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A INFLUÊNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

JUNTO À GESTÃO DEMOCRÁTICA

Claudio de Oliveira Leôncio Pinheiro 1


Luana Ferreira do Nascimento 2
Deize Monteiro Barbosa 3
Clemilda Barbosa de Andrade da Silva 4
Cleoneide Moura do Nascimento 5

RESUMO

A escola é formada por pessoas de várias realidades e estas, trarão para o gestor uma grande
responsabilidade e um grande desafio. Assim, a escola precisa promover uma ação intencional, uma
conexão entre a gestão e um trabalho coletivo que envolva toda a comunidade escolar. A escola no que
lhe compete para a formação do indivíduo tem um importante papel social. Ela precisa ser valorizada
por todos, pois reflete a sociedade onde está localizada. O gestor precisa observar fatores diferenciados,
como: localização da escola, contexto social, índice de criminalidade próximo a escola, etc. É necessário
que o gestor assuma particularmente uma postura de compromisso, criando a cada dia práticas de caráter
democráticas que possam conter na base da sua estrutura vieses que possibilitem a todos os envolvidos
possibilidades e garantias de crescimento na qualidade da educação. Será necessário acontecer uma
descentralização das decisões, buscando efetivar uma gestão bem participada por meio de reuniões e
discussões. A união entre comunidade/família/escola e vice-versa é um processo que se encontra em
constante construção e reconstrução, porém caberá ao gestor promover situações que possam agregar de
forma ativa todos os interessados. Sempre ocorrerá novos desafios que trará consigo novas
possibilidades de crescimento e aprimoramento para a escola, mas, principalmente para os aprendizes,
pois, é para eles que está direcionado todo o trabalho da gestão e todas as expectativas da comunidade
escolar.

Palavras-chave: Gestão Democrática, Comunidade escolar, Aluno, Família.

INTRODUÇÃO

O ambiente escolar é formado por pessoas de várias realidades e em todos os contextos,


é relevante e ao mesmo tempo se faz necessário pensar neste mesmo de forma coletiva, ou seja,
com a participação de todos os envolvidos, sejam de forma direta ou até mesmo indireta,

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Mestrando em ciências da educação pela FICS; graduado em ciencias contabeis pela Universidade Estadual da
Paraíba; pós graduado em auditoria fiscal pela UFPB; [email protected];
2
Mestranda no curso de ciências da educação; [email protected];
3
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba; Pós graduada em Educação Básica pela
Universidade Estadual da Paraiba UEPB; Mestranda pela FICS;
4
Graduada em pedagogia pela UEPB; Pós graduada em supervisão e orientação pela FIP;
5
Professor orientador: Dra. em Sociologia, Faculdade Reinaldo Ramos – CESREI - PB, [email protected].
respeitado opiniões, somando saberes, mantendo a consciência que todos almejam os mesmos
objetivos. Diante desta perspectiva o gestor terá um grande desafio pela frente: Encontrar, criar,
desenvolver métodos, maneiras, desenvolvendo um espírito de coletividade convidando a
comunidade para uma participação ativa junto à gestão.
A educação escolar em todos os seus vieses precisa seguir o seu rumo levando em
consideração as mudanças ocorridas na sociedade a qual a mesma está inserida. Para que ocorra
um melhor desenvolvimento no resultado de seus esforços, O gestor por sua vez precisa
adaptar-se ao contexto social na qual a escola está implantada, para que assim seja percebido
os principais pontos que irão proporcionar uma melhor participação da comunidade no
cotidiano escolar. A partir desta contextualização o gestor poderá investir em estratégias que
ampliem os seus horizontes e criem oportunidades com maiores e melhores perspectivas de
crescimento e aprendizagem para os seus discentes, pois, este é o seu grande alvo de trabalho.
Mas, não será só os aprendizes que sairão ganhando e sim toda a comunidade, pois haverá um
ensino com melhor qualidade e rentabilidade, profissionais trabalhando e se sentido mais
valorizados e sem esquecer poderá ser visto com facilidade que todo o ambiente escolar está
acontecendo com mais harmonia.
Orsolon (2002, p. 179) diz que a relação família escola necessita ser uma relação de
parceria, pois isto é assumir juntos, a educação dos filhos. Assim, a escola precisa promover
uma “ação intencional, em conexão com a organização e gestão escolar e um trabalho coletivo,
integrado com os atores da comunidade escolar” (Orsolon, 2001, p. 19). A Gestão democrática
em seu ambiente de trabalho promove uma função igualitária que busca aprimorar a
participação da sociedade, aliado à compreensão de que neste modelo de gestão existe a
participação entre os gestores e demais profissionais da educação assim como toda comunidade
escolar no seu funcionamento diário com medidas que são compartilhadas, e que estão
inteiramente ligados às ações pedagógicas e administrativas, interagindo entre si e com os
gestores. A escola desempenha diversas funções no âmbito educacional, logo a grupo tem
muitas oportunidades de exercer um papel atuante e transformador em seu cotidiano na vida de
todos os quais de alguma forma estão ligados a esta mesma.

