Leitura e Interpretação de Desenho Técnico (Instrutor)
Leitura e Interpretação de Desenho Técnico (Instrutor)
Leitura e Interpretação de Desenho Técnico (Instrutor)
(Instrutor)
IMP -1108/4
Folha de Avaliação
Instrutor:
Treinamento:
Assinatura: Data:
Marcia Rosa
Departamento de Apostilas
1. O material didático que você está recebendo está de acordo com a proposta do
treinamento? (ver objetivos do treinamento em www.impacta.com.br).
Sim
Não
Justifique:
2. Com relação ao conteúdo, há alguma observação a fazer? (Se sim, indique em quais capítulos
e especifique as alterações sugeridas).
Sim
Não
Justifique:
Sim
Não
Justifique:
www.impacta.com.br
Copyright © Impacta Tecnologia Ltda.
Coordenação Geral:
Márcia Rosa
Coordenação Editorial:
Henrique Thomaz Bruscagin
Autor
Márcio Fabiano Diniz
Ilustrações
Márcio Fabiano Diniz
Equipe de Apoio:
Simone Rocha Araújo - Revisão Ortográca e Gramatical
Ana Claudia Martins - Diagramação
Rafael Bosco Burri - Estagiário
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Edição n° 1
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maio/2008 ta a
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES CodGraf: IMP- 1108/4 Tecnologi
Sumário
Capítulo 1: Introdução ao desenho técnico .....................................................................11
1. A origem do desenho técnico....................................................................................12
2. Normalização técnica - NBRs .....................................................................................13
2.1. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas......................................................13
2.2. Outros órgãos reguladores e certificadores ................................................................13
3. Materiais utilizados neste treinamento ......................................................................15
3.1. Recomendações para o manuseio do material de desenho ........................................16
4. Os instrumentos de desenho .....................................................................................17
4.1. Os esquadros ............................................................................................................17
4.1.1. Obtendo linhas paralelas horizontais .........................................................................18
4.1.2. Obtendo linhas paralelas verticais ..............................................................................18
4.1.3. Obtendo linhas paralelas angulares ...........................................................................19
4.1.4. Cruzamento de linhas perpendiculares ......................................................................19
4.1.5. Obtenção de ângulos diferenciados ...........................................................................20
4.2. O compasso ..............................................................................................................20
4.3. A prancheta ..............................................................................................................21
4.3.1. Pranchetas portáteis ..................................................................................................22
4.3.2. Pranchetas de cavalete ..............................................................................................22
IMP CT 5
Sumário
8. Calculando áreas .......................................................................................................44
9. Geometria espacial....................................................................................................45
9.1. Alguns sólidos primitivos ...........................................................................................45
Capítulo 6: Cotagem..........................................................................................................71
1. Introdução ................................................................................................................72
2. Linhas auxiliares e linhas de cota ...............................................................................74
2.1. Limite da linha de cota ..............................................................................................76
3. Apresentação da cotagem .........................................................................................78
4. Cotagem por elemento de referência .......................................................................80
5. Cotagem de ângulos e chanfros ...............................................................................82
6. Cotagem de elementos repetidos ..............................................................................83
6.1. Cotas de furos para alojamento de parafusos ...........................................................84
7. Cotas com tolerâncias ..............................................................................................85
7.1. Indicação de tolerância em um desenho convencional ...............................................86
6 IMP CT
Sumário
4. Corte em desvio ........................................................................................................98
5. Corte parcial ..........................................................................................................100
6. Corte auxiliar ..........................................................................................................101
7. Seções ....................................................................................................................102
8. Ruptura...................................................................................................................103
Exercícios .......................................................................................................................147
IMP CT 7
Objetivos do Treinamento
Este treinamento também visa preparar alunos que não possuem nenhum conheci-
mento prévio em desenho técnico e, posteriormente, pretendem aprender AutoCAD.
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Pré-requisitos
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recomendações de manuseio;
� Esquadro, compasso e prancheta
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TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 1 Introdução ao desenho técnico ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
• QS9000: Equivale à ISO 9000, só que é destinada ao controle das atividades das
empresas automobilísticas. Foi criada pelas 3 maiores montadoras de veículos
dos EUA: Ford, General Motors e Daimler Chrysler.
