Ali,+SAU Saude+coletiva Trabalho+completo
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SUMÁRIO
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Universidade do Extremo Sul Catarinense
VIII Semana de Ciência e Tecnologia
1 Curso de Psicologia,
2 Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva,
Universidade do Extremo Sul de Catarinense, Criciúma, Brasil.
1 INTRODUÇÃO
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Universidade do Extremo Sul Catarinense
VIII Semana de Ciência e Tecnologia
2 REFERENCIAL TEÓRICO
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VIII Semana de Ciência e Tecnologia
assim limitar aqueles que querem intervir socialmente nas comunidades, pois esse campo
fica em específico do psicólogo social comunitário.
implantação de uma rede territorial de atenção à Saúde Mental que substituísse o modelo
tradicional, constituindo-se então os Núcleos de Atenção Psicossociais (NAPS). Tendo
uma estrutura complexa, faziam o uso de leitos para acompanhamento a situações de
crise, ofereciam atendimento emergencial. Com isto outras estratégias foram
desenvolvidas, dentre elas o Projeto Tam-Tam, Centro de Valorização da Criança e as
Cooperativas Sociais. Este processo de desenvolvimento e tentativa de descentralizar e
desospitalização a Saúde Mental resulta, em São Paulo no ano de 1987, no primeiro
CAPS. Somente no 2001 foi aprovada a lei nacional nº 10.216 da Reforma Psiquiátrica no
Brasil, redirecionando o modelo de assistência psiquiátrica, onde em seu regulamento
estipula cuidados especiais para com os sujeitos que foram internados por muito tempo
em hospitais psiquiátricos e possibilitando punição para a internação involuntário ou
desnecessária (BRASIL, 2004). Cria-se em 2002 por meio da PORTARIA Nº 336/GM, DE
19 DE FEVEREIRO DE 2002 os atendimentos pelos Centros de Atendimento
Psicossociais (CAPS) que funcionam em modalidades diferentes de CAPS.
Segundo o Ministério da Saúde (2004) a lógica de atendimento e serviço dos
CAPS seguem o pensando e ação em rede, como uma tentativa possível de substituir os
hospitais psiquiátricos, os CAPS exercem suas funções ligados diretamente com a
comunidade. Entende-se incialmente que as redes possuem muitos centros e pontos que
a constituem e fazem a sua complexidade. Porém, é fundamental a noção que o eixo
central e principal deste emaranhado que formam as redes são as pessoas, a existência e
o sofrimento possível. Os CAPS têm um papel fundamental de articular o tecimento
dessas redes, onde trabalha com os serviços de saúde como as ESF’s, juntamente com
os agentes comunitários, quanto ao trabalho de promoção na vida comunitária em busca
da autonomia dos usuários, sendo peça importante na articulação em outras redes como
a jurídica, escolar, dentre outras (BRASIL, 2004b). Ferreira et al., (2016) apontam que, a
Reforma Psiquiátrica proporcionou grande avanço para a população, promovendo um
novo modo de olhar para os sujeitos em sofrimento mental, entendendo o CAPS como
dispositivo fundamental à vida destes sujeitos.
Para Ferreira et al., (2016), por meio da criação dos CAPS e suas adaptações
ao longo do tempo foi proporcionado um local onde se promove o apoio justo aos sujeitos
em sofrimento, possibilitando, em meio ao processo de ressocialização sua permanência
ao lado da família e em sociedade. Em um estudo realizado por Alves et al., (2017) foi
constatado que, quando reconhecido e incorporado seu sentido e funcionalidade, o CAPS
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VIII Semana de Ciência e Tecnologia
proporciona uma queda nas necessidades das internações psiquiátricas, produzindo bem-
estar, juntamente a este processo, o envolvimento dos familiares enquanto atuantes no
cuidado e ressocialização dos usuários. Em pesquisa realizada por Bernard e Kanan
(2015) destaca-se que, em relação aos CAPS de Santa Catarina, apresenta-se um o
esforço na busca de firmar a RP e o SUS, trabalhando na lógica da clínica ampliada,
território e projetos terapêuticos singulares.
