mas literalmente é uma mãe (de qualquer idade) colocando seu bebê num altar pagão
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 125
DETENDO A JAMANTA!
Satanás é um estrategista astuto demais para pôr todos os seus ovos de serpente
numa só cesta. Ele lançou um assalto com diversas garras contra nossos jovens – TV,
música rock, secularismo nas escolas, drogas etc. Mas o primeiro passo que ele teve de
concluir foi emporcalhar o ninho da Igreja cristã, trazendo a maçonaria para dentro
dela.
Apesar de que a atividade da Loja está minguando em muitos lugares, o ímpeto
espiritual vil criado pelo envolvimento espiritual dos pais e avôs na franco-maçonaria
está em movimento, como uma bola de neve de pecado.
Como uma jamanta desgovernada, essa corrente da religião de mistérios pagãos
atrai a si mesma todos os córregos vizinhos de ocultismo, MTV, drogas e vídeos com
cenas violentas, até mover-se pesadamente sob seu próprio poder, esmagando toda
uma geração de crianças sob seu peso maligno!
Só o poder da Cruz pode pará-la! Nada senão o Sangue de Jesus pode fazer parar
a jamanta da corrupção! Mas com ele precisa vir verdadeiro quebrantamento e
arrependimento de coração! Com ele precisa vir uma disposição de renunciar à
maçonaria pelo mal que ela é, a despeito de todo o seu embelezamento cosmético.
Com ele precisa vir um desejo genuíno de obedecer ao "retirai-vos do meio deles,
separai-vos", não importando o que amigos, família ou sócios nos negócios possam
dizer.
Se o cristão maçom ama sua família, e mais importante ainda, se ele ama de
verdade a Jesus Cristo, ele estará desejoso de deixar de lado as "obras infrutíferas das
trevas" (Efésios 5:11), não importa quão encantadoras possam ser. Ele vai querer
chamar o pecado pelo seu nome.
Só fazendo assim, e seguindo o procedimento sugerido no último capítulo para
renunciar às práticas da maçonaria diante do Senhor e por renunciar legalmente ao
estado de membro da maçonaria, ele estará apto a parar a jamanta do mal.
Jesus pode romper os grilhões do pecado e da morte que prendem o cristão
maçom na Loja, mas ele deve arrepender-se e confessar ao Senhor. Só então o ímpeto
que ameaça a ele, sua família e sua igreja pode ser freado e detido impotente.
Infelizmente, o cristão maçom terá que calcular "o custo" (Lucas 14:28). Eu seria
menos que honesto se não mencionasse que a ira da Loja pode ser enorme e
assustadora. Carreiras foram arruinadas, reputações destruídas e até mesmo lares ou
empresas queimados até o chão por maçons irados porque seu "brinquedo" foi
criticado. Ocorrem até ameaças de morte.
Isso mostra quão profundamente as fontes do Enganador perfuraram os corações
dos servos da franco-maçonaria.
Esses atos violentos são raros, mas podem ocorrer. Não seria a primeira vez que
um crente em Jesus sofreu perseguição ou martírio por causa do seu testemunho. Um
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 127
verdadeiro escravo ligado a Jesus Cristo precisa contar toda a maçonaria como
"refugo" (Filipenses 3:8), comparada com a alegria ilimitada de servir a Ele!
... todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos (II
Timóteo 3:12).
O maçom recentemente liberto precisa buscar apoio em orações e receber
discipulado de homens de Deus que tenham um verdadeiro coração de pastor! Ele
precisa olhar para Jesus, mas também estar ciente do mal que a Loja pode operar
naqueles que ele mais ama. Ele precisa, pelo poder e autoridade de Jesus, esmagar os
brinquedos demoníacos da Loja debaixo dos seus pés e 'esquecendo das coisas que
para trás ficam e avançando para as que diante estão', precisa prosseguir para o alvo,
para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Filip. 3:13-14).
Por todo este livro, você viu um quadro sinistro da devastação que a maçonaria
criou dentro do lar e da igreja cristã.
Você viu como o envolvimento dos pais, especialmente do pai, na adoração de
Baal que é a Loja, pode gerar fortalezas do mal e da rebeldia no lar, a despeito dos
melhores esforços dos pais de manterem padrões cristãos.
Jesus Cristo oferece uma solução simples para esses problemas através da Sua
Cruz e do sangue derramado. No entanto, os cristãos envolvidos com a maçonaria
devem desejar estender a mão para Jesus.
Devem confessar a maçonaria como um pecado, renunciá-la e tê-la fora de suas
vidas e das vidas da sua família. Só então podem resistir com confiança à atividade de
Satanás contra eles e aqueles que eles mais amam.
A vasta maioria dos maçons não tem idéia do perigo ao qual foram expostos. São
vítimas. Não sabem que os símbolos da Loja que usam com tanto orgulho são ídolos
da luxúria. Eles foram deliberadamente enganados pelos que estão nos níveis mais
altos da Arte. Todavia, isso não os desculpa. Oséias 4:6 ainda aplica-se.
