Relatorio Arlete

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLÍNICA E ASSISTÊNCIA SOCIAL

Tema: RELATÓRIO DO ESTÁGIO INTEGRAL

Discentes:

Arlety Gonçalves Maposse

Tutores:

Dr. Moises Fabiao quiuanrene

Dr. Osvaldo Coelho

Chimoio, Janeiro de 2024

ARLETY GONÇALVES MAPOSSE


Declaração do estudante..........................................................................................................1
CAPITULO I: CONSIDERAÇÕES INICIAIS......................................................................3
1.Introdução.........................................................................................................................3
1. Objectivos do estágio.......................................................................................................3
2.1. Objectivo Geral........................................................................................................3
2.2. Objectivos Específicos.............................................................................................3
CAPÍTULO II: Contextualização...........................................................................................4
2. Centro de Saúde Nhamaona............................................................................................4
2.1. Localização geográfica do Centro de Saúde................................................................4
Membros da direcção do Centro de Saúde Nhamaona........................................................4
2.4. Organograma................................................................................................................4
2.7. Descrição de Actividades Desenvolvidas por Sector...................................................5
3. Desenvolvimento do relatório..........................................................................................5
PLANO DE INTERVENÇÃO............................................................................................8
Programa de sessões............................................................................................................8
CAPITULO III: Revisão da literatura...................................................................................14
3.1. TRANSTORNO DEPRESSIVO....................................................................................14
3.1.1. Tipos de Depressão.................................................................................................15
3.1.2. Tristeza ou Depressão.............................................................................................15
3.1.3. Tratamento Farmacológico da depressão................................................................16
 Antidepressivos......................................................................................................16
3.1.5. Classificação nosológica.........................................................................................17
3.1.6. Avaliação psicológica..............................................................................................17
DISCUSSÃO DO CASO CLINICO.....................................................................................17
Caso Clínico......................................................................................................................17
CAPITULO IV: Considerações finais...................................................................................19
3. Conclusão..........................................................................................................................19
Dificuldades ao nível do centro de saúde Nhamaonha.........................................................20
Recomendações.....................................................................................................................20
Referências bibliográficas.....................................................................................................21
Declaração do estudante

Eu, Arlete Gonçalves, declaro por minha honra que este trabalho do final de estagio no
centro de saúde de Nhamaonha, no curso de psicologia clinica e assistência social nunca foi
apresentado para a obtenção de qualquer nível, ele é fruto da minha investigação.

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Lista de Abreviatura e Glossário

CPP- Consultas Pós-Parto

HIV- Vírus da Imunodeficiência Humana

SAAJ-serviços adolescentes amigos e jovens

SIDA- Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

TARV-tratamento Anti-Retroviral

PNCTL: Programa Nacional de Combate à Tuberculose e Lepra.

PreP: Profilaxia pós Exposição

DSM-IV: Manual de Diagnostico e estatístico de Tratamento de doenças mentais quarta


edição

CID-10: Classificação Internacional das Doenças, décima edição

HIV: vírus de Imunodeficiência Humana

OMS; Organização Mundial de Saúde

TCC: Terapia Cognitiva Familiar

IEC - Inventário de Estratégias de Coping

APSS- Apoio Psicossocial

CCR-consultas crianças em risco

CPN 1- Consulta Pré-Natal-1

CPN 2- Consulta Pré – Natal-2

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CAPITULO I: CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.Introdução

O presente relatório do estágio integral pretende descrever as actividades desenvolvidas e


experiencias adquiridas no Centro de Saúde de Nhamaonha no período compreendido de 20
de Novembro de 2023 a 19 de Janeiro de 2024, como requisito para a conclusão do curso
de Psicologia Clinica e Assistência Social na Universidade Católica de Moçambique –
Faculdade de Engenharia. O estágio visa proporcionar o conhecimento prático das funções
profissionais, de forma a consolidar a formação obtida. Para tal, é necessário estar munido
de interesse e empenho para uma melhor aquisição das ferramentas disponíveis,
considerando que a teoria sem prática dificulta a aquisição do conhecimento.

