Org - Gestao - Empres - 10 - Importante Conteudos e Objectivos

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DO ENSINO SECUNDÁRIO

PROGRAMA

DE

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO EMPRESARIAL

10º Ano

CURSO TECNOLÓGICO DE ADMINISTRAÇÃO

Autoras

Ana Paula Campos ( Coordenadora)


Maria dos Anjos Lopes
Maria João Esteves

Homologação
30/12/2003
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

INDICE

Parte I – Introdução ………………………………………………..….………………………..….. 3

Parte II – Apresentação do Programa

II.1. Finalidades e Objectivos da Disciplina …………….……………………………………. 4

II.2. Sugestões Metodológicas Gerais ……………………………………………..….……... 6

II.3. Avaliação ……………………………………………..….…….……………………..……. 7

II.4. Recursos ……………………………………………..….…………………………..……... 8

II.5. Visão Geral dos Conteúdos ………………………………………..……..….…………… 9

II.5.1. Conteúdos do 10.º Ano ……………………….……….…………..….…………..… 9

II.5.2. Conteúdos do 11.º Ano ……………………………..……………....….…………… 9

II.5.3. Conteúdos do 12.º Ano ……………………………..………..….………………… 10

Parte III – Desenvolvimento do Programa

III.1. 10.º Ano ……………………………………………..….…………………………..…….. 11

III.1.1. Conteúdos Estruturantes ……………………………………………..….………... 12

III.1.2. Desenvolvimento das Unidades/Conteúdos…………………………………….… 13

Unidade 1…….………………………………………………………………………… 14

Unidade 2 ……………………………………………………………………………… 18

Unidade 3 ……………………………………………………………………………… 23

Parte IV – Bibliografia .………………………………………..….………………………..…….… 31

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

PARTE I — INTRODUÇÃO

A disciplina de Organização e Gestão Empresarial, integrada no novo desenho curricu-


lar do Ensino Tecnológico, pretende dar resposta às especificidades e objectivos desta via
formativa do nível secundário. Deste modo, o programa da disciplina surge da preocupação
sentida, ao longo dos últimos anos de experiência de leccionação, em reorganizar os progra-
mas em função das características dos cursos tecnológicos.

Assim, pode afirmar-se que o programa apresentado resultou da necessidade de:


• organizar os programas em função das necessidades decorrentes do novo desenho
curricular;
• promover a aquisição de conceitos científicos, bem como a sua utilização na análise
da realidade social;
• dotar os alunos de conhecimentos básicos de gestão;
• permitir uma visão globalizante e interdisciplinar da empresa;
• fornecer aos alunos suportes para a sua integração no mundo do trabalho;
• educar para a mudança, para o desenvolvimento e para a cidadania.
A disciplina de Organização e Gestão Empresarial surge dentro da componente tecno-
lógica do Curso Tecnológico de Administração, com início no 10.º ano e prolongando-se por
três anos com uma carga horária de dois tempos semanais de noventa minutos cada.

Esta disciplina pretende levar os alunos a conhecer como se concretiza o dinamismo da


actividade empresarial, e promove o contacto com a empresa e a sua realidade envolvente.

Pretende-se igualmente que esta disciplina forneça ao aluno um conjunto de conheci-


mentos indispensáveis à compreensão da realidade económica em que o aluno se insere e
onde irá desenvolver o seu percurso profissional.

Dada a inexistência de disciplinas da área das ciências empresariais no Ensino Básico,


esta disciplina constitui o primeiro contacto que os jovens têm com esta realidade. Assim, o
programa do 10 º ano desta disciplina, em conjunto com a disciplina de Economia B, introduz
conceitos básicos essenciais, familiarizando o aluno com a terminologia adequada, permitindo-
lhe compreender a organização de uma empresa, tendo em conta o contexto em que a empre-
sa se insere, actua e se movimenta. Nos dois anos seguintes serão abordados os temas relati-
vos às funções da empresa e ao seu funcionamento.

Neste sentido, cada um dos anos contempla um campo de competências específico e


coerente, tendo como denominador a interligação e a sequência lógica dos conteúdos estrutu-
rantes.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

PARTE II — APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA

II. 1. FINALIDADES E OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA


Uma vez que o público-alvo da disciplina de Organização e Gestão Empresarial é cons-
tituído por alunos de um Curso Tecnológico essencialmente vocacionado para a vida activa,
será nesta perspectiva que devem ser preparados, dando-lhes a conhecer o ambiente empre-
sarial (o cenário) onde terão de se movimentar (actores), percebendo a razão de ser das tare-
fas que terão de desempenhar e qual a sua utilidade como profissionais que contribuem efecti-
vamente para atingir os objectivos da empresa e para a criação da riqueza do país.

De facto, a iniciação ao estudo da empresa permite:


• a aquisição de instrumentos fundamentais para o entendimento da realidade empresari-
al;
• a descodificação e a sistematização da terminologia empresarial, hoje de uso absoluta-
mente corrente, sobretudo nos meios de comunicação social;
• o desenvolvimento da capacidade de intervenção construtiva num mundo em mudança
acelerada e cada vez mais global.
Por outro lado, a leccionação de uma disciplina de Organização e Gestão Empresarial a ní-
vel do Ensino Secundário, sem que exista qualquer outra que lhe seja introdutória a nível do
Ensino Básico, implica que a mesma disciplina assuma uma tripla função: a de iniciação a uma
nova perspectiva científica, a da integração no mundo do trabalho e a da motivação para a
eventual continuação de estudos na área.

Para além disso, esta disciplina deverá permitir que os alunos desenvolvam conhecimen-
tos, capacidades e atitudes que lhes facilitem o desenvolvimento das competências-base asso-
ciadas ao respectivo curso.

Por ser prioritária a inserção no mundo do trabalho, a disciplina de Organização e Gestão


Empresarial deve articular-se com todas as outras disciplinas da componente tecnológica.

O sentido desta disciplina é o de contribuir para a formação de indivíduos, enquanto tal, e,


particularmente, daqueles que privilegiem uma formação económica de base, numa fase ante-
rior à integração no mundo do trabalho.

Dada a natureza dos saberes que proporciona, a disciplina revela-se essencial à motivação
dos alunos para o curso tecnológico sobre o qual recaiu a sua escolha. Do mesmo modo, e
dado o carácter também formativo da disciplina, permite o desenvolvimento das capacidades
de pesquisar, expor e analisar situações concretas. Neste sentido, a disciplina pretende:

• Promover o rigor científico e o desenvolvimento do raciocínio, do espírito crítico e da ca-


pacidade de intervenção, nomeadamente na resolução de problemas;
• Contribuir para a integração sócio-profissional dos jovens;
• Contribuir para a formação do indivíduo como pessoa e como cidadão;

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

• Contribuir para a compreensão de questões da actualidade;


• Estimular o uso das novas tecnologias de informação e comunicação;
• Desenvolver hábitos de trabalho em grupo e individual;
• Contribuir para melhorar o domínio oral e escrito da língua portuguesa.

