trf3 Roberto Teixeira Uniao Advogad Lula
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PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
1ª Turma
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
1ª Turma
OUTROS PARTICIPANTES:
ASSISTENTE: ASSOCIACAO DOS JUIZES FEDERAIS DO BRASIL
RELATÓRIO
Trata-se de apelação interposta por ROBERTO TEIXEIRA contra
sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara Federal de São Paulo/SP (ID
107782700 – p. 790 e ss.), que, em sede de ação condenatória cumulada com
obrigação de fazer ajuizada contra a União Federal, julgou improcedente o
dd d á d d
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pedido de compensação pecuniária por danos morais, nos termos do art. 485,
inc. VI, do Código de Processo Civil, e extinguiu o processo sem julgamento de
mérito, na forma do art. 487, inc. I, do diploma processual civil, em relação ao
pedido de retirada da rede mundial de computadores do conteúdo de
interceptações telefônicas efetivadas no âmbito da denominada “Operação
Lava Jato”. A parte autora foi condenada ao pagamento de custas, bem como
de honorários advocatícios sucumbenciais, fixados em 10% (dez por cento) do
valor atualizado da causa.
Em suas razões recursais (ID 107782702 – p. 866 e ss.), aduz o
Apelante, preliminarmente, a nulidade da sentença recorrida, sob a alegação
de que não houve a devida análise dos embargos declaratórios opostos,
caracterizando violação ao art. 1022, inc. II, do Código de Processo Civil. No
mérito, reafirma a ilegalidade da interceptação telefônica e da publicação dos
diálogos, sustentando, em síntese, que: a alegação de condição de investigado
do interceptado constitui manobra para justificativa posterior das ilegalidades
cometidas no sentido de monitorar conversas entre advogado e cliente; a
inviolabilidade da comunicação telefônica do advogado no exercício de sua
profissão encontra amparo constitucional e na Lei 8.906/94; a quebra do sigilo
das suas comunicações telefônicas deu-se na qualidade de advogado que
presta assessoria jurídica a clientes na aquisição de um imóvel, vale dizer, na
prática de ato privativo da advocacia, distante de configurar indício de crime,
em flagrante ofensa aos artigos 133 e 5º, inciso XII, da CF, art. 7º, inc. II, do
Estatuto da OAB, assim como ao art. 2º, inc. I, da Lei 9.296/96; não foi
observado o sigilo das gravações e transcrições de interceptações telefônicas
nos moldes previstos no art. 8º da Lei n 9.296/96 e nos termos da
jurisprudência do STF; bem como que o indevido levantamento do sigilo de
conversas telefônicas interceptadas por magistrado federal, em violação
manifesta à legislação de regência, enseja a responsabilidade objetiva da União
Federal.
Com contrarrazões (ID 107782703 – p. 907 e ss.), subiram os autos
a esta Egrégia Corte Regional.
Em 16/12/2021, o Apelante peticionou novamente nos autos,
juntando documentos (ID 239185834).
É o breve relatório.
PODER JUDICIÁRIO
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1ª T
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1ª Turma
VOTO
Da nulidade da sentença
“O t 93 IX d C tit i ã F d l ã d t i ó ã j di t
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“O art. 93, IX, da Constituição Federal não determina que o órgão judicante
se manifeste sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas sim
que ele explicite as razões que entendeu suficientes à formação de seu
convencimento”.
(RE 1.047.242 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, j. 08/08/2017)
Do mérito
T i d ti d di it à ã t
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Tais comandos normativos, que resguardam o direito à reparação por atos
violadores de interesses jurídicos patrimoniais ou extrapatrimoniais, são concretizados,
em âmbito legal, pelo conjunto que rege a disciplina da responsabilidade civil, cujos
pressupostos – conduta humana, dano e nexo de causalidade – encontram-se previstos
pelo Código Civil (art. 186 e 927) e cujos fundamentos se subdividem entre a
responsabilidade subjetiva calcada na culpa e a responsabilidade objetiva embasada na
teoria do risco administrativo (art. 37, § 6º, da Constituição) e da atividade (art. 927,
parágrafo único, e art. 931, ambos do Código Civil).
úbli i t t ã t l fô i fi d i il ibi ã d
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públicos para a interceptação telefônica e reafirmando o sigilo e a proibição de
divulgação do seu teor por magistrados e servidores.