1. Objectivos do estágio
2.1. Objectivo Geral
 Pôr em prática os conhecimentos teóricos adquiridos durante o processo de
formação e permitir actuar como psicóloga e assistente no campo social.

2.2. Objectivos Específicos


 Descrever as actividades realizadas durante o período de estágio;
 Caracterizar o Centro de Saúde Nhamaonha em termos de localização
geográfica, serviços, recursos humanos e a sua importância social;
 Elaborar um caso clínico que permita a sua problematização, buscando no final
um diagnóstico mais acertado para o paciente, na base da estrutura do roteiro de
anamnese;

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CAPÍTULO II: Contextualização

2. Centro de Saúde Nhamaona

Localiza-se no Bairro de Nhamaonha, Posto Administrativo nº3, Autarquia de Chimoio,


Província de Manica.

2.1. Localização geográfica do Centro de Saúde

 Norte: Bairo Nhauriri;


 Sul: 16 de junho;
 Este: Mudzingadzi;
 Oeste:Bairo B da solpo.

Membros da direcção do Centro de Saúde Nhamaona


Função: Nome:

Diretora do Centro de Saúde Manuela luis Xavier.

Diretora Clinica do Centro de Saúde Maipa Jero

Enfermeira Chefe Estevão Armando

2.4. Organograma

O Centro de Saúde Nhamaona tem como actividade principal a prestação de


cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados a população, nomeadamente aos
beneficiários do SNS. Propõe-se também assegurar as actividades de saúde pública e os
meios necessários para o exercício das funções no âmbito da saúde dentro da sua área
geográfica e desenvolver actividades de investigação, formação e ensino.

Neste sentido este Centro presta serviços de saúde a favor dos residentes dos bairros
circunvizinhos.

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O Centro de Saúde Nhamaona compreende os seguintes serviços: funcionam o
depósito e a farmácia, consulta pré-natal 1, e Consulta Pré-Natal 2, CCR, PAV,
Planeamento Familiar e Laboratório.

1. CESP, Consulta de Pediatria, Gabinete da Diretora do Centro, Gabinete da Diretora


clínica, Consulta TARV, Consulta de oftalmologia, Consulta de triagem de adulto,
Estomatologia, Sala de tratamento, Consulta de PNCTL, ATS-1 e ATS-2 e receção.
2. a maternidade, onde encontramos sala de Admissão, duas Salas de Parto, o
Expurgo, Gabinete da Chefe da maternidade, genecologia, Consulta Pós-Parto, duas
salas de puerpério, uma sala de função pública, economato, cozinha, dois quarto de
banho para pacientes, um quarto de banho para funcionários e vestiário e é
composta por 13 camas.
3. uma sala de psicologia/psiquiatria, Serviços de amigos adolescentes e jovens
(SAAJ), uma sala de receção e duas WC.

Portanto, muitos serviços deste Centro funcionam das 7.30 às 15.30 Horas exceto os
serviços do Banco de Socorros, Farmácia e Maternidade que operam 24 sobre 24 horas.

2.7. Descrição de Actividades Desenvolvidas por Sector

3. Desenvolvimento do relatório

O estágio teve início as 7 horas 30 minutos do dia 20 de Novembro, onde houve


apresentação dos estudantes à supervisora do centro, por sinal a psicóloga do centro, breve
revisão sobre o aconselhamento psicológico e a diferença entre aconselhamento e conselho.
Também frisou sobre a ficha mestra na parte do APSS, que deve ser preenchido com muita
atenção em relação a parte do confidente e nos factores psicossociais que se preenche na
consulta seguinte no caso de um novo início. De seguida traçou-se as regras de convivência
que compreendem: pontualidade e assiduidade, respeito consigo mesmo e com os outros,
aprumo e a devida identificação (crachá). No caso de qualquer situação que obrigue o
estudante faltar tem que haver uma comunicação antes da acção. No final fez se
apresentação dos estudantes à direcção do Centro e seus respectivos sectores.

