Resumo de Radiologia 1

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Introdução à Radiologia

@lizandracisneiros
➔ Radiologia é a parte da ciência que estuda
a visualização de ossos, órgãos ou estruturas
através do uso de radiações, gerando desta maneira
uma imagem. 1-Wilhelm Conrad Rontgen:

▪ Nascido em 27 de março de 1845, em Lennep (atual


Remscheld), Alemanha.
Átomo: “Unidade fundamental da matéria” ▪ Em 08/11/1895- Descobriu os Raios X
Matéria: ▪ Faleceu em 1923 com 78 anos.

▪ Algo que ocupa lugar no espaço; 2-Philipp Eduard Anton Von Lenard:
▪ Tem inércia e massa;
▪ Possibilitou o estudo do comportamento dos Raios
▪ Exerce força e sofre ação de forças.
Catódicos (radiação corpuscular) fora do tubo.
- Estados: sólidos, líquido e gasoso ▪ Provou que os raios catódicos*:
• Impressionam filmes fotográficos
-Classes: elementos e compostos.
• Ionizam o ar
▪ Radiação é a transmissão de energia através do • Não podem ser desviados por campos
espaço e da matéria. magnéticos e elétricos
▪ Os átomos tendem a se manter em equilíbrio. • Propagam-se por alguns centímetros no ar e
▪ Origem da radiação: As radiações são produzidas vários metros no vácuo
por processos de ajustes do átomo que ocorrem no • Provocam fosforescência em algumas
núcleo ou nas camadas eletrônicas, em busca de substâncias
equilíbrio. Ou seja, a radiação é produzida pela • Fez a famosa radiografia da mão da sua esposa,
instabilidade e essa volta da estabilidade pelo átomo Anna Bertha, 1919:
(no aparelho).
3-Sobre o novo tipo de Raios: 28 de dezembro
▪ Nós provocamos uma força nesse átomo para
desestabilizá-los e produzirem uma radiação.
de 1895:

A radiação pode ser dividida em: ▪ Os Raios X atravessam corpos opacos a luz (somente
o chumbo barra, pois os números atômicos são
a.Corpuscular: consiste em núcleos atômicos ou maiores).
partículas subatômicas movimentando-se em alta ▪ Provocam fluorescências em certos materiais
velocidade. ▪ Impressionam filmes fotográficos
▪ São invisíveis
Ex: Partículas alfa, partículas beta e raios catódicos.
▪ Não são refratados nem reflexíveis e não podem ser
b.Eletromagnética: é o movimento da energia através focalizados por lentes
do espaço pela combinação de campos elétricos e ▪ Não são defletidos por campos magnéticos
magnéticos. ▪ Originam-se no ponto de impacto dos raios
catódicos no vidro do tubo de gás
Ex: Raios gama, raios X, raios ultravioletas, luz visível,
▪ Os raios X propagam-se em linha reta, não faz curva
ondas de rádio.
e ele é divergente.
▪ Alguns raios X tem o poder de penetração maior e
4-Edmund Kelis:
outro menor, ou seja, dependendo do raio X vai ter
um poder de penetração diferente em nosso corpo ▪ Introduziu o exame radiográfico na prática
(comprimento de onda, frequência e energia). Odontológica
▪ Preconizou ouso de películas ao invés de placas
▪ Considerado o Mártir da Radiologia Odontológica,
primeira clínica em 1896.
▪ Vítima de efeitos biológicos
Tubo de Raio X:

▪ Conceito: trata-se do poder de penetração de uma


onda eletromagnética.
▪ Relação: frequência (diretamente proporcionais), λ
(inversamente proporcionais), massa (inversamente
proporcionais)
Ex (massa): quanto maior a massa de uma partícula/
onda, menor será sua energia de penetração.

▪ Origem: é quando os elétrons penetram com alta


velocidade sobre a matéria (tecido) e são freados
repentinamente.
▪ Aparelho de raios-x: principal componente é o tubo
produtor de raios-x.
▪ Requisitos:
1. Gerador de elétrons.
2. Acelerador de elétrons.
3. Alvo ou anteparo.
4. Vácuo.
▪ Tipos de produção: produção comum
(Bremsstrahlung) e característica (K,L,M).
▪ O entendimento da produção de raios X depende da
Propriedades:
compressão dos processos de interação entre
1. São altamente ionizantes. partículas carregadas e a matéria, e das transições
2. Alta capacidade de causar danos aos tecidos vi-vos entre as camadas eletrônicas dos átomos.
(lembrar de radiólise da água). ▪ Produzo energia (elétrica/tomada), para excitar os
3. Alta energia de penetração elétrons e eles irem para o anteparo (material
4. Não tem massa específico que tem elétrons), os elétrons junto com o
OBS: a massa determina o poder de penetração (ex: anteparo vão produzir o raio X.
partículas alfas possuem massa maior, portanto a ▪ A diferença de camadas é que vai dar o tipo deferente
energia de penetração é menor; raios-x não tem da radiação.
massa, logo a e. de penetração é maior).
OBS: a energia de penetração não altera o fato da Transições dos Eletrônicas:
radiação ser ou não ionizante.
5. Capazes de gerar uma imagem em uma película ▪ É quando um elétron é removido de uma camada
radiográfica. atômica, outro elétron de uma camada externa
6. Invisíveis. adjacente se desloca para preencher a vacância, até
7. Caminham em linha reta e na velocidade da luz. que o átomo entre em equilíbrio.
▪ A diferença energética entre as camadas é liberada do
8. Não podem ser focalizados, pois são divergentes
(não têm um ponto de encontro). átomo na forma de radiação eletromagnética, que
9. Produz fluorescência. pode ser raios X, radiação ultravioleta, luz visível. Essa
radiação é chamada de característica (vai
10. Não apresentam carga.
desorganizar esses elétrons e vai responder em forma
de luz visível ou outro tipo de raio).
Interação com a matéria:


Usar o raio X para produzir uma imagem em uma
matéria.
▪ Um dos processos de interação da radiação
eletromagnética com o meios material é por meio ✓ Espalhamento (Efeito Compton):
da atenuação do feixe ao atravessar um meio ▪ Consiste no espalhamento de um fóton por uma
absorvente.
partícula carregada. Ao colidir com um elétron, por
▪ Quando um feixe de raios X atravessa um meio exemplo, um fóton incidente causa a ejeção do
material observa-se uma redução no número de
elétron, cedendo parte de sua energia, e é
fótons e perde velocidade. Essa redução significa espalhado seguindo uma direção diferente.
que o feixe foi atenuado.
▪ A interação é probabilística e depende da energia do
feixe e das propriedades físicas do meio material e
densidade.