Ad i d tã j i f d l idi di t d b
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Aduz, ainda, que o então juiz federal que presidia o procedimento de quebra
de sigilo telefônico determinou, de forma inadvertida e não criteriosa, o levantamento do
sigilo das conversas interceptadas, em clara afronta aos dispositivos legais que regem a
matéria.
Vejamos.
Referido imóvel seria composto por dois sítios contíguos, Santa Bárbara e
Santa Denise.
Jonas Suassuna coadministra com Fábio Luis Lula da Silva, filho do Ex-
Presidente, a empresa BR4 Participações LTDA. Fernando Bittar, por sua
vez, é sócio com Fábio na já referida G4 Entretenimento e Tecnologia Digital
Ltda.
‘C f li it d i t d it d b á F l i
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‘Conforme solicitado, segue minuta das escrituras de ambas as áreas. Falei
ontem com o Adalton e a área maior está sendo posta em nome do sócio do
Fernando Bittar. Qualquer dúvida favor retornar.’
N ifi t f t j d d t ã
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No que concerne, especificamente, aos fatos ensejadores da pretensão
indenizatória deduzida nos presentes autos, veio a ser reconhecida pelo STF, no
julgamento do HC 164.493/PR e da Reclamação nº 23.457/PR, a ilegalidade da medida
de interceptação telefônica deflagrada perante o Juízo da 13ª Vara Criminal Federal da
Subseção Judiciária de Curitiba/PR nos autos do “Pedido de Quebra de Sigilo de Dados
e/ou Telefônicos nº 5006205-98.2016.4.04.7000/PR”, e que atingiu, dentre outros alvos, o
telefone celular do advogado Roberto Teixeira e do escritório de advocacia "Teixeira,
Martins & Advogados".
l t já d id j t d t d édi l t l t
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elementos já produzidos e juntados aos autos do remédio colateral, restar
evidente a incongruência ou a inconsistência da motivação judicial das
decisões das instâncias inferiores. Precedentes: RHC-AgR 127.256, Rel.
Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 10.3.2016; RHC 119.892, Rel.
Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 1º.10.2015; HC 77.622, Rel. Min.
Nelson Jobim, Segunda Turma, DJ 29.10.1999. 2. Questão de ordem de
prejudicialidade da impetração. A Segunda Turma, por maioria, rejeitou a
questão de ordem suscitada pelo Ministro Edson Fachin, decidindo que a
decisão proferida pelo Relator, nos autos dos Embargos de Declaração no
Habeas Corpus 193.726, em 8.3.2021, não acarretou a prejudicialidade do
Habeas Corpus 164.493, vencido, nesse ponto, tão somente o Ministro
Edson Fachin. A decisão monocrática proferida pelo Ministro Edson Fachin
nos autos do Habeas Corpus 193.726 ED não gerou prejuízo do Habeas
Corpus 164.493-DF, porquanto (i) cuida-se de decisão individual do Relator;
(ii) não há identidade entre os objetos do Habeas Corpus 193.726 e do
Habeas Corpus 164.493, já que neste se discute a suspeição do magistrado
e naquele se aponta a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, o
que não se limita ao debate sobre a validade dos atos decisórios praticados
pelo ex-JuizSergio Moro; e (iii) a questão da suspeição precede a discussão
sobre incompetência, nos termos do art. 96 do Código de Processo Penal.
3. Imparcialidade como pedra de toque do processo penal. A imparcialidade
judicial é consagrada como uma das bases da garantia do devido processo
legal. Imparcial é aquele que não é parte, que não adere aos interesses de
qualquer dos envolvidos no processo. Há íntima relação entre a
imparcialidade e o contraditório. A imparcialidade é essencial para que a
tese defensiva seja considerada, pois em uma situação de aderência
anterior do julgador à acusação, não há qualquer possibilidade de defesa
efetiva; é prevista em diversas fontes do direito internacional como garantia
elementar da proteção aos direitos humanos (Princípios de Conduta Judicial
de Bangalore, Convenção Americana de Direitos Humanos, Pacto
Internacional de Direitos Civis e Políticos e Convenção Europeia de Direitos
Humanos), além de ser tal garantia vastamente consagrada na
jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Caso Duque
Vs. Colombia, 2016) e do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (Castillo
Algar v. Espanha, 1998, e Morel v. França, 2000). 4. Antecedentes da
biografia de um Juiz acusador. O STF já avaliou, em diversas ocasiões,
alegações de que o ex-magistrado Sergio Fernando Moro eria ultrapassado
os limites do sistema acusatório. No julgamento do Habeas Corpus
95.518/PR, no qual se questionava a atuação do Juiz na chamada
Operação Banestado, a Segunda Turma determinou o encaminhamento das
denúncias à Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), diante da
constatação de que o juiz havia reiteradamente proferido decisões
contrárias a ordens de instâncias superiores, bem como adotado estratégias
de monitoramento de advogados dos réus. Na ocasião, reconheceu o Min.
