Trabalho de Biologia Grande Pra Caramba

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Percepção Sensorial

A percepção sensorial é uma função cerebral que envolve os sentidos — tato,


paladar, olfato, audição, visão — o sistema vestibular e o proprioceptivo.
Interpretamos o mundo e aprendemos através das sensações, assim como
desenvolvemos habilidades cognitivas e afetivas.
As crianças em período de aprendizagem precisam de atividades sensoriais para
poderem aprender com mais criatividade e consistência. Elas estimulam a
inteligência e contemplam todos os estilos de aprendizagem.
Somos seres sensoriais e adquirimos conhecimento através dos nossos sentidos e
movimentos corporais. A percepção sensorial nos permite conhecer através da
experiência e influencia a nossa aprendizagem desde que somo bebês. Saiba mais,
neste artigo.

Percepção sensorial
Em casa ou na escola, podemos, com ações simples, estimular as crianças e ajudá-las
a desenvolver a percepção sensorial. Conheça agora os diferentes sistemas
envolvidos nesse aprendizado e como estimular cada um deles em crianças em
período de aprendizagem.

Sistema táctil
A pele é o órgão que permite a percepção sensorial táctil, através do toque e
sensações, como alternância de temperaturas e o contato com diferentes texturas.
Brincadeiras que estimulam o sistema táctil envolvem, em sua maioria, as mãos. Usar
objetos variados e materiais como areia, massinha, entre outros, desperta essa
percepção sensorial.
Em sala de aula, você pode brincar de colocar uma venda dos olhos das crianças para
que elas adivinhem os objetos que passam pela sua mão. As crianças se divertem e se
desenvolvem.

Sistema auditivo
O ouvido é o órgão responsável pelo sistema auditivo — cuja função é ouvir e definir
sons. Na escola, a professora pode usar a sua voz, mas também outros recursos para
estimular essa percepção, como músicas e brincadeiras com rimas e ritmos.
A ideia é estimular essa função de uma forma lúdica, de maneira que desperte a

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atenção das crianças. Existem várias maneiras de fazer isso. Brincadeiras de
adivinhação de sons (natureza, animais) são divertidas e estimulam o sistema
auditivo.

Sistema oral
A língua é o órgão principal do sistema oral e o paladar é o sentido que precisa ser
desperto. Comidas doces, salgadas, azedas, amargas, macias, duras, toda essa
variação exercita o paladar.
Qualquer atividade que envolva culinária pode desenvolver a percepção oral. Brincar
com os sabores, pedir à criança que perceba os sabores é divertido e favorece a
estimulação do paladar.

Sistema olfativo
O órgão responsável pelo sistema olfativo é o nariz, que distingue os diferentes
odores. Perfumes, aromas, temperos podem estimular esse sentido. Por isso,
atividades que envolvem alimentos são muito indicadas aqui.
Em sala de aula, você pode fazer atividades de preparo de alimentos, tomando
consciência de cada aroma, percebendo as suas diferenças. Atividades na cozinha
com as crianças estimulam essa percepção sensorial tão importante, mas pouco
explorada.

Sistema visual
Os olhos são responsáveis pela percepção visual. Estimular esse sentido é
relativamente fácil, pois uma simples mudança de ambiente ou luminosidade já o faz.
Em sala de aula, a simples ação de mudar a decoração, colocar desenhos nos murais,
abusar das cores, já estimulam essa percepção.
Da mesma forma, toda atividade que envolve a visão, como teatros e fantoches para
as crianças, estimulam a percepção visual. Usar esses recursos na sala de aula, traz
dinamismo para o dia-a-dia e ainda estimula a percepção sensorial das crianças.

Sistema Vestibular
O sistema vestibular é responsável pelo equilíbrio e, ainda que não seja um sentido,
faz parte da percepção sensorial. A noção de lateralidade também é responsabilidade
desse sistema, localizado no ouvido.
Brincadeiras como pular corda e amarelinha estimulam essa função do cérebro.

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Brincadeiras antigas, mas que seguem sendo queridinhas dos pequenos, divertem e
ajudam no desenvolvimento dessa percepção sensorial.

Sistema proprioceptivo
O sistema proprioceptivo está relacionado com a percepção espacial, coordenação
motora, gravidade, peso e movimentos em geral. Toda atividade que envolve
movimento corporal, como dança e jogos como vôlei, futebol, queimada, estimulam
essa percepção sensorial.
Outras brincadeiras que envolvem ações, como pega-pega, dança da cadeira e outras
do mesmo estilo, desenvolvem e estimulam o sistema proprioceptivo.

Percepção sensorial na escola


A estimulação da percepção sensorial deve ser trabalhada desde a educação infantil.
Toda atividade que permite a criança viver experiências sensoriais desenvolve a
percepção de si e do meio que a cerca.
Além disso, estimular a percepção sensorial com sabores, sons, cheiros e texturas em
atividades escolares, favorece o desenvolvimento da criatividade e da inteligência.
Também ajuda a identificar possíveis deficiências precocemente, o que é
fundamental para o tratamento das mesmas.
A aprendizagem ocorre a partir dos estímulos aos quais as crianças são expostas, por
isso a percepção sensorial deve ser amplamente explorada na escola.
Veja algumas das principais vantagens de estimular a percepção sensorial na escola.