✓ Produção de pares:
▪ Consiste na colisão de um fóton de alta energia com
um núcleo, resultando na geração de um par
elétron-pósitron (outro elétron, só que +) →
produção de pares.
1)Produção comum:
▪ Característica: frenamento. Ocorre no átomo antes
da produção característica.
▪ Etapas:

✓ Absorção ou Efeito Fotoelétrico:


▪ Este fenômeno ocorre quando um fóton de um feixe 4)
de raios X colide com um elétron de uma camada 1. O elétron incidente carregado de energia cinética de
interna e é totalmente absorvido. Como movimentação, penetra no átomo.
consequência, o elétron é ejetado da sua órbita,
deixando o átomo em estado ionizado. 2. Ao chegar perto do núcleo, perde energia cinética,
ficando lento (frenamento).

3. Ao ser freado, um fóton de raios-x é produzido no


núcleo do átomo.

4. Após o frenamento, o elétron incidente muda sua


trajetória, pois sua energia cinética fica menor.
2)Produção característica: 5. Conversão da energia cinética dos elétrons: grande
▪ Características: ocorre nas camadas K,L,M, as parte se converte em calor e o resto (0,2%) se
camadas N,O,P,Q não produzem raios-x. converte em raios-x.
▪ Etapas:
Radiação X:
1. O elétron incidente penetra no átomo.
▪ Definições: heterogêneos feixes com diferentes
2. Ao chegar perto da camada de valência mais
comprimentos de onda e energia.
interna (K), ele retira um elétron, ionizando o átomo.
▪ Tipos: primária (feixe útil), secundária e espalhada.
3. Quando o átomo perde o elétron da camada K, as
camadas subjacentes (L e M) tentam estabilizar o
átomo, enviando elétrons para a camada K.
4. Esse processo de estabilização configura a
formação de um fóton chamado de raios-x
característico.
Princípio da emissão termo-iônica (efeito
termoiônico):
▪ Etiologia: aborda sobre temperatura e ionização.
▪ Conceito: todo metal aquecido no vácuo produz ao
seu redor uma nuvem de elétrons.
▪ Nuvem de elétrons: elétrons saltando após o
aquecimento. 1. Feixe primário: raios-x produzidos no alvo do ânodo;
Emissão termoiônica: após sua produção eles saem do cabeçote. Alto
(OBS: voltar à imagem do tubo produtor) poder de penetração.
▪ Tubo irá conter: polos (cátodo e ânodo), filamento do 2. Radiação secundária: criada quando o feixe primário
cátodo, alvo do ânodo, circuito elétrico, circuito interage com a matéria (tecidos moles, ossos e
cátodo/ânodo, taça focalizadora (molibdênio). dentes). Menos penetrante. Radiação espalhada:
radiação secundária desviada em direção ao
paciente e ambiente. Altamente nociva.

▪ Radiopaco: Branco
▪ Radiolúcido: preto
▪ Tons de cinza

• Espessura
• Composição
• Densidade Física
➔ Do objeto
1. Gerador de elétrons: ativação do circuito elétrico -
mA (miliamperagem) do painel de controle aquece o
filamento do cátodo, carregando-o com energia
elétrica.
2. Formação da nuvem de elétrons: após ser aquecido
pela mA, o filamento sofre o efeito termoiônico.
3. A taça repele os elétrons fazendo-os convergirem
em uma região.
4. Acelerador de elétrons: circuito cátodo/ânodo
fechado - há ddp (diferença de potencial) entre os
polos, essa kilovoltagem (kV) move aceleradamente
os elétrons do cátodo para o alvo do ânodo.
→Regra: maior ddp= maior aceleração = maior
energia= melhor imagem.
Radiografias Intra Orais:

• Periapical
• Interproximal
• Oclusal

Radiografias Extra-Orais:

• Panorâmicas
• Cefalometrias
• ATM
• Técnicas especiais
Aparelho de Raio X

O equipamento deve ser:


▪ Aparelho de Raio X- necessário para a produção de ▪ Seguro e exato;
raio X; ▪ Capaz de gerar raios X com uma escala desejada de
▪ Receptores de Imagem (geralmente filmes energia e com adequado mecanismo de dissipação
radiográficos) -necessários para detectar os raios X; de energia;
▪ Condições de isolamento- necessárias para a ▪ Pequeno;
produção de imagens visíveis. ▪ Fácil de manusear e posicionar;
▪ Estável, equilibrado e firme quando posicionado o
cabeçote;
▪ 8 de novembro de 1895: Tubo Lenard de raios ▪ Facilmente desmontado e armazenado;
catódicos do tipo Crookes- Hittorf. ▪ Simples de operar.
▪ 1897: O primeiro aparelho de raios X chegou ao Brasil
por José Carlos Ferreira em cidade Formiga, Minas
Gerais. ▪ Componente blindado onde são produzidos os raios
X.

Principais Componentes:
1. Cabeçote
2. Braços articulares ▪ Ampola de raios X de vidro;
3. Painel de controle ▪ Revestimento de chumbo;

▪ Fixo
▪ Móvel
▪ Portátil

1. Óleo circundante: facilitar a dissipação do calor


2. Filtro de Alumínio: remove os feixes de radiação
prejudiciais de baixa energia
3. Colimador: limita os feixes de raios X, dando a este
uma forma retangular ou circular com diâmetro
máximo de 6cm.
4. Cilindro localizador: indica a direção dos feixes de
raios X e austa a distância ideal do ponto focal até a
pele.

Colimador:

▪ Pode ser circular ou retangular


▪ Mantém uma incidência de 6cm de diâmetro na face
do paciente.
Filtro de Alumínio: ▪ Os fornecedores de equipamentos de raios X
diagnósticos devem informar semestralmente as
▪ Elimina os feixes de maior comprimento de onda e autoridades sanitária estadual sobre o equipamento
de menor poder de penetração comercializado a ser instalado no respectivo estado,
▪ Localizado anteriormente ao diafragma do chumbo. incluindo o número de série, de modo a permitir que
Cilindro Localizador: os equipamentos instalados no país sejam rastreados.
▪ O alvará de funcionamento do serviço tem validade de
▪ Auxilia na orientação dos pontos de incidência no máximo dois anos e deve conter a identificação
utilizados nas diferentes técnicas em radiologia dos equipamentos, devendo ser afixado em lugar
odontológica. visível ao público.
▪ Manter distância adequada da face do paciente.