A escolha deste tema ocorreu por acreditar que nos tempos atuais e diante das realidades
que circula o ambiente escolar com todas as suas carências, mas também com todos os seus
desafios, a participação da comunidade escolar junto à gestão é de suma importância. Somos
membros de uma sociedade onde a escola é tratada e colocada sempre em último plano pelos
governantes. O ensino é usado apenas como objeto de campanha para obtenção de votos,
passado o período eleitoral a educação volta a ficar na fila do esquecimento, as promessas antes
feitas em palanques, na TV, ou através da internet já não tem mais valor e não sevem para mais
nada.
Num ambiente escolar se faz necessário que todos tenham os mesmos propósitos e
objetivos, a escola precisa e deve ser referência na vida da sociedade onde a mesma está
inserida; a gestão fará a diferença se buscar andar de mãos dadas com todos os envolvidos que
circundam a atmosfera educacional.
Gestão Democrática é aquela que aproxima a comunidade da escola, ela unifica e
promove uma interação com autonomia entre todos os envolvidos, proporcionando aos que
integram aquele ambiente escolar, oportunidades iguais na construção da educação ou mesmo
na formação de pessoas críticas e reflexivas. Dentre outros artifícios, proporciona através de
"Rodas de conversa" uma maneira para fortalecer o processo pedagógico, estimulando assim a
participação dos professores na construção dos projetos trabalhados na escola em sala de aula,
dentre ele o Projeto Político Pedagógico (PPP).
A escola passa a ser um espaço coletivo de discussões partindo das necessidades da
mesma, gerando propostas coletivas primordiais na efetivação do cotidiano escolar e nas
práticas de formação do aluno em pleno desenvolvimento. Este modelo abandona totalmente
as práticas individuais que muitas vezes ainda estão enraizadas em algumas instituições de
ensino. Propõe a construção ou elaboração do coletivo, presume um novo enfoque na gestão, e
nela toda a comunidade escolar está envolvida. Entende-se como um projeto político econômico
e cultural, pois aumenta a produtividade e reduz custos no ambiente de trabalho. Não sendo
dono do poder, mas, dividindo responsabilidades que em muitas vezes o sujeito toma para si.
O gestor deve ser consciente que ele “é apenas um dos atores que compõem o coletivo
da escola. Para, coordenar, direcionando suas ações para a transformação, precisa estar
consciente de que seu trabalho não se dá isoladamente” (ORSOLON, 2001, p. 19).
Desta forma, é possível se esperar que ocorra no ambiente escolar uma grande
transformação, sabendo que o gestor tem por função liderar o grupo de profissionais e
agregados, ele precisa pensar em como exercer bem essa liderança de modo que seja motivada
a participação e envolvimento de todos os membros do estabelecimento de ensino promovendo
assim o desenvolvimento de toda equipe interna e externa.
Chiavenato (1997, p. 101) assevera que “não se trata mais de administrar pessoas, mas
de administrar com as pessoas”. Sua postura junto aos subordinados deve priorizar o respeito
mútuo, pessoal e profissional tendo o desejo de administrar cada vez com mais qualidade, para
todos e com todos. Grandes serão as possibilidades de crescimento no processo de
ensino/aprendizagem dos alunos, pois, serão beneficiados com todo este envolvimento da
comunidade escolar junto à gestão.
A presente pesquisa quanto à análise e explanação dos dados foi concretizada através
de uma investida bibliográfica, pois, esta é desenvolvida a partir de materiais publicados em
livros, artigos, dissertações e teses. Podendo assim ser realizada independentemente ou pode
constituir parte de uma pesquisa descritiva ou experimental.