 Favorece a criatividade — as fantasias nas brincadeiras que estimulam a percepção


sensorial despertam a imaginação e permitem a criação de vínculos sociais.
 Permite identificar deficiências nos sistemas sensoriais — déficits sensoriais afetam a
aprendizagem e dificultam a concentração. Os professores podem perceber
deficiências e encaminhar as crianças para avaliação precocemente, o que favorece o
tratamento.
 Desenvolve a coordenação motora — na educação infantil, principalmente, a
estimulação da percepção sensorial é fundamental para desenvolver a coordenação
motora, assim como a concentração e o desenvolvimento cognitivo.

Reprodução e Desenvolvimento
Graças à reprodução, a perpetuação da vida é possível, desde o seu surgimento. A
forma de reprodução que se desenvolveu mais cedo foi a assexuada, processo este

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em que um único indivíduo é capaz de dar origem a outros, com o mesmo genótipo.
A divisão binária, esporulação, brotamento e estaquia são alguns exemplos.

A reprodução sexuada tem como princípio a formação do embrião a partir da união


de gametas masculino e feminino, dando origem a indivíduos semelhantes aos pais,
mas não idênticos, como na reprodução assexuada. Por tal motivo, ela é muito
importante no que se diz respeito à variabilidade genética.

Quanto aos ciclos de vida, temos três:

- Ciclo haplobionte
diplonte: a partir da
união de gametas, o
zigoto é formado. Este,
por sucessivas mitoses,
dá origem a um
indivíduo diploide.
Através de meioses, há
a formação de gametas,
que permitirá com que
o indivíduo continue o
ciclo. Ex.: animais."

- Ciclo haplobionte haplonte: os adultos são haploides e, por mitose, produzem


gametas. A união de gametas forma um zigoto diploide, mas que se divide por
meiose, dando origem a indivíduos haploides. Ex.: fungos e alguns protozoários e
algas.

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- Ciclo diplobionte: Há alternância de gerações entre indivíduos haploides e
diploides. Ex.: plantas, algumas algas e cnidários.

No que se diz respeito ao desenvolvimento do embrião dos animais, eles podem ser:

- Ovulíparos: a fecundação ocorre em ambiente externo. Ex.: algumas espécies de


peixes e anfíbios.

- Ovíparos: a fecundação é interna, havendo a formação de ovos. Ex.: algumas


serpentes, ornitorrinco, etc.

- Ovovíparos: o embrião se desenvolve dentro do ovo, que fica retido no oviduto da


fêmea. Ex.: tubarão, algumas cobras, etc.

- Vivíparos: o embrião se encontra alojado na placenta, e absorve nutrientes e


oxigênio diretamente do sangue materno. Ex.: ser humano, cachorro, etc.

Sistema Nervoso

O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo.

É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de


captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los".

Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de


movimentos, sensações ou constatações.

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O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema nervoso central e sistema
nervoso periférico

Sistema Nervoso Central


O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal,
ambos envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges.

Encéfalo

O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa craniana e
apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico;

Cérebro

É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso,


pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes
simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo.

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Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex
cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita,
etc.

Ademais, é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da


inteligência e da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.

Cerebelo

Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os


movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o
tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso.

Tronco Encefálico

Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos


nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa.

Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as atividades vitais como
os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o
espirro e a deglutição.

Medula Espinhal

A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna


vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco encefálico.

Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e


coordenar os atos involuntários (reflexos).

Sistema Nervoso Periférico


O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula
espinhal.

Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem
dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.

 Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir
mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço.
 Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de
neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos
do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas.

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De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso
somático e sistema nervoso autônomo.

 Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa
vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
 Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta
duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o
sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento.

De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias. Enquanto o sistema nervoso
simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a
pupila e diminui os batimentos cardíacos.

Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas, para que as
condições internas do organismo se mantenham constantes.

Sistema imunitário

O corpo humano dispõe de diversas estruturas e mecanismos para se proteger


de microrganismos invasores (vírus, bactérias, protozoários e fungos) e da
entrada de agentes nocivos (veneno de animais peçonhentos e venenosos ou
de plantas venenosas). Para tanto, existem barreiras físicas, tais como a pele e
as membranas que revestem os órgãos internos, e um mecanismo fisiológico
atuando no intuito de fornecer imunidade (do latim immunis, livre isento,
neste caso, livre de doenças) ao organismo. Este mecanismo fisiológico faz
parte da ação do sistema imunitário ou sistema imune ou sistema
imunológico.

Dentre as células que participam da defesa corporal se destacam os macrófagos


e os linfócitos.

Macrófagos – são células que estão constantemente se movimentando nos


tecidos ou circulando no sangue (são chamados de monócitos quando estão
no sangue) e que têm a função de retirar por meio de ingestão (fagocitose) as
células mortas, resíduos celulares, agentes estranhos ao organismo etc. Essas
células são as primeiras do sistema imune a entrar em ação no processo de
defesa do organismo.

Linfócitos – são um tipo de leucócito (glóbulo branco) presente no sangue.


Existem três tipos principais de linfócitos que atuam na resposta imunológica:

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Linfócitos B – são as células responsáveis pela produção de anticorpos, quando
maduras. Nesta fase são chamadas de plasmócitos.

Linfócitos T matadores – também chamadas de células CDB ou citotóxicos,


possuem a função de detectar e destruir células anormais ou infectadas por
vírus, bem como células estranhas ao corpo.

