Impressao 4
Impressao 4
Impressao 4
AULA 4
2
Figura 1 – (a) Símbolo do amplificador operacional e (b) conexões da fonte
simétrica no amplificador
(a) (b)
𝑣𝑜 = 𝐴(𝑣2 − 𝑣1 ) (1)
Em que:
4
operação do dispositivo, devido às limitações do Amp Op real. Os amplificadores
baratos e de uso comum apresentam uma banda passante (BP) de até alguns
MHz, mas em amplificadores especiais de alta velocidade, a BP pode atingir
centos de MHz.
1.2 Limitações
5
pinos de correção de offset. Caso contrário, é preciso implementar um
circuito para correção.
• Banda passante (ou largura de banda-faixa): finita; todos os
amplificadores reais têm BP finita, o que significa que a faixa de frequência
de operação é limitada pelas próprias características do dispositivo.
• Capacitância de entrada: atrapalha o funcionamento em altas frequências.
• Saturação: a tensão de pico de saída é limitada pela fonte de alimentação
a um valor levemente inferior ao da própria fonte.
• Slew rate: velocidade de resposta da saída às variações de entrada. No
amplificador ideal, esse valor é infinito, o que faz com que ele responda
instantaneamente às variações de entrada. No amplificador real, o valor é
finito, e, portanto, o amplificador não responde instantaneamente.
• Potência: limitada pelo próprio dispositivo e pela fonte de alimentação.
• Temperatura: como todos os dispositivos semicondutores, a operação do
Amp Op depende da temperatura.
6
1.4 Estrutura interna de um Amp Op LM741
7
As fontes de corrente Q8/Q9 e Q10/Q11 trabalham em conjunto como
circuito de alta impedância, que se comporta como diferenciador de corrente. Q10
define a corrente do estágio de entrada. Se o transistor Q8 detecta que esse
estágio tende a desviar corrente, o transistor Q9 percebe a variação e corrige a
tensão nas bases dos transistores Q3 e Q4. Assim, as correntes de polarização
do estágio de entrada são mantidas, estabilizadas e controladas por um sistema
com alto ganho e realimentação negativa. A fonte constituída por Q12 e Q13
fornece corrente constante para o amplificador intermediário (estágio em classe
A), formado por Q15, Q19 e Q22 através do coletor de Q13.
8
7. Fonte de alimentação positiva 𝑉𝐶𝐶
8. Sem conexão (No Connection)
9
de saída. Para resolver esse problema, o Q16 pode ser substituído por diodos de
silício, mas com estabilidade menor.
A etapa de saída tracejada em azul céu é formada por Q14, Q17 e Q20, cuja
entrada é a saída de Q16, sendo controlada por Q13 e Q19 (pela corrente de coletor
desses transistores). A amplitude máxima do sinal de saída atinge uma tensão
aproximadamente igual à tensão de alimentação, menos 1 V, e depende das
tensões 𝑉𝐶𝐸 dos transistores Q14 e Q20 polarizados em classe AB em
configuração push-pull.
O resistor de 25 Ω na saída funciona como sensor de corrente, limitando
a corrente do transistor Q14 (em configuração de coletor comum – seguidor de
emissor) a aproximadamente 25 mA, no caso do LM741. A impedância de saída
não é zero; porém, com a realimentação negativa, ela se aproxima de zero.
10
Figura 6 – Modelo do amplificador operacional real
• Entrada inversora 𝑣 −
• Entrada não inversora 𝑣 +
• Fonte de alimentação negativa 𝑉𝐸𝐸 = 𝑉𝑆− , ou terra nos amplificadores de
fonte única.
• Fonte de alimentação positiva 𝑉𝐶𝐶 = 𝑉𝑆+
• Saída 𝑣𝑜
12
silício na região ativa é aproximadamente igual a 0,7V. Seguindo o laço indicado
pela seta verde, temos:
𝑣 − − 𝑣 + = 𝑉𝐵𝐸1 + 𝑉𝐵𝐸3 − 𝑉𝐵𝐸4 − 𝑉𝐵𝐸2 (2)
𝑣 − − 𝑣 + = 0,7 + 0,7 − 0,7 − 0,7 = 0 [𝑉] (3)
13
2.1.2 Estágio de saída
A etapa de saída do Amp Op, formada pelos transistores Q14, Q17 e Q20,
sendo Q14 e Q20 polarizados em classe AB em configuração push-pull,
apresentam a capacidade de fornecer e receber (puxar) corrente, fazendo com
que o sinal de saída seja em parte positivo e em parte negativo, no caso de
amplificadores com fonte de alimentação simétrica.