Em articulação com as finalidades expostas, constituem objectivos gerais da disciplina de


Organização e Gestão Empresarial, os que de seguida se sistematizam.
1) No domínio dos conhecimentos:
• Compreender conceitos básicos de gestão empresarial;
• Utilizar correctamente terminologia empresarial;
• Compreender a importância da criação de uma empresa;
• Compreender a importância e o papel desempenhado pela empresa na actividade eco-
nómica e na sociedade;
• Compreender o papel da empresa na defesa do ambiente;
• Reconhecer os objectivos de cada função empresarial;
• Compreender o papel decisivo das pessoas dentro de qualquer organização;
• Compreender o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação na empre-
sa.

2) No domínio das competências e atitudes:

• Desenvolver hábitos e métodos de estudo;

• Desenvolver o gosto pela pesquisa;


• Desenvolver capacidades de compreensão e de expressão oral e escrita;
• Analisar documentos de diversos tipos — legislação, textos de autor, notícias de impren-
sa, dados estatísticos e documentos audiovisuais;
• Interpretar gráficos e quadros;
• Elaborar sínteses dos documentos analisados;
• Estruturar respostas com correcção formal e de conteúdo;
• Utilizar de novas tecnologias;
• Desenvolver o espírito de observação da realidade onde se insere;
• Desenvolver a capacidade crítica;
• Criar hábitos de cooperação, solidariedade e de preservação do ambiente;
• Demonstrar espírito de inovação e de participação na mudança;
• Desenvolver hábitos de trabalho em equipa;
• Desenvolver a capacidade de apresentar ideias, de as fundamentar e de as confrontar
com outras.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

II. 2. SUGESTÕES METODOLÓGICAS GERAIS

As características desta disciplina permitem que a mesma se ajuste à realidade, daí que se
revele essencial o desenvolvimento de aulas práticas, tendo por base situações reais e concre-
tas, e a utilização de novas tecnologias, adequadas aos conteúdos programáticos e aos alu-
nos.

Neste sentido, sugere-se o recurso a abundantes fichas de trabalho e a trabalhos individu-


ais e/ou colectivos, em cuja resolução se faça apelo, sempre que possível, ao uso do proces-
sador de texto e da folha de cálculo.

O aluno deve ser entendido como agente construtor do seu próprio conhecimento, pro-
movendo-se, assim, a utilização de metodologias interactivas que proporcionem o desenvolvi-
mento de saberes e competências adequadas ao ramo de actividade no qual se irá inserir pro-
fissionalmente.

Sugere-se, na docência, a utilização de estratégias diversificadas, sendo de privilegiar


algumas actividades desenvolvidas em grupo, simulando equipas de trabalho em contexto real.
Estas estratégias devem conduzir o aluno da realidade ao conceito. Não podemos esquecer,
porém, que ao docente caberá sempre a responsabilidade de clarificar e realçar os aspectos
fundamentais de cada unidade temática.

Recorda-se ainda que, independentemente da estratégia utilizada pelo professor para


introduzir os Temas e as Unidades Lectivas, bem como dos caminhos seguidos para o desen-
volvimento dos mesmos, haverá sempre que sistematizar os conteúdos estudados, articular os
conhecimentos entre si e integrá-los nos contextos reais do mundo em que vivemos, tal como
haverá sempre que ter presente, quer na orientação, quer no decorrer dos próprios trabalhos,
os objectivos nos domínios das competências e das atitudes. De facto, estes devem ser enten-
didos como transversais a todas as Unidades Lectivas do Programa, pelo que deverão ser ope-
racionalizados pelo professor em função e de acordo com as suas opções didácticas, tomadas
aquando da planificação da leccionação dessas Unidades Lectivas. Refira-se ainda que a par-
ticipação da disciplina em projectos de carácter interdisciplinar ou no projecto tecnológico per-
mitirá:

• Desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem em que a prática e a teoria são indis-


sociáveis na construção do conhecimento e na promoção de aprendizagens mais signifi-
cativas, contrariamente às proporcionadas pela tradicional relação verbal e retórica com a
realidade;

• Mobilizar, integrar e verificar os saberes proporcionados por esta disciplina, ligando-os di-
rectamente à realidade conhecida dos alunos;

• Desenvolver competências, nomeadamente as que são transversais a várias disciplinas,


e os valores da cidadania democrática.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

II. 3. AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Organização e Gestão Empresarial tem como referência os


objectivos gerais e os objectivos de aprendizagem da disciplina e incide sobre os Conheci-
mentos, as Competências e as Atitudes.
No campo dos conhecimentos, avalia-se a aquisição dos conceitos, que integram os con-
teúdos programáticos de cada tema ou unidade.
No âmbito das competências, a avaliação centra-se na utilização dos conteúdos progra-
máticos, na interpretação dos resultados obtidos, na apresentação de soluções para os pro-
blemas propostos e na correcta utilização das metodologias de trabalho.
No domínio das atitudes, a avaliação terá como objecto os comportamentos manifestados
no decurso das actividades, nomeadamente a autonomia e o desenvolvimento de espírito críti-
co, a participação nas actividades propostas, a organização do trabalho e a cooperação nos
trabalhos colectivos, a assiduidade e a pontualidade.
A avaliação destes aspectos deverá realizar-se de modo contínuo, promovendo o desen-
volvimento de técnicas de trabalho, de hábitos e de métodos de estudo, nomeadamente no
âmbito da pesquisa, da selecção, do tratamento e da apresentação da informação, conseguida
através de fontes que poderão abranger as novas tecnologias da informação e da comunica-
ção.
Os instrumentos e as técnicas de avaliação deverão ser diversificados e adaptados aos
diferentes objectos de avaliação. Neste contexto, e de acordo com cada situação concreta de
aprendizagem, sugere-se a utilização dos seguintes instrumentos e técnicas:
• Matriz de observação do trabalho individual e de grupo;
• Matriz de registo de atitudes e comportamentos;
• Relatórios de actividades desenvolvidas pelo aluno (visitas de estudo, por exemplo);
• Apresentações orais e escritas de trabalhos efectuados, de projecto ou outros;
• Testes escritos;
• Testes orais.
Os professores devem, no grupo disciplinar ou departamento curricular, definir critérios
de avaliação e promover a construção de instrumentos para recolha dos elementos de avalia-
ção, não esquecendo que esta deverá contemplar o domínio dos conhecimentos, das atitudes
e das competências.
Tendo em conta o papel formativo e de educação para a cidadania, da auto e da hete-
roavaliação dos alunos, estes devem assumir um papel activo e interveniente no processo de
avaliação, quer individual quer colectiva, propondo, debatendo, clarificando e criticando critéri-
os de avaliação nos momentos para tal considerados oportunos.
É também fundamental, no início de cada ano lectivo, e sempre que a dinâmica do pro-
cesso de ensino-aprendizagem o justifique, clarificar com os alunos os critérios de avaliação
adoptados, especificando-os de forma tão clara quanto possível.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

II. 4. RECURSOS

O elenco dos recursos que a seguir se apresenta foi dividido em recursos de carácter geral
e recursos de carácter específico. Cada escola terá, necessariamente, de adaptar as presen-
tes orientações à sua realidade concreta.