Linfócitos T auxiliadores – também chamadas de células CD4, são responsáveis


por estimular a atuação dos linfócitos na produção de anticorpos, através da
mensagem recebida pelos macrófagos da entrada de agentes estranhos no
corpo. A ativação dos linfócitos T matadores e dos linfócitos B depende do
funcionamento dos linfócitos T auxiliadores.

Os órgãos do sistema imunitário são de dois tipos:

Órgãos imunitários primários – são assim denominados por serem os principais locais
de formação e amadurecimento dos linfócitos. São constituídos pela medula óssea e
pelo timo. O primeiro órgão é responsável pela produção dos linfócitos B e os
linfócitos T e pelas demais células sanguíneas. É também na medula que ocorre o
amadurecimento dos linfócitos B. Já ó timo é responsável pelo amadurecimento das
células T.

Órgãos imunitários secundários – são representados pelos linfonodos, tonsilas, baço,


adenoides e pelo apêndice cecal. Estes são os órgãos responsáveis pela recepção e
multiplicação dos linfócitos B e linfócitos T, após entrarem em circulação. Nos
linfonodos, os linfócitos detectam a presença de agentes estranhos na linfa ou no
sangue e então iniciam o processo de multiplicação de células capazes de combater
os invasores, nas adenoides, tonsilas, linfonodos, apêndice cecal ou no baço.

Como ocorre o combate de agentes estranhos pelo sistema imunitário?

Quando uma substância estranha entra no organismo, ela é detectada pelos


macrófagos, que a combate diretamente e comunica aos demais componentes do
sistema imune sobre a invasão. Essa substância é parcialmente digerida pelos
macrófagos, ficando os antígenos expostos na superfície de suas membranas. A partir
de então os linfócitos auxiliadores reconhecem os antígenos e se ligam a eles para
combatê-los. Neste momento estes linfócitos também liberam compostos
denominados interleucinas, que ativam e estimulam a multiplicação de linfócitos T
auxiliadores. Estes novos linfócitos, além de contribuírem na intensificação do
combate ao invasor, liberam outros tipos de interleucinas, que estimulam os

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linfócitos T matadores e os linfócitos B. Este processo ocorre até que os antígenos
desapareçam.

O organismo possui um mecanismo que acelera o combate de invasores com os quais


já esteve em contato. Este mecanismo se chama memória imunitária e ocorre
através do armazenamento de linfócitos especiais, que atuaram em processos
imunitários passados. Estas células, por armazenar a capacidade de reconhecer
determinados antígenos, são denominadas de células de memória. Quando um novo
ataque ocorre, por antígenos conhecidos, estas células são ativadas e estimuladas a
se reproduzirem, de forma muito mais rápida do que no primeiro contato com esses
invasores.

Homeostase
Homeostase é um termo formado pelos radicais gregos homeo e stais, que
significam, respectivamente, “o mesmo” e “ficar”. Indica um estado de
equilíbrio interno, que se mantém relativamente constante independente das
alterações que ocorrem no meio externo. Como meio interno entende-se o
líquido intersticial, ou seja, o líquido que circula em nossas células.

→ Manutenção do meio interno constante

O equilíbrio interno é conseguido graças a uma série de processos


fisiológicos distintos que acontecem em nosso organismo de forma organizada. Os
sistemas trabalham de maneira constante para conseguir, por exemplo, que no nosso
corpo não se acumulem substâncias tóxicas e que nutrientes sejam levados a todas
as partes do organismo.

Percebe-se, portanto, que todos os sistemas possuem uma pequena participação


para garantir a homeostase. O sistema cardiovascular, por exemplo, garante que
nutrientes obtidos pela alimentação (Sistema digestório) e oxigênio obtido pela
respiração (Sistema respiratório) sejam disponibilizado para as células. Esses sistemas
ainda atuam graças aos sistemas nervoso e endócrino, que garantem que as
informações necessárias sejam levadas aos sistemas e que mensageiros químicos
sejam secretados.

Vale salientar que fatores externos influenciam o nosso organismo, porém, se todos
os sistemas estiverem trabalhando adequadamente, nosso corpo manterá as

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condições de equilíbrio do meio interno de maneira praticamente constante e terá
meios de reverter alterações. Vale salientar que, nos seres humanos, a homeostase é
conseguida quando estamos, por exemplo, com nossa temperatura, pH do sangue e
concentração de glicose dentro dos níveis normais.

→ Feedback negativo

O feedback negativo é o principal mecanismo para a manutenção da homeostase.


Ele reduz uma alteração inicial, alterando a direção da mudança, e é o principal
regulador dos nossos hormônios.

Nutrição e sistema digestório humano


O sistema digestório humano é constituído por um longo tubo musculoso (o trato digestivo)
associado a órgãos e glândulas que participam da digestão e oferecem ao organismo um suprimento
contínuo de água, eletrólitos e nutrientes. Para que o sistema digestório ofereça esses compostos aos
organismos, são necessárias algumas etapas, que incluem a movimentação do alimento por todo o
trato digestivo, a secreção de sucos digestivos, a digestão do alimento, a absorção dos produtos da
digestão, bem como de água e dos eletrólitos; a remoção das substâncias não absorvidas e o controle
de todas essas funções pelos sistemas nervoso e hormonal.

Para se trabalhar essa temática em sala de aula é importante abordar os seguintes pontos: os
processos envolvidos na digestão, como ela ocorre e quais são suas etapas; como ocorre a ingestão,
digestão, absorção e eliminação dos alimentos; quais são os tipos de nutrientes e sua importância;
doenças e disfunções relacionadas ao sistema digestório e/ou à alimentação e também como obter
uma dieta equilibrada.

