Instalador e Reparador de Redes de Computadores
Instalador e Reparador de Redes de Computadores
Instalador e Reparador de Redes de Computadores
Computadores
Márcio Aurélio dos Santos Alencar
Manaus-AM
2010
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Inclui bibliografia
Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática,
desenvolvido pelo Programa Escola Técnica Aberta do Brasil.
ISBN: 978-85-63576-04-0
1. Redes de computadores – Estudo e ensino.
I. Título. II.Título: Curso Técnico em Manutenção e Suporte em
Informática.
CDU: 681.31.011.7
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007,
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na mo-
dalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Minis-
tério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED)
e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas
técnicas estaduais e federais.
O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de en-
sino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir
o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino
e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das
redes públicas municipais e estaduais.
Nosso contato
[email protected]
3 e-Tec Brasil
Indicação de ícones
5 e-Tec Brasil
Sumário
Palavra do professor-autor 9
Apresentação da disciplina 11
7 e-Tec Brasil
Aula 6 – Redes sem fio 41
6.1 WPAN 41
6.2 WLAN 42
6.3 WMAN 43
6.4 WAN 44
Referências 45
Currículo do professor-autor 47
e-Tec Brasil 8
Palavra do professor-autor
Olá estudante!
9 e-Tec Brasil
Apresentação da disciplina
Este caderno está divido em seis aulas que apresentam os principais conhe-
cimentos sobre redes necessários para esse curso técnico.
11 e-Tec Brasil
Aula 1 – Arquitetura de redes e
meios de transmissão
Objetivos
d) Meio: é o caminho físico por onde viaja uma mensagem dirigida ao re-
ceptor;
d) surgimento do modem;
h) expansão geográfica;
i) variedade de aplicações;
l) interconexão de computadores.
d) comutação de pacotes;
1.5.1 LAN
Segundo Dantas, ([s.d], p. 246) a rede local – LAN (Figura 1.5) “é uma fa-
cilidade de comunicação que provê uma conexão de alta velocidade entre
processadores, periféricos, terminais e dispositivos de comunicação de uma
forma geral em um único prédio ou campus”.
1.5.3 WAN
Quando as distâncias envolvidas na interligação dos computadores são supe-
riores a uma região metropolitana, podendo ser a dispersão geográfica tão
grande quanto a distância entre continentes, a abordagem correta é a rede
geograficamente distribuída (WAN), conforme Figura 1.7.
1.6 Topologias
De acordo com Augusto ([s.d., não paginado]),
1.6.2 Estrela
A topologia em estrela utiliza um periférico concentrador, normalmente um
hub, interligando todas as máquinas da rede, conforme Figura 1.9.
1.7.2.1 Categorias
De acordo com Morimoto (2008a, [não paginado]), existem cabos de cate-
goria 1 até categoria 7:
Como os cabos categoria 5 são suficientes tanto para redes de 100 quanto
de 1000 megabits, eles são os mais comuns e mais baratos, mas os cabos
categoria 6 e categoria 6a estão se popularizando e devem substituí-los ao
longo dos próximos anos. Os cabos são vendidos originalmente em caixas de
300 metros, ou 1000 pés (que equivale a 304,8 metros).
Conforme Dantas (2002), as fibras óticas utilizadas nas redes são classifica-
das de acordo com a forma que a luz trafega no cabo, sendo elas monomo-
do e multímodo.
1.7.3.1 Monomodo
Na classe monomodo, um único sinal de luz é transportado de forma direta
no núcleo do cabo. O sinal pode atingir distâncias maiores, sem repetição,
nesta forma de tráfego da luz quando comparado com a transmissão na
segunda classe de fibra (DANTAS, 2002).
1.7.3.2 Multímodo
A fibra multímodo, ilustrada na Figura 1.14, tem como característica um
feixe de luz que viaja ao longo do seu trajeto, fazendo diferentes refrações
nas paredes do núcleo do cabo (DANTAS, 2002).
Resumo
Com o desenvolvimento desta aula, espero que você, caro estudante, tenha
entendido como é feita a comunicação de dados pelo computador; que
tenha compreendido a história, o conceito, a classificação e a topologia das
redes de computadores e se apropriado do conhecimento sobre a diferença
entre os diversos meios de transmissão de dados.
Atividades de aprendizagem
1. Discuta com seus colegas, no fórum do Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem (AVEA), as classificações e topologias das redes.
2. Leia a seção 1.7 deste caderno e procure entender onde devemos utilizar
os meios de transmissão. Poste seus comentários no fórum.
Objetivos
Para fazer isso, o modelo de referência OSI descreve sete camadas de fun-
ções de rede, descritas a seguir e ilustradas na Figura 2.1.
Apresentação
Sessão
Transporte
Rede Roteador
Switches
Físico Hubs
Aplicação
Transporte
Inter-rede
(Internet)
Interface de rede
(acesso à rede)
Atividades de aprendizagem
1. Responda as perguntas abaixo, coloque suas respostas num arquivo e,
depois, poste-o no AVEA.
2. Discuta com seus colegas as diferenças entre o modelo OSI e TCP/IP. Pos-
te seus comentários no fórum da disciplina no AVEA.
Objetivo
3.1 Conceito
Segundo Torres (2004), protocolo é a “linguagem” usada pelos dispositivos
de uma rede de modo que eles consigam se entender, isto é, trocar informa-
ções entre si. Um protocolo é um conjunto de regras que governa a comuni-
cação de dados (FOROUZAN, 2006).
e) DNS – Domain Name Server – esse protocolo de aplicação tem por fun-
ção identificar endereços IPs e manter uma tabela com os endereços dos
caminhos de algumas redes na internet (DANTAS, 2002);
i) ICMP – Internet Control Message Protocol – esse protocolo tem por ob-
jetivo prover mensagens de controle na comunicação entre nós num am-
biente de rede TCP/IP (DANTAS, 2002);
3.3 Endereçamento IP
Conforme Morimoto (2006, [não paginado]), “o endereço IP é dividido em
duas partes. A primeira identifica a rede à qual o computador está conecta-
Para compreender melhor
este assunto, leia as infor- do, e a segunda identifica o host dentro da rede”.
mações contidas neste site
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Endereço_IP
3.4 Classes de endereço
De acordo com Morimoto (2006, [não paginado]),
Classe A 0
Classe B 10
Classe C 110
Classe D 1110
Classe E 1111
Resumo
Nesta aula conhecemos as características dos principais protocolos de comu-
nicação de dados e entendemos os endereços e classes IP.
