Psicologia Experimental (PSI3M)

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FACULDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO NORTE

ANALICE DE ALMEIDA PINHEIRO


HELOYSA DANYARA FONSECA DE AZEVEDO MATOS
PÃMELA SUÉLLY PRAXEDES DE PAIVA FERNANDES

PSICOLOGIA EXPERIMENTAL

MOSSORÓ - RN
2022
PSICOLOGIA EXPERIMENTAL

1. INTRODUÇÃO: A palavra “lúdico” é oriunda do latim ludus, que significa


brincar ou jogar. Teóricos dos séculos XIX e XX, como por exemplo,
Wallon e respectivamente Montessori, Vygotsky e Piaget, em seus estudos
mostram a importância do lúdico na educação, contribuindo assim, para que
o ensino lúdico estivesse incluso no processo de ensino aprendizagem.
Wallon foi o primeiro de sua época a dizer que a aprendizagem não
depende apenas do ensino de conteúdos, mas que são necessários o afeto
e o movimento. Ele defendia a ideia de que é preciso ficar atento aos
interesses das crianças e deixar que fiquem livres para que façam
descobertas e se desenvolvam. As escolas davam muita importância ao
conteúdo e Wallon propõe considerar o ser humano de forma integral.
Introduzindo na rotina das crianças e na vida escolar atividades
diversificadas, como brincadeiras , oficinas e jogos, por exemplo. Maria
Montessori acredita que o importante não é ensinar, mas dar condições
para que a aprendizagem aconteça naturalmente. E o uso de materiais
lúdicos, como brincadeiras, jogos, artesanato é uma aprendizagem de
interação social. Proporcionam o aprender, aprendem fazendo e brincando,
sem ser algo imposto e cansativo. Grande parte da aprendizagem da criança
se dá por brincadeiras e fazeres do cotidiano. A criança deve ser a autora de
sua própria aprendizagem e desenvolvimento. A metodologia do uso do
lúdico valoriza a aprendizagem ativa.
Para Vygotsky (1991) o brincar é essencial para o desenvolvimento
cognitivo da criança, pois os processos de simbolização e de representação
a levam ao pensamento abstrato. De acordo com Vygotsky o conhecimento
é resultado do processo de aprendizagem do indivíduo, para ele a interação
social, ou seja, o momento de mediação, com os outros indivíduos é
importante nesse processo. Seja essa interação de forma direta ou indireta.
Vygotsky também traz que ao ensinar aquilo que a criança já sabe o
educador não está propiciando a aprendizagem , e o mesmo acontece ao
ensinar algo que a criança não é “capaz” de aprender no momento. Para ele
as atividades que garantem um maior aprendizado são aquelas que
envolvem intensamente as crianças, Dessa forma, as brincadeiras, os jogos,
pois atuam com corpo e intelecto.
Piaget também vai trazer em sua teoria que é importante essa interação com
o meio, porém, vai frisar bastante a importância de compreendermos as
fases do desenvolvimento dos indivíduos, que são divididas em sensório
motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. De forma que
para Piaget o brincar também será significativo na aprendizagem, uma vez
que, ao brincar (jogar) as crianças vão está assimilando e transformando a
sua realidade. tendo em vista que nessa brincadeira vai estar havendo um
processo de assimilação e acomodação.
Partindo disso, temos como objetivo em nosso trabalho, propor uma
reflexão tanto as escolas, pais e aos profissionais da educação, sobre o
reconhecimento e os benefícios que as atividades lúdicas e afetivas têm em
relação aos processos de desenvolvimento e ensino da aprendizagem.
Uma vez que teóricos já apontam os benefícios desse tipo de ensino. Então
a pesquisa contribui para um ensino de qualidade, possibilitando uma nova
maneira de se trabalhar em sala de aula, com profissionais mais
preparados socioafetivamente, no qual os alunos vão explorar sua
comunicação se tornando construtores dos seus pensamentos e sua
independência cognitiva
2. HIPÓTESE: Nossa pesquisa busca entender se a utilização do ensino lúdico
e afetivo em sala de aula com crianças no ensino fundamental I, interfere
no processo de interação dos alunos em sala, como aumento na participação,
atenção e interesse do público infantil nesse ambiente escolar.