Celso de Mello que “o interesse pessoal que o magistrado revela em
determinado procedimento persecutório, adotando medidas que fogem à
ortodoxia dos meios que o ordenamento positivo coloca à disposição do
poder público, transforma a atividade do magistrado numa atividade de
verdadeira investigação penal. É o magistrado investigador”. (HC 95.518,
Redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgado em
28 5 2013 DJ 19 3 2014) A S d T já d idi J i
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28.5.2013, DJe 19.3.2014). A Segunda Turma já decidiu que o ex-Juiz
Sergio Moro abusou do poder judicante ao realizar, de ofício, a juntada e o
levantamento do sigilo dos termos de delação do ex-ministro Antônio
Palocci às vésperas do primeiro turno das eleições de 2018 (HC 163.943
AgR, Redator do acórdão Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma,
julgado em 4.8.2020, DJe 10.9.2020). O STF reconheceu explicitamente a
quebra da imparcialidade do magistrado, destacando que, ao condenar o
doleiro Paulo Roberto Krug, ainda no âmbito da chamada Operação
Banestado, o ex-Juiz Sergio Moro“se investiu na função persecutória ainda
na fase pré-processual, violando o sistema acusatório” (RHC 144.615 AgR,
Redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgado em
25.8.2020, DJe 27.10.2020). 5. Desnecessidade de utilização dos diálogos
obtidos na Operação Spoofing. Os diálogos apreendidos na Operação
Spoofing, que, nos últimos doze meses, foram objeto de intensa veiculação
pelos portais jornalísticos, destacam conversas entre acusadores e o
julgador – Procuradores da República e o ex-Juiz Sergio Moro. As
conversas obtidas sugerem que o julgador definia os limites da acusação e
atuava em conjunto com o órgão de acusação. O debate sobre o uso
dessas mensagens toca diretamente na temática das provas ilícitas no
processo penal. O Supremo Tribunal Federal já assentou que o interesse de
proteção às liberdades do réu pode justificar relativização à ilicitude da
prova. Todavia, a conclusão sobre a parcialidade do julgador é aferível tão
somente a partir dos fatos narrados na impetração original, sendo
desnecessária a valoração dos elementos de prova de origem
potencialmente ilícita pela defesa, que nem sequer constam dos autos deste
Habeas Corpus. 6. Existência de 7 (sete) fatos que denotam a parcialidade
do magistrado. As alegações suscitadas neste HC são restritas a fatos
necessariamente delimitados e anteriores à sua impetração. 6.1. O primeiro
fato indicador da parcialidade do magistrado consiste em decisão, de
4.3.2016, que ordenou a realização de uma espetaculosa condução
coercitiva do então investigado, sem que fosse oportunizada previamente
sua intimação pessoal para comparecimento em juízo, como exige o art.