Ao início da aula, como forma de levantar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do
assunto, pode-se entregar a cada um deles um desenho esquemático do trato digestivo (sem os nomes
dos órgãos envolvidos) e pedir para que eles escrevam o nome de cada um dos órgãos do trato
digestivo e dos órgãos acessórios no esquema. Após a entrega das atividades, ao final da matéria,
será possível verificar a evolução do aprendizado dos alunos em classe. Em seguida, questione a
turma sobre a constituição do sistema digestório e suas funções, e, então, a partir de um esquema do
trato digestivo feito no quadro, escreva, com a ajuda dos alunos, os nomes de cada órgão.

Para que os discentes possam compreender a localização de cada órgão do sistema digestório, pode
ser utilizado um modelo anatômico didático para ilustrar a localização e a forma de cada um dos
órgãos. Ou então, caso não seja possível ter acesso a um desses modelos, podem ser utilizadas
imagens do trato digestivo. Outra possibilidade é fazer com que os alunos percebam em si mesmos a
localização dos órgãos desse sistema. Indague sobre os tipos de nutrientes. Em seguida explique a
importância e a função dos nutrientes energéticos (glicídios e lipídios), nutrientes plásticos
(proteínas), sais minerais e vitaminas.

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Assim que os alunos souberem reconhecer todos os órgãos do trato digestivo (boca, faringe, esôfago,
estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus), bem como os órgãos acessórios ao
sistema digestório (dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas) e também
os nutrientes, trabalhe com eles todos os processos envolvidos na digestão, desde a entrada do
alimento pela boca até a saída dos resíduos da digestão pelo ânus. Dessa maneira, enfatize a função
de cada órgão no processo digestivo, dizendo como ele atua na digestão do alimento.

Diferencie os fenômenos físicos e químicos da digestão do seguinte modo: os fenômenos físicos


compreendem a trituração do alimento em partículas menores e seu transporte ao longo do trato
digestivo, já os fenômenos químicos envolvem a transformação dos alimentos em seus constituintes
químicos. Fale das enzimas que participam da digestão (amilase pancreática, lipase pancreática,
tripsina, quimiotripsina, nuclease, aminopeptidase, dipeptidase, maltase, lactase, sacarase, fosfatase e
lipase intestinal), distinguindo a origem, substrato e sítio de ação de cada uma. Comente sobre o
papel do ácido clorídrico (HCl) na digestão. Mencione, também, os hormônios envolvidos no
processo digestivo (gastrina, secretina, colescistocinina e enterogastronas), diferenciando a origem,
estímulo para a produção e a ação de cada um.

Como atividade extraclasse, peça para que a turma anote, por quatro dias, todas as refeições feitas,
discriminando horário, porções e os principais nutrientes presentes em cada alimento. Solicite,
também, que eles separem embalagens e/ou rótulos de alimentos industrializados e que descrevam,
por escrito, os ingredientes mais comuns presentes nesses produtos. Na próxima aula, discuta com os
alunos sobre suas refeições diárias, pergunte se eles consideram ter uma alimentação adequada e
balanceada. Em seguida, comente o que poderia ser reduzido nessas refeições e o que poderia ser
acrescentado, além de explanar também sobre as principais doenças relacionadas à alimentação e/ou
disfunções do sistema digestório (tais como anemia, intolerância à lactose, gastrite, úlcera, doença
celíaca, fenilcetonúria, diabetes, desnutrição e doenças ligadas à falta ou excesso de vitaminas).

Respiração

A respiração é fundamental para vida humana sendo responsável pela troca


dos gases oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) do organismo, com o
meio ambiente.

Sistema Respiratório
Para receber o oxigênio (O2) presente na atmosfera e eliminar dióxido de
carbono (CO2), os seres humanos precisam de todos os órgãos presentes
no sistema respiratório para fazer as trocas gasosas. Os órgãos responsáveis
por este processo são: fossas
nasais, faringe, laringe, traquéia, brônquios e alvéolos pulmonares.

Nariz ou Fossas Nasais


O ar ao chegar ao nariz é aquecido, umedecido e filtrado.

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Faringe
Ao atingir a faringe, órgão atuante nos sistemas digestivo e respiratório, existe
uma cartilagem denominada epiglote que trabalha como uma válvula
impedindo que alimentos atinjam as vias respiratórias, e assim o ar é conduzido
até a laringe.

Laringe

Órgãos do sistema respiratório

A laringe além de conduzir o ar que se dirige aos pulmões, é o local onde se


localizam as cordas vocais fundamentais para a fala.

Traquéia
A traquéia, um tubo elástico de aproximadamente 12 cm, constituído por anéis
de cartilagem, conduz o ar que esta dentro do tórax até se dividirem formando
os brônquios.

Brônquios
Os brônquios são formados por 2 ramificações da traquéia que chegam até os
pulmões. Entram nos pulmões onde sofrem várias bifurcações sendo
transformados em bronquíolos.

Alvéolos pulmonares
Formadas por células epiteliais com características achatadas os alvéolos
pulmonares são pequenos sacos localizados no final dos menores bronquíolos.
São rodeados de vasos sanguíneos, onde ocorre a hematose (trocas gasosas).

Pulmões

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Os pulmões são órgãos esponjosos, envolvidos por uma camada de tecido
denominado pleura. São constituídos pelos bronquíolos, alvéolos e vasos
sanguíneos.