Se você beber um refrigerante com veneno, ele o matará, mesmo se você não
souber que o veneno estava ali. Se um bebê, ignorante da lei da gravidade, engatinhar
para fora de um sofá, cairá com um baque dissonante no chão. Essas realidades, que
todos aceitam, são baseadas em leis criadas pelo Senhor. A ignorância dessas leis não
protege alguém das conseqüências da sua violação.
A ignorância do veneno espiritual da maçonaria não protege o maçom ou a sua
família dos julgamentos de Deus, ou dos tapas de Satanás. Entretanto, pessoas que
aceitam as leis da gravidade como sólidas e invioláveis descuidam de perceber que o
mesmo Deus que planejou aquelas leis também planejou leis espirituais que são
exatamente tão poderosas e exatamente tão difíceis de evitar.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 128
Esse homem não se arrependeu de verdade. Ainda tenho o direito de atribular sua
casa, visto que ele ainda está ligado legalmente com a minha Loja. Ele ainda me serve.
É por essa razão que as orações sinceras de muitos cristãos são rebatidas pelo
teto. Satanás é o legalista supremo, e a sua mente é como uma armadilha de aço!
Pense nele como o promotor mais persistente do mundo. Se ele puder encontrar a
menor brechinha pela qual possa atacar um cristão, ele atacará. Reter sua posição de
membro na Loja lhe provê exatamente essa brecha.
LEI OU GRAÇA?
pouco a sua gaiola espiritual. Você não tem nada a perder, a não ser seus esquadros e
compassos!
DE VOLTA AO TRABALHO
O ELO ESPIRITUAL
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 132
"Elos espirituais" são vínculos formados por associações íntimas com pessoas
que amamos, especialmente a intimidade sexual. Deus ordenou que a aliança do
casamento unisse os dois em "uma carne".
Originalmente não havia o conceito de um sacerdote ou de um rabino
abençoando um casamento. O próprio ato da relação sexual constituía um casamento.
A Bíblia diz-nos que foi assim que os patriarcas casaram-se (Gênesis 24:67; 29:23).
Isso significa que a intimidade com uma pessoa cria o vínculo de um pacto. Eles
se tornam uma só carne. Dali em diante, o que quer que aconteça com um parceiro
pode vazar para o outro. Isso pode nem sempre acontecer, mas também pode
acontecer. Se um marido está envolvido com a maçonaria, a escravidão que ele
experimenta na Loja provavelmente infiltra-se na esposa e lhe rouba muitas vitórias
espirituais.
Por causa do princípio de autoridade, supõe-se que um marido seja uma proteção
espiritual. Todavia, ao permitir que a maçonaria torne imundo seu "ninho" espiritual,
ele traz maldições sobre o lar, ao invés de bênçãos.
Se o marido devido ao envolvimento maçônico, permitiu o acesso dos demônios
à sua alma, esses demônios podem vir por meio dele para sua esposa, a menos que ela
rompa aqueles elos espirituais iníquos através da oração.
Mesmo arriscando-me a ser grotesco, podemos dizer que a escravidão e ingresso
de demônios são as formas terminais de uma doença venérea, AIDS espiritual se
preferir. Até que o marido (ou esposa, se ela é que está envolvida com a maçonaria)
desligue-se completamente da Loja, é possível que a intimidade conjugal possa reabrir
os portais da escravidão e do acesso demoníaco.
Infelizmente, algumas formas de maçonaria envolvem um uso pelo menos
recreativo (quando não ritualizado) de prostitutas.
Os membros do Santuário são especialmente notados por essa prática maligna.
Tanto marido quanto esposas precisam perceber que a razão pela qual o Senhor guarda
e protege a castidade conjugal tão cuidadosamente é que o envolvimento em qualquer
relacionamento adúltero traz consigo escravidão.
O esposo infiel pode trazer espíritos demoníacos para casa consigo das
convenções do Santuário e afligir sua esposa espiritualmente mais sensível com um
tormento inimaginável quando ajuntarem-se novamente no leito conjugal (I Coríntios
6:15-17).
A infidelidade no casamento não apenas traz consigo o perigo de doença física,
mas também das trevas espirituais. Tivemos de orar com várias esposas dos membros
do Santuário para que obtivessem livramento de opressão demoníaca, a despeito do
fato de que essas mulheres estavam fazendo tudo que podiam para viver para o Senhor
Jesus.
Isso é trágico, especialmente visto que pode ser parado pelo arrependimento por
parte do que está em pecado, e por purificar os vínculos da aliança entre os cônjuges
pelo sangue de Jesus.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 133
melhor arranjo, mas ainda estaria honrando a Deus. Eu oraria sobre os materiais e
suplicaria o sangue de Jesus sobre eles, e amarraria todos os espíritos maçônicos antes
de entregá-la aos novos proprietários.
Você pode considerar dar os rendimentos da venda para alguma organização
missionária cristã de confiança, e certamente deve entregar o dízimo dos valores.
Mesmo agora que estou concluindo este capítulo, recebi um relato maravilhoso
de uma mãe que veio até nós buscando aconselhamento. Seu filho, que é cristão,
ultimamente estava com problemas no seu caminhar cristão.