260 do CPP. Foi com o intuito de impedir incidentes desse gênero que o
Plenário do STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da condução
coercitiva como medida de instrução criminal forçada, ante o
comprometimento dos preceitos constitucionais do direito ao silêncio e da
garantia de não autoincriminação. (ADPF 444, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Tribunal Pleno, julgado em 14.6.2018, DJe 22.5.2019). No caso concreto, a
decisão que ordenou a condução coercitiva não respeitou as balizas legais
e propiciou uma exposição atentatória à dignidade e à presunção de
inocência do investigado. 6.2. O segundo fato elucidativo da atuação
enviesada do juiz consistiu em flagrante violação do direito
constitucional à ampla defesa do paciente. O ex-juiz realizou a quebra de
sigilos telefônicos do paciente, de seus familiares e até mesmo de seus
advogados, com o intuito de monitorar e antecipar as estratégias
defensivas. Tanto a interceptação do ramal-tronco do escritório de
advocacia Teixeira, Martins & Advogados quanto a interceptação do telefone
celular do advogado Roberto Teixeira perduraram por quase 30 (trinta dias),
de 19.2.2016 a 16.3.2016. Durante esse período, foram ouvidas e
gravadas todas as conversas havidas entre os 25 (vinte e cinco)
d d i t t d i d d b t d d
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advogados integrantes da sociedade, bem como entre o advogado
Roberto Teixeira e o paciente. 6.3. O terceiro fato indicativo da
parcialidade do juiz traduz-se na divulgação de conversas obtidas em
interceptações telefônicas do paciente com familiares e terceiros. Os
vazamentos se deram em 16.3.2016, momento de enorme tensão na
sociedade brasileira, quando o paciente havia sido nomeado Ministro
da Casa Civil da Presidência da República. Houve intensa discussão
sobre tal ato e ampla efervescência social em crítica ao cenário
político brasileiro. Em decisão de 31.3.2016, o Min. Teori Zavascki, nos
autos da Reclamação 23.457, reconheceu que a decisão do ex-Juiz que
ordenou os vazamentos violou a competência do STF, ante ao envolvimento
de autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função, e ainda se
revelou ilícita por envolver a divulgação de trechos diálogos captados após
a determinação judicial de interrupção das interceptações telefônicas. O
vazamento das interceptações, além de reconhecidamente ilegal, foi
manipuladamente seletivo. 6.4. O quarto fato indicativo da quebra de
imparcialidade do magistrado aconteceu em 2018, quando o magistrado
atuou para que não fosse dado cumprimento à ordem do Juiz do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região Rogério Favreto, que concedera ordem de
habeas corpus para determinar a liberdade do ex-Presidente Lula (HC
5025614- 40.2018.4.04.0000 – Doc. 30), de modo a possibilitar-lhe a
participação no “processo democrático das eleições nacionais, seja nos atos
internos partidários, seja na ações de pré-campanha”. Mesmo sem
jurisdição sobre o caso e em período de férias, o ex-Juiz Sergio Moro atuou
intensamente para evitar o cumprimento da ordem, a ponto de telefonar ao
então Diretor-Geral da Polícia Federal Maurício Valeixo e sustentar o
descumprimento da liminar, agindo como se membro do Ministério Público
fosse, com o objetivo de manter a prisão de réu em caso em que já havia se
manifestado como julgador. 6.5. O quinto fato indicativo da quebra de
imparcialidade do magistrado coincide com a prolação da sentença na ação
penal do chamado Caso Triplex. Ao proferir a sentença condenatória, o ex-
Juiz Sergio Moro fez constar claramente diversas expressões de sua
percepção no sentido de uma pretensa atuação abusiva da defesa do
paciente. O próprio julgador afirmou que, em sua percepção, a defesa teria
atuado de modo agressivo, com comportamentos processuais inadequados,
visando a ofender-lhe. Diante disso, alega que “em relação a essas medidas
processuais questionáveis e ao comportamento processual inadequado,
vale a regra prevista no art. 256 do CPP (‘a suspeição não poderá ser
declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito
der motivo para criá-la’)” (eDOC 7, p. 35). 6.6. O sexto fato indicador da
violação do dever de independência da autoridade judiciária consiste na
decisão tomada pelo magistrado, em 1º.10.2018, de ordenar o levantamento
do sigilo e o translado de parte dos depoimentos prestados por Antônio
Palocci Filho em acordo de colaboração premiada para os autos da Ação
Penal 5063130- 17.2016.4.04.7000 (instituto Lula). Quando referido acordo
foi juntado aos autos da referida ação penal, a fase de instrução processual
já havia sido encerrada, o que sugere que os termos do referido acordo nem
sequer estariam aptos a fundamentar a prolação da sentença. Além disso,
os termos do acordo foram juntados cerca de 3 (três) meses após a decisão
judicial que o homologou, para coincidir com a véspera das eleições. Por
fi t t j t d d d t t l t t d
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fim, tanto a juntada do acordo aos autos quanto o levantamento do seu
sigilo ocorreram por iniciativa do próprio juiz, isto é, sem qualquer
provocação do órgão acusatório. A Segunda Turma do STF, no julgamento
do Agravo Regimental no HC 163.493, reconheceu a ilegalidade tanto do
levantamento do sigilo quanto do translado para os autos de ação penal de
trechos de depoimento prestado por delator, em acordo de colaboração
premiada (HC 163.943 AgR, Redator do acórdão Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 10.9.2020). 6.7. O último fato indicativo
da perda de imparcialidade do magistrado consiste no fato de haver
aceitado o cargo de Ministro da Justiça após a eleição do atual Presidente
da República, Jair Bolsonaro, que há muito despontava como principal
adversário político do paciente.Sergio Moro decidiu fazer parte do Governo
que se elegeu em oposição ao partido cujo maior representante é Luiz
Inácio Lula da Silva. O ex-juiz foi diretamente beneficiado pela condenação
e prisão do paciente. A extrema perplexidade com a aceitação de cargo
político no Governo que o ex-magistrado ajudou a eleger não passou
despercebida pela comunidade acadêmica nacional e internacional. 7.
