Filosofia - Pessoa Como Sujeito Moral
Filosofia - Pessoa Como Sujeito Moral
Filosofia - Pessoa Como Sujeito Moral
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Índice
1.
Introdução.........................................................................................................................3
1.1. Objectivos...................................................................................................................3
1.1.1. O objectivo geral.....................................................................................................3
1.1.2. Objectivos específicos.............................................................................................3
1.2. Metodologia................................................................................................................3
2. A pessoa como sujeito moral.........................................................................................4
2.1. Conceito de pessoa.....................................................................................................4
2.1.1. Pessoa Moral...........................................................................................................4
2.2. Conceito de Pessoa em diferentes perspectivas..........................................................5
2.2.1. Perspectiva jurídica.................................................................................................5
2.2.2. Perspectiva ética......................................................................................................6
2.2.3. Pessoa na perspectiva personalista..........................................................................6
2.3. A relação com os outros e com o meio ambiente.......................................................7
2.3.1. A relação com o Outro............................................................................................7
2.3.2. Relação do Homem com a natureza........................................................................8
2.3.3. A Relação consigo próprio......................................................................................8
2.3.4. A relação do homem com Deus...............................................................................9
2.3.5. A relação com o trabalho.......................................................................................10
2.3.6. A relação com o meio ambiente............................................................................10
2.4. Consciência moral....................................................................................................11
2.4.1. Graus da consciência Moral..................................................................................12
2.5. Aspectos da ética individual.....................................................................................12
Referências Bibliográficas...............................................................................................14
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1. Introdução
Este trabalho é da cadeira de Introdução da Filosofia onde aborda-se a questão da
pessoa como sujeito moral. Com este tema pretende-se trazer diferentes conceitos de pessoa,
isto é, em diferentes perspectivas, faz-se menção também da ética/moral assim como da
consciência moral nas perspectivas psicológicas, político ou filosófico e segundo a teoria do
conhecimento. Ainda dentro deste trabalho destaca-se um aspecto não menos importante, que
são os graus da consciência moral.
1.1. Objectivos
1.1.1. O objectivo geral
Definir a pessoa como sujeito moral.
1.2. Metodologia
Vale aqui ressaltar que para a realização do presente trabalho nos baseamos
inteiramente no método bibliográfico. Isto é, a partir do levantamento de referências teóricas
já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos,
páginas de web sites.
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Muitas vezes a pessoa é tratada como um modo especial de ser, contudo, pessoa não é
algo acrescentado ao ser, com uma delimitação especial, “é simplesmente o ser, em sua
plenitude, livre das constrições da matéria sub inteligente” (Clarke, Person, Being and St.
Thomas, p. 601).
Entre as escolhas que fazemos, podemos distinguir aquelas que são proclamativas de
outras não proclamativas. As primeiras, ao contrário das segundas, afirmam um valor que
consideramos exemplar. Muitas de nossas escolhas são morais nesse sentido. Além disso,
pode-se dizer que a visão de mundo de alguém, como sujeito moral, expressa-se pelas
emoções, que alguns autores consideram uma forma de julgamento. Nossos sentimentos
caracterizam nossa situação e as emoções constituem parte de nossa personalidade.
sua ampla dimensão ontológica, restaurando a primazia da pessoa humana, nas relações civis,
relações sociais e relações essencialmente jurídica (Comparato, 2006).
De acordo com Herman (1993), as pessoas jurídicas ou morais são as entidades às quais,
para a realização de certos fins colectivos, as normas jurídicas lhes reconhecem capacidade
para serem titulares de direitos e contraírem obrigações.
Pegoraro (2005) atesta que ética vai além dos mandamentos legais e religiosos. É um
conjunto de princípios e valores que moldam o nosso carácter e influenciam nossas
interacções com os outros. Ser ético significa agir com integridade, cumprindo nossas
promessas e respeitando os direitos e dignidade das pessoas ao nosso redor.
É importante destacar que para (Comparato, 2006), ser uma pessoa ética não é algo
estático, mas sim um processo contínuo de auto-aperfeiçoamento. Ninguém é perfeitamente
ético o tempo todo, e todos nós estamos susceptíveis a erros e falhas. No entanto, é essencial
que busquemos constantemente melhorar e corrigir nossos erros, aprendendo com eles e
evitando repeti-los.
