Orientação Profissional - 02 - 5 - 2024

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CAMPUS WEST SHOPPING

Amanda de Carvalho Fontes


Breno Santiago
Fernanda J. Alves de Mendonça
Josué Cecílio Hermenegildo
Luiza De Marchi Assad
Monique A. Vitorino Fernandes
Samuel Faleiro Pinto Rodrigues
Professora Orientadora: Kelly Conceição Cardoso

2024
Rio de Janeiro
I. DIAGNÓSTICO E TEORIZAÇÃO

1. Identificação das partes envolvidas e parceiros

A principal empresa envolvida no projeto é o Centro Médico Voz e Vida, localizado


na Avenida Maria Teresa, nº 260 – Zona Oeste do Rio de Janeiro, um centro
multiprofissional, que oferece uma variedade de serviços terapêuticos. Os profissionais que
atuam no centro são das áreas de Psicologia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional,
Psicopedagogia, Musicoterapia e Nutrição. Além dessas áreas de atuação, o centro médico
conta com estagiários, uma recepcionista, a coordenadora geral, além da proprietária, e
fonoaudióloga, Maísa.

O centro médico atende pessoas desde a infância até a terceira idade, tanto em
consultas particulares quanto através de planos de saúde, e oferece palestras gratuitas
voltadas para a saúde e bem-estar dos clientes. Além do centro médico, os parceiros-chave
neste projeto são os alunos de Psicologia, total de 7, cujo interesse está voltado para a
contribuição significativa da pesquisa.

2. Demandas e ou situações-problema identificados

Através de uma entrevista com a proprietária do Centro Médico, foram identificadas


demandas que merecem atenção. Embora o Centro Médico receba um feedback positivo em
relação aos serviços oferecidos pela equipe, a proprietária relatou encontrar dificuldades na
administração do local e da equipe, tendo em vista que não há um aumento do fluxo de
pacientes.

A fonoaudióloga e proprietária diz que se sente frustrada por ter dificuldades em


encontrar uma equipe da área médica que seja parceira em um trabalho de promoção da
saúde, assim como relata sua frustração em não conseguir alcançar seus objetivos iniciais, de
quando fundou o Centro Médico, principalmente por falta de motivação frente a liderança de
uma equipe multiprofissional, e percebe que isso afeta sua equipe.

Para entender a demanda da equipe do centro médico, o grupo circulou um formulário


com o tema “Uma Conversa Motivacional e de Saúde Mental”:
2.1 FORMULÁRIO
2.2 RESPOSTA DO FORMULÁRIO
Através das respostas do formulário, foi identificada uma dificuldade da equipe no
relacionamento interpessoal, falta de autonomia para pensar em novas propostas para a
melhora no funcionamento da empresa, além da dificuldade no autocuidado, referente à saúde
mental do profissional da área da saúde.

Depois de várias tentativas de comunicação, a proprietária do centro médico deixou


de contatar os alunos da graduação após o preenchimento do formulário. Entretanto, houve
comunicação estabelecida com a coordenadora, que foi responsável pela organização da
reunião com parte da equipe. Sendo assim, o projeto de extensão, que inicialmente seria feito
com toda a equipe e com a proprietária, foi feito apenas com parte da equipe do centro
médico.

3. Demanda sociocomunitária e motivação acadêmica

3.1 Demanda Sociocomunitária

Necessidade de falar sobre motivação, escolhas e cuidados com o profissional da área


de saúde, com a proprietária e os funcionários do Centro Médico, através de uma roda de
conversa, visto que é um aspecto essencial para o bem-estar da equipe que trabalha no centro
médico, para oferecer um serviço de qualidade aos seus pacientes, mas principalmente
responder às demandas da proprietária, relacionadas a frustração na atuação de seu trabalho, e
da equipe, referente às dificuldades da relação entre equipes e autocuidado, referente à saúde
mental do profissional da área da saúde.

Além disso, a demanda socio comunitária serve para produzir o conhecimento sobre
os tópicos sobre motivação, escolhas, relacionamento entre equipes e cuidado do profissional
da área da saúde, e como podem refletir no atendimento à sociedade.

