Memorial Descritivo Instalação

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Memorial Descritivo da Instalação

SFCR I SEL-USP-SC-Área Norte

São Carlos, 19 de Outubro de 2017


Memorial descritivo da instalação 2

Sumário

1 Escopo 3

2 Objetivo 3

3 Documentos em Anexo 3

4 Dados Preliminares 4
4.1 Identificação do Responsável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
4.2 Identificação da Unidade Consumidora e Local de Instalação . . . . . . . . . 5
4.2.1 Mapa de Localização do Local de Instalação e do Ramal de Entrada . 6
4.3 Responsabilidade Técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

5 Descritivo Técnico do Padrão de Entrada 7

6 Descritivo Técnico do Sistema de Geração 9


6.1 Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6.2 Módulos Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.2.1 Informações mecânicas e elétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.2.2 Aspecto físico do painel fotovoltaico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6.3 Estrutura Metálica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6.4 Inversor Iterativo à Rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
6.5 Quadro de Proteção e Controle do Sistema Fotovoltaico (String Box) . . . . . 16
6.5.1 Circuitos CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
6.5.2 Circuitos CA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6.6 Especificação do Condutores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6.7 Aterramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6.8 Planta de Localização da String Box e do Inversor . . . . . . . . . . . . . . . . 18

7 Estimativas de Geração e Desempenho 19

Eng.º Écyo Farias


Memorial descritivo da instalação 3

1 Escopo

Este documento apresenta a Documentação Técnica, conforme as normas técnicas vá-


lidas no Brasil, para o projeto do sistema de microgeração distribuída nomeado: SFCR I
SEL-USP-SC-Área Norte.
São aqui apresentados os dados e as informações técnicas sobre o projeto e a instalação,
as especificações dos equipamentos, assim como as pessoas físicas e jurídicas envolvidas.

2 Objetivo

O sistema fotovoltaico conectado à rede que será instalado na unidade consumidora


classificada como poder público, a ser informada posteriormente, tem por finalidade princi-
pal servir como referência para pesquisa científica, sendo a mesma uma instituição de ensino
e pesquisa universitária. Uma vez que a capacidade de geração deste sistema é muito inferior
ao consumo mensal desta unidade, o sistema tem como finalidade secundária a Compen-
sação de Energia Elétrica, modalidade de micro ou minigeração distribuída que permite
ao consumidor gerar energia em paralelismo com a rede pública de distribuição de energia
elétrica, para fins de auto consumo.
O Sistema de Compensação de Energia Elétrica é regulamentado pela Agencia Naci-
onal De Energia Elétrica (ANEEL), através da Resolução Normativa 482 de 17 de Abril de
2012 e da Resolução Normativa 687 de 24 de Novembro de 2015. O projeto aqui apre-
sentado segue as determinações destas resoluções normativas, bem como os Procedimentos
de Distribuição de Energia Elétrica (PRODIST), as normas técnicas vigentes para instalações
elétricas em baixa tensão (NBR-5410), proteção de estruturas contra descargas atmosféri-
cas (NBR-5419), Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da interface de conexão com
a rede elétrica de distribuição (NBR 16149), Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da
interface de conexão com a rede elétrica de distribuição – Procedimento de ensaio de confor-
midade (NBR 16150) e Procedimento de ensaio de anti-ilhamento para inversores de sistemas
fotovoltaicos conectados à rede elétrica (NBR IEC 62116).
O projeto elétrico segue à risca as determinações da concessionaria de energia elétrica
local, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), através da norma específica para o
acesso à rede pública de distribuição de energia elétrica sob sua operação, a norma “Conexão
de Micro e Minigeração Distribuída Sob Sistema de Compensação de Energia Elétrica”
(GED-15303), versão 1.3, vigente na data de apresentação deste projeto.

