Sistema Respiratorio

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INTRODUÇÃO

As doenças respiratórias são as que afetam o trato e os órgãos do sistema


respiratório. Os factores de risco são tabagismo, a poluição, a exposição profissional a
poluentes atmosféricos, as condições alérgicas e doenças do sistema imunitário, entre
outros. No mundo todo, as doenças que acometem o sistema respiratório ocupam o posto
de terceira causa de morte.
As doenças respiratórias podem acometer desde as vias aéreas superiores (como
cavidades nasais, faringe e laringe) até as inferiores, chegando a atingir a traqueia, os
brônquios, os bronquíolos e estruturas funcionais do pulmão. Este tipo de condição pode
afetar pessoas de todas as idades e, muitas vezes, está diretamente relacionado ao estilo
de vida do paciente e a características ambientais, como a qualidade do ar.
A presença de doenças respiratórias afeta uma das funções vitais do organismo,
podendo prejudicar seriamente a qualidade de vida e o bem-estar do paciente. Quando
não são devidamente tratadas, essas enfermidades podem se agravar de maneira
significativa, ocasionando dificuldade generalizada para respirar e colocando em risco a
vida do indivíduo.

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TUBERCULOSE
A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium
tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, mas pode também afetar outros órgãos
e sistemas do corpo. A tuberculose é uma das dez principais causas de morte no mundo e
continua a ser um problema de saúde pública em muitos países.

 Causas

A tuberculose é transmitida através do ar, quando uma pessoa com tuberculose


pulmonar ativa tosse, espirra ou fala, expelindo gotículas contendo a bactéria. As pessoas
que inalam essas gotículas podem ser infectadas e desenvolver a doença. A tuberculose
pode ser classificada como:

 Sintomas

Os sintomas da tuberculose incluem:

 Tosse persistente, que pode durar três semanas ou mais.


 Produção de escarro, que pode ser com sangue.
 Dor no peito ou dificuldade em respirar.
 Febre, suores noturnos e calafrios.
 Perda de peso e falta de apetite.
 Fadiga e fraqueza.
 Inchaço dos gânglios linfáticos.

 Tratamento

O tratamento da tuberculose inclui:

 Medicamentos antituberculosos: O tratamento padrão para a tuberculose consiste


numa combinação de medicamentos (normalmente isoniazida, rifampicina,
pirazinamida e etambutol) durante um período de seis meses.
 Monitorização e acompanhamento: Os pacientes devem ser acompanhados
regularmente pelos profissionais de saúde durante o tratamento para garantir a
eficácia e a adesão à terapia.

 Prevenção

A prevenção da tuberculose inclui:

 Prevenção da transmissão: Os pacientes com tuberculose devem tomar


precauções, como usar máscaras, evitar locais fechados e aglomerados, e garantir
ventilação adequada, para reduzir o risco de transmissão da doença a outras
pessoas.
 Vacinação: A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é administrada na infância
em muitos países para prevenir formas graves de tuberculose em crianças. No
entanto, a sua eficácia em adultos varia e pode ser limitada.
 Pessoas com maior risco de desenvolver tuberculose, como contactos próximos
de pacientes com tuberculose, pessoas com sistemas imunitários enfraquecidos ou

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portadores de HIV, devem ser rastreadas e tratadas, se necessário, para prevenir a
progressão da doença.
 Controlo da infecção: Adotar medidas de controlo da infecção em hospitais e
outros ambientes de alto risco, como ventilação adequada, uso de máscaras e
separação de pacientes com tuberculose.
 Melhoria das condições socioeconómicas e acesso à saúde: Reduzir a pobreza,
melhorar a nutrição e garantir acesso a serviços de saúde de qualidade são medidas
importantes para prevenir a tuberculose e outras doenças.

O CANCRO DO PULMÃO
O cancro do pulmão é, na vasta maioria dos casos, de origem epitelial e, como tal,
é classificado como carcinoma. Os carcinomas pulmonares surgem normalmente nas
células do epitélio dos brônquios principais (tumor central) ou em pequenos brônquios,
bronquíolos, ou alvéolos (tumor periférico).

Ao contrário das células normais, as células de cancro do pulmão não respeitam


as fronteiras do órgão podendo invadir os tecidos circundantes e disseminar a outras
partes do organismo. A este processo dá-se o nome de metastização.

 CAUSAS

Uma das principais causas do cancro do pulmão é a inserção constante do cigarro,


é o fator de risco mais importante aqui. Estima-se que cerca de 85% dos casos de câncer
de pulmão estejam associados ao tabagismo, incluindo o fumo passivo. A incidência da
doença até tem caído devido às medidas restritivas que estão diminuindo a quantidade de
fumantes no mundo.

A exposição constante a poluentes do ar e agentes químicos ou físicos (entre


minérios radioativos e asbestos) também aumenta o risco desse tumor. Por isso,
trabalhadores de diversas indústrias, construção civil, bombeiros, mecânicos e outros
podem estar mais suscetíveis a ele.

