Gastropodes Continentais de Floresta e Peridomicilio
Gastropodes Continentais de Floresta e Peridomicilio
Gastropodes Continentais de Floresta e Peridomicilio
Flavia Cristina dos Santos Rangel Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Laboratório de Malacologia, Instituto
Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz,
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
RESUMO: Neste capítulo são apresentados
Silvana Carvalho Thiengo e ilustrados os gastrópodes límnicos e
Laboratório de Malacologia, Instituto terrestres da Estação Biológica Fiocruz
Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Mata Atlântica (EFMA) e adjacências,
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil no município do Rio de Janeiro, Brasil,
coletados em áreas de floresta e
Thamires Canuto de Oliveira
peridomicílio nos anos de 2017, 2018 e
Laboratório de Malacologia, Instituto
2021. Espécies com interesse médico
Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz,
e veterinário também foram analisadas
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
parasitologicamente. Foram encontradas
Paulo Sérgio Rodrigues 31 espécies de moluscos distribuídas em
Laboratório de Malacologia, Instituto 16 famílias. Quinze espécies de moluscos
Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, terrestres nativos da Mata Atlântica
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil foram exclusivas das áreas de mata
Elizangela Feitosa da Silva recuperada na EFMA. No peridomicílio
foram encontradas espécies terrestres
Laboratório de Malacologia, Instituto
Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, exóticas e sinantrópicas, principalmente.
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil Algumas dessas últimas espécies também
foram encontradas nas margens da mata
Jucicleide Ramos-de-Souza na Trilha da Cachoeira (trilha principal
Laboratório de Malacologia, Instituto da EFMA). Foram recuperadas larvas
Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, de Angiostrongylus cantonensis, Cruzia
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
tentaculata e outros nematódeos ainda
Suzete Rodrigues Gomes não identificados a partir de exemplares
Laboratório de Malacologia, Instituto da espécie Achatina fulica, coletados no
Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, peridomicílio. Em relação aos moluscos
de água doce, foram encontradas cinco
INTRODUÇÃO
Os gastrópodes surgiram no ambiente marinho, com diversas linhagens que,
independentemente, invadiram ecossistemas de água doce, salobra e terrestres. São
encontrados em praticamente todos os ecossistemas da Terra, sendo certamente um dos
colonizadores de maior sucesso no reino animal. Variadas espécies terrestres mostram
distribuições extremamente restritas (endêmicas), sendo, consequentemente, muitas
vezes ameaçadas (HASZPRUNAR, 2020).
Entre os moluscos continentais, muitos causam prejuízos econômicos importantes
por atacarem culturas agrícolas em todo o mundo, como diferentes tipos de hortaliças,
feijão, soja, uvas, banana, arroz, entre outras (BARKER, 2002; OHLWEILER et al.,
2010; LANDAL et al., 2019; RAMOS et al., 2021). Ao mesmo tempo, estão associados à
transmissão de diversas doenças parasitárias, atuando como hospedeiros de helmintos
de importância para a saúde pública e para a medicina veterinária (GRAEFF-TEIXEIRA et
al., 1993; ANDRADE-PORTO et al., 2012; THIENGO; FERNANDEZ, 2013; MORASSUTTI
et al., 2014; BARBOSA et al., 2020; RAMOS-DE-SOUZA et al., 2021). Diversas espécies
de gastrópodes terrestres já foram encontradas parasitadas naturalmente por nematódeos
que causam zoonoses. No Brasil destacam-se Angiostrongylus costaricensis (Morera &
Céspedes, 1971), que causa a angiostrongilíases abdominal, e A. cantonensis (Chen, 1935),
que causa a cerebral (VALENTE et al., 2020). Outros também têm importância veterinária,
atuando como hospedeiros intermediários dos nematódeos Aelurostrongylus abstrusus
(RAILLIET, 1898) e Angiostrongylus vasorum (BAILLET, 1866), os quais são parasitos de
gatos e cães, respectivamente, entre outros (THIENGO et al., 2008; OLIVEIRA et al., 2010;
RAMOS-DE-SOUZA et al., 2021). O caracol invasor A. fulica vem se destacando como
hospedeiro intermediário de A. cantonensis assim como de A. abstrusus (THIENGO et al.,
2007, 2008, 2010b; ZANOL et al., 2010; BARBOSA et al., 2020).