Eng.º Écyo Farias


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3 Documentos em Anexo

1. Módulo Fotovoltaico Globo Brasil GBR265p


2. Inversor Fronius Primo 3.0-1
3. Diagrama Elétrico Unifilar
4. Diagrama Elétrico Multifilar
5. Diagrama Unifilar da Rede Interna de Distribuição de Energia Elétrica (11,9kV) da
UC

4 Dados Preliminares

A tabela abaixo demonstra as informações preliminares sobre o sistema fotovoltaico conec-


tado à rede, a potência nominal máxima (em condições ideais de funcionamento), os dispo-
sitivos utilizados para a concepção do sistema fotovoltaico e seus respectivos fabricantes e
modelos. As folhas de dados (datasheets) dos principais componentes fazem parte dos anexos

Nome para Registro: SFCR I SEL-USP-SC-Área Norte


Potência-pico do Sistema Fotovoltaico conectado à rede 3,18 kWp
Globo Brasil
Fabricante e modelo dos módulos
GBR265p
Tecnologia dos módulos Silício Polycristalino
Quantidade Total de módulos fotovoltaicos 12
Números de módulos em série por fileira (string) 6
Números de fileiras (strings) em paralelo por Painel 2
Número Total de fileiras (strings) 2
Fabricante do(s) Inversore(s) Fronius
Modelo do(s) Inversore(s) Fronius Primo 3.0-1
Potência Nominal Total do(s) Inversore(s) 3kW
Quantidade de Inversores 1
Fabricante da estrutura de fixação Globo Brasil
Fabricante do Cabo Solar C.C. (entre módulos e inversor) Condumax
Fabricante do cabo C.A. (entre inversor e quadro geral/medidor) Prysmian
Benedict (C.C)
Fabricante da chave seccionadora CC e disjuntor CA
Siemens (C.A)
Fabricantes dos DPS Weidmüller e WEG
Data de Instalação (Previsão) 21/11/2017
Data de Comissionamento (Previsão) 12/2017

deste documento.

Eng.º Écyo Farias


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4.1 Identificação do Responsável

O responsável pela operação e manutenção do sistema fotovoltaico conectado à rede


para geração própria está identificado na tabela a seguir:

Identificação do Responsável
Nome Elmer Pablo Tito Cari
Av. Trab. São-Carlense, 400 -
Endereço
Parque Arnold Schimidt, CEP 13566-590
Cidade e Estado São Carlos (SP)
CPF 22976157871
Telefone Proprietário (16) 3373-9337 / (16) 98255-7675
E-mail [email protected]

4.2 Identificação da Unidade Consumidora e Local de Instalação

O SFCR será instalado na unidade consumidora, classificada como poder público, iden-
tificada na tabela abaixo:

Identificação da Unidade Consumidora


Número da Unidade Consumidora 2569973
Rua dos Inconfidentes, S/N
Endereço do Local de Instalação
CEP 13566-581, Pq. Arnold Schimid
Cidade e Estado São Carlos (SP)
Razão Social UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
CNPJ Proprietário 63.025.530/0001-04
Telefone (do local) (16) 3373-9337
E-mails [email protected]
Latitude (Local de Instalação) -22,00666◦
Longitude (Local de Instalação) -47,89777◦
Latitude (Ramal de Entrada) -22,00441◦
Longitude (Ramal de Entrada) -47,89628◦
Altitude 856 m
Temperatura Média 21,73◦ C
Umidade relativa (média anual) 64,36%
Educação Superior - Graduação e
Finalidade de Uso da Unidade Consumidora
Pós-Graduação
Classe da Unidade Consumidora Poder Público
Tipo de Ligação da Unidade Consumidora Trifásico (11,9kV)
Potência Instalada da Unidade Consumidora 2.917,5 kVA

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4.2.1 Mapa de Localização do Local de Instalação e do Ramal de Entrada

Imagens/localizacao.png

Figura 4.1: Mapa de localização do local de instalação e do ramal de entrada

4.3 Responsabilidade Técnica

O profissional responsável pela elaboração do projeto e instalação do sistema de gera-


ção própria é identificado abaixo, juntamente com suas atribuições e número da Anotação
de Responsabilidade Técnica.