Transporte dos gases respiratórios


O oxigênio é transportado pela hemoglobina, uma metaloproteína constituída
de ferro, que está presente nas hemácias (glóbulos vermelhos).

O oxigênio dentro dos alvéolos pulmonares difunde-se até os capilares


sanguíneos penetrando nas hemácias, onde se liga com a hemoglobina, sendo o
gás carbônico jogado para fora. Este processo denomina-se hematose.

O processo nos tecidos acontece quando o gás oxigênio desliga-se das


moléculas de hemoglobina sendo difundido pelo líquido tissular chegando até as
células. As células liberam o gás carbônico que reage com a água formando
o ácido carbônico que logo é difundido no plasma do sangue.

Movimentos Respiratórios
O processo de respiração é dividido em dois movimentos:

Inspiração: Através da contração do diafragma e dos músculos intercostais,


a inspiração, promove a entrada de ar dentro do organismo. O ar inspirado
contém cerca de 20% de oxigênio e apenas 0,04% de gás carbônico.

Expiração: Através do relaxamento do diafragma e dos músculos intercostais,


a expiração, promove a saída de ar dos pulmões. O ar expirado contém 16%
de oxigênio e 4,6 % de gás carbônico.

Movimentos de inspiração e expiração. Ilustração: OpenStax College [CC-BY-3.0], via Wikimedia Commons

Ritmo Respiratório

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O controle da respiração é realizado pelo centro respiratório localizado
no Bulbo raquidiano, que se caracteriza principalmente nas concentrações de
gás carbônico presente no sangue.

Quando a concentração de gás carbônico está alta a consequência é a


frequência respiratória aumentar.

Do contrário quando a concentração do gás carbônico esta baixa a frequência


cai.

A Importância da Respiração
A respiração é fundamental para manter o bom funcionamento dos pulmões e
de todo corpo humano, sendo essencial para a vida.

A respiração correta gera uma série de benefícios ao organismo onde produzem


pressões no ventre que atuam de forma eficiente e direta melhorando a
digestão.

Também contribui para eliminar as toxinas que se formam no corpo,


modificando os resíduos, equilibrando as funções orgânicas e ajudando no
fortalecimento de organismos debilitados.

Sistema Circulatório

O sistema circulatório ou cardiovascular, formado pelo coração e vasos sanguíneos, é responsável


pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as diversas partes do corpo.

A circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza
no corpo humano, de modo que no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração.

Esses circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação. Vamos conhecer um pouco
mais sobre cada um deles:

Pequena circulação
A pequena circulação ou circulação pulmonar consiste no caminho que o sangue percorre do coração
aos pulmões, e dos pulmões ao coração.

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Esquema da pequena circulação

Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar, que se ramifica de
maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo.

Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás
oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado dos pulmões ao coração, através das veias
pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo.

Grande circulação
A grande circulação ou circulação sistêmica é o caminho do sangue, que sai do coração até as demais
células do corpo e vice-versa.

No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo
esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta, que é responsável por transportar esse sangue para
os diversos tecidos do corpo.

Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares refazem as trocas dos
gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico, tornando o sangue venoso.

Por fim, o sangue venoso faz o caminho de volta ao coração e chega ao átrio direito pelas veias cavas
superiores e inferiores, completando o sistema circulatório.

Componentes
O sistema circulatório é constituído pelos seguintes componentes:

Sangue

O sangue é um tecido líquido e exerce papel fundamental no sistema circulatório. É pela corrente
sanguínea que o oxigênio e nutrientes chegam até as células.

Desse modo, ele retira dos tecidos as sobras das atividades celulares, como o gás carbônico
produzido na respiração celular e conduz os hormônios pelo organismo.

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Coração

O coração é um órgão muscular, que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Funciona como
uma bomba dupla, de modo que o lado esquerdo bombeia o sangue arterial para as diversas partes do
corpo, enquanto o lado direito bombeia o sangue venoso para os pulmões.

O coração funciona impulsionando o sangue por meio de dois movimentos: contração ou sístole e
relaxamento ou diástole.

As principais estruturas do coração são:

 Pericárdio: membrana que reveste o exterior do coração.


 Endocárdio: membrana que reveste o interior do coração.
 Miocárdio: músculo situado entre o pericárdio e o endocárdio, responsável pelas contrações do coração.
 Átrios ou aurículas: cavidades superiores por onde o sangue chega ao coração.
 Ventrículos: cavidades inferiores por onde o sangue sai do coração.
 Válvula tricúspide: impede o refluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo direito.
 Válvula mitral: impede o refluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo.

Vasos Sanguíneos

Os vasos sanguíneos são tubos do sistema circulatório, distribuídos por todo o corpo, por onde
circula o sangue. São formados por uma rede de artérias e veias que se ramificam formado os
capilares.

Artérias

As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem do coração e transportam o sangue para as
outras partes do corpo. A parede da artéria é espessa, formada de tecido muscular e elástico, que
suporta a pressão do sangue.

O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração para os pulmões através das
artérias pulmonares. Enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio, é bombeado do coração para
os tecidos do corpo através da artéria aorta.

As artérias se ramificam pelo corpo, ficam mais finas, formam as arteríolas, que se ramificam ainda
mais, originando os capilares.

Veias

As veias são vasos do sistema circulatório, que transportam o sangue de volta dos tecidos do corpo
para o coração. Suas paredes são mais finas que as artérias.