Principais Componente:
▪ Interruptor liga/desliga e luz de aviso
▪ Marcador de tempo
▪ Seletor de tempo
▪ Luzes de aviso e sinais sonoros

▪ Nenhum tipo ou modelo de equipamento de raios X


diagnósticos, componentes (tubo, cabeçote, sistema
de colimação) e acessórios de proteção radiológica
em radiodiagnóstico pode ser comercializado sem
possuir registro do Ministério da Saúde.
Efeitos Biológicos da Radiação X

Quando o paciente vai precisar de um exame FONTES NATURAIS:


radiográfico? ▪ Radiação cósmica (pilotos de avião), solar e elementos
Ao fazer o exame clínico (anamnese + exame físico) e radioativos presentes no solo e na água, como o
verifica a necessidade (paciente com cárie, por urânio.
exemplo para ver se está próxima a polpa).

1. Por que solicitar uma radiografia? • DIRETA: a ação da radiação faz-se


2. Que tipo de informação importante preciso diretamente sobre a célula (alteração no DNA)
obter? Qual a técnica radiográfica que vai me
• INDIRETA: 70% dos efeitos biológicos são de
dar essa informação.
ação indireta; A célula é constituída de água
3. Quais os riscos em relação aos benefícios para
em 75% da sua composição (essa molécula de
solicitar radiografia?
água atingida vai se dissociar, formar íons e
une a outras moléculas formando o peróxido
de hidrogênio/ água oxigenada → causa dano
• Presença ou ausência de alterações a célula).
• Determinar a extensão e natureza das lesões
(no órgão dentário ou ossos)
• Formação do diagnóstico diferencial
• SOMÁTICA: afetam apenas o indivíduo que
• Auxiliar na elaboração do plano de
foi exposto
tratamento
• GENÉTICA: são aquelas que podem ocorrer
nos descendentes dos indivíduos irradiados
devido à irradiação das células germinativas.
▪ ALARA (As Low As Reasonably Achievable)→ significa
= Tão baixo quanto razoavelmente possível, para que Os efeitos somáticos são posteriormente
subdivididos em:
seja feita no paciente em uma dose baixa e que seja
• Efeitos agudos ou imediatos – aparecem logo após a
possível fazer eesa radiografia (0,8s), assim de evitar
exposição (ex., como um resultado de altas doses em
EFEITOS BIOLÓGICOS no paciente
todo a corpo).
▪ Os raios X são denominados radiações ionizantes • Efeitos crônicos ou a longo prazo – torna- se
▪ Descobertas dos raios X por Roentgen (1895): evidentes após um longo período de tempo, a
descoberta de várias propriedades dos raios X e chamado período de latência 20 anos ou mais (ex.
primeiras suspeitas sobre os possíveis efeitos danosos leucemia).
aos organismos vivos Ao interagir com as células, a radiação X pode
▪ A partir da exposição de uma pessoa aos raios X causar dois efeitos principais:
ocorrerá um efeito biológico
1. Efeitos Determinísticos
▪ Efeito biológico poderá ser de ordem somática ou de
2. Efeitos Estocásticos
ordem genética
3. Efeitos Teratogênicos

Efeitos Determinísticos:
FONTES ARTIFICIAIS:
▪ Se referem à MORTE DAS CÉLULAS
▪ Raios X dos aparelhos médicos e odontológicos
▪ Estes são os efeitos deletérios ao corpo da pessoa
▪ Radioisótopos artificiais
exposta que, certamente, aparecerão após a
▪ Aparelhos de rádio, televisão e micro-ondas
exposição a uma alta dose de radiação (radioterapia)
▪ Relógios e placas luminosas de propaganda,
▪ Sua gravidade aumenta com a dose
interruptores de luz
▪ A maioria dos órgãos e tecidos do corpo não é
afetada mesmo havendo perda de um número
substancial de células A gravidade dos efeitos e
proporcional a dose recebida e na maioria dos casos,
existe uma dose limiar, abaixo da qual não haverá ▪ Catarata provocada por radiografia odontológica é
dano. uma probabilidade muito remota
▪ Se o número de células destruídas for ▪ Dose gonadal em exames radiográficos “boca rosa”
suficientemente grande, será observado lesão ou ▪ O maior risco a que se está exposto é a indução do
perda da função do tecido. câncer por radiação.

Ex.: eritema na pele e formação de catarata.


Efeitos Estocásticos:

▪ Se referem a MODIFICAÇÕES CELULARES


▪ Somáticos: São aqueles que podem desenvolver-se.
Seu desenvolvimento e aleatório e depende das leis
da chance ou probabilidade.
▪ Ocorre um período de latência de vários anos até
que a condição de malignidade se manifeste
▪ Sua gravidade não está relacionada com a dose
▪ Não há limiar de dose
Ex: Leucemias e tumores.
▪ Genéticos: Mutações resultam de qualquer
alteração repentina em um gene ou em um
cromossomo. Podem ser causadas par fatores
externos, como radiação, ou podem ocorrer
espontaneamente. Radiação nos órgãos
reprodutores pode danificar a DNA dos
espermatozoides ou dos óvulos. Isto pode resultar
em uma anormalidade congênita no descendente da
pessoa irradiada.
Efeitos Teratogênicos:

▪ O feto é particularmente sensível aos efeitos da


radiação
▪ Fase de organogênese (2 a 9 semanas após a
concepção), pode ocorrer anormalidade congênitas
e deficiência mental
▪ Entre a 16a e 30a semanas: permanecem os riscos de
retardo mental, inibição do crescimento do feto e
microcefalia
▪ Após a 32a semana de gestação não há riscos
significativos ao feto, excetuando-se um possível
aumento do risco de desenvolver uma neoplasia
maligna durante a infância ou maturidade.

▪ Muitos dos efeitos descritos não são um risco em


exames radiográficos odontológicos.
Receptores de Imagem
Constituição:
➔ Radiografia: imagem radiográfica de um objeto
obtida com emprego de raios X. Asiim, necessita-se
de um local para registrar esta imagem (filme
radiográfico), e soluções que promovam seu
aparecimento e a tornem permanente (soluções
processadoras).
▪ Existem dois grupos de receptores de imagem: os • BASE: serve de suporte para a emulsão; Poliester
receptores digitais (sensores) e o filme radiográfico. (material semi-rígido); Pouca espessura (0,18mm),
▪ Assim, existem dois tipos de processamento: o plana e transparente; Coloração azulada.
químico e o computacional *Um lado é convexo
• EMULSÃO: Gelatina (matriz) e cristais de
halogenetos de prata; Filmes fabricados com dupla
emulsão- aumenta a sensibilidade, reduzindo a
exposição de raios X.
-Gelatina: alta qualidade, clara para transmitir luz e
porosa para permitir a entrada das soluções
processadoras até o cristal de prata.
-Cristais de Halogenetos de Prata: ingredientes
ativos da emulsão. Esses cristais são de Brometo e
Iodeto de Prata e sua forma de distribuição variam
Quanto a utilização: conforme o tipo de filme.
• PAPEL PRETO OPACO: contra aluz
a. Filmes Intrabucais: oclusal, periapical e • LÂMINA DE CHUMBO: barra a radiação secundária e
interproximal indica se houve erro no posicionamento
radiográfico.
• ENVELOPE PLÁSTICO: à prova de luz e umidade
• PROTEÇÃO PLÁSTICA: controle de infecção

b. Filmes Extrabucais: são aqueles utilizados


fora da cavidade bucal, devem ser sempre
usados com chassis ou écrans
intensificadores.
c. Filmes dosimétricos: são filmes
radiográficos que medem a exposição dos
profissionais à radiação.

