Caderno 2º Ano - Ok

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 43

CADERNO DE APOIO

À APRENDIZAGEM
Colégio Estadual Andrelina Eufrázia
de Jesus Reis - CEAJ

CIÊNCIAS HUMANAS
Filosofia * Geografia * História * Sociologia

ANO
COLÉGIO ESTADUAL ANDRELINA EUFRÁZIA DE JESUS REIS
CEAJ ANO 2020/2021

ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS


I CADERNO DE ATIVIDADES
ENSINO MÉDIO 2º ANO

COMPONENTES CURRICULARES
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
FILOSOFIA
SOCIOLOGIA

I CICLO:
SEMANA DE 15 A 20/03/2021.
SEMANA DE 22 A 27/03/2021.

ENSINO REMOTO: TOMANDO TODOS OS CUIDADOS


OREINTADOS PELA OMS – MS – SEC. EST. E MUNICIPAL.

PLANTÕES PEDAGÓGICOS
• DIA 16 TERÇA - XICO DAS 8 ÁS 11H // 13 ÁS 16H // 19 AS 21H.
• DIA 17 QUARTA - CALINE DAS 8 ÁS 11H // 13 ÁS 16H // 19 AS 21H.
• DIA 18 QUINTA - ISRAEL DAS 8 ÁS 11H // 13 ÁS 16H // 19 AS 21H.
• DIA 19 SEXTA - BALBINO DAS 8 ÁS 11H // 13 ÁS 16H // 19 AS 21H.
• DIA 20 SÁBADO - TODOS DAS 8 H ÀS 12H.
• DIA 22 TERÇA - XICO DAS 8 ÁS 11H // 13 ÁS 16H // 19 AS 21H.
• DIA 23 QUARTA - BALBINO DAS 8 ÁS 11H // 13 ÁS 16H // 19 AS 21H.
• DIA 24 QUINTA - ISRAEL DAS 8 ÁS 11H // 13 ÁS 16H // 19 AS 21H.
• DIA 25 SEXTA - CALINE DAS 8 ÁS 11H // 13 ÁS 16H // 19 AS 21H.
• DIA 26 SÁBADO - TODOS DAS 8 H ÀS 12H.

Contatos:[email protected] TEL: (73) 999252445 ZAP

ITAMARATI, IBIRAPITANGA, 15 DE MARÇO DE 2021


HISTÓRIA
Território e Fronteira: Povos originários situados no Brasil e na América
UM NOVO RECOMEÇO: A partir de agora, estaremos juntos iniciando uma nova caminhada com novos
desafios para ambos. Vamos juntos construir uma nova história. Vem conosco.
Vamos descobrir conhecimentos valiosos sobre povos que tiveram grande importância para a formação de nossa
cultura e de nossa identidade.
VAMOS PENSAR UM POUCO: Somos autores e sujeitos de nossas próprias histórias, sendo importante
conhecer, refletir e ampliar a nossa visão crítica sobre os processos históricos, por isso, pense junto conosco:
Como primeiro passo, vamos conhecer o significado de Terra Indígena.
“Terra Indígena (TI) é uma porção do território nacional, de propriedade da União, habitada por um ou mais povos
indígenas, por ele (s) utilizada para suas atividades produtivas, imprescindível à preservação dos recursos
ambientais necessários a seu bem-estar e necessária à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes
e tradições. Trata-se de um tipo específico de posse, de natureza originária e coletiva, que não se confunde com o
conceito civilista de propriedade privada.
O direito dos povos indígenas às suas terras de ocupação tradicional configura-se como um direito originário e,
consequentemente, o procedimento administrativo de demarcação de Terras Indígenas se reveste de natureza
meramente declaratória. Portanto, a Terra Indígena não é criada por ato constitutivo e, sim, reconhecida a partir de
requisitos técnicos e legais, nos termos da Constituição Federal de 1988. Ademais, por se tratar de um bem da
União, a Terra Indígena é inalienável e indisponível, e os direitos sobre ela são imprescritíveis. As Terras indígenas
são o suporte do modo de vida diferenciado e insubstituível dos cerca de 300 povos indígenas que habitam, hoje, o
Brasil.” Terras indígenas: o que é? Fundação Nacional do Índio.
Fonte: www.funai.gov.br/index.php/nossas-acoes/demarcacao-de-terras-indigenas.
AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
1. Iniciando nosso fazer pedagógico, pense, reflita e responda: Segundo o texto, o que é Terra Indígena? Qual é a
importância da demarcação dessas terras? 2. Você tem conhecimento sobre terras indígenas em nosso estado? O
que você sabe sobre a cultura e o modo de vida desses povos? 3. Atualmente os direitos dos povos indígenas à terra
têm sido respeitados? 4. Você sabia que a Constituição Federal Brasileira de 1988, tem um capítulo específico para
tratar dos direitos indígenas? Pesquise o Título VIII, Da Ordem Social, Capítulo VIII, Dos Índios, em seus Artigos
231 a 232. Depois faça um resumo e descreva em seu Diário de Bordo os pontos mais importantes que você
encontrou.
LENDO E APRENDENDO:
O número de indígenas que habitavam o atual território do Brasil antes de 1500 é incerto. Enquanto alguns
pesquisadores sugerem que o território era habitado por cerca de 1 milhão de pessoas, outros calculam que esse
número seria de 6,8 milhões apenas para a região amazônica.
Divididos em diversos povos, esses indígenas foram classificados em dois troncos linguísticos principais: o Tupi e
o Macro-jê, divididos em várias famílias linguísticas que, por sua vez, agrupam várias línguas indígenas diferentes.
Os povos Tupi, pertencentes à família linguística Tupi-Guarani (do tronco tupi), dividiam-se em vários povos,
como os Tupinambá e os Caetés. Mais numerosos do que os povos de qualquer outra família linguística da América
do Sul, eles podiam ser encontrados desde o litoral norte do Brasil até o Rio da Prata, no Sul, assim como em
algumas áreas do interior do continente. Foi com os povos Tupi que os portugueses estabeleceram os primeiros
contatos ao desembarcar nestas terras.
AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
1. Como será que esses índios viviam? 2.Como era sua organização social, econômica, religiosa, guerreira?

Textos complementares: Quem são? Povos indígenas do Brasil


Quem são? Povos indígenas do Brasil.
Fonte: https://pib.socioambiental.org/pt/Quem_s%C3%A3o#Quem_. C3.A9_.C3.ADndio.3F.
Freitas, Eduardo de. Os povos indígenas no Brasil.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/os-povos-indigenas-no-brasil.htm
Bezerra, Juliana. Índios Brasileiros.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/indios-brasileiros/

LENDO E APRENDENDO:
Observe com atenção e analise as imagens a seguir.

FIGURA 01FIGURA 02
O Ritual Antropofágico – costume indígena que horrorizou os europeus – era praticado entre muitos povos Tupi,
como os Tamoio e os Tupinambá. O ritual passava por várias etapas, com grandes banquetes, cantos e danças, das
quais participavam toda a aldeia e o próprio prisioneiro. A antropofagia era uma expressão da importância que a
guerra tinha para os povos Tupi. Comer a carne de um guerreiro inimigo capturado em combate continha um
significado místico arraigado na cultura das comunidades ameríndias: era a maneira de vingar os parentes mortos e
adquirir a bravura e as virtudes dos guerreiros capturados. Entretanto, há pesquisa historiográfica que afirma não ter
havido esse tipo de ritual aqui no Brasil. Pesquise mais sobre o tema e aplique seu conhecimento sobre a
antropofagia utilizando os links disponibilizados em textos.
Fonte: https:// aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almana-que/hans-staden-um-ale-mao-no-ritual-canibal--dos-
tupinambas.phtml.
Povos originários situados na América Alguns povos originários situados na América formavam comunidades
bastante organizadas, que viviam em grandes centros urbanos. Esses povos haviam se desenvolvido em duas áreas
distintas: a Mesoamérica, que compreendia terras dos atuais México e América Central, onde surgiram diversas
civilizações, como a maia e a asteca; e a região andina, que compreendia os territórios dos atuais Equador, Peru,
Bolívia, norte do Chile e oeste da Argentina, na qual floresceram várias culturas, como a inca.
Mapa 1 – Civilizações da Mesoamérica

MAIAS – senhores do tempo A chamada civilização maia desenvolveu-se entre os séculos III e X, no atual
território do México (especialmente na Península de Yacantán) e em algumas regiões da América Central. Os
maias estavam organizados em cidades-Estado independentes, entre as quais se destacaram Palenque, Tikal,
Chichén-Itzá e Copán.
Fonte:http://alunosdohelvio.blogspot.com/2011/09/os-maias-senhores-do-tempo.html.
Fonte:https://super.abril.com.br/historia/como-os-maias-sabiam-tanto-sobre-astronomia/
A sociedade maia estava dividida, de maneira geral, em dois grandes grupos: a população comum, que se ocupava
principalmente da agricultura, e os setores privilegiados, formados pelos governantes, guerreiros e sacerdotes. Os
principais registros dessa civilização estão na arquitetura, na pintura, na escultura e nos diversos textos
hieroglíficos deixados em estelas, códices, cerâmicas etc., que ainda não foram totalmente decifrados pelos
pesquisadores. Sabemos que os maias possuíam conhecimentos em diversas áreas e deixaram importante legado
para a humanidade. Pesquise um pouco mais sobre essa importante civilização, ampliando assim seus
conhecimentos. Os Astecas, foram outra importante civilização encontrada pelos espanhóis quando chegaram à
América no século XVI. Formando um poderoso Império, os astecas souberam absorver a cultura de outras
civilizações que habitaram a Mesoamérica: dos maias, por exemplo, apropriaram-se de conhecimentos em
astronomia e matemática; e dos Olmeca, de técnicas de construção de grandes edifícios, principalmente religiosos.
Do ponto de vista político, o Imperador asteca, ou hueytlatoani (grande orador), era quem comandava as tropas,
decidia questões de justiça e tinha influência nos assuntos religiosos. As cidades-Estado submetidas aos astecas
formavam uma confederação em que podiam manter suas dinastias tradicionais, mas subordinavam as questões
religiosas e econômicas ao controle do imperador. Outras informações importantes dizem respeito à sua
organização social, econômica, religiosa, cultural e atividades guerreiras. Mantendo-se na trilha, procure conhecer
um pouco mais sobre esse Importante Império. Para isso você deve utilizando seu livro didático pesquisar em
outras fontes.

INCAS – filhos do Sol – O Império Inca, o mais extenso da América pré-colombiana, surgiu no século XII, nas
terras em torno do núcleo quíchua de Cuzco, no Peru, e expandiu-se em várias direções. Viviam cerca de 15
milhões de habitantes num território que abrangia terras dos atuais Peru, Equador e Bolívia. Formado por diversos
povos, predominantemente por aqueles que falavam a língua quíchua, o Império constituía uma monarquia
teocrática, na qual o governante, o inca (ou Sapa Inca) era considerado descendente direto do Sol e adorado como
um deus. Ele era, ainda, legislador e o comandante supremo do Exército. Podia ter várias mulheres, além de coya, a
esposa principal, escolhida entre suas irmãs. No Império Inca, a agricultura era a principal atividade econômica, e o
trabalho dos camponeses sustentava diretamente os setores privilegiados: a nobreza local, os funcionários, a família
do Imperador e o próprio Imperador. Já em termos culturais, os incas destacaram-se como hábeis construtores de
estradas e de cidades, com destaque para Cuzco e Machu Picchu.
Muitos outros aspectos caracterizaram esse poderoso Império. Busque conhecer um pouco mais sobre esse povo
notável, sua organização social, econômica, religiosa, política, guerreira etc. Você irá se surpreender! Você já ouvir
falar sobre o quipo e a quinoa? Pesquise e descobrirá que dizem respeito à fascinante cultura Inca. Outros povos
originários muito interessantes também habitaram os territórios hoje conhecidos como a América do Norte. É
importante estudá-los para entender como conseguiam sobreviver em ambientes muitas vezes inóspitos e
desafiadores.
Segue abaixo alguns links para auxiliar seus estudos.
Fonte: https://cursoenemgratuito.com.br/civilizacoes-pre-colombianas-historia-enem/.

Fonte:https://www.google.com/search?q=fotos+da+civiliza%C3%A7%C3%A3o+inca&sxsrf=ALeKk02HqfPdZoESkMQkft_KA0s4YFowA:16151
43630467&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=-2pEmu37hPLX-M%252CSIiI2mAyHg6_bM%252C_&vet=1&usg=AI4_-
kQU8HpT9oWSuKh7MthDzDPN9pG6Kw&sa=X&ved=2ahUKEwivuOvy7p7vAhVJILkGHcVXC2sQ9QF6BAgOEAE&biw=1353&bih=608#imgrc=
Oun9nrtxjp7zmM

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Hz-xEREI-0A(VÍDEO AULA TRILOGIA)

Fonte: https://pt.slideshare.net/mariafimgomes/astecas-maias-e-incas?qid=48984832-9c8e-40a6-bd07-
bcefa439c4ad&v=&b=&from_search=7(SLIDE)

Textos complementares:
Como eram os rituais de canibalismo dos índios brasileiros?
Fonte:https://super.abril.com.br/historia/como-eram-os-rituais-de-canibalismo-dos-indios-brasileiros.
Canibalismo dos Tupinambás.Fonte:https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/canibalismo-dos-tupinambas.htm.
Vídeos Complementares: Astecas, Maias e Incas. Fonte: https://www.youtube.com/watch? v=sDF2EBS4OYg.
Povos pré-colombianos: Incas, Astecas e Maias. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=icjBhHynWsE.
Civilizações Pré-colombianas. Incas, Maias e Astecas. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=4IKJM17ExiI.
Povos indígenas da América do Norte. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=unS1OPmvNP8.
Os nativos da América do Norte.Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=_388d-5JpPM.

AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
1. Na sua visão, o que mais contribuiu para a dizimação da cultura indígena? 2. Nas fotos acima, retrata a
religiosidade desses povos. Faça um comentário sobre essa passagem antropofágica da nossa história, do seu
ponto de vista cultural. 3. Qual das três sociedades você acha mais interessante? Por quê? 4. Por que a cultura
inca é tão misteriosa? Comente. 5. Você pretende conhecer alguma cultura andina? Qual? Por quê?

CRIATIVIDADE: Agora que você já tem um bom conhecimento das culturas andinas, faça um
“QUADRO COMPARATIVO” com as três culturas, enfatizando: Formação da sociedade – religião
–economia – política – costumes – legado deixado para a nossa atualidade.

VAMOS BOTAR PRA FERVER?


Após as leituras e suas análises sobre os Povos originários situados no Brasil e na América que tal você pensar
em gravar um vídeo sobre uma das sociedades estudas, trajando o figurino de um cidadão da época e RELATAR,
segundo a sua visão o que essa SOCIEDADE deixou para a contemporaneidade. Depois, troque esses vídeos com
seus colegas. Pense nisso. SERÁDEMAAAISSSS!!!
UM MOMENTO PARA REFLETIR
Olha quanto conhecimentos tivemos acesso nessa caminhada! Você está arrasando nessa nova etapa da vida de
todos nós. Quero te convidar a refletir sobre seu próprio percurso. Afinal, refletir sobre as nossas experiências nos
torna capazes de trilhar novos caminhos de forma mais madura e segura, além de nos ajudar no planejamento de
novos desafios e na tomada de decisões importantes para nossa vida. Para isso, peço que responda apenas algumas
perguntas em seu caderno e/ou bloco de anotações.

• Você reservou um tempo para realizar esta atividade? Se reservou, conseguiu realizar esta atividade no
tempo programado? Se considera preparado para discutir, respeitando os pontos de vista do outro e
principalmente das culturas andina?PARABÉNS!!!!!

Território e Fronteira: A África no período moderno – Reinos sudaneses, iorubás e povos bantos
UM NOVO RECOMEÇO: A partir de agora, estaremos juntos iniciando uma nova caminhada com novos
desafios para ambos. Vamos juntos construir uma nova história. Vem conosco.
Vamos continuar na mesma pegada, falando mais objetivamente sobre aÁfrica no período moderno – Reinos
sudaneses, iorubás e povos bantos com uma viagem incrível ao mundo Africano no período moderno para
conhecermos um pouquinho mais sobre esses Reinos.
LENDO E APRENDENDO: Somos autores e sujeitos de nossas próprias histórias, sendo importante conhecer,
refletir e ampliar a nossa visão crítica sobre os processos históricos, por isso, pense junto conosco:
Nosso primeiro passo nesta trilha é conhecer um pouquinho o que traz nossa Constituição Federal de 1988 no seu
Art. 5º, quando esclarece que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...]
VI – é inviolável a liberdade de consciência e a de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias [...].”
AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
Iniciando nossa atividade pedagógica, pense e responda: 1. Apesar de a Constituição brasileira assegurar a
liberdade religiosa, os seguidores das religiões de matriz africana ainda são vítimas de perseguição e de
preconceito. Em sua opinião, por que será que isso ocorre? 2. Que atitudes devem ser tomadas para garantir que os
cidadãos brasileiros não sejam perseguidos por suas convicções religiosas? 3. Os números referentes às pessoas
reclusas em penitenciárias, vítimas de homicídios, analfabetos e recebendo menores salários são sempre maiores
para os negros do que para outras etnias. Em sua opinião, o que leva a isso?
LENDO E APRENDENDO:
Texto 1 – O componente africano na formação do Brasil
Conhecer a história dos povos africanos ajuda a compreender melhor a formação do povo brasileiro. Sabemos que
os negros africanos tiveram importante papel na formação da nossa cultura. Estima-se que, entre os séculos XVI e
XIX, cerca de 10 a 12 milhões de africanos escravizados foram trazidos para o nosso continente, aproximadamente
4 milhões deles para o Brasil. Os navios negreiros que aqui chegaram traziam mais do que braços escravos para
trabalhar. Em seus porões, viajavam também culturas, idiomas e religiões que, na América, foram reelaborados
pelos contatos estabelecidos entre as diversas etnias africanas, os povos indígenas e os europeus. Com as
experiências vividas em solo brasileiro, os africanos recriaram sua identidade, evocando sua história e mesclando
elementos culturais de distintos pontos da África.
Ligada à América pelo oceano, a África atlântica foi o local de origem da maioria dos homens e das mulheres que
vieram para o Brasil na condição de escravos, sobretudo originários da região situada entre os atuais Senegal e
Angola. Arrancados de sua comunidade e privados de liberdade, esses africanos eram originários, principalmente,
de dois grandes grupos linguísticos, sudanês e banto. Passaram a viver no mesmo território, mesclando línguas,
costumes e religiões e unindo forças para lutar contra a escravidão. Exemplo dessa cultura de resistência foram os
quilombos bantos formados no Brasil. As trocas culturais feitas no Brasil não se restringiam às comunidades
africanas. Elas foram incorporadas ao modo de ser do brasileiro, às palavras, na sonoridade da língua, à música etc.
Aqui, os africanos e seus descendentes criaram expressões culturais novas que deram origem, por exemplo, ao
samba, à capoeira, ao candomblé, às congadas, ao maracatu, entre tantas outras expressões culturais que são parte
de nossa identidade e constituem a cultura afro-brasileira. Para aprofundar essas informações, acesse a obra
História da África e Relações com o Brasil. Fonte:http://funag.gov.br/biblioteca/download/Historia_da_Africa.pdf.
Para compreender a composição dessa identidade, é importante compreender também a história da África ou, ainda,
suas histórias, já que a África é um continente imenso e bastante heterogêneo. Você já ouvir falar sobre a congada?
E o maracatu, sabe o que é? Pesquise e descobrirá que se trata de elementos bem interessantes da cultura afro-
brasileira. Mantenha-se na trilha e amplie seus conhecimentos acessando os textos e vídeos complementares
indicados. Outra coisa importante, é saber que os Europeus tinham seu próprio olhar sobre a África. Mas como
seria esse olhar? Desde a antiguidade, os europeus tinham notícias sobre a África que era chamada de Etiópia (em
grego, “terra dos homens de pele negra”). Contudo, os relatos que chegavam dos viajantes eram vastos e muitas
vezes imbuídos de estranhamento. Durante a Idade Média, o cristianismo ajudou a reforçar o imaginário negativo
dos europeus em relação aos africanos. Figuras demoníacas eram sempre representadas com a pele negra, e as
condições climáticas do continente eram associadas a deformidades físicas e morais. Outras características e
desinformações faziam com que os europeus tivessem uma visão muito deturpada sobre a África e os africanos.
Pesquise em outras fontes e tente montar um quadro descritivo da África e de seus povos.