Ele também sentia-se constrangido no seu quarto. Seu avô havia sido um membro
do Santuário, e na ocasião da sua morte, tinha dado sua fez ao seu neto, que estava
montando uma formidável coleção de chapéus. O garoto valorizou a fez como o
legado de um tesouro por parte de seu avô, bem como pela sua beleza exótica.
Sua mamãe o trouxe ao nosso escritório. Ao descobrir a natureza maligna da fez,
sua resposta foi realmente nobre! Quando aprendeu que deveria ser destruída,
perguntou se ele mesmo poderia fazê-lo. Tomamos os passos precedentes e com uma
marreta ele espatifou todas as jóias dela, incluindo o crescente islâmico e a cimitarra, e
então deu-nos para ser queimada.
Um mês ou dois mais tarde, a mãe nos informou que seu filho tinha agora uma
paz inacreditável no seu quarto, e seu caminhar com Jesus havia decolado de uma
forma inacreditável! Deus abençoou o sacrifício sincero desse jovem, e abençoará
também o seu.
Estes são princípios espirituais genuínos, e se os ignorarmos será para nosso
próprio perigo, e para perigo daqueles que amamos!
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 135
COMBATENDO O INIMIGO
paramentos, esse quadro tem tanta verdade quanto a estória do pequeno George com a
cerejeira!
Washington, que de acordo com todos os relatos era um cristão, na verdade não
teve paciência com a Loja, e aparentemente teve um envolvimento muito pequeno
com ela após seu ingresso em 1752. De fato, Washington escreveu para o Rev. G. W.
Snyder em 1798 que, longe de "presidir sobre as Lojas inglesas nesse país",
Washington não havia estado numa Loja maçônica "mais do que uma ou duas vezes
nos últimos trinta anos".2 O envolvimento de Washington com a Loja foi grandemente
exagerado pelos maçons ansiosos de aproveitar sua reputação.
ESAÚ E JACÓ
Religioso, foi feito maçom enquanto na Casa Branca. Posteriormente ele envolveu-se
na prática da astrologia e carrega consigo a pata de um coelho sortudo!
Não negamos a sinceridade da fé desses homens, mas ou eles foram enganados
ou escolheram fazer o "pacto com o diabo" para alcançar os corredores do poder. Eles
podem ter percebido que poucos políticos podem atingir a proeminência hoje sem
dobrar os joelhos para Baal na Loja maçônica. Este é um motivo pelo qual devemos
orar desesperadamente pelos nossos líderes!
Também é vital contrabalançar essa lista de "heróis", maçons, tanto do presente
quanto do passado, com os homens de fé cristãos e os da história americana dos quais
ficou registrado que condenaram a Loja. Estes incluem Charles Finney (um ex-
maçom), Dwight Moody, R. A. Torrey, Billy Sunday, John R. Rice (um ex-maçom),
John Quincy Adams e Ulisses S. Grant.
Uma das manifestações mais freqüentes dessa batalha espiritual é a aliança muito
evidente entre o movimento da Nova Era e os franco-maçons.
A maior parte dos cristãos entende algo sobre a Nova Era, que é uma mistura de
hinduísmo, psicologia e gnosticismo. Apesar de que conceitos da Nova Era têm
circulado desde o Jardim do Éden, a origem da atual manifestação destas crenças pode
ser traçada na Sociedade Teosófica e em suas ramificações, Alice Bailey e Lucis
Trust.
O movimento da Nova Era tornou-se uma mistura americana ímpar do hinduísmo
e do espiritismo "yuppieficado". Uma das suas doutrinas-chave é a vinda de um cristo,
chamado pela maioria dos líderes da Nova Era de Senhor Maitreya. Apesar de que não
podemos fazer uma análise extensa da Nova Era aqui, é importante entender que a
Nova Era ensina o seguinte:
1) Deus é uma força impessoal, não um Ser pessoal.
2) Todos estão destinados a tornarem-se deuses através da evolução espiritual.
3) Todos são filhos de Deus. Não é necessário nascer de novo.
4) "O Cristo" não é Jesus, mas o instrutor de Jesus, Maitreya.
5) Não há morte de verdade, só reencarnação.
6) Não há pecado, só o conceito hindu de karma.
7) Todas as religiões levam a Deus. Não há nenhum caminho verdadeiro para ele.
8) Religiões que ensinam que só há um único caminho para Deus (isto é, o
judaísmo e o cristianismo) são anti-evolucionárias e precisarão mudar sua
forma de pensar ou serem destruídas.
Obviamente isso é contrário à verdade bíblica, mas é muito aparentado com a
teologia genérica da maçonaria. Uma parte chave da luta pelas almas dos homens
nesta nação está ocorrendo em níveis subterrâneos através da conexão da Nova Era
com a maçonaria.