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APSS (Apoio Psicossocial): No sector de APSS trabalhá-se fazendo o
preenchimento dos fatores psicossociais na ficha mestra, preenchimento e registo nos livros
de APSS 1, 1A e 2, também o apoio e aconselhamento a pacientes e TARV, pacientes que
abandonam o tratamento, pacientes faltosos e também a respetiva abertura de ficha de
adesão. Neste sector também é feita uma Psicoterapia Cognitivo-Comportamental sobre o
HIV-SIDA, principalmente a explicação detalhada aos pacientes sobre a forma correta de
tomar a medicação, e também a explicação sobre os efeitos colaterais do comprimido Anti-
Retroviral.

Faz-se terapias de casal para aqueles casais com sero-estados diferentes (Casais
Discordantes).

CPN1 (Consultas Pré-Natais Primeiras) e CPN2 (Consultas Pré-Natais

Segundas)

No sector da consulta pré-natal, (CPN), trabalha-se com todas as pacientes na


promoção de saúde e seu bem-estar, tanto do bebe e da mãe, de modo a prevenir o
desenvolvimento de depressão pós-parto, também sensibilizávamos as mães gestantes
portadoras de HIV, para seguir com o TARV de forma correta, seguir bem as medicações e
em seguimento ao aconselhamento nestas consultas, destacávamos algumas vantagens tanto
como desvantagem de seguir ou abandonar o TARV. Teve um caso em que uma paciente
não estava seguir corretamente com o TARV, tínhamos de aconselhar a mãe a seguir com
as medicações e realçar algumas desvantagens do abandono ao tratamento, pôs a sua
negligencia podia levar ao bebe desenvolver ou contrair o vírus do HIV no momento da
gestação e o parto.

TARV: neste sector faz-se abertura da ficha mestra, seguimento de pacientes com
HIV, como psicólogos sensibilizamos os pacientes a adesão ao TARV, falamos das
vantagens de seguir corretamente o tratamento e também destacamos algumas desvantagens
do abandono ao TARV, de modo que ela siga correctamente o tratamento e tenha uma vida
saudável e posso conseguir desempenhar certas actividades dias sem problemas
relacionados a doença.

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ATS (Aconselhamento e Testagem em Saúde): e de referir que o sector da ATS,
funciona em dois sectores, na antiga estomatologia, onde faz-se a testagem ao HIV ATS
(Aconselhamento e Testagem em Saúde): e de referir que o sector da ATS, funciona em
dois sectores, na antiga estomatologia, onde faz-se a testagem ao HIV para qualquer
consulta que o paciente vai fazer, seja adulto tanto como criança, no outro sector trabalham
diretamente com pacientes infectados, nesse sector encontramos os gestores de casos, onde
os gestores tanto como os conselheiros vão atrás dos pacientes de modo a fortificar a
adesão ao tratamento de modo que os pacientes não possam desistir do TARV. Neste sector
como psicólogo trabalhamos de modo a dar aconselhamento pré-teste, tanto como o pós-
teste, se o resultado der positivo aconselhamos a paciente na adesão a TARV, salientando
algumas vantagens tanto como as desvantagens de não seguir com o TARV, de modo a
salientar ao paciente que a toma dos fármacos e constante, ou seja, e feita todos os dias e a
mesma hora. No caso do resultado for negativo elogiamos o paciente, mas não se
esquecendo de salientar que ele continue com a prevenção, tendo cuidados nas suas
relações, manter relações protegidas, ter cuidado com os objetos cortantes, tanto com
picantes e no caso de dificuldade de comprar novo objeto para o uso, aconselhamos a pôr a
ferver ou até mesmo a desinfectar o objecto antes do uso.