Responsável Técnico
Responsável Pelo Projeto Técnico Écyo Reis Cavalcante Farias
Número de Registro (CREA) CREA/SP nº 5069904424
Rua Jacinto Favoreto, 625 Apt 11 Torre I,
Endereço
CEP: 13560515, Jd. Lutfalla
Telefone (86) 99927-7710
Anotação de Responsabilidade Técnica
28027230172672666
(ART) do Projeto

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5 Descritivo Técnico do Padrão de Entrada

O ramal de entrada da unidade consumidora já se encontra no padrão da concessionária


CPFL - Fornecimento em Tensão Primária. A ligação entre a rede da concessionária CPFL e a
cabine em alvenaria aonde está localizado o medidor de energia da unidade consumidora, é
do tipo área, trifásica+neutro, 11,9 kV+neutro, realizada por quatros Cabos de Alumínio
Nu com Alma de Aço (CAA) com bitola 2 AWG. Como a tensão de fornecimento está entre
2,3 kV a 25 kV, a unidade consumidora é do grupo A - subgrupo A4.
No lado da rede da concessionária, os cabos estão sustentados pelo poste da linha de
distribuição (nº do poste: 431534). Já no lado da unidade consumidora, os cabos estão
sustentados pelas buchas externa e interna de 400A/15kV, afixadas na parede da cabine em
alvenaria. O barramento de conexão entre as buchas de passagem e o medidor de energia
possui bitola de Ø1/2". O disjuntor geral da unidade consumidora é de 630A/15kV/350MVA.
Demais detalhes do padrão de entrada, podem ser consultados no Diagrama Elétrico Unifilar
e no Diagrama Unifilar da Rede Interna de Distribuição de Energia Elétrica (11,9kV) da
UC, em anexo. O medidor se encontra instalado de forma aparente sobre uma estrutura de
metal, conforme mostrado em imagens a seguir, sendo do fabricante Itron, modelo SL7000.
As imagens a seguir, mostram os detalhes do padrão de entrada da unidade consumi-
dora.

Figura 5.1: Ligação entre a Rede de Concessionária e a Rede Interna da UC.

(a) Bu- (b) Poste


chas de
de Li-
Pas- ga-
sa- ção
gem da
Ex- UC
terna/Interna. –


do
poste:
431534.

Figura 5.2: Detalhes do Padrão de Entrada.

No ramal de entrada serão colocadas placas de advertência, confeccionada em aço ino-


xidável ou alumínio anodizado. Uma vez que o ponto de entrega de energia é aéreo, esta
placa será afixada de forma permanente tanto ao lado do medidor quanto externamente na

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(a) Me- (b) Me-


di- di-
dor dor
de de
Ener- Ener-
gia. gia
-

Fa-
bri-
cante:
Itron
-

Mo-
delo:
SL7000.

Figura 5.3: Detalhes do Padrão de Entrada.

parede da cabine em alvenaria (ao lado das buchas de passagem), com os dizeres “CUIDADO
– RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO – GERAÇÃO PRÓPRIA”, com gravação indelével.

Figura 5.4: Placa de advertência a ser fixada no ramal de entrada.

O mapa de localização do local de instalação do sistema fotovoltaico e do ramal de


entrada da unidade consumidora, assim como as coordenadas geográficas de cada um destes
locais, estão apresentados na Seção 4.2. Vale destacar que a distância entre este dois locais,
em linha reta, é de aproximadamente 300,5 m.

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6 Descritivo Técnico do Sistema de Geração

O presente sistema de microgeração distribuída utiliza a tecnologia dos sistemas foto-