3.2 Justificativa acadêmica

A relevância do projeto é capacitar os participantes do grupo em relação às questões


de motivação, a importância do relacionamento entre equipes, e saúde mental dos
trabalhadores da saúde, e, desta forma, elaborar novas práticas e estratégias de bem-estar
relacionado à atuação na área de saúde, através de um olhar cuidadoso frente aos funcionários
do centro médico, além de colaborar com novas pesquisas acadêmicas.

4. Objetivos/resultados/efeitos a serem alcançados (em relação ao problema identificado


e sob a perspectiva dos públicos envolvidos)

Visto que o objetivo inicial precisou ser interrompido, pois o contato com a
proprietária não foi mais possível, os objetivos precisaram ser mudados. Sendo estes:

1. Identificar as principais demandas e dificuldades da equipe através de um formulário


enviado para toda a equipe com itens sobre saúde mental do profissional da saúde,
motivação e relação interpessoal;
2. Organizar uma roda de conversa para trocar experiências com a equipe sobre a
importância do autocuidado e da saúde mental para o profissional da área de saúde,
promovendo a esses profissionais acesso a recursos e informações relevantes para seu
bem-estar emocional e psicológico;
3. Promover debates e trocas de experiências, através da roda de conversa, entre os
membros da equipe multiprofissional, visando o compartilhamento de estratégias
eficazes de comunicação, resolução de conflitos e trabalho em equipe.

5. Referencial teórico

Nesta seção, apresentaremos uma breve revisão das principais teorias trabalhadas
sobre Saúde Mental (SM) para profissionais da área de saúde e a importância de um bom
relacionamento entre equipes. A seguir, serão abordados os principais tópicos do projeto de
extensão, mostrando a relevância e a importância do tema. Os 3 tópicos são: A Importância
da SM para Profissionais da Saúde; Relações entre Equipes; Correlacionando SM e
Motivação.

5.1 A Importância da SM para Profissionais da Saúde

Apenas os profissionais da área de saúde que trabalham em hospitais, clínicas ou


outros estabelecimentos médicos têm uma compreensão completa dos desafios enfrentados
diariamente. Entre as consequências mais graves dessa rotina exigente, destaca-se o impacto
negativo na saúde mental.

A saúde mental dos profissionais que atuam na área da saúde mental é um elemento
crucial para a qualidade do cuidado oferecido aos pacientes e para o próprio bem-estar desses
profissionais. É fundamental que esses profissionais mantenham uma estabilidade emocional
e mental adequada para lidar eficazmente com o estresse inerente à prática terapêutica (e
outras), estabelecer relações saudáveis entre paciente/profissional e evitar o esgotamento
emocional (SAMPAIO, 1998).

A intensificação dos ritmos de trabalho, a demanda por desempenho cada vez mais
produtivo e eficiente podem acarretar desequilíbrios rápidos nos profissionais da saúde,
potencialmente precipitando condições de saúde precárias e até mesmo surtos epidêmicos,
conforme discutido por Dejours (1992).
Além do cansaço físico e mental, esgotamento emocional e influenciar diretamente
em suas relações interpessoais, os profissionais da área da saúde correm o risco de recorrer à
automedicação devido à facilidade de acesso a medicamentos. Essa situação requer uma
atenção especial para o bem-estar físico, mental e emocional desses profissionais, pois afeta
diretamente sua capacidade de prestar um atendimento eficaz aos pacientes.

5.2 Relações entre Equipes

O mundo do trabalho tem grandes consequências na vida e saúde dos trabalhadores,


causando estresse devido ao aumento do ritmo e das demandas. Segundo Martins et al. (2014)
o aumento do ritmo de trabalho leva a problemas físicos e psicológicos, como doenças
crônicas e estresse ocupacional.

Para Fernandes et al. (2015) o trabalho na enfermagem envolve uma complexidade


multidimensional, que reconhece a importância da subjetividade e das relações interpessoais
para fortalecer tanto os trabalhadores quanto os usuários dos serviços de saúde. Porém, é
possível pensar este conceito não apenas para a equipe de enfermagem, e sim para equipes da
área de saúde, que buscam uma abordagem integral e preventiva frente aos usuários dos
serviços. Portanto, há a necessidade de interações entre equipes multiprofissionais para a
qualidade do cuidado prestado.