Nesta perspectiva, as principais fragilidades para efetivação do papel dos
CAPS, giram em torno da realidade das constituições das equipes profissionais, tanto em
relação a equipe mínima, quanto ao trabalho exercido por uma equipe que não atinge as
recomendações da portaria n.º 336/2002, delatando a dificuldade em manter um atuação
efetiva nos processos de reestruturação psicossocial dos usuários. Mesmo assim, tendo a
RP como um processo social amplificador, que visiona promover a mudança nas
estruturas sociais, enquanto seu funcionamento por meio das atividades dos CAPS, ela
representa uma transformação dos modelos hospitalares, de uma saúde assistencial,
possibilitando a formação de um sistema com capacidade de responder as variadas
necessidades desenvolvidas pelo sofrimento psíquico dos sujeitos, colaborando também
para a formação do SUS ao passo que a saúde mental efetiva suas práticas em cima dos
princípios básicos que regem este sistema. Ressaltando a importância da manutenção e
cuidado com o CAPS.
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3 METODOLOGIA
vezes que não havia comunicação coesa entre a equipe, dificultando assim a efetividade
de um serviço mais potente na perspectiva do cuidado em liberdade, bastante desafiador
diante de uma equipe que passara por uma grande transição há pouco mais de um ano,
com a demissão de diversos profissionais e a entrada de outros, entre outras questões
estressoras para a equipe. Como encaminhamento final, contratualizou-se junto aos
participantes o formato dos encontros e a delimitação do tema inicial.
A proposta do segundo encontro teve como foco as questões relacionadas ao
tema proposta pela equipe: comunicação. Neste sentido, usou-se como metodologia, uma
dinâmica de grupo com o objetivo de treinar e reconhecer a importância da escuta, da
comunicação bilateral, do aprimoramento das capacidades de comunicação verbal e não
verbal, de construção de estratégias para melhorar a comunicação interpessoal e em
consequência os relacionamentos em geral. Entende-se que a partir do fortalecimento da
equipe, é possível potencializar o cuidado junto aos usuários, e promover saúde mental
junto aos trabalhadores e trabalhadoras do CAPS. Após a dinâmica, houve reflexão em
equipe sobre o tema abordado, e como fechamento cada profissional estabeleceu um
palavra relacionada aquilo que foi compreendido no processo de grupo, estas giraram em
torno da “necessidade” de (re)aprender a se comunicar em equipe.
O terceiro encontro buscou potencializar a discussão e atribuir sentido para a
ações realizadas no fazer cotidiano. A temática norteadora deste dia foi “O QUE É
CUIDADO?”, proposta pelo facilitador, como estratégia de sensibilizar para o autocuidado
enquanto profissional de saúde. Os participantes foram convidados a trabalhar em
pequenos grupos, socializando suas ideias sobre o que o que entendiam por cuidado.
Verificou-se neste momento, uma dificuldade de dar um sentido total, por meio da frase.
Ao final fez-se uma rodada de conversa com foco nas construções. Verificou-se que as
dificuldades e resistência apresentadas nesta etapa, poderia estar relacionado ao
contexto de pressões distanciamentos teórico-vivencial dos profissionais decorrentes de
uma perspectivida medicalizante do cuidado em saúde mental, que coloca os sujeitos
cuidadores/profissionais, como pessoas que ofertam tratamentos em suas práticas, e não
cuidado. Após a rodada, para finalizar a atividade, foi proposto, por meio de cartolina, cola
e revistas, simbolizar por meio de imagens “O QUE É CUIDADO?”. Neste momento,
verificou-se a necessidade de problematizar os papéis cristalizados de trabalhadores de
saúde/saúde mental não passiveis de cuidado.
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4 EXPERIÊNCIA DE ENSINO
prática de acordo com o local e o funcionamento do grupo, neste caso a equipe de saúde
mental, mostra-se presente nas práticas de acolhimento, diálogo e ações profissionais
que culminam em novas produções de subjetividade (BALLARIN; CARVALHO;
FERIGATO, 2010). De acordo com Campos (2016) os profissionais de saúde lidam com o
sujeito em sofrimento diariamente e com toda a demanda que isso provoca na própria
pessoa, nos amigos e familiares, assim como para estes sujeitos o profissional é o pilar
de suporte, intensifica-se mais para aqueles que não possuindo outro meio de apoio,
sendo visto o profissional como único meio de cura e cuidado.