CCR (Consulta da Criança em Risco): na consulta de crianças em risco,


trabalhámos no sentido de reforçar o aconselhamento em relação aos cuidados que as mães
devem ter com crianças em riscos, onde algumas crianças estão exposta ao HIV e
tuberculose. Nesse sector CCR as principais crianças em risco são: tuberculose, HIV,
desnutrição e algumas com a mal formação congénita. Neste sector encontramos vários
casos de mães faltosas que estão em TARV, relação a estes casos nos como psicólogos,
trabalhamos no intuito de reforçar a adesão das mães as consultas e salientamos algumas
vantagens de seguir em todas consultas, tanto como algumas desvantagens de não aderir ao

TARV, de modo que a mãe possa ter uma outra visão sobre estas situações e possa
aderir a todas consultas de maneira regrada.

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Maternidade/ CPP (Consulta Pós-Parto): no sector da CCR ou maternidade
trabalhámos no sentido a promover um certo relaxamento as mães em trabalho de parto,
entrar na sala do puerpério conversar com as mães, tentar saber como correu o parto, dar
um suporte psicológico a uma mãe que pela história o pai da criança não aceita o bebe. Nas
consultas pos parto era bem baseado numa conversa com as mães para tentar perceber, da
sua nova rotina, como vai a nova adaptação do novo recém membro da família.

PLANO DE INTERVENÇÃO

Programa de sessões

Objetivo Geral

Desenvolver aptidões sociais facilitadoras do envolvimento da paciente em situação


de intervenção social e capacidade de autoestima.

1ª Sessão

Objetivo: Estabelecer uma relação terapêutica empática e de colaboração de forma a


promover o envolvimento da paciente na terapia.

 - Garantia de sigilo profissional e confidencialidade;


 - Garantia de que não se cobra nada em qualquer sessão;
 - Dias propostos (Segunda feira e quinta feira), a hora foi proposta pela paciente;
 - Explicar sobre a aplicação de testes psicológicos.
 - Realçar a importância da participação activa da paciente para a eficácia do
tratamento;
 - Assinatura de consentimento;
 - Explicar os procedimentos a se tomar na terapia, duração e número de sessões, o
número de sessões: 10 com duração de 45 a 60 minutos cada;
 - Colher informação acerca do motivo de consulta (fazer a história clínica).
Terapia: TCC
Técnicas: Escuta ativa, Restruturação Cognitiva, nesta técnica vou ensinar os pacientes a
reconhecer os pensamentos automáticos disfuncionais, contestar esses pensamentos e

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construir pontos de vista alternativos a fim de tornar o paciente mais consciente de seus
processos de pensamentos. Na escuta ativa vamos ouvir minuciosamente o paciente com
empatia de forma a perceber seu quadro e buscar melhores estratégias de tratar o caso.

2ª Sessão

Objetivo: Identificar os comportamentos relacionados com a depressão

 Identificar os sintomas relacionados com a depressão;


 Registar os pensamentos disfuncionais relacionados com a depressão;
 Identificar os factores de risco relacionados com o problema;
 Apresentação e realização de testes psicológicos (escala de Depressão geriátrica
abreviada, escala de Zung e Beck);
 Início da técnica “restruturação cognitiva” e de relaxamento;
 A paciente deve fazer os registos de pensamentos disfuncionais num diário.

Terapia: TCC
Técnicas: Psicoeducação, nessa técnica vou se focar na explicação de questões importantes
do tratamento psicológico ao paciente. De uma forma mais simples e didática possível, de
acordo com a linguagem do paciente. Também vou explicar a respeito dos dados sobre o
diagnóstico quanto de explicações sobre seu quadro clinico.

3ª Sessão
Objectivo: Promover actividades em casa que possam mudar o foco dos problemas

 Entregar ou divulgar os resultados dos testes psicológicos realizados.