Ordem de habeas corpus concedida. O reconhecimento da suspeição do
magistrado implica a anulação de todos os atos decisórios praticados pelo
magistrado, no âmbito da Ação Penal 5046512- 94.2016.4.04.7000/PR
(Triplex do Guarujá), incluindo os atos praticados na fase pré-processual,
nos termos do art. 101 do Código de Processo Penal”. – g.n.
E i t t õ f d i t fi tó i
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Essas interceptações foram prorrogadas por sucessivos atos confirmatórios
e ampliativos nas datas de 20.02.2016; 26.02.2016; 29.02.2016;
03.03.2016; 04.03.2016 e 07.03.2016.
t d i ã d 16 03 2016 j í t f d t d
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somente nessa decisão de 16.03.2016 que o juízo parece ter fundamentado
a intercepção do celular do patrono do paciente.
(...)
(...)
(...)
(...)
A i há l l ã d bit á i b d i il
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28/04/2022 15:53 · Processo Judicial Eletrônico - TRF3 - 2º Grau
Assim, há clareza na conclusão de que a arbitrária quebra do sigilo
telefônico dos advogados do paciente macula a imparcialidade do excepto
para julgamento da ação penal em que o ex-Presidente Lula figurava como
réu”
“P did d Q b d Si il d D d / T l fô i º 5006205
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28/04/2022 15:53 · Processo Judicial Eletrônico - TRF3 - 2º Grau
“Pedido de Quebra de Sigilo de Dados e/ou Telefônicos nº 5006205-
98.2016.4.04.7000/PR”, as quais determinaram o levantamento do conteúdo de
conversas interceptadas; bem como para reconhecer a nulidade do conteúdo de
conversas colhidas após a determinação judicial de interrupção das interceptações
telefônicas. É relevante notar que a referida decisão monocrática não apenas consignou
a incompetência do Juízo da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR
para deliberar sobre medida de interceptação telefônica em que constava o envolvimento
de interlocutores com prerrogativa de foro, como também asseverou a ilegalidade da
violação à norma de sigilo das diligências, rechaçando a invocação do interesse
público como fundamento válido para divulgação do teor das conversações
telefônicas interceptadas. Confira-se:
A t ã d t d l j í d i i t
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28/04/2022 15:53 · Processo Judicial Eletrônico - TRF3 - 2º Grau
A argumentação adotada pelo juízo de primeiro grau, em sentença, no
sentido de que o interesse público tem primazia sobre interesses privados, a justificar a
divulgação de teor da interceptação, não procede.
“A indenização por dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se
justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento
indevido, devendo o arbitramento operar-se com moderação,
proporcionalmente ao grau de culpa, ao porte empresarial das partes, às
suas atividades comerciais e, ainda, ao valor do negócio. Há de orientar-se
o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com
razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso, atento à
realidade da vida, notadamente à situação econômica atual e às
peculiaridades de cada caso”.
O l i d i tó i d di lid l U iã f di ã d t
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O valor indenizatório deve ser adimplido pela União, conforme dicção do art.
37, § 6º, da Constituição Federal, diante da ilegalidade da conduta do seu então agente
político, sem prejuízo de, ulteriormente, buscar a ré ressarcimento junto ao seu servidor
público. A conduta do agente da ré, em franca violação aos comandos legais e com sua
parcialidade reconhecida pela Suprema Corte, denota que suas decisões refugiam à
mero atos judiciais tomados no decorrer do processo e visavam outros intentos, ao largo
do processo em testilha, agindo com dolo para prejudicar terceiros, fazendo incidir a
norma do art. 143, inc. I do CPC (antigo art. 133 do CPC/73).