As normas são de grande valia para o desenho técnico, assim como para a produção,
construção, fiscalização e controle de qualidade em nosso país.
Utilizaremos como base para o nosso treinamento algumas normas destacadas a
seguir:
Lápis HB – Preto
Borracha plástica
Régua 30 cm
Compasso
• Não devemos forçar o lápis antes do término do desenho. Isto pode causar
decalques e dificultar uma correção posterior;
• Para obter uma linha mais grossa, não é recomendado pressionar o lápis contra
o papel com mais força, mas sim repassar duas ou três vezes o mesmo traço;
4. Os instrumentos de desenho
Esquadro, compasso e prancheta são alguns dos instrumentos de desenho que
utilizaremos. A seguir, falaremos um pouco sobre eles.
4.1. Os esquadros
O jogo de esquadros compõe uma parcela importante do material de desenho, pois
será através dele que faremos os traçados estruturais em ângulo.
Apesar dos esquadros disporem apenas dos ângulos de 90º, 30º, 45º e 60º, eles
podem trabalhar a partir de vários ângulos se os combinarmos, além da possibilidade
de obtenção de linhas paralelas e perpendiculares.
Vejamos a posição adequada dos esquadros para obtermos linhas paralelas verticais:
Vejamos a posição adequada dos esquadros para obtermos linhas paralelas angulares:
Poderemos utilizar uma disposição similar dos esquadros para traçar uma linha
perpendicular (90º) a partir de um segmento existente.
Com a utilização dos esquadros podemos obter todos os ângulos mostrados a seguir:
4.2. O compasso
O compasso é a ferramenta utilizada para a criação de arcos, circunferências e elipses.
Com ele podemos gerar as principais formas geométricas conhecidas atualmente,
assim como os polígonos regulares.
É preciso evitar inclinar o compasso durante o traçado, pois isto pode causar o
desprendimento da ponta seca.
certo
errado
4.3. A prancheta
As pranchetas comercializadas atualmente seguem a formulação dos formatos de
papel encontrados no mercado, sendo os formatos, por norma, no Brasil, a série A,
do A4 ao A0. Existem dois tipos diferentes de prancheta, sobre os quais falaremos
a seguir.
São mais práticas e podem ser acomodadas em qualquer lugar. São muito utilizadas
para croquis e pequenos projetos.
São pranchetas de grande porte, geralmente maiores ou iguais ao formato A2. São
mais precisas, no entanto, não possuem régua de fixação para a folha. Por possuírem
a régua paralela, cobrem praticamente toda a extensão da folha, dispensando a
utilização da régua T.
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.
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Introdução à geometria
� Geometria plana;
� Conceitos de ponto, reta, semi-reta,
segmento de reta;
Leitura e Interpretação
� Ângulos
de Desenho Técnico
� Triângulos;
� Planos;
� Construção de linhas paralelas e
circunferências;
� Polígonos regulares;
� Concordâncias
� Cálculo de áreas;
� Geometria espacial.
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IMP CT
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 2 Introdução à geometria ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
1. Geometria
A geometria é o ramo da matemática que estuda as formas planas e espaciais, assim
como suas propriedades.
1.2.1. Ponto
Segundo o primeiro livro dos elementos de Euclides, ponto é aquilo que não tem
partes e não possui grandeza alguma. As extremidades das linhas podem ser
consideradas pontos.
Os pontos podem ser indicados pelo cruzamento de duas linhas e são representados
pelas letras maiúsculas de nosso alfabeto.
B
C P
1.2.2. Reta
1.2.3. Semi-reta
2. Ângulos
Chama-se ângulo a reunião de duas semi-retas de mesma origem que não estão
contidas em uma mesma reta (colineares). Vejamos as figuras:
ÂNGULO OBTUSO
BISSETRIZ TRISSECANTE
3. Triângulos
Dados três pontos não-colineares A, B e C, à reunião dos segmentos AB, AC e BC
chama-se triângulo ABC.
