Tema 1 - A Comunicação e A Importância Da Língua Portuguesa
Tema 1 - A Comunicação e A Importância Da Língua Portuguesa
Tema 1 - A Comunicação e A Importância Da Língua Portuguesa
Tema 1
OBJETIVO:
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Tema 1: A Comunicação e a Importância da Língua
Portuguesa
Como uma metáfora da condição humana, Leonardo Boff utiliza a águia e a galinha como figuras
representativas da vida do ser humano. A galinha representa o ser arraigado, limitado; a águia
é apresentada como a transcendência, o ilimitado.
Com isso, Boff sugere a união entre esses dois elementos como meio ideal para a condição
humana. A respeito desses símbolos, o referido autor salienta:
“Recusamo-nos a ser somente galinhas. Queremos ser também águias que ganham altura e
que projetam visões para além ...”.
Tomado pelo espirito de águia, proponho sairmos do chão para utilizar nossa capacidade
ilimitada de conhecer, de descobrir novos horizontes. Agora é o momento de mais uma vez
levantarmos voo e descobrirmos os elementos básicos da Comunicação e a Importância da
Língua Portuguesa para o nosso sucesso pessoal e profissional.
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O que é Comunicação?
Comunicação é a área do conhecimento que cuida das interações entre os seres humanos por
meio do compartilhamento de informações. A palavra é uma derivação do latim communicare,
cujo significado é participar de algo, partilhar, tornar comum. É por meio da comunicação que é
possível haver a compreensão entre os homens, sendo o ato de comunicar essencial para que
exista vida em sociedade. Como o ser humano é um ser social, a comunicação é essencial para
a vida humana.
De maneira geral, a comunicação existe desde o início dos tempos. Foi ela quem permitiu que
se formassem os grupos, que eventualmente se integraram em forma de famílias e criaram
sociedades. A comunicação é uma ferramenta responsável por transmitir conhecimento e
desencadear desenvolvimento.
De certa forma, a comunicação é um artifício que permite ao homem evitar que os mesmos
erros sejam cometidos repetidas vezes, que lhe dá a chance de reconstruir a história, registrar
o presente e projetar um futuro melhor a partir das interações feitas no passado e no agora. A
comunicação é capaz de humanizar o homem, de torná-lo “mais comunicativo” e,
consequentemente, mais receptivo e compreensivo.
O ser humano é um sujeito psicossocial. Como sujeito psicossocial ele tem noção de que possui
a propriedade de elaborar seu discurso, escolher suas palavras, mas também tem consciência
de que está inserido em uma sociedade. Uma importante característica do sujeito é que ele só
se configura na interação com o outro. No ato comunicativo, emissor e receptor têm um
importante papel: o de interagirem e se constituírem como sujeitos nessa interação.
O sentido vai ser produzido nesse processo e serão levados em consideração fatores cognitivos
e extralinguísticos. A língua, nesse sentido, passa a ser o lugar de interação, de produção de
sentidos. O texto aqui não mais é tido como um produto acabado, e sim como parte desse
processo interativo. Assim, um texto é sempre uma realidade INCOMPLETA.
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Quando nós conversamos ou lemos algum texto, entramos em um processo de construção de
sentido. Nós nos propomos, nesse momento, a participar do “jogo da linguagem” e a interagir
com um receptor. Nesse processo, mobilizamos bem mais do que o nosso conhecimento
linguístico e o nosso conhecimento a respeito do momento da interlocução. Fazemos valer o
nosso conhecimento prévio, o nosso conhecimento do mundo, mobilizamos conhecimentos
acerca da sociedade, acerca da história.
No entanto, para que possa haver boa interação comunicativa e os sentidos possam “brotar”
durante esse “jogo”, é necessário que o nosso conhecimento de mundo seja semelhante ao do
receptor de nossa mensagem.
Assim, a linguagem é marcada pela INTERATIVIDADE, bem como por uma característica de
atividade SOCIAL. Se a linguagem é utilizada em um ambiente social, constituindo-se na relação
entre interlocutores, é natural entendermos que a usamos com uma determinada finalidade.
Nós nos munimos da linguagem com uma intenção. É justamente por isso que a linguagem
ganha uma outra característica: a INTENCIONALIDADE.
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ATIVIDADE EM SALA DE AULA:
1- A partir das reflexões sobre o ato comunicativo, comente criticamente cada uma das ideias
contidas nos textos abaixo:
A)
https://wordsofleisure.files.wordpress.com/2012/11/544702_446146368766739_1536824744_n.jpg
B)
C)
Quando aceitamos que um texto tem uma intenção, um objetivo a atingir, atribuímos a ele uma
característica de argumentação. Tal característica está ligada à intencionalidade. O Principio
Cooperativo entre os interlocutores nos leva a enxergar a comunicação como um evento
interativo. A existência da comunicação como um processo dinâmico implica que os
participantes de tal evento aceitem fazer parte do “jogo da linguagem”, aceitem interagir,
produzir sentidos, entrar em combate dialógico. E preciso se inserir, aceitar participar desse
“jogo” para que o texto seja constituído durante o ato comunicativo.