Adicionalmente, membros da Loja maçônica e da Nova Era estão se infiltrando
nas igrejas cristãs.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 138
Os atuais líderes do movimento da Nova Era estão dizendo que a maçonaria será
tanto o canal político como o espiritual pelo qual o "cristo" se manifestará. Uma carta
do Centro Tara, um dos principais grupos da Nova Era, afirma:
O movimento maçônico é um dos três canais principais pelos quais prossegue a
preparação para a Nova Era. Nele encontram-se discípulos dos Grandes que estão
persistentemente reunindo o ímpeto e irão em breve adentrar em sua tarefa designada.
A mesma carta cita Alice Bailey, uma antiga líder da Nova Era, como dizendo:
O movimento maçônico... atenderá a necessidade daqueles que podem e devem
exercer o poder. É o guardião da lei; é o lar dos mistérios e o lugar de iniciação. Detém em
seu simbolismo o ritual da Deidade, e o caminho de salvação é preservado pictoricamente
em seu trabalho. Os métodos da Deidade são demonstrados em seus templos, e sob o
Olho que Tudo Vê a obra pode ir adiante. É uma organização muito mais oculta do que se
pode perceber, e é planejada como a escola de treinamento para os vindouros ocultistas
avançados.6
Vemos que, através das Lojas, os líderes da Nova Era esperam influenciar não
apenas indivíduos, mas toda a consciência global!
Benjamim Creme, o "profeta" do seu Maitreya, e um dos mais famosos líderes da
Nova Era no mundo, escreveu:
Através da tradição maçônica e de certos grupos esotéricos, virá o processo da
iniciação. Nesta era vindoura milhões de pessoas receberão a primeira e a segunda
iniciação através dessas instituições transformadas e purificadas... As novas religiões irão
se manifestar, por exemplo, através de organizações como a franco-maçonaria. Na franco-
maçonaria encontra-se embebido o âmago do coração secreto dos mistérios ocultos –
envolto em número, metáfora e símbolo. Quando eles forem purificados... mostrarão ser
uma verdadeira herança oculta. Através das Ordens da maçonaria, o caminho das
iniciações será trilhado e será recebida a iniciação...7
Há milhões de maçons no mundo. Apesar de que só a ínfima fração destes
homens entende a verdadeira natureza espiritual da Loja, cada um deles tem se
ajoelhado no altar e se "plugado" na corrente maçônica – a "luz"!
Ao "levantar-se" (o que chamamos de batismo maçônico), eles foram enxertados
em Lúcifer. As forças da maçonaria foram profundamente embebidas na sua psique.
Podem ficar lá adormecidas por décadas em 99% dos maçons, como um vírus de
computador que espera para ser ativado. Mas quando esse falso cristo quiser, ele será
subitamente energizado.
Em sentido espiritual, todo maçom é como uma bomba-relógio esperando para
explodir. Eles não percebem, mas há dentro deles uma maquininha satânica fazendo
tique-taque, e ela tem uma agenda maligna.
Quando esse falso messias aparecer, irá esmurrar um botão psíquico, e todos os
maçons se apressarão a obedecer! Desde o pináculo da pirâmide maçônica, correntes
de poder maligno serão despejados para as fileiras, e cada maçom sentirá os propósitos
pérfidos do "Senhor" Maitreya agitando-se dentro dele.
Se isso soa absurdo, considere como, em muitas igrejas, Satanás já tem obtido
seus favores. Tenho falado em igrejas onde o pastor foi derrubado por maçons porque
ousou permanecer firme na verdade bíblica!
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 139
FICANDO NA BRECHA
APÊNDICE I
ORAÇÕES DE RENÚNCIA
"Em virtude do sangue de Jesus, Satanás não tem mais poder sobre mim ou
minha família, e não tem mais lugar em nós. Renuncio completamente a ele e às suas
hostes, e declaro que eles são meus inimigos.
"Jesus disse: 'Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome
expelirão demônios' (Marcos 16:17). Sou crente, e no nome de Jesus exerço minha
autoridade e expulso todos os espíritos do mal. Ordeno-lhes que deixem-me agora, de
acordo com a Palavra de Deus e no nome de Jesus. Esquecendo-me 'das cousas que
para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo,
para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus' (Filipenses 3:13-14). No
nome de Jesus. Amém."
na porta do pai ou do parente que calcou com os pés a posição de confiança sagrada
que o Senhor lhe concedeu sobre uma preciosa e jovem alma, e usou de maneira
gravemente errada o poder e a autoridade que exercia sobre o mais jovem.
De qualquer modo, toda a intimidade sexual entre criança e adulto cria um laço
para a alma, bem como destrói o amor saudável e a segurança entre pais e filhos.
Portanto, essas coisas também precisam ser colocadas sob o sangue de Jesus. A criança
(se tiver idade para entender), adolescente ou sobrevivente adulto de abuso sexual
precisa pedir ao Senhor para limpar esses laços ímpios com o parente, como na oração
acima.
Horríveis como sejam estas coisas, precisamos lembrar que o sangue de Jesus
purifica-nos de todo o pecado e que Ele está esperando para perdoar-nos até mesmo
das mais medonhas transgressões. Entregue o assunto a Ele em oração, e Ele lhe
restaurará!