Atividades de aprendizagem
Registre suas respostas, às perguntas que seguem, em um arquivo e poste-o
no AVEA:
Objetivo
4.1 Hub
Segundo Torres (2004), os hubs são dispositivos concentradores, responsá-
veis por centralizar a distribuição dos quadros de dados em redes fisicamente
ligadas em estrela. Todo hub é um repetidor responsável por replicar, em
todas as suas portas (Figura 4.1), as informações recebidas pelas máquinas
da rede.
4.2 Switch
Segundo Torres (2004), os switches são pontes que contêm várias portas (Fi-
gura 4.2). Eles enviam os quadros de dados somente para a porta de destino,
ao contrário do hub, que transmite os quadros simultaneamente para todas as
portas. Com isso, os switches conseguem aumentar o desempenho da rede.
4.3 Roteador
Roteadores (Figura 4.3) são pontes que operam na camada de rede do Mo-
Assista ao vídeo que ensina delo OSI. Eles são responsáveis por tomar a decisão de qual caminho percor-
a configurar um roteador e
comente-o no AVEA. Disponível rer para interligar redes diferentes.
no link http://www.youtube.com/
watch?v=EGXcx9rVv2k
4.4 Repetidor
De acordo com Gallo (2003) a função do repetidor é recuperar um sinal.
Os repetidores também são chamados de concentradores e são usados em
redes locais, aumentando seu alcance.
Segmento B
Bridge
Segmento A
Resumo
Nesta aula diferenciamos os principais elementos ativos da rede: hubs, swi-
tches, roteadores, repetidores e pontes.
Atividades de aprendizagem
1. Discuta com seus colegas as aplicações dos elementos ativos de rede.
Poste seus comentários no fórum da disciplina no AVEA.
Objetivo
5.1 Internet
Segundo Almeida e Rosa (2000), a internet é um conjunto de redes de com-
putadores interligadas entre si, que são espalhadas pelo mundo inteiro. To-
dos os serviços disponíveis na internet são padronizados e utilizam o mesmo
conjunto de protocolos (TCP/IP).
5.2 Intranet
De acordo com Wikipédia,
5.3 Extranet
Conforme Wikipédia,
Resumo
Nesta aula compreendemos a diferença entre internet, intranet e extranet.
Atividades de aprendizagem
Uma rede sem fio se refere a uma rede de computadores sem a ne-
cessidade do uso de cabos. [...] Sua classificação é baseada na área de
abrangência: redes pessoais ou curta distância (WPAN), redes locais
(WLAN), redes metropolitanas (WMAN) e redes geograficamente dis-
tribuídas ou de longa distância (WWAN).
Wikipédia
Objetivos
6.1 WPAN
Wireless Personal Area Network (WPAN) ou rede pessoal sem fio, nor-
malmente [é] utilizada para interligar dispositivos eletrônicos fisicamen-
te próximos, os quais não se quer que sejam detectados a distância
(WIKIPÉDIA).
6.1.1 Bluetooth
O Bluetooth (Figura 6.1) é um padrão aberto de comunicação sem fios,
desenvolvido pelo Bluetooth Special Interest Group – SIG, que inclui
diversas empresas, entre elas a Sony, IBM, Intel, Toshiba e Nokia.
6.1.2 Infravermelho
O infravermelho (Figura 6.2) é utilizado em redes locais sem fio, especial-
mente naquelas em que é necessário conectar notebooks.
6.2 WLAN
Wireless LAN ou Wireless Local Area Network (WLAN) “é uma rede
local que usa ondas de rádio para fazer uma conexão Internet ou entre
uma rede” (SILVA, 2008, p. 6).
6.3 WMAN
Wireless Metropolitan Area Network (WMAN) significa redes
metropolitanas sem fio. Elas permitem a comunicação de dois nós distantes
(MAN), como se fizessem parte de uma mesma rede local.
Resumo
Nesta aula tratamos das redes sem fio e do funcionamento dos principais
sistemas de transmissão de dados utilizados por essas redes.
Atividades de aprendizagem
1. Pesquise sobre a origem da palavra bluetooth. Poste seus achados no AVEA.
45 e-Tec Brasil
OLIVEIRA, Alexandre Ponce de. Rede de Computadores. All Net, São Paulo. 2002.
Disponível em: <http://www.allnetcom.com.br/upload/Rede%20de%20
Computadores%20-%20I.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2009.
OUTA, Marcelo Yukio. Fibra óptica. In: JORNADA NTEGRADA DE CURSOS DO CENTRO
TÉCNICO-EDUCACIONAL SUPERIOR DO OESTE PARANAENSE, 2., 26 nov. 2008. Unimeo.
Paraná: União Educacional do Médio Oeste Paranaense, [s.d.]. Disponível em: <http://
www.unimeo.com.br/artigos/artigos_pdf/2008/novembro/dia26/t7.pdf>. Acesso em: 1º
dez. 2009.
SILVA, Renato Lopes da. Tecnologia Wireless. WebEduc – Ministério da Educação.
Brasília, DF. 18 ago. 2008. Disponível em: <http://www.webeduc.mec.gov.br/
linuxeducacional/manuais/Tecnologia%20Wireless.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2009.
SILVA JÚNIOR, Francisco das Chagas da. Redes de computadores: capítulo 12 – Ethernet.
Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 1º semestre de 2009. Disponível
em: <http://www.cefetrn.br/~fcsjunior/disciplinas20091.html>. Acesso em: 1º dez. 2009.
SOUSA, Lindeberg Barros de. Redes de Computadores: dados, voz e imagem. São
Paulo: Editora Érica. 1999.