Quanto ao tamanho:

Quanto a quantidade:
a. Filmes simples:
b. Filmes duplos
Quanto a sensibilidade: Corresponde a eficácia em
que o filme responde à radiação. Está relacionada
com o tamanho, a forma e a disposição dos cristais de
prata na emulsão. Refere-se a capacidade de produzir
imagens com mais ou menos radiação.
o D-speed (D)
o E-speed (E)
o Insight (F)
▪ Os filmes E e F são mais sensíveis que o D. isto deve- ▪ O conjunto de 8 BITS (o conjunto de zero a 1) forma
se a forma e a disposição dos cristais de prata na um BYTE, o que corresponde a um caracter,
emulsão. Os filmes de baixa sensibilidade (D) tem seguindo o código binário.
grãos menores (imagem com melhor nitidez e
0 0 0 0 0 1 0 1
detalhes,porém precisa de mais radiação).

PROPRIEDADES SENSITOMÉTRICAS:
O QUE É UM PIXEL?
➢ Contrate
▪ O PIXEL e o menor elemento de uma imagem. Cada
➢ Sensibilidade
pixel é formado pelo conjunto de 8 BITS.
➢ Latitude
▪ Em uma imagem com 8 BITS é possível ter 256 cores
Contraste Radiográfico: diferentes ou tons de cinza.
▪ 28 = 256, onde 2 corresponde a zero ou 1.
▪ É a graduação das diferenças de densidade nas
▪ 8 corresponde ao número de bits em um pixel.
várias regiões de um filme.
▪ ALTO CONTRASTE: significa grandes diferenças
entre áreas claras e escuras → Escala Curta de
Contraste ➢ INDIRETO: filme digitalizado
▪ BAIXO CONTRASTE: significa grandes variações de ➢ SEMI DIRETO: placa de fósfoto fotoestimulada
cinza entre branco e preto → Escala Longa de (PSP)
Contraste. ➢ DIRETO: dispositivo de placa acoplada (CCD/
CMOS)
Latitude:
Sistema Digital Indireto:
▪ Capacidade de um filme de ser tanto superexposto
como subexposto e produzir imagens aceitáveis para Uma combinação de filme/écran intensificador deve
diagnóstico (extensão da exposição). ser usada como detector de imagem sempre que
possível, pois reduz a dose de radiação a que o
paciente e exposto (particularmente quando uma
imagem detalhada não e essencial).
▪ Devem estar longe de: calor, umidade e raios X. Revelador → Banho Intermediário → Fixador →
▪ Todo filme radiográfico se deteriora com o tempo, e, Banho Final → Secagem
sendo assim, toda caixa de filme apresenta a data de
validade, que serve como um guia. As condições de
armazenamento podem ter grande efeito na Radiografia Convencional→ Foto → Celular →
deterioração. Computador
▪ Devem ser armazenados:
Sistema Digital Semi Direto:

-Sistemas digitais de placa de fósforo fotoestimulada


(PSP)

Sistema Digital Direto:

-Sistema digitais com dispositivo de carga acoplada


(CCD)
▪ É a forma de imagem
radiográfica, na qual sensores/
placas de fósforo substituem o filme PROCESSAMENTO DE IMAGEM
radiográfico.
▪ É a etapa que converte a imagem latente invisível
contida na emulsão sensibilizada do filme em
O QUE É UM BIT? imagem visível e a torna permanente em preto e
▪ A menor unidade de informação é o BIT (bi nary dig branco.
t) na qual representa o valor do código binário (zero
ou 1).
▪ É a etapa do processamento que torna a imagem
visível permanente dando ao filme condição de
• Manual/ Químico arquivo.
• Automático ▪ Componentes do Fixador:
-Hipossulfito de sódio → solvente de prata (elimina
ETAPAS DO PROCESSAMENTO:
os sais de prata não revelados e fixa a imagem)
1. Revelação -Alúmen de potássio → endurecedor (reduz a
2. Lavagem Intermediária expansão da gelatina)
3. Fixação -Sulfito de sódio → anti-oxidante (previne e
4. Lavagem Final oxidação e remove qualquer revelador trazido)
5. Secagem -Ácido acético → acidificante (inativa a ação
reveladora e ação tampão)
Revelação:
-Água → solvente
▪ Estágio do processamento em que a imagem latente Lavagem Final:
é convertida em imagem visível
▪ Os cristais de prata sensibilizados pela radiação são ▪ Lava em água corrente para eliminar resíduos das
transformados em prata negra produzindo partes soluções processadoras, principalmente o
escuras (pretas e cinza) da imagem. hipossulfito de sódio do fixador.
▪ Componentes do Revelador:
Secagem:
-Hidroquinona → baixo potencial redutor
(responsável pelo contraste- partes escuras) ▪ As radiografias devem ser secadas em uma área sem
-Elon → alto potencial redutor (produz detalhes- poeira e o uso de ar comprimido dos consultórios
tons de cinza) não deve ser dirigido diretamente sobre as mesmas.
-Carbonato de sódio → alcalinizante
(entumecimento da gelatina)
-Brometo de potássio → restringente (impedir a
revelação dos cristais não expostos)
-Sulfito de sódio → anti-oxidante (proteger da
oxidação do oxigênio)
-Água → solvente