Ora, embasando-se às ideias acima apresentadas, denota-se que para se tornar uma
pessoa mais ética, é importante desenvolver a capacidade de pensar criticamente, avaliar as
consequências de nossas acções e considerar diferentes perspectivas. Além disso, devemos
estar dispostos a assumir a responsabilidade por nossas escolhas e enfrentar as consequências
quando agimos de maneira não ética.
absoluto” do humano, ou seja, como finalidade da organização política. Por estar inserida no
mundo, a pessoa sofre as acções dos outros e age transformando aquilo que está à sua volta
e, por consequência, transformando a si mesma.
Mounier (1974) não pretende, a rigor, definir a pessoa: para ele, a pessoa não pode ser
definida, pois não é objecto; esse pode ser dissecado e examinado, ao passo que a pessoa é,
exatamente, aquilo que em cada homem não é passível de ser tratado como objecto. No livro,
o Personalismo (1949), Mounier nos apresenta como ponto inicial a questão da pessoa como
existência incorporada. Não dá para se chegar a compreensão do homem como pessoa se não
o percebemos como corpo, natureza, matéria: “O homem é corpo exactamente como é
espírito, é integralmente espírito.”(Mounier, 2004, p.29).
Por outro lado o outro pode ser visto sob contracto. Aqui a relação com o outro é
estabelecida mediante um contracto que estabelece um conjunto de regras que vinculam uns
aos outros, estabelecendo acordos e vontades. Na visão de (Binmore, 2005) esses acordos
são fundados nas leis escritas e nas práticas costumeiras e nelas a boa-fé, isto é, a intensão
primeira é de não enganar o outro e não se deixar enganar. Esses contractos são a base da
nossa vivência social, estabelecidas em todas sociedades onde exista um Estado, política e o
Direito.
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Assim sendo, hoje exige-se do Homem uma nova atitude ética perante o meio que o
rodeia. O Homem deve adoptar uma relação de convivência com a natureza e não de
domínio que o poder da tecnologia lhe confere, visto que se não for o próprio Homem a
mudar de atitude em favor da natureza será o mesmo que vai sofrer consequências negativas
da natureza em resultado do mau comportamento que ele teve para com ela.
Vários autores dizem que cada geração tem uma obrigação moral de conservar a
natureza como património que herdamos dos nossos antepassados. Temos o direito de
usufruir os bens da natureza tal como farão as gerações futuras.
Assim, quando se fala da relação do homem com Deus, podemos denominar a mesma
como a relação entre Criador e criatura, é uma relação muito linda, estreita, próxima e de
estremo amor. Uma prova de tudo isso quem nos dá é o próprio Deus quando veio até nós na
pessoa de Jesus Cristo (Jesus Cristo é Deus feito homem), Ele assumiu a nossa condição
humana para nos redimir do pecado, se tornou pecado para do pecado nos salvar, nos libertar
(Cristiano, 2011).
Santo Agostinho, um grande santo da Igreja (Bispo e Doutor da Igreja) dizia: “O Deus
que te criou sem ti, não te salvará sem ti”. Podemos entender que o trabalho de Deus e do
homem deve ser um trabalho de criatura e criador, aquele que tudo criou trabalhando com
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aquilo que Ele próprio criou. Daí, tiramos a conclusão que a relação do homem para com
Deus é uma relação muito próxima, Deus ama todas as suas criaturas, mas Ele tem um amor
especial para com nós, seres humanos.
Concluindo esta parte, cabe dizer que devemos cultivar a boa e tão bela relação com
Deus para que tudo melhore, se essa relação for restabelecida o quanto antes, a humanidade
vai ver um mundo novo sem conflitos, guerras e problemas sociais.
Por outro lado, o (Modulo 2 de Filosofia), enfatiza que quanto ao valor do trabalho,
este reside no facto de que permite ao Homem melhorar as suas condições de vida e dominar
as forças da natureza. Pode afirmar-se também que o trabalho influencia em grande medida a
visão que o próprio Homem tem de si mesmo e do mundo. Pelo trabalho, o Homem
conquista a liberdade porque este lhe permite superar certos determinismos da natureza.
Desta feita, pode-se dizer que o trabalho dá dignidade ao Homem apesar de ser duro. É
a partir dessa dureza do trabalho que faz o Homem digno. Pelo trabalho o Homem dignifica-
se, pois ele possui, para si, um valor personalista. A natureza humana não nasce perfeita. Ela
aperfeiçoa-se, enriquece-se através do trabalho.