4. Planos
Plano é o que possui comprimento e largura. Suas extremidades são linhas retas e é
sobre ele que se assentam todas as linhas. É representado pelas letras minúsculas do
alfabeto grego.
5. Construção
O desenho geométrico é fundamental nas construções dos desenhos técnicos. A
seguir, temos as principais técnicas envolvendo as construções geométricas mais
comuns.
5.2. Circunferência
O círculo, de acordo com Euclides, é uma figura plana, fechada por uma só linha, a
qual se chama circunferência, de modo que todas as linhas retas que ligam um certo
ponto existente no meio da figura à circunferência são iguais entre si.
6. Polígonos regulares
O polígono é regular se possuir ângulos e lados iguais. Os polígonos podem ser:
Inscritos: Circunscritos:
• Triângulo
• Quadrado
• Pentágono
• Hexágono
• Heptágono
• Octógono
• Eneágono
• Decágono
7. Concordância
É a junção ou arredondamento que se forma a partir da tangente dos segmentos que
constituem o ângulo. É muito utilizada para dar acabamento entre um segmento curvo
e uma linha reta ou entre curvas.
• Ângulo reto
• Ângulo agudo
• Ângulo obtuso
8. Calculando áreas
O cálculo de áreas é uma das principais atividades da geometria plana, através da qual
obtemos proporção, simetria, e posteriormente poderemos efetuar cálculos de volume
na geometria espacial.
9. Geometria espacial
É o ramo da geometria que estuda os sólidos primitivos quanto à sua proporção, ao
volume e à integração com outras formas geométricas. A representação destes sólidos
no plano de desenho deverá seguir alguns critérios, de acordo com técnicas distintas.
As dimensões da figura a ser representada podem ser alteradas de acordo com a
perspectiva e com o ponto de fuga.
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.
• Ponto é aquilo que não tem partes e não possui grandeza alguma; linha reta
é o que tem comprimento, sem denotação de largura; semi-reta é a porção
determinável da reta; e o segmento de reta, ao contrário da semi-reta, não está
integrado a um conjunto ou compõe uma figura complexa, ele, por si só, define
o elemento finito.
• Chama-se ângulo a reunião de duas semi-retas de mesma origem que não estão
contidas em uma mesma reta (colineares);
• Duas retas distintas sobre um plano, de acordo com a sua posição, podem ser
concorrentes ou paralelas;
• O círculo, de acordo com Euclides, é uma figura plana, fechada por uma só linha,
a qual se chama circunferência, de modo que todas as linhas retas que ligam um
certo ponto existente no meio da figura à circunferência são iguais entre si;
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Formato de papel
� Formato de papel;
� Carimbos (ou legenda).
Leitura e Interpretação
de Desenho Técnico
IMP CT
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 3 Formato de papel ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
1. Formato de papel
Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de resistência
e durabilidade apropriadas. A escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos
objetivos, do tipo de projeto e das facilidades de reprodução, a saber:
Transparentes
manteiga
Vegetal
Albanene
Poliéster
Cronaflex
Opacos
canson
Schoeller
Sulfite Grosso
A5 148x210 0,5
A6 105x148 0,5
O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual 1m² e de lados
medindo 841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma relação que existe
entre o lado de um quadrado e sua diagonal, = , conforme vemos na figura a seguir.
Deste formato básico, designado por A0 (A zero), deriva-se a série “A” pela bipartição
ou pela duplicação sucessiva, conforme vemos na figura a seguir.
1.1. Dobradura
Para evitar problemas de manuseios e arquivamento, seguem as dobraduras
correspondentes a cada formato:
• Formato A0
• Formato A1
• Formato A2
• Formato A3
• Formato A4
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção, pois
representam os pontos mais importantes do capítulo.
• O canto inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado ao carimbo
destinado à legenda de titulação e numeração dos desenhos.