Como fazer ?
1- Abrir o filme dentro da câmara escura, e
fixar uma colgadura.
2- O filme é imerso no REVELADOR e
agitado algumas vezes.
▪ Após revelado por completo, o cristal exposto
3- Colocado na água para retirar os resíduos
transforma-se em prata metálica negra do revelador.
▪ Assim, áreas de concentração de cristais expostos 4- O filme é imerso no FIXADOR.
são densas (escuras- radiolúcidas) 5- Colocado na água corrente.
▪ O processo de revelação depende: tempo, 6- Secagem do filme.
temperatura do líquido e concentração do líquido
Pontos importantes do revelador:
Banho Intermediário: ▪ A solução reveladora alcalina deve ser preparada na
concentração recomendada pelo fabricante.
▪ Neutraliza a ação do revelador ▪ A solução reveladora e oxidada pelo ar e, assim, sua
▪ Impede a contaminação do fixador com revelador eficácia diminui. As soluções não devem ser
(propriedades clareadoras/ endurecedoras utilizadas por mais de 10 a 14 dias,
diminuem- gelatina amolecida) independentemente do número de filmes
▪ Água processados durante esse tempo.
▪ Etapa suprimida ao processamento automático ▪ Se o processo de revelação for mantido por muito
tempo, maior quantidade de prata se depositara e a
Fixação: radiografia ficara muito escura. Por outro lado, se o
tempo de revelação for curto demais, a radiografia Métodos de Processamento:
ficara muito clara. ➢ Processamento Manual
Pontos importantes do fixador: -Temperatura/ Tempo
▪ A solução fixadora deve ser preparada na -Inspecional
concentração recomendada pelo fabricante. Trata- ➢ Processamento Automático
se de uma solução ácida, de modo que sua
contaminação com o revelador deve ser evitada. 1. Processamento Manual- Método Temperatura/
▪ O tempo ideal de fixação e o dobro do tempo de
clareamento. Tempo:
▪ Filmes fixados inadequadamente podem apresentar
Mede-se a temperatura do líquido revelador e, pelo
manchas verde-amareladas ou leitosas, decorrentes
uso de tabelas, sabe-se quanto tempo o filme deve
da emulsão residual.
permanecer nesta solução.

• Revelador --> depende da temperatura


• Banho Intermediário --> 30 segundos
• Líquido pronto
• Fixador --> dobro de tempo do revelador
• Líquido concentrado
• Lavagem Final --> 5 a 10 minutos
• pH (revelador: alcalino/ fixador: ácido)
2. Processamento Manual- Método Inspecional:
• Degradação ou oxidação
• Exaustão Consiste em colocar o filme na solução reveladora e
de tempos em tempos examinar o aparecimento da
Degradação: deterioração da solução.
imagem e seu grau de densidade, contra a luza de
▪ Oxigênio do ar segurança.
▪ Luzes (geral e segurança)
3. Processamento Automático:
▪ Tempo de preparo da solução
▪ Quantidade de filmes revelados Máquina com um sistema de transporte automático
▪ Visualiza-se a degradação (oxidação) dos líquidos do filme, passando-o pelos tanques revelador, fixador
pela mudança de cor e água e pela câmara de secagem.
REVELADOR → amarelo claro → marrom escuro
FIXADOR → transparente → branco leitoso O ciclo é o mesmo do processamento manual, exceto
que o sistema de rolos além de transportar os filmes:
Exaustão: deterioração perda de função das mantém as soluções em constante agitação e
soluções. comprime o “filme”, retirando o excesso de revelador
da emulsão → funciona como banho intermediário.
▪ Quantidade de filmes revelados
▪ Visualiza-se: perda de densidade e contraste das Vantagens:
radiografias após algum tempo de uso. • Economia de tempo - filmes secos são produzidos
em 5 minutos.
• A necessidade de uma câmara escura e
frequentemente eliminada.
Tipos: • Facilidade para manter o controle e padronização
• Portátil das condições de processamento.
• Quarto
• Labirinto Desvantagens:
• Rigorosa manutenção e limpeza regular são
Equipamento da câmara escura: essenciais, pois rolos sujos produzem filmes
▪ Mesa manipuladora marcados.
▪ Tanques para processamento • O equipamento e relativamente caro.
▪ Suportes/ Colgaduras
▪ Bastão para manipulação
▪ Termômetro de imersão
▪ Relógio alarme
▪ Negatoscópio
▪ Estufa de secagem
▪ Filtros de segurança
Fatores que Interferem na Formação da Imagem Radiográfica
› Quilovoltagem (Voltagem): O termo qualidade é
usado para descrever a energia média ou o poder de
penetração do feixe de raios X. A qualidade ou
comprimento de onda e energia dos feixes de raios X
é controlado pela Quilovoltagem

-Voltagem: É a medida de tensão entre duas cargas


elétricas. Determina a velocidade dos elétrons do
cátodo para o ânodo. Quanto maior Voltagem, maior
a Velocidade dos elétrons. Feixes de raios X mais
penetrantes

-Medida em volts ou quilovolts


• Máximo detalhe 1 quilovolt (kV)=1.000V
• Mínima distorção
A Radiografia Odontológica requer de 65 a 100 kV
• Densidade média
• Contraste médio

▪ Fator energético ou fonte de raios X


▪ Fator objeto
▪ Fator geométrico
-Contraste: Diferença de densidade entre uma área
▪ Fator filme
clara e uma área escura em uma radiografia,
▪ Fator processamento
▪ Fator VÉU ou FOG Um feixe de raios X com maior poder de penetração é
mais sensível as pequenas diferenças físicas da
1-Fator Energético: estrutura radiografica, resultando em baixo contraste
› Miliampergem (Amperagem): Determina a Alto Contraste
quantidade de clétrons disponíveis no cátodo da
ampola dos raios X no momento da exposição Baixo Contraste
radiográfica.

-Quanto maior a miliamperagem do aparelho de raios


X maior é a quantidade de raios X produzidos.

-MAIOR o número de elétrons liberados e MAIOR o


número de fótons de raios X -Distância: Lei do Inverso do quadrado da distância -->
a intensidade da reação é inversamente proporcional
> Tempo de exposição: mAs responsável pela
ao quadrado da distância.
QUANTIDADE de raios X → Valor variável
Quanto mais estiver afastada a fonte da área de
Miliaperagem (mA) x Tempo de exposição (s) —> mAs
incidência menos intensa e penetrante será a radiação
—> Quantidade de raios X —> Densidade radiográfica
2-Fator Objeto:
-Densidade: Grau de escurecimento de uma
radiografia. Quantidade precipitada na película após o ▪ Número Atômico:
processamento radiográfico

Fatores secundários que controlam a densidade:


Condições de Revelação e o Tipo de Filme
▪ Densidade Física: 3. Quanto mais próximo o objeto do filme, mais fiel a
imagem.

Falhas no fator geométrico resultam em perda de


detalhe e definição

-Detalhe: Perfeita identificação das estruturas de uma


▪ Espessura: radiografia
Maior Espessura → Imagem radiopaca
Menor Espessura → Imagem radiolúcida -Definição: Representa uma estrutura bem delimitada

FATOR FILME Garantia de Qualidade Radiográfica:

3-Fator Filme: -(OMS): Série de procedimentos para assegurar o


funcionamento ideal de cada componente do
▪ Espessura da base processo de obtenção da imagem.
▪ Dupla emulsão
▪ Temperatura -O resultado são radiografias de maior valor
▪ Tempo diagnóstico com menor dose de exposição para o
paciente.