SOUSA, Marcelo Tavella de. Transmissão de Dados via Rede Sem Fio utilizando
WiMAX. 2006. 67 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da
Computação). Faculdade de Jaguariúna, Jaguariúna, 2006. Disponível em: <bibdig.
poliseducacional.com.br/document/?down=87>. Acesso em: 2 dez. 2009.
SPURGEON, Charles. Ethernet: O guia definitivo. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
TANENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. 4a edição. Rio de Janeiro: Campus,
1997.
TORRES, Gabriel. Redes de Computadores: curso completo. Rio de Janeiro: Axcel
Books. 2004.
WIKIPÉDIA. Extranet. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Extranet>. Acesso em:
10 ago. 2009.
WIKIPÉDIA. Intranet. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Intranet>. Acesso em:
10 ago. 2009.
WIKIPÉDIA. Rede sem fio. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_sem_fio>.
Acesso em: 10 ago. 2009
47 e-Tec Brasil
Fundamentos de Redes de
Computadores
Márcio Aurélio dos Santos Alencar
Colatina – ES
2012
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Inclui bibliografia
ISBN: 978-85-62934-35-3
CDU 681.31.011.7
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007,
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na mo-
dalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Minis-
tério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED)
e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas
técnicas estaduais e federais.
O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de en-
sino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir
o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino
e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das
redes públicas municipais e estaduais.
Nosso contato
[email protected]
3 e-Tec Brasil
Indicação de ícones
5 e-Tec Brasil
Sumário
Palavra do professor-autor 9
Apresentação da disciplina 11
Projeto instrucional 13
Referências 86
Currículo do professor-autor 87
7 e-Tec Brasil
Palavra do professor-autor
Prezado estudante!
Parabéns! Você está iniciando mais uma etapa do Curso Técnico de Informá-
tica a distância. A disciplina Redes de Computadores foi elaborada pensando
numa leitura rápida e dinâmica, abordando o centro de cada conteúdo ex-
planado em aulas bem objetivas. Como já é do seu conhecimento, estudar a
distância é uma tarefa que envolve sua aplicação na resolução dos exercícios,
contando com o apoio de uma equipe no processo de ensino-aprendizagem.
Para que isso ocorra de forma efetiva, faz-se necessário separar um tempo
para estudar o material e fazer as leituras complementares indicadas no ca-
derno. Esperamos que você utilize todos os recursos do ambiente disponíveis
para dar andamento aos estudos e avançar pelos módulos.
9 e-Tec Brasil
Apresentação da disciplina
Esperamos que você aproveite esta leitura e que os temas abordados sirvam
de base para seus estudos futuros.
Siga em frente!
Prof. Allan Francisco Forzza Amaral
11 e-Tec Brasil
Projeto instrucional
CARGA
OBJETIVOS DE
AULA MATERIAIS HORÁRIA
APRENDIZAGEM
(horas)
(continua)
13 e-Tec Brasil
CARGA
OBJETIVOS DE
AULA MATERIAIS HORÁRIA
APRENDIZAGEM
(horas)
TORRES, Gabriel. Cabo coaxial.
In: ______. Redes de compu-
tadores: curso completo. Rio
de Janeiro: Axcel Books, 2001.
Apresentar as normas de utilização dos cap. 9.
meios físicos guiados.
TORRES, Gabriel. Par trançado.
Compreender as características dos In: ______. Redes de compu-
4. Meios físicos de principais meios físicos guiados. tadores: curso completo. Rio 10
transmissão I
Compreender a aplicabilidade de cada de Janeiro: Axcel Books, 2001.
meio físico guiado de acordo com a rede. cap. 10.
(conclusão)
e-Tec Brasil 14
Aula 1 – Redes de computadores
Objetivos
Portabilidade
As redes de computadores existem para atender às demandas das aplicações Pressupõe que o usuário ou a
comerciais, das aplicações domésticas e dos usuários móveis. Nas aplicações empresa possam substituir seus
componentes de rede, coexistindo
comerciais as redes são utilizadas principalmente para compartilhar recursos, os novos equipamentos (hardware
como impressoras, arquivos e conexão com a internet. ou software) com as tecnologias
mais antigas.
Por fim, os usuários móveis utilizam seus celulares e notebooks para comu-
nicação com fins domésticos ou comerciais.
1.1 Histórico
Os modelos atuais de comunicação de massa (como celulares e internet)
surgiram da necessidade de compartilhamento rápido e constante da infor-
mação. Segundo explica Pinheiro (2003), no início as redes eram pequenas,
possuindo poucos computadores, sendo estas comercialmente usadas em
1964, nos EUA, pelas companhias aéreas. As soluções de tecnologia de co-
municação dessas redes normalmente pertenciam a um único fabricante,
através de suas patentes.
Como fato histórico, Pinheiro (2003) ainda cita que na década de 1970 hou-
ve um movimento para padronizar as redes, através de fabricantes diferen-
As redes Ethernet ou redes
de arquitetura Ethernet são
tes, dando direção à construção de protocolos abertos que poderiam servir
predominantes no mercado a várias soluções; já na década de 1980, as empresas DEC, Intel e Xerox se
atual. O sucesso se deu devido à
padronização dos componentes uniram para criar o que conhecemos hoje como o padrão Ethernet. Veja na
que nelas são utilizados, Figura 1.1 a primeira estação de trabalho da Xerox Alto e também a primeira
garantindo altas taxas de
transmissão e baixo custo. a ser ligada em rede.
Com o advento das novas tecnologias de redes wireless (sem fio), novas
classificações foram adotadas:
• WPAN (Wireless Personal Area Network – Rede sem Fio de Área Pessoal),
• WLAN (Wireless Local Area Network – Rede sem Fio de Área Local),
• WWAN (Wireless Wide Area Network – Rede sem Fio de Área Extensa).
a) LAN – rede local. Este tipo de rede alcança distância de algumas centenas
de metros, abrangendo instalações em escritórios, residências, prédios co-
merciais e industriais. Sua principal característica são as altas taxas de trans-
missão, que atualmente chegam a 10 Gbps (porém, devido ao custo, ainda
prevalecem as redes com taxas de transmissão de 100 Mbps a 1 Gpbs).
