Resumo Super Material Aparelho Reprodutor Masculino 4948979 1701340487
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Reprodutor
Masculino
Sumário
1. Composição................................................................................................................... 3
2. Funções.......................................................................................................................... 4
3. Testículos....................................................................................................................... 4
5. Espermatogênese ....................................................................................................... 10
8. Tecido intersticial........................................................................................................ 18
11. Pênis........................................................................................................................... 23
Referências...................................................................................................................... 27
1. Composição
O aparelho reprodutor masculino é composto pelos testículos, ductos genitais
intratesticulares e extratesticulares (que compreendem ductos eferentes, ducto
epididimário, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), glândulas acessórias
(próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais ou de Cowper) e pênis
(Figura 1).
Vesícula seminal
Próstata
Ducto ejaculatório
Glândula Bulbo
bulbouretral
Ramo do pênis
Corpo esponjoso
Corpo cavernoso
Vaso deferente
Uretra
Artéria profunda
Epidídimo
Glande do pênis
Dúctulos eferentes
Rede do testículo
Testículo
Septações
Orifício externo da uretra
Túnica albugínea
Túbulos
seminíferos
Figura 2. Principais funções dos orgãos que compõem o aparelho reprodutor masculino.
Fonte: Elaborada pela autora.
3. Testículos
Os testículos são órgãos pareados que produzem espermatozoides e testostero-
na. Cada testículo no homem adulto é um órgão oval com aproximadamente 4 cm de
comprimento, 2 a 3 cm de largura e 3 cm de espessura.
Outro constituinte do testículo é a túnica vaginal (Figura 3), uma parte do peritônio que
acompanha o testículo no processo de migração do abdome e, por sua vez, é composta
por duas camadas: uma parietal exterior e uma visceral interna, sendo responsáveis
pela cobertura dos segmentos lateral e anterior da túnica albugínea nos testículos.
A bolsa escrotal, camada externa composta por pele e tecido muscular, vai proteger
os testículos e contribuir para manutenção da temperatura ideal para a produção dos
espermatozóides, abaixo da temperatura basal intra-abdominal.
ESTRUTURA DO TESTÍCULO
Escroto
Túnica albugínea
Septos
Mediastino testicular
Lóbulos
Nos lóbulos estão os túbulos seminíferos, que se enovelam e estão envoltos por tecido
conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais
(células de Leydig). O epitélio seminífero dos túbulos seminíferos produz os espermato-
zoides, que são as células reprodutoras masculinas. Já as células de Leydig (Figura 4)
secretam andrógeno testicular. Os espermatozoides dirigem-se para os túbulos retos,
que ligam a extremidade aberta de cada túbulo seminífero à rede testicular localizada
no mediastino testicular. Os espermatozoides saem da rede testicular através dos
ductos eferentes, os quais finalmente se fundem com o epidídimo.
1. Formação do acrossomo;
2. Condensação e alongamento do núcleo;
3. Desenvolvimento do flagelo;
4. Perda da maior parte do citoplasma.
Figura 8. Espermiogênese.
Fonte: Gartner et al.
7. Células de Sertoli
Com formato piramidal, sua superfície basal adere à lâmina basal dos túbulos
e sua extremidade apical são voltadas para o lúmen dos túbulos (Figura 10). Os
núcleos que são vesiculares, claros, frequentemente angulosos ou triangulares,
com nucléolo proeminente, localizam-se na base dos túbulos seminíferos. A
superfície apical das células de Sertoli é muito pregueada e se projeta para os
lumens dos túbulos seminíferos, possuindo recessos onde se alojam as células
da linhagem espermatogênica. As células de Sertoli unem-se entre si por junções
ocludentes nas paredes basolaterais, formando a barreira hematotesticular, que
isola o compartimento adluminal das influências do tecido conjuntivo, protegen-
do dessa maneira os gametas em desenvolvimento do sistema imunológico. O
citoplasma apresenta inclusões, denominadas cristais de Charcot-Böttcher, cuja
composição e função são desconhecidas, é repleto de túbulos e vesículas de re-
tículo endoplasmático liso (REL), porém a quantidade de retículo endoplasmático
granular é limitada, apresenta numerosas mitocôndrias, um aparelho de Golgi
bem desenvolvido e numerosas vesículas que pertencem ao complexo endolisos-
somal. Os elementos do citoesqueleto das células de Sertoli também são abun-
dantes, indicando que uma das funções desta célula é fornecer suporte estrutural
para os gametas em desenvolvimento. No compartimento basal, abaixo da bar-
reira e contínuo com o tecido conjuntivo ficam as espermatogônias, e, portanto,
comunicam-se com o resto do organismo.
