Conhecendo A Igreja Metodista
Conhecendo A Igreja Metodista
Conhecendo A Igreja Metodista
Numa de suas pregações, o Revmº Bispo Emérito Paulo Lockmann disse: “Os
metodistas não conhecem sua própria igreja.”
A Bíblia nos fala em Oséias 4:6 que “O povo perece por falta de conhecimento.” A falta
de conhecimento da Bíblia, dos cânones e da doutrina Metodista tem causado conflitos
e problemas desnecessários à igreja. Não é possível descrever tudo sobre o metodismo
numa pequena cartilha, mas de uma forma bem resumida buscamos aqui mostrar o
básico sobre ser metodista.
CREDO APOSTÓLICO
Amém!”
OS MANDAMENTOS DE DEUS
*Shabat – Dia separado para adoração e descanso, dedicado ao Senhor. O Shabat tem
pouca relação com o nosso sábado do calendário ocidental. A maioria dos cristãos do
Ocidente reservam o dia de Domingo para este fim.
“A CRUZ E A CHAMA”:
Este símbolo representa a centralidade do Sacrifício Redentor de Jesus, Sua
Ressurreição, e a ação do Espírito Santo na Igreja primitiva e atual.
Sua origem remonta a união das duas Igrejas que se uniram nos Estados Unidos da
América para formar a Igreja Metodista Unida dos EUA. Antes de ser criada a marca
oficial, uma equipe designada pelo concílio da nova igreja decidiu que qualquer símbolo
que fosse criado deveria trazer alguma expressão do calor que John Wesley sentiu no
coração no dia 24 de maio de 1738.
O resultado foi bastante feliz: simples, mas de rico significado, o símbolo metodista traz
a cruz vazia (representação do Cristo ressurreto) e a dupla-chama, que representa tanto a
junção das duas denominações americanas, quanto a experiência do coração aquecido.
A história deste símbolo é bastante significativa para o povo chamado metodista. Sua
criação começou nos Estados Unidos, em 1968, quando duas Igrejas (a Igreja Metodista
e a Igreja Evangélica dos Irmãos Unidos) se fundiram, formando a Igreja Metodista
Unida.
Cuidado para não ser tragado pelos livros! Um grama de amor vale mais que um quilo
de conhecimento.
Uma pessoa pode ir à igreja duas vezes por dia, participar da ceia do Senhor, orar em
particular o máximo que puder, assistir a todos os cultos e ouvir muitos sermões, ler
todos os livros que existem sobre Cristo. Mas ainda assim tem que nascer de novo.
Diga-me como pode haver três velas neste recinto e apenas uma luz e então eu lhe
explicarei a Trindade.
Não me preocupo com o que pode acontecer daqui a cem anos. Aquele que governava o
mundo antes de eu nascer cuidará disso igualmente, quando eu estiver morto. A minha
parte é melhorar o momento presente.
O tempo é algo precioso, e muitas vezes nós estamos tão preocupados com o que
queremos ter que nos esquecemos de agradecer o que já temos.
Levanto pela manhã e presto continência para o capitão de minha salvação e pergunto,
quais são as ordens hoje?
O que quer que um homem possa fazer pela sua salvação não é a causa, mas o efeito da
graça. Deus é o gerador e causador de todo bem que está no homem ou é praticado por
ele.
Que a nossa amizade seja como o ouro, que pode se transformar mas nunca perde o seu
valor.
Conselho de John Wesley aos pregadores Metodistas: Quer goste ou não, leia e ora
diariamente. É para a sua vida, não há caminho, caso contrário você será sempre, um
frívolo, medíocre e superficial pregador.
Foi uma verdadeira misericórdia Deus não ter ouvido a minha oração. John Wesley,
carta a sua mãe em Março de 1727.
Clame com todas as suas forças para Aquele que perdoa os seus pecados, até que tenha
o amor de Deus derramado em seu coração.
Eu sou um homem de um livro só: a Bíblia.