Recursos gerais:

• Televisão e vídeo;
• Quadro de parede;
• Retroprojector e ecrã;
• Armários e/ou cacifos individuais;
• Filmes vídeo / material audiovisual;
• Consumíveis diversos;
• Fichas de trabalho;
• Manual do aluno.

Recursos específicos:

• Bibliografia específica (Legislação, textos de imprensa, livros da especialidade, etc.);


• Computadores, ligação à internet e diverso equipamento informático;
• Software geral;
• Data-show ou projector de vídeo;
• Máquina de calcular.

Seria conveniente que, além dos recursos enumerados, cada escola tivesse salas especí-
ficas para a disciplina, com os equipamentos instalados e o material disponível, devidamente
acondicionado.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

II. 5. VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS

II. 5.1. Conteúdos do 10.º ANO

UNIDADE 1: A Empresa
1. O Conceito de Empresa
2. As Finalidades da Empresa
3. O Contexto Empresarial

UNIDADE 2: A Constituição da Empresa


1.Enquadramento Legal
2.Etapas a Percorrer na Criação da Empresa
3.Prática Simulada

UNIDADE 3: A Gestão da Empresa


1. A Organização
2. A Estrutura Organizacional
3. O Planeamento
4. As Estratégias de Desenvolvimento

II. 5.2. Conteúdos do 11.º ANO

UNIDADE 1: A Função de Recursos Humanos


1. Âmbito da Função de Recursos Humanos
2. Importância da Função de Recursos Humanos
3. Prática Simulada

UNIDADE 2: A Função de Aprovisionamento


1. Âmbito da Função de Aprovisionamento
2. Gestão Material de Stocks
3. Gestão Administrativa de Stocks
4. Gestão Económica de Stocks
5. Prática Simulada

UNIDADE 3: A Função Comercial


1. Âmbito da Função Comercial
2. O Marketing
3. Prática Simulada

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

II. 5.3. Conteúdos do 12.º ANO

UNIDADE 1: A Função Produção

1. Âmbito da Função Produção

2. Planeamento da Produção

3. Tipologias de Produção

4. Estruturação dos Custos

UNIDADE 2: A Função Financeira

1. Âmbito da Função Financeira

2. Análise Financeira

3. Prática Simulada

Unidade 3: A Informação de Gestão

1. Elementos Essenciais

2. Contabilidade Analítica

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

PARTE III — DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA

III. 1. 10.º ANO

O programa de 10º ano de Organização e Gestão Empresarial pretende estabelecer o


primeiro contacto do aluno com a empresa, cujo estudo agora se inicia e só terminará no 12.º
ano.

Os alunos terão a oportunidade de saber o que é uma empresa, as finalidades que visa
e a forma como se relaciona com o meio envolvente, nomeadamente com outras empresas e
agentes económicos diversos.

Nesta conformidade, o programa do 10.º ano desenvolve-se em três unidades lectivas.


Inicia-se pela introdução ao estudo da empresa, seguida da sua criação, da sua organização
interna e, por fim, da caracterização dos diversos instrumentos para a sua gestão eficaz.

Na gestão dos tempos lectivos previstos para cada unidade, considerou-se o total anual
de 33 semanas, correspondentes a 66 tempos lectivos de 90 minutos cada. Esta gestão con-
templa os necessários tempos lectivos destinados ao desenvolvimento das aprendizagens, in-
cluindo as actividades experimentais ou prática simulada, bem como a carga horária destinada
à avaliação e a situações imprevistas.

A atribuição de carga horária a cada conteúdo programático teve em atenção o desen-


volvimento do programa e o grau de aprofundamento atribuído à abordagem de cada tema.

A distribuição da carga horária, constituindo apenas uma sugestão, deve ser tomada
como referência para a planificação das actividades lectivas podendo ser alterada em função
das diversas formas de abordagem, do processo de ensino aprendizagem e das actividades
desenvolvidas.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

III. 1.1. Conteúdos Estruturantes

UNIDADE 1: A Empresa
1. O Conceito de Empresa
1.1. Noção actual de empresa
1.2. A criação da empresa s)
2. As Finalidades da Empresa
2.1. Noção e características dos objectivos
2.2. Finalidades financeiras e não financeiras
3. O Contexto Empresarial
3.1. Relacionamento com outros entes económicos
3.2. Responsabilidade social da empresa

UNIDADE 2: A Constituição da Empresa


1. Enquadramento Legal
1.1. Legislação aplicável s)
1.2. Classificação das empresas
1.3. Instituições intervenientes s)
2. Etapas a Percorrer na Criação da Empresa
3. Prática Simulada

UNIDADE 3: A Gestão da Empresa


1. A Organização
1.1. Noção de organização
1.2. Áreas da organização s)
1.3. Evolução da organização s)
2. A Estrutura Organizacional
2.1. Noção de estrutura
2.2. Componentes da estrutura
2.3. Identificação das funções da empresa
2.4. Caracterização da função direcção
2.5. Representação gráfica da estrutura
2.6. Tipos de estrutura
2.7. Prática simulada
3. O Planeamento
3.1. Objectivos do planeamento
3.2. Classificação e fases do planeamento s)
3.3. Técnicas de planeamento
4. As Estratégias de Desenvolvimento
4.1. A expansão da empresa
4.2. Novos desafios / Internacionalização

s)
Conteúdo de sensibilização

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

III 1.2. Desenvolvimento das Unidades / Conteúdos

Apresenta-se a seguir o conjunto de Conteúdos, Objectivos de Aprendizagem e Suges-


tões Metodológicas. As sugestões metodológicas irão evidenciando os conceitos associados
aos conteúdos programáticos propostos. A previsão de tempos lectivos sugerida em cada
subunidade está de acordo com a carga horária que foi apresentada em termos globais.

Não deve ser atribuído o mesmo nível de desenvolvimento a todos os conteúdos. Assim,
s)
os pontos assinalados com o expoente deverão ser abordados ao nível de sensibilização dos
respectivos temas; todos os restantes temas deverão ser abordados com o aprofundamento
que o docente entender conveniente, atendendo às características dos alunos destinatários e
às estratégias que se lhes adequarem.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

UNIDADE 1: A Empresa

A primeira unidade pretende introduzir a noção de empresa e a sua envolvente contextual por se
considerarem essenciais à compreensão dos conteúdos seguintes. Torna-se igualmente necessário
estudar as finalidades da empresa, com particular relevo para as finalidades económicas e sociais, o
que permitirá o reconhecimento da necessidade de uma definição clara de objectivos a atingir pela
empresa. Os conteúdos inseridos nesta unidade procuram despertar o aluno, de forma sistemática,
para a realidade empresarial com a qual convivem diariamente. O último tema tratado pretende mos-
trar a empresa numa perspectiva de colaboração com a comunidade, desenvolvendo também, nos
alunos, o sentido de responsabilidade, solidariedade e cidadania.