As espermátides e os espermatócitos vão estar localizados acima das junções
ocludentes (barreira hematotesticular), no compartimento adluminal. Os flagelos das
espermátides avançadas confluirão em aglomerados que alcançam a parte luminal
dos túbulos e são os movimentos realizados pela superfície apical das células de
Sertoli, juntamente com os microtúbulos e microfilamentos, que possivelmente per-
mitem a liberação dos espermatozoides.
Lúmen dos
túbulos
seminíferos
Espermatozóides
Espermatócitos
primários
Espermatogônias
Células de Sertoli
Estoma
testicular Células de Leydig
5. Por situarem-se nos recessos das células de Sertoli, acima da barreira hema-
totesticular, as células da linhagem espermatogênica não possuem contato
direto com o plasma, necessitando diretamente das células de Sertoli para
suporte de suas atividades nutricionais e metabólicas.
6. O processo de espermiogênese gera naturalmente a formação de citoplasma
em demasia, e o seu excedente gera corpos rresiduais, que são fagocitados
e digeridos pelas células de Sertoli.
7. É função das células de Sertoli, sob o controle do hormônio foliculoesti-
mulante (FSH) e testosterona, secretar a proteína ligante de andrógeno
(ABP) que irá concentrar a testosterona nos túbulos seminíferos. Realiza
a conversão de testosterona em estradiol e é responsável pelo mecanis-
mo de feedback negativo através da produção de inibina, que vai suprimir
a formação e liberação do FSH pela hipófise. Ainda dentre as funções
secretoras das células de Sertoli, estão a produção de um meio rico em
frutose, que tem o objetivo de nutrir e facilitar o transporte dos esperma-
tozoides em direção aos ductos genitais e a síntese e liberação da trans-
ferrina testicular que vai captar o ferro da transferrina sérica e direcionar
para os gametas em maturação.
8. Tecido intersticial
O espaço intersticial é formado por tecido conjuntivo frouxo (com diferentes ti-
pos celulares como fibroblastos, células conjuntivas indiferenciadas, mastócitos e
macrófagos), nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. É ricamente vascularizado. Os
capilares sanguíneos do testículo são fenestrados, o que possibilita a passagem livre
de macromoléculas. Na puberdade, outro tipo celular fica evidenciado: as células in-
tersticiais ou células de Leydig.
Células de Leydig: Possuem formato arredondado ou poligonal e tem diâmetro
aproximado de 15 μm. Contém um núcleo único central (mas ocasionalmente podem
ter até 2 núcleos) e um citoplasma eosinófilo rico em pequenas gotículas de lipídios.
São produtoras de testosterona, hormônio masculino responsável pelo desenvolvi-
mento das características sexuais masculinas secundárias. No adulto, essas células
são estimuladas pelo hormônio luteinizante (LH), gonadotrofina liberada pela adenoi-
pófise. São típicas células produtoras de esteroides, que apresentam mitocôndrias
com cristas tubulosas, um grande acúmulo de REL, e um aparelho de Golgi bem de-
senvolvido, possuem também algum REG e numerosas gotículas lipídicas, mas não
contêm vesículas de secreção, porque a testosterona é, provavelmente, liberada logo
após a sua síntese ser completada. Os lisossomos e os peroxissomos também são
evidentes, assim como pigmentos de lipocromo (especialmente em homens idosos).
O citoplasma também contém proteínas cristalizadas, os cristais de Reinke.
