TCC Aba 1
TCC Aba 1
TCC Aba 1
Sorocaba
2021
FULVIO ALBERTO DE MORAES
Sorocaba
2021
FULVIO ALBERTO DE MORAES
BANCA EXAMINADORA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
2. COMPREENDENDO O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) E A
IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO PRECOCE ...................................................... 15
3. CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA ABA AO PÚBLICO AUTISTA ..................... 19
4. PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS UTILIZADO NA ANÁLISE
DO COMPORTAMENTO APLICADA ....................................................................... 22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 26
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27
13
1. INTRODUÇÃO
tiveram uma eficácia muito alta a ponto de proporcionar a integração de 50% das
crianças em uma escola de estudo regular.
Para que haja um resultado positivo, alguns aspectos muito importantes
necessitam estar presentes:
estágios da vida, tais como: Checklist for Autism in Toddlers (CHAT); Pervasive
Developmental Disorders Screening Test (PDDST); Screening Tool for Autism in
two year old, Checklist for Autism in Toddlers-23 (CHAT-23) e Modified Checklist
for Autism in Toddlers (M-CHAT).
Esses protocolos tem sido muito relevante na detecção do TEA, se
aplicado por um profissional da saúde especializado, como: neurologista,
neuropsicólogo, psiquiatra, e já encaminhados, o quanto antes a equipe
terapêutica, trará com certeza uma melhor qualidade de vida a esse sujeito
acometido pelo TEA.
19
Segundo Bezerra (2018, p.4) o autismo não tem cura, e cabe ao tratamento
uma equipe multidisciplinar acompanhada de uma terapeuta ocupacional,
psicólogo, psiquiatra, fonoaudiólogo, educador físico, fisioterapeuta, entre outros,
com o intuito de melhorar a qualidade de vida, bem como, controlando os
sintomas comportamentais, e assim condicionando-os para uma melhor vida
social respeitando as suas limitações. Como ainda não se sabe a causa desse
transtorno foram desenvolvidas algumas formas de tratamento. Hoje em dia os
estudos mostram a terapia ABA como a forma mais eficaz para o tratamento do
público autista.
As origens experimentais da terapia comportamental contribuíram de forma
muito relevante ao clínico, e o mesmo está apto a observar os comportamentos
verbais e não verbais, em todos ambientes se possível: na escola, na casa, e no
próprio consultório. É importante estudar o papel que o ambiente desempenha na
vida do autista, onde será possível levantar as hipóteses observadas, bem como,
intervir nos comportamentos desajustados (BEZERRA, 2018).
Um ponto importante a ser levantado é que haja uma observação
generalizada do terapeuta, ou seja, em todos os ambientes sociais do autista: em
sua casa, na clínica, pois o que ocorre em determinadas vezes, a criança
apresentar evolução no ambiente terapêutico, atendendo os comandos do
terapeuta, ou seja demandando habilidades sociais aprendidas, não
generalizando esses comportamentos, ou seja, em casa, não havendo a
generalização desses comportamentos aprendidos.
Segundo Hübner (2019) a terapia ABA é a sigla usada para referir-se a
Análise do Comportamento Aplicado (Applied Behavior Analysis), trata-se de uma
ciência vinda do behaviorismo criado por Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). A
ABA não foi desenvolvida para o tratamento do autismo em específico, porém, é a
terapia comportamental que funciona por ser intensiva, sistemática, bem como, o
ensino de habilidades. O autismo não tem cura, e sim é educável e a ABA tornou-
se uma ferramenta importantíssima no tratamento do TEA e recebe destaque
considerável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) Ministério da Saúde do
Brasil e Governo do Estado de São Paulo.
20
apenas dez horas semanais ou até menos. Um outro grupo controle era composto
por vinte e um participantes que foram tratados em outros centros de atendimento
terapêuticos em intervenção que não eram baseadas em ABA, bem como, outro
tipo de intervenção intensiva e tampouco tinham contato com o projeto.