Vídeos complementares:
África dos grandes Reinos e Impérios. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ICPBpaldsyk. Idade Média: Reinos Africanos. Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=iLjq_5uy4AA. África antes do século XV – História. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=hSDhPrM
7D. Um olhar europeu sobre a África. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=8tJIaF_cmAo. Colonização europeia da África no século
XIX e o tratado de Berlim. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Cv0Yh-GuVc8. A África e os Africanos antes dos Europeus. Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=puoHJd9aZ-g.

Textos complementares:
8 grandes impérios africanos que você provavelmente não conhece! Fonte:
https://history.uol.com.br/microsite/raizes/news/oito-grandes-imperios-africanos-que-voce-provavelmente-nao-conhece.A história dos
impérios africanos. Fonte: https://super.abril.com.br/historia/a-historia-dos-imperios-
africanos/.

AGORA É COM VOCÊ:


1. Se a nossa identidade é constituída pela fusão das três etnias: europeia – africana e indígena, por que muitos de
nós insiste em valorizar uma mais que a outra? Comente. 2. Na sua visão, foi justo arrancar os africanos de sua
morada sem direito algum e ainda sofrer as humilhações históricas? Comente. 3. Como você acha que viviam os
africanos antes da terrível invasão europeia? Comente. 4. Por que existem tanto preconceito e discriminação para
com as etnias africana e indígena em nosso país? Dê a sua opinião com fundamentos.
LENDO E APRENDENDO:
Texto 2 – A África antes dos europeus
Convencionou-se chamar a fase da história do continente africano compreendida entre os séculos IX e XIX de
África pré-colonial. Ao longo desse período desenvolveram-se sociedades diversas, com organizações econômicas,
políticas e culturais específicas, línguas, hábitos e costumes diferentes. Povos nômades que se dedicavam ao
comércio conviveram com povos sedentarizados que constituíram aldeias, cidades e impérios. Reinos Sudaneses-
Os povos ao norte e ao sul do Deserto do Saara estabeleceram diversas rotas comercias. A partir do século VII, os
árabes penetraram no norte da África e movimentaram ainda mais essas rotas. A região subsaariana do continente
era conhecida pelos árabes como Sudão (terra dos negros) e engloba os Reinos de Gana, Mali e Império Songhai.
Fonte:http://blog.editoracontexto.com.br/as-sociedades-africanas-da-africa-ocidental-historia-e-cultura-afro-
brasileira/.Reinos Iorubás - Os povos iorubás compartilhavam língua e cultura semelhantes e habitavam a região
sudoeste da atual Nigéria. Eles constituíram sociedades tipicamente urbanas, com economias diversificadas e
ofícios especializados. Esses povos criaram importantes microestados e reinos, caso da cidade-Estado de Ifé e do
Reino do Benin.Fonte: https://historianaveia.files.wordpress.com/2013/02/aula-3-os- -reinos-africanos-ii.pdf. 07
Povos Bantos - Os povos bantos são parte de um grupo linguístico que se formou há milhares de anos na região
das províncias hoje conhecidas como Katanga e Kasai, na República Democrática do Congo. Aproximadamente em
1000 a.C., os bantos começaram a migrar para o centro-sul do continente, atuais regiões de Angola, Congo,
Camarões, Gabão, Uganda, Namíbia, Zâmbia, Moçambique, Botsuana e Zimbábue.
Fonte: BRAICK, Patrícia Ramos, RAMOS, Myriam Becho Mota. História: das cavernas ao terceiro milênio. 4. ed. – São Paulo: Moderna, 2016.
Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=BEpA8OI18cc(VÍDEO AULA – IORUBÁ - ORIXÁS)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Gc5K0KQdU00(VÍDEO AULA – BANTO)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=nrTt2yh3wZ0(VÍDEO AULA – SUDANESES)
Fonte:https://pt.slideshare.net/gislainegeografiahumanas/a-formao-do-povo-brasileiro?qid=a5e21b85-7a63-4727-a8f6-
d7c0659bff6a&v=&b=&from_search=4(SLIDE – A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO)
Fonte: https://pt.slideshare.net/historiando/os-iorubs?qid=c8bb2f65-d1f8-475e-89b1-a98e6ba8cd0d&v=&b=&from_search=8 (SLIDE –
OS IORUBÁS)

VOCÊ SABIA?O continente africano é o 3° maior do mundo, sua superfície cobre mais de 20% da área do
planeta. Com 54 países, 3 mil línguas nativas e 1,2 bilhão de habitantes, a África é extremamente complexa e
diversa. Entretanto, dos 30 países mais pobres do mundo, pelo menos 21 são africanos. A professora de História da
África da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Leila Leite Hernandes, esclarece por que a
região é tão simplificada e negligenciada quando vista pelos olhos da América e da Europa. Ela explica que até a
divisão territorial desses 54 países teve grande influência europeia.
AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
CRIATIVIDADE: Agora que você está mais inteirado sobre esses três Reinos, que tal fazer um MAPA
COMPARATIVO, elencando os aspectos: sociedade, economia, política, culturais, religião,línguas, hábitos e
costumes. SERÁ MARAVILHOSO!!!! VAMOS LÁ!!!

VAMOS BOTAR PRA FERVER?


Após as leituras e suas análises sobre os REINOS AFRICANOS E AS SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A
FORMAÇÃO DA NOSSA IDENTIDADE, pesquise sobre as últimas notícias envolvendo a situação dos povos
negros no Brasil.
1. Em que estado mais acontece as discriminações e preconceitos contra a nossa etnia no Basil? Por quê? 2. Como a
justiça brasileira age diante desses absurdos? 3. Na sua visão, qual a verdadeira raiz de todos esses ataques contra
essa etnia? Comente. 4. Você se sente agredido quando ocorre um fato discriminatório ou preconceituoso para com
a sua etnia? Comente.
AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).

CRIATIVIDADE: Que tal fazer uma leitura da canção abaixo relacionada e GRAVAR UM VÍDEO dando a
sua VISÃO? VAMOS LÁ!!! Música - Canto para o Senegal - Banda Reflexu's.

UM MOMENTO PARA REFLETIR


Olha quanto conhecimentos tivemos acesso nessa caminhada! Você está arrasando nessa nova etapa da vida de
todos nós. Quero te convidar a refletir sobre seu próprio percurso. Afinal, refletir sobre as nossas experiências nos
torna capazes de trilhar novos caminhos de forma mais madura e segura, além de nos ajudar no planejamento de
novos desafios e na tomada de decisões importantes para nossa vida. Para isso, peço que responda apenas algumas
perguntas em seu caderno e/ou bloco de anotações.

• Você reservou um tempo para realizar esta atividade?


• Se reservou, conseguiu realizar esta atividade no tempo programado?
• Considera que a caminhada te ajudou a fazer uma leitura mais crítica sobre a situação do índio em nossa
sociedade, assim como os irmãos dos três Reinos Africanos? Você poderia afirmar que o nosso país está
avançando no tocante a derrocada dos preconceitos e discriminações para com essas etnias ou só tem
aumentado a cada dia, apesar de tantas lutas e leis criadas para coibir essas atrocidades? Faça uma reflexão
e se prepare para enfrentar o cotidiano.

Território e Fronteira: Colonização da América Portuguesa – montagem da


estrutura política, administrativa e econômica

UM NOVO RECOMEÇO: Vamos continuar juntos nessa nova caminhada com novos desafios para ambos.
Vamos juntos construir uma nova história. Vem conosco.
Vamos agora falar sobre a colonização da América Portuguesa, ampliando a nossa compreensão sobre o processo
de colonização das terras brasileiras. Nos mares e oceanos vamos conhecer a chegada dos portugueses na América,
afinal “navegar é preciso, viver não é preciso…” (Fernando Pessoa).Rumboooraaaaa!!!!
AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
Afinal, como os portugueses chegaram na América? Seja sincero!!!!
1. Para você, os portugueses descobriram ou acharam a América? Justifique. 2. Qual a primeira imagem que vem a
sua cabeça quando ouve a palavra “colonização”? Resuma sua ideia em duas frases.

LENDO E APRENDENDO:LEITURA VISUAL - FOTOGRÁFICA

Fonte:https://docs.ufpr.br/~lgeraldo/imagensengenhos.html (1ª e 2ª foto)


Fonte:https://blogdoenem.com.br/sociedade-acucareira-brasil-colonial/ (3ª foto)

AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
1. Que lugares representam as figuras? 2. Quem são essas pessoas que estão trabalhando? 3. Que atividades
elas estão fazendo? 4. Que período histórico essas imagens representam? 5. Em que região do Brasil era
comum a prática dessa atividade? 6. Para você, o que os pintores queriam demonstrar ao pintar cada
quadro? 7. Descreva as três cenas e diga qual a principal atividade econômica representada.
LENDO E APRENDENDO:
Brasil Colônia é o período que se estende de 1530, com a missão “exploradora” de Martim Afonso de
Souza, a 1815, quando o então Estado do Brasil tornou-se Reino de Portugal, Brasil e Algarves. Foi
durante esses anos que grande parte da extensão territorial que o Brasil tem hoje foi conquistada por
meio de diversos conflitos com tamoios, tupinambás, espanhóis, holandeses, franceses, entre outros
povos.
O Período Pré-Colonial diz respeito aos anos que antecederam a missão “colonizadora” chefiada por Martim
Afonso de Souza (administrador colonial português) em 1530. Após a chegada da expedição marítima portuguesa,
liderada por Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500, nas terras que, posteriormente, viriam a ser chamadas
de Brasil, Portugal passou a ocupar pequenos pontos isolados na costa marítima brasileira.
Um grupo de cristãos-novos (judeus convertidos ao cristianismo e seus descendentes) recebeu o monopólio de
extração do pau-brasil, mas se limitou ao envio de apenas quatro expedições exploradoras com o objetivo de fazer
o reconhecimento e mapeamento do território “descoberto”.
Ainda sem nome, a terra passou a ser chamada, nas cartas de Pero Vaz de Caminha e Mestre João, escritas em 1º
de maio de 1500, de Vera Cruz. Outros nomes surgiram depois, como Terra dos Papagaios e Santa Cruz. O
nome Brasil começou a aparecer em fontes a partir de 1512 e, posteriormente, acabou oficializando-se, sobretudo
após 1530, com a nomenclatura “Estado do Brasil”.
Com a tomada de Constantinopla e também com as ameaças das pretensões de colonização francesa nos territórios
do sul da América, Portugal iniciou, a partir de 1530, missões específicas com o objetivo de demarcar seu território
e instalar uma administração colonial. Martim Afonso de Souza foi o responsável pela primeira expedição nesse
sentido.
Em 1534, houve a tentativa da transplantar o sistema de capitanias hereditárias, que, na época, era adotado na
pequena Ilha de Madeira, a sudeste da costa portuguesa. Assim, o território brasileiro foi dividido em 14 capitanias,
que, por sua vez, dividiam-se entre membros da nobreza de confiança do rei português D. João III. Porém, o
modelo não obteve muito sucesso, durando apenas 16 anos. Apenas duas capitanias destacaram-se: a de
Pernambuco e a de São Vicente (hoje São Paulo), onde de fato se iniciou um processo de colonização.
Havia uma grande dificuldade de administrar a colônia e os ocupantes que nela se estabeleciam. A Coroa
portuguesa entendia a necessidade de instalar um corpo administrativo que pudesse organizar de perto toda a
imensa extensão territorial que se formava como posse do Império Português, sobretudo após o fracasso do sistema
de capitanias.
Foi nesse contexto que, em março de 1549, Tomé de Sousa aportou no litoral brasileiro com a missão de
desempenhar uma série de funções administrativas, como defesa, estímulos à produção agrícola, relacionamento
com os indígenas e a fundação de uma capital colonial – designada, na época, como São Salvador da Bahia de
Todos os Santos, atual Salvador. Tomé de Sousa assumiu o cargo de governador-geral.
O açúcar foi a primeira grande riqueza produzida em terras brasileiras. Durante meados do século XVI e XVII,
tornou-se a principal fonte de riqueza da colônia. O sistema que implementou a produção em massa da cana-de-
açúcar ficou conhecido como plantation, conciliando a monocultura, os solos férteis e a mão de obra escrava.
As primeiras mudas teriam vindo com Martim Afonso de Souza e foram plantadas em seu engenho em São
Vicente. Contudo, as regiões que mais concentraram a produção de açúcar estavam no Nordeste brasileiro,
sobretudo Bahia e Pernambuco.
Foi nesse período que surgiram os senhores de engenho, donos de grandes propriedades de terra, os latifúndios,
que também são característicos desse tipo de produção. Outro fator de destaque foi a larga utilização de mão de
obra escrava para produção de açúcar.
Nesse período, mais especificamente durante o século XVII, os holandeses investiram na tentativa de colonização
no Brasil, o que resultou nos maiores conflitos do Brasil Colônia. Após a expulsão definitiva dos holandeses, em
1654, eles se instalaram na região das Antilhas, onde passaram a produzir um açúcar extremamente competitivo,
atingindo diretamente o comércio exterior português. Isso produziu uma crise no ciclo do açúcar, que se somou à
descoberta, no final do século XVII, de ouro.
Fonte:https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/brasil-colonia.htm
Dessa forma, o Brasil começa a se desenhar enquanto sociedade sob um contexto no qual predomina a produção
voltada para o mercado exportador e, na condição de colônia, estava enfadado a olhar para fora, sendo que o
improviso, o descompromisso e o provisório eram pensamentos que inviabilizavam o surgimento de uma
organização social de fato sólida, de fato com uma ‘alma nacional’.
Para este empreendimento em termos de trabalho, lançou-se mão do escravismo, escolha esta que se justifica pelo
forte e rentável tráfico negreiro já praticado por Portugal desde outros tempos. A presença da escravidão deixará
suas marcas ao longo da montagem da estrutura da sociedade brasileira, e sua presença se explica por conta deste
sentido da colonização, uma vez que é parte integrante deste. Assim, a colonização do Brasil toma o aspecto de
uma vasta empresa comercial, voltada à exploração dos recursos naturais de um território virgem em proveito do
comércio europeu. Segundo Prado, este seria o “verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma
das resultantes; ele explicará os elementos fundamentais, tanto no econômico como no social, da formação e
evolução histórica dos trópicos americanos” (Ibidem, p.28).

Logo, a ocupação do território brasileiro não se fez em nome da construção de uma nova sociedade com interesses
próprios, nacionais, mas sim para o alcance de interesses de fora, da metrópole, daqueles que aqui não viviam, mas
que se beneficiavam do comércio. Assim, “é com tal objetivo, exterior, voltado para fora do país e sem atenção a
considerações que não fossem o interesse daquele comércio, que se organizarão a sociedade e a economia
brasileiras” (Ibidem, p. 29).

Fonte:https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/qual-sentido-
colonizacao.htm#:~:text=N%C3%A3o%20se%20tratou%20apenas%20de,%C3%A1rabes%20que%20dominavam
%20o%20com%C3%A9rcio

No decorrer do processo de colonização do Brasil, observamos que a economia baseada no latifúndio, na


monocultura, na exportação e na mão-de-obra escrava foi predominante durante todo esse período. O mais claro
exemplo onde contemplamos esse tipo de experiência econômica está presente na economia açucareira
desenvolvida desde o século XVI.

De certa forma, esse modelo de desenvolvimento econômico impediu a diversificação da economia brasileira. O
Brasil conviveu historicamente com a formação de pequenas elites agroexportadoras responsáveis por subjugar
todo espaço de exploração econômica do país a um modelo visivelmente limitador. Conforme alguns historiadores,
esse seria o principal “sentido da colonização” brasileira.