voltaicos para a geração de energia e será instalado dentro de um centro universitário tendo
por finalidade principal servir como referência para a pesquisa científica. Uma vez que o mon-
tante de energia produzido pelo sistema muito inferior ao consumo médio mensal da unidade
consumidora, a compensação de energia tem uma finalidade secundária. De fato, o sistema
fotovoltaico tem potência instalada de 3,18 kW, enquanto a unidade unidade consumidora
em questão tem potência instalada de 2.917,5 kVA.
Um sistema fotovoltaico é um gerador de energia elétrica baseado no efeito fotovoltaico
(transformação de luz em corrente elétrica, no interior de materiais semicondutores). O
sistema fotovoltaico aqui apresentado é do tipo conectado à rede, cuja principal característica
é possuir um dispositivo automatizado de condicionamento de potência e acoplamento à
rede, capaz de sincronizar automaticamente a geração (em corrente continua) das células
fotovoltaicas (o elemento ativo de geração) em corrente alternada de acordo aos valores de
frequência e tensão da rede à qual está conectado.
O sistema fotovoltaico conectado à rede possui sistema de proteção contra ilhamento,
relês e temporizadores para sincronismo, e controle de frequência, tensão e fator de potên-
cia. Todas essas funcionalidade são implementadas através do inversor interativo à rede,
que é o componente principal do sistema fotovoltaico conectado à rede, responsável pelo
gerenciamento, controle e coleta de dados operacionais.
Devido às características do dispositivo de condicionamento de potência (inversor in-
terativo), o sistema fotovoltaico conectado à rede (SFCR) é totalmente dependente da rede,
não funcionando de forma autônoma.
6.1 Generalidades

O sistema fotovoltaico apresentado possui potência pico (potência total do conjunto de


módulos fotovoltaicos em condições de laboratório) de 3.180 Wp (watts-pico), e é inter-
ligado à rede através de um inversor interativo, que ajusta a potência gerada pelo Arranjo
Fotovoltaico às condições de frequência e tensão da rede de distribuição pública de energia
elétrica. A potência máxima que será injetada na rede de distribuição é limitada pela potência
máxima do sistema fotovoltaico (3.180 W).
O sistema fotovoltaico é formado pelo seguintes elementos:

• Módulos fotovoltaicos;
• Estrutura metálica de suporte dos módulos fotovoltaicos;
• Inversor Interativo à Rede;
• Cabos de conexão;

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• Dispositivos de controle e proteção CC e CA.

6.2 Módulos Fotovoltaicos

6.2.1 Informações mecânicas e elétricas

O gerador fotovoltaico é composto por 12 Módulos Fotovoltaicos do fabricante Globo


Brasil, modelo GBR265p, cujas características elétricas e mecânicas são mostradas abaixo:

Características Elétricas
Potência Máxima (pico) 265W
Tensão em Potência Máxima 30,65V
Corrente em Potência Máxima 8,65A
Tensão em Circuito Aberto 37,90V
Corrente em Curto Circuito 9,15A
Tolerância de Potência 0∼+5V
Temperatura Nominal de Funcionamento 45±2◦ C
Coeficiente de Temperatura da Potência -0,43%/◦ C
Coeficiente de Temperatura da Tensão -0,34%/◦ C
Coeficiente de Temperatura da Corrente 0,065%/◦ C

Características Mecânicas
Altura 1640 mm
Largura 990 mm
Profundidade 40 mm
Peso 19 kg
Quantidade de Células Fotovoltaicas 60 (em série internamente)
Tipo de células Fotovoltaicas Silício Policristalino
Estrutura Externa (fixação) Alumínio Anodizado Fosco
Caixa de Junção e Cabos IP67
Terminais de Acesso
com conector tipo-4

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Imagens/modulo.png

Figura 6.1: Aspecto físico do módulo fotovoltaico Globo Brasil GBR265p.

Os módulos fotovoltaicos possuem, ligados à sua caixa de conexão, um par de cabos


com dupla isolação para 1kV, de 80 cm, em cuja extremidade é ligado um conector tipo-4
(comumente chamado de MC-4), que permite a interligação segura e impermeável.

Figura 6.2: Detalhe dos conectores tipo-4 (MC4).

Não é necessária uma caixa de junção, pois o cabeamento do arranjo é ligado dire-
tamente ao quadro de proteção (comumente chamado de String Box), ao lado do inversor
interativo, que possui o dispositivo de proteção contra surtos, fusíveis e disjuntor geral C.C.
O módulo fotovoltaico em questão possui certificação do INMETRO, com número de
registro 005069/2015, conforme mostrado a seguir.