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Linhas convencionais
IMP CT
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 4 Linhas convencionais ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
É possível fixar a linha média como a metade da grossa e a fina como a metade da
média, aproximadamente. Manter estas espessuras e relações torna-se, obviamente,
muito difícil em um desenho feito a lápis (grafite), seja este elaborado em uma
prancheta ou mediante um croqui (desenho feito a mão). Devemos aproximar as
espessuras dos traços o máximo possível do estabelecido pela regulamentação,
conforme veremos a seguir.
A Contornos Visíveis
Contínua Larga
Arestas Visíveis
C
Limites de vistas ou cortes
Contínua estreita a
parciais, ou interrompidas se o
mão livre limite não coincidir com linhas de
traço e ponto.
Contínua estreita em
D Esta linha destina-se a desenhos
ziguezague confeccionados por máquinas
E
Tracejada larga Contornos não-visíveis
Áreas não-visíveis
F
Tracejada estreita Contornos não-visíveis
Arestas não-visíveis
G
Linhas de centro
Traço ponto estreita Linhas de simetrias
Trajetórias
H Traço ponto
estreita, larga nas
extremidades e na Planos de cortes
mudança de
direção
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.
• A relação entre as larguras de linhas largas e estreitas não deve ser inferior a 2.
As larguras das linhas devem ser escolhidas conforme o tipo, dimensão, escala
e densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento:
0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm. Porém, devemos
utilizar as espessuras conforme dita a norma, para uma padronização de todos
os desenhos.
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Projeções ortogonais
� O plano de projeção;
� Definição e denominação das vistas.
Leitura e Interpretação
de Desenho Técnico
IMP CT
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 5 Projeções ortogonais ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
1. Introdução
A representação em perspectiva isométrica nem sempre mostra claramente os
detalhes internos da peça. Na indústria, em geral, o profissional que vai produzir uma
peça não recebe o desenho em perspectiva, mas sim a sua representação em projeção
ortogonal.
Como os sólidos são constituídos por várias superfícies, as projeções ortogonais são
utilizadas para representar as formas tridimensionais através de figuras planas.
Seu sistema foi aprimorado e ganhou um terceiro referencial, conhecido como eixo Z;
o que no plano 2D era chamado de Quadrante passou a ser chamado de Diedro no
plano 3D.
2. O plano de projeção
Atualmente, as projeções ortogonais são utilizadas em todos os segmentos e em todo
o mundo, seja em desenho arquitetônico, industrial, tubulações ou movelaria. Em
virtude da normalização técnica de cada país, podemos nos deparar com projeções nos
4 diedros.
Exemplo:
• Vistas ortogonais
3. Denindo as vistas
Os detalhes são utilizados como critério para estabelecer qual é a vista mais adequada
para representar a elevação (ou vista frontal).
• Vista Frontal;
• Vista Superior;
• Vista Lateral Esquerda;
• Vista Lateral Direita;
• Vista Inferior;
• Vista Posterior.
Vista Inferior
Vista Superior
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.
• Os detalhes são utilizados como critério para estabelecer qual é a vista mais
adequada para representar a elevação (ou vista frontal);
• A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou
principal;
• Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou seções, elas devem
ser selecionadas conforme os seguintes critérios: usar o menor número de vistas;
evitar repetição de detalhes; evitar linhas tracejadas desnecessárias;
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Cotagem
IMP CT
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 6 Cotagem ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
1. Introdução
Para a confecção de peças é necessário saber as suas dimensões através da Cotagem,
que é a colocação das dimensões em um desenho e no AutoCAD chama-se
Dimensionamento.
• Boa disposição, ou seja, uma distribuição clara e objetiva das cotas, sempre
visando a fácil interpretação por parte do construtor da peça, para que o mesmo
não tenha dúvidas nem tenha que efetuar cálculos para descobrir eventuais
dimensões;
• A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente
o elemento;
• Desenhar linhas de chamadas das cotas com traços mais finos que os do
contorno do desenho, para evitar confusões;
A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente, além da respectiva linha de cota.
Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e a linha auxiliar.
Linhas auxiliares e de cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas.
A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento seja interrompido.
