Lei 3003
Lei 3003
Lei 3003
“Art. 2º ...
Art. 4º ...
I – as tarifas são, em geral, cobradas no interior dos ônibus, durante a realização das viagens que,
por sua vez, poderão ser registradas em dispositivos controladores do número de passageiros;
II – a origem, as paradas intermediárias e o destino, processam-se, geralmente, em abrigos de
passageiros convencionais;
III – feito com a utilização de ônibus do tipo urbano convencional, com especificação própria,
identificado, entre outros, por apresentar poltronas fixas, sem numeração; por dispor, no mínimo,
de duas portas, uma dianteira e outra traseira, destinadas à entrada e saída dos passageiros e por
não possuir bagageiros nem porta-embrulho; e
IV – realizados em vias inscritas predominantemente em regiões conurbadas com densidades
demográficas significativas e que, devido a frequentes paradas, proporcionam viagens com
velocidade média inferior àquelas realizadas no serviço rodoviário.
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§ 7º O serviço de autolotação apresenta as mesmas características mencionadas no serviço
rodoviário convencional, diferenciando-se, substancialmente deste, quanto aos veículos que são
utilitários de passageiros ou utilitário misto.
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III – concorda respeitar os termos desta lei e seu regulamento; e
IV – está ciente que o prazo da autorização é indeterminado.
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§ 7º Ato do poder concedente definirá as áreas de operação e a extensão máxima das linhas que
poderão ser operadas por micro-ônibus e veículos utilitários.
§ 8º Áreas de operação são espaços geográficos formados pelos territórios dos municípios por
afinidades viárias, sob influência de um ou mais municípios-polos socioeconômicos e instituídas
pelo Estado.
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Parágrafo único. Não haverá exclusividade na operação do serviço público, salvo na hipótese de
inviabilidade técnica ou econômica, devidamente justificada.
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Art. 8º A concessão poderá ser outorgada pelo prazo máximo de dez anos e a permissão poderá
ser outorgada pelo prazo máximo de cinco anos, podendo ambas ser prorrogada uma única vez,
pelo mesmo e respectivo prazo, mediante solicitação escrita da operadora.
Parágrafo único. Caberá a critério exclusivo do Poder Concedente, desde que haja interesse
público e anuência da concessionária na prorrogação do contrato e na continuidade da prestação
do serviço.
Art. 9º Os editais de licitação deverão adotar um dos critérios de julgamento previstos no art. 15
da Lei Federal n. 8.987/1.995, que prevejam que o valor da tarifa é fixado pelo Poder Concedente.
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Art. 12. Para assinatura do termo de adesão à autorização, previsto no § 4º do art. 5º desta lei, a
empresa deverá apresentar:
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I – comprovação de cursos para capacitação do pessoal de operação, necessários para o
cadastramento da tripulação, conforme regulamentação desta lei;
II – apólice de seguro de responsabilidade civil, com valor de cobertura definidos no regulamento;
e
III – prova de propriedade ou posse da frota que será utilizada na prestação do serviço público.
Parágrafo único. O regulamento poderá estipular outros requisitos para a assinatura do termo.
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Art. 23. Sem prejuízo do cumprimento dos encargos e deveres previstos nas normas legais, os
motoristas das transportadoras são obrigados a:
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V – ônibus de característica semiurbana, com bagageiro, quando a distância máxima entre o inicio
do percurso e o destino final seja superior a 25km;
VI - veículo utilitário de passageiro ou utilitário misto utilizado no serviço de autolotação;
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§ 1º Eventual receita alternativa terá como finalidade favorecer a modicidade dos valores das
tarifas.
§ 2º Compete à AGEAC a definição dos valores das tarifas dos Serviços Regulares de Transporte
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros.
I – despesas de operação;
II – depreciação de capital compatível com os prazos e com o regime definidos pelo Poder
Concedente;
III – remuneração do capital;
IV – encargos tributários e administrativos; e
V – despesas previstas ou previamente autorizadas pelo Poder Concedente.
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§ 4º Após definidos os valores das tarifas na forma do parágrafo anterior, as mesmas passarão a
ser reajustadas anualmente, observando-se as características peculiares dos serviços, adotando-
se para tanto fórmulas paramétricas estabelecidas com critérios técnicos pela AGEAC.
§ 5º As hipóteses de revisão do valor da tarifa são aquelas previstas na Lei Federal n. 8.987/1.995.
§ 6º Ocorrendo revisão dos valores das tarifas, as mesmas passarão a ser reajustadas na forma
prevista no § 3º”.
Art. 50. É vedada a prestação dos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
Passageiros sem a emissão do respectivo bilhete de passagem, salvo na hipótese dos serviços
suburbanos.
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Art. 54. A transportadora deverá manter seguro de responsabilidade civil a favor dos seus
passageiros, tripulantes e terceiros, cujos valores mínimos de cobertura serão fixados pela
AGEAC.
