Aula02 - Polinonios
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4
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2.5.4 Divisão de polinômio por monômio .............................................................................. 13
REFERÊNCIAS .......................................................................................... 19
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AULA 2 – POLINÔMIOS
1 INTRODUÇÃO
O objetivo desta aula é familiarizar-se com os conceitos, linguagem, propriedades e as operações
algébricas que envolvem os polinômios.
Durante esses registros, houve situações ou atividades que necessitaram de algum pensamento ou da
própria matemática, seja para entendê-las, registrá-las ou organizá-las.
Agora estudaremos mais precisamente essa ideia tão importante no desenvolvimento da linguagem
matemática.
Expressões algébricas são formadas por letras, números e sinais de operações matemáticas. Essas
letras que aparecem em uma expressão são chamadas de variáveis.
Exemplo:
Durante o processo de cálculo, podemos substituir essas variáveis, que aparecem em uma expressão
algébrica, por valores numéricos conhecidos e assim encontramos um resultado final que chamamos de
valor numérico.
Exemplo:
4
Em resumo, o valor numérico de uma expressão algébrica é um número obtido por meio dos cálculos
resultantes da substituição das variáveis por valores conhecidos.
2.2 Monômios
Monômios são expressões algébricas formadas por números, letras ou pela multiplicação entre
números e letras. Em outras palavras, todo monômio é constituído por números e letras, não havendo
somas ou subtrações entre os termos (expressões).
Todo monômio é constituído do coeficiente numérico e da parte literal. O coeficiente numérico é o valor
conhecido (constante) enquanto a parte literal é formada pela(s) variável(is). Exemplo:
Observações:
Monômios que possuem as partes literais iguais (inclusive o mesmo grau) são chamados de
termos semelhantes.
Por exemplo: .
Por exemplo:
5
( )
Na parte literal, para auxiliar na representação do valor final, normalmente associamos a mesmas
letras e utilizamos as propriedades da potenciação para chegar a um resultado simplificado.
Exemplos:
( )
( )( )( )
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2.4 Polinômios
Polinômios são expressões algébricas formadas por mais de um monômio (termo). Os polinômios
formados por até três termos possuem nomes específicos:
O grau de um polinômio é representado pelo monômio de maior grau desde que todos os termos
estejam reduzidos (associados) e o coeficiente numérico não seja nulo.
Exemplo:
Exemplo:
7
Apesar de o polinômio ser composto somente pela variável , os termos não são semelhantes.
Exemplo:
Uma empresa produz três produtos cujas receitas podem ser representadas pelos polinômios:
A=
B=
C=
Então, podemos concluir que a receita total com os três produtos será:
A+B+C=
A+B+C=
A+B+C=
A+B+C=
Ainda com base nas receitas anteriores, em outra situação, a receita do produto A dobrou,
enquanto a receita do produto B triplicou e a receita do produto C foi nula. Qual foi a receita final?
Exemplo:
8
⏟
Como não possuímos termos semelhantes para associar, este é o resultado final.
Exemplo:
⏟ ⏟
⏟ ⏟
Alguns produtos têm grande utilidade nas aplicações matemáticas de forma geral e,
consequentemente, são usados em grande escala. Esses casos recorrentes recebem o nome específico de
produtos notáveis.
É bastante aconselhável que o aluno entenda e domine este assunto, pois, assim, os cálculos serão
mais simples e ágeis.
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Como foi dito anteriormente, essas fórmulas podem ser bastante úteis, por exemplo:
Calcular
Como podemos observar, o caso descrito é um quadrado da diferença entre dois termos, portanto seu
desenvolvimento é:
Para calcular, basta substituir o por e substituir o por 1 e obteremos o resultado, então:
portanto
Trabalhar com o polinômio na forma fatorada pode simplificar, e muito, os cálculos, pois, quando
trabalhamos com potências, a multiplicação acaba se transformando em soma (soma dos expoentes para
mesma base) e a divisão se transforma em subtração.
Nas próximas aulas, no estudo de resolução de equações, veremos que é mais fácil resolver uma
equação quando estiver fatorada. Portanto, assim como o estudo anterior, este conteúdo é de grande
importância e utilidade para as próximas aulas.
Fatorar significa escrever um polinômio como um produto de dois ou mais fatores polinomiais.
Nem todos os polinômios podem ser fatorados, nesses casos nós dizemos que o polinômio está na
forma irredutível.
Por exemplo:
é um polinômio irredutível.
Um polinômio está fatorado completamente quando estiver escrito como produto de seus fatores
irredutíveis.
Por exemplo:
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Esse polinômio não está fatorado, pois o termo não é irredutível. Então, fatorando o polinômio
dado, temos:
As principais técnicas de fatoração envolvem os produtos notáveis, portanto a tabela anterior pode ser
reescrita da seguinte forma:
Repare que, para fatorar um polinômio que seja uma diferença entre dois quadrados, basta extrair a
raiz de cada termo e montar como um produto da soma pela diferença.
Exemplo:
De forma semelhante, essa ideia vale para o trinômio quadrado perfeito. Então, para começar,
podemos extrair a raiz dos termos extremos e, em seguida, verificamos se o dobro do produto dessas raízes
é igual ao termo central do polinômio. Se isso ocorrer, basta analisar o sinal do termo central e escrever o
trinômio como o quadrado de uma soma, ou diferença, de dois termos (raízes).