No entanto, o interesse exploratório da metrópole lusitana e a demanda interna dos colonos possibilitaram o
aparecimento de outras atividades econômicas. Também conhecidas como atividades complementares ou
secundárias, tais modalidades de empresa foram responsáveis pela dinamização econômica e a ampliação dos
territórios coloniais. As primeiras atividades complementares implementadas na colônia foram o cultivo da
mandioca e atividades pecuaristas. A mandioca era um item alimentar primordial entre os colonos, principalmente
os escravos. Sua importância era tamanha que a Coroa Portuguesa chegou a exigir que parte das terras dos senhores
de engenho fosse destinada a esse tipo de cultura. Muitos deles não aceitavam perder recursos e mão-de-obra nesse
tipo de atividade, tendo em vista os melhores lucros obtidos na exploração açucareira.

A pecuária típica nas regiões nordeste e sul trouxeram o surgimento de outras classes sociais e a ampliação dos
territórios coloniais. No Nordeste, o gado era criado em regiões fora das áreas de plantação açucareira. Criado de
forma livre, o gado avançou em regiões do Maranhão, Ceará e ao longo do Rio São Francisco. No Sul, as pradarias
gaúchas também propiciaram o desenvolvimento da atividade pecuarista, que atingiu seu auge com o comércio do
charque destinado às regiões mineradoras.Além de abastecer as populações coloniais, a pecuária também
representou um peculiar instrumento de mobilidade social. Ao contar com brancos não-proprietários de terras,
mestiços e mulatos a pecuária remunerava-os com parte dos restos das tropas de gado. De tal maneira podiam
usufruir de uma melhor condição financeira.

Na região do Recôncavo Baiano, o fumo era plantado por pequenos lavradores que comercializavam a produção
obtida com a metrópole portuguesa. Tal atividade era de suma importância na realização do escambo entre as tribos
africanas que aprisionavam os escravos a serem comercializados no Brasil. A produção de aguardente e rapadura
foram outras duas atividades que também se desenvolveram com esse mesmo intuito.O algodão, que era primordial
para a confecção da vestimenta dos escravos, também passou a entrar na pauta de exportações da economia
colonial. O advento das primeiras manufaturas e a posterior consolidação da indústria têxtil européia foi
responsável pela inserção do algodão entre as atividades de interesse da metrópole.

Por fim, a extração das drogas do sertão foi outro importante ramo da economia colonial. Ervas aromáticas, plantas
medicinais, cacau, canela, baunilha, cravo, castanha e guaraná eram buscados pelos bandeirantes que circulavam as
regiões do interior do Brasil e a região amazônica.

Tais artigos eram consumidos no mercado europeu para o uso alimentício e medicinal.Ao mesmo tempo em que
essas atividades possibilitaram o alargamento das fronteiras coloniais, principalmente com a União Ibérica (1580 –
1640) e a invalidação do Tratado de Tordesilhas, demonstraram como a economia e a sociedade colonial não
sobreviveram somente à custa do controle e das determinações do pacto colonial.

Fonte:https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/atividades-complementares-economia-colonial.htm
Fonte: https://blogdoenem.com.br/sociedade-acucareira-brasil-colonial/
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=lpbyx9O8PP0 (VÍDEO AULA)
Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=6xFgUphkggw (VÍDEO AULA)

AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
Vamos testar então se você sacou tudo isso mesmo ou está só tirando onda?
1. Por que Portugal não teve interesse em colonizar o Brasil logo ao chegar em nossas terras? 2. Quanto
tempo durou o período pré colonial e quais os acontecimentos que fizeram com que Portugal acelerasse a
“colonização”? 3.O que foi as Capitanias Hereditárias e por que esse sistema não deu certo?4. Quem foi
Tomé de Souza e quais as medidas tomadas por ele para tentar alavancar a economia brasileira na época?
5.Qual foi o nosso primeiro produto a ser comercializado e o que ocorreu para que ele perdesse mercado?
Comente. 6. A economia brasileira era baseada no latifúndio, na monocultura, na exportação e na mão-de-
obra escrava. Na sua visão, o que faltou para que o Brasil tivesse sucesso comercial naquela época?
Comente. 7. Qual o sentido da colonização brasileira, segundo os historiadores? Comente.

CRIATIVIDADE: Agora que você está inteirado sobre a COLONIZAÇÃO BRASILEIRA, faça um
QUADRO DEMONSTRATIVO elencando as ações desenvolvidas pelo governo, no sentido de
desenvolver as REGIÕES BRASILEIRAS: NORTE – SUL – RECÔNCAVO E SERTÃO.

CRIATIVIDADE: Que tal GRAVAR UM VÍDEO curto de no máximo 3 minutos para externar a sua
posição do SISTEMA GOVERNO ATUAL? Somos República Presidencialista. Depois, poderia enviar
a seus colegas (interação do saber). A sua opinião é importantíssima.

VAMOS BOTAR PRA FERVER?


Agora que você já tem um vasto conhecimento do nosso Brasil, analise essa canção de NORDESTE
INDEPENDENTE – ELBA RAMALHO. Faça um texto dissertativo expressando a sua visão. Eu quero ver você
ARRASARRRR!
UM MOMENTO PARA REFLETIR
Olha quanto conhecimentos tivemos acesso nessa caminhada!Afinal,refletir sobre as nossas experiências nos torna
capazes de trilhar novos caminhos de forma mais madura e segura.

• Você reservou um tempo para realizar esta atividade?


• Se reservou, conseguiu realizar esta atividade no tempo programado?
• Faça um resumo mental de tudo que estudou e responda para você mesmo: Você acredita que o nosso
Brasil tem solução? SIMBOOOOORAAA!!
Território e Fronteira: A força de trabalho escrava no Brasil Colonial – africanos e indígenas;
Formas de Resistência à Escravidão – entre a negociação e o conflito.
UM NOVO RECOMEÇO: A partir de agora, estaremos nessa nova caminhada com novos desafios para
ambos. Vamos juntos construir uma nova história. Vem conosco.
Vamos conhecer mais sobre o trabalho escravo no Brasil colonial e as diversas formas de resistência dos negros e
povos originários. Vamos descobrir narrativas históricas que nos levam às matas e aos quilombos, onde os povos
indígenas e africanos nos deram grandes exemplos de lutas e resistências. Preparados para mais esta aventura?
AGORA É COM VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
1. Para você, por que a maioria das pessoas mais pobres no Brasil, ainda nos dias de hoje, são negras? Justifique. 2.
Formas de Resistência à Escravidão – entre a negociação e o conflito. 2 Você conhece alguma característica da
cultura dos brasileiros que têm origem nos povos indígenas? Enumere cinco exemplos. (Pode ser comida, palavras,
costumes do cotidiano, contos, etc.).
LENDO E APRENDENDO: Somos autores e sujeitos de nossas próprias histórias, sendo importante conhecer,
refletir e ampliar a nossa visão crítica sobre os processos históricos.
LEITURA VISUAL - FOTOGRÁFICA

Fonte: http://brasilianafotografica.bn.br/?p=1379(FIGURA 01)


Fonte: https://www.significados.com.br/cultura-afro-brasileira/ (FIGURA 02)
Fonte: https://www.picuki.com/media/2493773808387651874 (FIGURA 03)

AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
1.Quem são essas pessoas? 2. Que atividades elas estão fazendo? 3. Quais habilidades e tecnologias podemos
conhecer a partir dessas imagens? 4. Que período histórico essas imagens representam? 5. Que tipos de adereços e
vestimentas eles estão usando? 6. Para você, o que os pintores queriam demonstrar ao pintar cada quadro destes? 7.
Descreva as três cenas e diga se essas pessoas parecem tristes ou animadas. Justifique todas as questões.
LENDO E APRENDENDO: A mão de obra na colonização
Presente em diversas civilizações ao longo da história, a escravidão é uma das modalidades mais antigas de
exploração do homem pelo homem. Tendo chegado à Idade Moderna, a escravidão se caracterizou como a base da
economia de muitas regiões. No continente africano, principal fornecedor de escravos do período, aprisionar os
inimigos derrotados e explorá-los no cativeiro era prática amplamente utilizada pelas tribos vitoriosas em conflitos
locais. A partir de então, muitos desses cativos eram vendidos a comerciantes estrangeiros, sobretudo europeus,
gerando um lucrativo tráfico de escravos entre a África e o resto do mundo. 13
Com a expansão marítima portuguesa e a colonização lusitana sobre o litoral africano, boa parte desse vantajoso
comércio de mão de obra escrava passou a ser controlado por negociantes portugueses. Levados sob péssimas
condições nos porões dos “navios negreiros”, estes escravos tinham como principal destino as colônias europeias,
notadamente aquelas de domínio português, e em que destaque o Brasil.
Os primeiros escravos africanos chegaram ao Brasil em meados no século XVI, poucas décadas após a frota de
Pedro Álvares Cabral aportar em nossas terras. Desde então a mão de obra escrava se mostrou fundamental às
principais atividades econômicas desenvolvidas na América Portuguesa, como a agromanufatura açucareira
nordestina e a extração de metais preciosos em Minas Gerais.
Entretanto, o trabalho escravo não se fazia presente somente nessas grandes atividades. As casas das famílias
coloniais mais abastadas, por exemplo, possuíam um bom número de serviçais, os “escravos domésticos”. Havia
ainda os “escravos tigres”, cujas obrigações eram de extrema importância em tempos de precário saneamento
básico: deveriam levar tonéis cheios de fezes das casas ao local de despejo mais próximo. Por razões óbvias, tais
escravos também eram chamados de “enfezados”.
Muitos escravos gozavam de grande confiança de seus senhores. Alguns, inclusive, eram escolhidos para
comercializarem seus produtos em lugares distantes do cativeiro. Conhecidos como “escravos de ganho”,
circulavam pelas cidades e em outros centros de comércio, exemplificando o relevante grau de autonomia que
alguns escravos possuíam.

A escravização indígena

No início da colonização, a mão de obra indígena era utilizada na extração do pau-brasil. Era recompensada
pelo escambo de alguns objetos, tais como facões e espelhos ou até aguardente. Posteriormente, os índios passaram
a ser capturados e empregados em pequenas lavouras ou na coleta de “drogas do sertão”. Como os escravos
africanos eram caros demais para aqueles que possuíam terra e a demanda por mão de obra somente crescia, a
escravidão indígena tornou-se uma alternativa. Os senhores de engenho passaram a recorrer à escravização de
índios por meio de expedições conhecidas como “bandeiras de apresamento”. Entretanto, impedimentos legais
foram surgindo a partir do século XVI. Conforme a lei, o índio somente poderia ser escravizado em situações de
“Guerra Justa”, ou seja, quando eram hostis aos colonizadores. Apenas o Rei poderia decretar uma “Guerra Justa”
contra uma tribo, apesar de que Governadores de Capitanias também o tenham feito. Além disso, outra forma de
obter escravos indígenas era comprando os prisioneiros de conflitos entre as tribos nas guerras intertribais, na
chamada “compra à corda”. Não obstante, a mão de obra indígena era muito valorizada na povoação do território
ou para ocupar fronteiras. Era utilizada em larga escala em combates, para conter escravos africanos ou para
auxiliar os capitães do mato na captura de escravos fugidos. Por fim, a escravidão indígena foi suplantada pela
africana, pois se acreditava que os índios não suportavam o trabalho forçado e acabavam morrendo. Isso acontecia
em decorrência do trabalho pesado ou vítimas de epidemias contraídas do contato com o homem branco, gripe,
sarampo e varíola. Atualmente, sabe-se que os indígenas eram muito rebeldes, mesmo quando eram punidos, além
da possibilidade de fugirem para a mata, onde conheciam o território melhor que o colonizador.

O Ciclo do Açúcar foi uma das principais bases econômicas, sociais e culturais no Brasil Colonial, entre meados
dos séculos XVI e XVIII. Sua implementação ocorreu por meio da importação pelos portugueses do sistema
de sesmarias, responsável pela distribuição de terras para produção agrícola na, então, colônia portuguesa. Esse
processo foi fundamental para a ocupação territorial, que, aos poucos, formou boa parte do que hoje representa a
geografia atual do Brasil.
Nesse período, formaram-se os engenhos, que eram as unidades produtivas responsáveis pela moenda da cana-de-
açúcar, além de concentrar o exercício de outras atividades importantes para o período, como a produção
da cachaça brasileira, por intermédio dos alambiques, entre outras coisas.
O primeiro engenho de que se tem registro em terras brasileiras é datado de 1516, no litoral da Província de
Pernambuco, pelo administrador colonial Pepo Capico. Porém, foi a partir da década de 1530 que o engenho foi
implementado de fato na colônia, sobretudo em São Vicente e Pernambuco, como forma de sistematização de um
processo de produção açucareira de caráter extensivo e também de povoamento das regiões recém-descobertas. A
partir de então, a produção de açúcar passou a desempenhar um papel fundamental sob diversos aspectos de todo o
sistema colonial português. Além do seu impacto na alimentação, na colônia e também no mundo, sua produção em
grande escala permitiu maiores acessos ao produto. Todo o seu sistema de produção acabou formando também as
bases sociais de todo o período e possui heranças até os dias de hoje. Os engenhos foram, portanto, o principal
modelo de unidade produtiva de uma das bases econômicas do Brasil Colonial.

Fonte: http://educacao.globo.com/historia/assunto/colonizacao-do-novo-mundo/escravidao-na-america-portuguesa.html
Fonte: https://www.todamateria.com.br/escravidao-indigena-no-brasil-colonial/
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/economia-acucareira.htm
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=lpbyx9O8PP0&t=3s(VÍDEO AULA)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=fGUFwFYx46s(VÍDEO AULA)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=lRO1q2zcT_k (VÍDEO AULA)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Rvw5rHB5bL0(VÍDEO)
Fontehttps://pt.slideshare.net/wwwceghcombr/cegh-a-escravido-no-brasil?qid=beb8e4ee-6514-4040-bbb7-
d0d8bbe49073&v=&b=&from_search=4(SLIDE)

AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
1. Na sua visão, como vivam os africanos que viriam a ser escravizados pelos europeus? Comente. 2. Como se deu
a escravização dos povos africanos no “descobrimento” do Brasil? 3. Os escravizados atuaram em várias frentes de
trabalho. Cite-as e comente cada uma. 4. Como se deu a escravização dos povos indígenas? 5. A chamada “guerra
justa” era mais uma atrocidade cometida pelos senhores de engenhos para com os índios. Você concorda? Por quê?
6. A sesmaria (lotes doados) aos portugueses no Brasil foi fundamental para o desenvolvimento da cultura da cana.
Comente. 7. Como se organizava a venda de africanos nos mercados escravistas brasileiros? 8. Qual a importância
da mão-de-obra escrava para o sucesso da indústria açucareira no Brasil? 9. Como se organizava a justiça no
período colonial? 10. Quais eram as penas utilizadas para os escravos.

Textos e Vídeos Complementares:


O trabalho escravo na História do Brasil.Fonte:http://www.historianet.com.br/conteudo/default. aspx?codigo=4.
Índios no Brasil.Fonte: https://www.sohistoria.com.br/ef2/indios/.
Colônia – História do Brasil. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=t4tVfbp1aTQ.
Texto e Vídeo Complementares:
Colonização brasileira.Fonte: http://pat.educacao.ba.gov.br/recursos-educacionais/conteudo/exibir/2067.
Caminhos da Reportagem – Ecos da Escravidão.Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xR549adx5Go.
Vídeos Complementares:
Dos Grilhões ao Quilombo.Fonte: http://pat.educacao.ba.gov.br/recursos-educacionais/conteudo/exibir/287.
Atlântico negro: Na Rota dos Orixás”. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=tWabbGig1AE.
Os indígenas – Raízes do Brasil.Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=cQkA5PDow2s&t=7s.
Africanos – Raízes do Brasil.Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=fGUFwFYx46s.
LENDO E APRENDENDO:
Documento 1
“[...] declaro mais que o dito Antônio me serviu quatro anos como meu escravo, e com a melhor fidelidade e
presteza prestando-me os seus jornais de $480 [quatrocentos e oitenta réis] por dia para remediar as minhas
necessidades, e quando lhe dizia que juntasse o seu dinheiro para comprar alguma coisa para si, respondia-me que o
que queria era a liberdade de sua mulher e por isso minha consciência pede que eu a liberte.”
Documento 2
“[...] sabemos de muitos quilombos actualmente formados fora da cidade, a saber: nos Mares, Bate folha, estrada
do R. Vermelho, Campo sécco, Cabula etc. e até nos afirmou huma pessoa digna de crédito, existirem nestes
quilombos armas de fogo, lanças, e outros instrumentos; dê-se quanto antes exata busca para que o mal não vá
grassando, temos a tropa que faz a Polícia, que até hoje não tem descansado; para empregar toda energia a fim de
desfeitar a tal negraria.” 15
Documento 3
Vende-se uma escrava, moça, cabra com os préstimos de uma boa doméstica, coze, engoma, cozinha, faz doces e
bolos, com duas crias, a maior de 4 annos; vende-se por desobediente à sua senhora, viúva de avançada idade, e a
dita escrava he sem mais outro defeito: quem a quiser comprar procure na rua do Pão de Ló casa no 34.
Fonte: ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de; FILHO, Walter Fraga. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais;
Brasília: Fund

AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
A partir desse aprendizado examine os documentos históricos 1, 2 e 3, depois construa um parágrafo explicando as
estratégias de resistência que os escravos utilizavam a partir dos pedidos de alforria, no cotidiano e nos quilombos:
LENDO E APRENDENDO: A Resistência Escrava
Via de regra, a relação entre senhores e escravos mostrava-se bastante tensa. Não era incomum que muitos cativos
resistissem à escravidão. Suicídios coletivos na senzala e abortos provocados propositadamente por mães escravas
eram eventos bastante recorrentes. A própria capoeira surgiu como uma criativa forma de resistência cultural dos
escravos africanos frente à dominação europeia.
A grande maioria desses escravos rebeldes era castigada violentamente. Seus martírios eram normalmente
realizados na frente de outros cativos, estratégia adotada por seus senhores justamente para evitar a ocorrência de
novas rebeliões. Interessante perceber que muitos dos algozes desses escravos eram de origem africana, utilizados
intencionalmente pelos colonos como carrascos.
Outra forma bastante comum de resistência utilizada pelos escravos era a fuga do cativeiro. Aqueles que eram bem-
sucedidos normalmente se refugiavam em comunidades clandestinas, os “quilombos”, onde também residiam ex-
escravos – os “alforriados” – e trabalhadores livres pobres. Formavam-se, então, comunidades autos suficientes,
capazes de produzir, mesmo que ilegalmente, o todo necessário à sobrevivência de seus integrantes.
Palmares foi certamente o maior quilombo existente na América Portuguesa. Localizado na capitania de
Pernambuco, alcançou no século XVII o auge do seu desenvolvimento, momento no qual sua população teria
atingido o quantitativo de vinte mil quilombolas. Tendo resistido por mais de um século às diversas tentativas de
sua destruição, acabou virando um dos grandes símbolos da resistência escrava em terras brasileiras nos tempos
colônia.