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§ 2º O valor a ser cobrado pelo transporte de encomendas será livremente negociado entre o
cliente e a transportadora, de acordo com a regulamentação da AGEAC.
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Art. 60. Os Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento
serão executados mediante autorização expedida pela AGEAC, conforme as condições e
requisitos estabelecidos na regulamentação desta lei.
Parágrafo único. As empresas que desejarem operar o serviço previsto no caput deverão obter
registro junto à AGEAC, de acordo com o regulamento.
Art. 61. Entende-se por Serviço de Transporte Intermunicipal Coletivo de Passageiros por
Fretamento aquele que se destine à condução de pessoas, sem cobrança individual de passagem,
não podendo assumir caráter de serviço aberto ao público.
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a) os endereços e telefones da empresa transportadora e da AGEAC para reclamações;
b) o certificado de registro do veículo na AGEAC;
c) cartão de identificação da tripulação; e
d) número de ordem ou prefixo do veículo.
§ 7º Será expedida autorização especial para o exercício da atividade prevista no art. 61-A desta
lei, para pessoas físicas, que exerçam a atividade de taxistas em municípios do Estado do Acre,
com veículos de passeio, desde que:
I – já estejam efetivamente exercendo a atividade há mais de dois anos pretérita a contar da
publicação desta lei;
II – ser registrado e devidamente homologado pela representação sindical da categoria nos termos
do art. 8º, inciso III da Constituição Federal e art. 513, alíneas “a” e “d” da CLT;
III – tenha apenas um veículo registrado por pessoa;
IV – se obedeça fielmente os dispositivos do art. 85 desta lei;
V – o permissionário taxista tenha residência fixa no município de origem da concessão da placa;
e
VI – o valor cobrado pela viagem, rateado pelos passageiros embarcados, seja, no mínimo,
setenta por cento superior à tarifa do transporte regular.
§ 8º O permissionário de que trata o inciso V, deste artigo poderá morar fora do domicílio da placa
de origem, em casos de extremas necessidades, com a devida comprovação e homologação do
Sindicato da Categoria.
§ 9º O taxista envolvido em ilícitos penais, com sentença transitada em julgado, terá sua
autorização cassada, sem prejuízo das demais penalidades cominadas em lei, devidamente
explicitadas no regulamento.
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Art. 65. Ao motorista do serviço de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros por
fretamento aplicam-se todas as obrigações e encargos previstos nos arts. 23 e 45 desta lei.
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Art. 66. A regulamentação desta lei disporá sobre a operação dos serviços de transporte
rodoviário intermunicipal de passageiros por fretamento, dispondo sobre obrigatoriedade de
responsabilidade civil e demais normas operacionais pertinentes.
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Art. 69. As operadoras do sistema de transporte intermunicipal deverão pagar as taxas previstas
nas Leis Complementares ns. 7, de 30 de dezembro de 1.982; e 278, de 14 de janeiro de 2.014,
até o trigésimo dia do mês subsequente.
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§ 2º A ausência de pagamento tempestivo implicará no acréscimo de juros equivalentes a taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC, calculados a partir do 1º dia
do mês subsequente ao vencimento até o mês anterior ao do pagamento, e de um por cento no
mês do pagamento, sem prejuízo do lançamento do débito na dívida ativa do Estado, mais:
I – tratando-se de pagamento espontâneo, multa de mora calculada à taxa de 0,11% (onze
centésimos por cento) por dia de atraso, até o máximo acumulado de dez por cento; e
II – tratando-se de pagamento decorrente de notificação ou de qualquer ação da autoridade
administrativa, multa de cinquenta por cento sobre o valor da taxa devida;
§ 3º A multa referida no inciso II será reduzida para quinze por cento desde que seja paga,
juntamente com a taxa devida, no prazo da notificação, implicando desistência de qualquer
impugnação ou recurso, inclusive judicial.
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Art. 84. Para os efeitos desta lei, considera-se clandestino o serviço de transporte rodoviário
intermunicipal de passageiros, realizado por pessoa física ou jurídica, em qualquer tipo de veículo,
com ou sem taxímetro, que não possua a devida permissão; concessão; ou autorização do
Estado.
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Art. 85. Os taxis, não autorizados pelo poder público concedente, poderão fazer viagens
intermunicipais, desde que a origem seja o município que conferiu a respectiva autorização e a
volta seja realizada para o mesmo município e com os mesmos passageiros ou com o veículo
vazio.
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Art. 91. Os professores e alunos das redes pública e particular de ensino terão direito ao desconto
de cinquenta por cento do valor da tarifa, para os deslocamentos de casa para o trabalho/escola e
vice-versa.
Parágrafo único. Para ter acesso ao desconto de cinquenta por cento, o aluno e professor
deverão apresentar a carteira emitida pela AGEAC.
Art. 92. Fica garantida as pessoas idosas, maiores de sessenta e cinco anos, a gratuidade no
serviço intermunicipal de transporte coletivo de passageiros com exceção da modalidade
autolotação até o limite de dois assentos por veículos.