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D)
“ O enunciado está repleto dos ecos e lembranças de outros enunciados, aos quais está
vinculado no interior de uma esfera comum da comunicação verbal (...) e deve ser considerado
acima de tudo como uma resposta a enunciados anteriores dentro de uma dada esfera (...):
refuta-os, confirma-os, completa-os, baseia-se neles, supõe-nos conhecidos e, de um modo ou
de outro, conta com eles.”
E)
F)
A linguagem é a maior criação da inteligência humana, pois é uma forma de acessar o mundo e
o pensamento, tornando possível compreender e apreender as características dos fatos e
objetos da realidade. Nós, seres humanos, somos, ao mesmo tempo, falantes e linguagem,
considerando a linguagem uma criação humana, uma instituição sociocultural, que nos faz seres
sociais e culturais. E, tendo a linguagem uma função social, ela é, antes de tudo, comunicação,
expressão e compreensão. Essa função comunicativa está estreitamente combinada com o
pensamento. A comunicação é uma espécie de função básica, porque permite a interação social
e, ao mesmo tempo, organiza o pensamento, aguça a inteligência, aprimora a forma e o modo
de viver no mundo.
G)
Dominar a modalidade escrita da língua, em seu padrão culto, é, sem dúvida, requisito
fundamental para o sucesso da vida acadêmica e profissional, por isso tem sido essa atividade
cada vez mais valorizada em diferentes áreas de atuação, representando meio de integração e
ascensão social. É necessário planejar o texto e identificar “para que escrever”, “para quem
escrever”, “o que escrever” e “de que modo escrever”.
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A comunicação e seus elementos
Comunicar é mais do que falar e ouvir. É usar as palavras dentro de um contexto para que sejam
compreendidas na exata proporção da intenção da mensagem; contudo, podem sofrer
distorções provocadas por pensamentos que direcionam essa mensagem para um objetivo
diferente do desejado pelo emissor.
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Para analisar um modelo básico de Comunicação, é preciso considerar alguns fatores:
a) Quem está comunicando e a quem – toda comunicação humana tem alguma fonte, uma
pessoa ou um grupo de pessoas com um objetivo, uma razão para empenhar-se em codificar
uma mensagem para comunicar-se, e um receptor que recebe, decodifica e compreende a
mensagem. O processo de comunicação é dinâmico e bidirecional, fonte e receptor trocam de
papéis durante o ato comunicativo.
d) O canal ou meio empregado para transmitir a mensagem, como a voz humana, uma mídia
eletrônica ou impressa etc.
f) Os ruídos são fatores que distorcem a qualidade da comunicação, reduzindo ou anulando sua
efetividade. Podem ser físicos, psicológicos, sociais etc.
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A comunicação humana é contingencial, submetida ao padrão de referência de cada pessoa,
que funciona como um filtro constituído pelo sistema cognitivo (as diferentes formas pelas quais
as pessoas aprendem) e pelo sistema emocional. Cada pessoa tem suas características próprias
de personalidade que funcionam como padrão pessoal de referência para tudo que ocorre no
ambiente e dentro do próprio indivíduo.
Quando utilizamos palavras para nos comunicar, seja através da fala ou da escrita,
estamos fazendo uso da linguagem verbal. Esse tipo de linguagem está presente no nosso dia-
a-dia, pois mediante a palavra falada ou a escrita, podemos transmitir as nossas ideias, nossos
pensamentos.
A linguagem verbal é fundamental na nossa vida. Mas é importante lembrar que ela não
é a única linguagem de que dispomos. Nós, humanos, somos seres de muitas linguagens.
Utilizamos os sons e produzimos músicas (linguagem musical); usamos os traços e as cores e
produzimos imagens (linguagem visual); movimentamos nosso corpo e produzimos gestos,
expressões faciais (linguagem corporal). Usamos essas linguagens, combinadas ou não, tanto
em situações práticas do cotidiano, quanto em atividades artísticas.
Essas formas de linguagens são exemplos de linguagem não verbal porque não utilizam
palavras para transmitir o que querem dizer. Usam-se outros tipos de códigos como: expressões
fisionômicas, figuras, sons, gestos, desenhos e muitos outros.
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(Semáforo: Atenção no trânsito)
(expressão de alegria)
Os símbolos acima nos mostram que conseguimos entender o que cada um quer dizer,
sem precisar usar palavras. Apesar disso, temos uma linguagem, conseguimos compreender as
mensagens a partir de imagens.
Na semiótica, ciência que estuda os signos em geral, há uma classificação para os tipos
de linguagem baseada no tipo de signo. Assim temos: ícone, índice e símbolo (linguagem não
verbal) e signo linguístico (linguagem verbal).