Escravidão: Negociação e Conflito

Para o historiador Eduardo Silva, "a escravidão não funcionou e se reproduziu baseada apenas na força. O combate
à autonomia e indisciplina escrava, no trabalho e fora dele, se fez através de uma combinação de violência com a
negociação, do chicote com a recompensa. "Os escravos que trabalhavam na casa grande recebiam um tratamento
melhor e, em alguns casos, eram considerados pessoas da família. Esses escravos, chamados de "ladinos" (negros já
aculturados), entendiam e falavam o português e possuíam uma habilidade especial na realização das tarefas
domésticas. Os escravos chamados "boçais", recém-chegados da África, eram normalmente utilizados nos trabalhos
da lavoura. Havia também aqueles que exerciam atividades especializadas, como os mestres-de-açúcar, os ferreiros,
e outros distinguidos pelo senhor de engenho. Chamava-se de crioulo o escravo nascido no Brasil. Geralmente
dava-se preferência aos mulatos para as tarefas domésticas, artesanais e de supervisão, deixando aos de cor mais
escura, geralmente os africanos, os trabalhos mais pesados.

A convivência mais próxima entre senhores e escravos, na casa grande, abriu espaço para as negociações. Esta
abertura era sempre maior para os ladinos, conhecedores da língua e das manhas para "passar a vida", e menor para
os africanos recém-chegados, os boçais.

Na maioria das vezes, essas negociações não visavam à extinção pura e simples da condição de escravo, e sim,
obter melhores condições de vida: manutenção das famílias, liberdade de culto, permissão para o cultivo em pedaço
de terra do senhor, com a venda da produção, e condições de alimentação mais satisfatórias.

Para o senhor de engenho a compra de escravos significava um gasto de dinheiro considerável e, portanto, não
desejava perdê-los, qualquer que fosse o motivo: fuga ou morte, inutilizarão, por algum acidente ou por castigos
aplicados pelos feitores. A perda afetava diretamente as atividades do engenho. Outro problema a evitar era que as
revoltas se tornassem uma ameaça ao senhor e à sua família, ou à realização das tarefas cotidianas. Dessa forma, se
muitas vezes as relações entre senhores e escravos eram marcadas pelos conflitos causados pelas tentativas dos
senhores de preservar suas conquistas, em muitos casos, a garantia dessas conquistas era justamente o que
possibilitava uma convivência mais harmoniosa entre os dois grupos

Abolição e luta escrava por liberdade


Durante a primeira metade do século XIX as rebeliões escravas estavam tirando o sono dos latifundiários, já que a
ameaça apresentada pelo exemplo da independência do Haiti ainda era recente e havia indícios de que os africanos
escravizados sabiam do processo de abolição e independência haitiana.
Só na Bahia foram mais de 30 revoltas até 1835, sendo a mais conhecida a Revolta dos Malês. Em Minas Gerais
também ficou conhecida a rebelião de Carrancas, ocorrida em 1833, no contexto da instabilidade política do
Período Regencial. Em 1838, houve, no Rio de Janeiro, a revolta de Manoel Congo, ocorrida no município de
Vassouras. Entre 1839 e 1842, a Balaiada no Maranhão também levou preocupação à elite, principalmente pelo
grupo de escravos liderados por Cosme Bento das Chagas, que se juntou aos balaios, mas que acabou derrotado e
executado.

Todas essas ocorrências servem para que possamos refletir sobre o processo de abolição da escravidão no Brasil.
A Abolição da escravidão foi fruto apenas das pressões internacionais, como da Inglaterra, e do movimento
abolicionista a partir da década de 1870, composto em sua maioria por pessoas brancas e livres, ou seria a abolição
decorrente da luta dos próprios africanos e seus descendentes contra a escravidão?
A “indisciplina” gerava constantes conflitos com os senhores e feitores, resultando em fugas e, muitas vezes, em
mortes. Nesse sentido, as ações realizadas pelos escravos pressionaram o Estado brasileiro, somadas à pressão
internacional, a criar uma legislação que garantisse gradualmente a abolição. Gradualmente, pois se temia que uma
abolição abrupta levasse o país ao caos econômico, bem como ao estímulo uma revolução.

Os debates para a criação das leis tinham como argumentos os aumentos de rebeliões escravas nas décadas de 1850
e 1860, demonstrando o temor das elites com a resistência à escravidão e também com o perigo de eclodir uma
revolução escrava no Brasil.

A criação de uma legislação colocava ainda o Estado no meio da relação social existente entre senhor e escravo,
situação que não ocorria anteriormente, já que o escravizado era uma propriedade do senhor, livre para dela utilizar
como bem queria. Nesse contexto, os escravos souberam utilizar as leis nos tribunais para pressionar seus senhores
e, em muitos casos, conseguir a liberdade.
Houve um grande aumento de ações judiciais para que fosse possível colocar em prática a legislação que não era
aceita pelos senhores, como a que garantia que o escravo podia comprar sua alforria, mesmo contra a vontade do
senhor.
A Lei do Ventre Livre, por exemplo, foi decorrente da preocupação das elites com a mudança da estrutura escrava
no Brasil, com um maior número de escravos nascidos no país, o que teria resultado em maiores rebeliões. Libertar
as crianças filhas de mães escravas era uma forma de impedir as rebeliões e insatisfações. A imposição do fim do
tráfico interprovincial, em 1881, era também uma lei que tinha como preocupação o surgimento de uma guerra civil
no Brasil, semelhante à ocorrida nos EUA entre 1861 e 1865.
Com isso, o escravismo deixava de ser uma instituição disseminada na sociedade brasileira, o que aos poucos
contribuiu para a criação do sentimento abolicionista. Além disso, a liberação de capitais com o fim do tráfico
internacional possibilitou o surgimento de setores sociais não comprometidos com o escravismo. Essas
circunstâncias explicariam o surgimento dos movimentos abolicionistas a partir de 1870.

Entretanto, ao contrário do que afirmou a historiografia mais tradicional do Brasil, o motor do abolicionismo foram
às ações dos escravos, como as fugas e a formação dos quilombos, as rebeliões, a ocupação de terras livres pelos
fugidos, a insubmissão das regras de trabalho nas fazendas, demonstrando o protagonismo dos africanos
escravizados em seu processo de libertação.
Fonte:http://educacao.globo.com/historia/assunto/colonizacao-do-novo-mundo/escravidao-na-america-portuguesa.html
Fonte: http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/escr_conflito.html
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/abolicao-luta-escrava-por-liberdade.htm
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=VTk5jOOOoMI (VÍDEO AULAS)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=U_C__3avmtE (VÍDEO AULAS)

AGORA É VOCÊ: Responda cada questionamento em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).
1. Cite três formas de resistência utilizada pelos escravizados e dê seu ponto de vista. 2. A violação dos
direitos do ser humano não pode ser aceitada em nenhum momento. Você concorda ou não? Por quê? 3.
Havia distinção entre os escravizados da “casa grande e os da senzala”? Quais os motivos? 4. Para o
historiador Eduardo Silva, "a escravidão não funcionou”. Você concorda? Justifique. 5. Hoje os
movimentos negros, continuam alutar por seus direitos. Você conhece algum grupo, já participou de algum
movimento? Como você vê essa luta na contemporaneidade?
CRIATIVIDADE: Agora que você já tem um maior conhecimento de toda essa luta dos negros em terras
brasileiras, FAÇA UM QUADRO COMPARATIVO, com os principais movimentos negros da época
estudada, ressaltando entre outras coisas: Seus herois, as causas, localidade, consequências... (REVOLTA DOS
MALÊS - A SABINADA - A BALAIADA – CABANAGEM – FARROUPILHA.

VAMOS BOTAR PRA FERVER?


Após tantas leituras e aventuras, acredito que você esteja preparado para REVOLUCIONAR A SUA
COMUNIDADE. Que tal você pesquisar um movimento de resistência negra da Bahia e, criar uma Paródia
elogiando as ações que têm sido desenvolvidas hoje? VAMOS LÁ, VOCÊ É CAPAZ. Eu me esquecendo!!!!! Se
quiser, GRAVE UM VÍDEO e repasse para os seus colegas.
VOCÊ VAI ARRASARRRRRRRRRR!!!!!.
UM MOMENTO PARA REFLETIR: UUFAAA!!! Chegamos ao final da nossa caminhada maravilhosa. Olha
quanto conhecimentos tivemos que ler, ouvir, acessar... Quero te convidar a refletir sobre seu próprio percurso.
Afinal, refletir sobre as nossas experiências nos torna capazes de trilhar novos caminhos. Decisões importantes para
nossa vida. Para isso, peço que responda apenas algumas perguntas em seu caderno e/ou bloco de anotações.

• Você reservou um tempo para realizar esta atividade? Conseguiu realizar no tempo programado?
• Acredita que está obtendo conhecimento para se posicionar ante a uma discussão?
• LEGAL!Esteja preparado, pois logo, logo nos veremos para BATER UM PAPO.
• ATÉ LOGO!!!!!

19
SOCIOLOGIA

TEMA: As relações de poder e o estudo da ciência - Poder, política e Estado

PONTO DE ENCONTRO

Olá, feliz em encontrar você nesse momento, a saudade foi imensa, mas a certeza que tudo na vida é um
constante aprendizado retornamos unidos, fortalecidos e determinados, veja que bacana, faremos essa
trilha juntos! Para que a caminhada seja ainda mais leve e prazerosa, no caminho teremos a companhia de
alguns pensadores das Ciências Sociais e muitos que expressaram na arte esse tema como estudiosos e
artistas. Assim, seguiremos a primeira trilha sociológica, explorando os conteúdos que estabelecem as
“Relações de Poder e Estado na Política” e na reflexão que toda aprendizagem é importante para o
exercício da cidadania! Então, vamos lá!

BOTANDO O PÉ NA ESTRADA

Para facilitar o percurso da aprendizagem. Na mochila muita imaginação sociológica, lembrando que
partiremos fora das rotinas familiares, a fim de que as observemos de modo renovado, livre dos juízos de
valor e da influência do senso comum e sim para uma perspectiva sociológica direcionada a questões
sócio-políticas.

Um dos nossos convidados, o Cientista Social C. Wright Mills,1970, trouxe uma reflexão sobre essa
questão:
“Aprender a pensar sociologicamente – olhando – em outras palavras, de forma mais ampla –
significa cultivar a imaginação. Estudar Sociologia não pode ser apenas um processo rotineiro
de adquirir conhecimento. ”

Agora, vou fazer algumas perguntas e interessantes. Vá organizando as respostas no seu caderno, no final
da trilha pode perceber como valeu a pena esse exercício:

1º) Qual a origem do Estado?


2º) O que vem a ser política?
3º) Poder é algo bom ou ruim?
4º) Como se exerce o poder?
5º) Existe só uma forma de poder?
6º) Todos tem poder?
7º) Quem exerce o poder?
8º) Como me relaciono com o poder?
9º) Como posso exercer o poder?

LENDO AS PAISAGENS DA TRILHA


Você sabia que as relações de poder nem sempre foram as mesmas? Pois bem, a época e o local são
fundamentais para entendermos o tipo de governo e a maneira que o Estado exercer o poder e até
mesmo pra entender o seu voto. Para compreender o local e as relações de poder nele existentes não
basta identificá-lo a uma forma de poder específica. É preciso conceituar esse poder como o poder
exercido econômico, social, cultural e simbolicamente.

1 - Observe as gravuras e a música que compartilho com você, e logo depois responda no seu caderno;
quais relações você consegue estabelecer entre o voto e o poder na política da sua cidade e sempre foi
assim?

EXPLORANDO A TRILHA

Estamos indo bem? Vamos iniciar o entendimento de como se processa a “Relação de Poder e Estado na
Política”!

Estamos indo bem? Vamos iniciar o entendimento de como se processa a “Relação de Poder e Estado na
Política”!

Texto 1 – O poder político

Responda pra mim!! O que compreendemos por política? A política estaria confinada nas câmaras
legislativas de nossas cidades? Seriam apenas as atividades dos políticos eleitos ou o seu trabalho em
época de eleições que se configurariam como ato político? Na verdade, o conceito de política é tão amplo
que, de certa maneira, poderíamos associar qualquer ato de mediação de forças e conflitos, que ocorra de
forma não violenta, como uma manifestação política. Portanto, falaremos apenas a respeito de um aspecto
específico desse tema: a política associada à ação institucionalizada em um Estado, mais especificamente,
um “Estado democrático”... Embora a possibilidade do uso da força legítima seja o ponto que diferencie o
poder político de outras formas de poder, não é correto que se entenda que é a política configure-se pelo
uso da força. Isso equivale a dizer que, ainda que estejam dispostos e aptos para tanto, o uso da força por
grupos ou indivíduos não se configura como poder político. Na verdade, o poder político concretiza-se no
estabelecimento da exclusividade do uso de ações coercitivas, como já dito antes, por parte da entidade
do Estado, enquanto ao mesmo tempo se criminaliza todo ato de violência realizado por sujeitos que não
foram autorizados a fazer uso legítimo desse poder. Em outras palavras, a coerção legítima compreende o
uso comedido da força em casos extremos e por instituições específicas de um Estado. Nesse caso, a
polícia, por exemplo, é um órgão de um Estado que está autorizado por essa mesma entidade a usar da
força em função do reforço da ordem.

WEBER, Max. A política como vocação. Editora: UNB, Nº 1, 2003. Sociologia em movimento. Livro do aluno Poder
político – Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/poder-politico.htm
Atividade 1

Acredito que esteja apto para realizar uma atividade. Então, elabore um mini-dicionário destacando os
principais conceitos que foram trabalhados até agora, a pesquisa pode ser feita em livro ou pela internet,
assim como o registro pode ser no caderno ou outro material que estiver disponível.

Mãos à obra!!

Você sabia que o povo, território e soberania são elementos constitutivos do Estado?

Texto 2 – Elementos constitutivos do Estado


Os elementos constitutivos segundo a maior parte da doutrina seria: Povo, Território e Governo soberano.
Povo é diferente de população, o primeiro se refere a um vínculo entre indivíduo e o seu Estado através
de nacionalidade ou cidadania. População seria um conceito meramente estatístico, demográfico,
quantitativo de habitantes do território estatal. SAF [EPP/2004] definiu população como: todas as pessoas
presentes no território do Estado, num determinado momento, inclusive estrangeiros e apátridas. O
conceito de nação é meramente sociológico e não jurídico como o de Estado. A nação seria o vínculo de
costume, valores, língua e etc. existente entre os habitantes de determinado território. A Soberania seria o
poder máximo que um Estado exerce nos limites do seu território não reconhecendo nenhum outro. A
Soberania é una, indivisível, inalienável e imprescritível. Difere da autonomia que é a independência de
um Estado em face dos demais Estados.

O Território nada mais é do que a base territorial do exercício da soberania.

Atividade 2:

a) Agora que você já aprendeu os elementos constitutivos do estado, que tal elaborar as definições de
POVO, POPULAÇÃO E SOBERANIA?
b) Explique o que é território.
c) Estado, Governo e Sociedade; você sabe a diferença?

Texto 3 – O Estado, Governo e a Sociedade

Por Estado a unidade administrativa de um território, formado pelo conjunto de instituições públicas que
representam, organizam e procuram atender os anseios da população que habita o seu território. Entre
essas instituições, podemos citar o governo, as escolas, as prisões, os hospitais públicos, o exército, dentre
outras. Fica mais fácil entender que o governo seria apenas uma das instituições que compõem o Estado,
com a função de administrá-lo. Os governos são transitórios e apresentam diferentes formas, que variam
de um lugar para outro, enquanto os Estados são permanentes.

Os estudiosos clássicos das Ciências Sociais desenvolveram as primeiras teorias sobre o Estado e
Sociedade. Segundo Émile Durkheim na sua definição de estado Uma instituição que deve ficar acima de
todas as organizações comunitária. O Estado “concentra e expressa a vida social” e teria uma função
moral a desempenhar: com um papel fundamental na emancipação do indivíduo do controle despótico e
dos grupos intermediários, como a família e a Igreja, desenvolvendo e promovendo a liberdade no meio
social, para Karl Mar. É uma comunidade imaginária, que deveria conciliar os interesses de todos, mas
oferece prioridade às necessidades da classe economicamente dominante. O Estado moderno seria o
resultado, e também o principal participante, do conflito entre capital e trabalho e Max Weber O Estado é
a única fonte do direito de uso à violência e se constitui numa “relação de homens dominando homens” e
essa relação é mantida por meio da violência considerada legítima.

Quanto a noção de Sociedade, Durkheim, define como superior ao indivíduo e existe dependente do
indivíduo. O indivíduo é apenas receptor de regras e modo de viver da sociedade da qual faz parte. Karl
Marx a sociedade é heterogênea e formada por classes sociais que se mantêm por meio de ideologias das
elites e Weber a sociedade forma um sistema de poder que atinge todos os níveis, desde as relações de
família às relações de classes e de trabalho.
Podemos concluir que esses teóricos, apesar de vivenciarem o mesmo período e pesquisarem a sociedade
moderna, as abordagens são diversas
Agora você vai pesquisar sobre as principais regras de convivência na sua sociedade e elencar quais os
maiores conflitos existentes no cumprimento das mesmas.

1º) Agora você vai pesquisar sobre as principais regras de convivência na sua sociedade e elencar quais
os maiores conflitos existentes no cumprimento das mesmas.
2º) Leia atenciosamente o texto acima, depois cite as principais instituições que formam o Estado.
3º) Como Durkheim, define a sociedade?

