Apostila Personalizada Concurso Da PM SP

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Números reais e expressões numéricas

Vamos ao que interessa:

Sabemos que no conjunto dos números reais estão incluídas todas as classes de números:

 Os números inteiros, representados pela letra Z:

Z = {.... , -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ....} ou seja, são os números sem casa decimal, negativos ou
positivos.

 Os números naturais, representados pela letra N:

N= {.... 0, 1, 2, 3, 4, ....} , ou seja, apenas os números inteiros positivos

 Os números racionais, que são dois desses números acima divididos entre si dando um
resultado exato:

3
= 0,75 ou seja, com casa decimal.
4

 Os irracionais, que também são dois desses números, mas que não dão resultado
exato, ou seja, uma dizima periódica:

9
= 1,28571428571428...... tendendo ao infinito.
7

Em resumo, operação com números reais significa: qualquer tipo de conta com qualquer tipo
de número.

Baseado nessas informações, responda:

a) 29+22=

b) 123+5686=

c) 458+124+2645+1=

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d) 250 x 2=

e) 250 x 12=

f) 325 x 415=

g) 12 : 6=

h) 720:30=

i) 165:15=

j) 1,6 x 2,4=

k) 64,246 x 25,02=

l) 2*(3+4)=

m) 10023 - 1054=

n) 24,73 - 12,57=

o) 2 + 6 + 21 + 2 * 5 - 2 + 6 * (6 - 2 + 3)=

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p) 2 * 7 + 3 * 8 + 10:2 - 2=

Sabe-se que uma expressão numérica é a junção de vários termos matemáticos separados por
operações matemáticas.

Ex: 2 + 3 + 4 - 3 * 2 + 1 = 4 , onde cada numero compõe um termo e os sinais as operações


matemáticas. O resultado sempre será depois do sinal de igual.

Existem expressões numéricas dos mais variados tamanhos e com as mais variadas operações
matemáticas. Você já resolveu algumas acima e deve estar ciente disso.

Equações e sistema de equações


Equação

Você já sabe o que é expressão numérica. Uma equação nada mais é do que duas expressões
numéricas separadas pelo sinal de igual. Como o próprio nome diz, o sinal de igual demonstra
uma igualdade entre as duas expressões, ou seja, o resultado de uma deve ser igual à outra.

Ex: 2 + 6 + 2 = 8 + 2 ou seja, 2 + 6 + 2 = 10 e 8 + 2 = 10

Porem, não faz sentido resolver uma equação senão houver uma incógnita, que nada mais é
do que um numero desconhecido em algum termo da equação. Esse numero desconhecido é
representado por letras (geralmente x, y, z). Pode aparecer mais de uma incógnita na equação,
sendo necessário montar um sistema de equações para que se possam encontrar todas as
incógnitas, uma por uma, até encontrar a principal, que geralmente é o x.

As equações são formadas para atender determinadas situações problemas em que haja um
numero desconhecido que se quer encontrar. Por exemplo: "o dobro de um
numero é igual a dez". Sabemos que a frase "um numero" indica que não se sabe o
valor desse numero, mas sabemos que o dobro dele é igual a dez, ou seja duas vezes esse
numero desconhecido. Para montar uma equação, escrevemos exatamente o que o problema
nos diz, colocando x como valor do numero desconhecido.

2.x = 10, ou seja, o dobro de x (que é um numero desconhecido) é igual a 10.

Para que se possa resolver essa equação é necessário que se tenha conhecimento de uma
propriedade matemática simples que nos diz que todo numero que muda de expressão
muda também de sinal.

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Ora, você já sabe que uma equação são duas expressões separadas pelo sinal de igual. Se um
numero que está em uma expressão for para a outra expressão do outro lado do sinal de igual,
ele mudará seu próprio sinal pelo sinal oposto ao seu, ou seja, se ele for positivo ficara
negativo, se for multiplicado ficara dividido e vice-versa.

10
2.x = 10 → → → → → → x = agora é só resolver →→ x=5
2
O 2 foi para a outra expressão
e trocou o sinal de multiplicação
pelo de divisão.