Objectivos:

• Compreender o conceito de empresa;


• Identificar e explicitar os recursos de uma empresa;
• Compreender que a empresa interage com o meio.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 6 Tempos Lectivos

CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

1. O Conceito de Empresa ! Identificar os factores determinantes da criação da


empresa (económicos, de desenvolvimento, sociais,
1.1. Noção actual de empresa etc.)
! Identificar os recursos da empresa
1.2. A criação da empresa s)
! Explicitar os recursos da empresa
! Definir empresa
! Distinguir empresa de organização
! Caracterizar a empresa na actualidade
! Caracterizar o tecido empresarial da área da escola
ou da residência do aluno
! Identificar os mercados onde a empresa concorre

SUGESTÕES METODOLÓGICAS:

Os conceitos associados aos conteúdos deste tema deverão ser sempre clarificados pelo profes-
sor, ainda que se possa solicitar ao aluno uma pesquisa no manual, em livros da especialidade ou
na internet. Os conceitos de recursos humanos, recursos materiais, tecnológicos e recursos finan-
ceiros podem ser explicitados através de aulas expositivas mas sempre participadas, uma vez que
não se reconhece complexidade ao tema. Face às abordagens actuais, recomenda-se a introdu-
ção de um novo recurso na empresa: o do conhecimento. Este tema poderá proporcionar uma
aula interactiva ou mesmo ser objecto de debate, dependendo da predisposição e do interesse do
aluno pela temática. Pode distinguir-se a organização “Escola” da organização “Empresa”, recor-
rendo à exemplificação de uma unidade económica relevante da área da escola. Poderá solicitar-
se ao aluno que enumere as empresas que conhece tanto na sua área de residência como na
área da escola, numa tentativa de caracterizar a realidade empresarial no meio em que se insere.
Poderá depois pedir-se ao aluno que liste os mercados onde as empresas concorrem: mercado de
bens de equipamento, mercado de matérias-primas e componentes, mercado de serviços, merca-
do de produto final, entre outros. Ao professor caberá a distinção entre mercados de inputs e mer-
cados de outputs.

s)
Conteúdo de sensibilização

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 4 Tempos Lectivos

CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

2. As Finalidades da Empresa ! Definir objectivo


! Classificar objectivos
2.1.Noção e características dos objectivos
! Distinguir objectivos de curto prazo de objectivos de
médio e longo prazo
2.2.Finalidades financeiras e não financeiras
! Identificar os requisitos dos objectivos
! Explicar os requisitos dos objectivos
! Seleccionar objectivos correctamente formulados
! Formular objectivos
! Identificar finalidades da empresa
! Distinguir finalidades financeiras de não financeiras
! Reconhecer as finalidades de uma empresa

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

A percepção dos objectivos da empresa é determinante para a sua actuação no mercado. Numa
época em que a organização das empresas é decisiva para o seu sucesso nacional ou internacio-
nal, a definição dos objectivos e a sua comunicação a toda a empresa pode ser efectivamente um
factor crítico de sucesso. Reconhece-se a dificuldade dos alunos em criticar os objectivos, daí que
os exemplos utilizados deverão ser simples, numa linguagem acessível e clara. Os alunos pode-
rão começar por formular objectivos particulares que depois adaptam à empresa, utilizando a lin-
guagem adequada. Para isso deverão ser sensibilizados para alguns conceitos como volume de
negócios, taxas de crescimento, produtividade, entre outros, que lhes serão necessários para a
correcta definição dos objectivos (o estudo apropriado de alguns destes conceitos será efectuado
no ano seguinte, em sede própria).

O professor desempenha um papel importante na clarificação de algumas questões, nomeada-


mente no reforço de que as empresas não têm como finalidade única o lucro. Neste sentido, pode-
rão ser realçadas outras finalidades tão importantes como a qualidade e a notoriedade da empre-
sa que a longo prazo são também geradoras de lucro.

Considera-se oportuno, no final desta subunidade, a realização de uma primeira avaliação forma-
tiva e sumativa, englobando os conteúdos trabalhados até aqui, para permitir a consolidação dos
diversos conceitos básicos necessários ao prosseguimento do processo de aprendizagem.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 5 Tempos Lectivos

CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

3. O Contexto Empresarial ! Identificar os entes com os quais a empresa se rela-


ciona e interage
3.1. Relacionamento com outros entes ! Explicar a necessidade da abertura da empresa ao
económicos exterior
! Reconhecer a importância das relações com os
3.2. Responsabilidade social da empresa agentes económicos
! Clarificar as relações da empresa com as outras en-
tidades
! Caracterizar as responsabilidades da empresa
! Assumir uma atitude crítica quanto a essas respon-
sabilidades

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

A listagem dos entes que se relacionam e interagem com a empresa, sejam eles externos ou in-
ternos, é essencial para que o aluno possa perceber os inputs que a empresa recebe e os outputs
que gera. Os temas tratados sugerem aulas participadas e o uso de diálogos horizontais, cujas
conclusões cabe ao professor sistematizar.

A recolha de notícias e informações actualizadas quer em jornais e revistas quer em televisão, é


uma forma de introduzir o tema da responsabilidade social da empresa. Neste âmbito poderá refe-
rir-se a defesa da ecologia como objectivo fundamental da preservação futura da empresa e da
humanidade em geral. Mais uma vez se poderá apelar à cidadania, tanto do colectivo como de
cada aluno em particular, no sentido de reconhecer a importância de cada um na sociedade e a
necessidade de pessoas e empresas se ajudarem mutuamente.

Sugere-se a promoção de um debate entre grupos de alunos que previamente deverão pesquisar
literatura diversa sobre a responsabilização empresarial nas suas variadas vertentes. A modera-
ção do docente deve terminar com a eleição das conclusões mais relevantes.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

UNIDADE 2: A Constituição da Empresa

Pretende-se nesta unidade levar o aluno a conhecer os instrumentos necessários à constituição de


uma empresa, seja qual for a sua forma jurídica ou o sector de actividade onde se insere. Esses ins-
trumentos serão basicamente a diversa legislação aplicável, as entidades que intervêm no seu pro-
cesso criativo, os procedimentos e as etapas que terão de ser percorridas.

Parte deste processo, cuja complexidade é reconhecida, será desenvolvida experimentalmente pelos
alunos por simulação, sempre orientada pelo docente, que promoverá, desta forma, as motivações
dos alunos na concretização de uma actividade económica por eles escolhida.