Texto 4 – Exercer a cidadania: afinal, do que estamos falando?


O que você entende quando alguém fala em exercer a cidadania? Para muitos, essa expressão tão
utilizada, está ligada à participação em programas sociais, ao engajamento a causas que lutam por direitos
que não estão sendo respeitados, a processos burocráticos, etc. De modo geral, a ideia é a de que o
exercício da cidadania dá trabalho. Acordar, tomar café, ir para o trabalho, cuidar das crianças, estudar,
encontrar os amigos, namorar, comparecer a eventos sociais, cuidar do corpo, e outras tantas atividades
que compõem o dia a dia parece mais que bastante nesses tempos corridos. É mais fácil se queixar dos
políticos, culpar a má qualidade dos serviços prestados à população e seguir encapsulado na própria
individualidade. Aceita-se o inaceitável porque denunciar, exigir seus direitos demanda uma atitude. Com
isso, vai-se deixando pra lá o que não faz sentido deixar passar. Hoje, vi um motorista de ônibus arrancar
o veículo antes da passageira acabar de descer o último degrau. Faltou muito pouco para um grave
acidente. Quantas vezes você observou a cidade cheia de lixo, flanelinhas atacando carros, idosos em luta
com calçadas esburacadas, etc? Preços abusivos, condutas desrespeitosas, práticas ilícitas. Todas essas
coisas fazem parte de um grande pacote alimentado pela indiferença com que nós, cidadãos, terminamos
por tolerar o intolerável. Exercer a cidadania pode ser tomar uma atitude para denunciar, exigir, cobrar.
Pode ser participar de uma associação de moradores, procurar órgãos de proteção ambiental, às crianças,
aos idosos, aos animais. Qualquer forma de participação: individual, coletiva, organizada ou ocasional. O
fundamental é não tomar o inaceitável como natural.
Fonte: LOUREIRO, Bruno et. al. Sociologia em Movimento. Capítulo 7, 2018.

RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA:


A hora é de usar e desenvolver a criatividade! Demonstre as descobertas realizadas desta trilha por
meio palavras, frases, desenhos (concretos os abstratos), músicas, quadrinhos, pintura, paródias, charges,
mapa conceitual/mental, poemas, ou qualquer outra forma de linguagem.
O desafio consiste em expressar suas aprendizagens por meio de uma linguagem artística ou gênero
textual da sua escolha! Use o seu caderno, uma folha em branco ou seu próprio smartphone para fazer a
sua sistematização. Acredito no seu potencial criativo!

MÃOS A OBRA!

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL EM FORMA DE TEXTO:

Você já deve ter percebido que todo tempo somos bombardeados com notícias negativas sobre política e
políticos, infelizmente na maioria das vezes são notícias verdadeiras. Pensando nisso quero incentivar
através dessa caminhada e reflexões que fizemos a pensar numa proposta de intervenção. O que seria
essa proposta? Você dar um exemplo claro, você poderia através das redes sociais, nasua família ou
entre amigos falar do lado positivo da política, da importância do voto consciente e como tudo isso é
muito importante para toda sociedade. A ideia é sua e pode ser outras questões. Pensar, agir e colher os
frutos!

Tema: Poder, Dominação e Controle Social


PONTO DE ENCONTRO:
Parabéns por você ter chegado até aqui, sinal de que você é forte e bom de trilha. Agora vamos continuar?
Tome folego, beba água, faça um exercício de alongamento, coloque o tênis e a mochila nas costas, e
vamos seguir porque a trilha é longa, mas o que importa é a beleza das flores que você encontrará no
caminho. Conhecimento é isso, um eterno desabrochar, é o caminho para a evolução e o crescimento
enquanto ser humano.Na caminhada dessa segunda trilha continuaremos acompanhados pelos principais
pensadores da Sociologia, e no caminho iremos encontrar conteúdos que nos conduzem a refletir sobre
Poder, Dominação e Controle Social e como todos esses aspectos estão intimamente relacionados a
todas as nossas relações sociais. Então, pé na estrada e bons estudos!

“[...] poder significa toda probabilidade de impor à vontade numa relação social, mesmo contra
resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade [...].”.

Para você se aquecer, vamos deixar algumas provocações sobre o tema de hoje, as quais farão você
exercitar ainda mais a sua imaginação sociológica, vamos lá?
a) Você concorda com a afirmação de Max Weber? Por que?
b) O que você entende por poder democrático?
c) Pare para pensar sobre: Poder Ideológico, poder econômico e poder político. Será que todos estão
interligados?
d) E a dominação Social, para você o que vem a ser? Está ligada ao poder do Estado e domínio do
Estado? Por que?

TEMA: Poder político, econômico e ideológico:

PONTODEENCONTRO
Olá estudante! Juntos, novamente, vamos aprofundar mais nosso conhecimento nas Ciências Políticas!
Nessa caminhada contamos ainda com a companhia de estudiosos da Sociologia, que nos acompanham,
bem como artistas que nos fazem refletir através da música, imagens e outras linguagens.

Como é importante a gente encher a mente de motivação e focalizar sempre novos caminhos de
aprendizagens. Então, pé na estrada de novos saberes.

LENDO DAS PAISAGENS DA TRILHA:

O nosso primeiro olhar é sobre a palavra IDENTIDADE! Você vai perceber significados diversos. Na
Sociologia podemos definir identidade como o compartilhar de várias ideias de um determinado grupo,
como meio onde se dá a interação social. Nas Ciências Políticas a construção da identidade está ligada ao
surgimento e a materialização de um novo perfil comportamental que demonstra esse novo pensar e fazer
política nos territórios: suas ações, estratégias, princípios, mentalidade e valores.

Que tal você responder algumas perguntas pra gente não ficar perdido logo no início?

1º) Como você se define fazendo parte dessa geração?


2º) Quem são as lideranças que nos inspiram?
3º) Diante das grandes causas nacionais, entre elas, saúde, educação, segurança, geração de emprego e
renda, você acredita ser dever cívico participar da política?

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL:


Você já deve ter percebido que a todo tempo somos bombardeados com notícias negativas sobre política e
políticos, infelizmente na maioria das vezes são notícias verdadeiras. Pensando nisso quero incentivar
através dessa caminhada e reflexões que fizemos a pensar numa proposta de intervenção. O que seria essa
proposta? Você dar um exemplo claro, você poderia através das redes sociais, na sua família ou entre
amigos fazer alertas de Fake News! Pensar, ver, julgar, agir e colher os frutos...

TEMA: Regimes políticos autocráticos e democráticos e Democracia no Brasil:


PONTODEENCONTRO

“A Democracia no Brasil” – os seus principais aspectos. É na reflexão que toda aprendizagem é


importante para o exercício da cidadania! Então, vamos lá!

Para facilitar o percurso, vamos lembrar que devemos nos despir dos juízos de valor, e da influência do
senso comum e partir para uma perspectiva analítica sociológica, direcionada a compreensão das questões
sócio-políticas.

Iniciaremos com um questionamento: vivemos de fato uma democracia no Brasil? Nesta quarta trilha
observaremos os elementos basilares que constituem um regime democrático. Olharemos para o Brasil
como elemento da nossa análise, associando os pressupostos que determinam um regime democrático, à
luz do sistema e dos fatos que ocorrem dentro da democracia Brasileira.
Para aquecer, vamos deixar algumas provocações sobre o tema, as quais farão você exercitar ainda mais a
sua imaginação sociológica, vamos lá?

1º) Você concorda com a afirmação de Jean Jacques Rousseau de que o povo é soberano e que deve
prevalecer sempre a vontade geral?
2º) Você acredita que seja aplicável aos dias atuais no Brasil?
3º) No Brasil, o sufrágio universal democrático é suficiente para que as pessoas tenham igualdade de
oportunidades?

Texto 1 – Entre o sonho e o golpe: A fragilidade da democracia brasileira

[...] é importante que se faça uma análise e construção de cenários para entender porquê a jovem
democracia brasileira está sempre coberta de fragilidades, exposta e constantemente sendo golpeada.

Assim, pensaremos no princípio: De onde vem a democracia? A ciência política nos diz que o regime que
temos hoje vem de um Contrato Social entre homem (cidadão da sociedade civil, a quem não concerne os
processos decisórios) e Estado (governo, composto por pessoas jurídicas e instituições). O contrato social
talvez seja uma das ideias mais antigas depois da ideia grega de democracia (demo=povo /
kratos=governo) e estabelece que, para que haja integração, paz e coexistência entre os seres humanos
(que vivem em sociedade mas diferem entre si e portanto, assumem os riscos e as consequências dessas
divergências) e o fim do Estado anômico de natureza humana (egoísta, temerosa do próximo e sem
impedimentos morais), haja um Pacto Social. Esse pacto seria garantido pelo Leviatã, a quem seria
concedida soberania para atuar em razão da segurança (primordialmente) dos cidadãos que assinaram o
Contrato. Como não é possível que cada homem lidere a si mesmo e se represente no escopo dos Estados,
houve a necessidade da escolha de alguns homens e de instituições para que o resto do povo seja liderado.
Dessa forma, a democracia representativa consolida o Estado como Leviatã, garantidor não apenas da
segurança hobbesiana, mas de elementos básicos para a vida, educação, saúde, transporte e tantos outros.
Como base do avanço da representatividade governamental institui-se os Três poderes: Legislativo,
Executivo e Judiciário. Tais poderes deveriam ser independentes, mas harmônicos, e assegurar que haja
de uma representatividade para o povo e pelo povo, ao invés de um absolutismo que atendesse aos
interesses de um monarca. [...]
MORENO, M. Entre o sonho e o golpe: A fragilidade da democracia brasileira.
Disponível em: https://medium.com/margin%C3%A1lia/entre-o-sonho-e-o-golpe-a-fragilidade-da-democracia-
brasileira-90ee1d7fb87b/. Acesso em: 28 jul. 2020. (Adaptado).

Atividade:
Tome o texto como referência, elabore uma um pequeno texto falando como podemos fazer para
participar ativamente do processo político democrático no Brasil.

Existe democracia no Brasil?

[...] O artigo 1º da Constituição Federal do Brasil estabelece que o nosso país é um Estado Democrático
de Direito.

Mas, vale uma pergunta: existe efetivamente Democracia em nosso país? Para responder tal questão,
necessário se faz entender o que é um país democrático.
Segundo a socióloga Maria Victoria Benevides, professora da Faculdade de Educação da Universidade de
São Paulo: “A democracia é o regime da soberania popular, ou seja, em última instância, o poder reside
no povo e a nossa Constituição garante isso quando diz que todo o poder emana da população, que o
exercerá através de representantes ou diretamente, nos termos da lei. A democracia exige o respeito
integral aos direitos humanos e das minorias. Então, quando falamos nela, estamos unindo seus princípios
e associando a democracia representativa à direita. Mas, também estamos exigindo a justiça social, que é
a garantia de direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais para todos e todas”.

Por fim, para melhor conhecimento, vale a reflexão da socióloga Maria Victoria Benevides: “Não existe
democracia sem um processo permanente de educação política. Muita gente acha que educação política é
elitismo: que os de cima vão ensinar os de baixo. Isto não é verdade. Como dizia Paulo Freire, nosso
saudoso mestre, essa educação é um processo de mão dupla, em que nós nos educamos politicamente em
conjunto e na ação. Assim como aprendemos a votar, votando, aprendemos a participar, participando.
Quando falo em educação política é no sentido de aumentar a participação, incentivar o interesse pelas
questões públicas, diminuir o máximo possível o personalismo na política. […]”.[...]
CARONI, Jorge. Disponível em: https://www.g7news.com.br/existe-democracia-no-brasil.php. Acesso em: 28 jul.
2020. (Adaptado).

Atividade:
Faça uma associação entre democracia e oportunidades, registre no seu caderno os aspectos de direito de
natureza pública que o Estado organiza. Em seguida, faça uma lista de como suas escolhas melhoraram,
ou não as ações do governo para sua comunidade.

Texto 3 – A Pandemia e a Democracia

[...] Entre 1971 e 1973, a meningite matou 14% das pessoas que a contraíram, particularmente crianças. O
governo do ditador Médici, porém, proibiu a divulgação dos dados e a adoção de medidas de prevenção,
para não causar “histeria” na população. Há indícios de que muitos dos cadáveres das vítimas da
meningite tenham sido enterrados na vala clandestina de perus, buscando assim burlar as notificações
oficiais de óbitos.
Somente em janeiro de 1974, já no governo do general Geisel, quando a meningite atingia seis vezes mais
pessoas do que um ano antes, o governo reconheceu o problema e criou uma comissão para tratar do
assunto, importando injeções e realizando uma campanha nacional de vacinação. Assim como aconteceu
com o médico chinês, é impossível calcular o número de pessoas que poderiam ter sido poupadas, o
número de famílias que não teriam de passar pelo trauma e pelo sofrimento da perda de um ente querido,
se o governo tivesse alertado e assumido suas responsabilidades desde o primeiro momento.
Mas as ditaduras são vaidosas e acreditam que todos têm inveja delas e que querem prejudicá-las e, por
isso, espalham boatos e exageram nos fatos. Um governo que acha que vai tão bem não pode sofrer com
esse tipo de acusação e, por isso, a única explicação possível é que essas acusações são distorcidas ou
declaradamente inventadas. Logo, não podem ser endossadas. E, se possível, devem ser ocultadas.
Não se pode negar que, no momento em que o governo chinês admitiu o surto do coronavírus, tomou
medidas excepcionais para combatê-lo e que, neste momento, tem a doença sob controle, enquanto ela se
espalha pela Europa e Américas. A negligência e a irresponsabilidade são armas perigosas nas mãos de
governantes narcisistas e ineptos. Erros que a terra cobre, mas a memória pública não esquece. [...]
MEDEIROS, Daniel. Disponível em: https://www.gazetadigital.com.br/colunas-e-opiniao/colunas-e-artigos/a-
pandemia-e-a-democracia/611803. Acesso em: 28 jul. 2020 (Adaptado).
Atividade:

Busque informações entrevistando sua família ou amigos mais próximos com a tecnologia possível de ser
usada. Por exemplo, o telefone celular se tiver acesso. Avalie como a pandemia afetou a vida das pessoas
de sua família ou comunidade. Avalie, também, o que o poder público (governo municipal, estadual e o
governo federal) tem feito para auxiliar a comunidade nesse momento difícil. Anote as respostas e leve
para discussão no “Tempo Escola”.

RESOLVENDO DESAFIOS DA TRILHA

Para saber se você fez as correlações necessárias para entendimento dessa trilha,resolva as questões a
seguir no seu caderno:

1º) O que você entende por democracia?


2º) É possível um país democrático?
3º) Nesse momento, convido você a escrever suas experiências a partir da sua história de vida. Há algo
vivenciado até aqui que te faça lembrar de fatos do passado, do presente ou até mesmo do que você pensa
sobre o seu futuro? Pode ser uma simples lembrança (de um fato, de uma pessoa), uma situação
engraçada, um desejo, uma iniciativa ou um sonho.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL

Você já deve ter percebido que o caminho para uma democracia nem sempre é fácil. Que tal agora, a
partir das reflexões que fizemos, pensar numa proposta de intervenção social ligada ao tema democracia.
O que seria essa proposta? A ideia é sua, e pode envolver outras questões. Pensar, agir e colher os frutos!

AUTOAVALIAÇÃO:

a) Você reservou um tempo para realizar esta atividade?


b) Se reservou, conseguiu realizar esta atividade no tempo programado?
c) Considera que trilha te ajudou a fazer uma leitura mais crítica sobre o processo de democracia?
d) Você acha que consegue aplicar na sua vida as aprendizagens dessa aula? Aguardo suas respostas e
até a próxima trilha.
GEOGRAFIA

VAMOS INICIAR O NOSSO PERCURSO FORMATIVO! LENDO AS


PAISAGENS DA TRILHA
Observem as pinturas. Podemos afirmar que durante esse processo houve respeito a cultura
dos habitantes nativos? Registrá-la no seu caderno.

Figura 1 – Chegada dos colonizadores

,Figura 2 – Primeira
Missa no Brasil
Disponível em: https://www.estudokids.com. br/a-chegada-de-pedro-alvares-ao-brasil/.Aces-so em: 30 jul. 2020.
Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/primeira-missa-no-brasil/. Acesso em: 30 jul. 2020.

Vamos continuar caminhando, e para isso faremos uma breve leitura sobre o processo de
ocupação na colônia, e também sobre a situação dos povos nativos do Brasil.

Texto 1 – Formação e organização do território brasileiro


O território do Brasil ocupa uma área de 8 514 876 km². Em virtude de sua extensão territorial, o Brasil é
considerado um país continental por ocupargrande parte da América do Sul. O país se encontra em quinto lugar em
tamanho de território.
A população brasileira está irregularmente distribuída, pois grande parte da população habita na região litorânea,
onde se encontram as maiores cidadesdo país. Isso nada mais é do que uma herança histórica, resultado da forma como o
Brasil foi povoado, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.
Até o século XVI, o Brasil possuía apenas a área estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494
por Portugal e Espanha. Esse tratado dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha.
Os principais acontecimentos históricos que contribuíram para o povoamen-to do país foram:
No século XVI – a ocupação limitava-se ao litoral, a principal atividade econômica desse período foi o cultivo
de cana para produzir o açúcar, pro-duto muito apreciado na Europa, a produção era destinada à exportação.

As propriedades rurais eram grandes extensões de terra, cultivadas com força de trabalho escrava. O
crescimento da exportação levou aos primeiroscentros urbanos no litoral, as cidades portuárias.
Século XVII e XVIII – foram marcados pela produção pastoril que aden-trou a oeste do país e também pela
descoberta de jazidas de ouro e dia- mante nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Esse período foi
chamado de aurífero e fez surgir várias cidades.
Século XIX – a atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a produção de café,
principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janei- ro, Minas Gerais e Espírito Santo. Essa atividade também
contribuiu para o surgimento de várias cidades.
FREITAS, Eduardo de. Formação e organização do território brasileiro; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/formacao-organi-zacao-territorio-brasileiro.htm. Acesso em: 30 jul. 2020.