Baseado nessas informações resolva as seguintes equações: (* sinal de vezes)

a) 2x + 4 = 8+2

b) 3x + 5 -2 = 2+4*2

c) 4x -2 + 5*2 = 2x -3 +6

Sistema de equações

Quando se tem mais de uma incógnita em apenas uma equação fica impossível resolve-la.
Porem, quando algum problema trata de equações com mais de uma incógnita sempre vem
acompanhado por duas ou mais equações. O numero de equações deve ser igual ao numero
de incógnitas.

Com duas ou mais equações fica possível encontrar as incógnitas montando um sistema, que
obedecerá a uma ordem para sua resolução. Basicamente, consiste em eliminar as incógnitas
uma a uma até sobrar aquela que se quer encontrar, ou seja, a principal.

Veja os exemplos de equações com mais de uma incógnita:

X – 2y = 3 e 2x – 3y = 5

Ambas são equações com duas incógnitas, para montar um sistema com elas basta colocá-las
uma em baixo da outra, observe:

X – 2y = 3
2x – 3y = 5

Há vários métodos para se encontrar as incógnitas, por isso veremos os mais usados, rápidos e
intuitivos. Pegaremos sempre esse exemplo acima para melhor visualização.

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1. MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO

Este método consiste em achar o valor de uma das incógnitas em uma das equações e
substituí-la na outra, ex:

X – 2y = 3
2x – 3y = 5

Vamos pegar a primeira (pode ser qualquer uma delas)

X – 2y = 3 vamos isolar o x ficando assim: x = 3 + 2y. Agora sabemos que o valor de x da


primeira equação é igual à 3 + 2y, sendo assim vamos substituir o x da segunda equação pelo
valor de x da primeira:

2x – 3y = 5 ficara assim: 2.(3 + 2y) - 3y = 5, agora você já reconhece que essa é uma equação
comum, podendo ser resolvida normalmente para encontrar o valor de y:

2.(3 + 2y) - 3y = 5 → 6 + 4y - 3y = 5 → 4y - 3y = 5 - 6 → y = -1

Agora que sabemos o resultado de y, basta substituí-lo em uma das duas equações para que se
possa encontra o valor de x . Vamos pegar a primeira, mas pode ser qualquer uma das duas.

X – 2y = 3 → X – 2.(-1) = 3 → X+2=3 → X=3-2 → X=1

Agora sabemos que os valores das incógnitas são: x = 1 e y = -1. A solução deve ser
representada sempre dessa forma (1,-1)

1. MÉTODO DA ADIÇÃO

Este método consiste na eliminação de uma das incógnitas, adicionando-se membro a membro
as duas equações. É necessário que os coeficientes da incógnita que se deseja eliminar sejam
simétricos, ou seja, possam se eliminar por terem o mesmo valor mais com sinais diferentes,
ex:

4x - y = 2

3x + 2y = 7

Repare que nenhum valor de incógnita se anula, nesse caso, teremos que forçar a se anularem
multiplicando a primeira equação por 2. Ficando desta forma:

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8x - 2y = 4 (Depois de multiplicado por 2)

3x + 2y = 7

Perceba que agora os valores de y se anulam ficando apenas os valores de x e o resultado


depois do igual:

8x = 4
3x = 7, o que deve ser feito agora é a soma das duas ficando assim:

11x = 11, mais uma vez, basta resolver para encontrar o valor de x e substituir em uma das
equações originais:

11x = 11 → x = 11/11 → x = 1

Vamos substituir o valor de x em umas das equações, por exemplo, a segunda:

3x + 2y = 7 → 3.1 + 2y = 7 → 3 + 2y = 7 → 2y = 7 - 3 → 2y = 4 → y = 4/2 → y = 2

Agora sabemos que os valores de x e y são 1 e 2 respectivamente. A solução deve ser


representada sempre dessa forma (1,2)

Baseado nessas informações resolva:

1) x - 3y = 1

2x +5y = 13 (R:4,1)

2) 2x + y = 10
x + 3y = 15 (R:3,4)

3) 3x + y = 13

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2x - y = 12 (R:5,-2)

Equações do 2º grau

Agora que você já sabe resolver equações e montar sistemas de equações, conseguira
entender o que é equação do segundo grau.