Antes que eu possa pregar o amor, a misericórdia e a graça; tenho que pregar o
pecado, a lei e o juízo final.
O verdadeiro conhecimento de Deus está acima da razão, mas não contra a razão.
Estes Artigos foram elaborados no Século XVI, por ocasião da Reforma Protestante.
Nesse período, a Igreja da Inglaterra separou-se da Igreja de Roma e aderiu à Reforma
Protestante, sofrendo maior impacto de Calvino do que de Lutero. Assim, já no reinado
de Eduardo VI, a Igreja da Inglaterra elaborou 42 Artigos de Religião; estes foram
revisados no tempo da Rainha Isabel (Elizabeth I) e reduzidos aos 39 Artigos que a
Igreja da Inglaterra e a Comunhão Anglicana mundial ainda reconhecem.
Por ocasião da formação da Igreja Metodista Episcopal na América do Norte (1784),
João Wesley revisou os 39 Artigos, eliminando as partes que não se aplicavam aos
Estados Unidos, tão recentemente independente da Inglaterra, e também eliminando
artigos que favoreciam a predestinação. Assim ele dotou a nova Igreja Metodista
Episcopal com 24 Artigos, aos quais a jovem Igreja acresceu um, "Dos Deveres civis
dos Cristãos.
1 - Da fé na Santa Trindade
Há um só Deus vivo e verdadeiro, eterno, sem corpo nem partes; de poder, sabedoria e
bondade infinitos; Criador e conservador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Na
unidade desta Divindade, há três pessoas da mesma substância, poder e eternidade – Pai,
Filho e Espírito Santo.
3 - Da ressurreição de Cristo.
Cristo, na verdade, ressuscitou dentre os mortos tomando outra vez o seu corpo com
todas as coisas necessárias a uma perfeita natureza humana, com as quais subiu ao Céu
e lá está até que volte a julgar os homens no último dia.
4 - Do Espírito Santo
O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, é da mesma substância, majestade e
glória com o Pai e com o Filho, verdadeiro e eterno Deus.
6 - Do Antigo Testamento
O Antigo Testamento não está em contradição com o Novo, pois tanto no Antigo como
no Novo Testamento a vida eterna é oferecida à humanidade por Cristo, que é o único
mediador entre Deus e o homem, sendo ele mesmo Deus e Homem; portanto, não se
deve dar ouvidos àqueles que dizem que os patriarcas tinham em vista somente
promessas transitórias. Embora a lei dada por Deus a Moisés, quanto às cerimônias e
ritos, não se aplique aos cristãos, tampouco os seus preceitos civis devam ser
necessariamente aceitos por qualquer governo, nenhum cristão está isento de obedecer
aos mandamentos chamados morais.
7 - Do pecado original
O pecado original não está em imitar a Adão, como erradamente dizem os pelagianos,
mas é a corrupção da natureza de todo descendente de Adão, pela qual o homem está
muito longe da retidão original e é de sua própria natureza inclinado ao mal e isto
continuamente.
8 - Do livre-arbítrio
A condição do homem, depois da queda de Adão, é tal que ele não pode converter-se a
preparar-se pelo seu próprio poder e obras, para a fé e invocação de Deus; portanto, não
temos forças para fazer boas obras agradáveis e aceitáveis a Deus sem a sua graça
por Cristo, nos predispondo para que tenhamos boa vontade e operando em nós quando
temos essa boa vontade. Agostinho entendeu que o pecado original havia tornado o ser
humano incapaz de alcançar a salvação sem a graça de Deus, enquanto Pelágio confiava
grandemente na capacidade do ser humano. Os metodistas, em comum com os
Protestantes em geral (que seguem Agostinho no seu ensino de salvação pela graça),
creem que a posição de Agostinho está mais de acordo com o ensino bíblico e com a
experiência, portanto insistem (Artigo 8) que o ser humano "natural" não pode nem se
arrepender e muito menos ter fé sem que a graça de Deus tome isso possível.