Um cristão sempre deve buscar primeiro a ajuda do seu pastor nestes assuntos,
evidentemente presumindo-se que o próprio pastor não seja maçom. Às vezes, todavia,
os pastores (que provavelmente podem não ser especialistas em tudo) podem não
saber como tratar com as questões da franco-maçonaria, da escravidão a pecados de
família e da libertação. Também, pode ser útil falar com um ex-maçom que agora
esteja servindo a Jesus.
Para isso, há ministérios evangelísticos especializados dentro do Corpo de Cristo,
projetados como um recurso para os que estão buscando ajuda para escapar da
escravidão da Loja. Você pode contactar o autor deste livro nos Estados Unidos aos
cuidados de:
With One Accord
P. O. Box18
Issaquah, WA 98027 (206) 391-7715
No Brasil:
Instituto Cristão de Pesquisas
Rua Barão de Itapetininga, 151, 8° andar, cj. 82
Centro - São Paulo - SP
Correspondência:
Caixa Postal 5011 - Agência Central de São Paulo
CEP 01061-970 - São Paulo SP Brasil
APÊNDICE II
CARTA DE DESLIGAMENTO
Este é um exemplo do tipo de carta que alguém pode enviar para desligar-se da
Loja. Apesar de que não se precisa usar as mesmas palavras, o ideal é esforçar-se para
fazer uma apresentação da verdade das Escrituras de maneira breve, gentil e amorosa.
Ore para que o Senhor lhe dê uma abordagem realmente amorosa. É claro que se você
for um membro da Loja altamente estimado, talvez possa escrever uma carta mais
longa.
Alguns sugeriram que é útil endereçar a carta a todos os membros da Loja, como
se faz abaixo. Os regimentos internos de algumas Lojas exigem que uma carta
endereçada desta forma seja lida para toda a Loja. Isso lhe daria o máximo impacto
como testemunho. Envie uma cópia para o secretário da sua Loja, uma para o "Mestre"
da Loja e mais outras para quantos dos amigos que estão na Loja você quiser:
Permanecer na maçonaria é comprometer minha amizade com Jesus, que morreu por
mim.
Percebo que quaisquer benefícios que a maçonaria tenha não podem ser
comparados com as alegrias da plena associação com o Senhor Todo-Poderoso do
Universo que morreu para que eu pudesse viver – e que ama a todos os maçons, como
eu também amo, apesar de que eles não Lhe dão lugar nas suas cerimônias.
Vocês, meus irmãos, precisam decidir por si mesmos o que farão com o deus da
maçonaria, mas "Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR" (Josué 24:15).
Deus abençoe vocês ao buscarem a Sua vontade neste assunto importante.
Com amor cristão,
NOTAS
Capítulo 1
1. Duncan, Malcolm C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, David McKay
Company, Inc., New York, s.d., p. 36.
Capítulo 2
1. Duncan, Malcolm C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, p. 31.
2. Coil, Henry Wilson, Coil's Masonic Encyclopedia, Macoy Publishing,
Richmond, VA, I96I, p. 51.
3. Ibid., p. 51.
4. Duncan, Malcolm C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, pp. 95, 134.
5. Ibid., p. 95.
6. Ibid., p. 12.
7. Hall, Manly P., The Phoenix, The Philosophical Research Society, Los
Angeles, 1975, p. 37.
8. Pike, Albert, Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of
Freemasonry Supreme Council of the Thirty-Third Degree, Charleston, 1950,
p. 213.
9. Ibid., p. 219.
10. Pike, Albert, Morals and Dogma... p. 213.
11. Ibid., p. 718.
12. Mackey, Albert, Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry, Macoy
Publishing, Richmond, VA., 1966, p. 618.
13. Ankerberg, John; Weldon, John, The Secret Teachings of the Masonic Lodge,
Moody Press, Chicago, 1990, p. 16-17.
Capítulo 3
1. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, p. 102.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 147
2. Ibid., p. 95.
3. Ibid., p. 96.
3. Ibid., p. 143.
Capítulo 4
1. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, p. 30.
2. Mackey, Albert, Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry, pp. 409-410.
3. Coil, Henry Wilson, Coil's Masonic Encyclopedia, pp. 516-517.
4. Schnoebelen, William, Wicca: Satan's Little White Lie, Chick Publications,
Chino, CA, 1990.
5. Coil, Henry Wilson, Coil's Masonic Encyclopedia, pp. 516-517.
6. Pike, Albert, Morals and Dogma.., p. 226.
7. Ibid., p. 525.
8. Hall, Manly P., The Last Keys of Freemasonry, Macoy Publishing Richmond,
VA, 1976, p. 65.
Capítulo 5
1. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, p. 36.
2. Ibid., pp. 118, 120.
3. Ibid., p. 249.
4. Flexner, Stuart Berg, The Random House Dictionary of the English Language,
Hauck, L. C. Random House, New York, 1987, p. 1352.
5. Blanchard, J., Scottish Rite Masonry Illustrated, The Complete Ritual, Ezra
Cook Publications, Chicago, 1974, pp. 453-457.
6. Pike, Albert, Morals and Dogma... p. 321.
7. Duncan, p. 35.
8. Pike, p. 102.
9. de LaRive, A. C., La Femme et l'Enfant dans la Franc, Maçonnerie
Universele, Paris, 1889, p. 588.