Texto 2 - Povos indígenas do BrasilMulher Yanomami


© Fiona Watson/Survival
Há cerca de 305 povos indígenas no Brasil, totalizando aproximadamente 900.000 pessoas, ou 0,4% da
população do país.
O governo reconhece 690 territórios indígenas, que abrangem mais de 13% do território brasileiro. Quase todas estas
terras se encontram na Amazônia.
Mas, apesar de grande parte dos indígenas brasileiros viver fora da Amazô- nia, eles ocupam somente 1,5% da
área total do restante do país.

O povo mais numeroso hoje é o Guarani, com uma


população de 85.000 pessoas, mas hoje eles têm
pouquíssima terra. Durante os últimos 100 anos,
uma enorme parte de suas terras foi roubada e
transformada em vas- tas áreas de pasto e de
plantação de soja e cana-de-açúcar. Muitas comu-
nidades estão morando em reservas superlotadas e
outras vivem sob lonasna beira das estradas.
Os primeiros povos a serem contatados pelos O povo indígena com o maior território é o Yanomami,
colonizadores europeus quando desembarcaram no que vive relativamen-te isolado com uma população de
Brasil em 1500 foram os que vivem na região sul da quase 27.000 no Brasil e ocupa 9,4 mi- lhões de
Mata Atlântica, como os Guarani e os Kaingang, e hectares no norte da Amazônia.
no interior e litoral do Nordeste, como os Pataxó Ha O maior povo amazônico no Brasil é o Tikuna, que
Ha Hãe e os Tupinambá. soma 53.000 pessoas. O menor é composto por apenas
Apesar de centenas de anos de contato com a um homem, que vive em um pequeno peda- ço de
sociedade não indígena e en- frentando o roubo e a floresta cercado por fazendas de gado e plantações de
invasão de suas terras, a maioria dos povos soja na Ama- zônia ocidental, e recusa todas as
indígenas lutaram e têm lutado para manter sua tentativas de contato.
língua e seus costumes. Muitos povos amazônicos somam menos de 1.000
indígenas. O povo Akuntsu, por exemplo, agora é
composto por apenas três pessoas, e os Awá por 450.
Disponível em: http://www.museunacional.ufrj.br/
Acesso em: 30 jul. 2020.

RESPONDA AS QUESTÕES 1. Em que regiões brasileiras há maior


número de TerrasIndígenas?
2. Em sua opinião, qual a importância da
demarcação dasTerras Indígenas?
3.De que forma os costumes culturais
indígenas colaboraram para a formação
atual da cultura brasileira?
Ao ler o primeiro texto responda:
1. O que explica a concentração populacional do Brasil, até os diasde hoje na faixa litorânea do país?

2. Faça uma análise das condições atuais de vida dos povos nativos do Brasil.

3. Você entendeu como foi formado o nosso país?

4. Esse processo tem alguma relação com suavida na atualidade?

5. Conseguiu realizar as tarefas sozinho?

6. Todo esse processo de ocupação, dominação eexpansão tem alguma relação com a Geografia
Brasileira? Conversa aí com seus colegas.

PONTO DE ENCONTRO

Depois do contato entre os povos nativos e os colonizadores, outros processos ocorreram. O que os
colonizadores buscavam no interior? Essa exploração por eles mudou as paisagens? E essa expansão
econômica real- mente foi necessária, já que a maioria da população se mantém até hoje na faixa
litorânea? Já deu para perceber pessoal, que temos bastante assunto para estudar, pensar e refletir.

QUESTÕES
1. Observem as pinturas. Qual o resultado dessa exploração do interior por parte dos
colonizadores? O que levou as modificações ocorridas no interiordo país? Registra no seu caderno.

Texto 1 – Expansão Territorial Brasileira


A expansão territorial brasileira está associada à diversidade de atividades que foram se desenvolvendo no Brasil
Colônia à medida em que foi ocorrendo a expansão demográfica e também em decorrência da crise do ciclo da
cana-de-açúcar no Nordeste.

Após a União Ibérica (1580-1640), houve a anulação do Tratado de Torde silhas, que possibilitou que as terras mais
afastadas do litoral brasileiro pudessem ser ocupadas pelos colonos, e ainda mais porque eram áreas que não
interessavam na colonização espanhola. Então, ocupado de maneira desigual e por diferentes motivos, podemos
resumir a expansão territorial brasileira assim:
• Região Nordeste: o litoral foi o primeiro local da ocupação portuguesa, devido ao interesse econômico da
cana-de-açúcar e também por motivo da defesa militar do território. Podemos observar que a maioria das capi- tais
nordestinas, com exceção de Teresina-PI, são cidades litorâneas. Já o interior do Nordeste foi povoado pela expansão
da pecuária, tendo como
principal eixo o Rio São Francisco, e outros povoamentos que eram cortados pelos rios, como o Rio Jaguaribe, no
Ceará. A pecuária torna-se o principal meio econômico do Nordeste, que traz até hoje a figura do vaqueiro como
representante de sua cultura.
• Região Sudeste e Centro-Oeste: essas regiões foram povoadas pela atuação dos bandeirantes, em busca de ouro
e no apresamento dos índios. Na verdade, a figura do bandeirante é decisiva para a expansão territorial brasileira, já
que foi através das bandeiras que o interior do Brasil foi sendo penetrado, na corrida do ouro, no início do século
XVIII. As cidades mineiras onde se concentraram a extração mineradora, também foi onde mais se concentrou a
população, contribuindo para o desenvolvimento das cidades, construção de estradas, surgimento de vilas e a
urbanização doSudeste brasileiro.
• Região Norte: teve como processo de povoamento também a atuação dos bandeirantes que foram em busca das
drogas do sertão (as especiariasda floresta Amazônica brasileira) para comercialização.
• Região Sul: foi colonizada por incentivo da Metrópole para assegurar o controle das fronteiras com a América
espanhola, além de ter desenvol- vido um grande centro de ação jesuítica com os Sete Povos das Missões. A Região
Sul também se desenvolveu economicamente através da pecuária echarqueadas.
Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/expansao-territorial-brasi-leira/ Acesoe m: 30 jul. 2020.

Texto 2 – História da Bahia


A História oficial do Brasil começou na Bahia; a História registra que o descobridor, Pedro Álvares Cabral,
aportou nas costas da região onde hojese encontra Porto Seguro, no litoral Sul da Bahia. [...]
Os primeiros registros oficiais da região de Salvador, no entanto, foram feitos pela expedição de 1501;
Américo Vespúcio, que participava da expe-dição, foi o primeiro a falar da baía a que chamaram “de Todos os Santos”,
por ter sido encontrada em 1 de novembro, dia de Todos os Santos. [...]
O nome “Bahia” iria estender-se ao território que se constituiu com as terras das capitanias hereditárias
doadas a Francisco Pereira Coutinho, Pero de Campos Tourinho, Jorge de Figueiredo Correia, D. Antônio de Ataídee
D. Álvaro da Costa. [...]
As capitanias da costa central do Brasil não ofereciam perspectivas de retorno, e por isso foram destinadas
aos menos ricos dos donatários;as capitanias que mais atraíram a atenção foram as do extremo norte
(próximas à Foz do Amazonas) e do extremo sul (próximas à foz do rio daPrata) e pelo mesmo motivo: os rios
davam fácil acesso ao interior do Brasil, onde, supunha-se, poderiam ser encontradas ricas minas de ouro e platina, tal
qual ocorreu na costa ocidental da América.[...]
Após violentas guerras contra os índios de Jaguaripe e Paraguaçu (1558 e 1559), concluiu-se a posse de
Matuim e Passé. Não foi somente com boiadas e currais que se completou a incorporação dos sertões à Bahia,
mas também com as guerras contra os índios das etnias Amoipira, Acroá ePaiaiá, dentre outras.
A religião também teve papel importante; Roma mandou a Salvador o primeiro bispo das Américas, o bispo
Sardinha; ademais as missões reli- giosas dos padres da Companhia de Jesus e dos frades de São Francisco e do Monte
Carmelo muito contribuíram para as atividades civilizadoras, produtivas e constantes. Outro estímulo para o
povoamento consistiu nodescobrimento de ouro na serra de Jacobina.
No século XVIII, a Bahia contava 77.000 habitantes. Acompanhando, por um aspecto, a conquista do
território, e correspondendo, por outro, à orien- tação de Portugal, ficaram caracterizadas quatro zonas de produção: (1)
o Recôncavo, para a cana-de-açúcar; (2) Jaguaripe e Camamu, para a farinha de mandioca; (3) tabuleiros ou areais,
para fumo e mandioca; (4) o sertão, para o gado. A principal característica da economia, não apenas da Bahia, mas de
todo o Brasil colonial, foi estar voltada para o mercado externo, com as terras da Bahia colocadas como fornecedoras
de matérias-primas eartigos da lavoura tropical, que interessavam à Europa.
Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/bahia Acessoem: 30 jul. 2020.
Após a leitura dos textos respondam:

1. O que resultou a anulação do Tratado de Tordesilhas?

2. Qual a importância dos rios no processo de ocupação doNordeste?


3. Nas atuais regiões Sudeste e Centro Oeste, qual o resultado da exploração destas regiões e no que resultou este
processo?
4. O que os exploradores buscavam nas regiões da atualidade,Norte e Sul?
5. Como a região do Recôncavo colaborou para o processoeconômico da colonização?
6. Para onde era destinada a produção colonial? Esses produtosno momento eram muito valorosos?

Encerrando agora a nossa trilha, passamos a compreender sobre o desenvolvimento econômico da colônia; suas
dificuldades, desafios e crueldades também presentes. É a partir desse processo que percebemos uma
intensificação da construção do que chamamos de espaço geográfico. Finalizando esta etapa, responda e depois
socialize com seus colegas.

1. Você compreendeu o tema estudado nesta trilha?


2. Esse processo tem alguma relação com sua vidana atualidade?
3. Conseguiu realizar as tarefas sozinho?
4.Você percebe alguma relação da expansão econômica com sua vida neste momento? Trazendo aspectos de
influência social, econômicaou mesmo cultural? Justifique.

Antes de partirmos para conhecer esse “brasilzão”, temos que saber: mas afinal o que define uma região? É
possível várias respostas para essa pergunta. Vamos ficar com uma delas: é uma parcela do espaço geográfico,
habitado, transformado e trabalhado pelo ser humano, produzindo a partir daí uma identidade cultural que a
diferencia de outros espaços geográficosregionalizados.

Pé na estrada! Vamos à busca da primeira século XIX. Bem distante, estamos no século
regionalização do Brasil e depois das que se seguiram
XXI!
e nessa pegada, descobrirmos a evolução dos
elementos conceituais para as regionalizações suas Texto 1 – Histórico das divisões regionais
configurações e reconfigurações no Brasil. brasileiras Divisão regional de 1913
“Antes da primeira divisão regional oficial criada pelo IBGE
em 1942, algumas propostas tiveram significativa
projeção nos meios intelectuais e mesmo em órgãos
da administração pública. Segundo Ignes Teixeira
Guerra (1968, p. 61), dentre as mais importantes
divisões regionais do Brasil que fizeram parte dos
debates que antecedem a divisão do IBGE,
destacam-se as seguintes: a de André Rebouças
(1889), dividindo o país em “10 áreas agrícolas”;
Elisée Reclus (1893), dividindo o país em 8 regiões;
Said Ali (1905), propondo 5 regiões para o Brasil;
Delgado de Carvalho (1913), cuja proposta serviu de
Nossa caminhada começa lá pelos anos 80,base
do para a primeira divisão oficial; Pierre Denis
(1927), que dividiu o país em 6 regiões; e finalmente “região natural” como elemento central do
Betim Paes Leme (1937), com tório). Meri Lourdes estabelecimento dos limites regionais
Bezzi (2004) lista outras 10 divisões regionais internosdo Brasil.” (CONTEL, 2014, p. 3).
sugeridas entre meados do século XIX e o início do
XX.” (CONTEL, 2014, p. 3). Devemos entender aqui que os elementos naturais para a
caracterização da região natural são os aspectos físicos:
“Possivelmente a mais importante delas foi clima, vegetação e relevo.
proposta por Delgado de Carvalho no ano
de 1913, em que sugeria o conceito de
Divisão regional de 1942

“A primeira divisão regional oficial do Brasil foi realizada pelo IBGE no final da década de 1930, e se
institucionalizou a partir da Circular No. 1 de 31 dejaneiro de 1942 da Secretaria da Presidência da República.
(CONTEL, 2014, p. 3).

Esta divisão manteve os princípios de região natural, advogada por Delgado de Carvalho, mas acrescentou mesmo
que em menor importância, os fatores socioeconômicos.
Divisão regional de 1970

“A configuração territorial do país, muda significativamente após a Segunda Guerra Mundial. As redes rodoviárias
alcançam paulatinamente o território como um todo, formando as bases para um mercado interno mais coeso e uma
rede urbana efetivamente nacional (Barat, 1978). Um processo de industrialização mais robusto se inicia, com a
construção de
um parque produtivo muito mais complexo, dividido entre empresas nacio- nais (privadas e públicas) e
multinacionais (Evans, 1979). Esta industria- lização em novos moldes se dá de forma concentrada no estado de
São Paulo (Cano, [1977] 1983), aumentando as disparidades regionais entre os estados da federação (Oliveira, [1977]
1987). Parcelas inteiras do território se abrem para circuitos produtivos e de comércio internacionais (sobretudo no
caso das commodities agrícolas e minerais), levando o território a uma “inserção profunda em uma ordem mundial
capitalista”(Santos, 1979, p.
161).” (CONTEL, 2014, p. 5).

“Esta grande divisão regional do território para fins estatísticos foi deta- lhada pela Resolução n.1 da Comissão
Nacional de Planejamento e NormasGeográfico-Cartográficas de 8 de maio de 1969, e oficialmente publicada
pelo Decreto-Lei no. 67.647, de 23 de novembro de 1970. É esta regiona- lização que vai ser utilizada, com
algumas mudanças, até os dias de hoje, dividindo o Brasil nas atuais cinco “Grandes Regiões” como as conhe-
cemos: Região Norte, Região Nordeste, Região Sudeste, Região Sul e RegiãoCentro-Oeste.” (CONTEL, 2014, p. 8).
Nessa regionalização o Brasil já se tornou urbano. Diante dessa nova confi- guração e organização das cidades, essa
regionalização leva em conta a articulação econômica que se consolida no território nacional introduzindo
conceitos e métodos reveladores da importância crescente da articulação econômica e da estrutura urbana na
compreensão do processo de orga- nização do espaço brasileiro. Internamente o Brasil foi subdividido em
microrregiões e mesorregiões homogêneas.
Divisão regional de 1990

Na década de 1990 o território brasileiro possui feições semelhantes àquelas encontradas no final da década de 1970.
Os transportes rodoviá- rios se consolidam como a principal componente do sistema de movimento do território, e se
sobrepõe a esta rede-suporte um eficiente sistema de transportes aéreos, para fazer frente aos fluxos corporativos (de
pessoas
e mercadorias) ligados ao que se pode chamar de “circuito superior da economia urbana”. Ainda que de forma
seletiva, um meio geográfico carregado de tecnociência e informação se difunde por todas as partes do espaço
nacional, e se dá de forma mais ubíqua nas Regiões Sul e Sudeste do país, configurando o que Milton Santos e Ana
Clara Torres Ribeiro chamaram de “região concentrada”. (CONTEL, 2014, p. 9).
A última mudança importante na regionalização do território brasileiro proposta pelo IBGE se deu entre os anos de
1989/1990, e resultou da apro- vação dos trabalhos do grupo da Divisão de Estudos Territoriais (DITER) do IBGE,
[...] a proposta final de nova divisão regional foi aprovada no IBGE através da Resolução PR-52, de 31 de julho de
1989, e teve sua institucio- nalização definitiva pela Resolução no. 11 da Presidência do IBGE de 5 de junho de
1990. Os resultados da pesquisa foram publicados entre os anos de 1990 e 1992, numa coleção com dois volumes,
denominada Divisão do Brasilem Mesorregiões e Microrregiões Geográficas[...]”. (CONTEL, 2014, p. 10).

Disponível em: https://journals.openedition.org/terrabrasilis/990.Acesso em: 11 de ago. 2020.


Bateu aquele cansaço? Relaxe, agora que você já tem a base teórica, a realização prática vai ser suave. Vamos lá!

Figura 2 – Região Concentrada


O outro lado da moeda.
A região Concentrada é formada pelos estados do
Sudeste e do Sul, sendo caracterizada como a região
de maior consolidação das técnicas, ciência e
informação. Além da maior concentração
populacional e das maiores cidades, possui os
maiores complexos industriais, os principais portos,
aeroportos e rodovias, infovias, shopping centers,
redes de supermercados, bem como as principais
universidades com as maiores produções cientí- ficas
do país.
Disponível em:
A Região Concentrada proposta por Milton Santos e
https://tudogeo.com.br/2019/04/02/os-quatro-brasis-de-m
Maria Laura Silveira, é uma região de imigração.
ilton-santos/ Acesso em: 11 de ago. 2020.
Recebeu não só brasileiros ao longo do séculoXIX e
XX. Recebeu muitos estrangeiros que aqui vieram
tentar a sorte.

A PARTIR DAS LEITURAS DOS TEXTOS RESPONDA AS QUESTÕES

1.Ao concluir meus estudos, pretendo continuar na minha cidadeou região ou vou migrar e por quê?

2. Sendo sua cidade ou região uma área de emigração, o que você propõe paraque a população dela não migre
mais ou diminua esse fluxo?

3. Analise essa divisão regional do Brasil, proposta por Milton Santos e MariaLaura Silveira. Compare com as
anteriores escreva em seu caderno um texto de no máximo 10 linhas concordando ou não com essa
regionalização baseando-se nos critérios por eles utilizados para proporem a RegiãoConcentrada.