O início das atividades proporcionou maior conhecimento quanto ao
entendimento de como a comunicação é um norteador que sinalize como o grupo age,
podendo haver uma distorção das mensagens, assim como uma atribuição distinta de
sentidos (ZIMERMAN, 1997). Verificou-se neste sentido, que a comunicação como uma
ação resulta de uma interação de expressão de símbolos (signos linguísticos) entre dois
sujeitos ou mais, que por sua vez exige o ato de pensar, logo necessita de um sujeito
pensante e um objeto pensado. A comunicação é vista como uma reciprocidade
irrompível, não havendo sujeitos passivos (FREIRE, 2012). A proposta deste trabalho
partiu da ideia de resolução coletiva dos problemas, neste caso do grupo de trabalho, que
inicialmente elencou o tema em questão para ser discutido, valorizando a comunicação-
grupal, percebendo os obstáculos em que essa dificuldade se coloca, bem como os mal-
entendidos, distorções, conforme preconiza a Psicologia Social Comunitária (CAMPOS,
2016), para que exista uma melhora na fala e na escuta (ZIMERMAN, 1997). Nesta lógica
os questionamentos e discussões visam estabelecer uma comunicação ativa, que propicie
os profissionais a se reconhecerem naquilo que falam e naquilo que produzem, seus
pensamentos e práticas profissionais.
No segundo encontro, foi possível refletir que a comunicação se diferencia da
fala propriamente dita, podendo esta ser um dos instrumentos comunicativos
(ZIMERMAN, 1997). Com o uso do falar interpretativo, analisou-se além do modo como
os sujeitos recebem as informações, na dinâmica, e as comunicaram, bem como o modo
como eles interagiram frente a uma situação de difícil interpretação.
Em meio as falas, no momento da discussão, foi ressaltado a importância da
comunicação assertiva, compreendendo que muitas vezes as pessoas se sentem
“inseguras, apressadas ou no automático” e que por esta razão, não conseguem parar
para perceber o outro, entendendo que o trabalho em equipe, em sua complexidade e seu
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VIII Semana de Ciência e Tecnologia
papel transformador, a comunicação é tida como fundamental para que haja uma efetiva
mudança no modo de lidar com o outro, seja usuário ou colega de profissão (NOGUEIRA;
RODRIGUES, 2015).
Um dos participantes relatou que as “incógnitas” que apareceram na atividade,
serviram para refletir o serviço do CAPS, sento estas a representação dos usuários
quando chegam ao serviços ‘Muitas vezes não sabem o que acontece, e como acontece,
temos que nos comunicar e entender o que o usuário”. Isso ressalta que no serviço de
saúde mental o imprevisto é algo diário, sendo necessário sempre uma integração da
equipe para uma melhor efetividade do trabalho. Finalizamos com a fala de “entender o
outro para nos entendermos, melhorando assim a efetividade e a funcionalidade das
relações”. Este trabalho buscou gerar reflexões sobre as várias dificuldades que surgiram
na comunicação, a partir do local em que cada um comunica, sendo este lugar muitas
vezes regido pela formação técnico-cientificista, que por sua vez pode privilegiar um tipo
de saber (cientifico) como verdadeiro e inigualável, não reconhecendo o saber produzido
pelos saberes dos outros profissionais (CORIOLANO-MARINUS, 2014).
Ao discutir “O QUE É CUIDADO?”, o processo se mostrou divergências entre
as atribuições verbais e as imagens projetadas, quando nas imagens projetadas o
cuidado era consigo mesmo e nas falas o cuidado sempre era voltado para o outro. Este
ponto foi ressaltando, onde todos concordaram e relataram que é uma tarefa difícil cuidar
e olhar para si. Winnicott (1982) e Campos (2016), explicitam que o sentido de holding
permeia a prática de um cuidado realmente efetivo, onde este vai além do dar atenção ao
outro, e sim vivenciar juntamente com este outro as necessidades reais e possíveis.
Partindo da lógica de cuidado da mãe ou cuidador ao bebê em seu nascimento,
onde está acolhe, interpreta do modo como o recém-nascido se expressa, onde há uma
integração de cuidado e cuidador e com isto uma comunicação que não verbal, mas sim
interpretativa ressalta a real necessidade do outro. Faz-se um paralelo com o cuidado
diários dos profissionais com o outro, assim como consigo mesmo, onde a comunicação
que foi discutida anteriormente é fundamental para haver uma efetivação desse ver e
reconhecer o outro em sua real necessidade. Percebe-se que essa dissociação entre eu
e o outro, ainda mostra que os profissionais focalizam a atenção do seu self para o
cuidado com os usuários, podendo esquecer de si em prol de um cuidado, que
profissionalmente, diz sobre a renúncia do eu pelo outro, onde o cuidado e o cuidado se
fazem ser presentes na relação pela experiência (CAMPOS, 2016).
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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VIII Semana de Ciência e Tecnologia
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Eletrônica de Enfermagem, v. 6, n. 2, 2004.