O cruzamento das linhas de cota e auxiliares deve ser evitado, porém, se isto ocorrer,
as linhas não deverão ser interrompidas no ponto de cruzamento.
As linhas de centro e de contorno não devem ser usadas como linha de cota, porém,
podem ser usadas como linha auxiliar. A linha de centro, quando usada como linha
auxiliar, deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto.
Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio (ver
figura), podendo ser dentro ou fora do contorno (ou linha auxiliar), dependendo do
elemento apresentado.
3. Apresentação da cotagem
As cotas devem ser apresentadas no desenho em caracteres com tamanho suficiente
para garantir a completa legibilidade, tanto no original como nas reproduções
efetuadas nos microfilmes (conforme NBR 8402). As cotas devem ser localizadas de
tal modo que não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha. Elas devem
ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e, preferivelmente, no
centro. Observemos a figura:
Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a figura:
Na cotagem angular, pode ser seguida uma das formas apresentadas nas figuras:
Os símbolos a seguir são usados com cotas para mostrar a identificação das formas e
melhorar a interpretação do desenho. Os símbolos de diâmetro e de quadrado podem
ser omitidos quando a forma for claramente indicada. As cotas devem ser precedidas
pelos símbolos, conforme vemos nas figuras:
A cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso. Neste
caso, a origem deve ser como mostra as figuras a seguir:
Para evitar cantos vivos nas peças que serão manuseadas, é usual quebrar os cantos
vivos com pequenas inclinações, que na sua grande maioria são ângulos de 45°,
mas que também podem ser outros ângulos, conforme os princípios de cotagem de
elementos angulares.
Quando os espaçamentos não forem eqüidistantes, será feita a cotagem dos espaços,
indicando a quantidade de elementos, conforme mostram as figuras a seguir:
• Cota com indicação do limite máximo e mínimo sobre a parte superior e inferior
da linha de cota;
• As linhas auxiliares e as linhas de cota são desenhadas como linhas estreitas contínuas,
conforme a NBR 8403;
• As indicações dos limites das linhas de cota são feitas por meio de setas ou traços
oblíquos e devem ter o mesmo tamanho dentro de um mesmo desenho. Somente
uma forma de indicação destes limites deve ser usada em um mesmo desenho,
entretanto, quando o espaço for muito pequeno, é permitida a utilização de outra
forma de indicação de limites;
• Para definir um elemento angular, são necessárias pelo menos duas cotas
informando os comprimentos de seus dois lados ou o comprimento de um dos
seus dois lados associado ao valor de um de seus ângulos;
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Escalas
IMP CT
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 7 Escalas ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
• ESCALA 1:1 - Para escala Natural, isto é, quando o desenho tem o mesmo
tamanho que o elemento;
A palavra ESCALA pode ser abreviada para ESC. A seguir temos a tabela recomendada
de escalas para o desenho técnico:
Escala =
Desenho =
As cotas no desenho devem ser escritas com seus valores reais. A escala, seja qual
for, deve ser indicada na legenda do desenho e, nos desenhos que possuírem mais de
uma escala junto com o detalhe ou vista a que se referem, somente a escala principal
deverá constar na legenda.
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.
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Cortes
� Corte total;
� Meio-corte;
� Corte em desvio;
Leitura e Interpretação
� Corte parcial;
de Desenho Técnico
� Corte auxiliar;
� Seções;
� Rupturas.
IMP CT
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 8 Cortes ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
1. Introdução
Quando o objeto possui muitos detalhes internos, a representação se torna um pouco
mais complexa devido ao grande número de linhas tracejadas utilizadas para indicar as
arestas e os contornos não-visíveis.
Quando a localização não for clara ou for necessário distinguir entre vários planos de
corte, a posição do plano de corte deve ser indicada por meio de linha estreita traço
ponto, larga nas extremidades e na mudança de direção, conforme a NBR 8403. O
plano de corte deve ser identificado por letra maiúscula e o sentido de observação por
meio de setas.
