Pic Estrutural

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PROJETO INTEGRADOR COLABORATIVO (PIC)

ANÁLISE DE SISTEMA ESTRUTURAL EM AÇO:


Modulação e memorial

Alunos:
Ana Júlia Corrêa de Oliveira 222636
Bárbara Gimenez Cafarelli 222572
Maria Eduarda Pires 222830
Vitor Antunes 222512
1. Introdução

O presente estudo visa estabelecer as diretrizes estruturais para o projeto da Midiateca


Almeida Júnior, cuja implantação se situa no município de Itu. Se destacando aspectos
conceituais a respeito da modulação de elementos construtivos como pilares e seus paineis de
vidro que seguem por toda a fachada, bem como seu aporte técnico respaldado pelo memorial
de cálculos.

2. Conceito de Projeto

3. Características do Aço

O aço utilizado em construções civil e industrial é classificado em dois tipos, A60 e


A70, cada um utilizado diante de sua demanda no projeto estrutural.
A resistência por ruptura a tração e a compressão variam entre 300 MPa e 1200 MPa.
Isso se dá pela quantidade de carbono contida no perfil. Porém, é importante se atentar ao
fato de que a porcentagem de carbono aumenta a resistência do material mas também o torna
mais frágil à rompimento.

- Propriedades mecânicas:

Para este projeto o tipo do aço utilizado foi o MR250.

Resistência ao Escoamento:

O aço A60 possui uma resistência ao escoamento de 60 ksi (aproximadamente 414


MPa), enquanto o aço A70 tem uma resistência ao escoamento de 70 ksi (cerca de 483 MPa).
A maior resistência ao escoamento do A70 permite que as estruturas suportem maiores cargas
sem deformações plásticas permanentes.

Ductilidade:

Ambos os tipos de aço estrutural apresentam boa ductilidade, o que confere ao material
a capacidade de absorver deformações severas antes do rompimento, especialmente sob
cargas dinâmicas ou sísmicas. Mas o aço A60 geralmente é considerado um pouco mais
dúctil que o A70, que pode ser mais rígido devido à sua maior resistência.

- Desempenho Estrutural:

Capacidade de Carga:

A escolha entre A60 e A70 pode depender das exigências de carga do projeto. Para
estruturas que requerem alta capacidade de carga, o A70 pode ser preferível devido à sua
maior resistência ao escoamento.

Estabilidade e Flambagem:

A maior resistência do A70 permite que pilares e vigas sejam projetados com seções
menores para a mesma carga, o que pode reduzir os problemas de flambagem em pilares
esbeltos.
- Economia e eficiência:

Preço e custo:
Utilizar um aço A70 que apresenta maior durabilidade pode resultar em seções
transversais menores, economizando material o que reduz o peso total da estrutura. Isso pode
levar a uma economia de custos no transporte e na montagem.
No entanto, o A70 geralmente é mais caro que o A60, e a escolha deve equilibrar custo
e desempenho. O uso de A60 pode ser mais econômico em projetos onde as cargas não
exigem a resistência extra do A70.

- Aplicações específicas:

Requisito de Projeto:

Normas e códigos de construção podem especificar o uso de certos tipos de aço com
base em requisitos de desempenho. Em projetos onde a segurança é crítica, como em
edifícios altos ou pontes, há a preferência pelo uso de A70.
Para projetos de menor escala ou onde a carga não é tão alta, o A60 pode ser
perfeitamente adequado, oferecendo um bom equilíbrio entre resistência, ductilidade e custo.
Pensando nisso, o projeto da midiateca apresenta um perfil apropriado para o uso do
aço A60, visto que possui escada razoavelmente pequena.

Exigência de Normas e Regulamentos:

Em muitos países, normas técnicas e regulamentos de construção especificam os tipos


de aço que podem ser usados para diferentes aplicações. A conformidade com essas normas é
essencial para garantir a segurança e a legalidade do projeto.
A escolha de A60 ou A70 pode ser influenciada por requisitos específicos dessas
normas, que podem recomendar um tipo de aço baseado nas condições de carregamento e nas
características de projeto.
Ferramenta e softwares:

O uso de ferramentas computacionais e softwares de análise estrutural (como SAP2000,


ETABS, STAAD.Pro) é essencial para a precisão do pré-dimensionamento. Esses programas
permitem a modelagem detalhada da estrutura, análise dos esforços e otimização das seções.

A escolha entre o aço A60 e o A70 para vigas e pilares depende de uma análise
cuidadosa das necessidades do projeto, das propriedades mecânicas de cada tipo de aço e de
considerações econômicas. A resistência ao escoamento, a ductilidade, a capacidade de carga
e a estabilidade estrutural são fatores-chave que influenciam essa decisão. Em última análise,
a seleção do tipo de aço deve buscar otimizar a segurança, a eficiência e o custo do projeto,
alinhando-se às exigências normativas e aos requisitos específicos de desempenho da
estrutura.

4. Pré-dimensionamento:

Condições iniciais para pré-dimensionamento:

O pré-dimensionamento de vigas e pilares de aço A60 para o projeto envolve várias


considerações técnicas como a definição dos carregamentos que a estrutura suportará o que
inclui a cargas permanentes (peso próprio, revestimentos), cargas acidentais (móveis, vento,
neve) e cargas específicas (impacto, sísmicas).
Outro fator inicial a ser considerado é o cálculo dos esforços internos, como momentos
fletores, forças cortantes e forças axiais, resultantes dos carregamentos aplicados.
E por fim as normas técnicas que seguem padrão ABNT NBR 8800, esta norma fornece
diretrizes para o dimensionamento de estruturas de aço no Brasil.