METODOLOGIA

Tendo como base o aporte teórico lançado por Gil (2010) neste trabalho realizou-se uma
pesquisa exploratória visto que teve a intenção de demonstrar a realidade do problema de forma
mais profunda, tornando-o mais explícito e desenvolver de forma crítica reflexões por parte dos
professores e gestores ideias que contribuíssem para uma gestão menos autocrática e levasse
uma gestão democrática.
Quanto ao objeto esta pesquisa foi de cunho bibliográfico visto que, foi utilizado material
já elaborado tais como: livros, revistas, artigos científicos e materiais produzidos
eletronicamente, cuja literatura traz todas as definições e contextos sobre o tema proposto.

1 Desafios da Gestão para atrair a Comunidade Escolar

Trazer a comunidade para perto do ambiente escolar de forma concreta, e não apenas
nos momentos de reuniões dos pais, conselhos, ou até mesmo nos momentos de planejamentos
não é uma tarefa fácil; o Gestor precisará fazer observações em vários ângulos, observando
quais oportunidades irão ocorrer para que o seu trabalho atinja este público de maneira a
estabelecer uma relação de confiança entre a escola/gestão e a comunidade. Criando um
ambiente propício a interação e participação, buscando novas ideias, saindo do individual para
o coletivo. Havendo uma necessidade de aquisição de recursos necessários para que sejam
garantidos o aproveitamento e a prática das situações que forem surgindo, já que

O conceito de gestão está associado à mobilização de talentos e esforços


coletivamente organizados, a ação construtiva conjunta de seus componentes,
pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria um "todo" orientado
por uma vontade coletiva (LÜCK, 1996, p. 37).

A comunidade como um todo, começando pelo gestor precisar ter projetos e objetivos,
e estes precisam ser para o bem comum, sendo assim, traçar metas, desenvolver planos, acolher
novas ideias como já citadas, serão imprescindíveis para que tudo ocorra da melhor maneira
possível. Em meio a tantos, é interessante estabelecer parcerias com empresas e com grupos
comunitários para que estes auxiliem de forma direta e/ou indireta nos mesmos projetos e
objetivos. É interessante buscar a participação ativa dos discentes para que estes também
possam dar a sua contribuição nas conquistas da comunidade onde os mesmos estão inseridos.
Estas ações terão como consequência um envolvimento ativo de todos e entre todos os
envolvidos, proporcionando maiores e melhores possibilidades de relações humanas entre todo
o grupo.
De acordo com Luck (2010, p. 62),

A participação democrática promove a superação de simples necessidade de


associação humana, que pode ser orientada por um sentido individualista e
oportunista, mediante distorção ou incompletude da formação humana para
uma necessidade de interação do ser humano na sociedade, de se sentir parte
e por ela responsável, de harmonizar e coordenar esforços do grupo, com a
finalidade de realizar um trabalho mais eficiente, contribuindo para o bem de
todos.