N t t t â bit d t ã i t i l d di it
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Nota-se, portanto, que, no âmbito da proteção internacional dos direitos
humanos, os Estados possuem responsabilidade primária pela tutela de direitos dessa
natureza, assim como por assegurar a reparação na hipótese de sua violação. Por outro
lado, eventual omissão das instâncias internas na proteção dos direitos humanos pode
dar ensejo ao reconhecimento da responsabilidade do Estado perante tribunais
internacionais a cuja jurisdição se encontre vinculado, devendo a jurisdição interna atuar
de forma primária e preventiva em relação aos processos de responsabilidade
internacional.
Ad i t d t 19 d L i 12 965 (M Ci il d I t t)
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Ademais, nos termos do art. 19 da Lei 12.965 (Marco Civil da Internet), a
determinação de indisponibilização de conteúdo indevido “deverá conter, sob pena de
nulidade, identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que
permita a localização inequívoca do material” (§ 1º). Em consonância com a interpretação
conferida pela jurisprudência acerca do referido dispositivo, o reconhecimento da
responsabilidade dos provedores de hospedagem e de conteúdo dependerá da
indicação, pela parte interessada, do respectivo URL em que se encontra o material
apontado como impróprio. Nesse sentido, esclareceu a Min. Nancy Andrighi, no voto
proferido no julgamento da Rcl 5.072 (STJ, Segunda Seção, DJe 04/06/2014):
E â i i í i d lid d d d
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Em consonância com o princípio da causalidade, sendo o recurso de
apelação parcialmente provido para reformar a sentença recorrida e julgar parcialmente
procedente a pretensão autoral, acolhendo-se parte substancial do pedido, impõe-se a
inversão do ônus sucumbencial, para que a Ré seja condenada ao pagamento de
honorários advocatícios.
Dispositivo
É o voto.
EMENTA
CONSTITUCIONAL. CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO MANDAMENTAL E CONDENATÓRIA.
EXCLUSÃO DE CONTEÚDO INDEVIDO DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES E
COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. ERRO JUDICIÁRIO. OPERAÇÃO “LAVA
JATO”. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS. AJUFE. PERDA SUPERVENIENTE DE
INTERESSE PROCESSUAL. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. VIOLAÇÃO A LIMITES
CONSTITUCIONAIS E LEGAIS. DIVULGAÇÃO INDEVIDA DE CONTEÚDO
INTERCEPTADO. LESÃO A PRERROGATIVAS DA ADVOCACIA E A DIREITOS DA
PERSONALIDADE DO OFENDIDO. DIREITOS FUNDAMENTAIS. JURISPRUDÊNCIA
DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. REPARAÇÃO.
COMPENSAÇÃO PECUNIÁRIA POR DANOS MORAIS. RETIRADA DE CONTEÚDO
INDEVIDAMENTE VEICULADO NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES.
PERTINÊNCIA SUBJETIVA DOS PROVEDORES DE CONTEÚDO RESPONSÁVEIS.
ILEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO. RECURSO DE APELAÇÃO PARCIALMENTE
PROVIDO.
1. Afastada a alegação de nulidade por ausência de prestação jurisdicional na apreciação
dos embargos de declaração opostos em face da sentença recorrida. Os embargos de
declaração são inadequados à modificação do pronunciamento judicial proferido,
devendo a parte inconformada valer-se dos recursos cabíveis para lograr tal intento.
Evidenciada a oposição dos referidos embargos como tentativa de promover o reexame
da causa, escorreita a rejeição.
2 O i d A i ã d J í F d i d B il (AJUFE) t f it
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2. O ingresso da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE) no presente feito
deu-se na qualidade de assistente simples da União Federal (art. 121 do CPC), ao
fundamento de que o objeto da demanda se refere a ato judicial típico, ligado às
prerrogativas da magistratura. Havendo o magistrado prolator dos provimentos
jurisdicionais sobre os quais se fundamenta a pretensão deduzida nos autos sido
posteriormente exonerado, a pedido, do cargo de juiz federal, resta configurada a perda
superveniente de interesse processual da AJUFE em intervir no feito, porquanto não mais
subsiste interesse jurídico da referida entidade de classe em que a sentença seja
favorável a uma das partes, devendo o polo passivo ser ocupado apenas pela União
Federal.