Terapia: Terapia ocupacional
Técnicas: Análise de Atividade, vou executar essa técnica com objetivo de melhorar o
desempenho funcional e facilitar a aprendizagem das destrezas, favorecendo o máximo de
independência pessoal e qualidade de vida.

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4ª Sessão

Objectivo: Trabalhar o nível cognitivo

 Modificar os pensamentos negativos/ disfuncionais para funcionais através da


técnica role-play;
 Correção dos pensamentos negativos/ disfuncionais para funcionais;
 Questionamento ou diálogo socrático;
 Listagem de aptidões adquiridas que facilitam a paciente na interação social;
 Impletação do sentimento de autonomia da paciente;
 Plano de concretização dos objetivos pessoais da paciente a curto e médio prazo.
Terapia: Terapia cognitivo comportamental
Técnicas: Registro de pensamentos disfuncionais

Para efetivação dessa técnica é essencial identificar os elementos disfuncionais. Ao utilizar


essa técnica, vamos pedir que o paciente registre os pensamentos desagradáveis que surgem
em determinadas situações. Vamos pedir que registre sentimentos, reações físicas e
comportamentos envolvidos na situação. Essa tarefa ajudara o paciente a tomar consciência
de si.

5ª Sessão

Objetivo: Melhorar o conteúdo e padrão do pensamento do paciente

 O terapeuta e o paciente começam a explorar pensamentos específicos do paciente


acerca de situações/problemas particulares e os esquemas (mal adaptativos) que
com eles poderão estar relacionados.
Terapia: Terapia cognitiva comportamental
Técnicas: Enfrentamento do estresse

Ao executar essa técnica vamos buscar aprendizagens voltadas às emoções, com objetivo
de controlar as respostas negativas às situações externas que não podem ser modificadas

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6ª Sessão

Objetivo: melhoria sintomática

 Neutralizar os sintomas físicos a partir dos pensamentos disfuncionais


 o paciente assume responsabilidade crescente pela identificação dos problemas,
proposição de soluções e implementação de trabalhos para casa
Terapia: Terapia cognitiva comportamental
Técnicas: Parada do pensamento e autoinstrução

Na da parada do pensamento e autoinstrução, vamos junto ao paciente o orientar a


identificar ideias que o fazem mal e dar um comando de “pare” sempre que elas surgirem.
Como a TCC intervém na relação entre pensamentos e comportamentos, essa é uma
maneira de identificar distorções cognitivas e exercer maior autocontrole sobre elas,
diminuindo seus efeitos negativos

7ª Sessão

Objetivo: Identificar fatores estressores e instrumentalizar o paciente a lidar com os


eventos da vida.

 A identificação dos gatilhos que podem ter contribuído e que estão fazendo com que
a pessoa sinta-se depressiva.
 A terapia tem como objetivo, exatamente, auxiliar a pessoa a encontrar formas de
mudar esses gatilhos, aceitar ou ainda adaptar-se às diversas situações
Terapia: TCC
Técnicas: Seta descendente

Aqui vamos partir de uma investigação das possíveis crenças subjacentes que alimentam o
pensamento disfuncional, questionadas através de um método de questionamento socrático
denominado seta descendente. Com essa técnica vamos ajudar o paciente a desenvolver um

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raciocínio autônomo para questionar as evidências e criar pensamentos e avaliações
alternativas.

8ª Sessão

Objetivo: Desenvolver maior capacidade de diferenciar, reconhecer e lidar com diferentes


sensações e sentimentos.

Terapia: Terapia Positiva


Técnicas: Identificar os aspetos positivos da vida do paciente

9ª Sessão

Objetivo: desenvolver maior autonomia e independência

Terapia: Terapia cognitivo comportamental

Técnicas: Coping

Ajuda-se o paciente a criar novas estratégias de enfrentamento a serem realizadas, através


de um instrumento denominado de Inventário de Estratégias de Coping (IEC).