9 - Da justificação do homem
Somos reputados justos perante Deus somente pelos merecimentos de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo, por fé e não por obras ou merecimentos nossos; portanto, a
doutrina de que somos justificados somente pela fé é mui sã e cheia de conforto.
12- Da Igreja
A Igreja visível de Cristo é uma congregação de fiéis na qual se prega a pura Palavra de
Deus e se ministram devidamente os sacramentos, com todas as coisas a eles
necessárias, conforme a instituição de Cristo.
13 - Do purgatório
A doutrina romana do purgatório, das indulgências, veneração e adoração, tanto de
imagens como de relíquias, bem como a invocação dos santos, é uma invenção fútil,
sem base no testemunho das Escrituras e até repugnante à Palavra de Deus.
15 - Dos sacramentos
Os sacramentos instituídos por Cristo não são somente distintivos da profissão de fé dos
cristãos; são, também, sinais certos da graça e boa vontade de Deus para conosco, pelos
quais ele invisivelmente opera em nós, e não só desperta, como fortalece e confirma a
nossa fé nele. Dois somente são os sacramentos instituídos por Cristo, nosso Senhor, no
Evangelho, a saber: o batismo e a Ceia do Senhor. Os outros cinco, vulgarmente
chamados sacramentos: a confirmação, a penitência, a ordem, o matrimônio e a extrema
unção, não devem ser considerados sacramentos do Evangelho, sendo, como são, em
parte, uma imitação corrompida de costumes apostólicos e, em parte, estados de vida
permitidos nas Escrituras, mas que não têm a natureza do batismo, nem a da Ceia do
Senhor, porque não têm sinal visível, ou cerimônia estabelecida por Deus. Os
sacramentos não foram instituídos por Cristo para servirem de espetáculo, mas para
serem recebidos dignamente. E somente nos que participam deles dignamente é que
produzem efeito salutar, mas aqueles que os recebem indignamente recebem para si
mesmos a condenação, como diz São Paulo (1Co 11:29).
16- Do batismo
O batismo não é somente um sinal de profissão de fé e marca de diferenciação que
distingue os cristãos dos que não são batizados, mas é, também, um sinal de
regeneração, ou de novo nascimento. O batismo de crianças deve ser conservado na
Igreja, conforme o costume dos cristãos primitivos.
17 - Da Ceia do Senhor
A Ceia do Senhor não é somente um sinal do amor que os cristãos devem ter uns para
com os outros, mas antes é um sacramento da nossa redenção pela morte de Cristo, de
sorte que, para quem reta, dignamente e com fé o recebe, o pão que partimos é a
participação do corpo de Cristo, como também o cálice de bênção é a participação do
sangue de Cristo. A transubstanciação ou a mudança de substância do pão e do vinho
na Ceia do Senhor, não se pode provar pelas Santas Escrituras, e é contrária às suas
terminantes palavras; destrói a natureza de um sacramento e tem dado motivo a muitas
superstições. O corpo de Cristo é dado, recebido e comido na ceia, somente de modo
espiritual. O meio pelo qual é recebido e comido o corpo de Cristo, na ceia é a fé. O
sacramento da ceia do Senhor não era, por ordenação de Cristo, custodiado, levado
em procissão, elevado nem adorado.
Como sacerdote na Igreja da Inglaterra, John Wesley queria alcançar a maioria do povo
britânico. O espírito de Deus criou um descontentamento tão santo no coração de
Wesley que ele abandonou os modos convencionais de ministério e experimentou várias
abordagens inovadoras. Para surpresa de todos/as, o reavivamento espiritual eclodiu na
Inglaterra e além. Você pode se perguntar: "Se Deus poderia fazer isso, então por que
não agora?". Sete práticas emergiram como características do movimento Metodista
precoce:
Compilação:
Pr. Washington C. Badaró
Igreja Metodista em Palhoça-SC
29/04/2022