3. O ordenamento jurídico brasileiro consagra o direito fundamental à intimidade, à vida
privada, à honra e à imagem, bem como resguarda a inviolabilidade das
correspondências e comunicações, assegurando, ainda, o direito à indenização por dano
material, moral ou à imagem (art. 5º, inc. V, X e XII, da Constituição da República). Da
mesma forma, as normas infraconstitucionais protegem os direitos da personalidade em
face de lesão ou ameaça, bem como asseguram a reparação por perdas e danos (art. 12
do Código Civil). Tais comandos normativos, que resguardam o direito à reparação por
atos violadores de interesses jurídicos patrimoniais ou extrapatrimoniais, são
concretizados, em âmbito legal, pelo conjunto normativo que rege a disciplina da
responsabilidade civil, cujos pressupostos – conduta humana, dano e nexo de
causalidade – encontram-se previstos pelo Código Civil (art. 186 e 927) e cujos
fundamentos se subdividem entre a responsabilidade subjetiva calcada na culpa e a
responsabilidade objetiva embasada na teoria do risco administrativo (art. 37, § 6º, da
Constituição) e da atividade (art. 927, parágrafo único, e art. 931, ambos do Código Civil).
4. A Lei 9.296/96, em plena conformidade com o princípio da proporcionalidade,
estabelece que a interceptação de comunicações telefônicas somente será admitida,
através de decisão devidamente fundamentada (art. 5º), nas hipóteses em que houver
indícios razoáveis de autoria ou participação em infração penal punida com pena de
reclusão e a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis (art. 2º). O aludido
diploma normativo dispõe, ainda, que deve ser preservado, em qualquer hipótese, o sigilo
das diligências, gravações e transcrições respectivas (art. 8º), bem como que a gravação
que não se mostrar estritamente pertinente à prova deverá ser inutilizada por decisão
judicial (art. 9º).
5. Eventual provimento judicial que autorize a violação do sigilo das comunicações em
desconformidade com os limites constitucionais ou com o regramento legal que disciplina
a matéria consubstanciará medida lesiva a direito fundamental de estatura constitucional,
cuja tutela é passível de ocorrer por meio da determinação de restauração do bem
jurídico ao seu status quo ante ou, caso isso não seja possível, através da fixação de
compensação pecuniária.
6. O STF, no julgamento do HC 164.493/PR e da Reclamação nº 23.457/PR, reconheceu
a ilegalidade da medida de interceptação telefônica deflagrada perante o Juízo da 13ª
Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR, nos autos do “Pedido de
Quebra de Sigilo de Dados e/ou Telefônicos nº 5006205-98.2016.4.04.7000/PR”, e que
atingiu, dentre outros alvos, o telefone celular do advogado Roberto Teixeira e o ramal-
tronco do escritório de advocacia “Teixeira, Martins & Advogados”.
7. No julgamento do HC 164.493/PR (Rel. Min. Edson Fachin, Redator para o Acórdão
Min. Gilmar Mendes), o STF pronunciou-se no sentido de que houve quebra da
imparcialidade por parte do então juiz federal Sérgio Fernando Moro, no âmbito da
denominada “Operação Lava Jato”, e enumerou, dentre os fatos indicativos da
parcialidade do então magistrado, a quebra de sigilo telefônico e a divulgação das
conversas realizadas pelo advogado Roberto Teixeira.
8. A interceptação telefônica do ramal-tronco do escritório de advocacia “Teixeira, Martins
& Advogados” mostrou-se desprovida de amparo legal, havendo sido realizada e
renovada sem a devida apreciação e fundamentação judicial. Ademais, a violação do
i il d t d li d l d d i t t d itó i
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sigilo de todas as conversas realizadas pelos advogados integrantes do escritório
interceptado, ao longo de todo o período em que perdurou a medida, consubstancia
violação às prerrogativas constitucionais e legais da defesa.
9. O STF julgou parcialmente procedente a Reclamação 23.457/PR para reconhecer a
violação de competência do Supremo Tribunal Federal (art. 102, inc. I, b, da Constituição
da República) e cassar as decisões proferidas em 16/03/2016 e 17/03/2016, nos autos do
“Pedido de Quebra de Sigilo de Dados e/ou Telefônicos nº 5006205-
98.2016.4.04.7000/PR”, as quais determinaram o levantamento do conteúdo de
conversas interceptadas; bem como para reconhecer a nulidade do conteúdo de
conversas colhidas após a determinação judicial de interrupção das interceptações
telefônicas. A referida decisão monocrática não apenas consignou a incompetência do
Juízo da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR para deliberar sobre
medida de interceptação telefônica em que constava o envolvimento de interlocutores
com prerrogativa de foro, como também asseverou a ilegalidade da violação à norma de
sigilo das diligências, rechaçando a invocação do interesse público como fundamento
válido para divulgação do teor das conversações telefônicas interceptadas.