Objectivos:

• Consultar legislação e usá-la na resolução de situações empresariais concretas


• Utilizar terminologia técnica empresarial
• Organizar metodicamente o trabalho com vista à resolução de problemas propostos

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 8 Tempos Lectivos

CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

1. Enquadramento legal ! Usar a diversa legislação básica e complementar


aplicável
1.1. Legislação aplicável s) ! Reconhecer as características de cada tipo de em-
presa:
1.2. Classificação das empresas ! Quanto ao regime jurídico
! Quanto à sua dimensão
1.3. Instituições intervenientes s) ! Quanto à propriedade do capital
! Definir capital social
! Definir firma
! Justificar as características da firma
! Classificar e caracterizar os vários tipos de empre-
sas:
! Empresas individuais
! Empresas colectivas
! Empresário em nome individual
! Estabelecimento Individual de Responsabilidade
Limitada (E.I.R.L.)
! Sociedade Unipessoal
! Sociedade por Quotas
! Sociedade Anónima
! Cooperativa
! Indicar a finalidade de uma cooperativa
! Reconhecer os princípios cooperativos
! Extrair informação relevante de estatísticas oficiais
! Discutir os dados estatísticos recolhidos
! Listar as diversas entidades intervenientes no pro-
cesso criativo

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Os assuntos tratados neste tema exigem que o aluno utilize determinados conceitos que deverão
ser reproduzidos com rigor. Neste sentido recomenda-se a definição dos seguintes conceitos an-
tes da sua utilização: órgãos sociais, propriedade do capital, privatização e efectivo (trabalhador
ao serviço da empresa, pelo menos durante um ano consecutivo).

Para permitir que o aluno caracterize a empresa sob o ponto de vista da dimensão, sugere-se a
consulta do site do IAPMEI, onde se encontra sintetizada toda a informação sobre Microempresa,

s)
Conteúdo de sensibilização

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

Pequena Empresa, Média Empresa, PME e Grande Empresa. Poderá posteriormente elaborar-se
um quadro com a síntese da informação recolhida.

Para que o aluno seja capaz de caracterizar uma empresa sob o aspecto jurídico, sugere-se a in-
trodução dos conceitos de capital social e de património individual e comercial antes de recorrer
às características das empresas segundo o Código das Sociedades Comerciais.

Sugere-se a apresentação da legislação básica suporte da constituição de empresas, nomeada-


mente, o Código das Sociedades Comerciais complementado pelo Código Comercial e pelo Códi-
go Cooperativo, sempre que necessário.

Atendendo à sua desactualização, deve apenas fazer-se uma referência breve às sociedades em
nome colectivo e sociedades em comandita, uma vez que ambas estão contempladas no Código
das Sociedades Comerciais.

Convém salientar a actualidade dos conjuntos de empresas de diferentes ramos de actividade,


controlados por uma única entidade (holding), e que dão origem aos grupos económicos que ca-
racterizam cada vez mais o tecido empresarial. Apresentar de seguida a legislação complemen-
tar/especial mais importante, designadamente: Decreto-Lei n.º 495/88 com as alterações introdu-
zidas pelos Decretos-Lei n.º 318/94 e n.º 378/98, onde se define o regime jurídico das Sociedades
Gestoras de Participações Sociais (SGPS), fazendo a súmula das diferentes classificações a que
as empresas estão sujeitas.

Considera-se importante que seja dada a oportunidade aos alunos de confirmar esta informação
na Internet, em sites disponíveis, como por exemplo, www.cfe.iapmei.pt e www.infocid.pt.

Será vantajoso proporcionar a consulta de dados estatísticos oficiais sobre o universo de cada tipo
de empresas a nível regional, nacional e europeu, salientando as assimetrias verificadas.

Por último, fazer referência às diversas instituições intervenientes no processo criativo da empre-
sa, como por exemplo, o Registo Nacional das Pessoas Colectivas, o Cartório Notarial, a Conser-
vatória do Registo Comercial, o Município, entre outros, que legitimam a constituição da empresa,
cujas etapas se desenvolvem no ponto seguinte.

20
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 4 Tempos Lectivos

CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

2. Etapas a percorrer na criação da empresa ! Reconhecer a necessidade de um estudo de viabili-


dade da empresa a criar
! Efectuar um projecto de investimento simples
! Efectuar um plano de financiamento simples
! Usar um estudo de mercado
! Definir contrato de sociedade
! Descrever ordenadamente os passos de constituição
de qualquer empresa

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Poderá iniciar-se esta subunidade evidenciando a necessidade de se estudar a viabilidade de cri-


ação de qualquer empresa, após o nascimento da ideia, que antecede sempre a constituição le-
gal. Neste contexto poderá utilizar-se um pequeno e simples estudo de mercado ou um projecto
de viabilidade de uma empresa e solicitar ao aluno que seleccione a informação relevante para a
tomada de decisões sobre a empresa a criar. Posteriormente, será conveniente fazer a sistemati-
zação de toda a informação recolhida.

Referir a composição de um estudo de viabilidade, que comportará, no mínimo, o estudo de mer-


cado, o projecto de investimento e o plano de financiamento, podendo estes dois últimos merecer
especial relevo, embora se pretenda que o projecto de investimento e o plano de financiamento
sejam uma simples listagem das necessidades da empresa e da forma como serão financiadas
essas necessidades. Estes conteúdos poderão ser avaliados na prática simulada, uma vez que os
alunos aí poderão criar os dados necessários à elaboração destes planos.

Será importante realçar os conceitos necessários a todo o processo de constituição legal da em-
presa: número fiscal de contribuinte; sede social; objecto social; contrato de sociedade; escritura
pública e livros obrigatórios de escrituração comercial. Só depois devem ser listados os passos
sequenciais a cumprir na constituição legal da empresa.

21
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 8 Tempos Lectivos

3. PRÁTICA SIMULADA

A prática simulada visa concretizar experimentalmente as aprendizagens anteriores, numa pers-


pectiva de aproximação à realidade empresarial, ainda que de uma forma puramente virtual.

São objectivos desta actividade:

! Seleccionar a actividade económica a desenvolver

! Escolher o tipo de empresa a criar

! Assumir os elementos identificativos obrigatórios

! Fazer o projecto de investimento e respectivo plano de financiamento

! Preparar o contrato de sociedade

! Recolher documentos necessários ao processo constitutivo

! Preencher esses documentos

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Tratando-se forçosamente de um trabalho de equipa, deverá dar-se liberdade aos alunos na for-
mação dos grupos que farão nascer cada empresa. Depois, cada grupo seleccionará a actividade
económica (recomenda-se a actividade comercial), o regime jurídico, a denominação e todos os
outros elementos identificativos essenciais à sua constituição, sempre sob a orientação do pro-
fessor.

A coordenação desta prática deve assentar num guião previamente preparado pelo docente, des-
crevendo as tarefas e os timings a cumprir.

Numa fase anterior ao desenvolvimento desta actividade, poderá promover-se uma visita de estu-
do a um centro de Formalidades de Empresas (CFE). Caso não seja possível, também poderá
efectuar-se uma pesquisa na internet sobre as actividades deste centro, salientando o seu papel
de facilitadores do processo de constituição de empresas, já de si tão moroso.

Pretende-se com esta actividade estimular a criatividade, aplicar as aprendizagens anteriores,


promover o contacto com instituições e documentação reais, organizar metodicamente as tarefas
e valorizar o trabalho de equipa.