Uma equação do 2° grau é uma equação que tem duas incógnitas x, sendo que uma delas
possuem um grau igual a 2.

Exemplo:

2x² + 5x + 3 = 0 (essa é uma equação do segundo grau, veja o grau 2 na primeira incógnita)

O "grau" nada mais é do que o maior expoente em que o x esta elevado, nesse exemplo acima
é o expoente 2, por isso dizemos do segundo grau. Esse tipo de equação terá tantas incógnitas
x quanto seus expoentes e sempre será igualada à zero, por exemplo:
3 2
2 x + 3 x - 5x = 0 → essa é do terceiro grau.
4 3 2
2 x + 3 x - 4 x + 5x = 0 → essa é do quarto grau. E assim por diante até o infinito.

Na pratica, só conseguimos fazer na mão até a do 3º grau, sendo esta muito complexa e
bastante utilizada no Excel, pois é inviável fazer na mão.

Mas a equação de segundo grau pode ser feita pois existem formulas praticas que possibilitam
a sua resolução com uma certa facilidade.

Noções de geometria

Esse assunto é muito cobrado em diversos concursos do país, e será muito complexo se a
prova for para algum departamento de engenharia, caso contrario, e como o próprio nome diz,
são apenas noções para verificar se o candidato sabe se posicionar no espaço, se é observador
e se enxerga algo que muitas outras pessoas não conseguem enxergar, as formas geométricas
no espaço que vivemos.

A partir de agora, você entrará no seu quarto e enxergará um quadrado, no corredor de sua
casa um retângulo, no madeiramento da casa um triangulo e muitas outras formas
geométricas.

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Formas geométricas: figuras planas e não planas.

As figuras planas são aquelas que não possuem profundidade, são lisas como se desenhadas
no papel, ex:

Embora não tenha profundidade, cada figura possui uma área interna que pode ser preenchida
por algo. Para calcular a área dessas figuras, devesse utilizar formulas especificas de cada
figura. Ex:

Para calcular a área do quadrado ou retângulo, basta multiplicar a base pela altura.

ou seja, se a base vale 4 e a altura 4, então a área vale 16.

Para calcular a área de um circulo, basta usar a seguinte formula: A=π r 2 , onde pi (π) vale
3,14 e o raio sempre será a metade do diâmetro do circulo.

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Para calcular a área do triangulo, basta multiplicar a base pela altura e dividir por 2, ex:

Caso não tenha a altura do triangulo, pode-se usar a seguinte formula:

Para calcular a área de um trapézio, basta somar a base maior com a base menor, dividir por 2
e multiplicar pela altura do trapézio, ex:

Para calcular a área de um hexágono, deve-se dividir o hexágono em seis triângulos


eqüiláteros, ou seja, a formula será:

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Para calcular a área de um pentágono, basta separá-lo em um trapézio e um triangulo, calcular
a área dos dois e somá-las. Basta usar as formulas já vistas acima.

Para calcular a área de um paralelogramo usa-se:

Igual o quadrado e retângulo.

O losango é um quadrilátero (polígono com quatro lados) que possui lados opostos paralelos e
congruentes (todos os lados tem a mesma medida) e duas diagonais que se interceptam
exatamente no ponto médio de cada uma e são perpendiculares. Todo losango é também
paralelogramo.

Como as diagonais do losango se interceptam em seus pontos médios sob um ângulo reto
(formam um ângulo de 90°), podemos obter a área do losango a partir da área de um
retângulo.

Considere o losango cujas medidas das diagonais são D (diagonal maior) e d (diagonal menor):

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Pelos vértices do losango, traçamos paralelas às diagonais e obtemos o retângulo ACBD:

O losango ocupa a metade da superfície do retângulo ABCD. Como a área do retângulo é:

A=b.h

Então a área do losango é:

Onde b = d e h = D

b é a medida da base do retângulo

d é a medida da diagonal menor do losango

h é a medida da altura do retângulo

D é a medida da diagonal maior do losango

Temos então:

Podemos também obter a área do losango de outra maneira:

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Onde:

 l é a medida dos lados do losango

 d é a medida da diagonal menor, pois é a menor diagonal

 D é a medida da diagonal maior

Se olharmos para a figura abaixo, o losango nada mais é que a união de dois triângulos
congruentes, ou seja, triângulos iguais com todas as medidas iguais.

