Campo Elétrico - SLide Completo

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Instituto Federal de Alagoas

Campus Murici

FÍSICA 3 Ano
AULA:
Campo Elétrico
Profa. Geovana Webler
Março de 2024
 Força eletrostática entre duas cargas

Essa interação pode ser explicada usando o conceito de campo elétrico.


 Analogia entre Campo gravitacional e o Campo elétrico
Analogia entre o campo gravitacional criado pela Terra e o Campo elétrico:

• A massa m da Terra cria em torno de si um • Uma Carga Q origina em torno de si um


campo gravitacional, g. Campo elétrico, E.
• Um corpo de Massa m próxima da terra fica • Uma carga q próxima fica sujeita a ação
sujeito a Força de atração gravitacional, peso, de uma força elétrica, F.
P.
Apesar da analogia feita, é importante frisar que as forças manifestadas no campo elétrico podem ser de atração ou repulsão,
enquanto que no campo gravitacional essas forças são exclusivamente de atração.
 Definição de Campo elétrico
Campo elétrico é uma propriedade física estabelecida em todos os pontos do
espaço que estão sob a influência de uma carga elétrica (carga fonte), tal que
uma outra carga (carga de prova) ao ser colocada em um desses pontos fica
sujeito a uma força de atração ou de repulsão exercida pela carga fonte.

A força elétrica 𝐹𝐹⃗ e é devida à


interação entre o campo
elétrico da carga Q e a carga
elétrica q.
 Definição de Campo elétrico
Carga de prova é uma carga elétrica de valor conhecido utilizada, colocada em um local para
detectar a existência do campo elétrico. Ela é posicionada em um determinado local, e pelo
efeito observado, pode se saber se nele existe ou não um campo elétrico. Se confirmada a
existência do campo elétrico, a carga de prova também auxilia a determinar sua
intensidade.

A carga elétrica Q gera um campo elétrico no


espaço que envolve. Quando a carga elétrica q
(carga de prova) é colocada num ponto dessa
região, ela recebe uma força F que pode ser de
atração ou de repulsão em relação à carga fonte Q
(Q)
Quando uma carga de prova q é colocada em um ponto do espaço e sofre a
ação de uma força 𝑭𝑭 dizemos que, por definição, a razão entre 𝑭𝑭 e q é igual ao
módulo do campo elétrico 𝑬𝑬 naquele ponto.


 F
E=
q

|E|= F

|
q

Unidade de 𝑬𝑬 do SI: N/C


 Definição do vetor campo elétrico

O campo elétrico é uma grandeza vetorial que mede o módulo da força elétrica por
unidade de carga em cada ponto do espaço ao redor de uma carga elétrica. Quanto
maior for o campo elétrico em algum ponto do espaço, maior será a intensidade
da força elétrica que atua sobre as cargas.
 Linhas de Campo ou força
• O conceito de linhas de força foi introduzido por M. Faraday como uma maneira de
visualizar o campo elétrico;
• Linha de Força de um campo elétrico é uma linha que tangencia, em cada ponto, o vetor
campo elétrico resultante associado a esse ponto.
• As linhas Imaginárias indicam a direção e o sentido do campo elétrico na região onde ele
existe.
• Quanto maior a densidade de linhas, mais intenso é o campo.

As linhas de força de uma


carga puntiforme isolada
são sempre radiais.

Linhas de força
Linhas Para Fora/ AFASTAMENTO Linhas Para dentro/APROXIMAÇÃO
 Linhas de Campo ou força
• Para duas cargas de sinais contrários (dipolo elétrico) a
configuração das linhas de força é apresentada a seguir:
– As linhas de força sempre se iniciam em cargas positivas e terminam em
cargas negativas.
 Linhas de Campo ou força

• Duas cargas de mesmo módulo e


mesmo sinal. As linhas de força permite
visualizar a repulsão entre as cargas;
• O vetor campo elétrico é tangente à
linha de força em cada ponto, e ambos (
linha e vetor) têm a mesma orientação,
isto é o mesmo sentido.
• As linhas de força do campo gerado por
uma carga elétrica não se cruzam ou
interceptam;
 Campo elétrico de uma carga puntiforme fixa

 Carga fonte positiva (Q > O) gera campo


elétrico de afastamento.

 Carga fonte negativa (Q < O) gera campo


elétrico de aproximação.

 Uma partícula eletrizada (Q) gera campo


elétrico na região do espaço que a circunda,
porém, no ponto onde foi colocada, o vetor
campo, devido à própria partícula, é nulo.