22
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

UNIDADE 3: A Gestão da Empresa

Pretende-se nesta unidade fornecer ao aluno alguns cenários sobre a componente organizacio-
nal, realçando os principais factores a ter em conta. A unidade aborda assuntos como a organiza-
ção, a estrutura, o planeamento e as técnicas que lhe servem de base. São estes os pilares es-
senciais ao desenvolvimento de qualquer actividade económica, independentemente da dimensão
da empresa, e que pretendem torná-la num todo coerente e eficaz ao longo da sua evolução tem-
poral. Por último, apresentam-se algumas formas de desenvolvimento da empresa na sua conti-
nuidade, visando a sua expansão e crescimento económico.

Em simultâneo, esta unidade permite despertar no aluno a necessidade de organização metódi-


ca, tanto ao nível da empresa como a nível pessoal.

Objectivos:

• Compreender a organização interna de uma empresa.


• Conhecer os domínios da organização e as relações entre os órgãos de uma empresa.
• Conhecer os principais modelos de estruturas organizacionais.
• Conhecer formas de expansão da empresa

23
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 7 Tempos Lectivos

CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

1. A Organização ! Definir organização


! Aplicar o conceito de organização a situações con-
1.1. Noção de organização cretas
! Reconhecer a essencialidade da organização
1.2. Áreas da organizaçãos)
! Organizar metodicamente o trabalho
1.3. Evolução da organização s) ! Reconhecer os contributos das teorias clássicas da
organização

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O assunto tratado neste ponto beneficiará se forem especificados alguns conceitos como método
de trabalho, organização documental, arquivo, divisão do trabalho, racionalização das tarefas,
unidade de comando, especialização, relação de grupo e organização informal.

Propõe-se que a definição de organização seja explicitada com base na definição de empresa já
abordada na primeira unidade. O visionamento de filmes/vídeo sobre organização de empresas
pode ser uma estratégia interessante para o enquadramento do tema. Sugere-se o filme da Vide-
ogest: “O Gestor Desorganizado” ou outro filme disponível na escola.

Com base em situações da realidade empresarial ou mesmo quotidiana dos alunos (Ex.: organizar
o estudo para um teste) nas quais se revele indispensável a organização, poder-se-á constatar a
necessidade de adoptar um método de trabalho.

A base documental e o seu arquivo, como apoio fundamental da organização, poderá ser obser-
vada pelos alunos, por exemplo, na biblioteca da escola e nos seus serviços administrativos.

Com base em exemplos reais ou simulados sugere-se o confronto dos alunos com a seguinte
questão: Porquê organizar? O debate em torno da resposta poderá ser a chave para o reconhe-
cimento de que a organização numa empresa é essencial.

Na abordagem das teorias clássicas, relembrar que as preocupações com a organização remon-
tam às primeiras décadas do século XX, consequência do desenvolvimento das primeiras grandes
empresas industriais e dos mercados. É neste contexto que empresários como Taylor e Fayol ten-
taram conceptualizar teorias, hoje denominadas “Clássicas”, com o objectivo de descobrir regras
ideais subjacentes ao funcionamento de qualquer organização, após análise científica. Considera-
se suficiente a referência aos princípios de Taylor, Fayol, Mayo e Drucker que servirão apenas
para ilustrar a génese dos conceitos que serão introduzidos a seguir. Sobre este assunto sugere-
se o filme: “Tempos Modernos”.

s)
Conteúdo de sensibilização

24
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 11 Tempos Lectivos

CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

2. A Estrutura Organizacional ! Definir estrutura


! Identificar as categorias de estruturas orgânicas e
2.1. Noção de estrutura mecanicistas
! Identificar as componentes da estrutura
2.2. Componentes da estrutura
! Distinguir órgão de nível hierárquico
2.3. Identificação das funções da empresa ! Classificar relações de autoridade verticais e hori-
zontais
2.4. Caracterização da função direcção ! Identificar as várias funções referidas na estrutura de
uma empresa:
2.5. Representação gráfica da estrutura ! Função direcção
2.6. Tipos de estrutura ! Função administrativa
! Função financeira
! Função de aprovisionamento
! Função produção
! Função comercial
! Listar as actividades desenvolvidas nas diversas fun-
ções
! Identificar as competências do director
! Reconhecer os vários tipos de liderança
! Referir as características de um líder
! Definir organigrama
! Identificar os tipos de estrutura:
! Estrutura linear, com ou sem staff
! Estrutura funcional
! Estrutura divisional
! Estrutura matricial
! Construir organigramas segundo os tipos de estrutu-
ra
! Caracterizar os diferentes tipos de estrutura
! Listar as vantagens e desvantagens da utilização de
cada tipo de estrutura

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Uma vez que a função directiva está presente em todas as funções referidas, considera-se perti-
nente estudar o papel do director de uma empresa no que diz respeito às suas características
fundamentais e ao seu perfil de líder.

25
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

Tendo por base a projecção, utilizar transparências com o esqueleto dos esquemas dos vários
géneros de estrutura. O aluno terá em seu poder fotocópia da mesma base de trabalho. Em con-
junto e recorrendo ao diálogo, os espaços em branco irão sendo preenchidos. Esta estratégia ser-
virá de seguida para explicitar a noção de organigrama.

Ao professor caberá referenciar sumariamente os principais tipos de estrutura existentes, privilegi-


ando as estruturas linear e funcional, por serem as mais simples e de aplicação mais acessível.

No final, convém distinguir órgão hierárquico de nível hierárquico, utilizando uma das estruturas à
escolha.

As vantagens e desvantagens de cada tipo de estrutura poderão ser constatadas utilizando


exemplos reais ou simulados, sem dispensar o relevo das conclusões num quadro resumo.

O apelo à opinião do aluno é imprescindível, com vista à sua motivação para o tema.

Sugere-se a divisão da turma em grupos de trabalho, propondo a seguinte actividade: Recolher,


junto dos Serviços Administrativos ou do Conselho Executivo, o organigrama da estrutura organi-
zativa da escola. Cada grupo de trabalho analisa-o, classifica-o e expõe, em acetato ou apresen-
tação electrónica com a ajuda do data-show ou projector de vídeo, as conclusões a que chegou,
explicando as vantagens e desvantagens do tipo de estrutura adoptada.

Para finalizar, convém referir que a concepção de uma estrutura deriva de diversos determinantes
que não são constantes, logo, a estrutura não deve ser encarada como um design rígido da em-
presa, mas de evolução flexível e adaptada a cada estádio do seu desenvolvimento.

26
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 3 Tempos Lectivos

2.7. PRÁTICA SIMULADA

Mais uma vez a prática simulada pretende concretizar experimentalmente as aprendizagens


efectuadas.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Neste ponto poderá ser retomado o trabalho de projecto iniciado na unidade 1, solicitando a
cada grupo que seleccione o tipo de estrutura adequado à empresa que criou e que construa o
respectivo organigrama.

Recorda-se a existência de software que permite construir organigramas de forma simplificada,


o qual pode ser recomendado ao aluno (Ex.: Power Point).