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v. 14, n. 1, p. 297-305, 2009.
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Rio de Janeiro: Vozes, 262 p. , 2013.
ZIMERMAN, David, E; OSÓRIO, Luiz Carlos. Como trabalhar com grupos. Porto Alegre:
Artes Médicas.1997.
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Eduardo Zanatta Medeiros, Bertha Bloemer, Claudio Sérgio da Costa, Ana Paula
Bazo, Andressa Córneo Gazola, Adalberto Alves de Castro¹
1 INTRODUÇÃO
medicamentos contra candidíase por via oral costuma ser a mais comum e se constituem o
principal recurso terapêutico. Estudos contínuos são necessários devido à relevância
dessas infecções constituindo-se um problema de Saúde Pública (FEUERSCHUETTE,
2010).
O Programa da Saúde da Família foi implantado no Brasil em 1994 tendo como
objetivo principal a reorientação do modelo assistencial da saúde brasileira. Ele teve como
base o PACS iniciado em 1990. Os municípios em que o PSF está adequadamente
implantado, com profissionais capacitados e integrados ao sistema municipal de saúde,
têm condições de dar soluções efetivas a mais de 85% dos casos de saúde da população
atendida (FERNANDES, 2009, p. 48).
A Candidíase Vulvovaginal é problema sério na saúde da mulher, e
profissionais atuantes na área de enfermagem têm a necessidade de conhecer os
aspectos desta patogenia, já que ela ainda apresenta grandes indagações para serem
respondidas (ARAUJO, 2013).
De acordo com Nunes (2009), a epidemiologia das candidemias no hospital
universitário – Universidade de Mato Grosso do Sul, as candidíases ocorreram
principalmente em pacientes bastantes debilitados, que passaram por procedimentos
invasivos e cirurgia de grande porte, que tiveram que utilizar antibióticos de amplo
espectro e permaneceram por um longo período internados. As faixas etárias mais
prejudicadas foram de recém-nascidos e adultos com idade superior a 60 anos. O agente
mais frequente nestas infecções foram a Cândida albicans, mas também houve o
predomínio de espécies de cândida não albicas.
O tratamento dessa patologia nem sempre é tão simples e pode exigir, às
vezes, a utilização prolongada de medicação para obter a sua cura. Isso se deve ao fato
de muitas vezes os profissionais de saúde tratar a candidíase um problema corriqueiro.
Neste sentido, este projeto tem sua relevância, pois devido às ações deste tipo,
normalmente aparecem casos rebeldes ao tratamento, trazendo grande angústia para o
paciente (KOSS, 2009).
Esta infecção é considerada problema de saúde pública e torna-se importante
que profissionais atuantes nessa área conheçam ambos os aspectos de maneira
atualizada em relação à patogenia. A atualização e o conhecimento de conceitos básicos
e clínicos relacionados à Cândida são essenciais para auxiliar no manejo dessa infecção
pelos profissionais da unidade de saúde.
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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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Estudo realizado pelo autor Galle e colaboradores (2004), que teve como
objetivo verificar a distribuição de gêneros e espécies de leveduras causadoras de
vaginite e analisar o perfil de sensibilidade das leveduras frente às drogas antifúngicas. O
método utilizado para o estudo foi de amostras colhidas de fluido vaginal de 250 pacientes
para cultura, realizando-se identificação e antifungigrama dos isolados. Após os exames
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foram identificados que 27,6% das amostras teve leveduras do gênero Cândida. A
Cândida Albicans foi a levedura mais isolada com 74% dos casos, seguida foi de Cândida
Globrata, em 14,5%; Cândida Tropicalis, em 7,3%; e Cândida parapsilosis, em 4,3%. De
acordo com o autor todos os isolados de Cândida Albicans foram sensíveis à anfotericina
B, e apenas um isolado da espécie não-albicans apresentou concentração inibitória
mínima mais elevada. Após esse estudo concluiu-se que a Cândida Albicans foi a espécie
mais frequente encontrada na microbiota vaginal; no entanto, outras espécies foram
também comuns nessa população. Porcentual importante de isolados de Cândida
Albicans e não Albicans foi resistente a fluconazol e itraconazol, mostrando a importância
de realização de testes de identificação e antifungigrama para os episódios de Candidíase
Vaginal.