10ª Sessão

Objectivo: Manutenção e listagem dos ganhos terapêuticos, prevenção de recaída e


preparação para alta.

 Discussão sobre os ganhos do processo terapêutico atribuindo o sucesso alcançado à


paciente através de reforço positivo
 Definição dos objectivos a longo prazo
 Manutenção das estratégias aprendidas

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 Avaliação de possíveis dificuldades que possam surgir após o fim da terapia,
identificando os obstáculos a manutenção dos ganhos obtidos
 Disponibilidade de apoio caso haja alguma preocupação para esclarecimento
Terapia: TCC
Técnicas: Questionamento socrático,

Vou fazer uma série de perguntas com o objetivo de ajudar o paciente a aprofundar sua
compreensão sobre os próprios pensamentos. Vamos colocar o paciente diante de perguntas
que aprofundam a reflexão e o fazem pensar sobre as relações complexas que a mente dele
estabelece. Assim, é possível perceber e modificar distorções cognitivas.

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CAPITULO III: Revisão da literatura

3.1. TRANSTORNO DEPRESSIVO

Segundo Fiocruz (2015), Depressão é um estado mental caracterizado por tristeza


profunda persistente e aversão a atividades. Pode afectar os pensamentos, comportamentos,
sentimentos e o bem-estar de uma pessoa. Afeta, aproximadamente, mais de 280 milhões de
pessoas de todas as idades. As pessoas deprimidas podem sentir-se tristes, ansiosas,
desesperadas, vazias, preocupadas, impotentes, inúteis, culpadas, irritadas, magoadas ou
inquietas (Fiocruz, 2015).

Podem perder o interesse em atividades que antes eram prazerosas, podem perder o
apetite ou comer demais, apresentar problemas de concentração, dificuldade para lembrar
detalhes ou tomar decisões e podem contemplar ou tentar o suicídio. Problemas de insônia,
sono excessivo, fadiga, perda de energia, mudança na alimentação, sofrimento, dores ou
problemas digestivos resistentes a tratamento também podem estar presentes.

A depressão de acordo com a Organização Mundial da Saúde é uma doença


psiquiátrica crônica que anualmente afeta milhões de indivíduos no mundo. A depressão é
muito mais que uma simples tristeza. Trata-se de uma condição incapacitante que pode
colocar quem a sente em risco, trazendo as vezes consequências bem sérias (Jardim, 2011).

Geralmente não se considera deprimido alguém que esteja sofrendo após a perda de
uma pessoa amada, a menos que a depressão dure um tempo excecionalmente longo.
Caracterizada principalmente por uma tristeza profunda, recorrente e aparentemente
infindável (Fiocruz, 2015).

Essa doença é uma das reações de um indivíduo em lidar com perdas, seja de
emprego ou de um contexto social estruturante, que podem induzir a fragmentação da
identidade psíquica. Os sintomas principais da depressão são a tristeza exacerbada, o

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desânimo, o desinteresse pela vida e pelo trabalho, a irritabilidade, a inapetência e a insônia
(Santos, 2020).

O sentimento de vazio, a falta de sentido na vida e de esgotamento caracterizam os


casos mais graves, acarretando em ideias e tentativas de suicídio. Outro aspecto importante
da depressão é o silêncio, a dificuldade de falar que pode ser uma característica relevante
do deprimido (Jardim, 2011).

Segundo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), outro


instrumento de referência para diagnósticos enfatiza nove critérios para identificar a
depressão, sendo eles:

 Estado deprimido;
 anedonia;
 sensação de culpa ou inutilidade excessivas;
 dificuldade de concentração;
 fadiga;
 distúrbios do sono;
 agitação ou lentificação psicomotora;
 aumento ou redução significativa de peso;
 ideias recorrentes de morte e suicídio.