4-Fator Geométrico:

Depende da posição:

▪ Da fonte emissora
▪ Do objeto
▪ Da superfície de registro (filme)

Esses fatores se relacionam no espaço

➢ Feixe de radiação divergente - Imagem ampliada


➢ Minimizar a distorção e ampliação
-Tamanho da área focal
-Angulação da área focal
-Distância da área focal – receptor
- Distância do objeto - receptor

1. Quanto menor o tamanho da árca focal, menor


será a penumbra

Penumbra: é uma área de indefinição dos limites da


imagem

Efeito Benson ou Princípio do Foco Linear: visa reduzir


o tamanho real da área focal

2. Quanto mais distante a fonte estiver do objeto e


do filme, mais fiel será a imagem.
Radioproteção e Controle de Infecção

Por que proteger? Aparelhos Radiográficos:


▪ Por causa dos efeitos nocivos provocados pelos ralos
▪ Calibrados adequadamente e ser submetidos a
X no nosso organismo.
manutenção periódica
A quem devemos proteger? ▪ Obrigatoriedade dos dispositivos (acessórios): filtro,
▪ Paciente, o profissional e o meio ambiente. colimador, cilindro localizador
Como devemos proteger? ▪ Marcadores de tempo (timer)
▪ Utilizando todos os meios disponíveis para essa
finalidade. Técnicas Radiográficas:

Risco X Benefício → equilibrada. Tem riscos, mas ▪ Devem ser criteriosamente indicadas e adequadas a
também tem muitos benefícios --> Princípio de Alara: cada paciente
tão baixo quanto razoavelmente possível ▪ Radiografias desnecessárias ou repetidas: maior
dose de radiação (não existe radiografia de rotina)
▪ Radiografia de rotina não devem ser realizadas de
forma aleatória
Armazenamento dos filmes radiográficos e líquidos ▪ Exames radiográficos no pós-operatório com
processadores: finalidade de comprovar o tratamento realizado
▪ Prazo de validade estabelecido pelos fabricantes Avental e Colar plumbíferos:
▪ Armazenamento em geladeira ou em lugares livres
de altas temperaturas. ▪ Avental: é obrigatório as proteger as gônadas contra
▪ Produtos que exalam odores fortes, protegidos de a radiação secundária
luzes artificiais ou naturais e distante da área onde ▪ Colar plumbífero: proteger a glândula tireoide.
se utilizam as radiações X.
Esclarecimento do Paciente:
Utilizar filmes radiográficos de maior sensibilidade:
▪ Necessidade da sua colaboração durante a
▪ Filmes radiográficos - grupos E e F realização dos exames radiográficos para evitar
▪ Mais sensíveis repetições
▪ Filmes do grupo E requerem cerca de 40% menos
radiações do que os do grupo D.

Processamento Químico adequado dos filmes ▪ Se permanecer na sala durante a realização do


radiográficos: exame: Deve posicionar se ao lado ou atrás do
paciente em um ângulo entre 90 e 135 graus
▪ Maioria dos erros radiográficos referente ao Feixe primário
▪ Caixas portáteis totalmente vedadas contra a ▪ Há 2m da cabeça do paciente
entrada de luz externa ▪ Utilizar os biombos de chumbo com uma espessura
▪ Local onde se introduzem as mãos devem de 2mm e visor também de vidro plumbífero
apresentar condições de conservação adequada ▪ Dispositivos para acionar o aparelho radiográfico
▪ Soluções químicas devem ser trocadas ligado por um fio
periodicamente ▪ O profissional NÃO deve segurar o filme na boca do
▪ Condições de higiene da câmara escura devem ser paciente
observadas rigorosamente ▪ O profissional NÃO deve segurar o cabeçote ou o
Arquivamento dos exames radiográficos: localizador do aparelho
▪ Paciente impossibilitado de manter e filme na boca:
▪ Exames radiográficos guardado dentro de envelopes acompanhante, devidamente esclarecido e também
identificado a, datados protegido com avental de chumbo,
▪ Preferencialmente dentro de cartelas plásticas ▪ Uso de dosímetros.
flexíveis e transparente
▪ Valor legal
▪ Remover o plástico protetor do filme radiográfico e
imergir completamente no copo plástico com
01-proteção do paciente: feixe primário incida em solução de soda clorada por 30s
direção a uma parede ▪ Com sobreluva, o auxiliar do operador deve secar o
02- Nunca para uma porta ou janela filme com papel absorvente. Posteriormente,
03- divisões de um consultório devem ser de um realiza-se a fricção com álcool 70%
material que proteja as áreas adjacentes das ▪ Pedir ao paciente para aguardar o processamento
radiações radiográfico
04-Divisórias de alvenaria: mínimo de 8 cm de
espessura e com revestimento de chumbo ou barita Após o Atendimento:

Preparação para o atendimento: ▪ O operador remove todas as barreiras de proteção


(filme PVC, saco plástico).
▪ Higienizar as mãos ▪ Ao final, remover as luvas de procedimento e
▪ Paramentar- se com EPI higienizar as mãos
▪ Ligar o aparelho de raio X ▪ Auxiliar do operador: desfazer a bancada, guardar
▪ Conferir os aventais de chumbo no box todos os materiais utilizados (incluindo o avental de
Verificar o local do processamento radiográfico: chumbo e protetor de tireoide).
▪ Desligar o aparelho de raio X.
▪ Câmara escura
▪ Colgaduras
▪ Soluções de processamento radiográfico,
▪ Solução de soda clorada
▪ Sabão Líquido
▪ Copo descartável

Antes do Atendimento:

▪ Desinfeção com álcool 70% e proteção com filme


PVC da bancada, cadeira odontológica, aparelho de
raio x (cabeçote e cilindro) e demais superfícies de
contato)
▪ Organizar a bancada conforme o pedido do exame
(tipo de exame, técnica utilizada)
▪ Filmes protegidos com sacos plásticos compatível ou
filme PVC (marcar o picote com caneta)
▪ Filme de solicitação, cartela radiográfica ou com
identificação, fita adesiva, caneta.