A Figura 9 mostra o funcionamento do estágio de saída. Para sinal de
saída positivo, a fonte de alimentação positiva entrega corrente para a carga
(seta verde). Uma pequena parte pode se desviar para a fonte negativa. Para
sinal de saída negativo, a fonte de alimentação negativa puxa corrente da carga
(seta vermelha); uma pequena parte dessa corrente pode vir da fonte positiva. O
fato de os transistores Q14 e Q20 estarem polarizados em classe AB permite que
a saída do LM741 não tenha (ou seja, mínimo) erro de crossover. A potência de
saída é menor em comparação àquela dos Cis, com transistores polarizados em
classe B, mas o erro de crossover prejudica bastante o sinal (principalmente em
caso de áudio). Os últimos Amp Op, em geral, demandam filtros extras para
compensar esse erro.
14
TEMA 3 – CIRCUITOS BÁSICOS
o Inversor: 𝑣𝑜 ≡ −𝑣𝑖
o Não inversor: 𝑣𝑜 ≡ 𝑣𝑖
• Integrador: 𝑣𝑜 ≡ ∫ 𝑣𝑖 𝑑𝑡
• Outras aplicações não lineares serão analisadas em outro momento de
seus estudos.
3.2 Aplicações
15
se o sinal entra na entrada não inversora, o sinal de saída sairá em fase com a
entrada (defasagem de 0o em relação à entrada).
Para todos os circuitos, calcularemos o ganho de tensão 𝐴𝑉 (ganho de
laço fechado). Veremos ainda que esse ganho é independente do CI,
dependendo somente dos resistores externos. Quanto maior o ganho de laço
aberto 𝐴 do dispositivo, mais independente dele será o ganho de laço fechado.
16
Com base na última equação, podemos deduzir que o ganho de tensão
(ganho de laço fechado) do amplificador inversor é determinado pelas
resistências dos resistores externos:
𝑣0 𝑅2
𝐴𝑉 = =− (5)
𝑣𝑖 𝑅1
Exemplo: sendo a entrada 𝑣𝑖 = 1𝑉 e os resistores 𝑅1 = 1𝑘Ω e 𝑅2 = 3𝑘Ω,
a tensão de saída do circuito será:
𝑅2 3𝑘
𝑣0 = 𝐴𝑉 𝑣𝑖 = − 𝑣𝑖 = − . 1 = −3 [𝑉]
𝑅1 1𝑘
A Figura 11 mostra os sinais de entrada e saída de um amplificador
inversor. Como podemos observar, a saída é três vezes maior do que a entrada,
estando invertida em relação a ela.
17
Figura 12 – Amplificador não inversor
18
Exemplo: sendo a entrada 𝑣𝑖 = 500𝑚𝑉 e os resistores 𝑅1 = 1𝑘Ω e 𝑅2 =
3𝑘Ω, a tensão de saída do circuito será:
𝑅2 3𝑘
𝑣0 = 𝐴𝑉 𝑣𝑖 = (1 + ) 𝑣𝑖 = (1 + ) 0,5 = 2 [𝑉]
𝑅1 1𝑘
A Figura 13 mostra os sinais de entrada e saída de um amplificador
inversor. Como podemos observar, a saída é quatro vezes maior do que a
entrada, estando em fase com ela.
19
Figura 14 – Amplificador somador
𝑣+ = 𝑣− = 0
𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 + ⋯ + 𝑖𝑛
𝑣 − 𝑣0 𝑣1 − 𝑣 − 𝑣2 − 𝑣 − 𝑣3 − 𝑣 −
−
= + +
𝑅𝑥 𝑅1 𝑅2 𝑅3
𝑅𝑥 𝑅𝑥 𝑅𝑥
𝑣0 = − 𝑣1 − 𝑣2 − 𝑣3 (8)
𝑅1 𝑅2 𝑅3
20
𝑛
𝑅𝑥
𝑣0 = − ∑ 𝑣𝑖
𝑅1
𝑖=1
𝑅𝑥
𝐴𝑉 = − (9)
𝑅1
Figura 16 – Seguidor
21
Figura 17 – Tensões de entrada e saída de um seguidor: tensões superpostas
Com uma onda quadrada, a derivada deveria ser igual a zero (derivada
de constantes), mas, como a subida e a descida da onda não acontecem em
22
tempo zero (rampas de subida e descida), o diferenciador deriva essas rampas,
resultando nos picos da Figura 19.