A Figura 1.2 exemplifica também uma rede WLAN, já que o acesso sem fio
pode ser caracterizado como uma rede WLAN. Neste tipo de rede as taxas de
transmissão e as distâncias são menores e as taxas de erro, maiores.
Roteador
Servidor Ponto de
Acesso
Servidor
Antivírus Internet
Figura 1.2: Exemplo de uma rede local
Fonte: Elaborada pelo autor
Central
Telefônica 11
12
REDE METROPOLITANA
Rede Local
Tv a Cabo
Última milha PBX
É uma denominação genérica
que quer dizer o último enlace Figura 1.3: Exemplo de rede metropolitana
de conexão entre quem Fonte: Elaborada pelo autor
está ofertando o serviço de
telecomunicação e quem o está Outra tecnologia emergente e atual para este tipo de rede no momento em
utilizando. Um exemplo típico é
a conexão do seu computador que este autor escreve este texto são as redes denominadas WiMAX (Worl-
com o provedor de internet ou a
conexão do seu telefone com a dwide Interoperability for Microwave Access – Interoperabilidade Extensa/
subestação central de telefone. Mundial para Acesso por Micro-ondas). Neste caso, a terminologia muda
Este enlace pode ser via cabo ou
wireless. para WMAN, indicando que existe uma conexão sem fio na última milha.
d) WPAN – um novo conceito em redes sem fio são as WPAN. Como indica
o P da sigla, essas são as redes pessoais. A tecnologia de comunicação das
pessoas com os equipamentos evoluiu de modo a exigir uma padronização
e a criação de uma nova tecnologia. Essa padronização possibilita ao usu-
ário adquirir dispositivos de marcas diferentes, que se comunicam entre si.
A tecnologia mais comum para WPAN é o Bluetooth, muito utilizada para
troca de arquivos entre dispositivos móveis, como celulares e notebooks.
Outro exemplo é o IR (InfraRed – Infravermelho), que também pode ser
considerado uma WPAN.
Atividades de aprendizagem
1. Vamos supor que você vai usar uma rede sem fio, pois o seu vizinho lhe
ofereceu uma forma de compartilhar a internet. Mas você depara com
um problema: seu computador não tem placa de rede sem fio. Então
você vai a uma loja especializada para adquirir tal equipamento. O ven-
dedor diz que você pode levar qualquer marca que vai funcionar perfei-
tamente. Pergunto: até que ponto a fala do vendedor é verdadeira ou
falsa? Critique tecnicamente.
2. A classificação das redes está ligada à sua área coberta e ao modo de co-
municação entre seus componentes. Observando isso, crie um diagrama
(Figura) que contenha todas as classificações de redes, exemplificando-
-as, de forma que elas estejam conectadas entre si. Use exemplos práti-
cos do seu dia a dia.
Objetivos
Com mais teoria, esta aula complementa o que dissemos na aula anterior,
cuja palavra-chave é padronização. O modelo OSI, que será apresentado aqui,
é uma espécie de consagração da padronização para o mundo das redes.
Isso era um ponto negativo, pois essas soluções tendem a ser mais caras por
não haver concorrentes para o mesmo produto. Sendo caras, não atingiam
escala suficiente para que os produtos fossem popularizados, o que, por sua
vez, impedia a evolução da tecnologia.
2.1 Introdução
Para que a interconexão de sistemas de computadores chegasse a acon-
tecer com fabricantes diferentes, foi necessário estabelecer uma padro-
nização para as redes. Surgiu então o modelo RM-OSI (Reference Model
– Open System Interconnection – Modelo de Referência – Interconexão de
Outro exemplo são os e-mails. Você pode utilizar um serviço de e-mail dispo-
nibilizado pelo Hotmail e enviar para um endereço de um amigo que usa o
Gmail. São servidores diferentes que estão rodando programas diferentes. En-
tretanto, as mensagens vão e vêm de uma forma completamente transparente
para o usuário. Neste caso dos e-mails, o protocolo utilizado é o SMTP (Simple
Mail Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Correio Simples).
A Figura 2.1 demonstra o uso desses protocolos por dois usuários navegan-
do na internet (usando HTTP) e por outro remetendo um e-mail: nesse caso
o e-mail fica armazenado em um servidor até que o destinatário o leia e
jogue no lixo. A internet está representada pelo globo terrestre.
SMTP
HTTP
SMTP
HTTP
Figura 2.1: Comunicação entre protocolos
Fonte: Elaborada pelo autor
APRESENTAÇÃO (CAMADA 6)
SESSÃO (CAMADA 5)
TRANSPORTE (CAMADA 4)
REDE (CAMADA 3)
ENLACE (CAMADA 2)
FÍSICA (CAMADA 1)
As camadas são numeradas de 1 a 7 (de baixo para cima). Assim, muitas ve-
zes nas aulas e nos livros, citamos apenas o número da camada: “A camada
3 fornece suporte ao protocolo IP”. Fica subentendido que estamos falando
da camada de rede.
rede, pelo IP? Acontece que o endereço IP não é suficiente para identificar MAC
É um endereço exclusivo da
um computador específico dentro da internet hoje em dia. Em virtude do placa de rede. Os fabrican-
significado de cada bloco do IP, um pacote pode ser destinado a qualquer tes adotam um processo de
numeração para garantir que
lugar do mundo. Cada computador tem, na sua placa de rede, um endere- não ocorram números MAC
ço MAC exclusivo, gravado de fábrica. iguais em suas placas. Assim,
é garantido que numa rede
não existam dois endereços
2.2.7 Camada 1 – Física físicos iguais. O número contém
48 bits, normalmente escrito
Os dados provenientes da camada de enlace, com os endereços já preesta- em notação hexadecimal, por
exemplo: 00-C0-95-EC-B7-93.
belecidos, são transformados em sinais que serão transmitidos pelos meios Falaremos mais sobre MAC nas
físicos. Assim, a camada física converte os quadros de bits 0 e 1: próximas aulas.