Sendo q > 0, F e E têm o mesmo sentido; sendo q < 0, F e E têm sentidos


contrários. F e E têm sempre a mesma direção.
Sendo q > 0, F e E têm o mesmo
sentido; sendo q < 0, F e E têm
sentidos contrários. F e E têm
sempre a mesma direção.
 Campo elétrico de uma carga puntiforme fixa
 Vetor Campo Elétrico

𝐹𝐹𝑒𝑒
a) Intensidade: E=
𝑞𝑞

b) direção: O vetor E tem a mesma direção da força 𝑭𝑭𝒆𝒆

c) sentido: o mesmo sentido da força 𝑭𝑭𝒆𝒆, se q for positiva; contrária ao da


força 𝑭𝑭𝒆𝒆 se q for negativa.
 Campo elétrico de uma carga puntiforme fixa
O módulo do campo elétrico em um ponto P, no qual uma carga q fica sob
ação de uma força de módulo F, é obtido a partir da relação:
Q.q
K 2
F d Q
E= = =K 2
q q d

Q _ Carga fonte
Q
q _ Carga de prova colocada em um ponto P no campo
gerado por Q. E=K 2
d _ distância do ponto P à carga fonte Q
d
 Campo elétrico de uma partícula eletrizada/carga
puntiforme

O módulo do vetor campo elétrico depende de 3 fatores:

• da carga elétrica Q, fonte do campo elétrico;


• da distância d do ponto considerado à carga fonte Q;
• Do meio ( k é constante eletrostática que depende do meio)
A carga Q gera um campo no espaço que envolve, mas não gera campo no
ponto onde se encontra.

Se isso não fosse verdade, violaria o princípio da Inércia, já que Q poderia acelerar a si
mesma sob a ação do seu próprio campo.
Uma partícula eletrizada gera campo elétrico na região do
espaço que a circunda. Porém, no ponto onde ela foi
colocada, o vetor campo, devido à própria partícula, é nulo.

O vetor campo elétrico num ponto independe da carga de prova que possa existir ali.
 Gráficos do campo elétrico em função de Q e de d

E é diretamente proporcional a Q e
inversamente proporcional ao quadrado da
distância d
 Campo elétrico de várias cargas puntiformes
 As cargas Q1, Q2 e Q3 originam, separadamente, os vetores campo elétrico E1, E2 e
E3.

 O vetor campo elétrico resultante E é a soma vetorial dos vetores campos E1, E2 e E3
que as cargas originam separadamente no ponto P.
 Campo elétrico uniforme
• O campo de uma carga puntiforme não é constante no espaço. Ele varia com a
distância;

• Em situações práticas, no entanto, é conveniente trabalhar com campos


elétricos constantes, nos quais o vetor 𝐸𝐸 mantenha a mesma intensidade,
direção e sentido. Um campo com essas características é chamado de
UNIFORME;
 Campo elétrico uniforme

• O campo elétrico entre duas placas eletrizadas com cargas elétricas de sinais
opostos, é praticamente uniforme. Para que isso ocorra, a distância entre as
placas deve ser muito pequena comparada com suas dimensões.
 Campo elétrico uniforme- Efeito de borda
 Densidade de Linhas de Campo
 O poder das pontas
 O poder das pontas
 Formação de Raios, trovões e Relâmpagos
 Formação de Raios

Experiências realizadas com naves e balões mostram que as nuvens de


tempestades (responsáveis pelos raios) apresentam, geralmente,
cargas elétricas positivas na parte superior e negativas, na inferior.

As cargas positivas estão entre


6 e 7 km de altura, enquanto
que as negativas, entre 3 e 4
km.
 Formação de Raios
Para que uma descarga elétrica (raio) tenha início, não há necessidade de que
o campo elétrico atinja a rigidez dielétrica do ar (3 MV/m), mas se aproxime dela
(10 kV/m são suficientes).
0 fenômeno inicia-se com uma primeira etapa: uma
descarga piloto, de pouca luminosidade, na forma
de árvore invertida, da nuvem para a Terra . Ela vai
ionizando o ar.

Uma vez que a descarga piloto atinja o solo, tem


início uma segunda etapa: a descarga principal. Ela
é de grande luminosidade, dirigida da Terra para
a nuvem, tem velocidade da ordem de 30 000
km/s. Além disso, sabemos que quando um gás é
aquecido ele expande, aumentando o seu volume. Na
ocorrência de raios, a expansão do ar é extremamente
violenta, gerando as ondas de som que chamamos
de trovões.
 Formação de Relâmpago

0 efeito luminoso do raio é


denominado relâmpago e o
efeito sonoro, que resulta do
forte aquecimento do ar
originando sua rápida
expansão, é denominado
trovão. Há raios não só entre
uma nuvem e a Terra, mas
entre nuvens e entre as
partes de uma mesma
nuvem.
 Formação de Trovão

As ondas sonoras (ou seja, o som) geradas pelo movimento das


cargas elétricas na atmosfera são denominadas trovões.

O trovão é o efeito sonoro da expansão do ar quando este é


aquecido pela passagem do raio. O trovão é uma onda sonora, e
seus meios de propagação são o solo e o ar.
 Então...

Os raios são grandes descargas elétricas que ocorrem entre uma nuvem e o solo,
entre nuvens ou até mesmo dentro de uma mesma nuvem.
Chamamos de trovões os sons gerados por essas descargas elétricas.
Além de som, esses eventos geram também clarões, e são esses que definimos
como relâmpagos.
 Velocidade: Relâmpagos x Trovões
Durante uma tempestade, o que você nota primeiro: Relâmpagos ou
Trovões?