3.1.1. Tipos de Depressão


Há diversas variações de depressão dentre os principais tipos de depressão é
possível citar: Depressão Clássica (ou Transtorno Depressivo Maior), Transtorno
Depressivo Persistente, Depressão Pós-parto, Depressão Psicótica, Transtorno Afetivo
Sazonal (TAS), entre outros. É importante lembrar que o diagnóstico adequado da
depressão deve ser realizado por um profissional competente (Santos, 2020).

3.1.2. Tristeza ou Depressão

A tristeza é uma emoção natural parte da experiência humana. Todos nós ficamos
tristes de vez em quando. Já a depressão é um estado anormal que afeta nossos

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comportamentos, pensamentos e perceções sobre nós, sobre os outros e sobre a vida.
Entender mais a fundo essas diferenças nos permite lidar melhor com as situações
(Honorato, 2018).

É possível que a pessoa esteja vivendo um quadro de depressão e mesmo assim nem
se dá conta. Aprender a identificar os sinais de alerta podem ajudá-lo a notar quando está
entrando em depressão e pedir ajuda especializada (Honorato, 2018). Eis alguns deles:
indisposição constante, sensação de tristeza frequente, alterações no apetite e no sono,
redução da capacidade de experimentar prazer, isolamento social, sentimentos de culpa e
diminuição da autoestima.

3.1.3. Tratamento Farmacológico da depressão


 Antidepressivos

O uso de antidepressivos em pacientes deprimidos iniciou-se no final dos anos 50,


sendo que novos tratamentos foram produzidos para uma melhor compreensão dos
mecanismos envolvidos na depressão (Honorato, 2018).

Somente duas classes de antidepressivos eram conhecidas até a década de 80, os


tricíclicos e os inibidores de monoaminoxidase.

Contudo apesar de eficazes, essas drogas são inespecíficas e acarretam diversos


efeitos colaterais (Honorato, 2018).. Nas últimas décadas, outras classes de antidepressivos
foram desenvolvidas, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, sendo a
fluoxetina a droga mais prescrita para o tratamento da depressão, devido a sua eficácia,
segurança e tolerabilidade (Honorato, 2018).

O tratamento com antidepressivos de classes diferentes possuem em comum a


capacidade de elevar a disponibilidade sináptica de um ou mais neurotransmissores, através
da ação em diversos receptores e enzimas específicos (Santos, 2020). Apesar de essencial,
este efeito não explica a delonga para se obter resposta clínica (de 2 a 4 semanas em
média), sugerindo que a resolução dos sintomas da depressão requeira mudanças
adaptativas a longo prazo. Uma das hipóteses propostas para explicar tal delonga é da
dessensibilização dos receptores présinápticos (Santos, 2020).

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3.1.4 Farmacos anti-depressivos
 Amitriptilina
 Velanfaxina
 Clomipramina

3.1.5. Classificação nosológica


Diagnóstico: F32.2 episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos
Diagnóstico diferencial
 Ansiedade
 Episodio depressivo leve
 Episodio depressivo moderado
 Distimia.

3.1.6. Avaliação psicológica


 Na avaliação psicológica vai recorrer-se ao uso da entrevista semiestruturada
direcionada a mãe do paciente, isto é, vai perguntar-se a mãe a respeito do problema
que deixa ela neste estado, isto é, seu problema.
 Numa outra vertente vai fazer-se o uso da técnica de observação, isto é, para
verificar se existe sinais visíveis da depressão ou outro sinais importantes que
auxiliam no diagnostico.
 E por fim, já que se tem disponível o diagnóstico, vai se fazer o uso do teste SCL-90
para verificar se existem outros sintomas psicopatológicos. Escala de Depressão e
Ansiedade de Beck e escala de depressao geriatrica abreviada para avaliar a
gravidade da depressão e ansiedade do paciente e guiar o planeamento da terapia.