A maior parte das veias transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. Contudo, as
veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.

Capilares

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Os capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias do sistema circulatório. Suas paredes
apresentam apenas uma camada de células, que permitem a troca de substâncias entre o sangue e as
células. Os capilares se ligam às veias, levando o sangue de volta para o coração.

Pelo corpo de uma pessoa adulta circula, em média, seis litros de sangue, numa ampla rede de vasos
sanguíneos, bombeados pelo coração.

Tipos
O sistema circulatório é classificado em dois tipos:

 Sistema circulatório aberto ou lacunar: O líquido circulante (hemolinfa) percorre cavidades e lacunas dos
tecidos, estando em contato direto com as células. Nesse caso, não há vasos sanguíneos. Presente em alguns
invertebrados.
 Sistema circulatório fechado: O sangue circula dentro de vasos, de onde percorre todo o corpo. É um
processo mais eficiente do que a circulação aberta, por acontecer de forma mais rápida. Ocorre em
anelídeos, cefalópodes e todos os vertebrados.

Sistema circulatório dos demais vertebrados


Os animais vertebrados tem um coração que bombeia o sangue para os vasos sanguíneos, que se
ramificam formando uma ampla rede de vasos muito finos. Essa rica vascularização favorece as
trocas gasosas e de nutrientes.

O coração musculoso apresenta dois tipos de câmaras intercomunicadas: o átrio ou aurícula, que
recebe o sangue trazido pelas veias, e o ventrículo, que recebe sangue do átrio e o bombeia para as
artérias. O sangue passa de uma cavidade a outra através de valvas cardíacas.

Ilustração do coração dos vertebrados, mostrando as


separações dos átrios e ventrículos

Aves e mamíferos

Nas aves e mamíferos o coração possui quatro câmaras, sendo dois átrios e dois ventrículos,
completamente separados.

A circulação sanguínea é assim separada da circulação arterial, não havendo nenhuma mistura do
sangue venoso com o arterial. É uma circulação muito eficiente.

Répteis

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Os répteis, em sua maioria, possuem um coração com três câmaras. O ventrículo é parcialmente
dividido, há mistura do sangue, mas em menor quantidade.

Nos répteis crocodilianos a divisão dos ventrículos é completa e a circulação é mais complexa.

Anfíbios

Nos anfíbios há três câmaras no coração: dois átrios e um ventrículo. O sangue venoso entra pelo
átrio direito e o sangue arterial pelo esquerdo, em seguida passam para o ventrículo, onde ocorre a
mistura dos dois tipos de sangue.

Peixes

Nos peixes, o coração tem apenas duas câmaras, um átrio e um ventrículo. O sangue venoso entra
pelo átrio passa ao ventrículo e dali é bombeado para as brânquias, onde será oxigenado.

Sistema circulatório dos invertebrados


Alguns filos de animais invertebrados possuem um sistema circulatório fechado com um "coração"
rudimentar que ajuda a bombear o líquido sanguíneo e vasos ramificados que o fazem chegar às
diversas partes do corpo. Enquanto que em outros o sistema é aberto ou ausente.

Abaixo estão alguns exemplos:

Moluscos

Os moluscos possuem um sistema circulatório simples. Em algumas classes é fechado com um


“coração”, situado dentro da cavidade pericárdica, que bombeia o líquido sanguíneo (hemolinfa),
fazendo-o circular das artérias às diversas partes do corpo.

Em outros, o sistema circulatório é aberto, com o líquido sanguíneo passando das artérias para
cavidades entre os tecidos denominadas hemocelas. A hemolinfa possui o pigmento hemocianina,
semelhante à hemoglobina que faz o transporte das substâncias.

Anelídeos

O sistema circulatório dos anelídeos é fechado, com vários "corações" na parte anterior do corpo, que
são vasos cujas paredes musculosas bombeiam o líquido sanguíneo. Há um pigmento semelhante à
hemoglobina, mas que não está dentro de células e sim dissolvido no líquido sanguíneo.

Artrópodes

Possuem um coração tubular dorsal dividido internamente em câmaras com válvulas que as separam,
chamadas de óstios. Alguns insetos tem corações acessórios.

Sistema Excretor
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O sistema excretor tem a função de eliminar os resíduos das reações químicas que ocorrem dentro
das células, no processo de metabolismo.

Dessa maneira, muitas substâncias que não são aproveitadas no organismo, principalmente as
tóxicas, são excretadas do corpo.

Importante ressaltar que o sistema excretor é encarregado de muito mais que apenas a eliminação de
resíduos. Trata-se do principal responsável pelo controle da composição química do ambiente
interno.

Como funciona o Sistema Excretor

A excreção da urina é realizada pelos rins

A eliminação de substâncias prejudiciais ou que estão em excesso em nosso corpo é chamada de


excreção, processo que permite o equilíbrio interno do nosso organismo.

Os produtos da excreção são denominados "excretas", que são lançadas das células para o líquido
que as banha (líquido intersticial), e daí são passadas para a linfa e para o sangue.

No processo de degradação de glicídios e lipídeos são produzidos gás carbônico e água. As proteínas
também são metabolizadas, e do seu metabolismo resultam substâncias prejudiciais ao organismo
entre elas, o gás carbônico e os produtos nitrogenados, como a amônia, a ureia e o ácido úrico.

Há também a água e os sais minerais, com destaque para o cloreto de sódio (o principal componente
do sal de cozinha).