Durante o Atendimento:

▪ Vestir o avental de chumbo e protetor de tireóide


▪ Examinar a cavidade bucal e relacionar com a
solicitação (utilizar EPis)
▪ Explicar o procedimento a ser realizado
▪ Posicionar o paciente na cadeira odontológica
conforme a técnica a ser utilizada
▪ Colocar o cabeçote no lado indicado da região de
incidência
▪ Instruir o paciente de acordo com a técnica
radiográfica
▪ Executar a incidência radiográfica
▪ Retirar o filme radiográfico da boca do paciente
-
Técnicas Radiográficas Intrabucais
Posição da cabeça do paciente:

▪ Traça uma linha sagital mediana no paciente.


Fatores a serem observados no exame radiográfico: ▪ Dentes superiores: plano de Camper
▪ Métodos de exame auxiliar ▪ Dentes inferiores: linha do trágus e comissura labial
▪ Complementos do exame clínico Posicionamento do receptor de Imagem:
▪ Fornecem consideráveis informações diagnostica
▪ Observar o Risco X Benefício ▪ Para dentes anteriores, o filme ficará em posição
▪ É preciso escolher a técnica adequada vertical e o picote para incisal. Já nos dentes
posteriores o filme ficará na horizontal e o picote
para oclusal.
▪ Na confecção da técnica, quando coloca o filme na
Técnica Radiográfica intrabucal:
boca do paciente, é preciso que esse filme fique ao
▪ Exame Radiográfico que tem por finalidade menos 3mm acima das coroas dentárias, pois pode
examinar os dentes como um todo, juntamente com cortar as coroas na imagem.
o osso alveolar de suporte.
Posicionamento do cilindro localizador:
▪ São divididas em: periapical, interproximal e oclusal.
▪ Cada técnica tem um grau: Angulação positiva e
Angulação negativa (serve como referência).
▪ Erro na angulação pode ter uma radiografia
▪ Pelo método da bissetriz e do paralelismo (oferece encurtada ou alongada.
uma visão menos distorcida da dentição)
Tipos:
Considerações:
• Técnica Radiográfica Periapical do Paralelismo
--> Apresentam uma visão do conjunto dos dentes da • Técnica Radiográfica Periapical da Bissetriz
região de interesse, além dos reparos anatômicos e
1) Técnica Radiográfica Periapical do
do tecido ósseo circunjacente. com alto grau de
Paralelismo:
detalhe e nitidez.
--> Técnica do paralelismo com o "cone" longo,
Indicações:
técnica em ângulo reto, ou técnica do cone longo.
▪ Estudo de patologias periapicais e doenças
▪ Idealizada por Price (1904) foi estudada e divulgada
periodontais
por Franklin W. McCormack sendo aprimorada mais
▪ Estudo da relação decíduo e permanentes
tarde por Gordon M.Fitzgerald,
▪ Pesquisar o processo de cárie - extensão cérvico-
▪ Para que haja paralelismo entre O receptor de
apical da lesão - apesar de não ser a técnica principal
imagem, deve-se estabelecer certa distância entre
para avaliar lesões cariosas (interproximal)
eles (distância maior-maior fidelidade de imagem)
▪ Identificações de calcificação pulpares (nódulos) -
▪ Só é feita com o uso do posicionador.
importância em Tratamentos endodônticos,
▪ Identificação de reabsorções radiculares Princípios da Técnica- Princípio fundamental:
▪ Avaliação do processo de osseointegração dos
implantes dentários ▪ Filme e Dentes paralelos ao máximo entre si;
▪ Estudo de anomalias dentárias ▪ Feixe Central de Ralos X perpendicular ao conjunto
Dente/Filme
Divisão das arcadas/ Posição filmes: ▪ —> Menor Distorção e Ampliação possíveis da
IMAGEM em relação ao OBJETO Dentes e estruturas
▪ A arcada dentária é dividida em 4 quadrantes, sendo
adjacentes): Maior fidelidade da Radiografia
assim, a avaliação é feita por quadrante.
▪ Feixe CENTRAL de Ralos X incide perpendicular ao
▪ Cada grupo de dentes tem sua técnica.
conjunto Dente /Receptor de imagem (Filme),os
quais estão paralelos entre si
(o filme de raios X é apoiado paralelamente ao longo eixo
dos dentes e o raio central do feixe de raios
X é direcionado perpendicular ao filme e dentes) →
minimiza distorções geométricas

Incisivos laterais inclina um pouco para horizontal,


cerca de 1cm da linha média
▪ Caninos superiores

Posicionador:

▪ Dispositivo usado para posicionar o filme intrabucal


e mantê-lo em posição durante a exposição,
evitando que o paciente segure o filme ▪ Pré-molares superiores
▪ Existe um único posicionador de paralelismo. O azul
para dentes anteriores e o amarelo para dentes
posteriores.

▪ Molares superiores

Vantagens

▪ Imagem com máxima precisão dimensional


▪ Simplicidade de execução (sempre com
posicionador)
▪ Padronização (devido ao uso do posicionador) ▪ Incisivos inferiores

Desvantagem

▪ Posicionador pode ser desconfortável para o


paciente
▪ Angulação do cabeçote
▪ Ajuste a posição do cabeçote do aparelho de raios X nos
planos vertical e horizontal de modo que o raio central
seja orientado perpendicularmente ao longo eixo dos
▪ Caninos inferiores
dentes e filme. A angulação vertical usualmente é descrita
em ângulos positivos e negativos, estabelecidos no
goniômetro localizado ao lado do cabeçote. A direção
horizontal do feixe fundamentalmente influencia no grau
de sobreposição das imagens das coroas nos espaços
interproximais (Fig. 8-4). A terceira dimensão é controlada
trazendo o final do cilindro localizador até o pocicionador
de filme ou a 2 cm da face do paciente.

Posicionamento e resultado da técnica:

▪ Incisivos superiores
▪ Pré-molares inferiores Ângulos de incidência do feixe de raios X —> Erro na
escolha do ângulo vertical:

▪ Radiografia alongada: é quando o feixe de raio X


passa perpendicular ao meu dente
▪ Radiografia encurtada: é quando o feixe de raio X
passa perpendicular ao filme

Angulação Horizontal:
▪ Molares inferiores
▪ O feixe de ralos a deve incidir paralelamente às faces
proximais dos dentes radiografados