10. Hall, Manly P., The Lost Keys of Freemasonry, p. 48.
Capítulo 6
1. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, p. 122.
2. Ibid., p. 221.
3. Ibid., pp, 155, 190, 208, 230.
4. Illustrated Ritual of the Six Degrees of the Council and Commandery, Charles
Powner, Co., Chicago, 1975, p. 202.
5. Ibid., p. 212.
6. Ibid.
7. Ibid., p. 217.
7. Ibid., pp. 200, 224, por exemplo.
9. Ibid., p. 217.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 148
Capítulo 7
1. Blanchard, J., Scottish Rite Masonry Illustrated, The Complete Ritual, Ezra
Cook Publications, Chicago, 1974, II, p. 47.
2. Pike, Albert, Morals and Dogma.., p. 167.
3. Mackey, Albert, Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry, p. 192.
4. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, p. 29.
5. Ibid., p. 33.
6. Robbins, Russell Hope, The Encyclopedia of Witchcraft and Demonology,
Crown Publishers, New York, 1959, p. 420.
Capítulo 8
1. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, p. 34-35.
2. Ibid., p. 95.
3. Ibid., p. 230.
4. Ibid., p. 229.
Capítulo 9
1. Shephard, Leslie A., Encyclopedia of Occultism and Parapsychology, Avon
Books, New York, 1980. 2, p. 552.
2. Lavey, Anton Szandor, The Satanic Bible, Avon Books, New York, 1969,
front cover.
3. Godwin, Jeff, The Devil's Disciples, Chick Publications, Chino, CA, 1987, p.
172.
4. Godwin, Jeff, Dancing With Demons, Chick Publications, Chino, CA, 1989, p.
181.
5. Schnoebelen, William J., The F.A.TA.L. Flaw, Saints Alive in Jesus, Issaquah,
WA, 1987.
6. Michell, John, The City of Revelation, Ballentine Books, New York, 1972, p.
4.
7. Grant, Kenneth, The Magical Revival, Samuel Weiser, New York, 1973, pp.
4344, 65.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 149
8. Ronayne, Edmond, Blue Lodge and Chapter, Ezra A. Cook, Chicago, s.d., pp.
87-88.
9. Pike, Albert, Morals and Dogma... pp. 14-15.
10. Lyons, Arthur, Satan Wants You, Mysterious Press, 1988, pp. 126-127.
11. Aquino, Michael A., The Wewelsburg Working, 19 de outubro de 1984.
Capítulo 11
1. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, pp. 158-183.
2. Ibid., pp. 158-172.
3. Hislop, Rev. Alexander, The Two Babylons, Loizeaux Bros., Neptune, NJ,
1959, p. 204.
4. Illustrated Ritual of the Six Degrees... p. 232.
5. Hislop, pp. 202-205.
6. Ibid., p. 204.
7. Regardie, Israel, The Golden Dawn, Llewellyn Publications, Minneapolis,
1971, vol. III, p. 49.
8. Whitemore, Carrol E. Symbols of the Christian Church, Abingdon Press,
Nashville, 1959, p. 12.
9. Crowley, Aleister, The Equinox, Vol. 3, No. l, Samuel Weiser, New York,
1973, pp. 226, 248.
10. Jones, Alexander (editor geral), The Jerusalem Bible, Doubleday & Co.,
Garden City, NY, 1970, frontispício.
11. Flexner, Stuart Berg, The Random House Dictionary of the English Language,
Segunda Edição, Random House, New York, 1987, p. 475.
12. Pike, Albert, Morals and Dogma... p. 291.
13. Flexner, p. 1455.
14. Pike, p. 14, 792.
15. O dualismo é a crença de que há no universo duas forças iguais, mas opostas, o
bem e o mal. Contrário à crença popular, o diabo não é o oposto de Deus,
porque isso implicaria que o diabo e Deus seriam iguais. Eles não são! Deus é
tão superior ao diabo em poder que isso está além da compreensão.
16. Hall, Manly P., The Secret Teachings of All Ages, página cc.
17. Ibid.
18. Crowley, Aleister, 777, impresso privativamente pela O. T. O., 1907, p. 13.
19. Schnoebelen & Spencer, Mormonism's Temple of Doom, pp. 20-23.
20. Duncan, op. cit., p. 97.
21. Ibid., p. 92.
22. Ibid., p. 143.
23. Ibid., p. 95.
Capítulo 12
1. Pike, Albert, Morals and Dogma... p. 105.
2. Ibid., pp. 744-745.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 150
3. Ibid., p. 732.
4. Mackey, Albert, Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry, p. 133.
5. Coil, Henry Wilson, Coil's Masonic Encyclopedia, pp. 520.
6. Street, Oliver Day, Symbolism of the Tree Degrees, Masonic Service
Association, Washington, D.C., 1924, pp. 44-45.
7. Ibid., pp. 46-47.
8. Duncan, op. cit., p. 129.
9. Roberts, Allen E., The Craft and Its Symbols; Opening the Door to Masonic
Symbolism, Macoy Publishing, Richmond, VA, 1974, p. 76.