Então basta somarmos as áreas dos dois triângulos e vamos obter a área do losango. Portanto
vamos fazer isso, somar a área dos dois triângulos. Como os dois triângulos têm a mesma
medida, basta pegar o dobro da área.

Sabemos que a área do triângulo é

Porém b = d e h = D / 2 . Onde:

 b é a medida da base do retângulo

 d é a medida da diagonal menor do losango

 h é a medida da altura do retângulo

 D/2 é a medida da metade da diagonal maior do losango

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Então o dobro da área do triângulo é:

Multiplicamos por dois porque queremos o dobro.

Temos que:

ou seja, a área do losango é diagonal menor multiplicado pela diagonal maior dividido tudo por
dois.

Nunca se esqueça de que a área de qualquer superfície é representada em metros quadrados.

As figuras não planas são representadas em perspectiva, ou seja, dão a noção de profundidade
e volume. Observe:

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volume
O cálculo do volume de cada sólido possui suas particularidades, assim como ocorre no cálculo
do volume do Paralelepípedo, do Cubo e do Cone.

Quando falamos sobre volume de um sólido, estamos nos referindo à capacidade desse sólido.
Veremos a seguir como calcular o volume do paralelepípedo, do cubo e do cone circular reto.
Vale a pena ressaltar que, ao calcular o volume de um sólido, é necessário que todas as suas
medidas possuam a mesma notação. Por exemplo, se uma das medidas está em centímetros e
a outra é dada em metros, é necessário transformar uma delas para torná-la igual às demais.

Um paralelepípedo retangular é um sólido de seis lados que possui faces retangulares planas e
paralelas. Tente imaginar o paralelepípedo abaixo como uma piscina. Se nós queremos saber a
capacidade dele, é o mesmo que dizer que queremos descobrir quanta água cabe nele. Para
chegarmos a uma resposta, precisaremos analisar alguns dados desse sólido, como a largura e
o comprimento do retângulo da base, bem como a altura ou profundidade.

Para calcular o volume desse paralelepípedo, devemos multiplicar as medidas identificadas por
a, b e c

Portanto, para calcular o volume do paralelepípedo, temos a seguinte fórmula:

V=a.b.c

Se considerarmos um paralelepípedo em que a largura da base meça 10 m, o comprimento da


base, 5 m, e a altura do paralelepípedo meça 8 m, teremos o seguinte volume:

V = (10 m) . (5 m) . (8 m)

V = 400 m3

Temos um tipo especial de paralelepípedo retângulo, o cubo — um sólido com seis faces
quadradas e com os mesmos comprimentos de lado. Temos abaixo um cubo cujas arestas
medem a.

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Para calcular o volume do cubo, devemos multiplicar a medida da aresta elevada à terceira
potência

Para calcular o volume do cubo, vamos multiplicar as arestas, de modo que faremos a terceira
potência dessa aresta:

V=a.a.a

V = a3

Se dissermos, por exemplo, que a aresta desse cubo mede 3 m, o volume dele será:

V = (3m)3

v = 27 m3

Outro sólido que analisaremos é o cone circular reto. Esse sólido tem por características uma
base circular de raio r, uma altura h, que forma um ângulo reto com a base, e uma geratriz g. A
geratriz de um cone é o segmento de reta que liga o topo da altura às extremidades da base.
Na figura a seguir, conseguimos ver com mais facilidade cada uma dessas estruturas:

Para calcular o volume do cone circular reto, devemos multiplicar a altura por π e pelo
quadrado do raio, bem como dividir o resultado por 3

Para calcularmos a área do cone circular reto, faremos:

V = ⅓ π.r2.h

Considere um cone cuja base tem raio 2 m e a altura mede 8 m. Considere π = 3,14.
Calculemos o volume do cone:

V = ⅓ π.r2.h

V = 1 . 3,14 . 22 . 8
3

V = 3,14 . 4 . 8
3

V = 100,48
3

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V ≈ 33,49 m3

Então o volume do cone é de, aproximadamente, 33,49 m3.