Para eliminar essas substâncias, a excreção é realizada através da urina, da respiração e do suor.
Entenda, na sequência, como é feita a excreção desses resíduos.

Excreção da Urina

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A excreção através da urina inicia em um processo realizado pelos rins. Eles funcionam como um
filtro que retém as impurezas do sangue e o deixa em condições de circular pelo organismo.

Os rins participam do controle das concentrações plásmicas de íons, como sódio, potássio,
bicarbonato, cálcio e cloretos.

De acordo com as concentrações no sangue, esses íons podem ser eliminados em maior ou menor
quantidade na urina, através do sistema urinário. As principais substâncias que formam a urina são
ureia, ácido úrico e amônia.

Excreção do Gás Carbônico

A respiração é fundamental para a excreção do gás carbônico

A excreção do gás carbônico é realizada através dos órgãos do sistema respiratório. A eliminação
deste elemento é o produto final do metabolismo dos glicídios (carboidratos ou açúcares) e lipídios
(gorduras) no processo de respiração celular.

Além disso, a água também é eliminada sob a forma de vapor, por meio da expiração.

Excreção do Suor

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As glândulas sudoríparas atuam na excreção do suor

A produção de suor não está relacionada ao processo de excreção e sim da regulação de temperatura
no organismo.

No entanto através do suor são eliminados sais minerais, como o cloreto de sódio, e água sendo que,
devido a sua enorme importância para a célula, ela fica conservada em grande parte no organismo.

Órgãos que atuam no Sistema Excretor


Para eliminar os resíduos das reações químicas que nosso corpo produz, diferentes órgãos
desempenham funções de extrema importância.

Conheça a seguir quais são esses órgãos e como eles atuam no sistema excretor.

Rins

Os rins são órgãos do sistema urinário, porém que atuam diretamente na eliminação de resíduos que
resultam da ação do metabolismo do organismo.

Considerando as substâncias eliminadas pelos rins destacam-se a ureia, a creatina e toxinas do


sangue.

Além dessa função, ele também atua na regulação do volume de líquidos do organismo e no controle
da pressão arterial sanguínea.

Néfrons

Os néfrons são estruturas presentes nos rins e que tem como principal ação a formação da urina. Ele
filtra os elementos do plasma sanguíneo para então eliminar na urina.

Localizados nos rins, eles estão presentes em grandes quantidades no corpo humano, sendo
aproximadamente 1.200.000 néfrons em cada rim.

Ureteres

O ureter é um tubo que liga o rim à bexiga, ou seja, ele transporta a urina dos rins para a bexiga,
sendo um ureter para cada rim. Ele é um dos elementos do sistema urinário e que auxiliam na
excreção das substâncias indesejadas.

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Para desempenhar sua função, ele realiza movimentos peristálticos que auxiliam a condução da urina
até a bexiga. Para isso, sua parede é formada por três camadas diferentes, sendo estas formadas por
uma camada mucosa, uma muscular e outra adventícia.

Bexiga urinária

A bexiga urinária é o órgão responsável por armazenar a urina produzida pelos rins e transportada
pelos ureteres. Além do armazenamento é ela quem elimina a urina.

Este é um órgão muscular com alta capacidade elástica, visto que pode armazenar até 800 ml de
urina.

Uretra

A uretra é o canal responsável por conduzir o caminho da urina para fora do corpo. Ela está ligada à
bexiga urinária.

Nos homens a uretra termina no pênis, já nas mulheres termina na vulva.

Proteção, Suporte e Movimento


Sistema esquelético é fundamental para o funcionamento do nosso corpo, uma vez que
está relacionado com a sustentação, a proteção dos órgãos vitais e a movimentação.

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O sistema esquelético é composto por ossos e cartilagens que estão perfeitamente arranjados na
formação do nosso esqueleto. O esqueleto humano adulto é formado por 206 ossos, que atuam na
sustentação do organismo, proteção dos órgãos vitais, garantia da movimentação, produção de
células sanguíneas e armazenamento de alguns sais minerais, tais como cálcio e fósforo."

Ossos do corpo humano


Os ossos são formados por um tipo especial de tecido conjuntivo, o tecido ósseo, que possui uma
matriz intracelular mineralizada. Esse tecido, apesar do que muitos pensam, é formado por células
vivas: os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos.

O primeiro grupo de células é responsável pela síntese da matriz óssea, estando essas células
relacionadas com a reparação do osso. Os osteoclastos atuam na reabsorção do tecido ósseo. Já os
osteócitos estão relacionados com a manutenção da matriz e com a sua reabsorção quando
estimulados pelo hormônio da paratireoide.

→ Classificação dos ossos

Didaticamente, costuma-se classificar os ossos, de acordo com a sua forma, em cinco tipos
principais: longos, curtos, planos, irregulares e sesamoides. Observe a seguir as principais
características de cada tipo:

 Ossos longos: apresentam maior comprimento em relação à largura e espessura. Entre seus
exemplos, estão o fêmur e a ulna.
 Ossos curtos: todas as dimensões (comprimento, largura e espessura) são equivalentes. Entre
seus exemplos, estão o tarso e o carpo.
 Ossos planos ou laminares: possuem fina espessura e comprimento e largura equivalentes.
Como exemplo, podemos citar os ossos do crânio.
 Ossos irregulares: não apresenta uma forma geométrica definida. Como exemplo, podemos
citar as vértebras.
 Ossos sesamoides: são pequenos e arredondados, seu principal exemplo é a patela.