Resumo
O modelo OSI, como o próprio nome indica, é apenas uma referência. Ele
guia as especificações a que os protocolos devem atender em cada camada.
As camadas são níveis de abstrações, que no geral estão divididas em 7 (apli-
cação, apresentação, sessão, transporte, rede, enlace e física). Cada camada
provê um nível de serviço e faz interface com duas camadas, trocando dados
entre elas. Elas são fundamentais para a padronização das redes.
Atividades de aprendizagem
1. Associe os termos aos textos a seguir:
a) Camada Rede.
b) Camada Aplicação.
c) Endereço MAC.
d) Camada Enlace.
e) Endereço IP.
f) Camada Transporte.
g) http.
h) Camada Física.
Objetivos
Já vimos que, para que uma rede exista, é necessário que vários compo-
nentes interajam cooperativamente. Essa interação existe graças à padro-
nização das tecnologias que vimos desde a Aula 1 e detalhamos com as
camadas do modelo OSI.
Um dos fatores que faz com que pequenas e médias empresas não utilizem o
cabeamento estruturado é o custo. A reestruturação do cabeamento torna o
orçamento mais caro. Entretanto, ao analisar a composição dos custos totais do
projeto, percebemos que o custo do cabeamento representa apenas cerca de
10% do total do orçamento da rede (incluindo equipamentos e mão de obra).
Esse percentual não leva em conta ainda o custo do tempo que a rede ficará
inoperante devido aos problemas causados pelo cabeamento não estruturado.
Armário de
Telecomunicações
(Dados, voz e imagem)
Cabos de
Tomadas de Rede Backbone
Patch Panel
Ativos de Rede
(Switches, Roteadores,
Calha de tomadas, etc)
Rack
De acordo com as características da rede, uma mídia (cabo) diferente deve ser
escolhida. Os fatores que mais influenciam na escolha do cabo são: o compri-
mento da rede (em metros ou quilômetros), a quantidade de equipamentos,
a facilidade e o local de instalação e as taxas de transmissão que se pretende
atingir. Para cada tipo de escolha você pode utilizar um cabo diferente. E não
se preocupe: você pode fazer os trechos da rede com cabos diferentes se co-
municarem. Afinal, para isso servem os padrões, não é mesmo?
A principal função dos cabos de fibra óptica ou de cobre é transmitir dados en-
tre os computadores com o mínimo de degradação possível. Entretanto, ambos
os tipos podem sofrer degradações naturais ou degradações derivadas de forças Atenuação
É um efeito que ocorre em qual-
externas. As degradações naturais são aquelas impostas pelas próprias carac- quer transmissão de dados, seja
terísticas do cabo, conhecidas por atenuação. Por exemplo, um cabo de par analógica ou digital. Quando
um sinal passa por um cabo, a
trançado, que é composto de cobre, tem uma característica natural chamada tendência é que ele perca força
(potência) à medida que vai
resistência, que é a oposição oferecida pelo metal ao fluxo de elétrons. As forças trafegando. Assim, quanto maior
externas que podem interferir na transmissão em cabos metálicos são motores o tamanho do cabo, maior a
atenuação. Se as medidas dos
elétricos ou campos eletromagnéticos próximos, ou até mesmo transmissões de cabos utilizados na rede não
rádio, já que os cabos metálicos podem funcionar como uma antena. obedecerem ao padrão, os com-
putadores podem não conseguir
trocar dados entre si.
Esses aspectos físicos são levados em consideração na produção do cabo
e interferem diretamente no projeto da rede. Assim, a utilização dos cabos
deve ser feita observando rigidamente as normas do fabricante.
A Figura 3.2 mostra um modelo de interface de rede que deve ser conectada
num slot PCI. Esse tipo de instalação é menos comum, já que a maioria das
placas-mãe já possui uma interface de rede embutida. Entretanto, existem
casos em que há necessidade de se instalar uma nova interface de rede,
como, por exemplo, se ocorrer um defeito na interface embutida ou se hou-
ver necessidade de mais de uma interface no computador.
3.2.3 Hubs
Os hubs são equipamentos concentradores que têm por função centralizar e
distribuir os dados (quadros) que são provenientes dos outros computado-
Quadro
res interligados a ele. É a menor unidade de trans-
missão numa rede local. Os
dados provenientes da camada
Os hubs são equipamentos “repetidores”. Eles não distribuem o que rece- de aplicação são enviados para
bem; apenas reenviam os quadros que recebem para todas as suas portas. baixo na camada de transporte,
onde são transformados em
A ligação física dessa espécie de equipamento é do tipo em estrela (Figura pacotes. A camada de rede envia
esses pacotes para a camada
3.3), como já estudado na Aula 1. Ele trabalha na camada 1 do modelo OSI, de enlace, que os transforma
já que tem função apenas de receber um quadro e repeti-lo para todos os em quadros para, finalmente,
transmiti-los pela interface de
computadores a ele ligados. rede do computador.
A B C D E F G H
Figura 3.4: Hub repetidor funcionando de forma difusa
Fonte: Torres (2001, p. 338)
3.2.4 Switches
Os switches são equipamentos que surgiram para permitir a ligação de redes de
forma mais rápida e eficiente (ver Figura 3.5). O nome adotado na época do seu
lançamento (por volta de 1995) era “Ponte” ou “Bridge”. A ponte era um equi-
pamento caro e dotado de poucas portas. Enquanto um hub repetidor custava
em torno de 600 reais, as pontes chegavam a custar entre 2.500 e 4.000 reais.
Ponte ou
Bridge
Rede 1 Rede 2
Figura 3.5: Ponte interligando duas redes com hubs repetidores
Fonte: Elaborada pelo autor
A B C D E F G H
Figura 3.6: Funcionamento básico de um switch
Fonte: Torres (2001, p. 349)
Mas você pode se perguntar: como o switch consegue enviar para a porta
correta onde está o computador que precisa receber aquele quadro? Os
quadros são formados por pequenas estruturas chamadas “campos”. Dois
desses campos estão relacionados aos endereços MAC das interfaces de
rede: MAC Destino e MAC Origem (Figura 3.7). O switch consegue ler
Os switches mantêm uma tabela interna com todos os endereços MAC das
interfaces de rede dos computadores da rede. Essa tabela é consultada assim
que o switch recebe um quadro. O que ele faz então é simples:
a) abre o quadro;
b) lê o campo “MAC Destino”;
c) verifica na sua tabela a qual de suas portas está associado aquele endereço;
d) faz o devido encaminhamento.