De acordo com o estudo de Barcelos e colaboradores (2008), que teve o
objetivo de descrever a prevalência e o perfil comportamental para infecções genitais em
mulheres atendidas em uma Unidade Básica de Saúde em Vitória, Espírito Santo, com
mulheres de 15 a 49 anos, atendidas numa área atendida pelo Programa Saúde da
Família (PSF) utilizou como critério de exclusão as mulheres que foram submetidas ao
exame ginecológico, em menos de um ano e mulheres que apresentaram histórico de
tratamento recente (nos últimos três meses), para infecções genitais. Esse estudo teve
como destacou como resultados principais que aproximadamente 70% relataram até oito
anos de escolaridade; 5% relataram infecção sexualmente transmissível prévia e 8% uso
de drogas ilícitas. Somente 23,7% relataram uso consistente de preservativo. As queixas
clínicas relatadas foram: úlcera genital (3%); disúria (7,7%); fluxo vaginal (46,6%); prurido
(20%) e dor pélvica (18%). As taxas de prevalência foram: Chlamydia trachomatis com
7,4%; gonorréia 2%; tricomoníase 2%; vaginose bacteriana 21,3%; candidíase 9,3%; e
alterações citológicas sugestivas de vírus 3,3%.
recorrente CVVR) em mulheres com Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 comparadas às não
diabéticas. A razão de cura do tratamento com fluconazol também foi avaliada. Este
estudo foi realizado no sistema público de saúde de Maringá, Paraná. O método estudado
envolveu 717 mulheres de 17 – 74 anos de idade e destas, 48 (6,7%) tinham DM 2 (média
de 53,7 anos), independentemente de sinais e sintomas de CVV. As leveduras foram
isoladas e identificadas por métodos fenotípicos clássicos. Os resultados desta pesquisa
foi que no grupo de não diabéticas (controle), leveduras vaginais totais foram isoladas em
79 (11,8%) mulheres, e no grupo de diabéticas, 9 (18,8%). O grupo de diabéticas mostrou
mais mulheres sintomáticas (CVV + CVVR = 66,66%) do que colonizadas (33.33%), e
significativamente mais colonização, CVV e CVVR, que as controle. A razão média de
cura com fluconazol foi de 75 % no grupo diabéticas e 86,7% no controle. A conclusão
após esse estudo foi que mulheres com diabetes mellitus tipo 2 associou-se com
colonização vaginal por leveduras, CVV e CVVR, razão similar de isolamento de cândida
albicans e espécies não albicans. Boa taxa de cura foi obtida com fluconazol em ambos
os grupos.
observadas em 24 (60%) mulheres, das quais 16 apresentaram dois episódios; seis, três
episódios e duas, quatro episódios, com tempo médio de 92,7 dias entre os episódios.
Dos 58 companheiros sexuais examinados, 38 eram sintomáticos e 20 assintomáticos. As
mesmas espécies foram detectadas nas companheiras e parceiros em 87% dos casos.
Conclui-se que os sinais e sintomas dominante como prurido e corrimento e outros menos
prevalentes, são presuntivos e não correlacionaram com as espécies isoladas. Os testes
laboratoriais são importantes para a confirmação etiológica do agente, inclusive de
infecções mistas. Em caso de vulvovaginite de repetição, os parceiros sexuais devem ser
avaliados devido à possibilidade de serem reservatórios de Cândida ssp.
O estudo realizado pelo autor Filho e colaboradores (2013) quantificou o
número de células de defesa e os níveis de imunoglobulina E (IgE) no sangue periférico
em amostra de mulheres com candidíase vaginal recorrente. O método utilizado neste
estudo foi de corte transversal com 60 mulheres, com 40 mulheres com candidiase
vulvovaginal e 20 mulheres do grupo de controle (sem doença). Após a pesquisa o
número de eosinófilo no sangue periférico de pacientes com candidíase vulvovaginal, teve
uma incidência maior do que o grupo de controle. Os níveis séricos de IgE total e
específica foram semelhantes em ambos os grupos de mulheres com e sem candidíase
vulvovaginal recorrente. Porém, observou-se uma correlação positiva moderada entre
eosinofilia e níveis de IgE total no sangue periférico de mulheres com candidíase vaginal
recorrente. Conclui-se, que mulheres com candidíase vaginal recorrente parecem ter
maior concentração de eosinófilos no sangue periférico que as assintomáticas.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
fluconazol apresentou uma boa taxa de cura para cândida albicans e para outras espécies
não albicans.