Esses diferentes tipos de ossos estão ligados uns aos outros por meio das articulações ósseas, que
podem ser móveis, como as do joelho, ou fixas (não permitindo a movimentação), como as dos ossos
do crânio.

"As articulações

As articulações podem ser definidas como local de união entre dois ou mais ossos. Algumas
articulações permitem a movimentação do nosso esqueleto, sendo fundamental frisar que nem todas
realizam tal função.

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As articulações podem ser classificadas, de acordo com seu grau de movimentação, em três tipos
básicos:

 Sinartroses: também chamadas de articulações imóveis.


 Anfiartroses: caracterizam-se por serem ligeiramente móveis.
 Diartroses: capazes de permitir grande movimentação.

As articulações podem também ser classificadas, de acordo com o material


encontrado entre os ossos, em:

 Articulações fibrosas: presença de tecido conjuntivo fibroso entre os ossos.


Essas articulações apresentam mobilidade reduzida ou são imóveis. Existem
dois tipos de articulações fibrosas: as suturas e as sindesmoses. As suturas são
encontradas nos ossos do crânio, e a membrana de tecido conjuntivo
observada entre esses é muito fina. As sindesmoses apresentam características
similares às suturas, porém não são observadas no crânio.
 Articulações cartilaginosas: presença de tecido cartilaginoso entre os ossos e
da redução de mobilidade. Podemos classificar essas articulações em
sincondroses, formadas por cartilagem hialina, e em sínfises, que apresentam
cartilagem fibrosa. Um exemplo de articulação cartilaginosa é a presente entre
as porções púbicas dos ossos do quadril.
 Articulações sinoviais: presença de uma cápsula que delimita uma cavidade
articular. Nessa cavidade é encontrado um líquido viscoso que recebe o nome
de líquido sinovial, o qual é rico em ácido hialurônico. Esse ácido apresenta um
importante efeito lubrificante. Esse tipo de articulação pode ser conferido na
complexa articulação do joelho.

Esqueleto axial e apendicular


O esqueleto humano pode ser dividido em duas porções: axial e apendicular.

No chamado esqueleto axial, temos o crânio, as vértebras, as costelas, o esterno e o


osso hioide:

 Crânio: formado por 28 ossos, é a porção responsável por garantir,


principalmente, a proteção do encéfalo.
 Vértebras: formam a chamada coluna vertebral, a qual é composta por 26
ossos (33 vértebras). A coluna garante a proteção da medula espinhal.

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 Costelas: formam, em seus 12 pares, a caixa torácica. Os sete pares superiores
recebem o nome de costelas verdadeiras e articulam-se diretamente com o
esterno. Os três pares sequentes articulam-se de maneira indireta e recebem o
nome de falsas costelas. Vale destacar que a décima primeira e décima
segunda costela são chamadas de flutuantes e não fazem articulação com o
esterno.
 Esterno: localizado na parte anterior do tórax.
 Osso hioide: não possui articulação e é encontrado entre a mandíbula e a
laringe.

Observe as estruturas que formam o esqueleto apendicular e o axial.

O esqueleto apendicular, por sua vez, é formado pelos membros e pelas cinturas
escapular e pélvica.

 Membros: Os membros superiores são formados pelo úmero, que forma o


braço, pela ulna e pelo rádio, que formam o antebraço. O punho e as mãos são
formados, respectivamente, pelos carpo e metacarpos. Os dedos, por sua vez,
são formados pelas falanges. Já os membros inferiores são formados pelo
fêmur, que é o osso da coxa, pela a tíbia e pela fíbula, que formam a canela. O
joelho é composto pela patela e nos pés encontramos os ossos do tarso,
metatarso e falanges.
 Cinturas escapular e pélvica: A cintura escapular, que é formada pela clavícula
e escápula, une o tórax aos membros superiores, enquanto a cintura pélvica,
que é formada pelo osso do quadril, liga-se ao sacro e aos membros
posteriores.

Sistema Endócrino

O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que
são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.

Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O
hipotálamo, um grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre
esses dois sistemas.

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Glândulas do Sistema Endócrino

As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide


e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais.

Hipófise

A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos hormônios,
entre eles, o hormônio do crescimento.

É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras


glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais.

O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento exagerado) e a falta


provoca o nanismo.

Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH), substância que permite ao corpo
economizar água na excreção (formação da urina).

Tireoide

A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade do
metabolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.

O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o metabolismo: o coração


bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por
gastar mais energia.

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Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue circula com
mais pressão. Se não tratada pode provocar o surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também
a exoftalmia (olhos saltados).

O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o


metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais
vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar e
as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada pode ocorrer o bócio.

Paratireoides

As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem
o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue.

A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os músculos se
contraiam violentamente.

Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com tétano. Por sua
vez, o aumento da produção desse hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que
enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.

Timo

O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do
recém-nascido contra infecções.

Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência, quando
começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais

As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormônio que prepara
o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:

Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços, aumentando a
capacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas;

Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais energia para as
células;

Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os
músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”.

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz também o
suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão.

A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o
armazenamento no fígado, na forma de glicogênio.

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A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de
glicose no sangue (hiperglicemia).

O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se
alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a
sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos caso, ao desmaio.

Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio
em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.

Glândulas sexuais

As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor
feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente.

Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto
os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios,
entre eles a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias
masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.

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