Em meio aos tantos desafios da gestão no que se refere à atração da comunidade para
um trabalho conjunto, está a clareza da realidade vivida pela escola. “Aqui se refere a aquilo
que é possível e viável ser colocado para a comunidade”, como: Falta de funcionários, atraso
no repasse de recursos financeiros para despesas de manutenção, os investimentos na escola, o
que, em certa medida, compromete o alcance dos fins educacionais, a falta de material didático,
como papel ofício, piloto, cartolina, dentre outros, e se for preciso recorrer a atitudes
voluntaristas, a fim de não comprometer o andamento das atividades pedagógicas da escola.
Tal perceptibilidade fará com que os envolvidos tenham consciência da realidade vivida pelo
sistema de ensino. Após a colocação da realidade caberá ao gestor confiar na potencialidade
que cada um possui, mesmo que esse potencial ainda careça de ser desenvolvido e por fim ouvir
o que as pessoas têm a dizer, pois, a escola é um espaço coletivo de discussões partindo das
necessidades da mesma, gerando propostas coletivas primordiais na efetivação do cotidiano
escolar e nas práticas de formação do aluno em pleno desenvolvimento.
A escola no que lhe compete para a formação do indivíduo tem um importante papel
social. Ela precisa ser valorizada por todos, pois reflete a sociedade onde está localizada. Aqui
embarca o relevante trabalho do Gestor junto às pessoas, que é: Desenvolver uma consciência
madura na sociedade sobre a importância do sistema de ensino, seu papel social como já citado.
A instituição de ensino é uma grande empresa, onde o produto é o aluno e este deve e precisa
ser aprontado para abarbar esse mundo em constante mutação. A escola não é mais só
responsável por transmitir conhecimento, mas sim desenvolver habilidades, competências,
inteligências, atitudes e valores. (Essa é a principal, senão a única razão da escola existir). A
comunidade escolar precisa ter isto de forma bem clara e o Gestor será o grande maestro a
conduzir sua equipe e consequentemente a todos os envolvidos, na execução dos projetos, metas
e objetivos, visando sempre o bem maior do seu corpo de discente.

1.2 Identificar os elementos que contribuem para a melhor participação da comunidade


na escola

A nossa sociedade é formada por uma variedade de contextos sociais, religiosos e


econômicos, assim, esta realidade está intimamente ligada a comunidade escolar, que em seu
contexto traz uma gama de características e, esta por sua vez necessita ser observada de maneira
ímpar, levando em consideração suas peculiaridades.
Aqui entra o trabalho da gestão, observar fatores diferenciados, como: localização da
escola, contexto social, índice de criminalidade próximo a escola, etc. de posse destas
informações ficará mais fácil encontrar os meios para atrair a comunidade para uma
participação mais eficaz junto a escola, já que

O processo participativo na gestão educacional se realiza em vários contextos e


ambientes que manifestam sua peculiaridade e seus efeitos específicos, e que se
espraiam também para outros espaços e ambientes, demandando que todos
sejam igualmente envolvidos nesse processo (LUCK, 2010 p. 80).

O Gestor precisa colocar as pessoas em primeiro plano, para isto necessita valorizar a
todos, mantendo sempre na medida do possível contato com os pais ou responsáveis,
funcionários, docentes, incentivando-os, dando apoio técnico, apreciando o desempenho dos
mesmos e motivando-os a concretizar a sua participação e o seu trabalho cada vez melhor. Neste
contexto é necessário levar em consideração as diferenças pessoais dos indivíduos envolvidos.
Valorizar estas diferenças entre a equipe é um recurso necessário para alavancar o crescimento
e amadurecimento dos envolvidos direta ou indiretamente na comunidade escolar. Assim
Chiavenato (2006) que diz que liderança é um fenômeno coletivo. Desta forma havendo uma
valorização na coletividade e em torno do ambiente escolar, crescerão as possibilidades para
que aconteça de forma real e contínua uma reunião vieses que agreguem pensamentos, atitudes,
cooperativismo entre outras coisas e tudo para o bem comum da escola e do seu alunado.
O gestor, enquanto responsável primeiro pela instituição, deverá se auto avaliar, fazendo
observações em relação ao seu próprio trabalho visando perceber os pontos positivos e
negativos que ocorrem em sua gestão, com o intuito de buscar as melhorias necessárias. Para
tanto, é necessário que o gestor assuma particularmente uma postura de compromisso, aderindo,
respeitando, buscando os elementos que contribuem para a melhor participação da comunidade
na escola visando acatar e pensar o trabalho de maneira coletiva, pois, este significa construir
mediações capazes de garantir que os obstáculos não se constituam em imobilismo, que as
diferenças não sejam impeditivas de uma ação educativa coerente, responsável e
transformadora.
Luck (2010, p. 37), aponta que