O signo linguístico, totalmente arbitrário, é a própria palavra. Para Saussure (1969) é união
de um sentido, de um conceito mental (significado) e uma imagem acústica (significante).
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A importância da Língua no mundo social e cultural
Então, a língua constitui, pois, um código mutável que integra as relações humanas e que, ao
mesmo tempo em que sofre modificações, participa das mudanças nas sociedades. Esse
patrimônio social é responsável pela possibilidade de se preservar o conhecimento e de
transmiti-lo a outras gerações no correr do tempo. É por meio da linguagem que as sociedades
perpetuam suas histórias escritas. Sem a linguagem o mundo seria um imenso vazio.
Observa-se, também, uma estreita relação entre linguagem e cultura. Uma é expressão da outra.
Essas duas entidades possuem uma relação tão ampla e complexa, que abrange desde a
consideração de que as estruturas linguísticas possam se edificar, a partir de uma situação
cultural, até a afirmação, em sentido contrário, de que os costumes linguísticos, de
determinados grupos, tenham moldado, fundamentalmente, a cultura desses povos. Ou seja, a
linguagem modifica a cultura e esta modifica aquela.
No entanto, sendo o ser humano portador da linguagem, ele não é dela possuidor, apenas
usuário. E, no uso, modifica a língua, mas não a detém para si como algo seu. Isso acontece
porque a língua é um sistema social e não um sistema individual. Ela preexiste às pessoas. Não
se pode, em qualquer sentido simples, ser autor. Falar uma língua não significa apenas expressar
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os pensamentos mais interiores e originais, significa, também, ativar a imensa gama de
significados que já estão embutidos no sistema cultural de dada comunidade, sociedade.
Essa relação intrínseca entre língua, cultura, sociedade, constitui arranjo fundamental nas
atividades cotidianas de nossas vidas. Dessa forma, as mudanças ocorrem, tanto na cultura
quanto na língua, seja por eliminação, acréscimo ou modificação de elementos. Não é uma coisa
voluntária, acontece sem que se perceba, de forma ininterrupta. Assim, as pessoas reestruturam
aspectos linguísticos e valores morais, por exemplo, muitas vezes, sem perceber. Mas, para
tristeza de muitos, ninguém, isoladamente, modifica uma língua. Ela pertence ao conjunto de
falantes e responde por seus comportamentos sociais, culturais, morais, éticos.
Finalmente, naquilo que diz respeito à sua essência, línguas são fenômenos inerentes ao ser
humano e semelhantes a ele próprio: sistemáticos, porém complexos, arbitrários, irregulares,
mostrando um acentuado grau de tolerância a variações, repletos de ambiguidades, em
constante evolução aleatória e incontrolável. Por isso a linguagem é espelho fidedigno das
pessoas. É como diz Fernão de Oliveira (1536), “cada um fala como quem é”.
TEXTO 1
A PALAVRA
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... Um termo vocábulo...
A palavra é acima de tudo
Marcamos nossa presença, nossas ideias, nossos sentimentos e emoções com as palavras que
expressamos. São as palavras ditas e as não ditas. A qualidade da nossa comunicação está na
maneira como essas palavras saem não da nossa boca, mas do coração Essa é a fundamental
diferença que presenciamos na condução de um relacionamento.
Preste atenção nas pessoas com quem você se relaciona. Veja que algumas, ao se expressar,
olham nos seus olhos, perceba o que eles estão dizendo com essa ação. Muitos de nós temos
essa capacidade de falar através apenas do olhar. As frases são mais fortes e consistentes.
Autênticas.
É como andar de bicicleta, no início muitos tombos e arranhões, mas com a prática, treino e
perseverança vamos aprendendo. Podemos ir a lugares fantásticos, realizar manobras mais
arriscadas e com o domínio das técnicas, ao pressentirmos um tombo, saber como e onde cair.
Então para que você saiba que nem tudo é preciso dizer veja o que você pode usar para que
sua palavra seja mais do que um amontoado de sons:
- Use o poder do olhar. Olhe diretamente nos olhos da outra pessoa. Afinal os olhos são o
espelho da alma.
- Use a postura adequada à situação. Corpo ereto, cabeça erguida transmitem confiança.
Corpo curvado olhar para o chão podem transmitir insegurança e problemas.
- Reforce com gestos da sua mão. Tome cuidado ao realizar gestos que não são coerentes com
as palavras expressadas.
- Se for possível e adequado toque na outra pessoa. Cuidado: veja bem onde tocar. Permita
que ela toque você. Um aperto de mão, um abraço podem ser o melhor referencial para sua
expressão e muitas vezes podem substituir a sua fala.
- Explore sua voz. Use as nuances que ela pode trazer. Fale mais alto e mais baixo. Evite aquela
voz monocórdia, “de travesseiro”. Dê ênfase na silabas de acordo com a emoção e sentimento
que deseja expressar. Dê vida a sua voz.
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