Encerrando agora essa trilha, passamos a compreender A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO E AS


REGIONALIZAÇÕES E OS PROCESSOS MIGRAÓRIOS INTRARREGIONAIS. Percebemos como estes
processos são importantes e estão presentes no nosso dia a dia. Agora finalizaremos mais esta etapa de estudo!
FILOSOFIA

TEMA 1: As dimensões do sagrado e suas formas de conhecimento

Olá! Sabemos que a pandemia da covid-19 nos trouxe grandes mudanças, temos grandes desafios pelafrente, mas
juntos conseguiremos vencer a dificuldade de redesenhar e reinventar o processo de
ensino-aprendizagem. #Tamosjuntos #Vamosjuntos!

O primeiro encontro para ser especial precisa “rolar um clima”. É necessário uma afinidade, um interesse em
comum, uma admiração, vontade de estar junto. E nada melhor do que a Filosofia para gerar esse clima. A Filosofia
sim, acredite! Convido você para uma jornada filosófica. Desejo que aceite e continue comigo por um tempo. Sim,
é preciso dedicar um tempo para que à AFINIDADE aconteça. Assim como fazemos com quem gostamos,
dedicamos um período da nossa existência para compartilhar momentos que vão fazer parte importante da nossa
história. A dedicação será compensada com o conhecimento! Então vamos começar nossa jornada que o caminhar
vale o esforço!
Uma longa caminhada começa com o primeiro passo – Lao Tsé

1- Primeiras trocas
Desde que o “mundo é mundo” que o ser humano busca por entendimentos e respostas. Observam a natureza, os
acontecimentos e tentam responder a tudo. Porém será que conseguem responder a tudo, tudinho mesmo? Temos o
controle sobre os acontecimentos da vida? Perceber os acontecimentos da vida como exterior a nossa vontade nos
leva ao pensamento sobre “algo maior” que nós. Então pergunto só para aquecer o caminhar:
1- Você sabe o que significa a palavra sagrado?
2- 2- A religião é uma forma de explicar a vida?
3- 3- É realmente possível explicar o mundo através da religião?
Responda em seu caderno e/ou bloco de anotações (portfólio).

2- Para explorar
O sagrado e a função de dar sentidos
É importante entender que sagrado e seus símbolos foram construídos ao longo do tempo dentro de um contexto
de cultura sendo assim, não é possível uma definição universal. Uma das característicasdo sagrado é apresentar uma
visão de mundo positiva capaz de oferecer uma maior “tranquilidade” ao ser humano. “[...] A filosofia não surgiu em
contraponto à magia. A magia é a ancestralidade da filosofia, e é por isso que ela é uma anterioridade em relação à
filosofia, muito embora diga a lenda que a filosofia surgiu em contraponto ao mito (A magia sempre aparece
correlacionada ao mito, o que, em verdade, é correto afirmar, pois a narrativa mitológica é sempre uma narrativa
mágica e o produto
dessas narrativas é o encantamento). O esforço por compreender o mundo através de uma atitude racional deslocaria,
pela primeira vez na história, a explicação do mundo pelo sobrenatural. A razão desbancaria, assim, os deuses. Luz ao
invés de mistério. Verdade (alethéia) ao invés de opinião (doxa).
Lógica no lugar da magia... Tales de Mileto com sua sentença: “tudo é água”, teria sido, então, o primeiro homem no
ocidente a romper com o paradigma do sagrado e a criar uma explicação racionaldo mundo.” [...]
Fonte: OLIVEIRA, Eduardo David de. FILOSOFIA DA ANCESTRALIDADE: Corpo e Mito na Filosofia da Educação Brasileira. 2005, P. 221.

Leia os textos a seguir:

TEXTO1 O cão sábio

Certo dia um cão sábio passou por um grupo de gatos. À medida que se aproximava, percebeu que estavam muito
concentrados no que estava acontecendo entre eles e não lhe prestavam a menor atenção. Decidiu então parar e
escutar o que diziam. Do meio deles levantou-se um gato grande e solene que olhou para todos e disse:
– Irmãos, rezem, e depois rezem de novo e outra vez ainda, sem duvidar; e então, em verdade lhes digo, vai chover
rato.
Ao ouvir isso, o cachorro riu deles por dentro e afastou-se, pensando:
– Oh, gatos cegos e insensatos! Pois não está escrito e eu não sei, e meus antepassados antes de mim não
sabiam, que o que chove quando rezamos e suplicamos com fé não são ratos, e sim ossos? Fonte: GIBRAN, Khalil. O
louco. trad. Dinah Abreu Azevedo, São Paulo, Aquariana, 2003 (Lado B), p. 19). Disponível em:
http://ocairdanoite.blogspot.com/2010/10/o-cao-sabio-khalil-gibran.html.
TEXTO 2 - O sagrado
“Quando o homem, pela primeira vez, ergueu os olhos para o céu, não foi para satisfazer a uma curiosidade
meramente intelectual. O que realmente buscava no céu era seu próprio reflexo e a ordem do seu universo
humano.” Ernst Cassirer CASSIRER, Ernst. Antropologia Filosófica. São Paulo: Mestre Jou. 1977, P. 84.
CASSIRER, Ernst. Antropologia Filosófica. São Paulo: Mestre Jou. 1977, P. 84.

O sagrado é uma experiência da presença de uma potência ou de uma força sobrenatural que habita algum ser –
planta, animal, humano, coisas, ventos, água, fogo. Essa potência é tanto um poder que pertence própria e
definitivamente a um determinado ser, quanto algo que ele pode possuir e perder, não ter e adquirir. O sagrado é a
experiência simbólica da diferença entre os seres, da superioridade de alguns sobre outros, do poderio de alguns
sobre outros, superioridade e poder sentidos como espantosos, misteriosos, desejados e temidos. A sacralidade
introduz uma ruptura entre natural e sobrenatural, mesmo que os seres sagrados sejam naturais (como a água, o
fogo, o vulcão): é sobrenatural a força ou potência para realizar aquilo que os humanos julgam impossível efetuar
contando apenas com as forças e capacidades humanas. Assim, por exemplo, em quase todas as culturas, um
guerreiro, cuja força, destreza e invencibilidade são espantosas, é considerado habitado por uma potência
sagrada. Um animal feroz, astuto, veloz e invencível também é assim considerado. Por sua forma e ação
misteriosas, benévolas e malévolas, o fogo é um dos principais entes sagrados. Em regiões desérticas, a
sacralização concentra-se nas águas, raras e necessárias. O sagrado opera o encantamento do mundo, habitado por
forças maravilhosas e poderes admiráveis que agem magicamente. Criam vínculos de simpatia-atração e de
antipatia-repulsão entre todos os seres, agem à distância, enlaçam entes diferentes com laços secretos e eficazes.
Todas as culturas possuem vocábulos para exprimir o sagrado como força sobrenatural que habita o mundo. Assim,
nas culturas da Polinésia e da Melanésia, a palavra que designa o sagrado é mana (e suas variantes). Nas culturas
das tribos norte-americanas, fala-se em orenda (e suas variantes), referindo-se ao poder mágico possuído por todas
as coisas, dando-lhes vida, vontade e ação, força que se pode roubar de outras coisas para si, que se pode perder
quando roubada por outros seres, que se pode impor a outros mais fracos.
Entre as culturas dos índios sul-americanos, o sagrado é designado por palavras como tunpa e aigres. Nas
africanas, há centenas de termos, dependendo da língua e da relação mantida com o sobrenatural, mas o termo
fundamental, embora com variantes de pronúncia, é ntu, “força universal em que coincidem aquilo que é e aquilo
que existe”. Na cultura hebraica, dois termos designavam o sagrado: qados e herem, significando aqueles seres ou
coisas que são separados por Deus para seu culto, serviço, sacrifício, punição, não podendo ser tocados pelo
homem. Assim a Arca da Aliança, onde estavam guardados os textos sagrados, era qados e, portanto, intocável.
Também os prisioneiros de uma guerra santa pertenciam a Deus, sendo declarados herem. Na cultura grega, agnos
(puro) e agios (intocável), e na romana, sacer (dedicado à divindade) e sanctus (inviolável) constituem a esfera do
sagrado. Sagrado é, pois, a qualidade excepcional – boa ou má, benéfica ou maléfica, protetora ou ameaçadora
– que um ser possui e que o separa e distingue de todos os outros, embora, em muitas culturas, todos os seres
possuam algo sagrado, pelo que se diferenciam uns dos outros. O sagrado pode suscitar devoção e amor, repulsa
e ódio. Esses sentimentos suscitam um outro: o respeito feito de temor.Nasce, aqui, o sentimento religioso e a
experiência da religião. A religião pressupõe que, além do sentimento da diferença entre natural e sobrenatural, haja
o sentimento da separação entre os humanose o sagrado, mesmo que este habite os humanos e a Natureza.
Fonte: CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2000, P.379-382

3- Resolvendo desafios
Muitos textos interessantes foram apresentados para vocês e agora para ajudar no entendimento nada melhor que
responder algumas questões. Vale reler o material! Anote no seu caderno as perguntas e respostas.
1- Será que existe diferentes entendimentos do que é sagrado a depender da cultura? Justifique sua resposta. 2- O
sagrado pode ser considerado um conhecimento?

4- Coloque a mão na massa

Vamos exercitar a criatividade! Pegue umas revistas e retire imagens interessantes e faça uma linda colagem que
represente o seu entendimento sobre o que é o sagrado. Coloque uma pequena definição na folha de papel com um
lápis colorido do que é o sagrado para você.
Pode ser feito também virtual (Cards, vídeos...use sua criatividade).
Acredito que vai ficar muito lindo!! E seria bom compartilhar na sua rede social, o que acha?
5- Refletir e criar

Vamos exercitar a criatividade fazendo um pequeno vídeo ou texto contando sobre a sua religião. O que você
aprende e quais os valores que ela defende? Caso não tenha religião, fale/escreva sobre o assunto: o que é
importante para você e o que considera sagrado?

6- Intervenção social

Após leituras, reflexões e atividades acredito que está mais que preparado para este novo desafio. A intolerância
religiosa é um tema recorrente nos noticiários. Leia novamente O cão sábio (texto 1) e faça uma reflexão sobre o
assunto. Use sua criatividade. Pode produzir um vídeo, poesia ou escrever algo, o importante é compartilhar sua
reflexão. Vamos ajudar outras pessoas a pensar e refletir sobre o assunto.

7- AUTOAVALIAÇÃO
Que tal registrar agora como você foi nesta caminha fazendo uma autoavaliação? Gostaria que anotasse no seu
caderno e/ou portifólio qual o texto que mais lhe ajudou a entender o assunto e se esse assunto é importante
para você. Por quê? Também observe se ainda precisa melhorar seu entendimento. Sempre é possível melhorar o
que já sabemos. Essa foi apenas um breve caminhar.

TEMA 2: O uso público das verdades religiosas e o respeito à diversidade

Oi! Muito bom encontrar vocês mais uma vez! Hora de retomar o rumo e continuar na nossa caminhada filosófica.
Não se preocupe com as dificuldades e dúvidas, é bom que elas façam parte do percurso, significa que estamos
realmente envolvidos no processo.

O poeta Drummond disse que a pedra que encontrou no meio do caminho, fez com que ele nunca esquecesse desse
acontecimento. Acho que é assim com a gente, certo? Quando enfrentamos uma dificuldade o evento passa a ser parte da
nossa história tomando a importância que damos a ele. Pode ficar “de boa” porque vai contar com ajuda. Outras pessoas
já passaram por esta por aqui e são especialistas. Deixaram marcas maravilhosas. Desejo que os eventos dessa caminhada
possam estar presentes na memória de vocês ajudando a observar as paisagens da vida! A dedicação será compensada!
#aprender vale o esforço!

1- Primeiras trocas
Para começar bem, é preciso “estar atento e forte” e notar que as relações humanas envolvem uma disputa de poder.
Essa é a primeira dica para entender o “pulo do gato” do tema que vamos visitar. Vamos entrar no terreno referente
a condução dos destinos coletivos relacionado a esfera pública, e a nossa autonomia de escolhas. Proponho pensar
livremente sobre as questões que seguem. Registre no suas respostas sem se preocupar com os acertos. Você poderá
retornar a elas para complementar.

1- Quem é o condutor dos destinos coletivos?


2- Como se dá a participação das religiões na esfera pública?
3- Qual o significado da palavra diversidade?
4- O que é uma verdade religiosa?
5- Existe diferentes tipos de verdades?
6- O que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, define sobre a liberdade de religião e de opinião no seu
artigo 18? 7- O que significa estado Laico?

2- Para explorar
Assista ao vídeo que reproduz a música “Manifesto” disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=k9mqyuTCrIM/ Acesso em: 10 março. 2021.

Agora, leia o trecho da música Manifesto:

Manifesto – Vintage Culture (feat. Anmari)


“(...) O nosso mundo tá doente em tudo Enquanto nós
perdemos tempo brigando por isso
Ao invés de dividir as religiões entre as que são do mal e as que são do bemQue tal botar sua
ideologia no bolso
E ajudar aquele moço que de frio morre na rua desamparado e sem ninguém? Os grandes
mestres já disseram que precisamos de união
Então por que não fazer do respeito também uma religião?”Disponível em: https://www.letras.mus.br/vintage-culture/manifesto/
Acesso em: 08 março 2021

2- Lendo as imagens
Você sabia que em qualquer caminho da vida há muitas paisagens a serem observadas? Pois é! O nosso caminho
hoje está cheio delas. Observe a imagem:
Disponível em: https://www.facebook.com/SenadoFederal/photos/a-intoler%C3%A2ncia-religiosa-%-C3%A9-um- conjunto-de-ideologias-e-
atitudes-ofensivas-a-cren/1408082919207559/

Em 2012 a juíza Ana Pezarini rejeitou o pedido protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) paraa retirada dos
crucifixos e demais símbolos religiosos nas repartições públicas. A justificativa para a negação foi pautada na relevância
histórico-cultural desses símbolos:

TEXTO 1 MPF tenta de novo retirar crucifixos das repartições

[...] Claro que se pode alegar que a autoridade superior que atua no edifício, que no caso da sala de audiência é o
Juiz, pode determinar a colocação deste ou daquele símbolo religioso, mas, nestes casos,tal autoridade estaria usando
o seu cargo para satisfazer interesse pessoal, em detrimento dos interesses dos demais servidores que atuam na
referida sala e, ainda, em prejuízo das convicções religiosas das pessoas que nela são atendidas.
Assim sendo, considerando-se o princípio da igualdade, a liberdade de crença e a laicidade do Estado brasileiro
frente à situação fática de multiculturalidade do povo brasileiro, considerando-se o princípio daimpessoalidade frente
à demonstração de convicções íntimas religiosas por servidores públicos no desempenho da atividade pública,
denota-se que a exibição de símbolos religiosos em locais públicos de grande visibilidade ou de uso dos
administrados não está de acordo com as normas que regem a relação entre o Estado e religião, e a relação entre
Estado e seus cidadãos.
Ante o quadro fático objeto dos autos, em que a União permite a ostentação de símbolos religiosos em locais de
grande visibilidade ou de atendimento público em seus prédios, compete ao Poder Judiciário conferir efetividade a
toda a normatividade supracitada, notadamente os dispositivos normativos que determinam a observância do
princípio da igualdade, a liberdade de crença, a laicidade do Estado Brasileiro e o respeito ao princípio da
impessoalidade pela Administração Pública, exigindo cessação detal permissividade da ré. [...]

São Paulo, 29 de janeiro de 2013. (JEFFERSON APARECIDO DIAS - Procurador da República). Disponível em:
https://docs.google.com/file/d/0B0vkl_xBVqgOcUdwa1JmSjNGbzQ/edit.

1- Você concorda que, a opção por uma religião deve permanecer no nível da escolha pessoal? O Estado pode
abraçar um credo? E as pessoas que fazem parte do serviço público podem manifestar suas crenças, ou não? Essas
são algumas questões que permeiam a discussão sobre a religião no espaço público. Vamos dar uma pausa e
responder estas questões no caderno e/ou bloco de anotações(portfólio).

3- Para explorar

Após a pausa vamos continuar! Para continuar é necessário energia, certo? A energia para a discussãofilosófica é
nutrida com leituras e debates. Leia, atentamente, os textos a seguir:

TEXTO 1 Direitos humanos 227 na educação superior. Subsídios para a educação em direitoshumanos na
pedagogia
A Dignidade exige que sejamos nós mesmos.
Mas a Dignidade não é somente que sejamos nós mesmos.Para
que haja Dignidade é necessário o outro.
E o outro só é outro na relação conosco.A
Dignidade é então um olhar.
Um olhar a nós mesmos que também se dirige ao outro olhando-se e olhando-nos.A
Dignidade é então reconhecimento e respeito.
Reconhecimento do que somos e respeito a isto que somos, sim, mas também reconhecimento do queé o outro e
respeito ao que ele é.
A Dignidade então é ponte e olhar e reconhecimento e respeito.Então a
Dignidade é o amanhã.
Mas o amanhã não pode ser se não é para todos, para os que somos nós e para os que são outros.A Dignidade é
então uma casa que nos inclui e inclui o outro.
A Dignidade é então uma casa de um só andar, onde nós e o outro temos nosso próprio lugar, isto enão outra coisa
é a vida, e a própria casa.
Então a Dignidade deveria ser o mundo, um mundo que tenha lugar para muitos mundos.A
Dignidade então ainda não é. Então a Dignidade está por ser.
A Dignidade então é lutar para que a Dignidade seja finalmente o mundo.
Um mundo onde que haja lugar para todos os mundos. Então a Dignidade é e está por construir. É umcaminho a
percorrer. A Dignidade é o amanhã.