Para calcular o volume de um cilindro, basta calcular a área de seu circulo e multiplicar pela
sua altura.

O volume sempre é representado em metros cúbicos.

Perímetro
Perímetro é a soma de todos os lados de uma forma geométrica, para saber sua extensão
exata. Se uma pessoa pretende cercar um terreno, ela deve medir todos os lados do terreno e
somá-los, daí saberá o quanto comprar de arame para não faltar nem sobrar material.

Nesse exemplo acima, temos um perímetro de 36 cm. Caso fosse um terreno com a dimensão
em metros e o proprietário quisesse cercar com 3 fios de arame, bastaria multiplicar o
perímetro por três.

Nesse tipo de questão, geralmente é colocado um portão para dificultar o raciocínio do aluno.
Quando isso acontecer, basta subtrair o tamanho do portão proporcionalmente a quantidade
de fios de arame.

Ângulos
O ângulo é a medida da abertura entre dois segmentos de reta. Desse modo, existe um
número que está relacionado com cada abertura entre duas semirretas e, quanto maior a
abertura, maior esse número.

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Definição formal

Ângulo é uma medida expressa em graus que é atribuível à região ou conjunto de pontos
situados entre duas semirretas de mesma origem.

Geralmente os ângulos são representados por letras maiúsculas com acento circunflexo, por
letras minúsculas ou, no caso da figura acima, da seguinte maneira: BÂC.

Um ângulo pode ser:

Ângulo reto: possui medida igual a 90º (noventa graus).


Ângulo agudo: possui medida menor que 90º.
Ângulo obtuso: possui medida maior que 90º.

Medindo ângulos

As medidas atribuídas aos ângulos funcionam de forma diferente daquelas utilizadas para
medir distâncias. Os ângulos têm o círculo como base. Ao aumentar um ângulo, uma das
semirretas se deslocará como se estivesse sobre um círculo em que o ponto de encontro delas
é o centro. Por isso, não é possível utilizar uma régua para obter medidas de ângulos.

O equipamento utilizado para tomar medidas de ângulos é conhecido como transferidor ou


goniômetro e está ilustrado na figura abaixo:

Para utilizá-lo, coloque uma das semirretas sobre a primeira linha do transferidor, aquela que
aponta para o zero. Depois, coloque o ponto de encontro das semirretas no centro do

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equipamento, que geralmente vem marcado nele. Feito isso, o ângulo a ser medido será o
número para onde a segunda semirreta aponta.

Os ângulos notáveis

Alguns ângulos são mais observados pelo homem na natureza. Foram eles que deram origem à
escolha específica dos números utilizados para medir os ângulos. Ao ângulo conhecido como
raso, por exemplo, que é definido quando uma semirreta é mantida fixa e a outra descreve um
movimento de meia volta, foi atribuído o valor 180°.

Ângulo formado por meia-volta: ângulo de 180°

Uma propriedade interessante do ângulo raso é que as semirretas que o formam, ao serem
ligadas, podem ser vistas como uma única reta, ou seja, dado um ponto em uma reta, o ângulo
formado nesse ponto é 180°.

Acredita-se que esses valores foram escolhidos em uma época onde os homens acreditavam
que o ano possuía 360 dias. Cada dia foi considerado como uma unidade de medida do ângulo
descrito pela Terra ao redor do sol e, por isso, uma volta inteira seria 360°.

Outro ângulo importante é conhecido como ângulo reto e sua medida é igual a 90°. Esse
ângulo é muito encontrado na construção civil, nas “quinas” formadas por duas paredes. Sua
importância é tão grande que existe uma ferramenta criada exclusivamente para ajudar a
construir esse tipo de “quina” e para medir esse ângulo: o Esquadro.

Os outros ângulos notáveis são estudados na Trigonometria e suas medidas são: 30°, 45° e
60°.