 SINTOMAS

Os sintomas de cancro do pulmão não são exclusivos, podem aparecer noutras doenças.

Deverá estar atento e consultar o seu médico se tiver os seguintes sintomas:

 uma pneumonia que não fica curada.


 dor torácica persistente.
 falta de ar.
 expectoração com sangue.
 emagrecimento progressivo.

 PREVENÇÃO

A prevenção do cancro do pulmão passa fundamentalmente pela adopção de


hábitos saudáveis, nomeadamente não fumar e evitar ambientes de fumo. Passa também
por estar alerta aos sintomas da doença, devendo consultar o seu médico caso os mesmos
se manifestem.
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No caso de ser um fumador habitual, deverá realizar consulta periódica com o seu
médico de família ou um pneumologista, para efectuar um diagnóstico precoce do cancro
do pulmão. Poderá também realizar uma consulta de cessação tabágica numa das nossas
unidades.

BRONQUITE
A bronquite é a inflamação dos brônquios nos pulmões, que são responsáveis por
transportar o oxigênio de e para os pulmões, causando sintomas como tosse seca ou com
catarro, chiado no peito, febre e falta de ar.

 CAUSAS

A causa mais comum da bronquite, principalmente da bronquite aguda, são as


infecções provocadas por vírus, como gripes, resfriados e COVID-19, ou por uma
infecção bacteriana, que pode aumentar o volume dos brônquios e a produção de mais
catarro, diminuindo o fluxo de ar nos pulmões e dificultando a respiração.

O tabagismo é outra causa comum de bronquite, porque a exposição à fumaça


do cigarro provoca irritação constante nos brônquios, levando ao desenvolvimento de
bronquite crônica. Além disso, a exposição a poeira, pólen ou poluição do ar, pode
desencadear bronquite alérgica e crônica.

 SINTOMAS

 Tosse;
 Expectoração;
 Falta de ar;
 Sibilância;
 Cianose;
 Inchaço nas extremidades do corpo graças à piora do trabalho cardíaco;
 Febre quando a bronquite crônica estiver associada à uma infecção respiratória;
 Cansaço;
 Falta de apetite;
 Catarro mucóide (na maioria das vezes muco claro ou branco, purulento se tiver
alguma infecção).

 TRATAMENTO

A bronquite aguda geralmente melhora sem tratamento dentro de algumas


semanas. No entanto, em alguns casos, o pneumologista pode indicar o uso de
medicamentos, fisioterapia, dieta, oxigenoterapia e remédios caseiros.

1. Medicamentos

Alguns medicamentos que podem ser prescritos pelo médico são:

 Analgésicos, como dipirona ou paracetamol, para aliviar a febre;


 Anti-inflamatórios, como ibuprofeno, para as dores de cabeça e no corpo e
reduzir a inflamação dos brônquios;

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 Xaropes, como guaifenesina, ambroxol, dextrometorfano e clobutinol, para
diminuir a tosse seca e ajudar na eliminação do catarro;
 Mucolíticos, como acetilcisteína ou bromexina, para deixar o catarro mais fluido
facilitando sua eliminação;
 Antibióticos para casos de bronquite causada por bactérias;

Além disso, em caso de bronquite crônica, o médico também pode indicar o uso
de broncodilatadores como salbutamol ou brometo de ipratrópio, para abrir os brônquios
e facilitar a respiração, e corticoides que podem ser usados por via oral ou bombinhas,
para controlar a inflamação dos brônquios.

 PREVENÇÃO

Algumas dicas que ajudam a prevenir a bronquite são:

 Parar de fumar;
 Evitar a exposição à fumaça, poluição do ar e fumaça do cigarro de outras pessoas;
 Tomar a vacina da gripe e da COVID-19;
 Manter uma alimentação saudável.

PNEUMONIA
A pneumonia é uma inflamação que acomete os pulmões.
Para ser mais exato, ela atinge principalmente os bronquíolos (pequenos tubos que
transportam o ar dos brônquios para os alvéolos, onde ocorre a troca gasosa) e o interstício
(tecido mais interno do órgão).
De acordo com a coalizão Every Breath Counts, a pneumonia é a principal razão
de morte por doenças infecciosas no mundo: foram 2,5 milhões de vítimas fatais em 2019.
A cada 39 segundos, uma criança morre desse problema, segundo o Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef).
 CAUSAS

A pneumonia pode ser causada por uma variedade de microorganismos,


incluindo bactérias, vírus e fungos. A bactéria Streptococcus pneumoniae é a causa mais
comum em adultos. Outros agentes, como o vírus da gripe e o Mycoplasma
pneumoniae, também são frequentemente responsáveis.