A enfermagem pode repassar informações aos seus pacientes em vários
momentos durante as atividades em uma Unidade de Saúde, por exemplo: na hora da
consulta de enfermagem, em palestras sobre o tema, e principalmente na hora do exame
Papanicolau. O enfermeiro pode auxiliar com orientações sobre o uso inadequado de
vestimentas justas, orientar sobre o uso de preservativos para que não ocorra nenhum
problema relacionado a candidíase, DST, ou até mesmo uma gravidez precoce.
Assim, concluímos que os conhecimentos da equipe de enfermagem podem e
devem melhorar com capacitações aos profissionais que atuam nos procedimentos
diários com os pacientes, além de realizar o trabalho técnico que já está na rotina
profissional. Se faz necessário ainda, uma maior atenção na observação e na melhoria
em certos hábitos higiênicos femininos e na prática constante de procurar um auxílio
profissional sempre que a mulher seja acometida por sinais e sintomas indesejáveis que
possam comprometer sua saúde e seu bem-estar.
REFERÊNCIAS
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http://www.fisioweb.com.br/portal/artigos/44-art-doencas/1403-candidiase-
vulvovaginal.html> Acesso em: 19 de out. 2016.
BIRMAN, E.G. Um breve retrospecto sobre Cândida e candidíases. Revista Vida, São
Paulo V.42, n.18, fev. 2008.
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FILHO J.Q. et. al. Eosinofilia no sangue periférico de mulheres com cadididase vaginal
recorrente. Rev. Bras. Ginecol. Obste. Out, 2013.
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KOSS, L.G. Citologia ginecológica e suas bases anatomoclínicas. 3 Ed. São Paulo:
Manole, 2009.
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Luana Damiani Rosso1, Alisandra Valim Pereira2, Marilda da Rosa2, Ana Carolina da
Silva Vieira2, Ana Daniela Coutinho Vieira3, Renan Antônio Ceretta3, Cleonice Maria
Michelon3
1 Curso de Odontologia
2 Curso de Biomedicina
3 Professores da Unidade Acadêmica de Ciências da Saúde,
Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, Brasil.
1 INTRODUÇÃO
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
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crianças indígenas entre dois e nove anos, foram coletadas duas amostras com intervalo
de um ano, em uma primeira amostra de duzentas e duas crianças identificou-se
presença de parasitoses em 97,5%, a segunda contou com cento e duas crianças, onde
96,1% foram positivas. Em estudo realizado no Centro de Saúde Municipal de Criciúma,
Santa Catarina por Schnack et al. (2003), com crianças de 0 a 5 anos em quadro
diarreico, 85,1% estavam infectados por Cryptosporidium, e 56,4% por Giardia lamblia,
4,3% infectados por Entamoeba histolytica, e 4 amostras foram positivas para Escherichia
coli enteropatogênica, sendo que apenas uma das amostras positivou para Rotavírus.
Entre os resultados positivos encontrados nos escolares da Instituição
Assistencial, os parasitos mais frequentes foram o protozoário comensal Entamoeba coli,
seguido pelo patogênico Giardia lamblia, e o helminto encontrado Ascaris lumbricoides
conforme Tabela 2.
condições de saneamento básico, sendo 82,7% utilizam rede de esgoto para o destino
final dos dejetos e 96,2% relataram consumo de água tratada.
Apesar do baixo percentual de consumo de água não tratada relatado, houve
correlação estatisticamente significativa entre o consumo de água não tratada e a
presença de parasitos intestinais (Gráfico 2). Segundo Macedo (2004) o uso de agua não
tratada para consumo humano contribui para transmissão de vários parasitos, pois suas
formas evolutivas são veiculadas pela água sendo este um fator de risco já conhecido
para desenvolvimento de doença parasitária.
Em um estudo realizado com 257 escolares com idades entre cinco e treze
anos, em doze escolas da rede municipal, localizados na zona urbana de Caxias do Sul -
RS, revelou-se uma baixa prevalência das parasitoses nas amostras pesquisadas, onde
99,2% consumiam água potável, e moradias com boas condições de saneamento
(CAMELLO et al., 2016).
No que se refere ao gênero da população estudada, 28 (53,8%) pertenciam ao
sexo feminino e 24 (46,2%) ao sexo masculino, a infecção por helminto foi diagnosticada
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AMATO NETO, V. et al. Parasitologia uma abordagem clínica. 4. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2008. 244 p.
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Paulo, v. 29, n. 4, p.521-528, 2011.
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TSUTIYA, M.T. Abastecimento de água. 4. ed. São Paulo: Escola Politécnica da USP,
2006. 643 p.
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