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
O estudo foi desenvolvido na Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica (EFMA),
localizada em Curicica, Jacarepaguá (zona oeste da cidade do Rio de Janeiro), na antiga
Colônia Juliano Moreira e faz parte do Campus Fiocruz Mata Atlântica (PDCFMA, 2012). A
Mata Atlântica é considerada um dos 25 hotspots de biodiversidade mundial, encontrando-
se fragmentado e reduzido a menos de 8% de sua extensão original (CONSERVAÇÃO
INTERNACIONAL, 2009). Suas áreas remanescentes abrigam uma mata semi-preservada
que agrega a fauna mais ameaçada do Brasil (MMA, 2000).
RESULTADOS
No total, foram obtidas 747 amostras de moluscos (conchas e espécimes vivos), a
partir das quais foram identificadas 31 espécies, sendo 26 terrestres (12 famílias) e cinco
límnicas (quatro famílias), as quais são apresentadas abaixo.
Figura 2. Espécime vivo de Helicina angulata (B, CMIOC 11106); Concha de Helicina angulata (C,
11106). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 3. Espécime vivo de Neocyclotus prominulus (D; CMIOC 11160); E. Concha de Neocyclotus
prominulus (CMIOC 11160). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 4. Espécimes vivos de Phyllocaulis boraceiensis (A, CMIOC 11203). Adaptado de Rangel et al.
(2021).
Figura 5. Latipes erinaceus (B, CMIOC 11145). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Eupulmonata
Stylommatophora
Família Achatinidae Swainson, 1840
Achatina (Lissachatina) fulica (BOWDICH, 1822) (Fig. 6)
Figura 6. Concha de Achatina fulica (A, CMIOC 11205). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 7. Deroceras laeve (C, CMIOC 11200). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 8. Espécime vivo de Bulimulus tenuissimus (A, CMIOC 11130); Concha de Bulimulus
tenuissimus (B, CMIOC 11123). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 9.Espécime vivo de Drymaeus papyraceus (C, CMIOC 10005); Concha de Drymaeus
papyraceus (D, CMIOC 11148). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 10.Concha de Lopesianus crenulatus (E, CMIOC 11159). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 11. Espécime vivo de Leiostracus perlucidus (A, CMIOC 11122); Concha de Leiostracus
perlucidus (B, CMIOC 11154). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 12. Concha de Rhinus ciliatus (C, CMIOC 11163). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 13. Espécime vivo de Simpulopsis sulculosa (D, CMIOC 11173); Concha de Simpulopsis
sulculosa (E, CMIOC 11173). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 14. Espécime vivo de Thaumastus taunaisii (A, CMIOC 11135); Concha de Thaumastus taunaisii
(B, CMIOC 11135); Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 15. Espécime vivo de Megaspira elatior (C, CMIOC 11161); Concha de Megaspira elatior (D,
CMIOC 11161). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 16. Concha de Streptaxis crossei (A, CMIOC 11182). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 17. Espécime vivo de Rectartemon sp. (B, CMIOC 11178); Concha de Rectartemon sp. (C,
CMIOC 11649). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 18. Concha de Tamayoa banghaasi (D, CMIOC 11131). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 19. Concha de Happia vitrina (E, CMIOC 11650). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Área de coleta na EFMA e no PEPB: Área de mata recuperada na EFMA e área de mata
preservada no PEPB.
Lotes examinados: CMIOC 11162: Trilha da cachoeira (22°56’46.2” S 43°25’03.9” W),
14 de dezembro de 2017, Rangel, F. C. S.; Thiengo, S. C.; Ramos-de-Souza, J.; Gomes,
S.; Marchi, C.; Cabello, K. Cols.; CMIOC 11204: Trilha do Núcleo Pau-da-fome – PEPB
(22°55’28.8” S 43°26’25.8” W); 11 de março de 2018; Pires, NA Col.; CMIOC 11650:
Trilha da cachoeira (22°56’24.0”S 43°24’33.0”W), 24 de janeiro de 2018, Rangel, F. C. S.;
Thiengo, S. C.; Pires, N. A.; Gomes, S.; Mello, J. C. Cols.
Distribuição no Brasil: espécie considerada nativa do Brasil. Segundo Salvador et al.
(2018) a espécie ocorre do estado de Alagoas ao estado de Santa Catarina.