Na vista cortada, as áreas que recebem o corte serão destacadas por meio de
hachuras, para indicar a existência do corte. As hachuras são um padrão de linhas
que representam o tipo de material do objeto cortado. Nos desenhos mecânicos,
é utilizado somente um tipo de hachura nas áreas cortadas: a hachura de linhas
inclinadas a 45°. Já nos desenhos arquitetônicos, são utilizados vários padrões de
hachuras diferentes, cada um indicando o material do objeto cortado.
Os tipos de corte utilizados nos desenhos técnicos são: Corte total, Meio-corte, Corte
em desvio, Corte parcial e Corte auxiliar, sobre os quais falaremos a seguir.
2. Corte total
Corte total é aquele que atinge a peça em toda a sua extensão. Este pode ser efetuado
no sentido transversal ou longitudinal da peça, dispondo sobre a superfície uma trajetória
retilínea que fará a simulação do corte sobre todas as partes maciças.
3. Meio-corte
Há tipos de peças nos quais é possível aplicar o corte em apenas uma parte da peça,
mostrando na área cortada os detalhes internos e representando na outra área a vista
normal. Para aplicar o meio-corte, a peça deve ser simétrica.
A peça estava sendo vista de frente quando se imaginou o corte, logo, a vista na qual
o corte deve ser representado é a vista frontal, conforme vemos a seguir.
4. Corte em desvio
Consideramos um corte em desvio uma representação parcial do corte total, pois este
também ocorre no sentido transversal ou longitudinal do objeto. Entretanto, este
corte visa exibir detalhes que seriam omitidos pela linha de corte retilínea.
Neste tipo de corte não é necessário indicar as arestas de inversão do corte. A seguir,
temos uma representação do corte total:
Podemos observar que a vista gerada por este corte omitiu os furos passantes. O
mesmo não ocorre no corte em desvio.
5. Corte parcial
É muito semelhante ao corte total, mas a sua representação tem a finalidade de
destacar apenas uma parcela específica do interior do objeto. Utiliza-se uma linha
sinuosa fina para representação da trajetória do corte e as arestas ocultas não
precisam de representação.
6. Corte auxiliar
O corte auxiliar, assim como o corte parcial, gera um detalhe isolado do interior do
objeto, simplificando sua compreensão. Em projeção ortogonal, não poderíamos obter
a mesma visualização em conseqüência da sobreposição de linhas, o que tornaria
muito confusa a sua leitura.
7. Seções
As seções mostram detalhes ao longo de uma peça, podem ser rebatidas dentro do
contorno da vista, sem interrupção do traço da vista, ou ainda movidas para fora do
contorno da vista. São muito utilizadas em objetos cilíndricos e com grandes áreas
vazadas, como engrenagens e polias de tração.
8. Ruptura
Ruptura é a técnica de representação de desenho técnico mais utilizada para abreviar vistas,
a fim de economizar espaço na área de projeto.
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.
• Os tipos de corte utilizados nos desenhos técnicos são: Corte total, Meio-corte,
Corte em desvio, Corte parcial e Corte auxiliar;
• As seções mostram detalhes ao longo de uma peça, podem ser rebatidas dentro
do contorno da vista, sem interrupção do traço da vista, ou ainda movidas para
fora do contorno da vista;
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Indicação do estado
de superfície
IMP CT
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 9 Indicação do estado de superfície ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
N12 50
N11 25
N10 12,5
N9 6,3
N8 3,2
N7 1,6
N6 0,8
N5 0,4
N3 0,1
N2 0,05
N1 0,025
No Brasil, até 1984, a NBR6402 indicava o acabamento superficial por meio de uma
simbologia que transmitia apenas informações qualitativas. Esta simbologia, que hoje
se encontra ultrapassada, não deve ser utilizada em desenhos técnicos mecânicos,
entretanto, é importante conhecê-la, pois podemos encontrá-la em desenhos mais
antigos.
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Introdução à arquitetura
� Desenho arquitetônico;
� Elementos dos projetos de arquitetura;
� Carimbo (ou legenda);
� Espessuras das linhas;
� Escalas gráficas;
Leitura e Interpretação
� Orientação (simbologia);
de Desenho Técnico
� Cotas de nível;
� Designação de portas e esquadrias;
� Representação de materiais;
� Planta de cobertura;
� Planta de locação;
� Detalhes construtivos;
� Alvenaria;
� Telhado;
� Circulação vertical.