10. Duncan, p. 132.
11. Ibid., p. 39.
12. Allen, Raymond Lee et al. Tennessee Craftsmen or Masonic Textbook,
Tennessee Grand Lodge, Nashville, 1983, p. 17.
Capítulo 13
1. Pike, p. 819.
2. Duncan, p. 137.
3. Pike, pp. 104-105.
4. Duncan, p. 36.
5. Mackey, Albert, The Manual of the Lodge, Clark Maynard Co., New York,
1870, p. 156.
6. Mackey, Albert, Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry, p. 560.
7. Schnoebelen, William; Spencer, James R., Mormonism's Temple of Doom,
Triple J Publications, Boise, ID, 1987, p. 13.
8. Ronayne, Edmond, Handbook of Freemasonry, Ezra Cook Publications,
Chicago, IL, 1976, p. 177.
9. Mackey, Albert, Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry, p. 513.
10. Alexander, David; Alexander, Patricia, Eerdmans' Handbook to the Bible,
Eerdmann's, Grand Rapids, MI, 1984, p. 135.
11. Hislop, Rev. Alexander, The Two Babylons, pp. 28-38.
12. Schnoebelen, William, Wicca: Satan's Little White Lie, Chick Publications,
Chino, CA, 1990, pp. 169-175.
13. Chick, Jack T. Angel of Light, The Crusaders, Vol. 9, Chick Publications,
Chino, CA, pp. 13-16.
14. Duncan, pp. 102-121.
Capítulo 14
1. Pike, Albert, Morals and Dogma... p. 839.
2. Flexner, Stuart Berg, The Random House Dictionary of the English Language,
Random House, New York, 1987, p. 1272.
3. Cavendish, Richard, Man, Myth and Magic, Marshall Cavandish Corporation,
New York, 1970, 14, p, 1925.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 151
4. Steinmetz, George H., The Royal Arch – Its Hidden Meaning, Macoy
Publishing, Richmond, VA, 1946, pp. 51-52.
5. Frazer, Sir James George, The Golden Bough, Macmillan & Co., New York,
1960, p. 459.
6. Powell, Neil, Alchemy, the Ancient Science, Wilson, C., Aldus Books Ltd.,
London, 1976, p. 30.
7. Eliot, Alexander; Campbell, Joseph, Myths, McGraw-Hill Books, New York,
1976, p. 258.
8. Grant, Kenneth, Aleister Crowley and the Hidden God, Samuel Weiser, New
York, 1974, p. 151.
9. Ibid., pp. 151-152.
10. Eliot, p. 258.
11. Schnoebelen, William J.; Spencer, James R., Whited Sepulchers, The Hidden
Language of the Mormon Temples, Triple J Publications, Boise, ID, 1990, p.
21.
12. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, pp. 118, 120.
13. Ibid., p, 125.
14. Flexner, p. 305.
15. Pike, p. 401.
16. Ibid., p. 402.
17. Ibid., p. 22.
18. Mackey, Albert, Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry, p. 497.
19. Pike, p. 839.
Capítulo 15
1. DaCosta, Hippolyto Joseph, The Dionysian Artificers, Philosophical Research
Society, Los Angeles, 1964 (1820).
2. DaCosta, p. xiv.
3. Flexner, Stuart Berg, The Random House Dictionary of the English Language,
Random House, New York, 1987, p. 557.
4. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual and Monitor, p. 129.
5. Edwards, Paul, The Encyclopedia of Philosophy, Macmillan, New York, 1972,
vol. VII, p. 37.
6. Fargis, Paul, The New York Public Library Desk Reference, Webster's New
World, New York, 1989, p. 217.
7. Furnivall, F. J., The Compact Edition of the Oxford English Dictionary, Oxford
University Press, Oxford, 1979, 2, p. 2762.
8. Lavey, Anton Szandor, The Satanic Rituals, University Books, Secaucus, NJ,
1972, pp. 151-155.
9. Furnivall, F. J., I, p. 125.
10. Baigent, Michael, Leigh Richard, The Temple and the Lodge, Arcade
Publishing, New York, 1989, p. 45.
11. Ibid., p. 42.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 152
12. Seward, D., The Monks of War, St. Alban's Press, 1974, p. 37.
13. Baigent, Leigh, p. 43.
14. Ibid., p. 51.
15. Ibid., p. 53.
16. Valiente, p. 102.
17. Furnivall, F. J., l, p. 165.
18. Valiente, p. 102.
19. Wright, Thomas, in "Essays on the Worship of the Generative Powers during
the Middle Ages of Western Europe ", Knight, R. P., London, 1865.
20. Grant, Kenneth, The Magic Revival, Samuel Weiser, New York, 1973, p. 71.
21. Shephard, Leslie A., Encyclopedia of Occultism and Parapsychology, Avon Books,
New York, 1980, 2, p. 632.
