Documento Sem Título
Documento Sem Título
Documento Sem Título
Dividindo a história
O período que vai do aparecimento dos seres humanos na Terra até o desenvolvimento da
escrita, cerca de 3.500 anos a.C., é chamado por muitos historiadores de pré-história.
A denominação pré-história começou a ser utilizada no século XIX. Nessa época, acreditava-se
que só era possível recuperar a história de qualquer sociedade se ela dominasse a escrita.
O registro escrito era, então, considerado a única fonte confiável das experiências humanas. A
tradição oral, as pinturas, os objetos de uso cotidiano, por exemplo, representavam fontes
secundárias e pouco confiáveis.
Assim, a escrita passou a ser o marco divisório entre sociedades históricas (que dominavam a
escrita) e pré-históricas (que não dominavam a escrita).
Pelos desenhos deixados nas cavernas – as chamadas pinturas rupestres – o historiador pode
obter indícios do que aqueles homens faziam, como pensavam, enfim, como eles viam o seu
mundo. Pelos vestígios de utensílios, de ferramentas, o historiador pode saber como essas
pessoas comiam, de que forma caçavam os animais, se faziam fogueiras, etc. Por isso, muitos
estudiosos, hoje em dia, preferem chamar a Pré-História de História dos povos pré-letrados ou
povos ágrafos, isto é, História dos povos que não sabiam escrever.
As marcas da presença humana do Período Paleolítico podem ser vistas até hoje em pinturas
rupestres encontradas em cavernas como as de Altamira (Espanha), de Lascaux (França) e do
município de São Raimundo Nonato, no Piauí (Brasil), entre vários outros lugares, nos quais
esses seres humanos desenhavam cenas de seu cotidiano. Além dessas pinturas, eles
produziam algumas peças de artesanato bastante rudimentares. Vestiam-se de peles e couros
de animais que conseguiam abater com suas armas rudimentares.
● Neolítico ou Período da Pedra Polida: teve início em mais ou menos 10.000 a.C. e se
prolongou até mais ou menos 5.000 a.C. No Período Neolítico, os humanos aprenderam
a domesticar os animais e a praticar a agricultura, isto é, a cultivar os alimentos. Além
disso, nesse período, eles passaram a dominar a técnica de polir a pedra para a
fabricação de instrumentos. Por isso, esse período é conhecido também como a Idade
da Pedra Polida.
Essas transformações mudaram a forma de viver desses grupos humanos. Eles já não
precisavam mais mudar-se constantemente para encontrar comida e foram se tornando
sedentários, isto é, ficavam um longo tempo em um mesmo lugar esperando a hora de colher
os vegetais que haviam plantado. Enquanto esperavam, dedicavam-se a outras atividades
como a construção de casas, o trabalho com o barro e a argila, a fabricação de cestos e
tecidos e também de ferramentas.
● Idade dos Metais: iniciada em mais ou menos 5.000 a.C. e encerrada por volta de
4.000 a.C., com a descoberta da técnica para a fabricação de diversos utensílios com
metais. O cobre foi o primeiro metal usado pelo ser humano que, mais tarde, aprendeu
a misturá-lo ao estanho para, assim, obter o bronze, que era mais resistente. Mais
tarde, aprendeu-se a lidar com ferro.
Durante esse período, as pequenas aldeias de agricultores transformaram-se em núcleos
urbanos, submetidas à autoridade política de um chefe. As primeiras cidades nasceram no
Oriente Médio. Biblos, no atual Líbano, é considerada a cidade mais antiga do mundo. Há
quase 7.000 anos, surgiu uma das primeiras cidades – Çatal Hüyük, no centro-sul da Turquia.
Essa cidade foi habitada por mais de 700 anos e lá eram cultivados trigo, cevada, ervilha.
Os estudos indicam que provavelmente seus habitantes produziam também um tipo especial
de cerveja. Apesar da caça ser uma atividade importante, os seus moradores também criavam
ovelhas e gado para alimentação e vestimentas. Além disso, em Çatal Hüyük, o artesanato e a
fabricação de jóias eram bem desenvolvidos.
Fonte:História.com