Os resultados indicaram que quarenta e sete das crianças expostas a ABA
tiveram redução significativa dos sintomas de autismo, apresentando
desenvolvimento próximo ao esperado para a idade cronológico onde 42%
tiveram uma redução acentuada dos sintomas e 11% continuaram com sintomas
graves de autismo. Ou seja, aproximadamente 90% das crianças do grupo
experimental apresentaram melhora no desenvolvimento e metade das crianças
apresentou desenvolvimento próximo ao típico.
Nesse estudo fica evidenciado o quanto o tratamento baseado em terapia
ABA tem sido eficaz e permanente na vida do autista, aproximando-o sua idade
cronológica da idade mental que infelizmente o autismo altera.
Consequentemente beneficiando uma melhor qualidade de vida aos pais, bem
como, das pessoas próximas a pessoa acometida pelo autismo.
“Inicialmente, a análise do comportamento aplicada pode ser definida como
um sistema teórico para a explicação e modificação do comportamento humano
baseado em evidência empírica” (HEFLIN; ALAIMO, 2007).
É importante frisar que uma melhor compreensão da ciência ABA,
sobretudo, suas respectivas técnicas de intervenção, em sua complexa dimensão,
há a necessidade em uma boa compreensão de sua base conceitual, que é baseada
na Análise do Comportamento, que determinam suas práticas e fazem dessa uma
abordagem muito efetiva, principalmente no autismo.
22
Um outro conceito muito relevante que não poderia ficar sem ser citado é a
Extinção Operante. De acordo com Catânia (1998),” o procedimento de extinção é
definido como a suspensão da liberação do reforço. Como resultado desta operação,
o responder é enfraquecido e retorna para os níveis prévios, anteriores ao
reforçamento.”
Esse conceito é muito utilizado para retirar o comportamento de birra de uma
criança, que muitas vezes, por falta de informação e orientação os pais reforçam
comportamentos inadequados em seus filhos, e a Extinção é um procedimento de
intervenção que quando executado de uma forma bem planejada torna-se bem
sucedido.
Podemos classificar como Comportamento Operante também o
Comportamento Verbal, onde ele altera o ambiente e é modificado por essas
alterações. “O Comportamento Verbal, é portanto, comportamento operante e é
mantido por consequências mediadas por um ouvinte que foi especialmente treinado
pela comunidade verbal para operar como tal” (BARROS, 2003, p. 75). Skinner
(1957), lança uma grande obra denominada de Comportamento Verbal (Verbal
Behavior) que apesar de ser muito criticada na época, ainda é o livro de maior
referência de estudos pelos renomados Analistas do Comportamento.
Na terapia ABA utiliza-se um instrumento de avaliação, que tem como
principal objetivo avaliar o Comportamento Verbal do público autista e crianças com
deficiência Intelectual, denominado o Verbal Behavior Milestones Assessment and
Placement Program (VB MAPP).
Segundo Martone (2016, p.5) o Verbal Behavior Milestones Assessment and
Placement Program (VB-MAPP) de autoria de Mark L. Sundberg oferece uma
avaliação sistematizada para o público autista e também com atrasos similares e se
tornou um instrumento de alta relevância e de uso frequente para os profissionais
que atuam nessa área. Este protocolo está dividido em cinco componentes, e tem
como principal função avaliar o repertório verbal da criança a partir de 170 marcos
de desenvolvimento que são apresentados em três níveis (0-18 meses; 18-30
meses; 30-48 meses).
O VB-MAPP é um instrumento de anos de estudo da Análise do
Comportamento e tem colaborado para avaliar sistematicamente o público autista e
crianças com atraso similares. Tem como objetivo central rastrear as habilidades da
25
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
HOWLIN, P., MAGIATI, I., & CHARMAN, T. Systematic review of early intensive
behavioral interventions for children with autism. American Journal of Intellectual
Development Disabilities, 37, 23-41, 2009.
MCEACHIN, J. J., SMITH, T., & LOVAAS, O. I. (1993). Long-term outcome for
children with autism who received early intensive behavioral trea-
tment.American Journal on Mental Retardation, p,97(4), 359-372.