Figura 20. Concha de Anthinus multicolor (A, CMIOC 11164). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 21. Espécime vivo de Gonyostomus goniostomus (B, CMIOC 11120); Concha de Gonyostomus
goniostomus (C, CMIOC 11120). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 22. Espécime vivo de Megalobulimus ovatus (D, CMIOC 11136); Concha de Megalobulimus
ovatus (E, CMIOC 11136). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 23. Concha de Allopeas micra (A, CMIOC 11126). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 24. Concha de Allopeas gracile (B, CMIOC 11127). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 25. Concha de Beckianum beckianum (C, CMIOC 11133). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 26. Espécime vivo de Leptinaria unilamellata (D, CMIOC 11169); Concha de Leptinaria
unilamellata (E, CMIOC 11138). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 27. Espécime vivo de Subulina octona (F, CMIOC 11202); Concha de Subulina octona (G,
CMIOC 11129). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 28. Concha de Pomacea sordida (B, CMIOC 11147). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 29. Concha de Melanoides tuberculata (E, CMIOC 11186). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Heterobranchia
Hygrophila
Família Planorbidae (RAFINESQUE, 1815)
Biomphalaria tenagophila (D´ORBIGNY, 1835) (Fig. 30)
Figura 30. Concha de Biomphalaria tenagophila (A, CMIOC 11149). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 31.Concha de Physa acuta (C, CMIOC 11150). Adaptado de Rangel et al. (2021).
Figura 32. Concha de Stenophysa marmorata (D, CMIOC 11198). Adaptado de Rangel et al. (2021).
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
A porção de Mata Atlântica presente no estado do Rio de Janeiro possui um elevado
endemismo de espécies (ROCHA et al., 2003). No presente estudo constatamos esse
fato com o encontro de quinze espécies terrestres nativas e exclusivas na área de mata
recuperada e preservada, dentre as quais podemos destacar Neocyclotus prominulus,
Rhinus ciliatus, Megaspira elatior, Leiostracus perlucidus, Gonyostomus goniostomus e
Megalobulimus ovatus, espécies consideradas endêmicas do estado do Rio de Janeiro
(SANTOS et al., 2009).
Neocyclotus prominulus foi a espécie terrestre nativa com maior abundância na
área florestada da EFMA. Esse prosobrânquio é comum em áreas remanescentes de Mata
Atlântica no estado do Rio de Janeiro, sendo encontrado também na Ilha Grande, Angra
dos Reis (NUNES; SANTOS, 2007; SANTOS et al., 2010).
Dentre os macromoluscos, destacamos a espécie Megalobulimus ovatus, coletada
na área do Parque Estadual da Pedra Branca no Núcleo Pau-da-Fome. Megalobulimus
ovatus, vulgarmente conhecida como aruá-do-mato, é uma das espécies endêmicas
da Mata Atlântica e indicada como espécie guarda-chuva por Santos et al. (2009). Esta
espécie também é geralmente confundida com o caracol exótico e invasor Achatina fulica
nas amostras recebidas no Laboratório de Malacologia do IOC/Fiocruz para análise
parasitológica (THIENGO et al., 2022).
Foram analisados 160 espécimes vivos de A. fulica coletados na comunidade do
Fincão em 2021, próxima à EFMA, o que corrobora com as informações previamente
fornecidas por moradores locais sobre a alta infestação dessa espécie em quintais e
jardins dessas comunidades. A abundância de A. fulica no peridomicílio é preocupante
diante de sua atuação na transmissão de parasitoses para humanos e animais (THIENGO
et al., 2007, 2008). O grande número de espécimes encontrados pode estar associado à
sazonalidade da espécie, porém, somente a continuidade desses estudos na área permitirá
conhecer a dinâmica da ocorrência dessa espécie no território.
Como resultado das análises parasitológicas realizadas com os moluscos terrestres
destacamos o encontro de larvas de Angiostrongylus cantonensis, agente etiológico da
meningite eosinofílica, zoonose considerada emergente no Brasil, em espécimes de
Achatina fulica. Este nematódeo tem sido comumente encontrado infectando o caracol A.
AGRADECIMENTOS
Ao Dr. Ricardo Moratelli por disponibilizar sua equipe da Fiocruz Mata Atlântica, em
especial Jailton Paes Costa, Samuel Pereira da Silva e Juliana Dias Maia por acompanharem
nossa equipe nas coletas realizadas. À Dra. Norma Salgado (in memoriam), pelo valioso
auxílio na identificação dos moluscos terrestres. Ao designer gráfico Eduardo da Silva
Cinilha (Laboratório de Malacologia - IOC/FIOCRUZ), pelas edições de fotos e figuras. Ao
Nilson Azevedo Pires, ao Cláudio Pedroso Aboud e ao Marcelo José Pereira, funcionários
da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, pela fundamental colaboração no
trabalho de campo e pelas doações de amostras de moluscos. Ao INEA, pela Autorização
de Pesquisa Científica INEA Nº 052/2016, de 05 de dezembro de 2016.
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