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Teorema de Pitágoras
O Teorema de Pitágoras é considerado uma das principais descobertas da Matemática. Ele
descreve uma relação existente no triângulo retângulo. Vale lembrar que o triângulo retângulo
pode ser identificado pela existência de um ângulo reto, isto é, que mede 90°. O triângulo
retângulo é formado por dois catetos e a hipotenusa, que constitui o maior segmento do
triângulo e localiza-se opostamente ao ângulo reto. Observe:

Catetos: a e b
Hipotenusa: c

Triângulo retângulo de catetos a e b e hipotenusa c

O Teorema de Pitágoras diz que: “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da
hipotenusa.”

a² + b² = c²

Exemplos:

1º) Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.

x² = 9² + 12²
x² = 81 + 144
x² = 225
√x² = √225
x = 15

Na pratica:

Um ciclista acrobático passará de um prédio a outro com uma bicicleta especial e sobre um
cabo de aço, como demonstra o esquema a seguir:

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Qual é a medida mínima do comprimento do cabo de aço?

Pelo Teorema de Pitágoras, temos:

x² = 10² + 40²
x² = 100 + 1600
x² = 1700
x = 41,23 (aproximadamente)

Mínimo múltiplo comum (MMC) e Maximo divisor comum (MDC)


MMC - mínimo múltiplo comum

Consiste em encontrar, entre dois números, o menor múltiplo que atenda esses dois números
sendo comum aos dois e o menor possível. Ex:

Entre 15 e 20 o menor múltiplo comum para os dois é o 60, pois:

M(15) = 15, 30, 45, 60, 75, 90, ... todos são múltiplos de 15, mas só o 60 é o menor comum ao 20.
M(20) = 20, 40, 60, 80, 100, ... todos são múltiplos de 20, mas só o 60 é o menor comum ao 15.

Para encontrar esses números com mais facilidade pode-se fatorar os números que serão
comparados e assim encontrar o mmc. Para isso, basta dividi-los por números primos que
serão multiplicados entre si, revelando o mmc. Veja o exemplo:

Para calcularmos o mmc(15,20) utilizando esse método ficará assim:

Como já foi dito, basta multiplicar os números primos utilizados e eles revelarão o mmc.

2 * 2 * 3 * 5 = 60 → então 60 é o mmc entre 15 e 20.

É importante lembrar que: Número primo é aquele número que é divisível apenas por um e
por ele mesmo. Como 2,3,5,7,11,13,17,19,23, e assim por diante. É interessante ressaltar que
o único número par primo é o 2, os outro são todos ímpares.

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MDC - Maximo divisor comum

Basicamente, é o oposto do mmc. Agora trata-se de encontrar o maior divisor comum entre
dois ou mais números.

Para estudarmos o máximo divisor comum entre dois termos, precisamos saber o que é divisor
de um número. Todo número natural possui divisores, isto é, se ao dividirmos um número A
pelo número B e obtermos resto zero podemos afirmar que B é divisor de A. Por exemplo:

16 : 2 é igual a 8 e resto 0.
25 : 5 é igual a 5 e resto 0.

Podemos concluir que 2 e 5 são divisores de 16 e 25 respectivamente.

Da mesma forma que o mmc, o mdc também conta com um recurso pratico para ser
encontrado, veja abaixo:

MDC(12,36)

Os números destacados na fatoração estão dividindo os dois números ao mesmo tempo, então
devemos realizar uma multiplicação entre eles para descobrirmos o máximo divisor comum.
2 x 2 x 3 = 12
MDC(12,36) = 12

ou seja, apenas os números que dividem todos ao mesmo tempo serão multiplicados. Veja
outro exemplo:

MDC(70,90,120)

O máximo divisor comum a 70, 90 e 120 = 2 x 5 = 10

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Razão, proporção e grandezas
Há muitas situações cotidianas, seja na vida, na ciência ou negócios que requerem o uso
de razões e proporções. Por exemplo, na cozinha, se há a intenção de acrescentar ou diminuir
algum ingrediente, as razões e proporções são usadas para determinar isso – “3 ovos para
cada suas duas colheres de farinha”.