IMP CT
TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 10 Introdução à arquitetura ICS IMP CT
Certified Specialist
MODULAR
1. Desenho arquitetônico
Este capítulo tem o objetivo de fixar as condições exigidas para a representação
gráfica de projetos de arquitetura, visando a sua boa compreensão.
T
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Nota: o em
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Nota: p o dem s
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d e e dificaç dar-tipo, só
ntas u, an
As pla b s o lo, jira
u .
térreo
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n t re outras
ura, e
cobert
2.4. Corte
É o plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido
longitudinal ou no transversal.
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C
P
IM
N o t a : eod e s e n ho mo
stre
ver
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Para efetuarmos o corte, temos que desenhar a planta previamente, para que
sejam marcados os pontos e a direção do corte. Existe uma vasta simbologia de
representação de cortes. As mais aceitas atualmente são:
2.6. Fachada
É a representação gráfica de planos externos da edificação. Os cortes transversais e
longitudinais podem ser marcados nas fachadas.
2.7. Elevações
São as representações gráficas de planos internos ou de elementos da edificação.
O canto inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado ao carimbo
destinado à legenda de titulação e numeração dos desenhos. Devem constar na
legenda, no mínimo, as seguintes informações:
5. Escalas grácas
Escala é a relação dimensional entre a representação de um objeto no desenho e suas
dimensões reais. As escalas gráficas mais utilizadas são:
1/2; 1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/75; 1/100; 1/200; 1/250 e 1/500.
6. Orientação (simbologia)
Para um melhor entendimento do projeto, é necessária a aplicação de símbolos de
orientação referencial. Na construção civil, utiliza-se o Norte como guia.
Sendo:
• N= Norte verdadeiro;
• NM= Norte Magnético – pode ser utilizado somente na fase de estudos
preliminares;
• NP= Indicação da posição relativa entre vários desenhos constituintes do projeto.
Esta indicação é opcional e deve ser acompanhada do norte verdadeiro.
• Indicação de chamadas
2%
7. Cotas de nível
As cotas de nível devem ser sempre representadas em metros.
Sendo:
8. Marcação de coordenadas
Para a melhor localização dos ambientes e fases do projeto, são utilizadas as
marcações de coordenadas. Elas simplificam a identificação de trechos da obra em
desenhos muito grandes.
A representação dos eixos verticais segue a ordem 1,2,3..... e dos eixos horizontais
A,B,C.....
9.1. Portas
Estas são as medidas de vão normalmente utilizadas:
A reprodução detalhada das paredes com acabamento e batentes somente será feita
dependendo da escala adotada. Recomendação: 1/50, 1/30, 1/20.....
9.2. Janelas
As representações mais comuns são:
T
C
P
IM
CONCRETO EM
VISTA
CONCRETO EM
CORTE
MÁRMORE/
GRANITO EM
VISTA
MADEIRA EM
VISTA
MADEIRA EM
CORTE
COMPENSADO
AÇO EM CORTE
ISOLAMENTO
TÉRMICO
ALVENARIA EM
CORTE *
ARGAMASSA
TALUDE EM VISTA
ENCHIMENTO DE
PISO
ATERRO
BORRACHA,
VINIL,
NEOPRENE,
MÁSTIQUE, ETC.
MÁRMORE /
GRANITO EM
CORTE
ENCHIMENTO DE
PISO
ATERRO
BORRACHA,
VINIL,
NEOPRENE,
MÁSTIQUE, ETC.
MÁRMORE /
GRANITO EM
CORTE
A planta da locação não se limita à construção. Ela deve exibir os limites do terreno,
árvores existentes ou alguma referência que desperte interesse, a calçada e, se
necessário, as construções vizinhas.
Utiliza-se este tipo de planta como ponto de partida para a marcação de quase tudo
no projeto.