23
Figura 20 – Amplificador integrador
24
demandam amplificadores diferenciais (principalmente amplificadores de
instrumentação, como veremos na seção seguinte). Isso acontece porque, além
de entregarem um sinal vetorial, eles apresentam características de saída que
não se adaptam a qualquer amplificador. Por exemplo, cristais piezoelétricos
para medição de pressão e vibração. O próprio sensor apresenta três fios de
conexão, dois para o sinal (𝑣1 e 𝑣2 na figura) e um terceiro para o terminal terra,
além de altíssima impedância de saída. Esses sensores captam parâmetros
físicos e os transformam em sinais elétricos equivalentes (Millman; Halkias,
1972).
25
Figura 23 – Amplificador diferencial
𝑣𝑖1 − 𝑣 − 𝑣 − − 𝑣𝑜
𝑖1 = =
𝑅1 𝑅2
𝑣𝑖1 − 𝑣 − 𝑣 − − 𝑣𝑜
=
𝑅1 𝑅2
𝑅2
(𝑣𝑖1 − 𝑣 − ) = 𝑣 − − 𝑣𝑜
𝑅1
𝑅2 𝑅2
𝑣𝑖1 − 𝑣 − − 𝑣 − = −𝑣𝑜
𝑅1 𝑅1
𝑅2 𝑅2
𝑣𝑖1 − 𝑣 − ( + 1) = −𝑣𝑜
𝑅1 𝑅1
𝑅2 𝑅2 + 𝑅1
𝑣𝑖1 − 𝑣− ( ) = −𝑣𝑜
𝑅1 𝑅1
26
Para que as duas entradas sejam igualmente amplificadas, temos:
𝑅1 = 𝑅3 𝑅2 = 𝑅4
Portanto:
𝑅2 𝑅2 + 𝑅1 𝑅4 𝑅4 + 𝑅3
𝑣𝑖1 − 𝑣− ( ) = 𝑣𝑖1 − 𝑣 − ( ) = −𝑣𝑜 (14)
𝑅1 𝑅1 𝑅3 𝑅3
𝑅4 𝑅4 𝑅4 + 𝑅1
𝑣𝑖1 − 𝑣𝑖2 ( )( ) = −𝑣𝑜
𝑅3 𝑅3 + 𝑅4 𝑅3
𝑅4 𝑅4
𝑣𝑖1 − 𝑣𝑖2 = −𝑣𝑜
𝑅3 𝑅3
𝑅4
(𝑣𝑖2 − 𝑣𝑖1 ) = 𝑣𝑜
𝑅3
Portanto:
𝑣𝑜 𝑅4
𝐴𝑉 = = (15)
(𝑣𝑖2 − 𝑣𝑖1 ) 𝑅3
Para que o amplificador seja exato, os resistores têm que ser exatamente
iguais (𝑅1 = 𝑅3 𝑅2 = 𝑅4 ). Como mostra a fórmula do ganho, a entrada é
diferencial e a saída é dada em modo comum. A Figura 24 apresenta os sinais
de entrada e o sinal de saída equivalente à diferença dos sinais de entrada.
27
4.2 Amplificador de instrumentação
28
e AO2, apresenta altíssima impedância de entrada, com entrada diferencial e
saída diferencial, com altíssima impedância de entrada. A segunda etapa,
constituída pelo amplificador AO3, representa um amplificador com entrada
diferencial e saída em modo comum (como já explicamos), responsável pela
RRMC. Para que a RRMC seja alta, os amplificadores de instrumentação são
comercializados em um único circuito integrado (CI) (Alexander; Sadiku, 2006).
29
Portanto, segundo as Leis de Kirchoff das malhas:
Como podemos ver pela equação (18), essa etapa tem entrada e saída
diferencial.