3. MÉTODO :
3.1 Delineamento de Sujeito Único: O grupo passará por todas as etapas,
ou seja, uso lúdico e afetivo, o segundo momento que é a ausência dessas
ferramentas, no qual vamos fazer uma comparação em qual desses
momentos os sujeitos mostraram maior desempenho, atenção e
envolvimento durante o processo de ensino na sala de aula.
● Variável Independente: O não trabalhar lúdico\afetivo na sala de aula.
● Variável Dependente: Trabalhar com essa didática lúdica\afetiva.
● Variável de Controle: O mesmo professor , idade, ambiente, horário,
mesmos sujeitos, mesma turma.
● Qualitativa : Nosso estudo é uma pesquisa qualitativa, tendo em vista, que
nosso objetivo é compreender se o uso da didática lúdica e afetiva em sala de
aula, apresenta benéficos no tempo de atenção da criança, interesse e
participação em sala de aula.
● N1 = com lúdico\afetivo.
● N2= sem didática lúdica\afetiva.

3.2 População e Amostra:


● Público alvo: Crianças de 6 a 8 anos.
● Amostra: turma do primeiro ano do ensino fundamental.
3.3 Procedimento de Coleta de Dados: Nosso método para coleta de dados é
através da observação das crianças. Nossa pesquisa acontece em uma sala
de aula do ensino fundamental com crianças do primeiro ano, no qual as
mesmas vão estar inseridas em seu ambiente “natural”, porém, vão receber
estímulos diferentes durante o processo da pesquisa. Em primeiro momento,
as crianças vão está em uma sala de aula com o professor trabalhando de
forma “tradicional”, sem estímulos lúdicos, apenas com livros, utilizando o
quadro, slides, no qual o professor vai trabalhar sem demonstrar afeto pelas
crianças, em outro momento, as mesmas crianças e o professor, vão estar
inseridos em outro modo de ensino, com o fazer lúdico em sala de aula, com
brincadeiras, tornando a aprendizagem significativa. Durante esse processo,
através da observação, os pesquisadores vão observar o comportamento das
crianças nos dois modelos de ensino, fazendo a coleta de dados, e
verificando em qual das situações as crianças demonstraram maior interesse,
participação, atenção e de que forma isso interfere no processo de ensino,
uma vez que, vamos constatar em qual das situações houve maior
participação dos discentes.
3.4 Análise dos Dados: Partindo do nosso método de coleta de dados, que se
dar através da observação, vamos trabalhar com a comparação dos dados
coletados e observados por nós pesquisadores, ou seja, vamos fazer a
comparação do comportamento das crianças de uma turma do 1° ano do
ensino fundamental, na Escola Municipal Maria de Lourdes. Em relação a
atenção/interação/participação deles na aula, quando feita a utilização de
objetos/brinquedos lúdicos e didáticos, conversas e brincadeiras, no qual
também será observado o quanto as crianças participam, se interessam e
assimilam bem o conteúdo da aula. Então, para chegarmos a essa conclusão
vamos fazer o estudo com sujeito único, no qual os alunos vão estar em duas
situações diferentes, e sendo observado e comparado o seu comportamento,
perante essas situações. Para que partindo disso, possamos verificar se o
processo de ensino/aprendizagem será mais efetivo ou não com ou sem o
uso desses materiais didáticos. A comparação será feita com a mesma turma
e o mesmo professor, no qual não será utilizado os materiais lúdicos/didáticos
na aula, e sim a metodologia tradicional, onde o professor faz uso de livros,
quadro, explica o assunto e os alunos ouvem passivamente.

4. RISCOS E BENEFÍCIOS : Essa pesquisa apresenta riscos, assim como,


toda pesquisa na qual sujeitos são expostos a estudos e interferência em seu
ambiente, no entanto, a pesquisa mostra maiores benefícios para a
sociedade, uma vez que, esse estudo busca contribuir para um ensino de
qualidade, possibilitando um ensino lúdico em sala de aula, na qual a criança
vai explorar sua comunicação, aumentar sua independência, sensibilidade
visual, auditiva e desenvolvendo as habilidades motoras, atenção, interação.
além de propor as profissionais da educação a reflexão e reconhecimento e
os benefícios que as atividades lúdicas têm. Apesar dos benefícios, há
também os riscos, uma vez que, as crianças e profissionais vão estar
expostas a situações diferentes que podem gerar uma rejeição ao professor,
alguma inquietação em relação ao processo da pesquisa, angústia, tristeza.
No entanto, os pesquisadores garantem a segurança dessas crianças e
profissionais, dando um suporte psicológico, com atividades terapêuticas e
recreativas para amenizar quaisquer riscos.
REFERÊNCIAS:

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos


superiores. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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