Pode-se verificar outro uso quando farmacêuticos ministram medicamentos, eles devem ter
muita atenção às proporções dos fármacos.

Razão

É o quociente entre dois números A e B, com B ≠ 0. Assim, a razão entre os números A e B


pode ser dita “razão de A para B” e representada como:

Uma razão também pode ser identificada pela representação A : B. É importante saber que, em uma razão, A sempre
será chamado de antecedente, enquanto B será sempre chamado de consequente.

Exemplo:

Se uma bicicleta possui 54 dentes em uma coroa dianteira e 27 dentes na coroa traseira,
a razão da marcha da bicicleta será 54 : 27 ou 2 : 1. Isso significa que a roda traseira gira duas
vezes cada vez que o pedal gira uma vez. Então, se a razão for de 54 : 11, por exemplo, a roda
traseira vai girar aproximadamente cinco vezes para cada vez que o pedal girar.

Proporção

Dados quatro números racionais A, B, C e D diferentes de zero, proporção é a expressão que


indica uma igualdade entre duas ou mais razões e pode ser expressa da seguinte forma:

Uma proporção também pode ser expressa como a igualdade entre os produtos (A . D) e (B .
C), da seguinte forma: A.D = B.C.

É importante saber que os números A, B, C e D são denominados termos, sendo que os


números A e B são os dois primeiros termos e os números C e D são os dois últimos termos da
relação de proporção. Os números A e C são os antecedentes de cada razão, enquanto os
números B e D são os consequentes de cada razão que compõem a relação de proporção. Em
uma relação de proporção A e D são os extremos, B e C são os meios. Além disso, a divisão

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entre A e B e a divisão entre C e D, é uma constante K, denominada constante de
proporcionalidade K da razão.

Em resumo, Proporção é a igualdade entre razões.

Ex: meu carro faz 13km por litro de combustível, então para 26km preciso de 2L, para 39km
preciso de 3L e assim por diante. Agora imagine que eu precise andar 200 km, e gostaria de
saber quanto irei gastar de combustível, fica inviável somar um a um até o 200km, para evitar
esse transtorno, usa-se a regra de três, Ex:

Se com 1 litro faço 13 km, pra fazer 200 km quantos litros vou usar?

1l 13 km
xl
= 200 km
→ basta multiplica em cruz
13 x = 1 * 200

x = 200 / 13

x = 15,38 litros

Grandezas

É uma relação numérica estabelecida com um objeto. Assim, a altura de uma árvore, o volume
de um tanque, o peso de um corpo, a quantidade pães, entre outros, são
grandezas. Grandeza é tudo que você pode contar, medir, pesar, enfim, enumerar.

Grandezas Diretamente Proporcionais

É um tipo de proporção que envolve duas grandezas e quando uma delas é aumentada a outra
também aumenta na mesma proporção ou diminuindo uma delas a outra também diminui na
mesma proporção.

Ex: Se aumentar a quantidade de água em um balde, aumentará também seu peso. Se diminuir
a quantidade de água diminui o peso.

Grandezas Inversamente Proporcionais

É o tipo de proporção que envolve duas grandezas e quando uma delas aumenta a outra
diminui na mesma proporção ou diminuindo uma delas a outra aumenta na mesma proporção.

Ex: Aumentando a velocidade do carro, diminui o tempo para chegar ao destino. Diminuindo a
quantidade de trabalhadores, aumenta o tempo de duração de um serviço.

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Porcentagem
A porcentagem é um assunto que está bastante presente em nosso dia a dia em situações,
principalmente, financeiras. Quando efetuamos a compra de uma roupa e recebemos um
desconto por pagá-la a vista, estamos presenciando um caso onde a porcentagem se faz
presente. Agora você vai aprender a trabalhar com a porcentagem em várias situações
problemas e vai perceber como é fácil calcular porcentagens em matemática.

A porcentagem serve para representar de uma maneira prática o "quanto" de um "todo" se


está referenciando.