O ganho da segunda etapa (amplificador diferencial) é definido pela
fórmula (19):
𝑅4
𝐴𝑉2 =
𝑅3
𝑣𝑜 𝑅2 𝑅4
𝐴𝑉𝑇 = = 𝐴𝑉1 . 𝐴𝑉2 = (1 + 2 ) . (20)
𝑣𝑖2 − 𝑣𝑖1 𝑅1 𝑅3
Para que o amplificador seja exato, os resistores têm que ser exatamente
iguais, ou seja, os 𝑅2 da primeira etapa e 𝑅3 e 𝑅4 da segunda etapa têm que ter
exatamente o mesmo valor. O resistor 𝑅1 serve para o controle do ganho do
amplificador. Nos Cis, o controle do ganho é feito com um resistor externo. No
lugar onde 𝑅1 deve ir, temos dois pinos para que o resistor seja ligado
externamente. O seu valor determinará o ganho total do chip. Como mostra a
fórmula do ganho, a entrada é diferencial e a saída é em modo comum. Na Figura
27, são apresentados os sinais de entrada e o sinal de saída equivalente à
diferença dos sinais de entrada.
30
Figura 27 – Sinais no amplificador de instrumentação: 𝑣𝑖1 sinal de entrada 1
(verde), 𝑣𝑖2 sinal de entrada 2 (azul), 𝑣𝑜 sinal de saída proporcional a 𝑣𝑖2 − 𝑣𝑖1
(vermelho)
31
5.1.1 Com carga flutuante
32
Figura 29 – Sinais de entrada e saída do conversor tensão: corrente com carga
flutuante: 𝑣𝑖 tensão de entrada (verde), 𝑖𝐿 corrente de saída (azul)
Neste conversor, a carga está aterrada e a corrente que circula por ela
depende somente da tensão de entrada e da resistência do resistor 𝑅3 . A Figura
30 apresenta o circuito desse conversor.
𝑖2 = 𝑖3 + 𝑖𝐿
𝑣𝑜 − 𝑣 + 𝑣 + 𝑣 +
= +
𝑅4 𝑅𝐿 𝑅3
𝑣𝑜 1 1 1
= 𝑣+ ( + + )
𝑅4 𝑅4 𝑅𝐿 𝑅3
𝑅4 𝑅4
𝑣𝑜 = 𝑣 + (1 + ) + 𝑣 +. (23)
𝑅3 𝑅𝐿
𝑅2 𝑅2 𝑅4 𝑅4
𝑣𝑜 = 𝑣 − ( + 1) − 𝑣𝑖 = 𝑣 + ( + 1) + 𝑣 + .
𝑅1 𝑅1 𝑅3 𝑅𝐿
Considerando:
𝑅2 𝑅4
=
𝑅1 𝑅3 (24)
𝑣+ = 𝑣−
𝑅2 𝑅2 𝑅2 𝑅4
𝑣 − ( + 1) − 𝑣𝑖 = 𝑣 − ( + 1) + 𝑣 +
𝑅1 𝑅1 𝑅1 𝑅𝐿
𝑅2 𝑅4
−𝑣𝑖 = 𝑣+
𝑅1 𝑅𝐿
𝑅2 𝑅4 𝑅3
−𝑣𝑖 = 𝑣+
𝑅1 𝑅𝐿 𝑅3
𝑅2 𝑅4 𝑅3
−𝑣𝑖 = 𝑣+
𝑅1 𝑅3 𝑅𝐿
𝑅2 𝑅4
De acordo com (24), = :
𝑅1 𝑅3
𝑅2 𝑅2 𝑅3
−𝑣𝑖 = 𝑣 +. .
𝑅1 𝑅1 𝑅𝐿
𝑅𝐿
𝑣 + = −𝑣𝑖 .
𝑅3
𝑣+ 𝑅𝐿 1
𝑖𝐿 = = −𝑣𝑖 . .
𝑅𝐿 𝑅3 𝑅𝐿
34
Portanto:
𝑣𝑖
𝑖𝐿 = − (25)
𝑅3
35
Figura 32 – Conversor corrente: tensão
FINALIZANDO
36
logarítmicos, exponenciais, comparadores, Schmitt trigger e outros que serão
estudados em outros momentos de seus estudos.
Todos os circuitos foram projetados e simulados usando o software on-
line Multisim (National Instruments, 2019).
37
REFERÊNCIAS
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