Imagens/certificado_inmetro_globo.png

Figura 6.3: Certificado do INMETRO – Módulo Fotovoltaico Globo Brasil GBR265p.

As Folhas de Dados (datasheets) do módulo fotovoltaico em questão encontra-se em


anexo.

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6.2.2 Aspecto físico do painel fotovoltaico

Os módulos fotovoltaicos serão instalados sobre casa de abrigo para caixa d’água, lo-
calizado na laje de um prédio interno à unidade consumidora (ver Seção 4.2.1 - Mapa de
Localização), conforme mostrado na figura abaixo:

Figura 6.4: Detalhe do local de instalação dos módulos fotovoltaicos.

Os módulos fotovoltaicos serão distribuídos em duas strings. Cada string é formada por
6 módulos associados eletricamente entre si de forma serial, de maneira a fornecer a tensão
média, em corrente contínua, de 183,9 V. A tensão gerada pela associação em série, dos mó-
dulos fotovoltaicos, varia de acordo ao nível de radiação solar incidente. De qualquer forma,
havendo iluminação, sempre haverá tensão entre os terminais dos módulos fotovoltaicos, o
que requer cuidados especiais durante inspeções e manutenções.
O painel fotovoltaico ocupará a área total de 19,8 m2 , com peso total de 228 kg à
estrutura do telhado da edificação. Na próxima seção, é discutido a estrutura metálica para
suporte dos módulos fotovoltaicos. O detalhamento do painel fotovoltaico e suas dimensões
são exibidos na imagem a seguir:

Figura 6.5: Detalhe da instalação dos módulos fotovoltaicos.

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6.3 Estrutura Metálica

A fixação dos módulos fotovoltaicos as paredes da casa de abrigo da caixa d’água será
feita por estrutura metálica de suporte de aço galvanizado para evitar corrosão por conta de
intempéries. Sobre esta estrutura serão fixados os perfis de alumínio aonde por sua vez se-
rão apoiados os módulos fotovoltaicos, presos por grampos terminais/intermediários de liga
de alumínio anodizado. Estas estruturas de apoio para módulos fotovoltaicos são calculadas
tendo em conta o peso da carga de vento para a área em questão e a altitude da instalação.
Os pontos de fixação para o módulo fotovoltaico são calculados para uma perfeita distribui-
ção de peso na estrutura, seguindo todas as recomendações do fabricante. Os detalhes dos
componentes da estrutura metálica são ilustrados nas figuras a seguir:

Figura 6.6: Detalhe da estrutura de aço galvanizado para suporte dos módulos fotovoltaicos.

Figura 6.7: Detalhe do perfil de alumínio para fixação dos módulos fotovoltaicos.

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(a) Grampo (b) Grampo


ter- in-
mi- ter-
nal. me-
diá-
rio.

Figura 6.8: Grampos para fixação dos módulos fotovoltaicos no perfil de alumínio.

Toda a estrutura metálica de suporte será solidariamente aterrada com os módulos


fotovoltaicos, utilizando-se o sistema de aterramento da unidade consumidora

6.4 Inversor Iterativo à Rede

O inversor é o equipamento responsável por transformar a energia elétrica gerada nos


módulos fotovoltaicos em corrente contínua (DC), na forma de corrente alternada (AC) para
entregar à rede.
O inversor interativo possui os sistemas de proteção necessários à conexão à rede já
implementados em seu hardware e software. Os sistemas de proteção eletrônicas são descritas
a seguir:

• Anti-ilhamento;
• Proteção contra falha na rede;
• Proteção de sub e sobretensão;
• Proteção de sub e sobrefrequência;
• Proteção de sobrecorrente;
• Sistema de sincronismo digital automático;
• Elemento de desconexão automático;
• Medição de isolamento CC;