Apesar de ambos serem gerados a uma mesma distância de você, um deles é


uma onda eletromagnética (luz) e o outro é uma onda mecânica (som).

A velocidade do som no ar é de aproximadamente 343 m/s, já a velocidade da luz


está próxima de 300.000.000 m/s. Logo, você sempre observará o relâmpago antes
de poder escutar o trovão.
 Lendas e Mitos
 Lenda: Se não está chovendo, não caem raios.
Verdade: Os raios podem chegar ao solo a até 15km de distância do local da chuva.
 Lenda: Sapatos com sola de borracha ou os pneus do automóvel evitam que uma
pessoa seja atingida por um raio.
Verdade: Solas de borracha ou pneus não protegem contra os raios. No entanto, a
carroceria metálica do carro dá uma boa proteção a quem está em seu interior, sem
tocar em partes metálicas. Mesmo que um raio atinja o carro, é sempre mais seguro
dentro do que fora dele.
 Lenda: As pessoas ficam carregadas de eletricidade quando são atingidas por um raio
e não devem ser tocadas.
Verdade: As vítimas de raios não "dão choque" e precisam de urgente socorro médico,
especialmente, reanimação cardiorrespiratória.
 Lenda: Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.
Verdade: Não importa qual seja o local, ele pode ser atingido, repetidas vezes, durante
uma tempestade. Isso acontece até com pessoas.
 Para - Raios

0 objetivo principal de um para-raios é proteger


uma certa região ou edifício ou residência, ou
semelhante, da ação danosa de um raio. Estabelece-
se, com ele, um percurso seguro da descarga
principal entre a Terra e a nuvem.
 Para - Raios
 Um para-raios consta, essencialmente, de uma haste
metálica disposta verticalmente na parte mais alta do
edifício a proteger. A extremidade superior da haste
termina em várias pontas e a inferior é ligada à terra
através de um cabo metálico, que é introduzido
profundamente no terreno.

 Quando uma nuvem eletrizada passa nas proximidades


do para-raios, ela induz neste cargas de sinal contrário. 0
campo elétrico, nas vizinhanças das pontas, torna-se tão
intenso que ioniza o ar e força a descarga elétrica através
do para-raios, que proporciona, ao raio, um caminho seguro
até a terra.
 O poder das pontas
 De Onde Vem o Raio e o Trovão?
 Campo Elétrico de um condutor eletrizado em equilíbrio
estático
• Um condutor eletrizado está em equilibro
eletrostático quando nele não ocorre movimento
ordenado de cargas elétricas.

• O campo elétrico no interior de um condutor


eletrizado em equilíbrio é nulo, qualquer que seja
o formato do corpo ( oco ou maciço).

• Na superfície de um condutor eletrizado em


equilíbrio, o campo elétrico é normal
(perpendicular) à superfície em cada ponto e não
nulo.
 Blindagem Eletrostática
Você já parou para pensar porque equipamentos como aparelhos de rádio,
videocassetes, aparelhos de DVD entre outros, são montados em gabinetes
metálicos, ao serem fabricados? Ou ainda, porque fios elétricos e cabos coaxiais,
usados para transmissão de sinais de TV e telefonia, são envolvidos por uma tela
metálica?

Os aparelhos eletrônicos, como o DVD, ficam envoltos por uma capa metálica para não serem
danificados por um campo elétrico externo
 Blindagem Eletrostática
De acordo com as leis da eletrostática, o campo elétrico no interior de um condutor
é nulo.
Esse fenômeno é conhecido como blindagem eletrostática. O primeiro cientista a
praticar esse fenômeno foi o físico experimental inglês Michael Faraday (1791-
1867).

A blindagem eletrostática (gaiola de Faraday) também é utilizada nos carros e


aviões, oferecendo proteção contra descargas elétricas. Construções também são
feitas utilizando blindagem eletrostática, a fim de proteger seus equipamentos
elétricos e eletrônicos
Vamos Construir?
 Aplicação

Sabemos que o corpo humano é capaz de


gerar campos elétricos e que o nosso
coração é capaz de gerar correntes
elétricas que percorrem o tecido muscular
do coração resultando em seu
funcionamento.
Toda corrente elétrica gera um campo
elétrico e uma grandeza vetorial que pode
ser captadas por aparelhos e transformados
em traçados. Esse aparelho que capta e
analisa o campo elétrico gerado no coração
é o eletrocardiograma.
 Aplicação

Muitos equipamentos tecnológicos utilizam o campo elétrico na atividade médica. Uma das
aplicações é o aparelho de ressonância magnética, que usa campos eletromagnéticos na
produção de imagens para o diagnóstico de várias doenças. Outros tipos de equipamentos,
como os de análises sanguíneas, também fazem uso de campos elétricos e são amplamente
utilizados.

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