DISCUSSÃO DO CASO CLINICO

Caso Clínico

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MJ, 46 anos, sexo feminino, Tecnica de saúde, desempregada, 2º. dia de internação
no Centro de saúde vila nova por intoxicação exógena. Seu filho, adolescente, relatou à
equipe que encontrou a sua mãe caída no chão do quarto, sem resposta aos estímulos e
notou ao seu lado que havia frascos de pesticidas de ratos. Ele relata, também, que a mãe
sofreu muita pressão no ambiente de trabalho e que isso perdurou por bastante tempo e
culminou na sua demissão involuntária. Após isso, ela demonstrava-se desanimada, triste,
sem perspectiva futura, suspirando, com medo, com vergonha de estar desempregada,
inclusive negligenciando sua higiene e aparência pessoal, afastando-se das relações sociais
(amigos e familiares) e das atividades de lazer e, em alguns momentos, verbalizando
sentimentos negativos e autonegativos e não querer mais viver.

 Diagnóstico diferencial

-Transtorno maníaco

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CAPITULO IV: Considerações finais

3. Conclusão

Estas foram as actividades desenvolvidas no estágio profissional num período de 60 dias


onde pude passar por todos sectores acima mencionados, durante o qual vivenciei muitas
experiências em cada sector e que vão servir de base para a minha vida profissional.

Durante este período percebi que em todos sectores duma unidade sanitária é necessário um
psicólogo visto que há muitas patologias que não só precisam dum tratamento
farmacológico mas sim dum psicólogo para intervir. E que a área clínica pode não perceber
a situação mas, com a presença de um psicólogo pode perceber e por em pratica as técnicas
psicoterapêuticas.

A gravidez indesejada é um dos casos frequentes que ocorre nas famílias e que tem
originado muitas patologias como a depressão, suicídio e o número elevado de aborto que
ocorre, por falta de acompanhamento para a gestante e a família. Desta forma a presença de
psicólogo é fundamental na medida em que pode intervir e ultrapassar estas situações.

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Dificuldades ao nível do centro de saúde Nhamaonha

A demanda de pacientes atendidos, em alguns momentos, devido à escassez de


tempo, as intervenções são pouco eficazes por falta de tempo e lugares adequados para
atender um paciente porque existe muitos que estão na fila a espera de ser atendidos.

Aspectos por melhorar ao nível do centro de saúde

Melhorar a sala de APSS/ Psicologia que é pequenas e não tem uma sala
independente, pois partilha o mesmo espaço com a psiquiatria. Os casos de violência sexual
em menos não podiam ser atendidos juntos as consultas pós parto mas sim, podia ter um
gabinete específicos.

Recomendações

Tenho como recomendações para o centro de saúde Nhamaonha a criação de outras


salas especificas para atendimentos psicológicos, porque a demanda da população a ser
atendida em alguns momentos excede a expectativa e o número de funcionário e estudantes
estagiários não corresponde a número de salas, isto em alguns momentos obriga os
funcionários a atender em maior número numa sala com um paciente, juntamente com os
estudantes.

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Referências bibliográficas
1. Fiocruz, K. L. (2015). Transtorno Depressivo. São Paulo. Recuperado aos 26 de
Dezembro de 2023 em https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-
acoes/pro-vida/dicas-de-saude/pilulas-de-saude/depressao-causas-sintomas-
tratamentos-diagnostico-e-prevencao
2. Honorato, T. (2018). Ansiedade e depressão são doenças similares com sintomas
distintos. Brasil. Recuperado aos 03 de janeiro de 2024 em
https://jornal.usp.br/atualidades/transtorno-de-ansiedade-e-depressao-sao-doencas-
extremas-da-mente/
3. Jardim, P. J. (2011). Transtorno do humor depressivo. Rio de janeiro. Recuperado
aos 02 de janeiro de 2024 em https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist
%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/depress%C3%A3o
4. Santos, G. (2020). 5 tipos comuns de Depressão. São Paulo. Recuperado aos 05 de
janeiro de 2024 em https://www.psicologo.com.br/blog/tipos-de-depressao-comuns/

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