Aos olhos do (Módulo 2 de Filosofia, s.d), filósofos como, Francis Bacon (1551-1626),
Galileu (1564-1642), René Descartes (1596-1690) e Isac Newton (1642-1727), vêm a
ciência e a técnica como condições que possibilitam a melhoria das condições da vida e a
alimentação da miséria humana. Por isso estes filósofos preconizavam um tecnicismo na
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Na visão de (Kant, 2005) trata-se de uma faculdade que os sujeitos têm de representar
fins, os quais funcionam como motivos ou causas das acções do próprio sujeito e que este
considera como sendo motivações genuinamente suas. Será possível pois defender a
existência de uma consciência moral a partir do momento em que aceitamos que o sujeito é
capaz de avaliar as suas acções como algo que pode escapar a determinismos, quer de ordem
biológica, quer cultural.
Desta feita, passa a ser plausível que alguém que se considere liberto desse
determinismo forme, por exemplo, um sentimento de responsabilidade ou uma consciência
de culpa que não formaria se considerasse as suas acções apenas como o resultado de forças
que em última análise o condicionam.
A consciência moral, esta “faculdade maravilhosa”, nas palavras de Kant, numa das
suas Lições sobre ética da década de 80 (1780), é um instinto de emitir um juízo de acordo
com leis morais e o seu juízo não é lógico, mas um julgamento a si próprio. Na sua obra
tardia, A Metafísica dos Costumes, a consciência moral encontra-se claramente ligada à
faculdade de julgar (Módulo 2 de Filosofia, s.d).
Um aspeto não menos importante é que todo o conceito de dever contém uma coerção
objectiva da lei (como imperativo moral que restringe a nossa liberdade) e pertence ao
entendimento prático, que fornece a regra; mas a imputação interna de um acto, como um
caso que cai sob a alçada da lei (in meritum aut demeritum) compete à faculdade do juízo
(judicium), que, como princípio subjectivo da imputação, julga com força de lei se a acção se
realizou ou não como acto (como acção que se encontra sob a alçada da lei) (Kant 2005,
p.372).
Diante dos dizeres acima apresentados, percebe-se por ora, que a consciência moral é a
atenção do sujeito ao valor moral das suas acções, para julgar se elas são boas ou más. Esta
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atenção ou capacidade de avaliar a moralidade dos actos diz respeito tanto às acções já
efectuadas como àquelas que se estão a realizar e às que serão realizadas futuramente.
Conclusão
Concluindo, pode-se dizer que a pessoa é um indivíduo, que não se admite ser dividido,
partir, porque é uma unidade e totalidade, sendo a integração de três níveis de existência: o
físico, o psíquico e o espiritual. Por seu caráter espiritual, a pessoa se encontra em
contraposição heurística e facultativa com o organismo psicofísico.
Entretanto, o homem é visto como um ser essencialmente livre e responsável por sua
própria existência. Pode entender-se que para este autor a existência autêntica está relacionada
com um sujeito responsável, não dirigido e nem impulsionado, ou seja, a um eu que decide
por si mesmo.
Conclui-se também que uma pessoa é um ser social dotado de sensibilidade, com
inteligência e vontade propriamente humanas. Para a psicologia, trata-se de um indivíduo
humano concreto (o conceito abarca os aspectos físicos e psíquicos do sujeito que o definem
pelo seu carácter singular e único).
Referências Bibliográficas
Aquino, T. (2009). Suma Teológica: Volume 1. São Paulo: Edições Loyola.
Binnmore, K. (1994), Game Theory and Social Contract, MIT Press, Cambridge, MA.
Chauí, M. (1995). O que é consciência? Rio de Janeiro.
Clarke, W. (2004). Person and Being. The Aquinas Lecture. Marquette University Press.
Estados Unidos.
Comparato, F. (2006). Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo:
Companhia de Letras.
Cristiano, R. (2011). A relação do homem com Deus. Trecho retirado do Livro “Os Santos
Ensinamentos da Fé Católica” de sua autoria.
Herman, B. (1993), The Practice of Moral Judgment, Harvard University Press, Cambridge,
MA.
Japiassú, H. & Marcondes, D. (2001). Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor.
Modulo 2 de Filosofia: pessoa como sujeito moral. (sd). Beira: Ministério da Educação e
Cultura – IEDA.
Santos, W. (2013). "O Personalismo de Emmanuel Mounier"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-personalismo-emmanuel-mounier.htm. Acesso
em 02 de abril de 2024.