Posicionamento e manutenção do filme: O melhor


método é usar um dispositivo para posicionar o filme, o
paciente mantém o filme segurando com o dedo
indicador. Dentes superiores coloca a mão oposta do
2) Técnica Radiográfica Periapical da lado da radiografia para poder manter o filme em que
Bissetriz: deseja. Já nos dentes inferiores, coloca o dedo indicador
da mão oposta.
• Técnica da bissetriz do ângulo,
OBS: cuidado para o paciente não segurar o filme com
• Técnica da bissecção do ângulo,
muita força, não dobrar, pois, pode causar distorção na
• Técnica do cone curto
imagem.
LEI DE CIESZYNSK1- 1907: Teorema Geométrico da
Área de incidência do feixe de raios × e Anatomia
Isometria
Radiográfica:
“A imagem projetada tem o mesmo comprimento e as
▪ São pontos externos na face do paciente que nos
mesmas proporções do objeto, desde que o feixe
central de raios X seja perpendicular a bissetriz do auxiliam, durante e execução de técnica
ângulo formado pelo plano do filme e do objeto”, ou radiográfica, a direcionar o feixe de raios a para
seja, posicionando o filme o mais próximo possível da região apical dos dentes a serem radiografados.
superfície lingual dos dentes, apoiando no palato ou
Posicionamento do paciente:
no assoalho da boca. O plano do filme e do longo eixo
dos dentes forma um ângulo com o seu ápice no ▪ Para radiografar o arco superior, a cabeça do
ponto em que o filme está em contato com os dentes. paciente deverá estar posicionada reta, com o plano
Construindo uma linha imaginária que divide este sagital mediano na vertical e o plano oclusal na
ângulo, direcione o feixe de raio central num ângulo horizontal. Quando os dentes inferiores são
reto com este bissetor. Isto forma dois triângulos com
radiografados, a cabeça é inclinada ligeiramente
dois ângulos iguais e um lado comum (a bissetriz
para trás para compensar a mudança no plano
imaginária).
OBS: para dentes multirradiculares, o raio central oclusal quando a boca é aberta.
deve ser angulado diferentemente para cada raiz.

▪ Idealizada por Rapper (1925).


▪ Também chamada de Bite-Wings, incluem a coroa
dos dentes superiores e inferiores
▪ e a crista alveolar num mesmo filme.
▪ Detectar cáries proximais, cáries secundárias sob
restaurações
Princípio da técnica: ▪ Bom paralelismo entre dente e filme
▪ Menor ângulo de incidência do feixe
▪ Quando o feixe de radiação incidir 90° com a ▪ Melhor nitidez da imagem obtida
bissetriz do angulo entre eles, a imagem radiográfica Obs: o ponto chave dessa técnica é que os feixes de
será o mais próximo possível do tamanho real. raio X tem que passar nas faces proximais
Indicações Vantagens:

▪ Diagnóstico ou detecção de cáries incipientes e ▪ Técnica simples


secundárias ▪ Fácil reprodutibilidade quando se faz uso dos
▪ Acompanhamento da progressão das cáries posicionadores
▪ Relação com câmara pulpar
Erros durante a execução da técnica:
▪ Visualização de nódulos pulpares
▪ Estudo das cristas ósseas alveolares ▪ Erro no posicionamento e manutenção do filme
▪ Condição periodontal (erro na colocação da aleta ou p paciente não
▪ Cálculos nas áreas interproximais morde): registro incompleto das coroas superiores
▪ Adaptação Marginal de restaurações e próteses ▪ Erro na centralização do cilindro localizador do
▪ Avaliação de Mini implantes cabeçote do aparelho de Raio X “meia-lua”.
Princípio da técnica: Obs: paciente sem dentes superiores e com dentes
inferiores → radiografia periapical
▪ O localizador deve ser posicionado a altura do plano
oclusal (o feixe de raio X tem que passar na linha de
oclusão) ▪ O primeiro autor a publicar dados sobre detalhes
▪ A angulação vertical deve ser mínima técnica radiografia oclusal foi Simnson (1916)
▪ O feixe de radiação deve passar paralelamente às ▪ É a técnica para avaliar áreas mais extensas da
faces proximais dos dentes à Incidir paralelamente maxila e mandíbula muitas vezes como recurso
▪ Pode-se usar posicionadores complementar (arco dentário)
Posicionamento do paciente: ▪ Indicações: visualização dos dentes não
interrompidos, dentes supranumerários, corpos
Posicionamento semelhante a da técnica periapical da estranhos,patologias no osso maxiliar,
bissetriz acompanhamento da sutura intermaxilar, extensão
de fraturas, indicações no sentido vestíbulo-lingual
(periapical e interproximal →sentido mesio-distal),
lesões expansivas, fendas palatinas, sialolitos em
glândulas submandibulares, pacientes edêntulos
para avaliação de restos radiculares
▪ Mais comum: radiografia oclusal total; filme tipo 3
(7,5 cm X 5,0) → processamento da mesma forma
▪ Por precisar de mais estrutura, o tempo de
Os filmes da periapical serve para essa técinica exposição aumenta um pouco
Estabilização do receptor de imagem: ▪ Picot sempre para fora da boca; face branca voltada
para o feixe de raio X
▪ Pré-fabricados com aleta de mordida (5,3 X 2,6 cm//
3,1 X 4,0 cm)→ hoje é feito com fita crepe Projeção oclusal súpero-posterior:
▪ Convencionais (adaptadores com aleta e
adaptadores com posicionadores)
▪ Posicionamento do receptor de imagem: referência
para direcionar a incidência dos feixes de raios;
ajuste da angulação vertical; ajuste da angulação
horizontal
▪ No plano vertical, o cabeçote deve ser posicionado Projeção oclusal transversal da maxila:
com angulação de 0° a +8°→ para não dar erro de
angulação vertical→ radiografia alongada
▪ Erro na angulação horizontal → faces interproximais
vão ficar sobrepostas
▪ Picot: não importa para onde fique, no entanto que
fique para o observador (não tem oclusal).

Projeção oclusal superior lateral:


Projeção oclusal ínfero-anterior:

• Espaço do Ligamento Periodontal

Projeção oclusal transversal da mandíbula:

• Osso Medular:

Projeção oclusal inferior lateral:

• Suturea Intermaxilar:

• Espinha Nasal Anterior:

• Dentes e canais radiculares:

• Fossa Nasal:
• Lâmina dura

• Septo Nasal (seta preta) e Mucosa


Nasal (seta branca):

• Crista Alveolar:
• Forame Incisivo: • Processo Zigomático da Maxila e Osso Zigomático:

• Forame Superior do Canal Nasopalatino

• Processos Pterigóideos:

• Fossa Lateral ou Fosseta Mitiforme:

• MANDÍBULA
• Sínfise:

• Tubérculos Genianos:

• Canal Nasolacrimal:

• Protuberância Mentoniana:

• Fossa Mentoniana:
• Seio Maxilar:
• Forame Mentoniano: • Borda Inferior da Mandíbula:

• Canal Mandibular: • Processo Coronóide:

• Linha Miloióidea:

• Fossa da Glândula Submandibular ou Fóvea


Submandibular:

• Linha Oblíqua Externa:

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