O inversor interativo não deve ser desconectado da rede, exceto durante testes ou ma-
nutenção. A justificativa é o modo de funcionamento do inversor, que mesmo em períodos de
baixa ou nula insolação, continua monitorando a rede de distribuição. O inversor interativo
somente injeta corrente elétrica na rede pública de distribuição após a leitura dos parâmetros
da rede.
Em casos de perda ou anormalidades de tensão e freqüência na rede AC, o inversor
deixa de fornecer energia AC, evitando o funcionamento ilha, ficando uma garantia de segu-
rança para os trabalhadores de manutenção da rede elétrica da companhia. Uma vez resta-
belecidos os valores de tensão e frequência a sua normalidade, o inversor se conecta a rede
automaticamente.
Os inversores aplicados em sistemas fotovoltaicos devem atender aos requisitos estabe-
lecidos na ABNT NBR IEC 62116. Funcionará também como dispositivo de monitorizarão

Eng.º Écyo Farias


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Fronius Primo 3.0-1


Fabricante Fronius
DIN V VDE 0126-1-1/A1,
IEC 62109-1/-2, IEC 62116,
IEC 61727, AS 3100, AS 4777-2,
Certificados
AS 4777-3, G83/2, G59/3, CEI 0-21,
INMETRO 002132/2016,
ABNT NR 16149
Características da Entrada C.C.
Máxima Tensão de Entrada 1000 V
Faixa de Tensão para Seguimento de Máxima
200 V - 800 V
Potência do Arranjo Fotovoltaico
Número de Rastreadores do Ponto de Máxima
2
Potência (MPPT’s)
Máxima Corrente de Entrada MPPT1 = 18 A; MPPT2 = 18A
Disjuntor CC Sim
Características da Saída C.A.
Potência Nominal de Saída 3000 W
Faixa de Tensão de Funcionamento (Rede) 180 VCA – 270 VCA
Tensão Nominal de Funcionamento 220 V/230 V
Máxima Corrente de Saída 13 A
Faixa de Frequência de Operação 45 Hz - 65 Hz
Frequência Nominal de Operação 50Hz/60Hz
Fator de Potência Nominal (Fábrica) 0.85 - 1 indutivo / capacitivo
Tipo de Conexão à Rede Monofásico/Bifásico
Distorção Harmônica Total ≤ 5%
Características Mecânicas
Topologia Sem transformador
Altura 645 mm
Largura 431 mm
Profundidade 204 mm
Peso 21,5 kg
Grau de Proteção IP IP 65
Local de Instalação Interno
Faixa de Temperatura Ambiente -40◦ C – +55◦ C
Método de Arrefecimento Refrigeração de ar comprimido
Umidade relativa permitida 0 - 100 %

de isolamento, para desconexão automática da instalação fotovoltaica, no caso de perda da


resistência de isolamento.
Tanto o lado de corrente continua (DC) do inversor como o lado de corrente alternada
(AC) serão conectados ao quadro de proteção de controle do sistema fotovoltaico (String

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Box). O lado DC da string box será conectado ao painel fotovoltaico e, por sua vez, o lado
AC deste quadro com tensão de saída AC de 220 V será conectado à rede elétrica com tensão
Fase-Fase (F-F) de 220V.
O inversor Fronius Primo 3.0-1 possui certificação do INMETRO, com número de regis-
tro 002132/2016, conformado mostrado a seguir:

Imagens/certificado_inmetro_fronius.png

Figura 6.9: Certificado do INMETRO – Inversor Fronius Primo 3.0-1.

As Folhas de Dados (datasheets) do inversor em questão encontra-se em anexo.

6.5 Quadro de Proteção e Controle do Sistema Fotovoltaico


(String Box)

Para a controle e proteção dos equipamentos do sistema fotovoltaico serão incorporados


circuitos CC (Corrente Continua) e CA (Corrente Alternada) instalados em quadro elétrico,
comumente chamado de String Box. Ambos os circuitos são separados dentro da String Box,
sendo devidamente identificada externamente cada um deles, mediante etiqueta termoplás-
tica. Os dispositivos elétricos destes circuitos possuem o sistema de fixação padrão DIN e são
apresentados a seguir. Todas as informações apresentadas foram retiradas dos seus respecti-
vos datasheets. A localização destes dispositivos nos circuitos pode ser consultado por meio
dos Diagramas Unifilar e Multifilar, anexados a este documento.