27
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 6 Tempos Lectivos

CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

3. O Planeamento ! Definir planeamento


! Discutir a importância do planeamento
3.1. Objectivos do planeamento ! Distinguir planeamento de plano
! Diferenciar planeamento estratégico, de táctico e de
3.2. Classificação e fases do Planeamento s)
operacional
3.3. Técnicas de planeamento ! Listar as fases do planeamento
! Construir redes PERT
! Definir caminho crítico
! Utilizar uma rede PERT para calcular o caminho críti-
co
! Identificar actividades críticas e não críticas
! Construir gráficos de Gantt
! Interpretar gráficos de Gantt
! Especificar o conceito de margem de actividade
! Calcular margens de actividade

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

As noções de previsão e controlo são necessárias para uma melhor compreensão da noção de
planeamento, pelo que deverão ser explicitadas à partida.

Reconhecendo-se a complexidade em fazer compreender os vários tipos de planeamento, reco-


menda-se que seja feita a sua distinção recorrendo a exemplos muito concretos e simplificados,
sobrepondo-os ao desenho estrutural da empresa.

Nesse sentido, poderá cingir-se o estudo às características básicas de cada tipo de planeamento
e à identificação de qual o nível de gestão que o executa.

Como todas as temáticas leccionadas neste ano merecem ser observadas em concreto pela visita
a uma ou mais empresas, cujo contacto é muito enriquecedor para a percepção da realidade em-
presarial, julga-se muito oportuno utilizar esta subunidade para preparar essa visita de estudo.

Nesse sentido, o professor poderá promover o respectivo planeamento, com recurso a um pro-
cessador de texto ou folha de cálculo, deixando a cargo dos alunos o desenvolvimento das fases
dessa visita e a definição dos seus objectivos.

s)
Conteúdo de sensibilização

28
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

O docente limitar-se-á a orientar o trabalho, a colmatar falhas de percurso e a formalizar o guião


da visita que, obviamente, deverá contemplar a organização e a recolha do organigrama da em-
presa visitada, para além de promover o reconhecimento das aprendizagens anteriores.

Em fase posterior convém ser utilizado o gráfico de Gantt para acompanhar a realização das acti-
vidades no decurso da visita de estudo. Terminada a visita, será conveniente sujeitar todo o pro-
cesso à fase de controlo, após o que o aluno deverá ser capaz de reconhecer a utilidade do pla-
neamento que efectuou. Em suma, esta visita será o culminar de um processo construtivo do sa-
ber, proporcionando, por excelência, a constatação da realidade de uma empresa versus o domí-
nio dos conteúdos apreendidos ao longo do ano.

29
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

CARGA HORÁRIA: 4 Tempos Lectivos

CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM

4. As Estratégias de Desenvolvimento ! Identificar e caracterizar as formas de expansão de


uma empresa: integração vertical e horizontal; fusão;
4.1. A expansão da empresa grupo económico; holding; grupo global; multinacio-
nal; Joint Venture, entre outras
4.2. Novos desafios / Internacionalização ! Explicar as razões que conduzem à expansão da
empresa
! Avaliar as formas de integração segundo o tipo de
empresa
! Explicar em que consiste o franchising
! Seleccionar as formas que permitem à empresa in-
ternacionalizar-se
! Identificar casos de empresas portuguesas que se-
guiram o caminho da internacionalização
! Listar vantagens e desvantagens da internacionaliza-
ção
! Reconhecer os factores que condicionam a interna-
cionalização da empresa

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O tema tratado neste ponto permite aulas dialogadas e a pesquisa em jornais, revistas ou internet.
Existem vários exemplos de empresas que optaram pela expansão através das formas referidas e
que poderão ser objecto de uma abordagem simplificada. Habitualmente estas empresas têm a
sua página na internet, o que permite uma fácil e rápida caracterização, bem como a identificação
dos sectores onde apostaram a sua expansão.

Embora o tema seja muito actual, sugere-se uma ligeira abordagem da origem da concentração
de empresas e dos objectivos que visava, fazendo alusão ao trust e ao cartel. Poderá posterior-
mente utilizar-se essa informação de modo comparativo e deixar que sejam os alunos a estabele-
cer as semelhanças e as diferenças.

O Franshising, embora sendo uma técnica comercial relativamente recente, tem evoluído e pro-
porcionando a expansão de muitas empresas, sendo um bom exemplo de “novos desafios”.

A internacionalização é também um tema actual e que poderá ser abordado numa perspectiva de
globalização. Neste âmbito, o tema pode permitir que o aluno assuma uma atitude crítica relativa-
mente à globalização das empresas e suas consequências, citando alguns exemplos bem conhe-
cidos.

30
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

PARTE IV — BIBLIOGRAFIA

IV. 1. BIBLIOGRAFIA GERAL

A bibliografia generalista apresentada serviu de base à elaboração do programa e poderá


ser consultada por conter temas pertinentes ao ensino, à aprendizagem, à avaliação e a
outros assuntos relacionados com a temática da Educação. Os livros referenciados desti-
nam-se essencialmente à consulta por parte dos docentes.

Bordenave, J. D., Pereira, M.ª (1991). Estratégias de Ensino - Aprendizagem. Petrópolis:


Editorial Vozes.
Livro destinado a proporcionar a redefinição de estratégias e a promover a eficácia do
processo Ensino-Aprendizagem.

Bru, M. e Not, L. (1987). Oú va la pédagogie du projet?. Toulouse: Editions Univertaires


du sud.
Obra preparada sob a direcção de Marc Bru e de Lorris Not, que se debruça sobre peda-
gogia, envolvendo trabalho de projecto.

Conquet, A. (s/d). Como Trabalhar em Grupo. Lisboa: Editorial Pórtico.


Obra que desenvolve a problemática do trabalho de grupo, inserida na colecção “Forma-
ção Humana”, vol. N.º 5.

Cortesão, L. (1981). Escola, Sociedade, que relação?. Lisboa: Edições Afrontamento.


Livro que contém temáticas genéricas em matéria de ciências da educação e importante
para quem pretende aprofundar e/ou esclarecer conceitos.

De Landsheere, V. e De Landsheere, G. (1983). Definir os Objectivos da Educação. Lis-


boa: Moraes Editores
Livro que aborda temas relacionados com psicologia e pedagogia e que promove a defini-
ção de objectivos educacionais.

D E S (Abril 2003). Documento Orientador da Revisão Curricular. Lisboa: Ministério da


Educação.
Texto de consulta sobre as linhas orientadoras da reforma curricular.

Feldmann, P. (1988). Aprender a Aprender. Barcelona: Plaza e Janes Editores.


Obra sobre a aprendizagem ensino-metodologia. Este livro interessa a todos os professo-
res seja qual for o grau de ensino que leccionam.

Fernandes, A. J. (1993). Métodos e regras para elaboração de trabalhos académicos e


científicos. Porto: Porto Editora.
Obra interessante para quem pretende realizar trabalhos de projecto académicos no que
respeita à sua organização e apresentação.

31
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

Gourgand, P. (1980). As Técnicas de Trabalho de Grupo. Lisboa: Moraes Editores.