22. Grant, Kenneth, The Magic Revival, p. 72.
23. Fortune, Dion, Psychic Self-Defense, Samuel Weiser, New York, 1972, p. 149.
24. Hall, Manly P, The Secret Teachings of All Ages, An Encyclopedia Outline of
Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, The
Philosophical Research Society, Los Angeles, 1978, p. ci.
25. Baigent, Leigh, p. 78.
26. Gantz, Jeffrey, Mabinogion, Penguin, London, 1976.
27. Valiente, pp. 182-183.
28. Ibid., p. 60.
29. Hislop, Rev Alexander, The Two Babylons, pp. 33-35.
30. Valiente, p. 160.
Capítulo 16
1. Haywood, H. L., The Great Teachings of Masonry, Macoy, Richmond, VA,
1971, p. 94.
2. Baigent, Michael; Leigh, Richard, The Temple and the Lodge, Arcade
Publishing, New York, 1989, pp. 10-11.
3. Ibid., p. 106.
4. Ibid., p. 92.
5. Valiente, Doreen, An ABC of Witchcraft, Phoenix, Custer, WA, 1988, p. 159.
6. Farrar, Janet; Farrar, Stewart, Eight Sabbats for Witches, Robert Hale, London,
1981, veja a foto n° 15.
7. Valiente, p. 159.
8. McIntosh, Christopher, The Rosy Cross Unveiled, The Aquarian Press, Ltd.,
Wellingborough, Northamptonshire, 1980, p. 19.
9. Daraul, Arkon, A History of Secret Societies, Citadel Press, Secaucus, NJ,
1961, pp. I9I-192.
10. Hall, Manly P., The Secret Teachings of All Ages... pp. cxxxvii.
11. Ibid., p. cxxxviii.
12. Daraul, p. 192.
13. Ibid.
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 153
Capítulo 17
1. Hall, Manly P, The Secret Teachings of All Ages... pp. cxxxix.
2. Yates, Francis, The Rosicrucian Enlightenment, St. Alban's Press, 1975, p.
226.
3. Lavey, Anton Szandor, The Satanic Bible, Avon Books, New York, 1969, pp.
155-156.
4. Baigent, Michael; Leigh, Richard, The Temple and the Lodge, Arcade
Publishing, New York, 1989, p. 155.
5. Pick, F. L; Knight, G. N., The Pocket History of Freemasonry, London, 1983,
p. 45.
6. Valiente, Doreen, An ABC of Witchcraft, Phoenix, Custer, WA, 1988, p. 91.
7. Ibid., 1988, p. 18I.
8. Ibid., 1988, p. 318.
9. Canseliet, Eugene, Fulcanelli: Master Alchemist, 'Le Mystere des Cathedrales',
Neville Spearmint, London, 1971.
10. Waite, Arthur Edward, A New Encyclopedia of Freemasonry, Weathervane
Books, New York, 1970, p. 326.
11. Coil, Henry Wilson, Freemasonry through Six Centuries, Macoy Publishing,
Richmond, VA, 1967, p. 131.
12. Waite, p. 330.
13. Ibid., 1970, p. 66.
14. Farrar, Janet; Farrar, Stewart, Eight Sabbats for Witches, pp. 80-81.
15. Daraul, Arkon, A History of Secret Societies, Citadel Secaucus, NJ, 1961, p.
220.
16. Heckethom, Charles William, The Secret Societies of All Ages and Countries,
University Books, New Hyde Park, NY, 1966, pp. 305-306.
17. Waite, p. 387.
18. Schnoebelen, William, Wicca: Satan's Little White Lie, Chick Publications,
Chino, CA, 1990, p. 116-117.
19. Webster, Nesta H. Secret Societies and Subversive Movements, Britons
Publishing Co., London, 1964, p. 235.
Capítulo 18
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 154
Capítulo 19
1. Schnoebelen, William J., Spencer, James R., Whited Sepulchers, the Hidden
Language of the Mormon Temples, Triple J Publications, Boise, ID, 1990, pp.
4450, citando o boletim informativo de Anton Lavey, "The Cloven Hoof", vol.
VIII, #6.
Capítulo 20
1. Duncan, M. C., Duncan's Masonic Ritual Monitor, p. 15.
2. Ibid., p. 52.
3. Ibid., p. 36.
4. Ibid., p. 65.
5. Ibid., p, 102.
Capítulo 21
1. Schnoebelen, William J., Wicca: Satan's Little White Lie, pp. 116-12, 166-174
2. Ibid., pp. 104-111.
Capítulo 23
1. Knollenberg, Bernard, George Washington, The Virginia Period, Duke
University Press, Durham, NC, 1964, p. 102.
2. Ibid., p. 145.
3. Congressional Record – Senate, 9 de Setembro de 1987, S 11868-70.
4. Ibid., p. 11870.
5. Dolinko, Cary N. et al., Freemasonry, 19 de maio de 1987, Tara Center.
6. Ibid.
7. Creme, Benjamin, The Reappearance of the Christ, pp. 84, 87.
8. Decker, J. Edward, Freemasonry Satan's Door to America, Free The Masons
Ministries, Issaquah, WA, 1988.
Bibliografia em Português:
Maçonaria – Do Outro Lado da Luz 155
Literatura Maçônica