6.5.1 Circuitos CC

Fusíveis

Os fusíveis utilizados serão do tipo cartucho ultrarrápidos do fabricante SIBA com cor-
rente nominal de 15 A, conforme recomendação do próprio fabricante de módulo fotovol-
taico. O porta-fusível será do tipo caixa moldada sendo o modelo WSI 25/1 10x38 1kV do
fabricante Weidmüller para corrente de até 30 A.

Chave Seccionadora do Circuito de Corrente Contínua

Como Chave Seccionadora C.C. é utilizado o modelo LS25 E A4U do fabricante Bene-
dict com corrente de 25A. A tensão máxima nominal de operação é igual 1000V.

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Dispositivo de Proteção Elétrica contra Sobretensões Transientes (Surtos) do


Circuito de Corrente Contínua

Como dispositivo de proteção contra surtos (DPS) do circuito de corrente contínua


serão utilizados um modelo para cada conjunto de string (6 módulos). Um dos modelos é
o SPW 275-20 do fabricante WEG, com corrente nominal de descarga (In) de 10kA, tensão
máxima de operação contínua (Uc) 275 Vcc e classe II. O outro modelo é o VPU II 3 PV do
fabricante Weidmüller, com corrente nominal de descarga (In) de 20 kA, tensão máxima de
operação contínua (Uc) 1000 Vcc e classe II. Os dois modelos são adequados para operação
na tensão nominal de atuação de 183,9 V para cada string de módulos.

6.5.2 Circuitos CA

Disjuntor Termomagnético

Será utilizado o modelo 5SL62 do fabricante Siemens, com tensão máxima de operação
de 400 V, corrente nominal de 25 A e curva C. De fato, o dispositivo selecionado é adequado
para o sistema fotovoltaico, uma vez que a tensão de operação na saída do inversor é de 220
V e a corrente é de 13,6 A.

Dispositivo de Proteção Elétrica contra Sobretensões Transientes (Surtos) do


Circuito de Corrente Alternada

Como dispositivo de proteção contra surtos (DPS) do circuito de corrente alternada


será utilizado o modelo VPU II 2 do fabricante Weidmüller, com corrente nominal de des-
carga (In) de 20 kA, tensão máxima de operação (Uc) 280 Vca e classe II. O modelo seleci-
onado é adequado para operação na tensão nominal de 220V de saída do inversor.

6.6 Especificação do Condutores

Os condutores CC para ligação entre uma string do painel fotovoltaico e a caixa de pro-
teção (ao lado do inversor interativo) são do fabricante Condumax, modelo Cabo Solarmax
Flex SN - FV 0,6/1kV, com isolação para tensão nominal de trabalho para 1.000 volts em
corrente contínua, e temperatura de trabalho máxima de 120◦ C em regime contínuo, o que os
torna ideais para ficarem sobre o telhado e abaixo dos módulos fotovoltaicos. A seção trans-
versal (bitola) selecionada é de 6mm2 , calculada pelo método da queda de tensão. Parte
deste condutor, aproximadamente 37 metros, será alojado em eletroduto sealtubo flexível
metálico de 1", partindo da laje aonde será instalada os módulos fotovoltaicos e percorrendo
pelo telhado até a sala onde estão localizados a string box e o inversor; o restante, aproxi-
madamente 3 metros, será alojada em canaleta, de 7x3 cm, embutido sobre a parede desta
mesma sala.
Os condutores CA para a ligação da string box ao inversor interativo, da string box ao
quadro de distribuição de força e luz e para o sistema de aterramento serão do fabricante

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Prysmian, modelo Superastic BWF Antiflam 750 V, com seção transversal mínima (calcu-
lada pelo método de queda de tensão) de 4mm2 . Este condutor será alojado na mesma
canaleta 7x3 cm mencionada anteriormente. Vale destacar que esta canaleta possui duas di-
visórias, de forma que os condutores de corrente alternada e de corrente contínua percorrem
divisórias distintas.
Os condutores CC e CA seguem as cores padrão da NBR-5410, a saber:
• Condutor CC Polo Positivo: Vermelho;
• Condutor CC Polo Positivo: Preto;
• Condutor CA Fase: Vermelho;
• Condutor CA Neutro: Azul;
• Condutor Terra: Verde.