Monografia que desenvolve temas de psicologia, educação e pedagogia. Contextualiza o
trabalho de grupo em aplicações pedagógicas.

Henriques, M. , Rodrigues A. e outros (1999). Educação para a Cidadania. Lisboa: Plátano


Editora.
Livro muito actual que aborda de forma clara e simples todas as questões da cidadania
portuguesa e, num contexto mais alargado, da cidadania europeia.

Leite, E., Malpique, M. e Dos Santos, M. R. (1992). Trabalho de Projecto. Porto: Edições
Afrontamento.
Livro que analisa a problemática da aprendizagem através de trabalho de projecto centra-
do na resolução de problemas. Fornece ainda leituras concentradas para consulta e apro-
fundamento.

Marques, R., Matias A. e outros (1998). Na sociedade de informação, o que aprender na


escola?. Porto: Edições ASA.
Livro que aborda questões muito actuais dos procedimentos pedagógicos nas escolas de
hoje.

Meirieu, P.(1993). Apprendre oui... mais comment?. Paris: Editions E.S.F.


Obra generalista de consulta e aprofundamento das questões da aprendizagem, forne-
cendo pistas úteis para professores.

Ponte, J. (1988). O Computador e o Trabalho de Projecto. Lisboa: FCUL (projecto Miner-


va).
O livro trata do ensino com computador e trabalho de projecto. O livro é útil ao professor
que pretende desenvolver trabalhos de projecto envolvendo soluções informáticas.

Popham, J. e Baker, E. (1978). Sistematização do ensino. Porto Alegre: Edições Globo.


Obra generalista que aborda questões de educação. Proporciona uma visão sistematizada
do ensino.

Resweber, J. P. (1995). Pedagogias Novas. Lisboa: Teorema.


Obra de consulta obrigatória em pedagogia, para todos os que pretendem construir na
sala de aula um espaço de interacções.

Valente, B. (1988). Por uma Escola Projecto. Lisboa: Livros Horizonte.


Livro de consulta que releva temas da educação, constituindo um instrumento de trabalho
e reflexão.

32
Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

IV.2. BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA

Almeida, F. N. (1996). Avaliação de desempenho para gestores. Lisboa: Mc Graw Hill.

Trata-se de um livro muito interessante e prático sobre avaliação de desempenho, que pode
também ser aproveitado para desenvolver o trabalho de projecto na área dos recursos huma-
nos. Recomenda-se ao professor por conter fichas de aplicação prática que, além de serem de
fácil aplicação, são um manancial de ideias para a leccionação dos conceitos necessários.

Estanqueiro, A. (1997). Saber Lidar com as Pessoas. Lisboa: Editorial Presença.

Guia prático sobre comunicação interpessoal, dividido basicamente em três partes:


• A primeira parte trata da auto estima;
• A segunda parte centra-se na relação com os outros;
• A terceira parte trata da liderança e das relações humanas.

Recomenda-se a consulta deste guia ao professor. No entanto, tratando-se de um livro com


linguagem muito acessível, pode ser lido por alunos.
Rei dos livros (2000). Código Comercial e Legislação Complementar. Lisboa: Rei dos Livros.
Contém variadíssima legislação aplicável nomeadamente o Código das Sociedades Comerci-
ais, o Código Cooperativo e Registo Nacional das Pessoas Colectivas.

Sousa, A. (1999). Introdução à Gestão – uma abordagem sistémica. Lisboa: Editorial Verbo.

Apesar do autor ser professor universitário, esta obra não deixa de ser um útil instrumento de
trabalho para o professor do ensino secundário, abrangendo grande parte dos temas aborda-
dos nos 11.º e 12.º anos desta disciplina.
O desenvolvimento desta obra desenrola-se por quatro partes distintas:
- Na primeira, define-se o conceito sistémico de empresa e as suas envolventes e ainda a
evolução da teoria das organizações;
- Na segunda, debruça-se sobre a gestão dos principais recursos internos da empresa (mate-
riais, humanos e informacionais);
- Na terceira parte, definem-se estratégias de actuação da empresa nos diversos mer-
cados, envolvendo sobretudo as técnicas de Marketing e gestão financeira;
- Na quarta e última parte, aborda processos de adaptação dinâmica da empresa ao seu meio
envolvente, relevando os processos de planeamento e a responsabilidade social.

Strategor (2000). Strategor – Política global da empresa. Tradução de J. Freitas e Silva, com
Revisão de J. Jordão. Lisboa: Publicações Dom Quixote.

Esta obra constitui uma contribuição essencial para o ensino da gestão estratégica, represen-
tando uma ferramenta de trabalho eficaz para o professor. Aborda a política empresarial em
quatro grandes partes: a estratégia, a estrutura, os processos de decisão e a identidade da
empresa. Contudo, apresenta a sua correlação num conjunto fortemente estruturado.
De entre os variadíssimos aspectos focados, alguns realçam-se como de maior interesse para
esta disciplina, nomeadamente o design de estruturas, o desenvolvimento organizacional, o
planeamento empresarial e a cultura da empresa versus liderança.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

Teixeira, M. R. (1993). A Empresa. Lisboa: s/e

Este livro aborda assuntos relacionados com a administração empresarial e constitui material base
para trabalho do professor. Temas como a organização, a estrutura e o planeamento são tratados
com alguma profundidade, pelo que a informação deve ser simplificada se o professor pretender
transmiti-la ao aluno.

Freire, A. (1998). Internacionalização – Desafios para Portugal. Lisboa: Verbo.

Trata-se de uma referência importante no tratamento do marketing de empresas que visam a inter-
nacionalização. Contém muitos casos que podem ser analisados em aula. Apenas se aconselha a
professores.

Revistas

Exame (mensal). Lisboa: Abril / Controljornal.


Executive Digest (mensal). Lisboa: Abril / Controljornal.

Todos os números das revistas referenciadas contêm artigos de opinião, de leitura interessante
e muito criativa. Os artigos são muito acessíveis aos alunos, versam assuntos actuais, utilizan-
do linguagem técnica clara e fácil.

CD-Rom´s

CD-Rom (mensal) – SITOC ( Sistema de informação dos Técnicos Oficiais De Contas), Câmara
dos Técnicos Oficiais de Contas.

Filmes/Vídeo

O Gestor desorganizado, Videogest


Se os olhos matassem, Videogest
Tempos modernos, Videogest

Endereços da Internet – Nacionais e internacionais

www.infocid.pt – Informação ao Cidadão Português (Infocid)


www.ine.pt – Instituto Nacional de Estatística
www.min-financas.pt – Ministério das Finanças
www.cfe.iapmei.pt – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento
http://deco.proteste.pt – DECO
www.ipq.pt – Instituto Português de Qualidade
http://www.ideacafe.com – Site inglês especializado em pequenos negócios, contendo informa-
ções e conselhos práticos para o início de um negócio.

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Organização e Gestão Empresarial – 10.º Ano

Agradecemos a colaboração da Colega Filomena Cardadeiro, Professora da Escola Secundá-


ria da Amora

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