Por exemplo, se temos 100 caixas, sendo que 40 delas estão cheias de areia, dizemos que 40%
("40 partes de 100", ou seja, 40 partes de 100 caixas, logo são 40 caixas) estão cheias, e que as
restantes estão vazias (60 caixas, ou 60% nesse caso).

O cálculo de porcentagem é bastante simples. Normalmente se usa a regra de três simples e


direta.

Se tivéssemos 200 caixas, e 50 delas estivessem com areia, qual seria a porcentagem de
caixas vazias?

Fazendo a subtração, descobrimos que 150 estão vazias. Aplicando a regra de três para
descobrir a porcentagem:

200 -> 100%


150 -> x

200x = 15000
2x = 150
x = 75
x = 75% Ou seja, 75% das caixas estão vazias (que representam 150 caixas)

Representação de porcentagem:

Você já sabe que uma porcentagem nada mais é do que uma fração cujo denominador é igual
a 100. Para representar uma porcentagem utilizamos o símbolo " % " (lê-se: por cento). Veja
abaixo como ficariam algumas frações representadas em forma de porcentagem:

3/100 = 3%

57/100 = 57%

35 = 3⋅205⋅20 = 60/100 = 60%

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100
Sabemos que 100% equivale a 1, pois, = 1. Logo, todo numero em porcentagem é igual a
100
0,.... alguma coisa. Ex: 100% = 1. 90% = 0,9. 80% = 0,8.....10% = 0,1. 5% = 0,05 e assim por
diante.

Quando quisermos saber a porcentagem de um numero qualquer basta multiplicar esse


numero pela porcentagem em decimal, ex:
10% de 30 → 0,1 . 30 = 3, ou seja, toda vez que tivermos a preposição DE significa que temos
que multiplicar. Nesse caso dos 10% de 30, dividimos o 10 por 100 que dá 0,1 e multiplicamos
por 30, que dá 3 como resultado.

Cálculo da porcentagem de um valor

Agora vamos aprender a calcular porcentagens de determinados valores. Para calcular uma
certa porcentagem de um valor é necessário simplesmente multiplicar essa porcentagem por
esse valor, por exemplo queremos saber quanto vale 20% de 100, para isso basta
multiplicarmos:

20
20% ⋅ 100 = . 100 → 0,2 . 100 = 20
100

Ou seja, 20% de 100 é igual a 20. Podemos resolver esse tipo de situação usando o conceito de
porcentagem, que diz que estamos trabalhando com a retirada de um valor fixo a
cada 100 unidades de um valor solicitado, logo, se queremos 20% de 100 isso quer dizer que a
cada 100 unidades devemos retirar 20 e como tínhamos apenas 100 unidades nosso resultado
final foi o próprio 20.

Vamos imaginar agora uma situação em que temos que encontrar 20% de 300, mas para isso
vamos utilizar o conceito de porcentagem para resolvê-la, veja como é simples.

Se queremos 20% de 300, isso quer dizer que a cada 100 unidades devemos pegar 20 para
gente, logo como temos 300 unidades então pegaremos 20 da primeira centena, mais 20 da
segunda centena e mais 20 da terceira centena totalizando 60 unidades.
Portanto 20% de 300 nada mais é do que 60.

Vamos comprovar isso agora com o cálculo:

20 6000
20% ⋅ 300 = . 300 → = 60
100 100

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Perceba que trabalhar com porcentagem não é complicado quando se entende o conceito de
porcentagem.
Media aritmética simples

Media simples

A média aritmética simples também é conhecida apenas por média. É a medida de posição
mais utilizada e a mais intuitiva de todas. Ela está tão presente em nosso dia-a-dia que
qualquer pessoa entende seu significado e a utiliza com frequência. A média de um conjunto
de valores numéricos é calculada somando-se todos estes valores e dividindo-se o resultado
pelo número de elementos somados, que é igual ao número de elementos do conjunto, ou
seja, a média de n números é sua soma dividida por n, EX:

2 + 3 + 4 + 2 + 8 + 10 + 1 = 30 → a soma de todos termos,

30 : 7 = 4,28 → dividida pela quantidade de termos, que nesse caso é 7.

4,28 é a media aritmética simples do conjunto de números acima.

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