3.2.5 Roteadores
Seguindo a ordem de funcionamento nas camadas, vimos que os hubs fun-
cionam na camada 1 e os switches funcionam nas camadas 1 e 2. Vamos ver
agora os roteadores, que funcionam na camada 3.
Na Figura 3.8 você pode observar um roteador ligado a uma “nuvem”. Esta
simbologia vem sendo muito utilizada e, na maioria das vezes, significa a inter-
net, na qual existem milhares de roteadores (uma “nuvem” de equipamentos).
Rede 4
A C
D
Rede 1 Rede 3
Rede 2
Figura 3.9: Redes locais interligadas por roteadores
Fonte: Elaborada pelo autor
Endereço IP
Ainda na Figura 3.9, você pode observar a existência de quatro redes locais É definido em classes, como A,
interconectadas por roteadores. Na camada de enlace, cada computador de B, C, D e E. Cada classe possui
uma faixa de endereçamento e é
cada rede possui seu endereço MAC, válido dentro de sua própria rede. Na destinada a algum tipo de rede,
como uma rede local particular,
camada de rede, cada estação tem um endereço IP, definido para que ela redes militares, redes governa-
possa se comunicar com outras redes. mentais ou a internet.
A decisão por qual caminho o pacote deve trafegar é baseada em dois protocolos:
b) Peça ao seu tutor para mostrar como você pode ver o IP de sua máquina.
Atividades de aprendizagem
Responda com V ou F (verdadeiro ou falso) às proposições abaixo:
b) ( ) Redes que usam os hubs repetidores são redes de difusão que fun-
cionam na camada de enlace.
e) ( ) As redes que usam switches são mais rápidas, pois utilizam cone-
xões multiponto.
j) ( ) Switches gigabit são aqueles que transmitem 109 bits por segundo.
Objetivos
2. Para recordar também: quais as taxas de transmissão que vimos até ago-
ra? (tanto para redes LAN quanto para as WAN).
O entrelaçamento dos pares (Figura 4.1) não é somente para efeito visual,
é uma técnica com um objetivo. Dois fios quando dispostos em paralelo
dentro de um recipiente (no caso aqui, a proteção externa de PVC) podem
formar uma antena simples e captar ondas de radiofrequência do ar ou de
outros pares de fios vizinhos. Isso geraria um fenômeno de interferência de-
nominado crosstalk (linha cruzada). Desse modo, o receptor não conseguiria
ler os pacotes, pois uma interferência externa iria embaralhar os dados. Com
os fios dispostos em forma de par trançado, as ondas geradas pelos diferen-
tes pares de fios tendem a se cancelar, o que significa menor interferência.
Essa técnica denomina-se Efeito Cancelamento.
Você pode observar na Figura 4.2 que os fios entrelaçados possuem uma
quantidade de tranças por cm (ou polegadas). A tendência é que, quanto
maior a quantidade de tranças por cm, melhor a qualidade do cabo, pois o
efeito cancelamento é mais eficiente.
A seguir, na Figura 4.3, demonstraremos que os dois fios que formam o par
estão transmitindo a mesma informação, porém com polaridade diferente.
Toda transmissão elétrica gera em torno de si um campo eletromagnético
com a mesma polaridade e direção. Esse campo eletromagnético pode cor-
romper os dados de um par vizinho e causar perda de informações. Para evi-
tar isso, o outro fio que faz parte do par transmite a mesma informação com
polaridade contrária, gerando também um campo eletromagnético contrá-
rio, fazendo com que ambos se anulem. Assim, os campos eletromagnéticos
de cada par tendem a interferir muito pouco no seu par vizinho.
+ TD
- TD
Essa proteção “natural” não é o único tipo de proteção que um cabo par tran-
çado pode oferecer. Esses cabos podem ainda apresentar uma proteção adicio-
nal contra interferências. Em função disso, existem dois tipos de par trançado:
Para entender melhor esse fenômeno, digamos que no seu quarto as luzes
sejam apagadas e você acende uma lanterna contra a parede a uma distân-
cia de 2 metros; a luz se espalha, formando um circulo com diâmetro muito
maior do que sua lanterna. Agora imagine que você tenha um tubo com
espelhos por dentro e você o coloque na frente da sua lanterna: a luz será
refletida dentro do tubo, chegando à parede um forte círculo luminoso e o
seu quarto continuará escuro. O cabo de fibra óptica é esse tubo espelhado.
Dizemos que os cabos de fibras ópticas possuem o fenômeno de reflexão
interna total. Por transportar luz e não sofrer interferências eletromagnéti-
cas, esses cabos podem ligar duas redes locais distantes algumas dezenas de
quilômetros, com taxas na casa dos gigabits (1 Gbps ou mais).
Cobertura
Revestimento
Plástica
Interno (vidro)
Núcleo
Detalhamento Casca
Revestimento
Revestimento
Polímero de PVC
Fibras de
Resistência
Mecânica
Revestimento
externo
É importante ressaltar que, assim como nos cabos metálicos, a fibra óptica
também sobre os efeitos da atenuação.
atenuação
Foi definida na Aula 3. A
definição a seguir é encontrada 1. A técnica de cancelamento é induzida devido ao entrelaçamento dos
em Pinheiro (2003, p. 30). fios entre si, formando pares trançados. Explique os aspectos positivos e
“A atenuação pode ser
definida como a diminuição da negativos com relação ao entrelaçamento.
intensidade de energia de um
sinal ao propagar-se através
de um meio. A atenuação está 2. Uma rede usando cabos tipo par trançado UTP CAT5e a uma taxa de 100
diretamente associada às perdas
que ocorrem na transmissão do Mbps tem um tamanho máximo para o segmento do cabo. Qual é esse
feixe de luz, afetando o alcance tamanho? Por que não pode ser maior?
máximo da transmissão do sinal
luminoso.”