CANDAU, V. M. Direitos humanos, diversidade cultural e educação: a tensão entre igualdade e diferença. In: FERREIRA, L. de F. G.;
ZENAIDE, M. de N. T.; DIAS, A. A. (orgs.). Direitos humanos 227 na educação superior. Subsídios para a educação em direitos humanos
na pedagogia. João Pessoa: Editora da UFPB, 2010. p. 205-228 (Trecho adaptado).
TEXTO 2 Da liberdade de crença ao fanatismo que ameaça as liberdades

[...] Os Estados modernos criaram mecanismos políticos para assegurar as liberdades individuais, incluindo a religiosa.
Os princípios da tolerância e laicidade foram conquistados em diferentes instantese processos históricos.
A autonomia da esfera privada, que marca as questões de fé, e, ao mesmo tempo, a ampliação das ações públicas que,
por exemplo, limitariam o poder das religiões em temas como educação, saúde pública ou temas culturais, armaram
um histórico de contínuas tensões. No cerne do Estado moderno está a tensão entre a autonomia das escolhas e a
condução dos destinos coletivos.
Excetuando-se os estados autoritários, que negam a liberdade religiosa, ou os teocráticos, que negama autonomia da
vida política, há impasses profundos entre religião e política nas sociedades atuais. No Brasil, um desses campos de
disputa é a discussão sobre a teoria de gênero. A filósofa Judith Butler foi alvo de protestos em sua recente passagem
por São Paulo. A menção a fogueiras inquisitoriais é reveladora dos obscurantismos e dos riscos embutidos na suposta
liberdade de expressão dos que defendem doutrinas que negam os princípios da laicidade. [...]
A opinião pública forma-se por elementos complexos e até mesmo contrários ao respeito e à dignidade das pessoas. A
pluralidade e a convivência entre grupos sempre serão ameaçadas, se algum grupo considerar-se acima do bem e do
mal, se algum grupo se afirmar como porta-voz de uma verdade suprema ou iluminada, seja de matriz religiosa ou
política.
Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/ju/artigos/jose-alves-de-freitas-neto/coisas-que-se-misturam- religiao-e-politica
(Adaptado).

TEXTO 3 A religião e a esfera pública

[...] Uma sociedade pós-secular é aquela que garante a liberdade religiosa e a pluralidade de imagens de mundo,
mantendo a separação entre jogos de linguagem religiosos e jogos de linguagem não- religiosos; jogos de linguagem
metafísicos e jogos de linguagem pós-metafísicos apenas no âmbito das decisões públicas, em função da preservação
do caráter formal não-epistêmico do debate público, cujas razões precisam preencher os requisitos dos princípios D e
U da ética discursiva, e não porque os conteúdos de uma ala desses jogos de linguagem seja, a priori, inferior em
racionalidade aos conteúdos da outra ala. Assim, um conceito pós-metafísico de secularização deveria apenas dar
conta do complexo problema da necessária separação entre instituições religiosas e instituições estatais, e não tentar
separar “religião” e “política” como esferas incompatíveis da ação e do conhecimento humanos. Sendo assim, torna-
se necessário operar um deslocamento do conceito de secularização (racionalização ou desencantamento do mundo),
movendo-o das esferas ontológica e epistemológica para a esfera do exercício do poder. [...]

ZABATIEIRO. Júlio Paulo Tavares. Cadernos de Ética e Filosofia Política 12, 1/2008, p. 139-159. Disponível:
https://www.unicamp.br/unicamp/ju/artigos/jose-alves-de- -freitas-neto/coisas-que-se-misturam-religiao-e-politica.

Vídeo complementar
Diversidade religiosa.
Disponível em: http://ambiente.educacao.ba.gov.br/tv-anisioteixeira/conteudo/exibir/3860. Acesso em: 08 março.
2021.
4. Resolvendo Desafios

Agora podemos enfrentar o desafio de responder algumas perguntas. Pode consultar o material a vontade e buscar
ajuda em outras fontes. Sei que tem condições de responder as questões abaixo!

1- Retornando ao texto 1 escreva porque é importante reconhecer a dignidade do outro?


2- Relacione dignidade com respeito a diversidade.
3- De que forma é apresentada a intolerância religiosa?
4- Ser laico é ser contra as religiões?
5- Como podem ser superadas as intolerâncias e a discriminação das religiões? Registre tudo em seu caderno ou
bloco de anotações.

5- Coloque a mão na massa, que tá massa haha


A proposta é pesquisar diferentes símbolos religiosos identificando a qual religião pertence e seus significados.
Vamos exercitar a criatividade que tal desenhar e pintar? Se não é a sua desenhar, imprima e pinte ou faça um card.
Vamos aprender mais sobre a diversidade religiosa!

6- É sobre você
A reflexão é importante! Gostaria que você construísse um texto sobre sua experiência com os textos lidos. Pense
assim, se eu fosse explicar este assunto para um amigo com os meus exemplos como eu narraria? Já sofreu
desrespeito quanto a sua religião? Você acha que políticos religiosos confundem a esfera pública com a pessoal?
Explique.

7- Resolvendo desafios

Tenho um desafio maravilhoso! Vamos tentar conhecer mais sobre os povos indígenas?
“[...]Os indígenas foram considerados pagãos pelos europeus que aqui chegaram. Os colonizadores tinham o
cristianismo como referência religiosa, aceita como verdadeira, única e buscavam encontrar osritos cristãos entre os
indígenas. Como isto não acontecia, tendiam a considerá-los como gentios, seres sem alma.” [...]

(Oliveira e Darella, 2013, p.88). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/janeiro-2016-pdf/32111-


diversidade-religiosa- e-direitos-humanos-pdf/file
Será que continuamos pensando como os europeus? Que tal pesquisar sobre a cosmovisão indígena? Vamos todos
postar nas redes (encontro virtual com a turma) e falar sobre o assunto e, para ter respeito pela história, é preciso
pesquisar.

8- AUTOAVALIAÇÃO

Você já tinha refletido sobre esses assuntos? Anote no seu caderno qual foi o ponto forte sobre o tema
estudado e qual a dificuldade que ficou. Esses textos te ajudaram a entender melhor o assunto? É bom lembrar
que o que não conseguimos entender serve para nos motivar a buscar mais esclarecimentos.Parabéns pela
caminhada até aqui!

TEMA 3: Crer e conhecer – questões sobre ciência e religião

Olá, vamos manter o ritmo e continuar aprendendo! O bom de aprender é que a gente vai se modificando. Pense
comigo... depois que aprendemos a ler basta “batermos” os olhos nas palavras e eles brilham com os seus
significados, passando as mais diferentes mensagens. Pense que quando não sabíamos ler, mesmos as mais lindas
palavras como, FILOSOFIA E AMIZADE e tantas outras, não tinham significado nenhum e eram meros rabiscos
que “não nos diziam nadinha”.

Quando aprendemos, um novo mundo se abre! Nesta trilha vamos continuar desbravando caminhos. Vamos manter
o foco. Aproveita a curiosidade e pesquise os links também. Toda dedicação será compensada!
#aprendervaleoesforço #tamosjuntos!

1- Primeiras trocas
Começamos esta trilha com dois verbos CRER e CONHECER.
1 Vocês consideram que eles são diferentes em seus significados? O verbo crer indica confiar, aceitar como
verdadeiro, já o conhecer está relacionado ao saber, adquirir conhecimento. Será que podemos associar que o
CRER está relacionado a religião e o CONHECER com a ciência? Estamos entrando em um terreno impossível de
conciliação? Podemos afirmar que religião e ciência têm em comum a busca de entendimento do ser humano?
Tantas perguntas feitas vamos dar uma breve pausa.
Para ajudar, assista ao vídeo inspirador do físico Marcelo Gleiser:

“Ciência e religião: em busca do desconhecido” Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=24N0pE6H-


W8.
No vídeo o físico compara ciência e religião para chegar ao grande ponto comum entre ambas: o desejo e
transcendência. Agora, utilizando seu caderno, tente responder as questões acima.
Sempre é bom lembrar que este tema é amplo e estamos fazendo apenas um passeio por algumas paisagens que
nos ajuda a vislumbrar a questão. Vamos lá!

2- Lendo as imagens

Observe as imagens 1 e 2, com atenção:

Figura 1 – A criação de Adão

Figura 2 – Ciência versus Religião


Disponível em: https://vidasimples.co/wp-content/uploads/2020/05/The_Creation_of_Adam-1160x523.jpg.
Disponível em: https://sophiaofnature.files.wordpress.com/2014/06/god-and-scientist.jpg?w=1000&h.

A primeira imagem (Figura 1), conhecida como “A criação de Adão”, é um afresco que integra um conjunto de
pinturas que compõem o teto da Capela Sistina, feita pelo pintor Michelangelo. A segunda imagem (Figura 2) foi
feita em referência a anterior como um contraponto. É possível verificar um cientista no lugar de Adão. Vamos
analisá-las?
1- O que podemos entender da primeira imagem (Figura 1)?
2- E da segunda (Figura 2)
3- Vocês acham que a ciência poderia ser considerada uma nova religião? Explique sua resposta e faça suas
anotações!

3. Para
explorar
Leia os textos a seguir:
TEXTO 1 O que é Dogmatismo?
[...] “Dogmatismo vem da palavra grega dogma, que significa: uma opinião estabelecida por decreto e ensinada como
uma doutrina, sem contestação. Por ser uma opinião decretada ou uma doutrina inquestionada, um dogma é tomado
como uma verdade que não pode ser contestada nem criticada, como acontece, por exemplo, na nossa vida cotidiana,
quando, diante de uma pergunta ou de uma dúvida que apresentamos, nos respondem: “É assim porque é assim e
porque tem que ser assim”. O dogmatismo é uma atitude autoritária e submissa. Autoritária, porque não admite dúvida,
contestação e crítica. Submissa, porque se curva às opiniões estabelecidas. dúvida que apresentamos, nos respondem:
“É assim porque é assim e porque tem que ser assim”. O dogmatismo é uma atitude autoritária e submissa. Autoritária,
porque não admite dúvida, contestação e crítica. Submissa, porque se curva às opiniões estabelecidas.
As crises, as dificuldades e os impasses da razão mostram, assim, o oposto do dogmatismo. Indicam atitude reflexiva e
crítica própria da racionalidade, destacando a importância fundamental da liberdade de pensamento para a própria razão
e para a Filosofia.” [...]
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/75845368/marilena-
chaui-convite-a-filosofia-1. (Adaptado). Acesso em: 08ago. 2020. (Adaptado).
1- Você reconhece algum dogma que você vivência?
[...] o magistério da ciência cobre o âmbito do empírico: do que o Universo é feito (fato) e por que ele funciona
TEXTO(teoria).
desta maneira 2 Ciênciada
O magistério e Religião – Quatro Perspectivas
religião estende-se sobre questões de sentido último e valor moral. Esses
dois
[...] o magistério da ciência cobre o âmbito do empírico:dedointerrogação
magistérios não se sobrepõem, nem abrangem todo tipo (considere,
que o Universo é feitopor exemplo,
(fato) e poroque
magistério
ele
dafunciona
arte e o desta
sentido da beleza). Para citar o velho clichê, a ciência obtém a idade das rochas, e a religião
maneira (teoria). O magistério da religião estende-se sobre questões de sentido último e valor repousa
sobre a permanência
moral. delas.
Esses dois magistérios não se sobrepõem, nem abrangem todo tipo de interrogação (considere, por
Disponível em: https://social.stoa.usp.br/articles/0026/2868/C_Rppt5.pdf. (Adaptado).
exemplo, o magistério da arte e o sentido da beleza). Para citar o velho clichê, a ciência obtém a idade das
rochas, e a religião repousa sobre a permanência delas.

TEXTO 3 Charge: O Cético

Disponível em: https://sites.google.com/site/professoradeborahbiologia/entropia

TEXTO 4 Isaac Newton: fé e física


[...] O homem que descobriu a gravidade e as leis do movimento, criou a ótica e reinventou a matemática também
legou à humanidade receitas para transformar metais em ouro, remédios feitos com centopeias e uma lista de
pecados que costumava anotar em seus cadernos. Passou a vida estudando a Bíblia para prever quando Jesus
voltaria à Terra.
Contraditório? Não para a época. Quando Isaac Newton nasceu, na Inglaterra de 1642, matemática, religião,
ciência e magia se confundiam. Astronomia e astrologia eram a mesma coisa. Alquimia e
química também. “O século 17 foi uma transição entre a Idade Média e o Iluminismo”, afirma o físico Eduardo de
Campos Valadares, professor da UFMG e autor do livro Newton – A Órbita da Terra em um Copo d’água. “Os
homens que criaram o nosso jeito de pensar viveram com ideais medievais, barrocas,e tementes a Deus.
No caso de Newton, o misticismo e a religião não só conviveram com a ciência como a fortaleceram. “Seu
mergulho profundo nas experiências alquímicas e nas raízes da teologia pode ter influenciado seus
pensamentos a respeito de uma visão mais ampla do Universo”, afirma Michael White, autor da biografia Isaac
Newton – O Último Feiticeiro.”
Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/isaac-newton-fe-e-fisica/ Acesso em: 13 ago. 2020. (Adaptado).

TEXTO 5 A natureza e a necessidade das Revoluções Científicas


A ciência, segundo Kuhn, é dinâmica, pois através Revolução Científica que é um processo de transferência de um
paradigma, ocorrem as mudanças conceituais a respeito de uma determinada questão científica.
[...] Considero “paradigmas” as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo,
fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de umaciência. [...] (p.13)
[...] A ciência normal, atividade na qual a maioria dos cientistas emprega inevitavelmente quase todo seu tempo, é
baseada no pressuposto de que a comunidade científica sabe como é o mundo. Grande parte do sucesso do
empreendimento deriva da disposição da comunidade para defender esse pressuposto — com custos consideráveis,
se necessário. Por exemplo, a ciência normal frequentemente suprime novidades fundamentais, porque estas
subvertem necessariamente seus compromissos básicos. Não obstante, na medida em que esses compromissos
retêm um elemento de arbitrariedade, a própria natureza da pesquisa normal assegura que a novidade não será
suprimida por muito tempo[...] (p.24)
[...] as revoluções científicas iniciam-se com um sentimento crescente, também seguidamente restrito a uma
pequena subdivisão da comunidade científica, de que o paradigma existente deixou de funcionar adequadamente na
exploração de um aspecto da natureza, cuja exploração fora anteriormente dirigida pelo paradigma. Tanto no
desenvolvimento político como no científico, o sentimento de funcionamento defeituoso, que pode levar a crise, é
um pré-requisito para a revolução[...] (126).
KUHN, S. Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 1998. Disponível em:
http://www.arcos.org.br/artigos/o-conceito--de-revolução-cientifica-em-kuhn Acesso em: 08 ago. 2020. (Adaptado).
Para ampliar conhecimentos sobre a temática, acesse os materiais complementares indicados.

Texto complementar

Como a vida de Galileu pode inspirar a sua


Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/como-a-vida-de-galileupode-inspirar-a-sua/.
Ideia que ciência e religião sejam inimigas não resiste a análise histórica
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/09/1917894-a-religiao-nao-vai-desaparecer-e-a-ciencia-nao-vai-acabar-
com-ela.shtml.

Vídeo complementar
Galileu Galilei desenho animado
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=L_yUPezUd8o Acesso em: 08 março. 2021.

4- Resolvendo desafios

Neste momento, você precisa pensar para expressar conhecimentos. Respire fundo e procure lembrar de tudo que
foi comentado durante o percurso até aqui. Registre tudo em seu caderno ou bloco de anotações.
1- Explique a afirmativa: O problema é quando a religião e a ciência querem ter jurisprudência universal.
2- A ciência também pode ser dogmática? O que é ter uma posição dogmática?
3- A ciência é campode certeza absoluta?
4- No texto 5 o autor afirma que para Newton o misticismo e a religião não só conviviam com a ciência como a
fortaleceram. Você concorda? Para você em que sentido a religião pode fortalecer a ciência?
5- A posição religiosa de uma pessoa pode dificultar sua(as) posições ou investigações científicas? Explique.
6- O que seria neutralidade científica? Pesquise se é possível ter esta posição?

5- Coloque a mão na massa

Vamos nos expressar? Que tal fazer um vídeo explicando o seu entendimento sobre um dos textos da trilha ou
sobre a trilha como um todo? Primeiro escreva um roteiro para organizar as ideias, depois grave o vídeo usando
um celular. Não se preocupe em ter que saber tudo, pode expressar suas dúvidas.

6- É sobre você

A proposta é fazer um texto de divulgação científica (resumo) sobre as principais diferentes concepções do universo que
foram apresentadas aqui na trilha. Não precisa se assustar com o nome divulgação científica! Esse tipo de produção
pode ser semelhante a uma redação e são produzidos com dados de pesquisas, é direto e impessoal. No primeiro
parágrafo exponha sua ideia principal, desenvolvendo-a nos parágrafos subsequentes por intermédio de exemplos ou
comparações, dados estatísticos e relações de causa e efeito. Para ajudar nesta tarefa acesse o vídeo abaixo. Bom
trabalho!

O que são textos de divulgação científica? Disponível em: https://youtu.be/wdugMDzQ-W4.

7- Intervenção social

É interessante pensar na afirmação de Confúcio: “Se não sabes, aprende; se já sabes, ensina.”. Pensando no que vimos
até o momento, que tal compartilhar com seus colegas e postar nas redes sociais um cartaz sobre tema ciência e religião?
Acesse o site abaixo e obtenha mais informações para elaboração de seu cartaz.

Produza cartazes profissionais por conta própria disponível em: https://www.canva.com/pt_br/criar/cartaz/


Você pode acessar esse conteúdo inserindo seu e-mail ou através do Facebook. Neste site você pode produzir cartaz
online de forma gratuita, possibilitando a impressão de boa qualidade. Também pode ficar à vontade se preferir fazer a
mão ou usar outros recursos que já conhece. O cartaz pode ser sobre “A importância de refletir sobre polarizações
ideológicas atuais entre a ciência e a religião. Qual o perigodessa atitude?”
8- AUTOAVALIAÇÃO

Para finalizar, é importante refletir criticamente sobre o que vimos nesta jornada e como foi o seupercurso.
a) Os textos utilizados ajudaram a entender o assunto?
b) Conseguiu responder as atividades propostas?
c) Considera que a trilha ajudou a conhecer melhor a relação entre religião e ciência?
d) Acha a temática importante para sua vida?

O importante é perceber que sempre podemos retomar o que não pudemos entender bem.Que tal
explorar mais, e aprofundar seus conhecimentos!

Momento de parar e refletir sobre o percurso. Como foi ler estes textos? Conseguiu realizar as atividades
propostas? Faça um parágrafo contando sua experiência e o que mais achou interessante. Também destaque o que
ainda precisa explorar melhor e converse comigo, dessa forma você vai estar cada dia mais preparado!

Bom trabalho e até a próximo!!

Você também pode gostar