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§ 2º Os prestadores de serviço de que trata esta lei deverão reservar e manter, em todos os
horários, dois assentos por veículo, devidamente identificados, em local que permita fácil acesso
para o embarque e o desembarque dos idosos.
§ 3º Decorrido o prazo estipulado no § 1º, inciso I, deste artigo, sem reserva dos assentos, os
prestadores de serviço intermunicipal de transporte coletivo de passageiros poderão disponibilizar
os respectivos bilhetes para a venda a qualquer interessado.
§ 4º Enquanto não comercializados, os bilhetes a que se refere o §3º deste artigo continuarão
disponíveis para o exercício do benefício da gratuidade.
§ 6º Os idosos com sessenta e cinco anos, já cadastrados por ocasião da publicação da presente
lei, também poderão se beneficiar da gratuidade prevista no caput deste artigo.
Art. 2º Ficam acrescidos a Lei n. 2.731, de 23 de agosto de 2013, os art. 49-A, 61-A, 61-B,
61-C, 89-A; 92-A e 92-B;
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§ 1º Poderá contratar fretamento contínuo a instituição de ensino ou agremiação estudantil
legalmente constituída, para transporte de seus alunos ou associados.
§ 1º Nas viagens a que se referem os serviços tratados neste artigo, será de porte obrigatório a
nota fiscal correspondente, bem como a autorização da AGEAC.
§ 2º A empresa transportadora comunicará mensalmente, até o último dia útil do mês seguinte, à
AGEAC o número de viagens realizadas por fretamento eventual, com indicação da data de início
e fim de cada uma, origem e destino, bem como o número de passageiros transportados.
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Parágrafo único. A penalidade será aplicada após o devido processo legal, com a possibilidade
de defesa da empresa, na forma prevista no regulamento.
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Art. 92-A. As pessoas com deficiência, assim consideradas, aquelas definidas em lei específica
com renda igual ou inferior a dois salários mínimos, é garantido o transporte gratuito.
§ 1º Também terá direito à gratuidade um acompanhante do deficiente, desde que ambos estejam
viajando juntos e exista comprovação sobre a necessidade de tal acompanhamento.
§ 2° Para ter acesso a gratuidade a que se refere o caput deste artigo, as pessoas com deficiência
deverão dirigir-se à AGEAC e:
I – preencher e assinar requerimento de concessão de gratuidade no transporte rodoviário
intermunicipal de passageiros;
II – entregar duas fotos 3x4
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III – entregar cópia:
a) do RG;
b) do CPF;
c) do comprovante de endereço; e
d) do comprovante de renda.
IV – entregar laudo médico original, expedido pela junta médica do Estado ou do Município onde
reside.
§ 3º Após a análise dos documentos for constatado que o requerente faz jus à gratuidade, a
AGEAC expedirá a Carteira que terá validade por dois anos, ficando o beneficiário obrigado a
atualizar seu cadastro junto à AGEAC, conforme estabelecido no regulamento desta lei.
§ 4º Para uma emissão da segunda via de uma carteira de Gratuidade, será cobrada pela AGEAC
o pagamento de uma taxa de emissão em um valor módico a ser estabelecido no regulamento
desta lei.
Art. 92-B. Fica garantida às pessoas com hepatite, que estejam inseridas em programa de
tratamento contínuo, com renda igual ou inferior a dois salários mínimos, a gratuidade no serviço
intermunicipal de transporte coletivo de passageiros de característica rodoviária convencional, até
o limite de dois assentos por veículos.
§ 1º Para ter acesso à gratuidade, o beneficiário deverá:
I – solicitar reserva de assento com o mínimo vinte e quatro horas de antecedência, contadas do
horário previsto para a partida do veículo;
II – apresentar documento de identidade com foto; e
III – documento comprobatório de renda igual ou inferior a dois salários mínimos.
§ 2º Os prestadores de serviços de que trata esta lei deverão reservar e manter, em todos os
horários, dois assentos por veículos, devidamente identificados.
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§ 5º Para ter acesso à gratuidade referida neste artigo, as pessoas em tratamento de hepatite,
deverão apresentar a carteira emitida pela AGEAC”(NR)
Art. 3º Caberá à AGEAC a regulamentação desta lei e das resoluções pertinentes, bem
como definir os mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos previstos na referida legislação.
Art. 5º Ficam revogados o parágrafo único do art. 4º, o § 6º do art. 5º, §§ 1º e 2º do art. 8º,
§§ 1º, 2º e 3º do art. 9º, inciso II §§ 1º e 2º do art. 12, incisos VI, VII, VIII e IX do art. 34, incisos I, II, III,
IV, V, VI, VII e VIII do § 4º do art. 48, § 1º do art. 69, parágrafo único do art. 85 e art. 97, todos da Lei n.
2.731, de 23 de agosto de 2013.
TIÃO VIANA
Governador do Estado do Acre
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