Exemplo:
Como o dobro do produto das raízes é 8 (o mesmo que o termo central do polinômio a ser fatorado) e
o sinal desse termo é negativo, então a fatoração pode ser escrita como o quadrado da diferença entre dois
termos, ou seja:
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Se o dobro do produto das raízes for diferente do termo central, se o polinômio puder ser fatorado,
precisaremos utilizar outra técnica, pois esse polinômio não será um trinômio quadrado perfeito.
Para utilizar essa técnica os termos dos polinômios devem possuir algum fator em comum, seja
número ou letra.
Essa ideia vem da propriedade distributiva (se um número está multiplicando uma expressão, então
esse número deve ser multiplicado por cada um de seus termos), logo a recíproca também é verdadeira.
Em outras palavras, se todos os termos foram multiplicados por um mesmo número, então é possível
escrever esse polinômio como o produto de um número por uma expressão.
Exemplo:
Repare que o coeficiente numérico é múltiplo de 3, e , portanto os termos desse polinômio são
múltiplos de , logo podemos escrever o polinômio como:
Em alguns casos, nem todos os termos de um polinômio têm algum fator comum em evidência, porém
alguns termos específicos podem ter e, se isso ocorrer, talvez seja possível fatorar esse polinômio.
Essa técnica utiliza o mesmo princípio do fator em comum em evidência. A diferença é que o
utilizaremos mais de uma vez, e em termos diferentes, no mesmo polinômio.
Exemplo:
Repare que alguns termos possuem fatores em comum. Vamos juntar esses termos semelhantes
conforme a letra e :
⏟ ⏟
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Como é um fator comum aos dois termos, vamos colocá-lo em evidência:
Essa técnica é menos utilizada que as anteriores, porém não menos importante. As fórmulas de
fatoração são:
Feito isso, basta dividir número por número e parte literal por parte literal. Neste último caso,
precisamos utilizar a propriedade de divisão de potências de mesma base.
Exemplo:
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( )( ) ( )( )
é diferente de
Dizer que dois números são divisíveis, significa afirmar que o resto da divisão do primeiro número pelo
segundo é igual a zero, ou seja, esses números são múltiplos ou submúltiplos um do outro.
A mesma ideia pode ser utilizada para os polinômios. Quando dizemos que um polinômio é divisível
por outro, afirmamos que o resto da divisão do primeiro pelo segundo é igual a zero e, ainda mais, que um
dos polinômios é múltiplo do outro.
Quando afirmamos que dois polinômios são divisíveis, queremos dizer que um é múltiplo do outro, ou
seja, que é possível escrever esse polinômio na forma fatorada e simplesmente simplificar, como fazemos
com as frações.
Exemplo:
⏟ ⏟
14
Repare que, ao fatorar o polinômio, surgiu um fator em comum no numerador e no denominador,
portanto esses dois polinômios e são divisíveis.
assim,
Grau de grau de ou
Para descobrir o quociente e resto de uma divisão, temos dois métodos bastante eficientes: o método
da chave e o dispositivo de Briot-Ruffini. Para exemplificar cada processo os demonstramos adiante.
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2 4 2 4 1
4 10 24 47
Assim, pelo dispositivo prático de Briot-Ruffini verificamos que os coeficientes do polinômio que
representam o quociente são: 4, 10 e 24. Portanto o polinômio é e, como vimos, 47 (último
número) representa o resto, ou seja, a mesma resposta do método anterior.
Independentemente de qual método utilizar, a resposta deve ser sempre a mesma, assim você pode
escolher a técnica que julgar mais simples.
O conjunto de valores de na qual uma expressão algébrica é definida, ou seja, é possível de ser
calculada, é chamado de Domínio da Expressão Algébrica.
Nos exemplos anteriores, verificamos que para alguns valores de x a expressão não está definida. Se
calcularmos o valor numérico dessas expressões para , chegamos a uma indefinição, pois teremos o
denominador igual a zero.
√ √ √
Repare que, no segundo caso, no domínio da segunda expressão, todos os números serão reais,
menos o 1, ou seja, .
Já na primeira expressão, não basta, simplesmente, eliminar o número 1 para que o denominador não
assuma valor nulo, é preciso, também, satisfazer outra condição. A raiz deve ser maior que zero. Por isso,
temos de verificar para quais valores , ou ainda, .
Portanto, ou .
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Assim, podemos definir que o domínio dessa expressão é .
Operação Exemplo
Exemplos:
Com 1 e 2.
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2.6.3 Expressões racionais compostas
Quando houver frações no numerador, no denominador ou em ambos, dizemos que a expressão
fracionária é composta.
Uma forma de “fugir” dessa forma complexa é transformar a fração em uma divisão de expressões
fracionárias.
Exemplo:
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
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REFERÊNCIAS
DEMANA, F.; WAITS, K. B.; FOLEY, D. G.; KENNEDY, D. Pré-cálculo. 7. ed. São Paulo: Pearson, 2009.
IEZZI, G.; DOLCE, O.; DEGENSZAJN, D.; PÉRIGO, R.; ALMEIDA, N. Matemática: ciência e aplicações. 6.
ed. São Paulo: Atual, 2010.
IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A. Matemática e realidade. 6. ed. São Paulo: Atual, 2009.
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