Métodos de Pré-dimensionamento:
- Vigas
Segundo o livro “Princípios de Projetos de Estrutura de Aço para Estudantes de
Arquitetura”, o pré-dimensionamento das vigas, em grande parte dos casos, é fundamentado
nos critérios da flecha máxima, isto é, a deformação máxima sob carga acidental não deve
ultrapassar 1/360 do vão. Este limite é estabelecido devido à possibilidade de trincas no
revestimento. A deformação causada pela carga permanente pode ser compensada pela
pré-deformação da viga durante sua fabricação, uma vez que uma deformação excessiva pode
levar à ruptura da estrutura.
Desta forma, há valores máximo de tensões adotadas para o aço MR250, isso
promove o que se chama como Fator de Segurança, sendo os seguintes valores adotados:

● tração Ft = 150 N/mm²,


● Compressão Fa = 150N/mm²,
● Flexão Fbc =165N/mm²
● Cisalhamento = Fv = 100 N/mm²
● Contato = Fp = 225 N/ mm²

O momento fletor máximo (M max)e a Força cortante (Vmax) máxima são


estabelecidas por diagramas como mostrado abaixo:
A seção da viga é escolhida de modo que a tensão máxima não exceda a resistência ao
escoamento do material:

𝜎𝑚𝑎𝑥 ≤ f y

​A resistência da seção se dá pela fórmula:

M = W x ⋅f y

Wx = Módulo de resistência da seção​

A força cortante é verificada através da cortante máxima na fórmula:

𝜏𝑚𝑎𝑥 = 𝑉/𝐴𝑤τ

Aw = área da alma da viga.


As deformações (flechas) devem ser limitadas para garantir a rigidez da estrutura:

𝛿𝑚𝑎𝑥 ≤ 𝐿 / limite

L = Vão da viga
limite = L / 200 a L / 500

- Pilares:
A força axial de compressão (𝑁) é determinada e a seção do pilar é escolhida para que a tensão
de compressão não exceda a resistência do material:

σ max = A/N ≤ fy

A esbeltez do pilar (𝜆) é calculada e comparada com limites normativos. Pilar esbeltos
estão sujeitos a flambagem, e a capacidade de carga é reduzida pelo fator de flambagem (𝜙):
𝑁𝑟𝑑 = 𝜙 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝑓𝑦

Em alguns casos, seções tubulares ou compostas são usadas para melhorar a resistência
à flambagem e à compressão.

5. Conceito Estrutural Aplicado e Distribuição:

-( encontar projeto de referência estrutural)

-plantas com eixos e breve explicação das medidas e entre os pilares


-modelo 3d e cortes

6. Cálculos dos pilares na midiateca: :


Seguindo como base os cálculos de pré dimensionamento de vigas foram adotados os
maiores vãos do projeto, sendo equivalentes a 20 metros.

H = Vão maior(mm) /20


H = 20000/20 = 1000mm = 1,00m

A partir deste cálculo podemos concluir que a altura adotada pelas vigas sera equivalente a
1 metro, portanto serão utilizadas treliças para esta estrutura.

7. Desenvolvimento da Estrutura Metálica no projeto:

A Estrutura Metálica foi o principal elemento para o desenvolvimento deste projeto,


tendo em vista que os eixos foram definidos antes da definição dos ambientes internos para
facilitar no posicionamento das salas e do auditório dentro desta forma orgânica.
8. Projetos com estrutura similar:
Estruturas de aço pilar-treliça desenvolvidas pelo arquiteto Fritz Haller entre 1962-2000.

● Fábrica USM:
A fábrica USM utiliza do sistema Maxi, para estruturas térreas com grandes vãos, como é o
caso da fábrica e também da Midiateca desenvolvida. O sistema maxi, consiste em pilares
com faces externas formadas por quatro cantoneiras laminadas. Esse tipo de sistema é
construído para ser facilmente desmontado e reconfigurado, trazendo praticidade para a
estrutura do projeto.

Fábrica USM - Haller

● Residência Privada:
O segundo sistema é o sistema mini, utilizado em estruturas de 1 ou 2 andares com vãos de
6-7,2m.
Esse sistema usa perfis tubulares quadrados de aço e elementos personalizados usados a partir
de uma chapa de aço personalizada por dobramento. Essas chapas são particularmente leves
quando comparadas com as do sistema maxi e são projetadas para facilitar a montagem, já
que são utilizadas em projetos mais simples.
Residência Privada - Haller

● Edifícios circulares de alojamento SBB:


Os edifícios circulares foram projetados com o sistema Midi, que é o mais
aprimorado dos sistemas, combinando chapas dobradas com componentes
prensados de metal. Esse sistema pode ser utilizado em construções de vários
andares, tendo a configuração de grelhas de 9,2 x 9,2m e 7,2 x 7,2m, sendo
possível instalar pilares realocados em qualquer lugar da gruta.
Esse sistema vem sendo utilizado em escolas, escritórios e edifícios com alta
coordenação dimensional e geométrica.

Edifícios circulares de alojamento SBB - Haller


Bibliografia:

● Estrutura de Aço, Concreto e Madeira - Atendimento da Expectativa Dimensional por


Yopanan C. P. Rebello

● Structural Steel Designers Handbook por Frederick S. Merritt

● Princípios de Projeto de Estruturas de Aço para Estudantes de Arquitetura- Belo


Horizonte 1989- Aço Minas Gerais (Grupo Siderbrás)

● Estruturas de Aço - Dimensionamento Prático de Acordo com a NBR 8800:2008 por


Walter Pfeil e Michèle Pfeil
● Sistemas Estruturais por Pete Silver, Will McLean e Peter Evans.

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