3. Com relação à proteção contra ruídos eletromagnéticos externos, qual o
melhor cabo: UTP, STP ou fibra óptica? Justifique sua resposta.
c) Fibras multimodais.
Isolante
Externo Malha de cobre ou
capa de alumínio Isolante
Condutor Central
Conectado à placa
de rede do micro
Figura 4.13: Padrão de conexão de cabos coaxiais nos conectores BNC e na placa
de rede
Fonte: Torres (2001, p. 201)
Podemos observar que, de acordo com a Figura 4.13, essa rede não necessi-
ta de um equipamento concentrador, como um hub ou switch. Na verdade
isso era uma vantagem dessas redes, pois ficavam mais baratas. Entretanto,
elas tinham um alto índice de quedas (paradas), devido a conexões defeitu-
osas, remoção de conectores ou queima de placas de rede.
Resumo
Para que os equipamentos de redes possam trocar dados é necessário um
meio físico para servir de caminho fim a fim da comunicação. Em redes
locais, o meio físico guiado mais usado é o cabo de par trançado, por ser
mais flexível, mais barato, com altas taxas de transmissão de dados, com
baixíssima taxa de erros. Os cabos coaxias, devido à sua série de característi-
cas negativas, caíram em desuso. Já as fibras ópticas estão cada vez mais se
aproximando das instalações locais, mas devido ao seu alto custo de instala-
ção e manutenção, ainda são pouco utilizadas.
I – Os cabos coaxiais têm grande imunidade a ruídos e por isso são os cabos
mais utilizados para redes locais.
II – A malha que envolve o cabo coaxial serve para transportar dados, for-
mando uma rede half-duplex.
III – Para redes locais, o cabo coaxial consegue atingir taxas de até 10 Mbps.
a) III e IV
b) I, II e III
c) I, III e IV
d) I e IV
e) III
2. Agora que você conhece todos os tipos de cabo (par trançado STP e
UTP), fibra óptica (monomodo e multimodo – degrau e gradual), faça
uma tabela com esses tipos, acrescentando duas colunas: uma indicando
o maior comprimento do segmento de cabo (distância do sinal) e outra
com a taxa de transmissão permitida.
3. Faça uma nova tabela comparando esses tipos do item 2; coloque uma
coluna de vantagens e outra de desvantagens.
Objetivos
A ideia das comunicações sem fio não é substituir por inteiro as redes de ca-
beamento, mas fornecer opções e flexibilidade de uso por parte do utilizador.
As redes sem fio, tanto em nossas residências como em locais públicos, tam-
bém necessitam de um transmissor. Em todas elas é comum observarmos a
As interfaces de rede sem fio existência de um aparelho que forneça o enlace sem fio (chamado de AP –
dos notebooks e netbooks Access Point – Ponto de Acesso) dotado de uma antena e a existência de um
estão localizadas na placa mãe
do aparelho, normalmente computador ou notebook dotado de uma interface de rede wireless (sem
num slot mini-pci. As antenas
estão ligadas a essa interface e fio). Dê uma olhada na Figura 1.2 da Aula 1.
costumam ficar localizadas nas
extremidades direita e esquerda
da tela de LCD do aparelho (na 5.2 Tipos de meios físicos não guiados
parte de dentro). A transmissão por radiofrequência não é a única forma para os enlaces sem
fio. Dependendo da aplicação a que se deseja atender ou o serviço a ofertar,
um enlace diferente pode ser utilizado. Mas sem dúvida, a radiofrequência é
um dos enlaces sem fio mais utilizados. Vejamos os principais.
5.2.2 Micro-ondas
Quando há necessidade de transmissão de dados em longas distâncias, o
enlace micro-ondas é mais eficaz, podendo chegar a taxas de 1 Gbps. Esse
sistema é chamado também de MMDS (Multipoint Microwave Distribution
System – Sistema de Distribuição Multiponto Micro-ondas) e utiliza antenas
direcionais para estabelecer o enlace. A frequência nesse tipo de transmissão
normalmente precisa ser licenciada pelo órgão regulador do governo (no
caso do Brasil, a ANATEL). Essa modalidade é utilizada para transmissões de
TV por assinatura, mas as concessionárias telefônicas como Embratel e Oi
também a utilizam para transmissão de grandes volumes de dados.
5.2.3 Laser
Outra forma de transmissão sem fio é o sinal óptico sob forma de laser, que
já vem sendo utilizado há algum tempo. O mais comum nesse tipo de enla-
ce é a conexão de LANs situadas em prédios diferentes, porém com visada. Laser
Light Amplification by
Uma das vantagens desse tipo de transmissão é prescindir (não necessitar) Stimulated Emission of
da licença de um órgão regulador. Radiation ou Amplificação
da Luz por Emissão
Estimulada de Radiação. É
um dispositivo que produz
Apesar do custo relativamente baixo, esse tipo de enlace enfrenta alguns radiação eletromagnética
problemas. O primeiro deles é a natureza direcional: é necessária precisão monocromática através
de um feixe de luz de
milimétrica para estabelecer a visada perfeita. Muitas vezes são usadas len- aproximadamente 1 mm de
tes que desfocam o laser para facilitar o estabelecimento do enlace. Outro largura.
Resumo
Uma alternativa para enlaces de redes locais e longas distâncias, os meios
não guiados (atmosfera) são muito utilizados, devido aos seus baixos custos e
investimentos em locais onde é impossível ou inviável utilizar meios guiados.
Os meios não guiados não existem para substituir os meios guiados, e sim
para complementá-los. Os mais comuns são a radiofrequência, micro-ondas e
laser, sendo o primeiro a forma mais comum de transmissão sem fio.
7. Você já deve ter visto mouse e teclado sem fio. Relacione-os com o
texto estudado.
A – III e IV
B – I, II e III
C – I, III e IV
D – II e IV
E – I e II .