10. As razões expostas pelo STF no julgamento do HC 164.493/PR e da Reclamação nº
23.457/PR indicam fundamentos inequívocos da ilegalidade dos atos sobre os quais recai
o pleito indenizatório apresentado neste feito.
11. Demonstrada a indevida violação ao sigilo das comunicações do advogado Roberto
Teixeira, no exercício da atividade profissional, por medida de interceptação telefônica
realizada em desconformidade com os limites constitucionais e as normas estabelecidas
pela legislação de regência, assim como a ilegalidade da divulgação das conversações
telefônicas interceptadas, resta caracterizada a lesão a direitos extrapatrimoniais do
Requerente, impondo-se reparação.
12. O levantamento indevido do sigilo das conversas interceptadas repercutiu na esfera
da personalidade do Autor e transcendeu o mero aborrecimento, violando o patrimônio
imaterial do Requerente, no âmbito das suas relações de direito privado.
13. No que se refere ao arbitramento do valor a título de compensação por danos morais,
é firme a orientação jurisprudencial no sentido de que, nesses casos, o montante
indenizatório deve ser determinado segundo o critério da razoabilidade e do não
enriquecimento despropositado.
14. Considerando as circunstâncias específicas do caso concreto, em especial o
levantamento indevido do sigilo das interceptações telefônicas, que inviabilizou o uso do
número do telefone móvel do Autor, notadamente em sua atividade profissional, bem
como a extensão do dano moral imposto, a posição social do agressor, atento às
circunstâncias fáticas e repercussão social do caso, arbitra-se o valor de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais), por revelar-se razoável e suficiente à compensação pretendida, sem
importar no indevido enriquecimento da parte.
15. A determinação da compensação à vítima, pelos danos sofridos, tem por escopo,
para além da reparação do direito violado, também a reafirmação da responsabilidade
primária da jurisdição interna pela tutela dos direitos humanos e pela prevenção à
responsabilidade internacional do Estado, notadamente em face dos deveres de proteção
às garantias judicias, à honra e à dignidade, os quais possuem assento convencional na
Convenção Americana de Direitos Humanos. Precedente da Corte IDH, no caso
denominado “Escher e Outros vs. Brasil”.
16. Em relação à pretensão de retirada do conteúdo das conversas interceptadas da rede
mundial de computadores, o pedido deve ser deduzido diretamente em face dos
provedores de conteúdo responsáveis pela veiculação do material, não possuindo a
União Federal pertinência subjetiva para figurar no polo passivo da lide, razão pela qual,
neste ponto, o feito ser extinto sem resolução do mérito, por ilegitimidade passiva ad
causam (art. 485, inc. VI, do Código de Processo Civil). Precedentes do STJ.
17 E â i i í i d lid d d U iã F d l
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17. Em consonância com o princípio da causalidade, condena-se a União Federal ao
pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, fixados em 10% (dez por cento)
sobre o valor da condenação, na forma do art. 85, § 3º, inc. I, do Código de Processo
Civil.
18. Dado parcial provimento ao recurso de apelação para julgar parcialmente procedente
a pretensão autoral e condenar a União Federal ao pagamento de compensação
pecuniária por danos morais à parte autora, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais), sobre o qual deverá incidir correção monetária, pelo índice IPCA-E, e juros de
mora de 0,5% ao mês (ADI 4.425 e RE 870.947/SE), ambos a partir da data do acórdão;
e determinada a extinção do feito, sem resolução do mérito, em relação à AJUFE, nos
termos do art. 485, inc. VI, do Código de Processo Civil.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Primeira Turma,
por unanimidade, deu parcial provimento ao recurso de apelação para julgar parcialmente
procedente a pretensão autoral e condenar a União Federal ao pagamento de
compensação pecuniária por danos morais à parte autora, no valor de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais), sobre o qual deverá incidir correção monetária, pelo índice IPCA-E,
e juros de mora de 0,5% ao mês (ADI 4.425 e RE 870.947/SE), ambos a partir da data do
acórdão, e determinou a extinção do feito, sem resolução de mérito, em relação à AJUFE,
nos termos do art. 485, inc. VI, do Código de Processo Civil, nos termos do relatório e
voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
22042812533834600000254741820
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