Verga
Pequena viga na parte
superior de portas e
janelas
EMBASAMENTO
ou Sôco: diferença
de altura entre o
terreno e o piso Peitoril
Parte inferior da Janela
Pé Direito
Altura do piso ao forro
ou da parte mais baixa
da laje
Exemplos:
14. Alvenaria
Alvenaria é o sistema construtivo formado por materiais colocados regularmente em
posição de equilíbrio. A alvenaria pode ser de tijolos ou pedra.
15. Telhado
Antes de iniciarmos o estudo da técnica utilizada para desenharmos o telhado, é
importante mostrarmos como a inclinação é representada e calculada:
A unidade utilizada é a porcentagem. Isto significa, neste caso, que a cada metro de
avanço do telhado temos que subir 0.2 m.
TELHAS E INCLINAÇÕES
TIPO INCLINAÇÃO Min. Nº DE PÇs P/ METRO² PESO PÇ
30% 22 2 Kg
COLONIAL PAULISTA
25% 17 3 Kg
10,5 4,7 Kg
30%
TELHA TÉGULA
TELHA CUMEEIRA
30% 16 2,5 Kg
TELHA PORTUGUESA
26% 16 2,4 Kg
38% 12 3,1 kg
TELHA AMERICANA
36% 17 2,4 Kg
TELHA FRANCESA
30% 14 3,1 Kg
TELHA ITALIANA
45% 32 3.4 Kg
TELHA GERMÂNICA
O traçado das águas do telhado sempre segue inclinações de 45º em virtude de uma
regra Geométrica que indica que quando se trata de uma planta em que as paredes
de contorno são perpendiculares entre si, o encontro de duas águas adjacentes se faz
segundo um ângulo de 45º, ou seja, segundo a bissetriz do ângulo formado pelas
fachadas.
Vejamos os exemplos:
• ESPELHO = 18 cm (Max);
• PISO = 25 cm (min).
Sendo:
• C= comprimento
• p= piso / pisada
• n= nº de degraus
• e= espelho
• Corte é o plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no
sentido longitudinal ou no transversal;
• O canto inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado ao carimbo
destinado à legenda de titulação e numeração dos desenhos;
o
u
p
C
Laboratórios
1
Capítulo 1 Introdução ao desenho técnico
Exercícios de laboratório
Laboratório 1
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C
Laboratórios
2
Capítulo 2 Introdução à geometria
Exercícios de laboratório
Laboratório 1
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p
C
Laboratórios
3
Capítulo 3 Formato de papel
Exercícios de laboratório
Laboratório 1
• Designação da empresa;
• Desenhista, projetista ou responsável pelo conteúdo do desenho;
• Nome e localização do projeto;
• Local, data e assinatura;
• Conteúdo do desenho;
• Escala conforme NBR 8196;
• Número do desenho;
• Designação da revisão;
• Unidade utilizada no desenho de acordo com a NBR 10067.
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Laboratórios
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Capítulo 4 Linhas convencionais
Exercícios de laboratório
Laboratório 1
5
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de Desenho Técnico
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O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 5 Projeções ortogonais
Exercícios de laboratório
Laboratório 1
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de Desenho Técnico
Laboratórios
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O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 6 Cotagem
Exercícios de laboratório
Laboratório 1
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de Desenho Técnico
Laboratórios
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TECNOLOGIA
O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 7 Escalas
Exercícios de laboratório
Laboratório 1
80 8
90 1:1
30 2:1
1:5 15
12 60
15 2:1
20 100
20 1:2,5
80 20
D - Com uma régua, meça diretamente no desenho cada uma das cotas,
determinando em seguida, em função da escala assinalada em cada desenho, o
valor real da dimensão da peça. (Escreva o valor da cota)
8
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de Desenho Técnico
Laboratórios
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O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 8 Cortes
Exercícios de laboratório
Laboratório 1
10
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de Desenho Técnico
Laboratórios
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O CONHECIMENTO SEM LIMITES
Capítulo 10 Introdução à arquitetura
Exercícios de laboratório
Laboratório 1
• Cotas;
• Portas;
• Janelas;
• Nível.