A realidade em geral e os ambientes educacionais, por sua dinâmica vital, são


constituídos por processos interativos, caracterizados pela diversificação e
pluralidade de interesses e objetivos, num contínuo embate entre diferentes
dimensões e aspectos.

Existindo tantos anseios por todas as partes que de maneira direta ou indireta estão
ligados ao ambiente escolar, e cada um com a sua maneira de pensar “o fazer escola” não irão
muito adiante se cada qual não se sentir como parte integrante e ativa deste mesmo contexto
escolar. Assim o pensamento no que se refere ao progresso de todos os envolvidos deve fazer
parte da gestão e consequentemente da comunidade, onde todos tenham condições de
desenvolver o seu potencial, se sentido capaz de transformar e realizar com muito sucesso todos
os projetos desenvolvidos pela escola em favor dos seus discentes. Cada um na sua realidade,
como os professores, zeladores, porteiros, etc. mesmo aqueles que não trabalham na escola
como os pais, as mães e/ou responsáveis e até os próprios aprendizes que necessitam de serem
incluídos neste processo.
Assim a gestão desenvolverá a cada dia práticas democráticas que possam conter na
base da sua estrutura vieses que possibilitem a todos os envolvidos, possibilidades e garantias
de crescimento na qualidade da educação. Cumprindo o seu papel como organização social, a
escola será assim valorizada pela comunidade escolar, incentivando, mas também
proporcionando aos pais o prazer de verem seus filhos aprendendo e crescendo de forma
consciente, tornando-se capazes de dar a sua contribuição para o crescimento da própria escolar
como um todo, e finalmente de toda comunidade escolar.

1.3 Encontrar os principais ganhos para escola

Muitas vezes o direito à educação é negligenciado, deixando fora da sala de aula muitos
alunos, para que isso não ocorra faz-se necessário que a gestão proporcione na escola um clima
ou um ambiente agradável motivando uma participação ativa destes indivíduos, a partir daí
ocorrendo um estudo por parte do estabelecimento de ensino junto às famílias almejando
encontrar vieses que viabilizem ainda mais as condições de melhorias para toda a comunidade,
em especial o seu alunado. Claro que este contexto precisa ser estendido e ampliado a todos
que integram a atmosfera educacional.
Aqui quando é mencionada a família, é relevante se entender que esta é quem está mais
perto do discente, conhecendo diretamente a condição em que o mesmo está situado em seu
contexto mais amplo. Assim, a gestão escolar que busca parcerias que possam alavancar cada
dia mais melhorias para todo o ambiente escolar, necessita ir ao encontro destas mesmas,
criando muitas possibilidades de irão beneficiar a criação de vieses trazendo melhorias para
toda a comunidade como já mencionado.
Também é relevante ficar claro que este processo não ocorrerá do dia para noite, mas
haverá uma necessidade de cativação na relação gestão/família, precisando desta forma de um
tempo para maturação da confiança.
Humanização, vida social digna, participação ativa no meio coletivo onde os indivíduos
estão agregados, entre tantas outras situações, são possibilidades de ganhos para a escola e
consequentemente para toda a comunidade onde a mesma está situada. Desta forma,

A atuação participativa, cuja adjetivação consiste em pleonasmo de esforço a


essa importante dimensão da gestão escolar. Tal gestão consiste no
envolvimento de todos os que fazem parte direta ou indiretamente do processo
educacional no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na
tomada de decisões, na proposição de planos de ação em sua implementação,
monitoramento e avaliação, visando os melhores resultados do processo
educacional (LÜCK, 2005. p. 35).