6.7 Aterramento

A instalação de aterramento cumpre com a norma ABNT NBR 5419 (Proteções de


estruturas contra descargas atmosféricas. Toda peça condutora da instalação elétrica que
não faça parte dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente ou acidentalmente, possa ficar
sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos. A este ater-
ramento se conectará a estrutura de fixação dos módulos fotovoltaicos (incluindo, inclusive,
a moldura em alumínio dos próprios) e o borne de aterramento do inversor. O sistema de
aterramento da instalação fotovoltaica será interligado ao sistema de aterramento principal
da instalação.
O aterramento está presente em diversos sistemas de proteção dentro da instalação fo-
tovoltaica: proteção contra choques, contra descargas atmosféricas, contra sobtensões, prote-
ção de linhas de sinais, equipamentos eletrônicos e proteções contra descargas eletrostáticas.
O valor da resistência de aterramento será tal que qualquer massa não possa dar tensões de
contato superiores a 25 V (situação 2 - Tabela C.2 ABNT NBR 5410:2004).
A norma brasileira de proteção contra descargas atmosféricas (NBR 5419) recomenda
uma resistência de terra com valor máximo de 10 Ω. Para isto, é necessário conhecer o tipo
e a resistividade do solo e as opções de aterramento.

6.8 Planta de Localização da String Box e do Inversor

A figura a seguir traz a planta de localização da string box e do inversor sobre a parede
da sala onde são instalados estes equipamentos.

Figura 6.10: Planta de localização da string box e do inversor.

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Memorial descritivo da instalação 19

7 Estimativas de Geração e Desempenho

Apesar da potência pico do SFCR ter o valor de 3.180 kWp, as características elétricas
dos módulos fotovoltaicos sofrem variações devido à temperatura e potência da Radiação
Solar. Por esta razão, é esperado que o presente SFCR tenha potência útil média de 2.887 W,
ao operar em condições de sol a pico.
A cidade de São Carlos possui média anual de radiação solar de 5,02 kWh/m2 /dia
(5,02 horas de sol-pico); esse valor é multiplicado pela potência útil média do SFCR, re-
sultando na geração em média diária de, aproximadamente, 14,496 kWh. O gráfico abaixo
demonstra a variação de geração mensal e da estimativa anual de, aproximadamente, 434,78
kWh:

700 Valores Mensais


Energia Média Gerada (kWh/mês)

Média mensal (em um ano)


600

500

400

300

200

100

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez

Figura 7.1: Estimativa de geração de energia mensal do SFCR.

É importante salientar que a geração elétrica de um sistema fotovoltaico varia de acordo


a disponibilidade solar (e temperatura ambiente) do local onde é instalado; como esse recurso
natural é extremamente variável, a geração também o é. As estimativas de geração acima
apresentadas se baseiam nos dados de radiação solar e temperatura ambiente obtidas do
banco de dados do Projeto SWERA (http://en.openei.org/apps/SWERA/).
O Fator de Desempenho (Performance Ratio), que é a mais importante medida de
desempenho de um sistema fotovoltaico, para este projeto é estimado em 76,4%.

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Memorial descritivo da instalação 20

Anexo 1: Módulo Fotovoltaico Globo Brasil GBR265p

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Memorial descritivo da instalação 21

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Memorial descritivo da instalação 22

Anexo 2: Inversor Fronius Primo 3.0-1

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Memorial descritivo da instalação 23

Anexo 3: Diagrama Elétrico Unifilar

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Memorial descritivo da instalação 24
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Memorial descritivo da instalação 25

Anexo 4: Diagrama Elétrico Multifilar

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Memorial descritivo da instalação 26
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Memorial descritivo da instalação 27

Diagrama Unifilar da Rede Interna de Distribuição de Energia


Elétrica (11,9 kV) da UC

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Memorial descritivo da instalação 28
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