 SINTOMAS

 Tosse com ou sem catarro


 Dor no peito
 Falta de ar
 Febre
 Dor de cabeça e no corpo
 Mal-estar
 Falta de apetite

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 TRATAMENTO
O tratamento da pneumonia depende da causa e da gravidade da doença. No caso
de pneumonia bacteriana, os antibióticos são a base do tratamento. No caso da pneumonia
por aspiração, é crucial tratar também qualquer condição subjacente que esteja a
contribuir para a aspiração. Em situações mais graves, a hospitalização pode ser
necessária para administrar fluidos e medicamentos por via intravenosa e para
monitorizar de perto a função pulmonar. Em casa, é crucial o descanso, hidratação e a
toma de toda a medicação prescrita.
 PREVENÇÃO
 Pneumonia bacteriana e viral propagada através da inalação de gotículas
transportadas pelo ar por tosse ou espirro
Os fatores de risco incluem:
 Idade - os mais vulneráveis são crianças abaixo de 2 anos e adultos acima de 65
anos
 Hospitalizado em unidade de terapia intensiva e em caso de suporte de
ventilador por período prolongado
 Doenças pulmonares como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica
(COPD) podem aumentar o risco
 Fumar

ENFISEMA
Enfisema pulmonar é uma doença respiratória causada pela destruição dos
alvéolos pulmonares, o que dificulta o fluxo de ar e a respiração, levando ao surgimento
de sintomas, como respiração rápida, tosse ou dificuldade para respirar, por exemplo.
O enfisema pulmonar é considerado um tipo de doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC), sendo mais comum em pessoas que fumaram por vários anos, uma vez
que o cigarro promove a destruição progressiva dos alvéolos pulmonares. Assim, para
evitar a doença é importante evitar fumar ou permanecer em ambientes em que há muita
fumaça de cigarro.
 CAUSAS
O enfisema pulmonar é causado pela destruição de um grande número de alvéolos,
que são pequenas estruturas dentro do pulmão responsáveis pelas trocas gasosas e entrada
de oxigênio na corrente sanguínea, além de também haver comprometimento na
capacidade do pulmão se expandir.
As principais causas da destruição dos alvéolos e desenvolvimento do enfisema
pulmonar são:
 Hábito de fumar cigarro, charuto, cachimbo ou VAPE;
 Exposição crônica à poluição ambiental;
 Exposição à poeiras, gases ou produtos químicos, especialmente devido à
profissão, como trabalhar em fábricas ou com transporte de cargas;
 Exposição frequente à fumaça de forno à lenha ou carvão;
 Trabalhar em carvoarias;
 Ter contato frequente com queimadas, como no caso de bombeiros;
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 Deficiência de alfa 1 antitripsina (AATD).

Essas condições podem causar destruição progressiva dos alvéolos pulmonares,


fazendo com que o oxigênio não consiga entrar de forma adequada no corpo, levando ao
surgimento dos sintomas.
 SINTOMAS
Os principais sintomas de enfisema pulmonar são:
 Dificuldade para respirar;
 Falta de ar crônica;
 Tosse;
 Respiração rápida e ofegante;
 Sensação de ruído ou chiado no peito ao respirar;
 Falta de ar durante esforços;
 Produção de muito catarro;
 Sensação de aperto no peito;
 Cansaço excessivo;
 Perda de peso.

 TRATAMENTO
O tratamento do enfisema pulmonar é feito com orientação do pneumologista, uma
vez que é necessário adaptá-lo aos sintomas apresentados e ao grau de desenvolvimento
da doença. Em todos os casos, é importante evitar o uso de cigarro e não permanecer em
locais com muita poluição ou fumaça.
O médico pode ainda recomendar sessões de fisioterapia respiratória, que utilizam
exercícios que ajudam a expandir o pulmão e aumentam os níveis de oxigênio no
organismo. Veja como é feito o tratamento para o enfisema pulmonar.
Nos casos mais graves de enfisema pulmonar, também pode ser indicado pelo
pneumologista a oxigenoterapia ou até cirurgia para remover as partes danificadas do
pulmão ou transplante de pulmão.
 PREVENÇÃO

A melhor forma de prevenção do enfisema é não fumar, mas não permanecer em


locais onde há fumaça de cigarro também é importante. Outras dicas são:
 Evitar poluentes do ar, ambientadores dentro de casa, cloro e outros produtos com
cheiro forte;
 Evitar emoções fortes como raiva, agressividade, ansiedade e estresse;
 Evitar permanecer nos extremos de temperatura, tanto num local muito quente,
como nos muito frios;
 Evitar permanecer próximo a fogueiras ou churrasqueiras por causa da fumaça;
 Evitar permanecer em locais com nevoeiro, porque a qualidade do ar é inferior;
 Tomar a vacina da gripe todos os anos;
 Acompanhar regularmente com pneumologista.

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CONCLUSÃO
Contudo, concluo dizendo que as doenças respiratórias provocam irritações e
inflamações em todo sistema respiratório, podendo causar também a obstrução das vias
aérias, dificultando a respiração. Por isso, manter a saúde do sistema respiratório é
fundamental para o bem-estar do ser humano

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REFERÊNCIA
https://www.saude.ao/pneumonia/
https://www.tuasaude.com/enfisema-pulmonar/#sintomas
https://rinoclinica.com.br/principais-doencas-respiratorias/

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