Formar uma equipe é uma tarefa desafiadora. Para isso, é importante entender a
diferença entre os conceitos de coletivo e grupo. Elia (2015) diz que em um grupo há uma
identificação entre os pares, e no coletivo há uma movimentação orientada por um desejo em
comum entre os pares, não necessitando de uma identificação entre os membros da equipe,
mas sim uma articulação que dê conta de um trabalho eficaz.

Diante disso, é essencial que as equipes de saúde pensem em desenvolver estratégias


para promover a interação, colaboração e coesão entre seus membros. Isso pode incluir a
realização de atividades de integração, a escuta ativa e a promoção de um ambiente de
trabalho saudável e estimulante entre equipe e coordenadores da instituição. Ao superar os
desafios e fortalecer as relações entre as equipes, é possível garantir uma assistência de saúde
mais eficaz e humanizada para os usuários do serviço, e ter um ambiente que favoreça a
saúde mental dos funcionários da empresa.
5.3 Correlacionando SM e Motivação

Quando falamos de saúde mental, ou seja, esse estado de bem-estar em que um


indivíduo que consegue desenvolver suas funções sabendo lidar com as pressões externas.

Em se tratando do ambiente de trabalho, um local onde as demandas,


responsabilidades e relacionamentos podem favorecer um desgaste do indivíduo devido as
tensões que podem vir a existir dentro de uma organização, maior a necessidade de promover
um ambiente que valorize os colaboradores, gerando motivação entre a equipe e assim
contribuindo de forma a favorecer esse bem-estar dentro da instituição.

Quando falamos em motivação é imprescindível compreender que sem saúde mental


os colaboradores podem não desenvolver suas funções satisfatoriamente e levá-lo a uma
exaustão profissional (Burnout).

A motivação favorece o cumprimento de objetivos o que contribui para o aumento da


produtividade além de possibilitar um ambiente mais tranquilo e saudável para os
funcionários.

De acordo com Van Horn e cols. (2004), a proporção do bem-estar no âmbito


profissional dispõe de aspectos motivacionais relacionados a autonomia do funcionário que
possibilita ao mesmo tomar decisões dentro de seu escopo profissional e a busca por desafios
que agreguem a percepção de que o colaborador consiga lidar de forma mais eficiente com as
tensões do trabalho.

Cohen e Fink (2003) afirmam que grande parte das pessoas se sente motivadas por
uma quantidade de necessidades que ultrapassam do pertencimento social e da sobrevivência
de modo que esses indivíduos estejam em busca de aprovação e reconhecimento pelo que
estão desenvolvendo no ambiente de trabalho.
I- PLANEJAMENTO PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

1. Identificação do público participante

Contamos com os funcionários que trabalham no lugar, aos quais tem total autonomia
de conversar com as gerentes, mesmo a dona tendo pouco tempo para dispor com os
supervisores, nos deu total liberdade de fazer a roda de conversa, nos contando em entrevista
semiestruturada que enfrenta possíveis problemas de gerenciamento, tendo que lidar com
tudo sozinha, e que cogita em ter uma segunda pessoa para ajudá-la. Mas fato é, que todos os
profissionais que foram, estavam cientes do que estava acontecendo, tendo como motivo ou
causa as questões de saúde mental e suas implicações neles enquanto profissionais e nos
pacientes que atendem.

2. Elaboração do plano de trabalho

O questionário foi feito com base no 5w2h, com envio do google forms e uma roda de
conversa.

3. Descrição da forma de envolvimento do público participante

Foram 2 encontros presenciais com as equipes da clínica que acolheu o projeto, um


através de via digital, por meio de questionário eletrônico e orientação acadêmica, para que
possamos tirar dúvidas e alinhar as perspectivas da IES com os alunos.

