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Biossegurança

em Odontologia
Transmissão de doenças:

→Entende-se por doença infecciosa aquela que sempre é


capaz de ser transmissível e contagiosa. Esses termos
significam que a doença pode ser transmitida (propagada)
de alguma forma de um hospedeiro para outro.
Formas de transmissão de
doenças:
Transmissão Direta:
Transmissão indireta:
Transmissão pode ser:
Transmissão Parenteral:
Transmissão por via sanguínea:
Transmissão por via aérea:
A transmissão de doenças na clínica odontológica pode
ocorrer de diversas maneiras:
Basicamente esse tipo de transmissão se restringi à água utilizada
na clínica através da rede municipal que abastece o equipamento
odontológico. Os microorganismos transmitidos pela água
colonizam o interior das saídas de águas dos equipamentos
odontológicos e forma o biofilme. Como a água escoa através da
peça de mão, seringa tríplice e do ultrassom, o paciente pode
ingerir água contaminada.
O que seriam as
precauções padrão?
São medidas de prevenção que devem ser utilizadas em todos os atendimentos na
assistência de todos os pacientes na manipulação de sangue, secreções e excreções e
contato com mucosas e pele não íntegra.

É subdividida em quatro partes


Higienização de Mãos; EPI – Equipamento de Proteção Individual; Imunização;
Condutas Pós-Exposição com Material Biológico.
Higienização das mãos:
A higienização das mãos é indispensável para prevenir a
propagação das infecções relacionadas a assistência a saúde, já
que as mãos constituem a principal via de transmissão de micro-
organismos durante a assistência
Tem como finalidade a remoção de sujidade, suor oleosidade
pelos, células descamativas e microbiota da pele.
Para a higienização pode ser utilizado água, sabão, preparação
alcoólica e antisséptico. Mas a utilização de determinado produto
depende das indicações
Água corrente e sabão ou
sabão antisséptico:
Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou outros fluidos
corporais:

Ao iniciar o trabalho;
Após ir ao banheiro;
Antes e depois das refeições;
Antes de preparos de alimentos;
Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
Máscaras e Óculos de Proteção: Quando há a
EPIs – Equipamentos possibilidade de respingos de fluidos
corpóreos nas mucosas da boca, nariz e olhos
de proteção do profissional.

individual Gorro: Evita a queda de cabelos e a


contaminação por aerossóis e secreções. É
São eles: luvas, máscaras, gorros, óculos de descartável e deve ser trocado sempre que
proteção, aventais e sapatos fechados. necessário.

Aventais: de mangas longas, gola padre, cobrir


Luvas: Sempre que houver contato com o joelho do profissional.
sangue, secreções, excreções, com mucosas
ou pele não integra. Sapatos Fechados: proteção dos pés em locais
úmidos ou com quantidade significativa de
material infectante.
Vacinas essenciais aos profissionais
da Odontologia.
• Hepatite B (Uma vez imunizado, ou seja, com o Anti-HBS+ não há necessidade de re-vacinação);
• Gripe (Influenza);
• Tétano e Difteria (dT adulto ou toxóide tetânico);
• Varicela;
• Rubéola, Sarampo e Caxumba (MMR Tríplice Viral);
• Tuberculose (BCG);
• Tríplice bacteriana para adultos (DTP: Coqueluche, Tétano e Difteria);
• Hepatite A;
• COVID-19.
OBS: Estas vacinas devem ser preferencialmente administradas nos serviços públicos
de saúde ou na rede credenciada para a garantia do esquema vacinal.
Norma Regulamentadora 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em serviços
de Saúde, no seu item 32.2.4.17 – Vacinação dos Trabalhadores

- Preconiza o seguinte: Para todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser
fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria,
hepatite B e os estabelecidos no PCMSO (Programa de Controle Médico em Saúde
Ocupacional).

- Item 32.2.4.17.6 a vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do


trabalhador e mantê-lo disponível à inspeção do trabalho.
Condutas pós-exposição ocupacional
a material biológico:
As recomendações de precauções universais (básicas), bem como os procedimentos que
devem ser seguidos após exposição ocupacional a material biológico potencialmente
contaminado:

Tipos de exposição:

• Percutâneas: lesões provocadas por instrumentos perfurocortantes (agulhas, bisturi, vidrarias, etc);
• Mucosas: quando há respingos envolvendo olho, nariz, boca ou genitália;
• Cutâneas: por exemplo, contato com pele não íntegra, como no caso de dermatites ou feridas abertas;
• Por mordeduras humanas: consideradas como exposição de risco quando envolvem a presença de
sangue. Devem ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto para aquele que tenha
sido exposto.
Assepsia:
Antissepsia:
Diferença entre desinfecção e esterilização:

A desinfecção é a remoção
Esterilização é a destruição
dos microorganismos,
de todos os
exceto esporulados, de
microorganismos, inclusive
materiais ou artigos
esporulados, através de
inanimados, através de
processo químico ou físico.
processo físico ou químico.
Esporulação:
Descontaminação dos instrumentos cirúrgicos:
Autoclave:
Estufa odontológica:
NR9 ( Norma de regulamentação 9)– define os
requisitos para que as exposições ocupacionais sejam
avaliadas
EPC (Equipamento de Proteção Coletiva)
Capela química:
PPRA ( Programa de Prevenção de Riscos Ambientais):
Classificações de Riscos Ambientais:

Riscos de acidentes ( Azul Riscos Físicos ( Verde - Riscos químicos Riscos Biológicos (marrom
Riscos ergonômicos
– ex : fios desencapados, temperaturas altas ou (Vermelho – poeira ou – vírus, fungos ou
(Amarelo – LER)
lâmpadas queimadas) baixas, radiação, etc) vapor nocivo) bactérias)
Descarte de materiais Resolução RDC nº 33/03

odontológicos:
GRUPO A:

→ O descarte dos materiais do tipo A precisa ser feito em um saco plástico de


cor diferenciada (normalmente, branca ou vermelha) em lixeira de
material resistente,
→ resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de
infecção
GRUPO B:

→ Os resíduos odontológicos do grupo B precisam ser eliminados em ambientes


sólidos que abriguem todo o seu material, são resíduos contendo substâncias
químicas que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente,
independente de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade para, serem excluídos. Além disso, você precisa certificar-
se da compatibilidade das substâncias, para que dois líquidos incompatíveis não
sejam colocados em um mesmo recipiente.
GRUPO C:

→ A tarefa que envolve os materiais radioativos precisa estar de acordo com a Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
→ É primordial colocar um colaborador específico para realizar todo o processamento desses
resíduos, já que eles necessitam ser eliminados em recipientes segundo o tipo de substância e
com uma identificação de resíduo radioativo que chame a atenção dos coletores.
GRUPO D:

→ Os produtos do grupo D devem ser divididos. Ou seja, os recicláveis


precisam ficar em lixeiras de cores distintas (papel, plástico, metal, vidro e
orgânico), e os não recicláveis normalmente são inseridos em lixeira cinza.
Em ambas as situações, as sacolas e recipientes precisam de identificação
como “resíduo comum”.
GRUPO E:

→ Os resíduos do grupo E devem ser eliminados em locais resistentes a furos,


vazamentos ou rupturas, com tampa e identificados com o símbolo internacional
biológico. Em vista disso, as seringas devem ser eliminadas com as agulhas, e os
recipientes, descartados quando atingirem dois terços de sua capacidade.
→ Por fim, como foi mencionado, o descarte das clínicas odontológicas exige um
cuidado muito especial para garantir a saúde de cada cliente e colaborador e a
preservação do meio ambiente. Isso consiste em um diferencial muito importante
em um mercado cada dia mais competitivo.
Coletor de resíduos perfurocortantes:
Gerenciamento de resíduos deve contemplar as
etapas:
O que seriam as
precauções padrão?
São medidas de prevenção que devem ser utilizadas em
todos os atendimentos na assistência de todos os
pacientes na manipulação de sangue, secreções e
excreções e contato com mucosas e pele não íntegra.
É subdividida em quatro partes
Higienização de Mãos; EPI – Equipamento de Proteção
Individual; Imunização;
Condutas Pós-Exposição com Material Biológico.
PROTOCOLOS DE BIOSSEGURANÇA
ANTES DO ATENDIMENTO
ODONTOLÓGICO
Definição do nível de proteção em função do risco dos
procedimentos odontológicos
- Para qualquer atendimento odontológico:
Considerar contato físico com usuários, com ou sem realização de
procedimentos produtores de aerossóis/gotículas. (LISTA EPIs)
Gorro / touca descartável impermeável TNT 30g/m2.
Óculos de proteção (mesmo que utilize óculos grau).
Respirador N95/PFF2 ou similar sem válvula.
Protetor facial (face shield).
Avental impermeável descartável de mangas longas (mínimo
50g/m2).
Luvas de procedimento/cirúrgicas.
Calçado cirúrgico específico para uso na clínica (fechado,
emborrachado, impermeável e lavável) e meias grossas.
ANTES DE ENTRAR NA CLÍNICA
• Remover todos os acessórios e adereços.
• Prender os cabelos, se aplicável.
• Manter as unhas curtas, sem alongamentos nem esmalte.
• Evitar maquiagem, pois dificulta o selamento e fixação dos EPIs.
• Barbear-se, se aplicável (a barba prejudica o selamento marginal
dos respiradores).
• Evitar aplique capilar, cílios ou outros apliques que aumentem a
área de contaminação.
• Fica proibido o uso de telefones celulares na clínica , durante a
pandemia de COVID-19, para minimizar contaminação.

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