O LH se liga aos seus receptores presentes nas células de Leydig, ativando a ade-
nilatociclase e formando monofosfato cíclico de adenosina (AMPc). A ativação de
proteínas quinases das células de Leydig através do AMPc induz esterases de coles-
terol inativas a se tornarem ativas e clivarem o colesterol livre das gotículas lipídicas
intracelulares. A primeira etapa na via da síntese de testosterona também é sensível
ao LH, porque o LH ativa a colesterol desmolase (enzima que converte colesterol
livre em pregnenolona). Os vários produtos da via sintética oscilam entre o retículo
endoplasmático liso e as mitocôndrias até que a testosterona seja formada e libera-
da pelas células de Leydig (Figura 10).
9. Ductos genitais
extratesticulares
São os ductos genitais localizados fora dos testículos: o ducto epididimário, o
ducto deferente e ejaculador e a uretra. Por eles os espermatozoides são transporta-
dos do testículo até o meato do pênis.
O ducto do epidídimo ou ducto epididimário consiste em um tubo único muito
enovelado medindo cerca de 4 a 6 m de comprimento. O ducto do epidídimo, o te-
cido conjuntivo adjacente e os vasos sanguíneos formam o corpo e a cauda do epi-
dídimo. O ducto epididimário é constituído por epitélio colunar pseudoestratificado,
com células basais arredondadas e células principais, colunares, estas últimas com
superfície coberta por estereocílios (microvilos longos e ramificados de formas irre-
gulares) (Figura 11).
Cordão espermático
Ducto deferente
Cabeça do epidídimo
Testículos
Cauda do
epidídimo
• Contração do músculo liso dos ductos genitais e das glândulas genitais aces-
sórias forçam o sêmen para dentro da uretra.
• Contração do músculo do esfíncter da bexiga urinária, impedindo a liberação de
urina ou a entrada de sêmen na bexiga.
• Contrações rítmicas do músculo bulboesponjoso (que envolve a extremidade
proximal do corpo esponjoso - bulbo do pênis) que resultam na expulsão força-
da do sêmen da uretra.
Pênis ereto
veia dorsal dilatada
corpo cavernoso
preenchido por sangue
artérias dilatadas
uretra comprimida
Testículos
Túnica albugínea
Bolsa escrotal
Túnica vaginal
Túbulos seminíferos
Pênis
Glândulas acessórias
Glândulas bulbouretrais
Próstata Vesículas seminais
ou de Cowper
Glândulas tubuloalveolares:
epitélio cuboide alto Epitélio cuboide ou
Glândulas tubuloalveolares,
epitélio cúbico simples
colunar cercado, estroma Envoltas por camada de
secretor de muco
músculo liso
Ductos genitais
Uretra prostática:
Epitélio colunar
urotélio
Uretra membranosa
– células basais
e peniana: epitélio de
arredondadas e com estereocílios
células colunares
cilíndrico a
com estereocílios
Imagens
Imagem 1: Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: <
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/male-reproductive-system-illustra-
tion-1039451617 >. Acesso em: 22/01/2023
Imagem 3: Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: <
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/structure-testis-sagital-section
-male-genitalia-1954577206 >. Acesso em: 22/01/2023
Imagem 4: Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: < ht-
tps://www.shutterstock.com/pt/image-photo/interstitial-leydig-cells-located-among-
seminiferous-1523335235 >. Acesso em: 22/01/2023
Imagem 5: Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: < ht-
tps://www.shutterstock.com/pt/image-photo/seminiferous-tubules-human-testis-ma-
le-germinal-522829360 >. Acesso em: 22/01/2023
Imagem 8: Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: <ht-
tps://www.shutterstock.com/pt/image-vector/summary-stages-spermiogenesis-s-
permatid-spermatozoon-marked-1730207950>. Acesso em: 22/01/2023
Imagem 9: Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: < ht-
tps://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/histological-structure-testis-ana-
tomy-1954577200 >. Acesso em: 22/01/2023
Imagem 11: Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: < ht-
tps://www.shutterstock.com/pt/image-photo/epididymal-ducts-surrounded-by-fibro-
muscular-tissue-522829378 >. Acesso em: 22/01/2023
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tps://www.shutterstock.com/pt/image-vector/testicles-testes-illustration-cross-sec-
tion-testis-676139677 >. Acesso em: 22/01/2023
Imagem 13: Imagem utilizada sob licença da Shutterstock.com, disponível em: < ht-
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-3d-1308540718 >. Acesso em: 22/01/2023
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