4. Cronograma do Projeto (sugestão: Diagrama de Gantt, Cronograma de Marcos,


Diagrama de Rede)

Na primeira vez, foram 3 integrantes do grupo, para conversarem a respeito de como é


a instituição, como é o funcionamento, quais são os funcionários e se existe alguma questão
além do fornecido, no segundo momento, foi feito um questionário por via digital, para ser
respondido por meio de celular, tablete ou notebook, para otimizar o tempo não somente dos
funcionários, mas do grupo também.

Na primeira entrevista, foi marcado com uma semana, porém houve atraso por parte
da dona, na segunda vez, que foram as repostas por via formulário, demorou cerca de 3 dias e
a roda de conversa, foi agendado com o prazo de uma semana de antecedência.
5. Descrição da atuação da equipe de trabalho

A melhor forma encontrada pelo grupo foi pelo 5w2h, tendo no primeiro momento a
entrevista semiestruturada com a dona da clínica, no segundo momento enviamos um
formulário pelo forms, para que os funcionários fizessem pelo celular, tablete ou notebook, e
no terceiro momento, realizamos uma roda de conversa.

A elaboração das perguntas do 5w2h foi feito pela Luiza, Amanda, Monique e
Fernanda, enquanto, o forms foi elaborado pelo Breno e a execução através da roda de
conversa foi feita pelo Breno, Josué e Samuel.

6. Metas, critérios ou indicadores de avaliação do projeto

Os critérios de avaliação foi visando a praticidade, pois o ambiente clinico não


permite tirar muito tempo para outras atribuições.

A meta não foi alcançada por completo, em detrimento de muitos profissionais que
foram convocados, não se permitirem ir, mas os que foram, puderam rever conceito e o que
pode ser melhorado com algo que parece simples para muitos, porém naquele momento, foi
essencial para eles, pois puderam ver se a orientação vocacional era o que lhes permitia ser
quem eram, dentro e fora das paredes da clínica.

7. Recursos previstos

Entrevista semiestruturada com dona/diretora, utilização de questionário através do


google forms e roda de conversa com os funcionários.
II- ENCERRAMENTO DO PROJETO: Sistematização de Aprendizagens e
Experiências

OBSERVAÇÃO: Exige-se que todo o processo de desenvolvimento do projeto de


extensão seja documentado e registrado através de evidências fotográficas ou por
vídeos, tendo em vista que o conjunto de evidências não apenas irá compor a
comprovação da realização das atividades, para fins regulatórios, como também
poderão ser usadas para exposição do projeto em mostras acadêmico-científicas e
seminários de extensão a serem realizados pelas IES.

1. Relatório coletivo

Socializar com a turma, de maneira documentada (diário de campo) e no formato oral e


escrito, todo o percurso de desenvolvimento do projeto. Em tal relatório deverá constar: o que
foi inicialmente planejado, o que foi efetivamente executado, as dificuldades encontradas, os
resultados alcançados e a avaliação dos públicos participantes. Ao apresentar essa etapa deve-
se garantir que o produto escolhido para entrega seja pertinente à evidência da interação
realizada entre as comunidades participantes. A entrega do relatório é obrigatória, ficando à
critério do grupo a definição do formato. A apresentação da entrega coletiva deve ser feita em
aula, de maneira a possibilitar o diálogo entre os grupos e a possibilitar a troca de
experiências.

2. Relato de Experiência Individual

Sistematizar, de forma escrita, as aprendizagens construídas. O relato precisará conter,


obrigatoriamente:

1. CONTEXTUALIZAÇÃO - Explicitar a experiência/projeto vivido e contextualizar a sua


participação;

2. OBJETIVOS - Apresentar de forma clara os objetivos da experiência;

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA – apropriação teórico-


metodológica das proposições e a relação da base teórica que fundamenta a proposta com o
projeto;
4. METODOLOGIA - Descrever como a experiência foi vivenciada: local; sujeitos/públicos
envolvidos; período; detalhamento das etapas;

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO - Detalhar a expectativa e o vivido; descrever o que foi


observado e o que resultou a experiência; explicitar como se sentiu, as
descobertas/aprendizagens, facilidades, dificuldades e recomendações, caso necessário;

6. REFLEXÃO APROFUNDADA - Discorrer sobre a relação entre a experiência vivida e a


teoria estudada.

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