Assim será imperativo advir uma descentralização das decisões e está ocorrerá por meio
de reuniões e discussões, existindo um consenso entre os membros da comunidade escolar,
buscando efetivar uma gestão bem participada. Estas reuniões e discursões não ocorrerão por
um pequeno grupo previamente selecionado e escolhido a dedo pela própria gestão, mas, por
um grupo com representantes de todas as camadas da comunidade escolar, este sendo indicado
pela comunidade. Deste modo todos trabalhando cada um em seu lugar e em sua classe, porém,
buscando sempre o cooperativismo para alcançar as soluções mais adequadas para os projetos
da escola. Sendo que, nenhuma decisão será tomada de forma individualista, arbitraria e/ou sem
prévia discussão, já que

A participação está centrada na busca de formas mais democráticas de promover


a gestão de uma unidade social. As oportunidades de participação se justificam
e se explicam, em decorrência, como uma íntima interação entre direitos e
deveres, marcados pela responsabilidade social e valores compartilhados e o
esforço conjunto para a realização de objetivos educacionais (LUCK, 2009 p.
71).

Através destas medidas, as famílias ficarão mais satisfeitas com os resultados da


aprendizagem dos seus filhos, pois todos poderão perceber a diferença na qualidade do ensino
e no comportamento dos alunos. A satisfação dos funcionários em todas as esferas da escola
será mais um ganho. Os ganhos irão aparecer, pois, todos serão tratados e ouvidos com
igualdade, beneficiando a aprendizagem dos discentes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, a união entre comunidade/família/escola e vice-versa é um processo que se


encontra em constante construção e reconstrução entre todos os que fazem parte e participam
ativamente da comunidade escolar, existindo um artifício que deve ser gerenciado pela própria
gestão e ao mesmo tempo compartilhado entre todos onde a escola será beneficiada e
consequentemente os seus alunos. Este, é construído diariamente com a participação de todos,
porém caberá ao gestor promover situações que possam agregar de forma ativa todos os
interessados.
A gestão democrática da escola coloca o gestor apenas como mediador e referência para
o diálogo, e não como aquele que dá a última palavra e decide sozinho o rumo da escola.
Diariamente no contexto de trabalho do gestor na escola sempre ocorrerá novos desafios que
trará consigo novas possibilidades de crescimento e aprimoramento para a escola, mas,
principalmente para os aprendizes, pois, é para eles que está direcionado todo o trabalho da
gestão e todas as expectativas da comunidade escolar.
REFERÊNCIAS

CHIAVENATO Idalberto. Recursos humanos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

LÜCK, Heloísa; FREITAS, Kátia Siqueira; GIRLING, Robert & KEITH, Sherry. A escola
participativa: o trabalho do gestor escolar. Petrópolis: Vozes, 2005.

LÜCK, Heloísa. Dimensões de gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora


Positivo, 2009.

LÜCK, Heloísa; A gestão participativa na escola. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2010. (Séries
Cadernos de Gestão).

LUCK, Heloisa. Gestão educacional: Uma questão paradigmática. 7. ed. Petrópolis: Vozes,
2010.

ORSOLON, Luzia Angelina Marino. O coordenador/formador como um dos agentes de


transformação da/na escola. In: ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; PLACCO, Vera Maria
Nigro de Souza (orgs.). O coordenador pedagógico e o espaço da mudança. São Paulo: Loyola,
2001, p. 17-25.

ORSOLON, Luzia A. Marino. O coordenador/formador como um dos agentes de transformação


da/na escola. In: ALMEIDA, L. R., PLACCO, V. O Coordenador pedagógico e o espaço da
mudança. São Paulo: Loyola, 2002.

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