O Mangostão e A Sua Adaptação Às Condições Ambientais

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O Mangostão e a sua Adaptação às

Condições Ambientais
O CULTIVO DO MANGOSTÃO NO
SUL DA BAHIA

Árvore Frutífera Tropical

Planta Exótica

Nativa do Sudoeste Asiático

Introduzida no Brasil: No Pará e na Bahia nos municípios de


Una e Ituberá
Atraiu vários imigrantes de origem japonesa

Nome
Científico: Garcinia mangostona L., Clusiaceae ou Gutiferae
ou Hypericaceae.

Nome popular: mangostão ou Mangostin


Família botânica: Guttiferae
DESCRIÇÃO

Árvore de crescimento muito lento, ereta, com formato


piramidal e unisexual.

Quando adulta chega em média a oito a dez metros de altura.

FOLHAS: simples, grandes, duras, de coloração verde-escura


e brilhante.

FRUTOS: arredondados; pesa entre 30 a 240 g, tem um


cálice persistente, uma casca (pericarpo) purpúrea, dura e
grossa, de espessura entre 0,5 a 1,0 cm, contendo uma resina
amarela.
A parte comestível é formada por quatro a oito gomos
carnudos brancos. O número de sementes por fruto varia de
zero a três, sendo, mais frequentemente, encontrados
frutos com 1 semente. A parte carnuda é ligeiramente ácida
e doce (ou agridoce), o sabor suave, agradável e único da
polpa mole, suculenta e aromática a faz deliciosa; sendo
considerada a “fruta da rainha”.

FLORES: grandes e de coloração vermelho-


escura são unissexuais-dioicas, mas somente plantas fêmeas
são encontradas, com estaminóides.

OS FRUTOS

Os frutos devem ser apanhados no pé, um a um, quando estão ainda


meio verdes, antes de caírem de maduros, no momento exato em que
sua coloração externa começa a mudar de verde para rosa.

Logo depois da colheita, os frutos precisam ser refrigerados, senão


rapidamente se estragam, e embalados em caixinhas de papelão
apropriadas.

GERMINAÇÃO DAS SEMENTES


Em condições favoráveis de temperatura e umidade, a quase
totalidade das sementes germina entre 10 e 20 dias após ser
semeada.

Cultivo

CLIMA: tropical quente e úmido, com chuvas bem


distribuídas durante o ano.

TEMPERATURA: requer uma temperatura entre 25ºC e


30ºC (regulando o metabolismo) com umidade relativa do ar
acima de 80%, o que controla a TRANSPIRAÇÃO.
A precipitação anual deve ser de pelo menos 130cm 3, sem
grandes períodos de seca.

Não tolera temperaturas abaixo de 4.5ºC nem acima


de, 38ºC.

Altitude - nível do mar: não cresce acima dos 500m de alt. ou


até 1500 m.

SOLO: profundos argilo-arenosos, bem drenados e,


preferivelmente, com alto teor de matéria orgânica e pH 5,5
a 6,0.
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA: por meio de sementes.

Obs: A propagação assexuada pode ser feita por enxertia,


mas na prática não constitui nenhuma vantagem, pois as
plantas adultas enxertadas tendem a produzir menos.

As sementes devem ser semeadas imediatamente após a


eliminação da polpa, pois perdem a viabilidade rapidamente.
Em condições favoráveis de calor e umidade, as
sementes germinam entre 11 e 15 dias após a semeadura.

- Em média passa 10 anos para a árvore frutificar: vive 100


anos.

-Solo rico em matéria orgânica, bem drenado,pH ,5 a 6,0 ; e


o nível freático deverá estar cerca de 1.8m abaixo do solo.

-Deve estar abrigado de ventos fortes, borrifos salinos e


água salobras.

-Se desenvolve bem em Clima tropical quente e úmido.


Prefere sol pleno com sombreamento até o 2ºano.

-Precisam de adubações foliares com produtos que tenham na


formulação macro e micro nutrientes.
Floração: fevereiro e março

-apresentando tendência de florescimento em anos


alternados

Frutificação: junho e julho

- O período entre a iniciação floral e a antese (abertura da


flor) é de 25 dias e da antese até o fruto maduro decorrem
100 a 120 dias.

Produção média:

Cada árvore produz 120 a 180 frutos (na região da Colônia de


Una). A collheita em uma árvore adullta pode chegar a 1000
a 2000 frutos por árvore.
ADAPTAÇÃO
Introduzida há poucos anos no município de UNA, a 70 km de
Ilhéus, considerada a maior área produtora de mangostão,
em um local conhecido como Colônia de Una, a 9 km do
centro, situada a 50m do nível do mar, vem tendo rápida e
fácil adaptação.

É possível que mangostanzeiros desenvolvendo-se em


florestas possam alcançar alturas maiores que 15m, devido à
competição por luminosidade, entretanto, em observações
efetuadas em plantas cultivadas, de 26 a 65 anos, na região
sul da Bahia, não foi encontrada nenhuma planta com altura
superior a 12m de altura. Os diâmetros da copa, de plantas
adultas, variam entre 9 e 12m e diâmetro do tronco, em
torno de 30cm, medido a 10cm do solo.

Considerando a sua região de origem o mangostanzeiro é


cultivado em áreas onde o clima é quente e úmido com chuvas
bem distribuídas durante o ano. As áreas potenciais de
cultivo do mangostão estendem-se até a latitude de 18º em
locais quentes, livres de geadas e essa planta tropical
frutífera pode ser cultivada em locais acima de 1000m mas o
crescimento é melhor ao nível do mar.

Faz 1 ano e 3 meses que não ocorre safra


nos mangostãozeiros de UNA, após um período
de supersafra.
Utilização

•O mangostão é utilizado principalmente “in natura”.

•A semente é comestível depois de fervida em água.

•O córtex do fruto contém tanino que é utilizado como


tintura comercial.

•O pó do córtex seco é também usado no cozimento como


adstringente em casos de disenteria e diarréia crônica.
•As Folhas usadas em infusão tem sido utilizada no
tratamento de ferimentos.

•A madeira do tronco: tem sido usada na construção de


mobílias.

Comercialização
A maior parte dos frutos produzidos durante a safra é
enviada para os grandes centros, sendo São Paulo, o principal
centro consumidor – CEAGESP, EUA e Europa. No mercado
local são comercializados os frutos excedentes ou muitos
maduros para transporte a longas distâncias, além de frutos
pequenos ou manchados.

PRAGAS E DOENÇAS

•Poucas pragas têm sido encontradas em pomares de


mangostão e os problemas mais comuns são causados por:
ácaros, tripes e abelha arapuá causando danos na casca do
fruto dificultando a colheita.

•Rachaduras no fruto acontecem por excessiva absorção de


umidade.
•Frutos demasiado expostos ao sol podem também perder
látex.

A Murcha da árvore:

Doença ainda não encontrada em pomares de mangostão de


outros países, tem sido observada somente em plantas
adultas na região sul da Bahia, mas o agente causador não foi
identificado ainda. Rompimento de vasos, um distúrbio
fisiológico no pericarpo do fruto e polpa translúcida são
comuns nos frutos em pomares brasileiros.

Fontes Consultadas:
www.seagri.ba.gov.br
www.mangostaooriginal.com

* Foi realizada pesquisa de campo com proprietarios de mangostazeiros em Colônia de Una

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