Objetivos
FÍSICA FÍSICA
MODELO ARQUITETURA
RM-OSI ETHERNET
Figura 6.1: Comparativo RM-OSI e Ethernet
Fonte: Elaborada pelo autor
Você pode observar pela Figura 6.1 que existe uma camada denominada
MAC (Media Access Control – Controle de Acesso ao Meio). Essa camada
é justamente o cerne do modelo IEEE para as redes locais (LANs). Ela se
preocupa justamente com as regras a que as estações deverão obedecer ao
acessar o meio físico, ou seja, o cabo (em caso de redes cabeadas) ou o ar
(em caso de redes sem fio).
Você pode observar também que há uma separação em duas camadas (LLC
e MAC) da camada de enlace do modelo OSI. Essa separação tem um obje-
tivo claro: garantir que redes diferentes consigam se comunicar no nível de
rede (utilizando basicamente a arquitetura TCP/IP).
Como o modelo IEEE 802.3 não é único, então a Figura 6.1 não serve apenas
para a arquitetura Ethernet. Outras redes como IEEE 802.11 (redes sem fio),
redes IEEE 802.15 (Bluetooth) e redes IEEE 802.16 (WWAN/WMAN) podem
compartilhar do mesmo modelo, com algumas adaptações.
Você lembra que na Aula 2 (seção 2.2.6) a sigla MAC aparecia com outro
significado? O que indica e em que camada do modelo OSI se encontra
aquele tal MAC?
Para dar um exemplo mais claro e geral de como isso é importante, observe
a seguinte situação abaixo:
Servidor de Internet
Notebook AP
Celular Hub/Switch
(Bluetooh) (Bluetooh e Wireless) (Wireless e
IEEE 802.15 (cadeada)
IEEE 802.15 Cadeada) IEEE 802.3
IEEE 802.11 IEEE 802.11
IEEE 802.3
( ) Arquitetura de rede que utiliza o CSMA/CA para fazer acesso ao meio físico.
a) APLICAÇÃO
d) REDE
e) IEEE 802.11
f) IEEE
100BASE-T: idem acima, porém, com taxa de 100 Mbps e cabo par trança-
do CAT5 ou superior.
1000BASE-T: idem acima, porém com taxa de 1000 Mbps e cabo par tran-
çado CAT5 ou superior.
a) IEEE 802.3 (ou 10BASE-T) – a maioria das redes locais instaladas no mun-
do são do tipo Ethernet. É uma tecnologia já padronizada e consolidada,
além de ser barata. A capacidade de migração é assegurada com algumas
adaptações, como troca de cabos e interfaces de rede de maior desempe-
nho, como, por exemplo, a Fast Ethernet de 100 Mbps ou gigabit Ethernet
de 1000 Mbps. Nesta arquitetura o tamanho máximo de um quadro é de
1526 bytes. O quadro (ou frame) é a menor estrutura de uma arquitetura
de rede padronizada (dê uma repassada na definição, na Aula 3, seção
3.2.3). A Figura 6.3 complementa a Figura 3.7 (também da Aula 3), mos-
trando os campos básicos de um quadro Ethernet.
PREÂMBULO SFD MAC DESTINO MAC ORIGEM TAMANHO DADOS E PAD CRC
(7 BYTES) (1 BYTE) (6 BYTES) (6 BYTES) (2 BYTES) (0 a 1500 BYTES) (4 BYTES)
CAMADAS SUPERIORES
d) IEEE 802.3z – Em julho de 1996 foi criada a IEEE 802.3z com o objetivo
de desenvolver o padrão gigabit Ethernet. O padrão deveria possuir as
seguintes características:
Esse padrão define o acesso à rede através de antenas externas de rádio (ver
Figura 6.5). A WMAN oferece uma alternativa para redes cabeadas, como
enlaces de fibra óptica, sistemas coaxiais utilizando cable modems (modens
a cabo) e enlaces de acesso banda larga, como DSL (Digital Subscriber Line
– Linha Digital do Assinante). Dê uma recordada nas definições de WAN e
WMAN na Aula 1, seção 1.2.
• segurança.
Você pode ler mais informações
sobre os padrões de redes em:
http://www.guiadohardware.
Este padrão inclui ramificações, como 802.16a, 802.16b, 802.16c, 802.16d, net/tutoriais/historia-redes/
802.16e. Esses temas são bastante extensos e não serão aprofundados aqui. pagina3.html
A Figura 6.5 mostra uma Rede 802.16 (WiMax). Essa rede pode atender a
diversos setores do comércio, indústria e residência com acesso à internet
banda larga sem necessidade de infraestrutura complexa de cabeamento.
Resumo
As especificações dos padrões de redes e suas peculiaridades são formatadas
e padronizadas pelo IEEE. Este instituto especifica, além de outras atribui-
ções, padrões de redes por suas nomenclaturas. Por exemplo, as redes lo-
cais que utilizam mecanismos de colisão, são especificadas pelo padrão IEEE
802.3. Já as redes sem fio locais (WLAN) são especificadas pelo padrão IEEE
802.11. O cerne da questão está na padronização dos mecanismos de con-
trole de acesso ao meio, e também nas especificações mecânicas, elétricas e
procedurais das interfaces de nível físico (camada física).
Atividades de aprendizagem
a) Defina as características de uma rede 100BASE-T.
k) Quais os padrões IEEE que tratam das conexões sem fio? Faça uma ta-
bela com as seguintes colunas: o padrão IEEE, distância atingida, taxa de
transmissão, equipamentos utilizados na transmissão e recepção.
MORIMOTO, Carlos E. História das redes. Guia do Hardware. Disponível em: <http://
www.guiadohardware.net/tutoriais/historia-redes/pagina3.html>. Acesso em: 19 out. 2011.
MORIMOTO, Carlos E. Redes: frames e pacotes. Guia do Hardware. Disponível em: <http://
www.guiadohardware.net/dicas/redes-frames-pacotes.html>. Acesso em: 19 out. 2011.
MORIMOTO, Carlos Eduardo. Redes: guia prático. Porto Alegre: Sul Editores, 2008.